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DANÇAS CIRCULARES APOSTILA

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Academic year: 2021

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PROJETO

Danças

Povos

dos

OFICINA DE DANÇAS CIRCULARES

PARA MULTIPLICADORES

Apoio Institucional Apoio

POUSADA

CHAPADA DOS VEADEIROS - CAVALCANTE - GO

Morro Encantado SOL DO CORAÇÃO

ARCOIRIS

SOL DO CORAÇÃO

ARCOIRIS

Apoio SOL DO CORAÇÃO

ARCOIRIS

APOSTILA

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O “Projeto Danças dos Povos: oficina de danças circulares para multiplicadores” foi realizado no Instituto Arco-Iris Sol do Coração, Cavalcante/Goiás, nos dias 6 e 7 de maio de 2017. O material didático é composto por esta apostila, um cd com 15 músicas e vídeo das coreografias.

Equipe de realizadores:

Vera Cristina Xavier - focalizadora Everson Basili - focalizador e produtor Larissa Toschi - coordenadora de produção Pedro Badú - designer e produtor

Assessoria de imprensa - Larissa Mundim Victorugo Docaos - Web

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Dança e suas Origens

Pinturas rupestres antigas mostram fi guras representando formas humanas que aparecem de mãos dadas, parecendo celebrar e dançar. Desde os primórdios da humanidade a dança está presente em nossas vidas.

A dança faz parte da natureza humana. Mesmo aquelas pessoas que afi rmam “não ter jeito” para dança, seja por questão de coordenação motora, sincronismo etc., em algum momento ou de alguma forma já executaram uma dança. Todos que se movimentam são capazes de dançar e, ainda que por qualquer razão estejam impedidos de executar algum movimento, podem acompanhar a dança com os olhos.

Nos povos ancestrais, a dança era a conexão entre o homem e o Cosmos, os Deuses e suas Divindades. A dança sempre foi expressão, através de movimentos do corpo organizados em sequências signifi cativas, de experiências que transcendem o poder das palavras; pois, com ela, através dos gestos e movimentos, o ser humano busca dizer o indizível, conhecer o desconhecido, estar em relação com os outros e com o profundo mistério da existência. O movimento das danças circulares sagradas nasceu do encontro de dois elementos importantes: o primeiro é o bailarino alemão Bernhard Wosien que, ao resgatar as Danças dos Povos dançadas nos diferentes grupos sociais, observou o sentido de irmandade, alegria e união partilhados por todos que dançavam; e o segundo é uma comunidade chamada Fundação Findhorn, localizada no norte da Escócia, onde seus moradores possuem um estilo de vida que busca integração e harmonia total com a natureza.

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Bernhard Wosien

Wosien nasceu na Alemanha em 1908 e faleceu em 1986. Possuía um vasto currículo: bailarino profi ssional, coreógrafo, professor de dança, artista plástico, estudou teologia, dança, história da arte e pintura na Universidade de Breslau e na Escola Superior de Artes de Berlim.

A partir de 1960 passou a dedicar-se à pedagogia na Escola Técnica para Estudos Sociais em Munique e depois, na Escola Popular Superior, liderou um grupo de pesquisa sobre as danças de roda dos países do Sudoeste Europeu.

De 1965 a 1986 ocupou um cargo como docente da Universidade de Marburg, na área de Ciências Educacionais no Departamento de Pedagogia para Escola para Excepcionais, sob a designação “Procedimentos Especiais da Pedagogia da Cura”, ensinando as danças de roda como recurso da pedagogia de grupo.

Wosien e a Comunidade de Findhorn

Em 1977, Bernhard Wosien conheceu Eileen e Peter Caddy, fundadores da comunidade de Findhorn, e recebeu um convite para implantar nesta comunidade as danças de roda e as danças circulares europeias. Desenvolveu um trabalho espetacular ensinando um grande repertório de danças folclóricas. Lá, encontrou raízes antigas da arte de re-ligar o ser humano. Desde então, essas danças passaram ser designadas por “Danças Circulares Sagradas”. Dessa forma, Wosien atingiu a plenitude através da dança de Roda: alegria, amizade, amor, integração entre as pessoas, doação e confraternização silenciosa, amorosa e intensa. “(...) a dança, como a manifestação artística mais antiga do homem, é um caminho esotérico.” (WOSIEN.2000.p.25)

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A Dança Circular Sagrada

Este movimento se espalhou pelo mundo, onde foram agregadas novas músicas e novas danças (fato que ocorre até hoje, com músicas populares contemporâneas). As coreografias são inspiradas na cultura de vários povos: gregos, judaicos, turcos, escoceses (celtas), africanos, indígenas, brasileiros, ciganos, indianos etc.

Vale observar que, apesar de sutil, há uma diferença entre as danças folclóricas. Estas, circulares ou não, estão ligadas a tradição, perpetuação da cultura e identifica um povo. Já as Danças Circulares Sagradas têm como objetivo (entre outros) trabalhar a transformação e o desenvolvimento do ser humano, pois Wosien visava a utilização das danças nas áreas da educação e saúde.

Só quem dança na roda pode sentir a cura que nos leva à transformação pessoal e coletiva.

Alguns benefícios:

• Equilibra os corpos físico, mental, emocional e espiritual;

• Amplia a percepção, a concentração, a atenção e a flexibilidade; • Promove a inclusão, o respeito e a valorização da diversidade; • Trabalha a consciência corporal, a coordenação motora, o ritmo, a referência espacial e o equilíbrio;

• Fortalece a auto-estima e o reconhecimento da importância de seu papel no grupo;

• Desperta a leveza, a alegria, a beleza, a paz, a serenidade e o amor que existe dentro de cada um;

• Proporciona o trabalho em grupo sem que as pessoas percam sua individualidade;

• Desenvolve o apoio mútuo, a integração, a comunhão e a cooperação;

• Favorece o autoconhecimento e a auto-cura;

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Podemos encontrar alguns símbolos na dança circular como:

• Círculo: símbolo universal da unidade e da totalidade. Dançar em círculo nivela todos os indivíduos, elimina a hierarquia e permite que através do olhar todos se reconheçam como participantes igualmente valiosos desta configuração. O movimento cadenciado, o ritmo e a participação de cada um na harmonia grupal fazem com que o círculo seja vivenciado como símbolo vivo e pulsante, ou seja, uma Mandala Viva;

• Cruz: o eixo vertical simboliza CÉU (em cima) e TERRA (em baixo). No meio deste eixo encontramos o EU e na altura dos braços que, ao dar as mãos, forma o NÓS.

• Espiral: o ponto de partida também é o ponto de chegada trazendo-nos a questão do retornar sempre, reencontrar-se e se renovar. As espirais também circulam dentro de nós, a energia circula em espiral: é onde a matéria e o espírito mais perfeitamente se encontram e o tempo, por ele mesmo, não existe. • Direções: na direção ao centro, encontramos o NORTE; na parte de trás, o SUL; a nossa direita é o LESTE e esquerda o OESTE.

Para finalizar, um trecho extraído do livro “Danças Circulares - Dançando o Caminho Sagrado” (Editora: TRIOM) de Anna Barton, pessoa fundamental na criação do movimento, moradora de Findhorn que cuidou e se dedicou às danças e coreografias deixadas por Bernhard Wosien quando esteve na Fundação: “Aqueles de nós que trabalham com a dança sagrada a vêem não só como uma habilidade a ser aprendida, mas também como uma ferramenta que nos coloca em contato com nossos corpos e com a energia que pode ser canalizada através da dança, para trazer saúde e totalidade para nós e para nosso planeta. Isso nos ajuda a trabalhar com a energia do grupo e a nos descobrir como indivíduos únicos e como parte de um todo maior.

A dança se torna sagrada quando ela expressa o ritmo e os movimentos da criação. A mistura de danças dinâmicas e calmas de várias culturas diferentes atrai a todos. Esperamos que traga novas qualidades para nossas vidas.”

Referências bibliográficas

BARTON, A. Danças Circulares: o Caminho Sagrado. São Paulo, TRIOM, 2006. LELOUP, J-Y. O corpo e seus símbolos. Petrópolis, RJ, Vozes, 1998.

RAMOS, R. Organizadora. Danças Circulares Sagradas: Uma Proposta de Educação e Cura. São Paulo, TRIOM, 2002.

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1 - Highland Lilt (Escócia)

2 - Enas Mythos (Grécia)

3 - L´allouette (França)

4 - Munchnerpolka (Alemanha)

5 - Ti Anica de Loulé (Portugal)

6 - Roda da Carambola (Brasil)

7 - Dança das Palmas (Israel)

8 - Mandala de Olinda (Brasil)

9 - Flor da Compaixão (Tibet)

10 - Al Chat (Israel)

11 - Irish Mandala (Irlanda)

12 - Ciranda “Eu Sou Lia de Itamaracá” (Brasil)

13 - Shetland Wedding Dance (Escócia)

14 - Madre Tierra (Brasil)

15 - Walenki (Rússia)

REPERTÓRIO “OFICINA

DANÇAS DOS POVOS”

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CÓDIGO DA ESCRITA

DAS DANÇAS

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Fonte da Vera Xavier: Eliana Rossetti Fausto Origem: Escócia

Coreografia: tradicional

Mãos: Quem estiver conduzindo colocar a mão esquerda no coração e a direita

em “V” de mãos dadas.

Formação: em linha (horário)

1 - Highland Lilt

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Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes Origem da música: Grécia

Coreografia: Bernhard Wosien. Durante muitos anos foi dito que esta era uma

coreografia tradicional. Mas, com a vinda da Fiedel Kloke ao Brasil, uma das parceiras de dança de Bernhard Wosien, soubemos que ele contava muitas histórias para “cativar” as pessoas para uma roda de Danças Meditativas. Esta dança, portanto, é uma coreografia de Bernhard Wosien para acompanhar uma das histórias que ele contava.

Mãos: espiral (braço direito cruzado na frente do esquerdo) ou em “V” Formação: círculo (anti-horário)

Simbólico:

Eu vou ao encontro do outro e celebro. Eu dou espaço para o outro e celebro. Eu caminho com o outro e celebro.

Observação: no Livreto Espírito da Dança – os próximos passos da editora

TRIOM, Anna Barton conta duas histórias de Bernhard para esta dança. Uma delas, diz que na ilha de Kos, na Grécia, os pescadores iam para o mar e ao retornarem com os peixes, toda a comunidade os recebiam com esta dança. A outra diz que é uma dança feita pelos templários e, realmente, a posição das mãos em espiral, lembra a Cruz dos Templários.

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3 - L´allouette

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes Origem: França

Coreografia: tradicional Mãos: em V

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4 - Munchnerpolk (Polka de Munique)

Fonte do Everson Basili: Fábio Brotto Origem: Alemanha

Coreografia: Dança originalmente do século 19 proveniente da região de

Nie-derbayern.

Mãos: V

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5 - Ti Anica de Loulé

Fonte da Vera Xavier: Eliana Rossetti Fausto Origem: Portugal

Música: popular do Algarve, região de Portugal, chamada carinhosamente de

Terras de Ti Anica ou Tia Anica; Loulé é uma cidade do Algarve.

Coreografia: Marli de Matos

Formação: pares, formar dois círculos. Homens, no círculo de dentro, olham

para as mulheres que se encontram no círculo de fora.

Mãos: soltas

1. Homens batem mão Direita com mão Direita das Mulheres (Olé...); em

seguida batem a mão Esquerda com a mão Esquerda das Mulheres (Olá...).

2. Só os Homens, enquanto as Mulheres dançam no lugar:

3. Homens fazem reverência de ombro Direito com o ombro Direito das

mulheres (Olá...) e fazem reverência de ombro Esquerdo com o ombro Esquerdo das Mulheres (Olé...).

Repetir o 2, trocando de par Repetir esta sequência 1, 2, 3 e 2.

4. Ir dançando de braço dado com o 5º par, no sentido anti-horário, até

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6 - Roda da Carambola

Fonte da Vera Xavier: Eliana Rossetti Fausto Origem: Brasil

Coreografia: tradicional do Vale do Jequitinhonha/MG Música: Coral do Vale do Jequitinhonha

Mãos: V

Formação: Círculo fechado – parceiros e contra parceiros (anti-horário)

- Andando na roda, 16 passos.

- Com parceiro, bate palmas 5x para dentro da roda.

- Meio giro e bate palmas 5x com o contra parceiro, para fora da roda.

- Dançando, dá um giro de 360o com o contra parceiro.

- Bate palmas 5x com o contra parceiro, para dentro da roda. - Meio giro e bate palmas 5x com o parceiro para fora da roda.

- Dançando, dá um giro de 360o com o parceiro.

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7 - Dança das Palmas

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto Origem: Israel

Coreografia: Tradicional

Mãos: Em “V” na primeira parte da música e sem mãos dadas na hora de

fazer o quadrado.

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8 - Mandala de Olinda (

referência Indígena) Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes

Música: Brasil, Ricardo Oliveira, CD “Ciranda de luz” (música Hey-How) Coreografia: Cristiana Menezes (BH, 2005)

Formação: círculo (anti-horário) Mãos: V

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9 - Flor da Compaixão

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes e Samuel Souza de Paula Origem: Tibet (Meditation)

Música: Existence, CD Tibet-Heart-Beat-Meditation, faixa 2 Coreografia: contemporânea, Samuel Souza de Paula (2009) Mãos: soltas

Formação: círculo

Introdução: toque bem leve nos “chacras” com as duas mãos

Descendo: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual, joelhos e

pés

Subindo: pés, joelhos, sexual, umbilical, cardíaco, laríngeo, frontal e coronário

Mãos em “gesto da Flor de Lótus” (Padma Mudra ) na frente do coração

Mãos em “gesto de prece” (Anjali Mudra ou Namaskara Mudra) na frente do coração

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10 - Al Chat

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto Origem: Israel

Coreografia: Anastasia Geng Mãos: V

Formação: círculo (anti-horário)

O texto da canção é um texto tradicional do Haggada, usado na cerimônia de Pessach (Páscoa judaica) que celebra a saída dos judeus do Egito.

Letra: Allachat kama ve kama = Apesar de todas as dificuldades Tov Ha ‘gvul A ‘huh = Estamos felizes de ver a fronteira

Mugvelet Bamakom Aleinu = Pois estamos confinados aqui

Shehotzi ‘yanu mimitzrayim = Damos graças a Deus que nos trouxe para

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11 - Irish Mandala

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto Origem: Irlanda

Coreografia: Anna Barton refere que aprendeu esta dança em Paris e depois

lendo a capa de um disco escocês descobriu os mesmos passos como uma variação de Gay Gordons.

Música: CD: Espírito da dança – volume II Mãos: W

Formação: círculo (anti-horário), pares em raios na roda, homem dentro,

pró-ximo ao centro, mulher fora.

Parte 1:

Parte 2:

Fazer um “pas de Basque” em direção ao par e separando dele (junta/separa). O homem muda para o lugar da mulher em 4 passos, a mulher passa na frente do homem e troca de lugar, trocando as mãos.

Parte 3:

Repetir os dois “pas de Basque” (junta/separa). A mulher gira por baixo do bra-ço do homem (olhando para ele) e anda para trás em diagonal em 4 passos para encontrar novo parceiro. O homem anda na diagonal para frente em 4 passos para encontrar nova parceira. Recomeça a dança.

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12 - Ciranda “Eu Sou Lia de Itamaracá”

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes Origem: Brasil

Música: Eu sou Lia minha ciranda preta cirandeira Intérprete: Lia de Itamaracá

CD: Eu sou Lia

Coreografia: ciranda tradicional com variação de palmas Formação: círculo (anti-horário)

Início: no canto - Minha ciranda não é minha só... Eu sou Lia [Ciranda de Lia]

Paulinho da Viola

Eu sou Lia da beira do mar

Morena queimada do sal e do sol Da Ilha de Itamaracá

Quem conhece a Ilha de Itamaracá Nas noites de lia

Prateando o mar

Eu me chamo Lia e vivo por lá Cirandando a vida na beira do mar Cirandando a vida na beira do mar Vejo o firmamento, vejo o mar sem fim E a natureza ao redor de mim

Me criei cantando Entre o céu e o mar

Nas praias da Ilha de Itamaracá Nas praias da Ilha de Itamaracá Minha ciranda

Capiba

Minha ciranda não é minha só Ela é de todos nós

A melodia principal quem Guia é a primeira voz Prá se dançar ciranda Juntamos mão com mão Formando uma roda Cantando uma canção

Passos Básicos de Ciranda:

braços se elevam levemente e abaixam (ciranda)

obs: variação com giro e palmas após 4x o passo básico, encerra na palma

E

f

rep

D

E

t

rep

D

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Sobre Lia de Itamaracá:

Maria Madalena Correia do Nascimento nasceu no dia 12 de janeiro de 1944, na ilha de Itamaracá, Pernambuco. Sempre morou na Ilha e começou a participar de rodas de ciranda desde os 12 anos de idade. Foi a única de 22 filhos a se dedicar à música. Segundo ela, trata-se de um dom de Deus e uma graça de Ie-manjá. Mulher simples, com 1,80m de altura, canta e compõe desde a infância e hoje é considerada a mais famosa cirandeira do Nordeste brasileiro. Trabalha como merendeira numa escola pública da rede estadual de ensino e, nas horas vagas, dedica-se à música e à ciranda, além de cantar e compor cocos de roda e maracatus. A compositora Teca Calazans foi uma das primeiras pessoas inte-ressadas na cultura popular nordestina a descobrir o seu talento e acabaram fazendo alguns trabalhos em parceria, como o resgate de músicas em domínio público e composições.

Maria Madalena começou a ficar conhecida como Lia de Itamaracá, nos anos 1960 e é a fonte de um refrão famoso, recolhido pela compositora Teca Cala-zans: Oh cirandeiro/cirandeiro oh/ a pedra do teu anel brilha mais do que o sol. A estes versos Teca incorporou uma toada informativa, que também teve grande sucesso: Esta ciranda quem me deu foi Lia/ que mora na ilha de Ita-maracá. Em 1977, Lia gravou seu primeiro disco, intitulado A rainha da ciranda, não recebendo, no entanto, nenhum pagamento pelo trabalho. Mais de duas décadas depois foi redescoberta, quando o produtor musical Beto Hees a levou para participar do festival Abril Pro Rock, realizado no Recife e em Olinda, em 1998, onde fez grande sucesso e tornou-se conhecida em todo o Brasil.

Antes ela só era famosa em Pernambuco e entre compositores e estudiosos da cultura popular nordestina. Em 2000, saiu seu CD Eu Sou Lia, lançado pela Ci-randa Records e reeditado pela Rob Digital, cujo repertorio incluía coco de raiz e loas de maracatu, além de cirandas acompanhadas por percussões e saxofo-ne. O CD acabou sendo distribuído na França por um selo de world music e a voz rascante de Lia chamou a atenção da imprensa internacional, que começou a batizar suas canções de trance music, numa tentativa de explicar o “transe” que o som causava no público. Mesmo obtendo um sucesso tardio, fez turnês internacionais obtendo muitos elogios. O jornal The New York Times a chamou de “diva da música negra”. No Brasil, Lia também conquistou mais espaço. Participou com uma faixa no CD Rádio Samba, do grupo Nação Zumbi, teve seu nome citado em versos dos compositores pernambucanos Lenine e Otto, e críticos de música a comparam a Clementina de Jesus. As cirandas pernambu-canas de Lia são cantadas por muitos. Referencial da cultura pernambucana, Lia de Itamaracá, hoje, é uma das lendas vivas do Estado e continua morando na ilha de Itamaracá.

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar./index.php?option=com_content&-view=article&id=317&Itemid=1

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13 - Shetland Wedding Dance

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto Origem: Escócia, ilhas Shetland

Coreografia: tradicional Mãos: soltas

Formação: círculo, pares de frente um para o outro, homem à esquerda do par

caminha no sentido anti-horário e mulher no sentido horário.

Parte 1:

Uma reverência Bate palmas com a mão D, 3x

Uma reverência Repete com a mão E, 3x

Bate palmas com a mão D, 3x Bate palmas com a mão E, 3x

Gira em torno de si em 4 passos para olhar o parceiro novamente

Parte 2:

Segurando o parceiro pelo cotovelo D, girar com ele no lugar (DjD,EjE,DjD,EjE) Trocar para cotovelo E, repetir o movimento no sentido anti-horário e, no final, caminhar na roda trocando de par e ficando de frente para o próximo parceiro para recomeçar.

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14 - Madre Tierra

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes Origem: Brasil

Coreografia: Cristiana Menezes (2003)

Música: Keco Brandão – cd Tatanka. Canção recolhida do folclore ameríndio

(idioma lakota, dos índios norte-americanos, xavante e índios da Amazônia).

Mãos: em V Formação: círculo

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15 - Walenki

Fonte do Everson Basili: Roberto Martini Origem: Rússia

Coreografia: tradicional Mãos: em V

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PROJETO

Danças

Povos

dos

OFICINA DE DANÇAS CIRCULARES PARA MULTIPLICADORES

Referências

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