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O uso de Materiais Didáticos no ensino de Biologia

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Academic year: 2021

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Educação e Difusão

O uso de Materiais Didáticos

no ensino de Biologia

Eliana Dessen

Depto. de Genética e Biologia Evolutiva Instituto de Biociências - USP

(2)

Eixo condutor da disciplina

Ensaios Pedagógicos para o Ensino de Biologia ENSINO-APRENDIZAGEM

(3)

Qual é a visão que a maioria de nós, professores universitários, temos sobre o ensino?

O que é ser um bom professor?

(4)

A maioria considera bom professor aquele que

• conhece muito bem o conteúdo a ser ministrado • transmite o conhecimento por meio de

explicações claras e detalhadas,

(5)

A maioria considera bom professor aquele que

• conhece muito bem o conteúdo a ser ministrado • transmite o conhecimento por meio de

explicações claras e detalhadas,

• tem um bom relacionamento com os alunos

Ideias do Senso comum

Formação de professores de Ciências – Anna M. Pessoa de Carvalho e Daniel Gil-Perez. Cortez Editora

(6)

O que pensam os alunos?

O maior objetivo é o de se serem bem avaliados

Não se sentem responsáveis por sua própria

aprendizagem – a responsabilidade é do professor

Recebem as informações sem críticas

Acreditam que conhecer os efeitos de uma atividade e suas relações com lições anteriores é irrelevante

Acreditam que explorar respostas erradas, por exemplo, não tem valor algum.

Understanding Genetics – Strategies for Teachers and Learners in Universities and High Schools. Griffiths and Mayer-Smith. W.H.Freeman and Company, New York, 2000.

(7)

Afinal, o que é ensinar?

Instruir

Saber fazer

Comunicar conhecimentos ou habilidades Mostrar

Guiar Orientar Dirigir

Apontam o professor como agente principal e responsável pelo ensino

(8)

Afinal, o que é aprender? Buscar informações

Adquirir habilidades

Adaptar-se às mudanças

Descobrir significados nos seres, fatos e acontecimentos Modificar atitudes e comportamentos

Verbos que apontam para o aprendiz como agente principal e responsável por sua aprendizagem.

(9)

Ensino e aprendizagem são indissociáveis, mas dependendo da ênfase num ou noutro polo, as

(10)

Toda e qualquer instituição de ensino, de qualquer nível, justamente porque existe em função do aluno e da

sociedade na qual se insere, deve priorizar a

aprendizagem de seus alunos sobre o ensino de seus

professores.

Cabe a nós, professores de nível superior, nos

questionarmos sobre nossa participação na criação e na organização da aprendizagem de nossos alunos

(11)

O papel do professor como repassador de informações

está no limite

Griffiths and Mayer-Smith Understanding Genetics –

Strategies for Teachers and Learners in Universities and High Schools . W.H.Freeman and Company, New York, 2000.

(12)

Estamos num mundo novo, que requer nova atitude, nova perspectiva

para a relação professor-aluno

Griffiths and Mayer-Smith Understanding Genetics –

Strategies for Teachers and Learners in Universities and High Schools . W.H.Freeman and Company, New York, 2000.

(13)

Resistência a introdução de inovações pedagógicas

Understanding Genetics – Strategies for Teachers and Learners in Universities and High Schools . Griffiths and Mayer-Smith. W.H.Freeman and Company, New York, 2000.

(14)

O que fazer para romper com esta tradição?

Savkar and Lokere Time to Decide – The Ambivalence of the World of Science Toward Education. Nature

(15)

UNESCO–Declaração sobre educação superior no século XXI “... novo paradigma de educação superior que tenha seu interesse

centrado no estudante (...) o que exigirá a reforma de currículos,

utilização de novos e apropriados métodos que permitam ir além do domínio cognitivo das disciplinas”

“... reforçar os vínculos entre a educação superior e o mundo do

trabalho e outros setores da sociedade

“... educar e formar pessoas altamente qualificadas, cidadãs e cidadãos responsáveis (...) mediante cursos que se adaptem constantemente

às necessidade presentes e futuras da sociedade

“... prover oportunidades para a aprendizagem permanente”

“... contribuir na proteção e consolidação dos valores da sociedade(...)” “... criar novos ambientes de aprendizagem....

(16)

Resumindo:

Docentes da educação superior devem estar ocupados em ensinar seus estudantes a aprender e a tomar

(17)

O que os professores devem conhecer para – em um sentido mais amplo de “saber” e “saber fazer” - desempenhar suas tarefas de forma satisfatória?

(18)

1. Romper com as visões simplistas sobre ensino/aprendizagem

• Concepção de que ensinar é essencialmente simples,

para o qual basta um bom conhecimento da matéria: quem

sabe automaticamente sabe ensinar

• Pouca familiaridade do professor com contribuições da

pesquisa e inovação didática

(19)

2. Adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem

das Ciências

• Reconhecer a existência de concepções espontâneas

difíceis de serem substituídas por conhecimentos científicos • Saber que os alunos aprendem significativamente

construindo conhecimentos

• Saber que os conhecimentos são respostas a questões, o que implica propor a aprendizagem a partir de situações problema

(20)

3. Saber analisar criticamente o “ensino tradicional”. Conhecer as limitações:

• dos currículos enciclopédicos e, ao mesmo tempo, reducionistas (deixando de lado aspectos históricos e sociais). Conhecer e ter em conta que a construção do conhecimento precisa de tempo

• da forma habitual de introduzir conhecimento (não levar em conta as concepções espontâneas ou alternativas

• das formas de avaliação habituais (limitadas a aspectos conceituais)

(21)

4. Saber preparar atividades capazes de gerar

aprendizagem efetiva e dirigir o trabalho dos alunos 5. Saber avaliar

(22)

O que deverão “saber” e “saber fazer” os professores de ciências?

(23)

Princípios comuns de aprendizagem

Toda aprendizagem, para que realmente aconteça, precisa ser significativa para o aprendiz – precisa envolve-lo como pessoa, como um todo (ideias,

sentimentos, cultura e sociedade)

No polo oposto da aprendizagem significativa está a

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Aprendizagem significativa

O aprendiz se capacita a aplicar o que foi aprendido em uma situação a uma variedade de situações

semelhantes

Algo aprendido só vai mudar nossos valores, motivos, autoestima, comportamento, se fizer sentido para o aprendiz

Griffiths and Mayer-Smith Understanding

Genetics – Strategies for Teachers and

Learners in Universities and High Schools . W.H.Freeman and Company, New York, 2000.

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Características do papel do professor

Facilitador da aprendizagem de seus alunos

Papel não é ensinar, mas ajudar o aluno a aprender Papel não é transmitir informações, mas criar

condições para que o aluno adquira informações,

Papel não é fazer brilhantes preleções, mas organizar

estratégias para que o aluno conheça a cultura

(26)

Que perguntas o professor deve se fazer para facilitar a aprendizagem do estudante?

Que objetivos pretendo que meus alunos alcancem? Quais são as expectativas de meus alunos ao virem fazer meu curso? Como envolve-los?

O que poderei fazer para facilitar o seu desenvolvimento e aprendizagem?

A aprendizagem exige uma contínua abertura para modificações, tanto do aluno como do professor

(27)

ESTRATÉGIAS para a aprendizagem

Como é que eu posso dar esta aula para meus alunos melhor alcançarem os objetivos de aprendizagem propostos para ela?

(28)

ESTRATÉGIAS para a aprendizagem

Meios que o professor utiliza em sala de aula para

facilitar a aprendizagem dos alunos, isto é, para conduzi-los em direção aos objetivos da aula, do conjunto de

aulas ou do curso

Inclui a organização da sala de aula (disposição dos móveis e todo o material a ser utilizado). Todas as atividades que serão pedidas aos alunos, e as do

professor, que serão necessárias para complementar, iniciar, organizar ou sintetizar as atividades dos alunos

(29)

Variações das ESTRATÉGIAS

Atender as diferenças individuais existentes no grupo Favorecer o desenvolvimento de diversas facetas dos alunos (habilidade de trabalhar em grupo, de se

expressar, de resolver problemas)

Para o professor – o curso se torna mais dinâmico, desafiador, pois exige renovação, flexibilidade e

criatividade ao dar as aulas e avaliação da eficiências das decisões tomadas ao planejar

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Materiais Didáticos

(31)

MD quanto ao suporte e ao uso das mídias

Atividades interativas

(32)

Por que usar Materiais Didáticos?

O material didático presencial é um facilitador da compreensão e do entendimento dos conceitos Além da cognição desenvolve aspectos:

• afetivos (desenvolvimento da sensibilidade e da estima e estreita os laços de amizade e afetividade);

• socialização (simulação de vida em grupo); • motivação (envolvimento na ação, no desafio) .

(33)

Griffiths and Mayer-Smith Understanding

Genetics – Strategies for Teachers and

Learners in Universities and High Schools. W.H.Freeman and Company, New York, 2000.

união de fragmentos

de informação conceitual que possui

(34)

• concretização de entidades e processos

• No caso da genética em particular os conceitos são sobre entidades, fenômenos, processos invisíveis e

abstratos

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Filho de Scoiso, scoisinho é

!

•Introduzir noções básicas de

Genética

•Discutir questões relacionadas

aos processos que ocorrem

durante a formação dos gametas e do zigoto

•Relacionar diferentes “receitas” de informação genética com a aparência do organismo

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Filho de Scoiso, scoisinho é

!

• Estabelecer correlações entre os conceitos:

DNA, cromossomo, gene e herança genética

• situar no tempo e no espaço os processos biológicos

•concretizar” processos e/ou estruturas invisíveis a olho nu

(37)

Materiais Didáticos

(38)

• Simulação do sequenciamento de DNA

• Mapeamento do DNA mitocondrial com enzimas de restrição • Cascatas de ação gênica na diferenciação de tecidos

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Metodologias ativas no ensino–aprendizagem de Biologia

(40)

Coevolução cultura/persistência de lactase

1. EM CASA: Responder questionário sobre leite e intolerância a lactose antes de ver o filme - – afirmações falso/verdadeiro; Assistir Filme 15 minutos

2. EM AULA : Responder o mesmo questionário – Comparação das respostas da classe

3. Primeiras ideias (texto) em duplas – Responder 2 questões, sendo uma delas apresentar uma explicação darwinista para o surgimento da persistência a

lactase

4. Questões corrigidas por outra dupla mediante um gabarito. Direito a defesa da opinião

5. Elaboração gráficos (em trios) de níveis de glicose no sangue após o consumo de 1 litro de leite (pessoas de diferentes origens geográficas)

6. Identificação dos lactase persistentes dos não persistentes. Critério usado? 7. Analisar heredogramas de famílias para verificar se a característica é genética 8. Determinar o padrão de herança.

9. Analisar sequência de bases de um trecho do DNA do gene persistência a lactase de indivíduos tolerantes e intolerantes a lactose

(41)

1. A aprendizagem é mais profunda

2. Estudantes participam ativamente na aprendizagem 3. A interação entre os estudantes é maior

4. Professor tem feedback maior – a compreensão ou ausência dela fica evidente no momento da aplicação

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BioInteractive - https://www.hhmi.org/biointeractive

https://www.hhmi.org/biointeractive/search?text=lactase %20persistence&sort_by=search_api_relevance&redire ct=1

TED ED Lessons Worth Sharing http://ed.ted.com/

http://ed.ted.com/lessons/which-sunscreen-should-you-choose-mary-poffenroth

DNA Learning Center

https://www.dnalc.org/resources/dnatoday/

Lern.Genetics http://learn.genetics.utah.edu/

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Genética na Escola

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Material Didático produzido pelo IB

http://www.ib.usp.br/botanica-material-didatico.html

http://www.ib.usp.br/genetica-bio-evolutiva-material-didatico.html

http://www.ib.usp.br/zoologia-material-didatico.html

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Referências

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