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FICHA DE UNIDADE CURRICULAR 2020/2021 FARMACOLOGIA

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Faculdade de Medicina Dentária

FICHA DE UNIDADE CURRICULAR

2020/2021

FARMACOLOGIA

1. DESCRIÇÃO GERAL DA UC

Curso: Mestrado Integrado em Medicina Dentária Ciclo: 1º 2º 3º Não conferente de grau

ECTS: 3 Localização no Plano de Estudos: 3º Ano 1º Semestre

Características: Semestral Anual Obrigatória Opcional

Horas de Trabalho: 84 Horas de Contacto: 64 (T:64 TP:-- PL:-- S:-- TC:-- E:-- OT:--) Horário de funcionamento: 2ªfeira:17:30-19:30; 6ªfeira:16:00-18:00

Horário de apoio pedagógico: 3ªfeira:13:30-16:30; 6ªfeira:10:30-13:30

2. OBJETIVOS E COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER

O curso de Medicina Dentária propõe-se formar profissionais de saúde com capacidade para adotar medidas profiláticas e terapêuticas ante o doente. A adoção destas medidas requer o conhecimento prévio dos mecanismos da doença e das opções terapêuticas. Os fármacos são o grupo de ferramentas atualmente com maior importância na terapêutica. São também, simultaneamente, agentes iatrogénicos pelas suas reações adversas e/ou incorreções na sua prescrição.

Na disciplina de Farmacologia são colocados à disposição dos alunos os meios necessários para: •Identificarem, adequadamente as substâncias de que poderão dispor,

•Aplicarem os critérios básicos de análise a qualquer fármaco que venha a estar disponível no mercado.

Caberá posteriormente à Terapêutica, selecionar de entre estas substâncias o fármaco adequado a cada indivíduo, seja com objetivos profiláticos ou terapêuticos.

Como as ações farmacológicas se devem a alterações bioquímicas, genéticas, imunológicas ou em geral fisiológicas no organismo ou nos agentes infeciosos, os conhecimentos de Bioquímica, Genética e Fisiologia adquiridos previamente no 1º e 2º anos, são fundamentais. Os conteúdos das outras disciplinas do 2º ano, principalmente Fisiopatologia e Microbiologia, irão justificar a importância de cada ação farmacológica e permitir a aplicação da farmacologia na resolução de problemas concretos de natureza terapêutica.

Na unidade curricular de Farmacologia o objetivo é estudar o modo como as substâncias usadas pelo homem, chamadas de fármacos, chegam ao local onde atuam e como atuam. Para atingir este objetivo o programa será explanado, primeiro, em termos de conceitos gerais, e, depois, numa segunda abordagem, a propósito de substâncias específicas, que são usadas como medicamentos, nas suas diversas indicações clínicas, ou que podem ser tóxicos. O conhecimento não se limitará a adquirir conceitos sobre substâncias que têm relação benefício/risco favorável (medicamentos) mas também sobre substâncias que têm esta relação desfavorável (tóxicos).

O objetivo final é a utilidade destes conhecimentos e competências no uso de medicamentos para diagnosticar, prevenir, curar ou aliviar doenças, através de regras que permitirão ao clínico, através do eventual número excessivo de nomes de medicamentos, conhecê-los, e, permitir a sua utilização no contexto da clínica. Os medicamentos estão sujeitos a rígidas normas regulamentares, de modo a haver garantia da sua qualidade.

Competências

O Médico Dentista deve:

- Possuir o conhecimento e compreensão suficiente das ciências biológicas, médicas, técnicas e clínicas básicas, para poder perceber as situações normais e as situações patológicas de relevo que são colocadas na Medicina Dentária;

- Ser capaz de diagnosticar patologias sistémicas e locais que comprometam a saúde oral e identificar essas situações sistémicas e locais com repercussão oral que requeiram intervenção farmacológica.

Conhecimentos

O Médico dentista deve possuir conhecimentos sobre:

- As bases científicas da Medicina Dentária, incluindo as ciências biomédicas relevantes;

- As ciências biomédicas no indivíduo saudável normal com uma profundidade relevante para a medicina dentária; - As alterações patológicas na cavidade oral que requerem tratamento farmacológico.

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Faculdade de Medicina Dentária

O objetivo geral da disciplina de Farmacologia é a familiarização do aluno com os vários fármacos, nomeadamente, propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas, indicações clínicas, contraindicações, reações secundárias e reações adversas. Incutindo nos alunos a capacidade de raciocinar sobre fármacos a partir de conhecimentos de fisiologia, bem como ensinar os princípios simples, mas concretos que constituem os fundamentos da terapêutica medicamentosa racional. A aquisição de conhecimentos sobre farmacologia geral capacita o futuro Médico Dentista para a sua aplicação às múltiplas situações clínicas com que se deparará no decorrer da sua atividade profissional.

A – Objetivos Educacionais Primários

No decorrer do tempo de ensino da Disciplina de Farmacologia, destacam-se os seguintes objetivos gerais:

1.Explicar os conceitos de fármaco, medicamento e tóxico e, consequentemente, de Farmacologia, Terapêutica e Toxicologia. 2.Integrar o aluno do mundo dos medicamentos, dando informação sobre aspetos regulamentares do medicamento e sobre terapêuticas alternativas.

3.Usar fármacos de acordo com as suas propriedades farmacocinéticas e o seu mecanismo de ação.

4.Incutir no aluno a capacidade de escolha estruturada e racional dum medicamento, segundo a sua eficácia (ou efetividade quando exista), segurança, conveniência e custo (segundo a Medicina e Medicina Dentária Baseada na Evidência).

5.Adquirir uma informação precisa e objetiva dos diversos grupos de fármacos utilizados em Medicina Dentária, especialmente nos aspetos respeitantes à sua seletividade de ação e melhoria introduzida na doença para a qual foram utilizados, via de administração, início e duração de ação, reações adversas, interações e toxicidade.

6.Conhecer os fármacos que usados com outros objetivos têm repercussão sobre a cavidade oral e suas estruturas. 7.Conhecer as circunstâncias que podem afetar a ação dos fármacos ou a resposta terapêutica: outros medicamentos ou compostos, alimentos e condições ambientais, estados fisiológicos (esforço, gravidez, infância, velhice), disfunções orgânicas (renais, hepáticas, circulatórias), características genéticas.

B – Objetivos Educacionais Terminais

Os objetivos de aprendizagem definidos para a Farmacologia remetem para os domínios cognitivos e das atitudes. No contexto atual do curriculum e das infraestruturas da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa não se pretendem alcançar objetivos do domínio psicomotor (aptidões).

No domínio cognitivo, os objetivos que os alunos deverão alcançar repartem-se pelas seguintes áreas de progressiva complexidade: memória, compreensão, aplicação e resolução de problemas.

Em cada objetivo o estudante parte duma competência de nível 1 (aquisição e compreensão do conhecimento) para o nível 2 (execução com supervisão) até ao nível 3 (execução sem supervisão). Assim, ao completar com sucesso a disciplina de Farmacologia o aluno deverá estar capacitado para:

- No que diz respeito aos conhecimentos que apelam, sobretudo, para a memória, pretende-se que os alunos:

• Identifiquem os grupos de fármacos e dentro destes, as denominações comuns internacionais/portuguesas (DCI/DCP) dos princípios ativos de referência e dos que se distinguem pelas características particulares;

• Descrevam estes fármacos sob o ponto de vista farmacocinético, farmacodinâmico e toxicológico se aplicável; • Refiram adequadamente a terminologia relacionada com o fármaco e com o medicamento.

- Relativamente à compreensão de conceitos, os alunos deverão:

• Explicar os mecanismos de ação farmacológica dos diferentes tipos de fármacos;

• Descrever e ordenar o processo que conduz à introdução de um medicamento no mercado e o sistema de farmacovigilância; • Construir e interpretar curvas, gráficos e outros parâmetros quantitativos que avaliam a eficácia, segurança, potência e exposição do organismo ao fármaco no âmbito da farmacologia clínica ou laboratorial;

- Sob o ponto de vista da aplicação dos conhecimentos adquiridos, pretende-se que os alunos:

• Situem nos esquemas fisiopatológicos os alvos e as ferramentas farmacológicas com interesse terapêutico; • Escolham os fármacos mais adequados para um determinado microrganismo;

• Consultem e selecionem fontes de informação sobre os fármacos e os medicamentos;

• Descrever, oralmente e por escrito, usando linguagem e terminologia adequadas, os fármacos ensinados; • Reconhecer a importância da Farmacologia na sua futura atividade profissional.

- A capacidade de resolução de problemas deverá concretizar-se nos seguintes comportamentos: • Distinguir fármacos com indicações terapêuticas semelhantes;

• Selecionar fármacos em situações particulares (grávidas, crianças, idosos, patologias concomitantes, interações medicamentosas, etc);

• Hierarquizar e resumir as características essenciais de um fármaco;

• Comparar a farmacologia científica com a homeopatia e terapêuticas naturais; • Examinar um estudo clínico com intervenção farmacológica;

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- No domínio das atitudes, pretende-se que o aluno tenha uma postura profissional, implicando: • Pontualidade e assiduidade;

• Participação no trabalho em equipa; • Uma atitude de pesquisa e de análise crítica; • O questionamento oportuno;

• A resposta a questões/situações imprevistas; • A capacidade de comunicação verbal; • Um comportamento ético.

3. PRÉ-REQUISITOS (precedências)

A)Conhecimentos

A unidade curricular de Farmacologia é, de certo modo, uma extensão da Fisiologia. Será uma fisiologia aplicada. É assim natural que a Fisiologia constitua em todos os seus conteúdos um pré-requisito para a Farmacologia.

Também a Bioquímica é fundamental para que se compreendam os mecanismos de ação dos medicamentos e tóxicos. Por outro lado, as funções surgem a nível das células, dos tecidos, dos órgãos e dos aparelhos e sistemas, o que significa que também a Anatomia e Histologia constituem duas disciplinas introdutórias à Farmacologia.

B)Aptidões

Língua inglesa – será necessário ter uma razoável capacidade de leitura, de compreensão da linguagem escrita e oral e manifestação escrita, de modo a ser capaz de entender a bibliografia recomendada e de escrever textos para apresentação em congressos internacionais.

Tecnologias de informação – recolher, analisar e organizar informação através de pesquisas em vários motores de busca da Internet, aplicando-a de forma apropriada.

Estatística – deve ter capacidade de interpretar e de exprimir os resultados de modo adequado. C)Atitudes

Motivação. Capacidade de colocar questões de modo correto. Ter conceitos de ética perante a experimentação animal. Ter relações cordiais e honestas com os colegas, com os professores e com todo o restante pessoal da Faculdade.

4. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

O programa de Farmacologia encontra-se dividido em várias unidades temáticas, explanados com os respetivos objetivos: I.Generalidades.

- Conhecimento:

1.Ter a noção de fármaco, medicamento e tóxico. Saber definir Farmacologia Clínica, Terapêutica, Toxicologia. Conceitos e objetivos.

2.Saber a origem dos fármacos e a sua classificação genérica. 3.Saber distinguir os nomes químico, comum e comercial dos fármacos.

4.Compreender o conceito de “medicamentos genérico”. 5.Caracterizar as fases farmacêutica, farmacocinética, farmacodinâmica e terapêutica.

6.Conhecimentos sobre o que é a Medicina e Medicina Dentária Baseada na Evidência e como se aplica. Fontes bibliográficas existentes sobre fármacos e medicamentos. Bases de dados.

7.Conhecer os diversos tipos de receituário e de medicamentos abrangidos pelo mesmo. Medicamentos não sujeitos a receita médica.

8.Conhecer meios de informação sobre medicamentos. Regulamentação dos medicamentos em Portugal e na União Europeia.

- Aptidões:

1.Escolher um medicamento tendo em conta o preço referencia, para alem da eficácia, segurança e conveniência. - Atitudes:

1.Poder de argumentação na escolha de um medicamento. Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente.

II.Farmacologia Molecular. - Conhecimento:

1.Saber estabelecer modos de intervenção farmacológica a partir de conhecimentos do genoma humano. 2.Distinguir a terapêutica génica da terapêutica tendo em conta a genética. Polimorfismos genéticos. 3.Conhecer alguns exemplos de terapia genica.

- Aptidões:

1. Fazer um projeto terapêutico para a doença de Duchenne. - Atitudes:

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III.Fatores que governam o destino dum fármaco no organismo – Farmacocinética (sistema ADME). -Conhecimento:

a)Absorção.

1.Saber os principais mecanismos envolvidos na passagem de fármacos através das membranas biológicas e na passagem dos fármacos através dos capilares. Difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo primário e secundário, endocitose e osmose.

2.Compreender a noção de barreira e dar exemplos de barreiras – hemato-encefálica e placentar. b)Distribuição.

1.Saber os fatores que a influenciam. 2.Saber o significado da redistribuição. 3.Compreender o conceito de volume apar c)Metabolização.

1.Conhecer as reações enzimáticas de fase I e de fase II, com exemplos.

2.Compreender os fatores que influenciam a metabolização, através da indução e da inibição enzimáticas. 3.Compreender a importância do fígado e saber explicar o ciclo entero-hepático.

4.Compreender o conceito de biodisponibilidade. d)Excreção.

1.Saber da importância do rim na eliminação dos fármacos ou dos seus metabolitos, quer através da filtração glomerular quer através da segregação tubular.

2.Conhecer outras vias de excreção – eliminação de fármacos para a saliva. 3.Compreender o conceito de depuração de um fármaco.

-Aptidões:

1.Saber deduzir a capacidade de absorção de um fármaco.

2.A partir de volumes de distribuição deduzir a distribuição do fármaco. 3.Saber antecipar interações a nível da metabolização.

4.Calcular o tempo necessário para se atingir a concentração de equilíbrio. 5.Saber avaliar a depuração renal de um fármaco.

-Atitudes:

1.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente. IV.Mecanismos gerais das ações dos fármacos. Ações específicas e não específicas. -Conhecimento:

1.Ter a noção desenvolvida de um recetor e dos seus diversos tipos. Sua distribuição. Classificação dos recetores.

2.Conhecer os tipos diferentes de recetores e respetivos mecanismos de sinalização intracelular. Cinética da ligação fármaco-recetor.

3.Conhecer os fatores ligados ao indivíduo (variabilidade da resposta aos fármacos no idoso, na criança, na grávida e nos estados patológicos), ao medicamento e ao meio ambiente que influenciam a farmacocinética e a farmacodinâmica. 4.Efeitos do tipo quantitativo ou do tipo tudo ou nada. Curva dose-efeito. Afinidade e atividade intrínseca; agonistas, agonistas parciais, agonistas inversos e antagonistas; antagonismo competitivo e não competitivo; antagonismo funcional. Constantes de afinidade de agonistas e de antagonistas – modo de as obter, medição do efeito, da eficácia e da efetividade. 5.Adquirir noções sobre Farmacovigilância.

6.Saber caracterizar interações entre substâncias. Entre fármacos e entre fármacos e outras substâncias ou estados do organismo. Polifarmácia. Reações adversas; efeito “dominó”. Influência dos fármacos nos exames analíticos e complementares de diagnóstico.

7.Compreender a tolerância, a acumulação, a hipersensibilidade e a resposta imunológica a fármacos. 8.Conhecer os critérios para a classificação dos recetores.

9.Conhecer os tipos de estudos epidemiológicos sobre os medicamentos – ensaios clínicos e estudos observacionais. 10.Saber os critérios de qualidade de um ensaio clínico.

11.Saber e caracterizar as categorias e níveis de Medicina e Medicina Dentária Baseada na Evidência. -Aptidões:

1.Assinalar os locais e os modos possíveis de intervenção farmacológica a nível de uma célula, de um tecido, de um órgão, de um aparelho ou sistema.

2.Ser capaz de testar a qualidade de um ensaio clínico publicado. -Atitudes:

1.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente. 2.Capacidade crítica perante um ensaio clínico publicado.

V.Neurotransmissão. Farmacologia do sistema nervoso autónomo. -Conhecimento:

1.Compreender a neurotransmissão e a neuromodulação.

2.Conhecer a Fisiologia e a Fisiopatologia sumária do sistema nervoso autónomo (SNA). 3.Saber o papel do SNA no stresse.

4.Compreender os modos possíveis de aumentar ou diminuir a neurotransmissão sináptica.

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-Aptidões:

1.Assinalar os locais e modos de intervenção para aumentar a neurotransmissão. 2.Assinalar os locais e modos de intervenção para diminuir a neurotransmissão.

3.Deduzir os efeitos decorrentes da estimulação ou inibição do simpático ou parassimpático a nível dos diversos pontos do SNA.

-Atitudes:

1.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente.

VI.Biologia e farmacologia da inflamação e do sistema sensorial – tratamento e modulação da dor e sintomas relacionados. -Conhecimento:

1.Conhecer os conceitos básicos sobre as vias da sensibilidade e da perceção da dor. Eicosanóides. Citoquinas. Histamina e outras aminas.

2.Conhecer a fisiopatologia da inflamação.

3.Conhecer o mecanismo de ação e os efeitos dos fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINES): efeito antipirético, analgésico e anti-inflamatório. Anti-inflamatórios não esteroides mais utilizados: salicilatos, derivados do ácido propiónico, derivados indolicos, pirazolonas, oxicams, derivados do ácido mefenâmico, nimesulide. Eficácia, segurança e modos de administração destes fármacos em Medicina e Medicina Dentária.

4.A partir do mecanismo da ação saber descrever as reações adversas locais e/ou sistémicas; outras reações adversas. 5.Conhecer os fármacos anti-inflamatórios esteróides. Mecanismos de ação. Eficácia, segurança (riscos). Esquemas de administração.

6.Conhecer fármacos modificadores da doença reumática (DMARDS) – da artrite reumatoide, da espondilite anquilosante, da doença gotosa, da artrose. Medicamentos biológicos.

7.Saber o significado de analgésicos centrais ou “periféricos”.

8.Saber os tipos e funções dos recetores opióides, bem como os neurotransmissores e neurotransmissores relacionados com a dor e o seu controlo.

9.Saber explicar a analgesia pelo placebo, acupunctura, massagem, pressão.

10.Conhecer os diversos analgésicos centrais, opióides e não opióide. Efeitos indesejáveis. Hiperdosagem (“overdose”). Usos da morfina. Codeína, petidina, pentazocina, dehidrocodeína, dextropropoxifeno, buprenorfina, metadona e tramadol. 11.Conhecer os mecanismos biológicos e da toxicodependência.

12.Conhecer os antagonistas dos recetores opióides: naloxona e naltrexona.

13.Conhecer os analgésicos “periféricos”. Derivados do para-aminofenol: paracetamol. Farmacocinética e farmacodinamia. Reações adversas. Efeitos tóxicos. Derivados do ácido propiónico – ibuprofeno. Clonixina. Salicilatos. Nimesulide. Pirazolonas. 14.Saber das vantagens e desvantagens das associações de analgésicos e de outros compostos (cafeína, ácido ascórbico). 15.Compreender o que é a anestesia local.

16.Saber os tipos de anestesia local.

17.Saber os fatores que influenciam a duração da ação anestésica local.

18.Conhecer os dois grandes tipos de estrutura química dos anestésicos locais – amida e éster. 19.Compreender os mecanismos de ação. Relação estrutura/atividade.

20.Conhecer os anestésicos locais mais frequentemente utilizados em Medicina Dentária, caracterizando-os do ponto de vista farmacocinético, pelas ações farmacológicas. Toxicidade dos anestésicos locais. Prevenção do aparecimento de reações adversas.

21.Ter alguns conceitos básicos sobre vigília e a consciência – funções hemisféricas e do tronco cerebral – e sobre as funções do cerebelo.

22.Conhecer algumas teorias da ação anestésica. 23.Saber a evolução clássica de uma anestesia geral.

24.Conhecer a pré-medicação anestésica (objetivos e realização).

25.Conhecer agentes indutores anestésicos e fármacos na manutenção de uma anestesia geral. Anestésicos gerais por inalação, endovenosos, intramusculares. Recobro.

26.Saber o que é um miorrelaxante.

27.Compreender os mecanismos de ação dos miorrelaxantes centrais e periféricos. 28.Conhecer miorrelaxantes centrais e periféricos. Farmacocinética. Interações. 29.Saber precauções e contraindicações na sua utilização.

-Aptidões:

1.Assinalar as reações adversas dos anti-inflamatório. 2.Saber notificar uma reação adversa.

3.Saber escolher um anti-inflamatório não esteroide pela reação de benefício / risco, conveniência e custo. 4.Assinalar as reações adversas dos anti-inflamatório esteroides.

5.Saber escolher um anti-inflamatório esteroide pela relação de benefício / risco, conveniência e custo. 6.Escolher um analgésico (pela relação benefício / risco)

7.Caracterizar os riscos dos fármacos opióides. 8.Escolher racionalmente um anestésico local.

9.Saber procurar informação sobre anestésicos gerais, nomeadamente sobre o protóxido de azoto. -Atitudes:

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3.Cooperação com os outros colegas e com o docente. VII.Psicomodificadores e anti-histamínicos.

-Conhecimento:

1.Saber o significado de psicoléptico, psicoanaléptico e psicodisléptico.

2.Conhecer os recetores da histamina. Anti-histamínicos H1 ou H2. Propriedades farmacológicas e usos terapêuticos. Utilização clínica. Alergia e anti-histamínicos. Rinite alérgica, urticária crónica, outras utilizações.

3.Saber a utilização dos antagonistas dos recetores H1 da histamina.

4.Dar exemplos e caracterizar (eficácia, segurança e conveniência) ansiolíticos, sedantes, neurolépticos, hipnóticos, antimaníacos, antidepressores, estimulantes do SNC.

5.Descrever os usos clínicos dos anticonvulsionantes. 6.Saber como atuar perante um doente epilético. 7.Saber como atuam os fármacos antiparkinsónicos. 8.Conhecer as limitações dos fármacos antidemenciais. 9.Ter o conceito de droga.

10.Conhecer as drogas mais prevalentes e respetivas ações. -Aptidões:

1.Fazer a prescrição (instruindo a receita) de um ansiolítico, se um hipnótico, de um antidepressor (de cada geração), de um antiepilético usado na dor crónica ou neuropática.

2.Tratar a dor neuropática.

3.Actuação perante um doente epilético com uma crise convulsiva no consultório. -Atitudes:

1.Saber estabelecer uma relação correta com um doente ansioso. 2.Motivação na aula.

3.Cooperação com os outros colegas e com o docente. VIII.Fármacos que modificam a hemostase.

-Conhecimento:

1.Ter conhecimento dos conceitos atuais sobre a fisiologia da hemostase.

2.Sobre os antiagregantes plaquetários: saber os mecanismos de ação, farmacocinética e os principais fármacos deste grupo. 3.Conhecer o uso clínico dos antiagregantes plaquetários.

4.Conhecer: heparina, heparinas de baixo peso molecular, anticoagulantes orais; heparinóides e outros; ações e efeitos; indicações, precauções, reações adversas, contraindicações e interações.

5.Saber o que são tromboliticos, e como a partir de compostos endógenos se desenvolveram os compostos trombolíticos atuais.

6.Saber as interações, as indicações clínicas e os acidentes do uso dos trombolíticos.

7.Conhecer hemostáticos e o modo de os usar, bem como as suas reações adversas, precauções e contraindicações na sua utilização.

-Aptidões:

1.Aconselhamento do doente que toma um antiagregante plaquetário ou um anticoagulante – ser capaz de fazer o controlo destes doentes.

2.Saber controlar o uso de um anticoagulante (oral e parentérico). 3.Saber aplicar um fármaco hemotástico.

-Atitudes:

1.Saber fazer a referenciação de um doente com uma diátese hemorrágica. 2.Cooperação com os outros colegas e com o docente.

IX.Medicamentos para infeções e infestações. -Conhecimento:

Conhecer:

1.Antissépticos e desinfetantes.

Modos de ação. Terminologia. Objetivos a atingir. Limitações do seu uso.

Higiene oral e inibição da placa bacteriana, desinfeção de próteses removíveis. Principais antissépticos/desinfetantes. 2.Antibióticos.

Definição. Bactérias saprófitas, parasitas e comensais; bactérias patogénicas. Classificação – ação bacteriostática ou bactericida; segundo o espectro antibacteriano, a origem ou a família química. Mecanismo de ação. Concentrações inibitórias mínimas. Efeito pós-antibiótico. Difusão do antibiótico – concentrações a nível da saliva e da boca. Resistência dos microrganismos aos antibióticos – tipos e modos de resistência. Uso preventivo ou curativo. Estudo das principais famílias (fármacos, farmacocinética, atividade, indicações, contraindicações, reações adversas); razões de escolha em Medicina Dentária.

3.Antifúngicos.

Tópicos e sistémicos. Indicações. Reações adversas.

Micoses orais como reflexo de alterações sistémicas – reações adversas a antibióticos ou a depressores imunitários. 4.Antivíricos. Principais antivíricos usados em medicina oral.

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6.Conhecer reações adversas a nível da cavidade oral resultantes do uso de antibióticos -Aptidões:

1.Saber escolher e usar um desinfetante.

2.Fazer uma prescrição de um antibiótico numa infeção da cavidade oral e anexos (resolver casos clínicos). 3.Tratar uma candidíase da cavidade oral.

4.Prescrever um antivírico numa infeção herpética.

5.Saber prescrever tendo em atenção os preços de referência. -Atitudes:

1.Saber aconselhar um doente com uma infeção da cavidade oral, com ou sem tratamento específico. 2.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente.

X.Fármacos do sistema endócrino, vitaminas e minerais. -Conhecimento:

1.Identificar os fármacos que atuam no metabolismo do cálcio. 2.Compreender como atua os anovulatórios.

3.Conhecer as possibilidades de tratamento antidiabético. -Aptidões:

1. Escolher um fármaco para aumentar a densidade mineral óssea. -Atitudes:

1.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente. XI.Fármacos para o aparelho cardiocirculatório.

-Conhecimento:

1.Identificar os alvos biológicos, modos de intervenção para tratar a hipertensão arterial, a insuficiência cardíaca, a isquemia do miocárdio, as arritmias cardíacas.

2.Saber deduzir as reações adversas que podem resultar de fármacos do aparelho cardiocirculatório.

3.Conhecer consequências para a cavidade oral e anexos do uso de alguns fármacos usados para doenças cardiocirculatórias. 4.Conhecer as consequências para o aparelho cardiocirculatório dos fármacos usados no tratamento de doenças da cavidade oral e anexos.

-Aptidões:

1. Saber tratar um doente sob antihipertensores. -Atitudes:

1.Saber referenciar um doente com doença cardiovascular.

2.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente. XII.Modificadores do aparelho respiratório.

-Conhecimento:

1.Identificar os alvos biológicos / modos de intervenção para tratar a congestão nasal, a asma, a DPOC. 2.Conhecer o tratamento dos diversos tipos de tosse.

3.Saber as consequências para a cavidade oral e anexos do uso de medicamentos do aparelho respiratório. -Aptidões:

1.Prescrever um antibiótico ou um anti-inflamatório para uma doença do aparelho respiratório. 2.Saber atuar num doente com asma.

-Atitudes:

1.Saber referenciar um doente com doença respiratória.

2.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente. XIII.Modificadores do aparelho digestivo.

-Conhecimento:

1.Conhecer os diversos grupos de fármacos antieméticos. 2.Conhecer modos de relaxar a musculatura lisa do tubo digestivo. 3.Identificar e caracterizar os grupos de fármacos espasmolíticos. 4.Saber os modos de neutralizar e diminuir a secreção ácida gástrica. 5.Conhecer os antidiarreicos.

6.Conhecer os laxantes e purgantes.

7.Conhecer as limitações dos fármacos hepatoprotectores. 8.Conhecer os anti-inflamatórios intestinais.

-Aptidões:

1.Prescrever um antiemético antagonista dos recetores H1 da histamina. 2.Prescrever um antiácido ou um inibidor da bomba de protões. 3.Saber tratar uma diarreia.

-Atitudes:

1.Saber referenciar um doente do aparelho digestivo.

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Faculdade de Medicina Dentária

XIV.Fármacos antineoplásicos e imunomoduladores. -Conhecimento:

1.Noções de como atuam os fármacos antineoplásicos. 2.Reconhecer as reações adversas a nível da cavidade oral. -Aptidões:

1. Referenciar um doente com tratamento antineoplásico e com complicações bucais. -Atitudes:

1.Saber referenciar um doente com doença neoplásica.

2.Pontualidade. Motivação na aula. Cooperação com os outros colegas e com o docente

5. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

1-Farmacologia. H P Rang, M M Dale, J M Ritter. Elsevier. 8ª Edição, 2016.

2-Pharmacology. H P Rang, M M Dale, J M Ritter. Churchil Livingstone. 8ª Edição, 2016.

3-Goodman and Gilman’s Pharmacological Basis of Therapeutics. L Brunton, Laurence, Bruce Chab. McGraw-Hill, 2011. 4-Basic and Clinical Pharmacology. B G Katzung, A Trevor, M Kruidering. Lange-Mc-Graw-Hill. 13th Edition, 2015. 5-Integrated Pharmacology. Page Clive, M Curtis, M C Sutter, M Walker and B Hoffman. Mosby, 2002.

6-Clinical Pharmacology. P N Bennett. Churchil Livingstone, 2003.

7-Farmacologia e Terapêutica em Medicina Dentária. Maria Helena Raposo. Medisa, 2006. 8-Medical Emergencies in the dental Office. Stanley Malamed. 6th Edition. Mosby, 2007.

9-Terapêutica medicamentosa e suas bases farmacológicas. Walter Oswald e Serafim Guimarães. Porto Editora. 5ª Edição, 2006.

6. MÉTODOS DE ENSINO

Farmacologia é uma disciplina semestral ministrada no 1.º semestre do 3º ano do Mestrado Integrado de Medicina Dentária. A sua carga horária total é de 64 horas. As aulas são ministradas em dois períodos de 50 minutos, separados por um intervalo de 10 minutos, por dois dias da semana. A matéria é ministrada recorrendo-se amplamente a meios visuais, de base informática, por forma a tornar a transmissão dos conhecimentos mais dinâmica e acessível.

As aulas de Farmacologia decorrem às Segundas-Feiras, das 17:30h às 19:30h, e Sextas-Feiras, das 16:00h às 17:50h.

7. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Modalidade de avaliação: Avaliação contínua Avaliação por exame final Avaliação mista

Descrição: A avaliação da Disciplina de Farmacologia consiste unicamente num exame final que incidirá sobre a totalidade da

matéria lecionada. O exame final será realizado nas épocas de exame previstas. A classificação final da Disciplina de Farmacologia corresponde à nota obtida no exame final. Uma classificação inferior a 10 valores implica a reprovação à unidade curricular.

8. DOCENTES (assinalar o regente)

Professora Doutora Cristiana Palmela Pereira (Professora Auxiliar) – Regente e Coordenadora pedagógica da unidade curricular - Ext. 12563. email:cristiana.pereira@fmd.ulisboa.pt

9. LÍNGUA(S) DE ENSINO

Referências

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