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FOCUS ESCOLA DE FOTOGRAFIA. Henry Cesare Alves de Lima. Annie Leibovitz

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FOCUS ESCOLA DE FOTOGRAFIA

Henry Cesare Alves de Lima

Annie Leibovitz

São Paulo 2018

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FOCUS ESCOLA DE FOTOGRAFIA

Henry Cesare Alves de Lima

Annie Leibovitz

Monografia apresentada ao curso de fotografia, sob orientação do Professor Enio Leite como exigência parcial para a conclusão do curso.

São Paulo 2018

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Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração.

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AGRADECIMENTOS

À minha esposa Keli que tanto me inspira e me incentiva sempre a melhorar, agradeço e dedico este trabalho. Agradeço ao Professor Enio por compartilhar seus conhecimentos de uma forma tão simples.

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SUMÁRIO

1. Introdução 2. Annie Leibovitz 3. Fotos

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1. INTRODUÇÃO

O retrato de um modo geral é definido como a representação visível (geralmente provisória) de pessoa, pela pintura, pelo desenho, pela fotografia, pela escrita ou através da oralidade. Como modo de expressão literária, o retrato constitui uma forma de descrição de pessoa ou coisa. Por vezes, aplica-se o termo à descrição de um ambiente ou época.

O retrato, enquanto descrição oral ou escrita, tal como sucede na pintura ou na fotografia, deve reproduzir não apenas a fisionomia ou as poses sobre um cenário, mas captar o caráter, a personalidade e a alma refletidos no olhar, nas feições, no gesto, na figura.

O retrato (ou portrait) é o mais popular dentre todos os gêneros de fotografia, desde os primórdios desta invenção – a tal ponto que a expressão “tirar um retrato” é, ainda hoje, confundida com a expressão “tirar uma fotografia”, de designação bem mais genérica. Explorado por seus inventores e experimentado em todos os processos e formatos, foi o retrato que colocou no topo alguns dos mais importantes nomes da história da fotografia, que dele se valeram para documentar, encenar, idealizar, conhecer e dar a conhecer, provocar e refletir, das mais diversas estratégias, e este trabalho tem como objetivo descrever uma das mais importantes fotógrafas, não só da segunda metade do século XX, mas também do início do século XXI: Annie Leibovitz.

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2. Annie Leibovitz

Annie Leibovitz nasceu nos Estados Unidos no dia 02 de Outubro de 1949, na cidade de Waterbury, Connecticut. O pai de Leibovitz teve uma carreira militar e sua mãe era dançarina. A família vivia nas Filipinas em 1967, quando Leibovitz voltou aos EUA e se matriculou no Instituto de Arte de São Francisco, pretendendo se tornar uma pintora. Como já era acostumada a fotografar quando morava nas Filipinas acabou aprimorando a técnica de fotografia durante seus estudos em São Francisco.

No início de sua carreira, Annie, assim como qualquer fotógrafo iniciante, seguia uma estética do acaso, sem grandes produções e sem uma marca especifica, dando preferência às fotos em preto e branco. Era um momento de inspiração e formação para ela, que tinha como ídolos os fotógrafos Robert Frank e Henri Cartier-Bresson, famosos por captarem cenas do cotidiano. Ela também chegou a ser fotógrafa de guerra, documentando os horrores provocados pelos conflitos em Sarajevo e em Ruanda.

Ainda estudante, em 1970, se juntou à recém lançada revista Rolling Stone, e já em 1973, devido ao seu impressionante trabalho, se tornou fotógrafa -chefe da publicação. O estilo de assinatura de Leibovitz da fotografia de retrato ajudou a Rolling Stone a criar um visual único. Ela trabalhou com a revista até 1983.

Ela fotografou extensivamente a banda britânica de rock The Rolling Stones durante 1971 e 1972 e eles gostaram tanto de seu trabalho que a escolheram como a fotógrafa da turnê de concertos pelos Estados Unidos em 1975. Teve um sério problema com uso de cocaína, o que a obrigou a passar por tratamento de reabilitação, que felizmente a tirou do vício.

Entre tantos retratos, talvez o mais famoso foi feito em dezembro de 1980, quando Annie retratou o cantor John Lennon e sua esposa Yoko On o para a revista Rolling Stone. A foto mostra John nu em posição fetal abraçando Yoko. O ex-Beatle morreria assassinado horas depois do ensaio fotográfico.

A partir de 1983 começou a trabalhar para a revista Vanity Fair, onde fotografa celebridades e realiza editoriais de moda. Também fez fotos para Vogue e campanhas publicitárias, sendo uma das mais famosas a campanha dos cartões American Express que lhe renderam um Clio Award de 1987. Além disso

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ganhou outros prêmios como Prêmio Princesa das Astúrias de Comunicações e Humanidades, Lenda Viva da Biblioteca do Congresso, Hall da Fama das Mulheres de Connecticut e o Prêmio Lucie.

Com total liberdade criativa, foi responsável pela idealização de cenários fantásticos e caros, mas que rendiam cliques memoráveis. Nesse momento, Annie tornou-se conhecida e muito requisitada por revistas de moda e comportamento em todo o mundo. A mais famosa (e temida) editora de moda da Vogue, Anna Wintour, disse em uma entrevista que o investimento em Leibovitz valia muito a pena, pois “ela te dá uma imagem como ninguém mais pode conseguir”.

Ela tirou uma foto da atriz Demi Moore, que estava grávida para a 'Vanity Fair' em 1991. Isso desencadeou uma tendência de outras celebridades desejando posar para fotografias em estágios avançados de gravidez, fato muito corriqueiro hoje em dia em sessões de fotos.

Annie se notabilizou em conseguir feitos nunca antes realizados por uma mulher, como por exemplo, ela teve a oportunidade de fotografar a cantora britânica Joan Armatrading em 1978 para um álbum, tornando-se a primeira mulher a fazê-lo. Ela foi a primeira mulher a realizar uma exposição de mais de 200 de suas fotografias na National Portrait Gallery, em Washington, DC, em 1991 e ela foi a primeira fotógrafa não inglesa a retratar a rainha Elizabeth II, em 2007.

O icônico calendário Pirelli decidiu destacar mulheres notáveis na edição de 2016. A publicação, famosa por trazer anualmente fotos sensuais de modelos, optou por dar visibilidade em sua 43ª edição a mulheres reconhecidas em suas áreas profissionais. Segundo a marca, foram retratadas "13 mulheres de notáveis conquistas profissionais, sociais, culturais, esportivas e artísticas". Dentre elas, está a comediante Amy Schumer, a tenista Serena Williams e a artista Yoko Ono. Annie foi a fotógrafa escolhida.

As mulheres retratadas na edição 2016 do calendário foram: a atriz Yao Chen, primeira chinesa Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da ONU para Refugiados; a top model russa Natalia Vodianova, fundadora da instituição de caridade Naked Heart Russia; a produtora Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm e uma das figuras mais influentes de Hollywood; a colecionadora e compradora de arte Agnes Gund (com a neta Sadie Rain Hope-Gund), Presidente Emérita do Museu de Arte Moderna em Nova York; a tenista Serena Williams, ex-número um do mundo; a formadora de opinião, crítica e escritora Fran Lebowitz. Além delas, também figuram: a presidente da Ariel

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Investments, Mellody Hobson, que apoia projetos de caridade em Chicago; a diretora de cinema Ava DuVernay, que fez, dentre outros, Selma, indicado para o Oscar de Melhor Filme em 2015; a blogueira Tavi Gevinson, fundadora da Style Rookie e da revista online Rookie; a artista visual iraniana Shirin Neshat; a artista, música e performer Yoko Ono; a cantora Patti Smith, uma das maiores estrelas do rock de todos os tempos; e a atriz e comediante stand up Amy Schumer.

Pelo simples fato de serem constantemente fotografadas, celebridades geralmente desenvolvem técnicas para não perder o controle do que exibem de si mesmas. Conhecem o seu melhor ângulo, a sua mirada mais sedutora e a imagem que lhes é conveniente na vida pública. Um grande retratista seria, portanto, aquele que conseguisse romper essa máscara e surpreender inclusive a própria personalidade enfocada. Annie Leibovitz pertence a esse grupo. Para ilustrar uma matéria sobre Whoopi Goldberg na revista “Vanity Fair”, a fotógrafa fez a ela um pedido inusitado: queria mostrá-la mergulhada em uma banheira transbordando de leite. E assim se deu. Essa é uma das imagens que sintetizam o estilo de Annie não apenas pela irreverência e pelo resultado plástico. Em vez de buscar uma “verdade interior” do retratado, ela faz uma leitura de sua “persona”. No caso de Whoopi, parte de um clichê da vaidade feminina, o banho de leite, e o usa num jogo puramente estético entre o preto e o branco, desmontando qualquer ideia preconceituosa em relação ao reinado de uma estrela de pele negra. Whoopi entendeu a ironia: “Os gatos me seguiram durante semanas”, comentou ela.

Essa foto foi escolhida para a capa do livro “Annie Leibovitz”, lançado em 2009 em Los Angeles numa locação muito usada pela fotógrafa: o mitológico hotel Chateau Marmond, em Beverly Hills. Editado pela Taschen, traz os 250 melhores trabalhos feitos por Annie em toda sua carreira e sai com o selo “SUMO” apresentado como o maior livro de arte já produzido.

A publicação, com tiragem limitada de dez mil exemplares, tem dimensões de 50 cm por 69 cm e pesa 26 quilos. Para ser melhor manipulada, vem com um pedestal criado pelo designer Marc Newson. Custa US$ 2,5 mil (a versão de colecionador) e US$ 5 mil (a versão de “fine art” autografada dos primeiros mil exemplares). Sua edição marcou o ressurgimento da artista, abalada pela morte da companheira Susan Sontag, em 2004, e a sua quase falência cinco anos depois, devido a uma dívida de US$ 24 milhões. Atualmente ela é a fotógrafa mais bem paga do mundo, segundo a revista People with Money.

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Ser escolhido para uma honraria como essa, só conferida a Helmut Newton e a Sebastião Salgado, denota o poder de um fotógrafo no concorrido mercado das imagens. Ao escolher as fotos desde os tempos de suas matérias para a revista “Rolling Stone”, nos anos 1970, até a brilhante passagem pelas revistas “Vanity Fair” e “Vogue”, a própria Annie percebeu que o poder era justamente o que norteava o seu trabalho. De fato, desfilam pelas 476 páginas do volume o “quem é quem” do show biz, das artes, do esporte, da política e dos negócios. Flagrantes de estrelas de cinema como a vencedora do Oscar Cate Blanchett em pose de diva, a estonteante Scarlett Johansson em trajes de dançarina dos anos 1920, a apresentadora do Oscar Ellen DeGeneres em roupas íntimas, o corredor olímpico Carl Lewis de sapatos de saltos vermelhos, além de Jack Nicholson, Arnold Schwarzenegger ou Lady Gaga, são uma pequena amostra da galeria de famosos – é de se imaginar o trabalho que foi justamente fazer a seleção dessas pessoas, já que estar no foco de Annie Leibovitz equivale a ser pintado por um célebre artista séculos atrás.

Annie Leibovitz também já lançou seis livros durante sua carreira: Photographs, Photographs 1970-1990, American Olympians, Women, American Music e A Photographer’s Life 1999-2007. Sua vida e bastidores de seu trabalho também foram documentados em “Annie Leibovitz: A Vida Através das Lentes”, dirigido por Barbara Leibovitz, irmã mais nova da fotógrafa.

Imagens icônicas de celebridades, capas históricas e retratos das pessoas mais importantes do mundo fazem parte do trabalho de Annie Leibovitz. Algumas de suas técnicas tornaram-se marca registrada, como o gosto pelas cores primárias e a nítida colaboração do assunto com a fotógrafa, gerando poses e fotografias memoráveis. Com o tempo, sua técnica se aperfeiçoou e um dos seus diferenciais ficou marcado como a capacidade de registrar seus personagens em ambientes familiares ou de trabalho, criando uma relação íntima. As imagens de Annie podem ser interpretadas como uma grande aula de direção de cena e personagens para aqueles que se arriscam na fotografia de retrato.

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4. Bibliografia

1. Annie Leibovitz, uma das mais importantes fotógrafas da atualidade. Disponível em: http://www.dfe.uem.br/comunicauem/2017/11/03/annie-leibovitz-uma-das-mais-importantes-fotografas-da-atualidade/

2. Os fotógrafos vivem uma longa vida e trabalham até o fim. Disponível em:

http://foto.espm.br/index.php/sem-categoria/annie-leibovitz-e-a-vida-alem-das-estrelas/

3. Confira o trabalho da renomada fotógrafa Annie Leibovitz. Disponível em: https://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2014/01/09/confira-o-trabalho-da-renomada-fotografa-annie-leibovitz.htm#fotoNav=9

4. As várias facetas da fotógrafa americana Annie Leibovitz. Disponível em: https://blog.emania.com.br/as-varias-facetas-de-annie-leibovitz/

5. Annie Leibovitz: transformando fotografias em arte de forma única. Disponível em:

http://lounge.obviousmag.org/com_cafe/2014/09/Annie-Leibovitz-fotografia-em-arte.html

6. Texto sem título. Disponível em: https://amantesdavida.com.br/annie-leibovitz/ 7. Vida de fotógrafo por Annie Leibovitz. Disponível em: https://www.mdig.com.br/index.php?itemid=19873

8. Os retratos intimistas de Annie Leibovitz. Disponível em: http://iphotochannel.com.br/fotopedia/os-retratos-intimos-de-annie-leibovitz

9. Retratos. Disponível em: http://brasilianafotografica.bn.br/?page_id=33 10. Retrato. Disponível em: https://www.infopedia.pt/$retrato

11. Annie Leibovitz Biography. Disponível em:

https://www.thefamouspeople.com/profiles/anna-lou-leibovitz-736.php

12. Annie Leibovitz – American Photographer. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Annie-Leibovitz/media/335335/129585

13. Annie Leibovitz Biography. Disponível em:

Referências

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