Guerras do Prata
O ditador Rosas, da Argentina, pretendia recriar o vice-reino do Prata, unindo Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
O presidente do Uruguai, Oribe, começa a atacar os territórios do Rio Grande do Sul.
D. Pedro II ordena a guerra contra Rosas e Oribe trocando os presidentes dos países para pessoas favoráveis ao Brasil.
A Guerra Contra Oribe e Rosas foi importante para o Brasil, já que na época enfrentava-se a vontade do Rio Grande do Sul de se separar do país, mas com este estado participando ativamente, fez com que se integrasse de vez ao Brasil.
Além disso, provou a hegemonia do país e a sua estabilidade política e econômica.
Guerra do Paraguai:
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Antecedentes: o Paraguai se desenvolveu de maneira independente no continente com indústria própria e reforma agrária que deu melhores condições de vida à
maior parte da população e fortaleceu o poder do ditador Solano Lopez.
Início da guerra – o aprisionamento de uma embarcação brasileira (Marquês de Olinda), que navegava pelo rio Paraguai em direção a Cuiabá, e a invasão do Mato Grosso (atual Mato Grosso do Sul), ocorrida em 26 de dezembro de 1864. O ataque paraguaio ao Brasil foi uma represália à invasão do território uruguaio, conduzida pelo governo brasileiro em favor dos colorados e contra
Solano López direcionou suas forças sobre o Rio Grande do Sul e Uruguai. Solano enviou milhares de soldados para o Uruguai com o objetivo de socorrer os blancos na guerra contra o Brasil e os colorados. Para isso, solicitou passagem por Corrientes para Mitre, presidente argentino.
Mitre, que era aliado dos colorados na Guerra Civil Uruguaia, negou o direito de passagem às tropas
paraguaias. Como consequência, Solano López declarou guerra à Argentina e invadiu Corrientes. Essa declaração de guerra ocasionou o surgimento da Tríplice Aliança,
formada por Brasil e Argentina, juntamente
com colorados uruguaios, para lutar contra os paraguaios. Essa aliança foi formalizada em 1º de maio de 1865.
A longa duração da guerra deveu-se à dificuldade dos países da Tríplice aliança lutarem juntos; ao
desconhecimento do território paraguaio; e à adesão de toda a população paraguaia à guerra.
As batalhas de Riachuelo, Tuiuti e Cerro Corá foram importantes para a vitória.
A partir de finais de 1869, a liderança dos exércitos
brasileiros foi assumida por Conde d’Eu, já que Caxias era contrário à continuação do conflito. A caçada a
Solano encerrou-se na batalha de Cerro Corá, em
março de 1870, quando soldados brasileiros mataram o ex-ditador paraguaio. Finalizava-se assim a Guerra do Paraguai.
Consequências:
Argentina e Uruguai saíram endividados, mas com sua política estabilizada.
Para o Brasil, a guerra gerou forte impacto na
economia, uma vez que os gastos do Brasil foram 11 vezes o orçamento anual do país em 1864. Além disso, o governo brasileiro saiu bastante endividado,
sobretudo com bancos ingleses, em decorrência dos empréstimos feitos para financiar o conflito. A guerra também fortaleceu o exército como instituição e
O Paraguai foi a nação mais prejudicada na guerra, afinal, grande parte das batalhas aconteceu em
território paraguaio, o que lhe causou grande
destruição material. A nação ainda foi obrigada a abrir mão dos litígios territoriais que travava com Brasil e
Argentina. O país só não perdeu mais territórios para a Argentina porque o governo brasileiro tratou de
defender a soberania do território paraguaio como
forma de evitar o maior fortalecimento dos argentinos.
A estimativa mais aceita apontou a morte de,
aproximadamente, 150 mil paraguaios na Guerra do Paraguai.
Abalos na monarquia:
A vitória na guerra do Paraguai fez com que o exército, de orientação positivista (August Comte) passasse a questionar a monarquia, considerada atrasada e
apoiasse a república, mais evoluída. Os militares desobedeciam as leis não perseguindo escravos
fugitivos e questionavam a ligação do monarca com a marinha (questão militar).
Os escravocratas já haviam parado de apoiar a
monarquia por sentirem-se prejudicados na abolição (questão escravista).
Outra situação complicada foi a questão religiosa – a unificação italiana indispôs a igreja católica com a
maçonaria que participou ativamente da conquista dos territórios da igreja para a formação da Itália. Assim, o para Pio IX enviou uma carta aos católicos brasileiros proibindo maçons de estarem ligados à igreja.
A constituição brasileira dava direito ao rei de impedir que alguma regra do papa entrasse em vigor no país, assim, D. Pedro II não permitiu que maçons fossem expulsos, uma vez que ele mesmo era maçom.
Dois bispos no nordeste foram presos por obedecerem ao papa o que trouxe problemas entre a igreja e a
Partido republicano paulista
O PRP foi um partido republicano com existêncialegal, mesmo na fase do Império do Brasil, fundado durante a convenção de Itu, em 18 de abril de 1873.
O Partido Republicano Paulista (PRP) foi o resultado da fusão política produzida entre fazendeiros do Clube Republicano ou Radical entre os quais se
destacavam Américo Brasiliense, Luís Gama, Américo de Campos e Bernardino de Campos, Prudente de
Morais, Campos Sales, Francisco Glicério, Júlio de Mesquita e Jorge Tibiriçá Piratininga.
A proclamação
No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram que o Marechal
Deodoro da Fonseca, um monarquista, chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república.
Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da
Fonseca concordou em liderar o movimento militar.
Em 15 de novembro de 1889, comandando algumas centenas de
soldados que se movimentavam pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro, o marechal Deodoro, assim como boa parte dos
militares, pretendia apenas derrubar o então Chefe do Gabinete Imperial (equivalente a primeiro-ministro), o Visconde de Ouro Preto. "Os principais culpados de tudo isso [a proclamação da
República] são o conde D'Eu e o Visconde de Ouro Preto: o
último por perseguir o Exército e o primeiro por consentir nessa perseguição", diria mais tarde Deodoro.
O golpe militar, que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado.
No dia 14, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca.
Assim, os revolucionários anteciparam o golpe de estado, e, na madrugada do dia 15 de novembro,
Deodoro dispôs-se a liderar o movimento de tropas do exército que colocou um fim no regime monárquico no Brasil. Os conspiradores dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente e acabam por convencê-lo a liderar o movimento.
Convencido de que seria preso pelo governo imperial, Deodoro saiu de sua residência ao amanhecer do dia 15 de Novembro,
conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado, onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias, a se rebelarem contra o
governo.
Montou em um cavalo, tirou o chapéu e proclamou "Viva a
República!".
Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua
residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita, atual rua 1.º de Março, até o Paço Imperial.
Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e
depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete
ministerial e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto.
No Paço Imperial, Visconde de Ouro Preto tentou resistir
pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano
Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos.
O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas
na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim justificou sua insubordinação,
respondendo ao Visconde de Ouro Preto:
“Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e
aqui somos todos brasileiros!”
Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. No dia seguinte, o major Frederico Sólon de
Sampaio Ribeiro entregou a dom Pedro II uma
comunicação, cientificando-o da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar
conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa, só lhes exilou-sendo permitida a sua volta ao Brasil na década de 1920.
D. Pedro II viveu seus últimos anos em Paris com ajuda de amigos.
Certo dia realizou um longo passeio pelo rio Sena em carruagem
aberta, apesar da temperatura extremamente baixa. Ao retornar
para o hotel Bedford à noite, sentiu-se resfriado.[
A doença evoluiu nos dias seguintes até tornar-se
uma pneumonia.
O estado de saúde de Pedro II rapidamente piorou até a sua
morte às 00:35 da manhã do dia 5 de dezembro de 1891.
Suas últimas palavras foram: "Deus que me conceda esses
últimos desejos — paz e prosperidade para o Brasil.“
Enquanto preparavam seu corpo, um pacote lacrado foi
encontrado no quarto com uma mensagem escrita pelo próprio imperador: "É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria".
O pacote que continha terra de todas as províncias brasileiras foi