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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC XANXERÊ ALESSANDRA CANUTO DESENVOLVIMENTO DE BRINQUEDO EM PAPELÃO ONDULADO

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC XANXERÊ

ALESSANDRA CANUTO

DESENVOLVIMENTO DE BRINQUEDO EM PAPELÃO ONDULADO

XANXERÊ 2014

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ALESSANDRA CANUTO

DESENVOLVIMENTO DE BRINQUEDO EM PAPELÃO ONDULADO

Trabalho de conclusão de Curso, apresentada ao Curso de Design, área das ciências exatas, da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Campus de Xanxerê, como requisito parcial de obtenção de grau de Bacharel em Design.

Orientador: Prof. Esp. Walter Strobel Neto

Xanxerê 2014

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ALESSANDRA CANUTO

DESENVOLVIMENTO DE BRINQUEDO EM PAPELÃO ONDULADO

Trabalho de conclusão de Curso, apresentada ao Curso de Design, área das ciências exatas, da Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Campus de Xanxerê, como requisito parcial de obtenção de grau de Bacharel em Design.

.

Aprovada em____de_______________de 20______

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________ Prof. Esp. Aleteonir Jose Tomasoni Junior.

Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC Campus de Xanxerê.

___________________________________________________________________ Prof. Me. Karina Tissiani.

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus e meus pais por ter me concedido a vida, fonte de meus conhecimentos. A minha irmã por acreditar em mim.

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AGRADECIMENTOS

Chegou o momento solene de agradecimentos, então eu agradeço primeiramente a Deus, por ter me concedido o privilégio da vida, forças e saúde para vencer, e até aqui chegar.

Aos meus pais, que me ensinaram a ver as coisas simples da vida, que me proporcionaram sábios ensinamentos, valores e oportunidades para conquistar com as próprias mãos os meus ideais. Que nem tudo é um mar de rosas, mas que sonhos são possíveis. Ensinaram-me a ter fé, acreditar mesmo quando é quase impossível, a amar oque tenho. Agradeço pela vida inteira de ensinamentos abdicados a mim.

Para minha irmã não poderia deixar de escrever um agradecimento especial, que além de me aturar, essa sim não me deixou desistir. Sempre me falando para ter calma, o TCC inteiro e que tudo iria dar certo, e não é que deu. Claro ela queria a festa de formatura, e eu a fiz.

Aos amigos e colegas. Que durante quatro anos acompanharam minha vida acadêmica conturbada com altos e baixos, muitas vezes me transmitindo forças e alternativas. As amigas de trabalho que se tornaram amigas de confidencias, em que eu sempre dividia angustias, planos e projetos doidos, mas sei que era compreendida, pois sabiam que eu estudava Design. Agradeço a Deus por ter colocado vocês em minha vida.

Agradeço aos professores pela transferência de sabedoria, conhecimento e experiências necessárias para a prática da profissão de Design. Agradeço imensamente e admiro essa vocação que alguns de vocês cultivam.

Agradeço todos que de alguma forma contribuíram para a conquista de mais essa etapa de minha vida.

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“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.” (Arthur Schopenhauer)

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RESUMO

O presente trabalho busca desenvolver brinquedo em papelão ondulado, com conceito de sustentabilidade com público alvo de crianças de 04 a 07 anos. O mesmo busca por meio de pesquisas mais especificas e aprofundadas sobre conteúdos inerentes ao processo do desenvolvimento do produto, como o design industrial, sustentabilidade e propriedades físicas do papelão, assim como identificar similares já comercializados e a escolha da ferramenta de design para desenvolvimento do projeto. Como ferramenta de design escolhida para o desenvolvimento deste projeto será usada à metodologia de Bruno Munári, que em doze etapas que permeiam do problema e suas definições, transpassando pelas pesquisas e análises, seguida pela etapa de criatividade onde se geram alternativas, definem-se materiais e tecnologias, fazem-se experimentações e modelo para verificação chegando-se ao desenho de construção e, portanto a solução. As coletas e analise de todos os dados e informações condizentes com o tema proposto, antecedem a etapa de conceituação do produto a ser desenvolvido e orientam as gerações de alternativas. Das alternativas proposta é escolhida uma que melhor atende os conceitos identificados nas etapas anteriores e que melhor atenda os objetivos propostos. O resultado final apresenta-se na escolha do desenvolvimento de um castelo em papelão ondulado, conceituando a sustentabilidade, a brincadeira, a customização, além de proporcionar que a própria criança realize a construção do castelo, onde as doze peças que compõem o castelo foram projetada com sistema de encaixe e trava. Assim como as dimensões do brinquedo foram planejadas conforme a estatura mediana da faixa etária da idade do público alvo, viabilizando a interação com o brinquedo, proporcionando que a criança incorpore o conceito brincar, a ação livre e espontânea da imaginação.

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ABSTRACT

This present study aims to develop a toy in corrugated cardboard, with the concept of sustainability. The target audience is children of four to seven years-old. The search for this toy uses specific research and in-depth studies about inherent in the development process content, such as industrial design, sustainability and physical properties of cardboard, and identify similar already on the market, choosing the design tool for the development of the project.

The methodology used is the design of Bruno Munari, subdivided into problem and its definitions, passing through the research and analysis. This stage is followed by a creativity one, where alternatives are generated, materials and technologies are defined, experiments and model verifications are conducted then coming to the construction and design, as said the solution. The obtained solution is a cardboard castle, conceptualizing sustainability, joy, and customization. Additionally, it allows the child to assemble the castle, where the twelve pieces that compose it were designed with a locking system. The size of the toy was planned for the average height of the target audience, allowing their interaction with it. The cardboard castle developed in this study gives children the opportunity to play and to freely and spontaneously use their imagination.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01: Painel público alvo...29

Figura 02: Painel conceito sustentabilidade...30

Figura 03: Painel conceito brincar...31

Figura 04: Painel de similares indiretos...32

Figura 05: Painel de similares diretos...33

Ilustração 06: Avião de vestir...34

Ilustração 07: Balão com cesto...35

Ilustração 08: Caminhão de vestir individual e ônibus coletivo...36

Ilustração 09: Avião e foguete...37

Ilustração 10: Barquinho de vestir e barcos para brincar na água...38

Ilustração 11: Cavalinho de vestir e cavalo de pau...39

Ilustração 12: Kit mágico com caixa, varinha e capa mágica...40

Ilustração 13: Fantasia de super herói com capa, armadura, escudo e capacete... 41

Ilustração 14: Fazendinha de encaixar ...42

Ilustração 15: Castelo de encaixar...43

Imagem 16: Faca de corte plana...46

Imagem 17: Faca de corte rotativa...47

Imagem 18: Dimensões do brinquedo...49

Imagem 19: Sistema de encaixes...50

Imagem 20: Sistema de encaixe dos telhados...50

Imagem 21: Sistemas de encaixe e trava das paredes...51

Imagem 22: Modelo resultado final...52

Imagem 23: Estrutura do castelo...53

Imagem 24: Customização ...54

Imagem 25: Situação de uso...55

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...12 1.1 TEMA...12 1.2 PROBLEMA...12 1.3 OBJETIVO GERAL...12 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...12 1.5 JUSTIFICATIVA...12

1.6 METODOLOGIA DA PESQUISA DE DESIGN...14

1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO...15 2 BASES DO CONHECIMENTO...15 2.1 DESIGN...15 2.2 DESIGN INDUSTRIAL...16 2.3 DESIGN SUSTENTÁVEL...18 3 METODOLOGIA...20

3.1 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN...20

3.2 METOLOGIA DE DESIGN APLICADA...23

3.2.1 Problema...23

3.2.2 Definição do problema...23

3.2.3 Componentes do problema...23

3.2.4 Coleta e análise de dados...24

3.2.4.1 Brinquedos...24

3.2.4.2 Papelão ondulado...25

3.2.4.3 Sustentabilidade...27

3.2.4.4 Crianças de 04 a 07 anos...28

3.2.5 Criatividade...29

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3.2.5.2 Brainstorming...34

3.2.6 Avaliação das alternativas...44

3.2.7 Materiais e Tecnologias...45 3.2.8 Modelo e Experimentação...47 4 RESULTADO DO PROJETO...52 4.1 VERIFICAÇÃO...54 4.2 DESENHO DE CONSTRUÇÃO...56 CONSIDERAÇÕES FINAIS...57 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...58

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1 INTRODUÇÃO

1.1TEMA

Desenvolvimento de brinquedo em papelão ondulado.

1.2 PROBLEMA

A partir dos conceitos de sustentabilidade, como desenvolver um brinquedo interativo em papelão ondulado para crianças de 04 a 07 anos?

1.3 OBJETIVO GERAL

Desenvolver, a partir do conceito sustentável, um brinquedo interativo de papelão para crianças de 04 a 07 anos.

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Pesquisa sobre design industrial, sustentabilidade, propriedades físicas do papelão ondulado.

b) Identificar brinquedos de papelão ondulado já comercializados. c) Conhecer o perfil do público: Crianças de 04 a 07 anos.

d) Desenvolver por meio das ferramentas do design um brinquedo de papelão ondulado.

1.5 JUSTIFICATIVA

O design atua de inúmeras formas na sociedade. Ele possibilita inovar, repaginar, inventar e reinventar as coisas, dar solução aos problemas de uso

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individual, bem como de uso e consumo coletivo e global. Pois, segundo Strunk (2001,p.15) “São tantos os designativos para a profissão que volta e meia surge novamente a questão de se encontrar um nome único capaz de sintetizar e traduzir o que fazemos”.

O design, tanto o industrial quanto gráfico podem ser considerados ferramentas utilizadas/aplicadas ao desenvolvimento de produtos que buscam solucionar necessidades e estimular desejos no cotidiano da vida do ser humano, tais produtos estão presentes desde os mais simples produtos que manuseamos, até os mais sofisticados, complexos e desejados e preocupados com projetar pensando minimização dos impactos ambientais que o produto pode vir a provocar.

Santos (2000, p. 20) diz que:

Sob o ponto de vista do designer americano Ivan Chermayefe (1999), às vezes fazer design é não fazer muita coisa, apenas identificar um problema e torná-lo simples. Seguindo a linha do design deve ser objetivo e prático, sem necessitar de artifícios estéticos ou tecnológicos para mascarar determinado produto, essa conceituação nos remete ao já conhecido lema da forma que segue a função.

Considerando que o design tem fundamentos baseados na criatividade e criação, é uma habilidade e uma arte, e que está presente no dia a dia do homem indiferente às situações e em produtos imagináveis, desde um simples objeto de necessidade cotidiano, aos que proporcionam lazer, momentos de distração.

Como brinquedos, que tem como um dos objetivos proporcionar o desenvolvimento da criança, contribuindo em sua formação, interação com o mundo. O brincar é agir, entreter-se, divertido, criar, inventar, experimentar, arriscar assim como no design, sendo assim fica claro a importância na formação de um ser. As brincadeiras e/ou brinquedos aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social, afetivo da criança que também é uma forma de expressão. É na infância que ocorre a descoberta das coisas, nesta fase tudo sofre mais impacto na vida do ser humano, a partir do momento que a criança começa apresentar maior harmonia no ritmo do movimento passando mais perfeição as ações, é caracterizada pela fase da vida em que criança é mais consciente de suas atitudes, esses foram fatores determinante para a limitação da faixa etária do público alvo deste estudo.

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Com base nesse conceito que se fundamenta o propósito do desenvolvimento de brinquedo que proporcione a interação do produto com o usuário, de material com conceito sustentável. Tanto o design sustentável como para o eco design, a prática consistem no encontro entre a atividade de projetar baseada em critérios ecológicos tornando o produto competitivo no mercado, ecologicamente correto e com objetivo de produção e comercialização de produtos que minimize o impacto ao meio ambiente em sua plenitude.

1.6 METODOLOGIA DE PESQUISA DE DESIGN

A metodologia da pesquisa tem como principal objetivo gerenciar uma pesquisa, segundo Barros et al (2006, p. 3) o termo metodologia cientifica vem do grego que significa caminho, discurso, estudo o autor completa também que é uma disciplina que consiste em avaliar, estudar os inúmeros métodos disponíveis de se aplicar, em acordo com as limitações e necessidades de aplicação. A metodologia da pesquisa nada mais é que um caminho a ser seguido nos momentos decisivos que direciona o projeto de pesquisa focando em que se quer desenvolver.

Considerando que metodologia é um caminho a ser seguido, essa pesquisa é de caráter qualitativo, que no primeiro momento é baseada em pesquisas bibliográficas, buscando o conhecimento para melhor compreensão dos temas abordados, melhor resultado final e direcionamento das necessidades deste projeto. Conforme já pressuposto em outras palavras, a metodologia pode ser tratada como um guia que descreve as etapas de um projeto organiza as ideias e informações. Definir essas etapas é de suma importância, para que as mesmas sejam cumpridas para o desenvolvimento da pesquisa de projeto.

A pesquisa será aplicada baseando-se no levantamento das informações coletadas nas etapas da metodologia de projeto proposta por Munari (2008) que defende o respeito a ordem das etapas para obter o melhor resultado final. A metodologia de projeto é composta por doze etapas que abordam do problema a solução.

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1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO

A pesquisa é dividida em cinco capítulos, onde no primeiro capítulo são apresentados os elementos textuais do projeto de pesquisa, abordando o problema, objetivo gerais e específicos, a justificativa, a metodologia de pesquisa de projeto e a estrutura da monografia de conclusão de curso. No segundo capítulo apresenta-se a concepção fundamentada pela base de conhecimento através de textos falando sobre design, design industrial, design e sustentabilidade e papelão ondulado. O capítulo terceiro é composto pelo desenvolvimento do projeto de design, pela realização das etapas da estrutura metodológica, descrevendo o que foi realizado em cada etapa até a geração das alternativas. O quarto capítulo apresenta os resultados da proposta final do projeto de pesquisa, e a última sessão é composto pelas considerações finais do projeto de pesquisa.

2 BASES DO CONHECIMENTO

2.1 DESIGN

Segundo Löbach (2001), tem se falado muito em design nos últimos tempos, onde as organizações utilizam o termo design cada vez mais para agregar valor ao produto, conceito, gerar maior publicidade, premiações, reconhecimento por meio de jornais, televisão e revistas.

Popularmente design ou desenho industrial esta associado à ideia de desenhar. A definição o conceito de design nos dias de hoje ainda é um tanto quanto ambíguo, Santos (2000, p. 19) coloca que “[...] nenhum momento qualquer das definições e conceitos até hoje desenvolvidos conseguiram abordar o design em toda a sua plenitude, mesmo porque essa atividade está os dicionários em constante mudança, sofrendo transformações contínuas”. De forma geral, o design implica em projeto, plano, esboço, desenho, croqui, construção, modelo entre outros.

Do ponto de vista de Chermayefe (1990 apud SANTOS, 2000, p. 20) “[...] fazer design não e fazer muita coisa, e sim identificar um problema a fim de torna-lo simples e prático, essa conceituação de design nos remete ao lema ‘forma que segue a função’”. Já para Ekuan (1966, apud SANTOS, 2000, p. 21) “[...] o design

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faz ligação entre o plano físico e espiritual das pessoas”. O autor explica que pensando pela cultura ocidental, em que o design é responsável por promover satisfação, informações simbólica, como desejo de adquirir, que vai além das necessidades físicas das pessoas, despertando um desejo que nos leva a outro plano, o espiritual, representado por inúmeras formas, aguçando desejos, promovendo o status, confiabilidade, segurança levando à fidelidade a marca.

Decorrente a expansão da interdisciplinaridade do termo design e dos inúmeros conceitos dados pelos autores, acabam provocando contradições, confronto e gerando uma enorme discussão e confusão quando se trata do conceito de design. Considerando a definição dos dicionários de que o design é como um projeto, plano, esboço, desenho, pode-se definir design como um plano para solucionar problemas, seguido de um projeto. Percebe-se que o design projeta, cria, inova, planeja em torno do homem e de suas necessidades, ideias, que ganhou maior aparição na pós Revolução Industrial, despertou uma nova era, nova cultura, necessidade de inovação, a necessidade de agregar valor, diferenciais aos produtos tanto industriais como gráficos, com o objetivo principal a satisfação do consumidor, considerando o intercambio cultural, socioeconômico a qual está inserido.

2.2 DESIGN INDUSTRIAL

O design industrial é uma das áreas de atuação do design, que para Löbach (2001, p. 17) “atende toda a atividade que tende a transformação em produtos industriais, passível de fabricação as ideias de determinadas necessidades do homem”. Para Maldonado (1991, p. 11), “entende-se opor design industrial, a concepção de objetos para fabrico industrial, por meio de maquinas e em série”.

Atuando como uma ferramenta de configuração do meio ambiente, o designer busca a satisfação em que o individuo e/ou grupo está inserido. Muitas expressões descrevem o significado do design industrial, onde a mais conhecida e comum inclusive no Brasil é a expressão desenho industrial, definida também como um processo de adaptação de produtos de uso produzidos industrialmente, atendendo as necessidades físicas, psicológicas entre outras dos usuários.

Gomes (2006, p. 15) propõe a seguinte definição para o design industrial: “trata da concepção de produtos e sistemas a serem produzidos industrialmente,

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estendendo aos abjetos de produção modo artesanal e/ou misto usando os dois processos de fabricação”.

Analisando as diversas concepções dos autores referente a definição de design industrial, pode-se afirmar que ambas tem a essência de que design industrial é a produção por meios mecanizados e em série de produtos inovadores ou não de uso individual e/ou coletivo que tem como principio suprir alguma necessidade do homem seja ela de cunho psíquico, psicológico, fisiológico ou por apenas satisfação, independendo da esfera sócio econômica do usuário. Para melhor compreensão da atividade que o design industrial desenvolve, Schneider (2010) descreve a atividade da seguinte forma:

O design industrial é um técnico especializado em efeitos visuais, ele é empregado por um produtor por um motivo só: deve aumentar a procura pelos produtos mediante o aumento de sua atratividade para o consumidor. O produto remunera de acordo com o sucesso que ele obtém em atingir esse objetivo. A sobrevivência do designer industrial depende exclusivamente de sua capacidade de obter e manter ganhos comerciais. Ele é em primeira instância, um técnico industrial e não primordialmente um educador do gosto dos consumidores. Sob as condições predominantes, a sua meta deve se maximizar o lucro para seu empregador.

Partindo desse contexto pode-se identificar que o design industrial desenvolve a atividade de definir padrões de uso, gerar conceito, identificar grupos, por meio de um processo de pesquisa organizado em etapas com objetivo claro de atingir aos objetivos e usuários. Quando Maldonado coloca em sua concepção de que o design industrial se da por meio de máquinas industrialização e em série, pode-se entender que fica confusa a diferença entre atividade de um design industrial e a atividade de um engenheiro, não deixando claro o início e o término do papel que cada atividade desenvolve. Entretanto tentou-se associar a atividade de design industrial à função de contribuir à forma exterior, aparência estética dos produtos, sem levar em consideração a natureza do processo técnico e produtivo que o design participa.

Porém, em se tratando de produtos de consumo, onde o interesse deixa de focar em um comportamento formal, é papel do design projetar a forma do produto, e se tratando em projetar, coordenar, integrar e articular todos os fatores que compõem o processo construtivo da transformação da forma em produto. Essa interação manifesta de como o produto ocorre na sociedade, e a vastidão de implicações do design e sua importância na sociedade e para a sociedade.

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O desenvolvimento de produtos é historicamente uma prática comum para o homem, em toda a história da evolução humana desde o surgimento ouve-se que cada ser construía desenvolvia suas ferramentas de caça e construção, vestuário, utensílios de uso pra preparar alimentação, adornos para o corpo e pintura em pedra, madeira peles de animais de acordo com as necessidades e evoluções, levando o homem a desenvolver habilidades, projetar, construir, testar tanto processos como materiais lendo-os a evolução das invenções.

Hoje, o design de produtos industriais é desafiado afirma Morris (2010), devido ao ritmo desenfreado das mudanças, tecnologias exigidas pela sociedade, onde o principal desafio é identificar, processar, incorporar cada necessidade em produtos de modo eficaz. A cada projeto de produto deve ser questionada qual sua importância, contribuição que ele exercera na sociedade, tanto em aspectos negativos quanto positivos. Esse processo é parte da função do design industrial, no entanto para esse trabalho faz-se necessário domínio de diversa áreas de conhecimento.

Niemeyer (1988) apresenta que a multidisciplinaridade contribui para que a profissão tenha caráter técnico, criativo, artístico objetivando a suprir as necessidades humanas das mais vitais às mais supérfluas, sociais, culturais por meio da concepção de projetos a seriação e industrialização, buscando a consagração do produto no mercado, satisfação ao usuário, agregar valor ao produto e consequentemente gerar lucro. Entretanto outros fatores determinantes que podem contribuir na aceitação na atualidade são as preocupações como material, processos que priorizam descarte, tempo de vida útil do produto, qualidade, segurança atuam como apelo cognitivo do produto e sua real função.

2.3 DESIGN SUSTENTÁVEL

Muito tem se ouvido falar da necessidade e do estabelecimento da prática design consciente, conceito sustentável que apresente projetos para a solução e/ou diminuição de problemas e ambientais. O design sustentável, é um processo que busca contemplar o produto, sendo economicamente viável, ecologicamente correto, devendo atender as necessidades humanas básicas de uso individuais e/ou coletivo da sociedade em que este inserido. Priorizando por objetivos ambientais,

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econômicos e que valorize o bem-estar social, apresentando a proposta de desenvolver no usuário a responsabilidade de não prejudicar o equilíbrio do meio ambiente, que possa garantir o equilíbrio das gerações futuras.

Tanto o design sustentável como para o eco design, as práticas consistem no encontro entre a atividade de projetar baseada em critérios ecológicos, tornando o produto competitivo no mercado, ecologicamente correto e com objetivo de produção e comercialização de produtos que minimize o impacto ao meio ambiente em sua plenitude, sem deixar de considerar requisitos técnicos, ergonômicos, econômicos, estéticos, simbólicos, durante o processo de desenvolvimento do projeto de produto.

Para atingir a sustentabilidade ambiental é necessário que ocorram percursos idealmente praticáveis na mudança tecnológica e na mudança cultural, havendo progressos nas duas dimensões buscando o equilíbrio para aumentar o bem estar. [...] A conscientização do problema ambiental levou à discussão e à orientação de novos comportamentos sociais. Ou seja, o entendimento dessa problematização engloba desde a geração de tecnologias limpas, passando pelo desenho de produtos limpos e chegando enfim, ao consumo limpo. (MANZINI et al, 2002).

Diante disso observa-se que a preservação do meio ambiente, do consumo consciente dos recursos renováveis, da melhoria do entendimento e prática da sustentabilidade, está inserida na complexa interação do homem, com os objetos que ele concebe e a natureza.

[...] diferente de boa parte das correntes iniciais da prática de projetos orientados para o meio ambiente, focadas apenas no uso de recursos renováveis e ciclo de produto, prioritariamente diferenciais de mercado, para elementos essenciais de novos produtos, focando a sociedade, ambiente, economia e cultura. (COSTA JÚNIOR, 2007).

Perante o exposto, o desenvolvimento de produtos sustentáveis, exige uma nova capacidade, práticas e aplicações de design, também de produtos que substituirão existentes, na qual de alguma forma prejudicam o meio ambiente. Dentre as alternativas de design sustentável se apresenta propostas de novos produtos, serviços e comportamentos sócios culturais e econômicos sustentáveis.

As decisões mais importantes, da prática e aplicações do design sustentável são tomadas nas primeiras fases do projeto, principalmente na fase de conceito, onde é de fundamental importância apresentar e integrar as questões sociais,

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econômicas, ambientais desde sua iniciação. É fundamental avaliação destes produtos para que não ocorram possibilidades de designar o produto como sustentável, ecologicamente correto ecológico sem ele possuir a qualidade ambiental de causar o mínimo impacto ambiental ao longo do seu ciclo de vida, e que este se torne autossustentável. Tendo assim é cada vez mais visivelmente necessária à intervenção e prática do design consciente dos problemas com caráter de impactos ambientais para alcançar uma melhor relação produto, ambiente, sociedade e homem.

3 METODOLOGIA

3.1. METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN

Todo o projeto de design necessita de um método para condução e organização do fluxo do trabalho com vistas a otimizar os recursos e chegar a uma solução cabível aos objetivos do projeto.

O método de projeto não é mais do que uma série de operações necessárias dispostas em ordem logica, ditada pela experiência. Seu objetivo é o de atingir o melhor resultado com menor esforço. (MUNARI, 2008).

Por meio do método os recursos criativos são estimulados focando na necessidade envolvida, Munari (2008, p. 11) diz que “criatividade não significa improvisação sem método [...] a série de operações do método de projeto é formada de valores objetivos que se tornam instrumentos de trabalho nas mãos do projetista criativo”.

Para este estudo que segue a temática deste projeto, definiu-se como método o proposto por Munari (2008) apresentada no livro “Das coisas nascem coisas”. O método consiste em doze etapas que permeiam do problema e suas definições, transpassam pelas pesquisas e análises seguida pela etapa de criatividade, onde se geram alternativas, definem-se materiais e tecnologias, fazem-se experimentações e modelo para verificação chegando-se ao desenho de construção e, portanto a solução.

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Segundo o autor o método não e absoluto ou fechado e pode a qualquer momento ter interferências do projetista, pois “o método de projeto para o design, não é absoluto nem definitivo, pode ser modificado caso ele encontre outros valores objetivos que melhorem o processo.” (MUNARI, 2008 p. 11).

O esquema metodológico proposto pelo autor e a explicação de cada etapa é apresentado na tabela a seguir:

Tabela 01: Etapas metodologia Bruno Munari

ETAPAS MÉTODOLÓGICAS DESCIÇÂO DAS ATIVIDADES

PROBLEMA

Ele resulta de uma necessidade com vista a chegar uma solução, “o problema não se resolve por si só, no entanto contem já todos os elementos necessários para sua solução. È necessário conhece-los e utiliza-los no projeto de solução.” (MUNARI 2008 p. 31).

DEFINIÇÂO DO PROBLEMA Esta etapa trata dos limites possíveis de serem trabalhados, estabelecendo parâmetros que definem as necessidades de forma detalhada.

COMPONENTES DO PROBLEMA

Todo problema pode ser dividido em

componentes, ou seja, subproblemas que em partes são estudados de forma isolados, para depois serem envolvidas como um todo no projeto. “essa operação facilita o projeto pois tende a pôr em evidencia os pequenos

problemas. (MUNARI 2008 p. 36).

Complementando “um único problema de design é um conjunto de problemas , cada um deles pode ser resolvido de forma a obter-se uma gama de soluções aceitáveis. Archer (apud Munari 2008 p. 38).

COLETA DE DADOS

Etapa em que é realizada uma pesquisa a cerca de todos os componentes do problema, nesta fase são pesquisados em livros, artigos, catálogos, internet e etc, todos os elementos que possam contribuir para a solução do problema, envolvendo pesquisas de mercado, público, concorrentes, produtos similares entre outros.

ANALISES DE DADOS

Munari (2008 p. 42) apresenta que a analise dos dados fornecem sugestões do que se deve ou não fazer ao projetar, orientado o designer em suas escolhas. A analise parte dos elementos coletados na etapa anterior.

CRIATIVIDADE

Fase em que são desenvolvidas as alternativas de projeto pautadas nos dados coletados e analisados. “A criatividade ocupa o lugar da ideia e processa-se de acordo com seu método”. ( MUNARI 2008 p. 44). Para o autor desenvolver de forma criativa e projetar pensando nos limites do projeto, levando em conta todas as operações necessárias que se seguem a analise dos dados.

MATERIAIS E TECNOLOGIAS Esta operação consiste em uma coleta de dados

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para determinado projeto, considerando a viabilidade produtiva.

EXPERIMENTAÇÂO

Nesse momento, o designer irá experimentar os materiais, técnicas e instrumentos per definidos para o projeto, coletando informações referente a aplicação e resultado, assim possibilitando definir os melhores elementos a serem utilizados o produto.

MODELO

Consiste no desenvolvimento de modelos resultantes das pesquisas e amostras coletadas nas etapas anteriores. Nos dicionário modelo apresenta como definição imagem, desenho ou objeto que serve para ser imitado, molde e exemplar.

VERIFICAÇÃO

Tendo as pesquisas realizadas, definidos os experimentos os materiais e tecnologias e construídos os modelos, este é o momento em que se verificam todas as variáveis do projeto considerando o problema e o objetivos definidos. Nessa fase é averiguado também os custos, viabilidade produtiva e a logística.

DESENHO DE CONSTRUÇÃO

Após a verificação e realização de ajustes necessários desenvolvem-se os desenhos de construção, trata-se de desenhos técnicos detalhados contendo todas as informações uteis para a confecção de um protótipo e posteriormente produção em escala. Munari (2008 p. 54) apresenta que nesta fase os desenhos “serão executados de maneira clara e legível, em quantidade suficiente para se evidenciarem bem em todos os aspectos”. O autor complementa que se os desenhos não forem suficientes se realiza um modelo em tamanho real e com os materiais muito semelhantes aos definitivos assim se percebera claramente o que se pretende realizar.

SOLUÇÃO

Tendo todas as etapas supracitadas, sido realizadas com êxito, chega-se a solução do projeto. Neste momento é realizada uma apresentação evidenciadas as necessidades evoluídas e as soluções encontradas.

Fonte: Adaptação de Munari (2008).

A aplicação de um método em um projeto implica na melhoria identificada em qualquer uma das etapas do projeto, não impondo limitações de criatividade, buscando estimular a pesquisa de outros componentes inerentes ao projeto, com o principal objetivo de enriquecer a pesquisa e uma solução final realizada com êxito.

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3.2 METODOLOGIA DE DESIGN APLICADA

Explanada todas as etapas que irão conduzir o desenvolvimento deste projeto, chega o momento de por em prática todas as etapas a fim de se chegar a uma solução eficiente e eficaz ao projeto.

3.2.1 PROBLEMA

Desenvolvimento de brinquedo em papelão ondulado.

3.2.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Considerando o problema apresentado neste estudo fez-se necessário estabelecer parâmetros a serem estudados, buscando conhecimento específico das áreas de sustentabilidade e a importância de sua prática nos dias atuais e aplicação nos desenvolvimentos dos produtos, de materiais que são consideráveis sustentáveis, e que proporcionasse a possível aplicação no desenvolvimento de um brinquedo, para crianças de 04 a 07 anos, onde o papelão ondulado apresentou ser o material propicio por ser totalmente sustentável, atendendo ao conceito, com formulação composta por duas camadas de onda, mais conhecida como onda dupla, apresenta características físicas de resistência adequada ao desenvolvimento do produto pretendido. Quanto à limitação de faixa etária do público alvo buscou-se considerar, o manuseio consciente, do brinquedo pela criança e a interatividade.

3.2.3 COMPONENTES DO PROBLEMA

Tendo em vista o problema e sua definição estabelece-se que o componente do problema consiste em descobrir subproblemas envolvidos no projeto. Onde para o presente projeto de desenvolvimento de um brinquedo em papelão ondulado, os subproblemas identificados foram:

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 Brinquedo: como vai ser o brinquedo, sua forma e função, como vai acontecer a interação da criança com o brinquedo, quais dimensões ele terá.

 Papelão ondulado: material que proporciona fácil manuseio, com resistência e que proporciona a customização.

 Sustentabilidade: preocupação com o impacto ao meio ambiente quando do descarte do brinquedo.

 Público alvo, crianças de 04 a 07 anos: fase em que o brinquedo é mais bem compreendido pela criança, manuseado de forma mais consciente e contribuição para formação cognitiva, social do usuário.

3.2.4 COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Nesta fase, apresentam-se as pesquisas referentes aos componentes do problema e acrescentam-se pesquisas referentes ao mercado, concorrentes e similares. Acoplado a pesquisa, será realizada a análise de dados buscando paralelamente à coleta interpretar as informações.

3.2.4.1 Brinquedo

O brinquedo traz conceitos e valores da sociedade que a criança esta inserida, a interatividade da criança com brinquedo transforma-se na ação de brincar, gera um ambiente alegre e motivador para a criança, por meio da brincadeira. O manuseio do brinquedo pela criança gera uma representação, seja de agir e imaginar situações ligadas ao cotidiano. O brinquedo introduz a criança operações associadas ao relacionamento com outras crianças, com a família, e o brinquedo geralmente, se transforma no objeto em comum, exercendo o papel de mediador da relação, contribuindo com através da integração cultural. Além disso, o brinquedo pode ser um meio de transportar a criança para um mundo imaginário, por meio das representações, introduzindo a criança num universo de sentidos, cultivando o estimulo ao imaginário.

A brincadeira surge como um meio de transporte do mundo real para descobrir outros mundos imaginários, possibilitando a projeção no mundo inexistente

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criado pelo brinquedo. Também pode remeter a criança a representar atividades reais que vivem em família, onde meninos podem imitar os pais dirigindo, como meninas reproduzir as atividades das mães de cozinhar com brinquedos que designam essas fantasias.

O brinquedo é uma maneira de expressão da criança, através dele que a criança começa a entender o universo adulto e suas complexidades, fazendo associações divertidas às atividades cotidianas. Além de servir como um objeto de aprendizagem serve como um meio da criança ir aprendendo a adaptar-se, resolver dificuldades. Tanto os brinquedos como a brincadeira são parte da vida das crianças, mudando de acordo com a idade, descobertas, necessidades e curiosidade da criança.

3.2.4.2 Papelão Ondulado

A prática da sustentabilidade ganha força na gestão de empresas, na decisão de consumo do homem cada vez mais conscientes.

Conforme a Associação Brasileira de Papelão Ondulado:

Por esta razão, o uso do papelão ondulado transcende a aplicação de embalagem. O papelão ondulado proporciona uma gama de ideias, tendências que pode ser a matéria prima 100% reciclável, corretamente ecológica, o uso dessa opção vem crescendo em todo o mundo, com tendência em ampliar a utilização do material para outros segmentos de mercado.

O uso do papelão ondulado com a forma e função de embalagem expandiram-se com intenso vigor no século 19. Assim como outras invenções que mudariam para sempre a história da evolução da humanidade como as locomotivas a vapor, lâmpada elétrica, automóvel, telefone, máquina de escrever, fotografia, cinema, entre outras, o papelão ondulado também evoluiu.

Com a aparição da indústria, foi lançado o conceito de linha de montagem, sistema que acelera a produção de bens de consumo em escala, e neste tempo de grandes transformações que surge o papelão ondulado, inicialmente projetado e utilizado como proteção de chapéus. As características de proteção e a facilidade de trabalho deste material foram logo adaptadas para o uso em embalagens. Conforme Associação Brasileira de Papelão Ondulado:

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Em 1871, o americano Albert L. Jones patenteou embalagens produzidas em papelão ondulado para envolver produtos frágeis, como garrafas de vidro. No século 20, o papelão ondulado continuaria sendo a matéria-prima mais utilizada no mundo para proteger, transportar e expor mercadorias. Com inovações em design e sistemas construtivos, alta qualidade, a aplicação do papelão ondulado expandem suas fronteiras, embora ainda tendo como sua principal utilização ao uso para produção de embalagens de papelão ondulado.

O papelão ondulado é estruturado pela união de um ou mais elementos ondulados, fixados a outros dois elementos denominados de capa e contra capa. Quando denominado onda simples é composto por uma folha de papel de gramatura variada, chamada de capa externa, essa é colada a camada onda, que consiste em uma folha de papel ondulada, que recebe adesivo no topo da onda e colada a outra camada de papel denominada capa interna, formulando o papelão ondulado onda simples. A onda dupla consiste na junção cinco camadas de papel, duas delas são ondas com alturas diferentes, as folhas de papel exercem a função de tornar a formação em uma camada rígida e unir as ondas. A tabela 02 vem caracterizando a formulação do papelão ondulado, e explicando cada elemento que compõe o material.

Tabela 02: Tipos de onda

Onda Simples.

Formada por um elemento ondulado, colado em ambos os lados a elementos planos.

Onda Dupla

Formada por três elementos planos denominadas capas, coladas a dois elementos

ondulados, intercalados. Fonte: A autora (2014)

Os elementos que compõem a chapa de papelão ondulado são produzidos a partir de celulose, ou de papel reciclado. O papelão ondulado encontra-se presente no cotidiano do homem, muito utilizado para fabricação de embalagens, que tem como principal função proteger produtos para transportar, esse matéria é

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considerado 100% reciclável, conforme a Associação Brasileira de Papelão Ondulado. As principais características físicas do papelão ondulado são:

Compressão de coluna: define a resistência colunar, seja, quanto peso a embalagem poderá resistir.

Gramatura: determina à massa (peso) da formulação do papelão, essa característica varia de acordo com a gramatura do papel que compõe o papelão ondulado.

Espessura: determina a espessura do papelão ondulado, tem relação com o tipo (altura) de onda.

Com a estrutura física adequada a aplicação do papelão ondulado, pode ser estendida para outros segmentos de mercado como os móveis, que na atualidade vem sendo bastante divulgado na mídia, por se tratar de material sustentável e considerados ecologicamente correto.

3.2.4.3 Sustentabilidade

Originária do latim sustentável tem como significado sustentar, apoiar, conservar. Para Holmberg, (1995 apud MANZINI et al, 2008) para ser sustentável deve-se responder aos seguintes requisitos gerais:

• Basear-se fundamentalmente em recursos renováveis (garantindo ao mesmo tempo a renovação);

• Otimizar o emprego de recursos não renováveis (compreendidos como o ar, a água e o território);

• Não acumular lixo que o ecossistema não seja capaz de reatualizar, isto é, fazer retornar às substâncias minerais originais (compreendidos como o ar, a água e o território);

• Agir de modo com que cada indivíduo, e cada comunidade das

sociedades “ricas”, permaneçam nos limites de seu espaço ambiental e, que cada indivíduo e comunidade das sociedades “pobres” possam

efetivamente gozar do espaço ambiental ao qual potencialmente têm direito.

Sustentabilidade nos dias atuais e tema essencial, com apelo de reduzir, reutilizar e reciclar, procurando promover a sensibilização para o consumo ecologicamente correto, auxiliando a promoção de sustentabilidade, não é somente após o produto acabado, seja no ato do descarte. Segundo Manzini et al (2008, p. 72) descreve o seguinte quanto ao papel do projetista:

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(...) ao possível papel do projetista no processo de transição em direção à sustentabilidade, a sua tarefa não é a e projetar estilos de vida sustentáveis, mas, sim, a de propor oportunidades que tornem praticáveis estilos sustentáveis de vida.

Cabe ao designer propor possibilidades de repensar sistemas de produção e consumo, apresentando sistemas de produção e serviços já com uma visão para a visão sustentável, sugerindo uma nova cultura, comportamento, novas propostas da prática e aplicação da sustentabilidade

3.2.4.4 Crianças de 04 a 07 anos

Segundo Bee (1996, apud CESCO, 2008) a criança usa intensamente a imaginação para compreender e recriar a realidade. Durante a infância atividades como correr, pular, colorir, montar, jogar, enfim toda ação que proporcione alegria pode-se considerar o ato de brincar, independentemente que seja uma recriação de uma realidade, na visão da criança não passa de brincadeira. Partindo dessas ações a criança inicia os desenvolvimentos fundamentais cognitivos, psicomotor, social para a vida adulto.

A criança organiza suas habilidades e pensamentos, de acordo com que vão adquirindo a linguagem, oral, visual, de tato de olfato, pois e através da linguagem que começamos a organizar, armazenar , conceituar as informações para posteriormente usa-las.

Cada fase, idade é caracterizado por algum tipo de desenvolvimento da criança, porém o desenvolvimento cognitivo é considerado um processo constante do ser humano, sempre estando em desenvolvendo e aprimorando habilidades. Mas na infância é a etapa que mais ocorrem desenvolvimentos, atendendo diversas áreas como: desenvolvimento da linguagem, físico, emocional, social, motor, cognitivo, entre outros. Esses que contribuirão na formação da criança quando adultos.

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3.2.5 CRIATIVIDADE

O processo criativo divide-se em etapas que norteiam a construção das soluções.

3.2.5.1 Desenvolvimento de painéis imagéticos

Buscam representar por meio de imagens elementos que contribuem para o projeto, painel de público alvo, painel de conceitos sustentabilidade, brincar e painel de similares.

Sobre o público alvo, a figura 01 expressa a criança e seu desenvolvimento, nele é possível perceber a presença de cores fortes e vivas, trazendo o sorriso das crianças, a alegria ao estar interagindo com brinquedos e brincadeiras, demonstra que toda criança busca de alguma forma a interação com o brinquedo.

Figura 01: Painel público alvo

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A sustentabilidade é um elemento forte neste projeto, seus conceitos são explorados, tendo em vista que se prima por um produto pautado no eco design. A etimologia da palavra sustentável tem origem no latim "sustentare”, que significa sustentar, apoiar, conservar. O conceito de sustentabilidade normalmente esta relacionado com a atitude ou estratégia que é ecologicamente correta, e viável no âmbito econômico, assim como o eco design que visa criar, projetar produtos com processos ecológicos eficientes, procurando não agredir o meio ambiente e minimizar o impacto ambiental do produto durante e ao término de sua vida útil. Isso apresenta a importância da escolha da matéria prima a ser utilizadas na produção.

A figura 02 apresenta os conceitos de sustentabilidade e a importância da prática dos mesmos.

Figura 02: Painel conceito sustentabilidade.

Fonte: A autora (2014)

A figura 03 traduz o conceito brincar e suas variáveis: diversão, entretenimento, interatividade, alegria. Nele é possível perceber cores vibrantes,

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destacando as diversas maneiras de brincar, porém trazendo a satisfação no sorriso das crianças.

Figura 03: Painel conceito brincar.

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Buscou-se por produtos similares considerando a similaridade da matéria prima, ou seja, produtos com outras finalidades mas que fazem uso do papelão ondulado em sua estrutura, como demonstrado na figura 04.

Figura 04: Painel similar indireto.

Fonte: A autora (2014)

Observam-se as variáveis de aplicação do papelão ondulado, demonstrando que pode ser aplicado tanto em objetos de decoração, como de utilidade como móveis com sistemas de montagem variados, hora com encaixes, hora com a junção por meio de adesivo formando blocos, ambos os métodos com resistência. Também se buscou por similares sendo brinquedos para crianças de 04 a 07 anos em papelão ondulado, como é possível visualizar na figura 05, as possibilidades e variações de brinquedos feitos em papelão ondulado, onde o sistema de montagem pode ser por meio de encaixe, ou com auxilio de cola, possibilitando a intervenção da criança no brinquedo, proporcionando a customização do brinquedo pela criança.

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Figura 05: Painel similares diretos

Fonte: A autora (2014)

O brinquedo na vida da criança permite que ela desenvolva a criatividade, solte a imaginação, brinque com amigos e faça novas amizades, exercita todas as possibilidades de desenvolvimento da criança, viabiliza a parte emocional. Mais de que apenas brincar é fazer com que a criança projete no brinquedo o amadurecimento, socialização, definições e limites.

Para o desenvolvimento de um brinquedo para crianças devem ser considerados a escolha de formatos adequados procurando evitar-se cantos, pois dependendo do material em que será produzido, pode vir a ocasionar lesões no momento do manuseio. As cores tendem a serem alegres e vivas para que prendam a atenção da criança, as dimensões do brinquedo devem ser proporcionais à faixa etária que pretende abranger. Características como segurança, ergonomia, peso, materiais com apelo ecológico tornam-se prioridade de consumo nas gondolas do mercado, que devem ser transmitidas ao consumidor. As crianças gostam de

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explorar o brinquedo, descobrir como ele funciona, de interagir, customizá-los e de vestir o brinquedo.

3.2.5.2 Brainstorming

Essa etapa com o auxilio dos painéis desenvolvidos, conceituando sustentabilidade, brincar, apresentando similares diretos e indiretos, público alvo, proporcionam referências que conduzem os esboços das ideias, alternativas geradas passíveis de desenvolvimento do brinquedo. Esta etapa mostra que os elementos visuais ganham formas de brinquedos.

Ilustração 06: avião de vestir

Fonte: A autora (2014)

A ilustração 06 procurou-se demosntrar que o brinquedo pode fazer parte do corpo da criança, onde ela entra, veste o avião, estimulando a criatividade a ponto de simular estar voando, pilotando seu avião.

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Ilustração 07: balão com cesto

Fonte: A autora (2014)

A ilustração 07 traduz em um brinquedo simples com o cesto com formato de uma caixa e ganha conceito através de um balão com formato octagonal, também em papelão ondulado.

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Ilustração 08: caminhão de vestir individual e onibus de vestir coletivo.

Fonte: A autora (2014)

A ilustração 08 representa através do carrinho de vestir individual em que a criança pode estar simulando uma atividade real de dirigir, onde o brinquedo ganha forma de caminhão através de cortes e vincos formando a gabine e carroceria do caminhão e ônibus, com aberturar simula-se as janelas e parabrisa dianteiro, as rodas são simbolizada pos circulos, pois as próprias pernas da criança que entra no brinquedo pelo fundo vsado farão o movimento do caminhão, as alças sustentaram o brinquedo supenso e ao mesmo tempo vestido na criança. Já o onibus consiste da mesma sistematica de formação, no entanto, disponibiliza espaço para duas crianças entrarem no brinquedo traduzindo o conceito de ônibus.

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Ilustração 09: avião e foguetes

Fonte: A autora (2014)

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faces, com aberturas caracterizando porta e janelas a caixa recebe conceito e formato de um foguete, possibilitando a criança adentrá-lo através da abertura frontal. Com a parte superior em formato triangular conceituando a ponta do foguete, e hastes em duas laterais simulando a parte chamada propulsor de um foguete.

Ilustração 10: barquinhos de vestir e barcos de brincar na água.

Fonte: A autora (2014).

Na ilustração 10 procurou-se transmitir formas de barcos, buscando proporcionar entrada da criança no brinquedo, encaixar as pernas em aberturas na parte inferior. E por meio de duas alças presas nas laterais segurar o barco suspenso sem o auxilio das mãos deixando-as livres para outros movimentos.

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Ilustração 11: cavalo de vestir e cavalo de pau.

Fonte: A autora (2014)

A ilustração 11, busca transmitir um brinquedo caracterizando um cavalo. Por meio de uma caixa sem as abas para fechar e com o fundo vasado possibilitanto o encaixe das pernas da criança, com alças de suspensão fixadas nas laterais, e a fixação de peça frontal com formato da cabeça do cavalo esta pronto o brinquedo , também pode-se considerar a possibilidade o encaixe de um cabo na peça que caracteriza a cabeça do cavalo.

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Ilustração 12: Kit mágico com caixa, varinha e capa mágica

Fonte: A autora (2014)

Uma caixa normal que pode ser transformada em caixa mágica com fundo falso, representada na ilustração 12, vem caracterizando um kit mágico, já que acompanha a caixa,varinha mágica e uma capa com formato hexagonal aberto, maior na parte inferior marcada por meio de vincos.

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Ilustração 13: Fantasia super heroi – robo com capa, armadura, escudo,e capacete

Fonte: A autora (2014)

Na ilustração 13, buscou-se trazer o conceito dos super herois através de peças com aberturas pra encaixar no corpo, o corpo, cotoveleiras e joelheiras são caracterizados por um cubo com vasados permitindo que a criança vista os acessórios, acompanha a fantasia um capacete e escudo, são peças individuais que conceituam uma fantasia ou armadura para o corpo da criança.

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Ilustração 14: Fazendinha de encaixe

Fonte: A autora (2014)

Na ilustração 14 busca-se caracterizar peças que componham uma fazendinha,

todas com sistemas de encaixe e montagem dão formas a árvore, casas e cercados, proporcionado a simulação do layout de uma fazenda.

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Ilustração 15: Castelo de encaixe

Fonte: A autora (2014)

A ilustração 15 apresenta a proposta de montagem de um castelo por meio de encaixe de peças, os encaixes terão a funcionaliade de travas também, três peças compoem as laterais e fundo. A parte frontal é caracteriza da por um portão, na qual a criança podera entrar. As quatro torres são caracterizadas com cobertura em formato de piramide e por aberturas simulando janelas, as superficies serão lisas e em cor parda, proporcionando a criança a costumização

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do castelo.

3.2.6 Avaliação das alternativas

De acordo com os requisitos de promover a interação da criança com o brinquedo, de que o brinquedo tenha conceito sustentável, de estimular o ato de brincar através do mundo imaginário em que o brinquedo faça parte, percepções e as sensações captadas nas atividades propostas pela brincadeira, que traga uma sensação de prazer em brincar, com diferentes situações, seja individual ou em grupo.

Das alternativas desenvolvidas foram avaliados critérios como: viabilidade de produção, propriedades físicas do material pra aplicação. Como o requisito avaliado gênero sexual, sendo que nas alternativas representadas nas ilustrações 06,08 e 11 tendem a atender mais ao público masculino. Na alternativa apresentada na ilustração 13, os problemas encontrados foram às padronizações antropométricas, dificultando atendimento total do público alvo. Conforme alternativa caracterizada na ilustração 14, onde as peças serem pensadas com sistema de encaixe e pequenas vem a influenciar na resistência do brinquedo.

A alternativa que melhor responde aos conceitos pré-determinados, representada na ilustração 15 castelo de encaixe, pois a mesma propõe uma brincadeira de interação com o brinquedo, propondo a customização do mesmo por meio de pintura com tinta a base de água, onde tanto personagens femininos e masculinos são fáceis de serem interpretados pela criança e condizentes com o conceito do brinquedo, procurando estabelece percepção visual e imaginária.

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3.2.7 Materiais e tecnologias

Nesta etapa define-se os materiais a serem utilizados para o desenvolvimento do produto. Conforme definido o tipo de material para desenvolvimento deste projeto já no tema do estudo, sendo que o material definido para a construção do brinquedo é somente em papelão ondulado. Como apresentado anteriormente a variáveis especificações de papelão ondulado, para o presente projeto, foi definido que a estrutura que melhor se adequa para aplicação no desenvolvimento do brinquedo é o material composto por duas ondas, denominado papelão ondulado duplo. Por apresentar maior resistência física, espessura que melhor atende ao sistema de encaixe das peças, assim como de estabilidade.

Para a reprodução, por se tratar de um material cujo já existem processo de manufatura definidos, onde o mesmo ocorre através de corte e vinco rotativo ou plano. Como apresenta a imagem 16 um modelo de faca de corte plana, onde o papelão ondulado é colocado sobre a faca e após receber pressão na parte superior da faca, e por meio de aços de corte e vincos, concebe-se o formato ao produto.

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Imagem 16: Faca de corte plana

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A imagem 17 representa o modelo de faca rotativa, a qual o processo de transformação da chapa de papelão ondulado no formato desejado, ocorre por meio de pressão, onde o material transpassa entre rolos pressionados em que a faca esta fixada recebendo marcações de vinco e corte ganhando forma e formato do produto predeterminado no layout da faca.

Imagem 17: Faca de corte rotativa.

Fonte: A autora (2014)

3.2.8 Modelo e experimentação

Nesta etapa do projeto foi realizada a construção e experimentação do modelo, levando em consideração todas as informações, pesquisas coletadas nas etapas anteriores, assim embasando melhor a definição de todos os elementos que compõem a estrutura do brinquedo.

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Tabela 02: Tabela antropométrica

Fonte: IBGE

Para a definição das dimensões procurou-se levar em consideração a estatura mediana das crianças de 04 a 07 anos. Conforme tabela 02 antropometria IBGE (2008-2009) que vem apresentando resultados coletados, através de dados amostrais e estimativas populacionais das medianas de altura da população, por sexo, segundo a idade por grupo, na qual a altura média referente á faixa etária do público alvo, crianças de 04 à 07 anos. Por meio da identificação da média de altura mediana do público alvo fez-se necessário que a definição das dimensões do brinquedo, considerassem como pré-requisito a altura média identificada na tabela, que vária de 105,3 a 124,9 cm, atendendo ao critério pré-definido, que possibilite a criança entrar no brinquedo.

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Imagem 18: Dimensões do brinquedo

Fonte: A autora (2014)

Como demonstra na imagem 18, a possibilidade da criança entrar no brinquedo após montado, através da abertura caracterizando o portal, explorando o ambiente e espaço disponibilizado dentro da estrutura do brinquedo, que apresenta a dimensão total montado 2,48m de comprimento, sendo que a largura apresenta com a mesma dimensão, e na altura apresenta 1.60m.

Para a definição do sistema de montagem, procurou-se buscar referencias de tipos de encaixes através de imagens, que representassem o funcionamento de um sistema de encaixe, e que o mesmo tempo atribuísse à função de trava.

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Imagem 19: Sistema de encaixes.

Fonte: A autora (2014)

A presente imagem 19 representa sistema de encaixes aplicados a segmentos tanto em papelão como a madeira, que fundamentam a estrutura de desenvolvimento dos encaixes a serem aplicados no projeto do brinquedo.

Imagem 20: Sistema de encaixes dos telhados.

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Como demonstra a imagem 20, para o encaixe dos telhados da torre do castelo optou-se por um sistema que ocorre por meio de formato de dentes que se encaixam em partes vasadas, de fácil entendimento e manuseio da criança. E que ao mesmo tempo não perde as características físicas dos castelos.

Para o encaixe das peças, procurou-se por um sistema adequado para o entendimento e manuseio do público alvo, buscando atribuir o sistema de trava.

Imagem 21: Sistema de encaixe e trava das paredes.

Fonte: A autora (2014)

Conforme demonstra na imagem 21, o sistema de encaixe foi projetado de forma para que ocorra o travamento do encaixe das pecas, através de dois vincos no sentido inverso ao da aba de encaixe, proporcionado que a mesma obtenha a medida da abertura para o encaixe. E posteriormente ao efetuar o encaixe as abas marcadas pelo vinco são desdobradas atribuindo a função de travar o encaixe para que o brinquedo não se desmonte e o estabilizando.

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4 RESULTADO DO PROJETO

Além das características físicas do material adequadas para aplicação, considerando o conceito sustentável proposto no estudo. Assim como as dimensões planejada de forma adequada ao publico alvo viabilizando o manuseio e interação com o brinquedo, vem ao encontro das necessidades propostas pelas peças que compõem o brinquedo procurando aguçar no usuário a coordenação motora no momento da montagem das peças e encaixe formando o castelo, a descoberta em relacionar o local de cada peça, além de proporcionar a percepção do espaço físico, por fim proporciona criatividade de uma maneira divertida.

Imagem 22: Modelo resultado final.

Fonte: A autora (2014)

A estruturação da matéria prima do brinquedo vem para auxiliar a representação e conscientização de sustentabilidade, proposta pelo material do brinquedo o papelão ondulado. O brinquedo é composto por quatro torres, quatro telhados e quatro paredes, totalizando 12 peças conforme demostra a imagem 22 que apresenta a estrutura montada formando o castelo.

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Imagem 23: Estrutura do castelo.

Fonte: A autora (2014)

A imagem 23 apresenta a estruturação do castelo, conforme a visualização, as faces das torres possuem aberturas que simbolizam janelas, e na parede frontal apresenta-se um portal, possibilitando a criança explorar o espaço interno no castelo. O encaixe do telhado das torres, foram desenvolvidos para que mantenha as características de um castelo e ao mesmo tempo seja atribuída a função de encaixe.

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Imagem 24: Customização

Fonte: A autora (2014)

A imagem 24 vem representando, a possibilidade de interação da criança com o brinquedo, através da customização do mesmo sugerindo a pintura da estrutura com o uso de tinta guache.

4.1 VERIFICAÇÃO

Na etapa de verificação, tendo definido os experimentos, materiais e tecnologias, verificou-se que as dimensões do brinquedo montado foram 2,48m no sentido comprimento e largura por 1,60m, atendendo ao objetivo de que a criança explore o espaço interno do castelo. A escolha do material e suas especificações atenderam as necessidades de assegurar o sistema de encaixe e trava das peças, bem como de auxiliar na estabilidade do brinquedo. Atendendo ao principal conceito do presente projeto a sustentabilidade através da escolha do material, onde o castelo é constituído totalmente em papelão ondulado, material reciclável e reciclado e considerado ecologicamente correto. Também, a interatividade com o brinquedo, por meio da customização, onde o brinquedo possibilita que o usuário faça interação

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quando do uso coletivo, e a intervenção com o brinquedo através da pintura, que vem sugerindo o uso de tinta guache.

Imagem 25: Situação de uso

Fonte: A autora (2014)

Como representa a imagem 25, a situação de uso do brinquedo, elenca os conceitos predeterminados de estimular o ato de brincar, de propor interatividade da criança com o brinquedo e com o grupo. Atendendo o conceito sustentável por meio da escolha da matéria prima do brinquedo, considerado ecologicamente correto, não causando impactos ao meio ambiente quando no momento do descarte.

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4.2 DESENHO DE CONSTRUÇÂO

O desenho de construção trata-se de desenhos técnicos, contendo todas as informações necessárias que possibilitam a produção do protótipo de alta confiabilidade. Para que posteriormente seja por meio das informações do desenho a produção industrial mecanizada em escala. No desenho técnico representado na ilustração 26, traz as dimensões reais das peças do castelo, identificando as áreas de corte, áreas de vinco e de picote, por meio de cores diferenciadas das linhas.

Ilustracao 26: Desenho técnico.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente projeto teve como tema o desenvolvimento de um brinquedo em papelão ondulado, objetivou desenvolver a partir do conceito sustentável, um brinquedo interativo de papelão para crianças de 04 a 07 anos. Para tanto foram realizados estudos bibliográficos a cerca de design, design industrial, sustentabilidade, público alvo, brinquedos. Também fez-se necessário uso do método projetual de Bruno Munari, a qual possibilitou aprofundar o problema, fazer pesquisa e análises, gerar alternativas e chegar a uma solução com viabilidade técnica para a produção.

Como resultado desenvolveu-se um brinquedo de papelão ondulado para uso coletivo a qual possibilita as crianças interagirem com o mesmo. Trata-se de um castelo composto por doze peças, sendo quatro torres que trazem abertura simbolizando janelas, quatro telhados em formato de pirâmide, quatro paredes, sendo que em uma delas possui uma abertura caracterizando o portal de entrada do castelo. Referente as dimensões o brinquedo foi projetado com base na estatura mediana do público alvo, viabilizando a proposta de que a criança explore o espaço interno do castelo, interpretando personagens. A proposta de lúdico, divertido é apresentada quando da possibilidade da customização, através da pintura das peças do castelo.

Ainda o projeto tem o apelo sustentável, uma vez que a matéria prima é o papelão ondulado, tido como ecologicamente correto, se degradando no meio ambiente com pouco tempo e não gerando impactos ambientais, por se tratar de um material reciclável e reciclado.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LOBACH, Bernard. Design Industrial. Bases para a configuração dos produtos

industriais. São Paulo: Blucher, 2001.

MALDONADO, Tomás, Design Industrial, Feltrineli Editore, 1991.

MANZINI, Ézio; VEZZOLI Carlo. O Desenvolvimento de Produtos Sustentáveis: Os requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: Edusp: 2008.

MUNARI, Bruno. Das Coisas Nascem Coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1998. SCHNEIDER, Beat. Design – Uma Introdução: o design no contexto social,

cultural e econômico. São Paulo: Blucher, 2010.

COSTA JÚNIOR, J. Design sustentável e mercado de consumo. Revista Eco 21. Rio de Janeiro: 2007, n.130. Disponível em:

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