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Revista Saúde e Meio Ambiente RESMA-UFMS-Três Lagoas, v. 12, n. 02, p.51-72, janeiro/julho. 2021, Edição Especial. ISSN:

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Revista Saúde e Meio Ambiente – RESMA-UFMS-Três Lagoas, v. 12, n. 02, p.51-72, janeiro/julho. 2021, Edição Especial. ISSN: 2447-8822.

RISCOS OCUPACIONAIS PARA A SAÚDE DE ENFERMEIRAS EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Autor-THIAGO SANTANA

RESUMO : Analisar os riscos ocupacionais para a saúde de enfermeiras que atuam em Unidade de Saúde da Família (USF). Métodos: Trata-se de um estudo de natureza descritiva, exploratória de abordagem qualitativa, desenvolvido no município de Conceição do Almeida-BA, com as enfermeiras das USFs, a coleta de dados ocorreu nos meses de maio a junho de 2015, através da aplicação de um questionário com questões objetivas e subjetivas, foram analisados por meio da análise de conteúdo. Resultados: Evidenciou-se, que o entendimento das enfermeiras acerca dos riscos ocupacionais perpassa por atividades insalubres e perigosas, cuja natureza advém de condições de trabalho diretamente relacionadas aos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, o que pode provocar ou agravar problemas de saúde. Dentre os riscos ocupacionais identificados, os biológicos foram os mais citados, seguido dos riscos psicossociais e antiergonômicos; os físicos e químicos foram menos citados. Conclusão: Conclui-se que riscos ocupacionais na USF são prejudiciais à saúde da enfermeira, justificados pelas alterações de saúde provocadas pela exposição aos agentes citados, identificados neste estudo. Assim, há uma necessidade de buscar melhores condições laborais para esta categoria, objetivando melhorar a qualidade de vida no trabalho de enfermeiras que atuam na Unidade de Saúde da Família.

Descritores: Riscos Ocupacionais. Saúde do Trabalhador. Saúde da Família. Enfermeira.

OCCUPATIONAL RISKS FOR A NURSE'S HEALTH IN A FAMILY HEALTH UNIT

ABSTRACT: To analyze occupational health risks for nurses working in the Family Health Unit (FHU). Methods: This is a descriptive, exploratory study with a qualitative approach, developed in the municipality of Conceição do Almeida-BA, with nurses from the USFs, data collection occurred in the months of May and June 2015, through the application questionnaire with objective and subjective questions, were analyzed through content analysis. Results: It was evidenced that the nurses' understanding of occupational risks goes through unhealthy and dangerous activities, whose nature comes from working conditions directly related to physical, chemical, biological, ergonomic and psychosocial risks, which can cause or aggravate problems of health. Among the occupational risks identified, biological ones were the most cited, followed by psychosocial and anti-ergonomic risks; physicists and chemists were less cited. Conclusion: It is concluded that occupational risks in the USF are harmful to the nurse's health, justified by the health changes caused by exposure to the agents mentioned, identified in this study. Thus, there is a need to seek better working conditions for this category, aiming to improve the quality of life at work of nurses who work in the Family Health Unit.

Descriptors: Occupational Risks. Worker's health. Family Health. Nurse.

RISCOS OCUPACIONALES PARA UNA SAÚDE DE ENFERMEIRAS EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

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Revista Saúde e Meio Ambiente – RESMA-UFMS-Três Lagoas, v. 12, n. 02, p.51-72, janeiro/julho. 2021, Edição Especial. ISSN: 2447-8822.

RESUMEM: Analizar los riesgos laborales para la salud de las enfermeras que trabajan en la Unidad de Salud Familiar (USF). Métodos: Este es un estudio descriptivo, exploratorio con un enfoque cualitativo, desarrollado en el municipio de Conceição do Almeida-BA, con enfermeras de los USF, la recopilación de datos se produjo en los meses de mayo y junio de 2015, a través de la aplicación de un cuestionario con preguntas objetivas y subjetivas, se analizaron mediante análisis de contenido. Resultados: se evidenció que la comprensión de los enfermeros de los riesgos laborales pasa por actividades poco saludables y peligrosas, cuya naturaleza proviene de condiciones de trabajo directamente relacionadas con riesgos físicos, químicos, biológicos, ergonómicos y psicosociales, que pueden causar o agravar problemas. De salud. Entre los riesgos laborales identificados, los biológicos fueron los más citados, seguidos por los riesgos psicosociales y anti-ergonómicos; físicos y químicos fueron menos citados. Conclusión: Se concluye que los riesgos laborales en la FHU son perjudiciales para la salud de la enfermera, justificados por los cambios en la salud causados por la exposición a los agentes mencionados, identificados en este estudio. Por lo tanto, es necesario buscar mejores condiciones de trabajo para esta categoría, con el objetivo de mejorar la calidad de vida en el trabajo de las enfermeras que trabajan en la Unidad de Salud de la Familia. Descriptores: Riesgos Laborales. Salud del trabajador. Salud familiar. Enfermera.

INTRODUÇÃO

Saúde do Trabalhador (ST) refere-se a um campo da área de Saúde Pública que procura compreender e intervir nas relações existentes entre a saúde-doença e o trabalho, e tem por objetivos a promoção e proteção da ST através de ações de vigilância dos riscos presentes no ambiente e condições de trabalho (CT), dos agravos a sua saúde e a organização tecnológica da produção do cuidado aos trabalhadores, incluindo procedimentos de diagnósticos, tratamento e reabilitação no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)1.

Pode-se ressaltar ainda à ST como atribuição constitucional regulamentada pela Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90 e prescrita na Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST), que aponta que as ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária devem priorizar a promoção e proteção a ST, proporcionando a esses, condições de reabilitação e recuperação da saúde quando se encontram em situações que agravam os riscos advindos do seu contexto de trabalho2.

No que se refere aos trabalhadores de saúde, em especial as enfermeiras, o ambiente de trabalho apresenta riscos a sua integridade física e mental de acordo com o tipo e à frequência de procedimentos realizados3. Desse modo, o cenário laboral pode interferir diretamente na

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desestabilização da saúde dessa profissional, a qual, muitas vezes, é exposta a diversos riscos ocupacionais4. Os riscos ocupacionais que acometem os trabalhadores das instituições de saúde são oriundos de fatores físicos, químicos, psicossociais, ergonômicos, e biológicos5.

Partindo desse ponto de vista, pode-se dizer que as enfermeiras estão expostas a diferentes riscos ao desenvolverem seu trabalho. Particularmente em algumas áreas esse panorama pode se tornar ainda mais agravante, como é o caso da Atenção Básica (AB). Nesse contexto, estas profissionais estão expostas a alguns riscos que os diferenciam dos profissionais que atuam na área hospitalar, e, por isso, os torna específicos6, havendo a necessidade de discutir medidas de proteção e de intervenção sobre os riscos a que são expostas.

A reorientação do modelo assistencial a partir da década de 70, após a Conferência Internacional de Cuidados Primários, tem possibilitado uma ampla discussão da ST na AB, pontos importantes foram incorporados como: programação e realização de assistência básica e de vigilância à ST, realização de investigações em ambientes de trabalho e/ou junto ao trabalhador em seu domicilio; realização de entrevista com ênfase em ST; notificações de acidentes e doenças do trabalho por meio de instrumentos de notificação utilizados pelo setor de saúde; planejamento e participação ativa de atividades educativas no campo da ST7.

Nesse sentido, as CT a que está profissional está inserida vêm sendo debatida também pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) com a participação da Organização Mundial de Saúde (OMS), desde a década de 70 quando aconteceu a 61ª Conferência, na qual se discutia sobre, dificuldades como longas jornadas de trabalho, inexistências de intervalos para descanso e o fato dos profissionais não serem ouvidos quanto à tomada e planejamento das decisões8.

Assim, entende-se a importância de discutir os riscos ocupacionais que a enfermeira está exposta a fim de proporcionar informações que levem a refletir sobre o seu autocuidado, bem como reivindicar por melhores CT. Dessa forma, pretende-se responder a seguinte questão de pesquisa: como se configura a presença de riscos ocupacionais à saúde de enfermeiras que atuam em Unidades de Saúde da Família?

Nessa perspectiva o objetivo deste estudo é analisar os riscos ocupacionais para a saúde de enfermeiras que atuam em Unidades de Saúde da Família (USF).

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MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, qualitativo. A pesquisa foi desenvolvida em um município do Recôncavo da Bahia, Brasil.

O sistema de saúde do município é composto por uma instituição hospitalar e seis USF. São oferecidos os seguintes programas para a promoção e prevenção à saúde: Programa Nacional de Controle de Câncer de Colo Uterino e de Mama, Programa de Prevenção e Controle de DSTs e HIV/AIDS, Programa de Pré-Natal, Puericultura, Hiperdia, PROSAD, Planejamento Familiar, Saúde do Homem e Saúde do Idoso.

Participaram da pesquisa, cinco enfermeiras que atuavam nas USF a mais de seis meses, idade entre 23 e 39 anos, com curso de Pós-Graduação lato sensu na área de em Urgência, Emergência e UTI (01), Saúde Pública (02), Auditoria em Saúde e Micropolítica do Trabalho em Saúde (01), Obstetrícia (01). Quanto ao tempo de formação, as profissionais possuíam uma média de três anos, apenas uma apresentava dupla jornada de trabalho, tanto na USF como área hospitalar. A carga horária de trabalho era de 40 horas semanais.

Não foram incluídas na pesquisa, enfermeiras que se encontram em férias, licença maternidade, licença prêmio e licença por problemas de saúde ou qualquer outro motivo e aquelas que não aceitarem participar do estudo. Especificamente neste estudo, houve apenas uma ausência, pelo fato de uma participante se encontrar em atestado médico durante o período da coleta dos dados.

A coleta de dados ocorreu entre maio e junho de 2015. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário, contendo questões abertas e fechadas. Tal questionário foi acompanhado por um roteiro de entrevista baseado nos objetivos centrais do estudo, como forma de guiar a investigação, sendo composta por três etapas, a saber: 1ª etapa: caracterização sociodemográfica das participantes; 2ª etapa: percepção das enfermeiras sobre riscos ocupacionais na USF e 3ª etapa: descrição riscos ocupacionais presentes na USF, modalidade que seguiu um roteiro formulado a partir da adaptação dos conceitos de riscos evidenciados pelo ministério do trabalho e NR32. O questionário foi aplicado no ambiente de trabalho conforme disponibilidade das participantes do estudo, garantindo o sigilo, anonimato e a privacidade das participantes. O tempo de duração para o preenchimento foi de 20 minutos.

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A pesquisa contemplou, em todas as suas etapas, as normas estabelecidas pela Portaria nº 466/2012 do Ministério da Saúde, sendo submetida e aprovada pelo Comitê de Ética da sob o parecer de número: 1.509.526. Para garantir o anonimato das participantes, utilizou-se uma nomeação numérica, em que E represente enfermeira, seguido do número de ordem, por exemplo: E1, E2 e subsequente.

Análise dos dados foi embasada no método da análise de conteúdo9. Para tanto, inicialmente foi realizado a pré-análise, com base nas entrevistas e nos objetivos do estudo, em seguida foi analisado o questionário aplicado, resguardado num método de classificação, subdividindo as palavras e/ou expressões significativas em categorias, com o propósito de compreender a dúvida central do texto9.

Posteriormente realizou-se a exploração do material obtido, etapa de suma importância, pois possibilitou as interpretações e inferências extraídas dos questionários, foi feita uma descrição analítica, com respeito do material textual coletado, submetendo o estudo a grandes aprofundamentos. A terceira fase refere-se ao tratamento dos resultados por meio de inferência e interpretação, etapa destinada ao tratamento dos devidos resultados. Nesta fase as informações obtidas a partir da análise foram destacadas dada as interpretações inferências realizadas.

RESULTADOS

Analisar as condições em que as enfermeiras estão expostas em seu local de trabalho, em relação aos riscos ocupacionais é fundamental para desenvolver ações de promoção, proteção e recuperação à saúde das mesmas. Nesse sentido, é imprescindível que estas profissionais conheçam os agentes que potencialmente podem acarretar dano à saúde e a integridade física e mental, bem como as ações necessárias para diminuir os possíveis malefícios à saúde. A partir da análise desses dados chegou-se à formulação de quatro categorias temáticas, descritas a seguir.

Categoria 01: Risco ocupacional no contexto do trabalho em saúde por enfermeiras na USF.

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Tomando como ponto de partida o entendimento das enfermeiras acerca do risco ocupacional, as trabalhadoras definiram como algo que agrava ou possibilita o aparecimento de problemas de saúde, presentes no ambiente de trabalho, como descrito no Quadro 1 a seguir:

QUA. 1: Revelando (des) conhecimento sobre riscos ocupacionais no trabalho da enfermeira

na USF, Bahia, Brasil, 2016.

(Des) conhecimento sobre riscos

ocupacionais

“São aqueles que acometem os trabalhadores levando ao adoecimento, oriundos de fatores físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais” (E1).

“São os riscos, ou melhor, as chances de um evento relacionado ao trabalho ou ambiente de trabalho ocorrer (E2).

“São perigos que incidem na saúde humana e bem-estar dos trabalhadores” (E3).

“São atividades insalubres que levam o profissional a si expor a perigos no ambiente de trabalho” (E4).

“Está relacionado aos encontrados pelos profissionais no desempenho de sua atividade profissional, que vão desde os riscos químicos, físicos e biológicos aos riscos ambientais” (E5).

Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

Categoria 02: Interferência dos riscos ocupacionais na saúde do trabalhador - concepção de enfermeiras.

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Foi demonstrando o sentimento de vulnerabilidade das enfermeiras em relação ao ambiente e ao desenvolvimento do trabalho, eventos que podem trazer danos a saúde, elevar o nível de estresse, provocar acidentes com elevação das taxas de absenteísmo. Tais dados são apresentados no Quadro 2, abaixo:

QUA. 2: Revelando (des) conhecimento sobre a interferência dos riscos ocupacionais no

trabalho da enfermeira na USF, Bahia, Brasil, 2016.

Eventos e danos à saúde

“Eles interferem negativamente na minha saúde quando deixam de ser um risco e passam a ser um evento que causa dano” (E2).

Elevação do nível de estresse

“No momento, até hoje não interferiu significativamente, mas o principal que posso citar é o estresse pela falta de compreensão dos pacientes” (E1).

“Interfere deixando-me doente e estressada, além disso, aumenta a chance de se ter riscos ocupacionais” (E4).

Alteração do cotidiano de trabalho – absenteísmo

“Aumentando as chances de adoecimento, trazendo consigo a necessidade de faltar no trabalho” (E3).

Acidentes e doenças de trabalho

“Tais riscos podem contribuir para o aumento das chances de incidência de doenças e acidentes de trabalho” (E5). Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

Categoria 03: Identificação dos riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho das enfermeiras.

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Dentre os tipos de riscos ocupacionais sinalizados pelas enfermeiras estão os riscos psicossociais ou emocionais relacionados ao estresse no trabalho. Os riscos biológicos relacionados com exposição a secreções, perfurocortantes e micro-organismos. Quanto aos riscos anti ergonômicos e físicos foram sinalizadas questões como planta física e equipamentos inadequados levando ao esforço físico e lesões musculares. Já aos riscos químicos, foi citada a exposição a produtos como Glutaraldeídos e medicamentos. Desde modo, o quadros apresentados abaixo sinalizam dados referentes a essa categoria.

QUA. 3: Riscos Psicossociais e distribuição dos agentes causadores de problemas de saúde,

Bahia, Brasil, 2016. Tipos Quantidade (%) Agressões 02 40 Falta de Segurança 01 20 Sobrecarga de Trabalho 03 60 Ambiente Estressante 05 100

Contato com doença/morte 04 80

Desvio de Função 00 0

Distúrbio do Sono 00 0

Arrogância de Pacientes 03 60

Outros 01 20

Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

QUA. 4: Riscos Biológicos e distribuição dos agentes causadores de problemas de saúde,

Bahia, Brasil, 2016.

Tipos Quantidade (%)

Exposição a sangue, fluidos e secreção 05 100

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Exposição a Perfuro cortantes 04 80

Falta de EPI'S 00 0

Descarte Inadequado de lixo e limpeza deficiente 00 0

Bolor nas Paredes 02 40

Ambiente Tumultuado 02 40

Limpeza Deficiente do ar condicionado 00 0

Local Inadequado para as refeições 02 40

Planta física inadequada para limpeza 02 40

Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

QUA. 5: Riscos Antiergonômicos e distribuição dos agentes causadores de problemas de

saúde, Bahia, Brasil, 2016.

Tipos Quantidade (%)

Arranjo Físico Inadequado 01 20

Riscos de Acidente 03 60

Planta Física Inadequada 02 40

Macas muito altas 00 0

Levantamento de Peso 00 0

Falta de equipamentos/Inadequados 05 100

Equipamento insuficiente/ineficientes 05 100

Número insuficiente de trabalhadores 02 40

Postura corporal inadequada 01 20

Risco de Quedas 00 0

Outros 00 0

Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

QUA. 6: Riscos Físicos e distribuição dos agentes causadores de problemas de saúde, Bahia,

Brasil, 2016.

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Iluminação Deficiente 01 20 Ruído 00 0 Fiação Exposta 01 20 Estresse 04 80 Piso Liso/Laminado 01 20 Outros 00 0

Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

QUA. 7: Riscos Químicos e distribuição dos agentes causadores de problemas de saúde,

Bahia, Brasil, 2016.

Tipos Quantidade (%)

Exposição a produtos químicos 03 60

Radiação Ionizante 00 0

Contato com produto Esterilizante 01 20

Contato com Glutaraldeídos 01 20

Contato com produtos de Limpeza 00 0

Contato com Medicamentos 05 100

Contato com Detergente 00 0

Outros 00 0

Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

Categoria 04: Medidas adotadas pelas enfermeiras na perspectiva de minimizar os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho - desafio a ser vencido

Destacam-se as medidas de proteção adotadas relacionadas a utilização de EPIs prezando pela integridade física, estabelecimento de atitudes de vida saudável e vigilância quanto a exposição aos riscos ocupacionais.

QUA. 8: Medidas adotadas pelas enfermeiras para minimizar os riscos ocupacionais no

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Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

“Sim. Sempre fazendo uso dos EPI’S que me são disponibilizados, zelando pela minha integridade física e psíquica” (E3)

“Sim. Estou sempre atenta utilizando os EPI’S, mantendo postura adequada e tendo calma para resolver as situações diárias” (E1).

Estabelecimento de estilo de vida saudável “Sim. Tentando usufruir de uma vida saudável e fazendo uso dos EPI’S” (E5).

Vigilância dos riscos biológicos

“Poucas. Desenvolvi relacionadas ao uso de EPI’S e cuidado com manuseios de materiais biológicos. Normalmente nos preocupamos mais com físicos e biológicos e esquecemos dos psicossociais” (E2).

Fonte: Dados da Pesquisa, Bahia, Brasil, 2016.

DISCUSSÃO

Através da análise dos resultados foi possível evidenciar o significado atribuído pelas enfermeiras ao risco ocupacional. Os riscos ocupacionais se apresentam de diferentes maneiras originando-se de atividades insalubres e perigosas, cuja natureza provém das CT6, apresentam-se como potencial para causar danos à saúde, destruindo o equilíbrio físico, mental e social das profissionais12, estando relacionados à área e ao exercício de atuação de cada trabalhador10, 11,13. Sendo assim, as equipes de saúde, em especial as enfermeiras, estão diariamente expostas aos mais variados tipos de riscos relacionados à assistência aos clientes no cenário laboral.

Nesse sentido, ressalta-se que enfermeiras não são apenas prestadores de atividades assistenciais, e sim pessoas que podem colaborar na preservação da saúde através da identificação de situações que geram riscos ocupacionais14. É importante que o aprimoramento das enfermeiras para a sua identificação seja contínuo no sentido de reconhecer e prevenir-se

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dos riscos ocupacionais inerentes à sua atividade, uma vez que a exposição aos diferentes agentes pode interferir na integridade da ST.

No relato de E1, quando analisado as interferências dos riscos ocupacionais na saúde, observou-se através da expressão “(...) até hoje não interferiu significativamente (...) E1” que os riscos ocupacionais interferem em sua vida/cotidiano, entretanto a mesma deixa passar por despercebido, remetendo-nos a pensar que para ela os riscos ocupacionais não são nada demais ou uma coisa insignificante. Evidenciou-se o sentimento de vulnerabilidade das enfermeiras em relação ao ambiente e ao desenvolvimento do trabalho como eventos que podem trazer danos a saúde, elevar o nível de estresse, alterar o cotidiano de trabalho, provocar acidentes e doenças aumentando as taxas de absenteísmo. Nessa ótica a inexistência de estratégias de gestão de riscos ocupacionais, diante da magnitude dos problemas consequentes da falta de investimentos em biossegurança no campo de trabalho vulnerabiliza a profissional no desenvolvimento de suas atividades15.

Em relação aos riscos ocupacionais a que estão expostos às enfermeiras deste estudo, foi possível observar a presença de riscos psicossociais, biológicos, ergonômicos, físicos e químicos16,17,18 dados a natureza diversificada dos fatores característicos de cada um no âmbito da USF. Os riscos ligados às atividades de trabalho estão diariamente presentes, relacionados à organização das atividades pertinentes e ao fluxo operacional19.

No tocante aos riscos psicossociais, podem ser associados a agressões, falta de segurança no ambiente de trabalho, ambiente estressante, contato com doença/morte, desvio de função, distúrbio do sono e até mesmo arrogância de outros indivíduos. As alterações de saúde mais evidenciadas nesta pesquisa estão relacionadas a ambiente estressantes (100%), contato com doença/morte (80%), sobrecarga de trabalho e arrogância dos pacientes (60%), agressões (40%) e falta de segurança (20%), desvio de função e distúrbio do sono não foram apontados por nenhuma participante.

Desta forma com referência ao risco psicossocial observamos que os percentuais das respostas dadas pelas enfermeiras são evidenciados com maior relevância em: ambiente estressante (100%) e arrogância dos pacientes (60%). Um outro estudo realizado com 5876 enfermeiros do Kuwait, evidenciou uma grande totalidade de violência contra esta categoria no

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ambiente de trabalho. Os participantes da pesquisa referiram ter sofrido agressões verbais (48%), agressões físicas (7%) e testemunharam agressões contra outros colegas 36%. De acordo com este mesmo autor, as agressões físicas foram ocasionadas por pacientes em 51% das vezes, as agressões verbais por parte de familiares 44% e de agressões verbais e físicas foram promovidas por colegas de trabalho 4 a 7%20.

Sobre a violência contra os enfermeiros também foi relatada em uma pesquisa feita na Suécia, e tiveram como amostra 2690 enfermeiros de instituições de saúde públicas e privadas. Neste estudo foi relatado que, 29% dos entrevistados já sofreram alguém tipo de violência no ambiente de trabalho, 35% já foram ameaçados, 30% já testemunharam alguém tipo de violência contra colegas de trabalho e 27% considerou a violência como um risco ocupacional grave21.

No que se refere a sobrecarga de trabalho a literatura evidencia que à sobrecarga de trabalho e a imposição do trabalhador manter um ritmo de trabalho apressurado para garantir a produção, bem como o exercício de tarefas repetitivas, leva o profissional a condições que podem gerar consequências levando a se expor aos riscos psicossociais22.

Um outro aspecto evidenciado no estudo foi o contato com a doença/morte, 80% das enfermeiras demonstraram que tal agente, constitui uma condição de risco ocupacional psicológico. Labate e Cassorla23 consideram que o profissional de saúde se defronta no seu cotidiano com situações que mobilizam o emocional, por vezes de uma forma bastante intensa. Isso não só dificulta seu trabalho, como o confunde diante dos aspectos técnicos, acarretando-lhe um grau considerável de sofrimento pessoal.

Quanto aos riscos biológicos, a pesquisa demonstrou que para as enfermeiras os maiores percentuais correspondem a exposição a sangue, fluidos e secreção (100%), exposição a infecções e doenças (100%), exposição a perfuro cortantes (80%), bolor nas paredes, ambiente tumultuado, local inadequado para as refeições, planta física inadequada para limpeza totalizaram obtiveram os mesmos percentuais, sobre o descarte inadequado de lixo e limpeza deficiente do local e do ar condicionado, não houve pontuação.

Os riscos biológicos aos quais os trabalhadores da enfermagem estão frequentemente expostos24, está relacionado a assistência direta aos pacientes e ao maior número de realização

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de procedimentos. Para Gomes25 a exposição é a possibilidade de se ter contato com fluidos orgânicos e sangue, por meio de agulhas e/ou objetos cortantes, isso inclui também as maneiras de exposição a inoculações percutâneas. Isso condiz com o uma pesquisa feita no Hospital de Base de São José do Rio Preto, que concluiu que os acidentes que mais ocorrem são os com material biológico, corroborado pelos seguintes dados: sangue com 70,2% dos casos e fluídos corpóreos com 20% respectivamente.

Em segundo lugar observa-se nas respostas dos questionários que, bolor nas paredes, ambiente tumultuado, local inadequado para as refeições e planta física inadequada para limpeza são considerados de mesmo valor de importância apontando 40% dos riscos encontrados no ambiente de trabalho das enfermeiras questionadas. Sobre estas questões, Robazzi e Barros26 apontam que o trabalho, na maioria dos ambientes hospitalares e não hospitalares é arriscado e insalubre, encontrando-se os trabalhadores, muitas vezes, realizando as suas tarefas de modo inadequado, em decorrência do desuso de EPI ou sem condições laborais adequadas, decorrentes da estrutura física inapropriada dos estabelecimentos de assistência à saúde.

Estes autores trazem que a Norma Regulamentadora – NR 32 intitulada Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde, foi criada e pretende corrigir, ao menos, uma parte destas distorções. Esta Norma Regulamentadora – NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral26.

Embora os aspectos que dizem respeito aos riscos ergonômicos chamem a atenção mais para as unidades hospitalares, através deste estudo observou-se que nas USF também são evidentes, podendo ser destacado a inadequação ergonômica, o que gera um importante problema para os profissionais, já que futuramente pode apresentar reflexos na saúde25.

Este estudo revelou que durante a realização de suas atividades laborais, as enfermeiras estão expostas a riscos ergonômicos relacionados a: falta de equipamentos/Inadequados e equipamento insuficiente/ineficientes (100%), relataram como segunda maior relevância, os riscos de acidente, planta física inadequada e número insuficiente de trabalhadores

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respectivamente representados por 60%, 40% e 40%. Posteriormente a estes itens foram citados arranjo físico inadequado (20%) e postura corporal inadequada 20%. Desta maneira Nishide25 afirma que fazer uso de equipamentos sem tecnologia ou a ausência destes contribui para a ocorrência de lesões por esforço físico.

O risco de acidente também foi relatado pelas enfermeiras como presente no seu ambiente de trabalho. Para Nunes et al27 os riscos podem ser identificados como quedas (quando o solo não está adequado); mordedura de cães; acidentes com perfuro cortantes; choque elétrico por contato com fiação inadequada. Os profissionais que atuam nas USF a expõem-se além dos riscos mencionados, ao risco de acidente de trajetória, quando precisam deslocar-se da sua residência para trabalhar.

A sobrecarga de trabalho é acarretada pelo número insuficiente de trabalhadores assim, uma vez que o número de clientes aumenta para cada funcionário, a assistência fica prejudicada e a interação com o ambiente de trabalho e suas funções também na medida em que as demandas vão ficando excessivas28.

Para Passos28 a escassez de enfermeiros e os baixos salários, são causas para que estes profissionais acumulem mais de um vínculo empregatício levando-os a uma carga horária semanal duplicada comprometendo a eficiência do serviço. Evidenciou-se o estresse como risco físico mais grave (80%) visualizado neste estudo como um fator negativo que determina o prejuízo nas atividades laborais.

Segundo Bulhões29, o estresse acarreta à equipe de enfermagem dificuldades para se concentrar nas atividades e falhas de percepções. Relacionados a estes fatores às CT podem alterar ou comprometer o desempenho dos enfermeiros na execução de suas tarefas, nas quais podemos citar: grande frequência de tarefas que exigem decisões rápidas; elevada carga horária de trabalho, déficit de enfermeiros e consequente sobrecarga de atividades.

As enfermeiras identificaram ainda como risco físico presente em suas unidades: iluminação deficiente, fiação exposta, piso liso/laminado (20%). As cargas físicas a que estas enfermeiras estão expostas na USF trazem limitação para o bom desempenho das atividades a serem realizadas diariamente, como: dificuldade para realização de procedimentos (como papanicolau, já que é necessário o uso de foco de luz elétrica); instalações elétricas inadequadas,

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tornando propicio ao risco de choque elétrico. Torna-se evidente que problemas como estes, tornam as atividades das enfermeiras comprometidas tanto para o seu bem-estar, quanto para a assistência prestada ao cliente. Nesse sentido torna-se importante que sejam implementadas medidas a fim de prevenir/evitar/reduzir os danos que a exposição a estes riscos ocupacionais pode provocar, a partir de treinamentos e programas de desenvolvimento pessoal, promovendo educação em saúde no ambiente de trabalho.

Na Atenção Básica os riscos químicos não são tão comuns quanto são no ambiente hospitalar, segundo Bessa et al12. No entanto, o uso de sabão e álcool frequentemente utilizados para pré e pós-realização de procedimentos e/ou contato com pacientes, bem como à utilização de luvas para procedimentos e administração de medicamentos; são alguns dos riscos químicos identificados nas USF’s, segundo estudo realizado por Nascimento30. Entretanto, o risco químico é a exposição aos agentes químicos, a saber: compostos/produtos que possam penetrar o organismo pelas vias respiratórias (poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores)2.

As enfermeiras das USF’s do presente estudo relataram, conforme ainda uma exposição consideravelmente importante ao contato com medicamentos (100%) e exposição a produtos químicos (60%), seguidos de contato com produto esterilizante e contato com glutaraldeído com 20%, o que comprova que há uma alta compreensão aos riscos e agravos que estão expostos.

De fato, os enfermeiros estão expostos à manipulação de drogas, e a absorção destas ocorre através das mucosas e pele, quando à manipulação é feita sem uso adequado ou com a falta dos EPI’s; inalação através da administração de drogas em spray/aerossol; na diluição de medicações; ingesta acidental direta ou indireta, quando as mãos ou respingos atingem a boca31. Destacam-se neste estudo medidas individuais e coletivas, adotadas pelas enfermeiras no sentido de minimizar os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, e embora a temática seja importante para a enfermagem.32 A proteção coletiva são todas as ações que se destinam a proteção à saúde das pessoas frente ao ambiente de trabalho, assim, é necessário que os trabalhadores façam uso dos equipamentos de proteção individual (EPI’S) conforme fica claro na Portaria SSMT n.º 06, de 09 de março de 1983, que fala sobre proteção e segurança

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individual à ST contra riscos e ameaças oriundos das suas atividades trabalhistas, bem como sobre o uso adequado e obrigatório dos equipamentos para a vida/saúde dos trabalhadores32.

Assim, as instituições devem comprometer-se com a saúde de seus empregados e tornar obrigatório o uso das mediadas de proteção, bem como disponibilizar/fornecer os dispositivos de segurança que sejam de boa qualidade e adequados aos riscos de cada função exercida. Assegurar ao trabalhador boas condições no ambiente de trabalho, livre de ameaças, é de suma importância para que se compreenda a relação da importância de se adotar medidas de proteção, visando o bem-estar físico e psíquico32.

CONCLUSÃO

O profissional que atua na USF está exposto a riscos físicos, biológicos, químicos, ergonômicos e psicossociais, ou seja, a situações que podem afetar o desempenho profissional colocando em risco a assistência prestada, e consequentemente comprometendo a qualidade de suas próprias vidas. As organizações devem ofertar melhores condições de trabalho a fim de garantir a segurança e saúde do trabalhador, conforme proposto por portarias do Ministério da Saúde e normas regulamentadoras.

Fortalecer a Vigilância em Saúde direcionada ao Trabalhador através dos Centros de Referência em ST (CEREST) é de grande valia, pois as ações são direcionadas a saúde, ambiente e o processo de trabalho no intuito de melhor as condições de vida/saúde dos trabalhadores. Partindo deste princípio, sugere-se que os órgãos responsáveis pela Saúde dos Trabalhadores, incorporem normatizações a fim de que regulamentar o setor a partir do reconhecimento das especificidades da prática laboral a níveis de seus respectivos riscos.

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