• Nenhum resultado encontrado

Índice Tornozelo-Braquial em Pacientes de Alto Risco Cardiovascular

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Índice Tornozelo-Braquial em Pacientes de Alto Risco Cardiovascular"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Artigo

Original

2

Faculdade Estácio de Alagoas - Fisioterapia - Maceió, AL - Brasil Correspondência: Francielle Graus Frazão Nunes

E-mail: grauss.f@hotmail.com

Avenida Maracanã, 526 ap. 501 - Tijuca - 20511-001 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil Recebido em: 09/01/2012 | Aceito em: 29/02/2012

Índice Tornozelo-Braquial em Pacientes de Alto Risco Cardiovascular

Ankle Brachial Index in Patients at High Cardiovascular Risk

Francielle Graus Frazão Nunes, Gabriela Cavalcante de Souza Leão, Ana Luiza Exel, Maria Celeste Campello Diniz

Resumo

Fundamentos: A doença arterial obstrutiva periférica

(DAOP) é forte marcador de doenças cardiovasculares, havendo associação entre a DAOP e outras manifestações ateroscleróticas, entre elas a doença arterial coronariana (DAC).

Objetivo: Analisar a presença da DAOP em pacientes

submetidos ao cateterismo cardíaco, utilizando o índice tornozelo-braquial (ITB) e sua relação com a DAC.

Métodos: Elaborou-se formulário de avaliação clínica,

sendo os pesquisadores treinados para realizar a medida do ITB de forma padronizada. Para a realização da medida foi utilizado o aparelho Doppler Vascular Portátil (DV610, MEDMEGA) e o esfigmomanômetro (Diasyst).

Resultados: Em relação aos fatores de risco

cardiovascular associados ao ITB anormal não houve diferença estatisticamente significativa; porém ao se analisar quanto à classificação do grau da lesão coronariana através do cateterismo cardíaco, houve diferença significativa (p<0,05) quando comparado o ITB anormal com lesão denominada grave.

Conclusão: O ITB pode ser uma ferramenta eficaz de

triagem da aterosclerose difusa principalmente em pacientes de alto risco, pois houve associação significativa (>70%) entre a DAOP e a DAC através do cateterismo cardíaco.

Palavras-chave: Doenças vasculares periféricas;

Cateterismo cardíaco; Índice tornozelo-braço

Abstract

Background: Peripheral arterial disease (PAD) is a

strong marker of cardiovascular disease, with a strong association between PAD and other atherosclerotic disorders, including coronary artery disease (CAD).

Objective: To analyze the presence of PAD in patients

undergoing cardiac catheterization using the Ankle Brachial Index (ABI) and its relationship with the CAD.

Methods: A clinical evaluation questionnaire was

drawn up and researchers were trained to take ABI measurements in a standardized manner. The device used to take these measurements was the Portable Vascular Doppler (DV610, MEDMEGA) and the sphygmomanometer (Diasyst).

Results: In relation to cardiovascular risk factors

associated with abnormal ABI, there was no statistically significant difference, but when analyzing the classification of the level of coronary lesions through cardiac catheterization, there was a statistically significant difference (p<0.05) compared to abnormal ABI with severe injury.

Conclusion: The ABI can be an effective screening tool

for diffuse atherosclerosis, particularly in high risk patients, as a significant association was observed (>70%) between PAD and CAD through cardiac catheterization.

Keywords: Peripheral vascular diseases; Heart

(2)

Introdução

A principal causa de morte atualmente no Brasil e no mundo está relacionada às doenças cardiovasculares1,2.

A prevalência da doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) ainda é desconhecida3,4. Estima-se que 15% a

20% da população com mais de 55 anos seja portadora de DAOP, com cerca de 70% desses indivíduos, assintomáticos5.

A DAOP é considerada indicador de aterosclerose sistêmica, caracterizada por uma condição progressiva e crônica, associada ao aumento da morbidade e mortalidade6,7. Os principais fatores de risco incluem:

idade avançada, tabagismo, sedentarismo, dislipidemia, diabetes mellitus tipo II (DM II) e hipertensão arterial sistêmica3,5,8,9, semelhantes aos fatores de risco clássicos

para doenças cardiovasculares, como na doença arterial coronariana (DAC)8,10.Entre esses, destacam-se: DM II,

considerado fator de risco independente para a doença cardiovascular11; e o tabagismo, fator de risco mais

importante para o surgimento da DAOP12,13. Cada um

desses fatores implica aumento de três a quatro vezes o risco para o desenvolvimento da DAOP11.

A melhor maneira de investigar a presença da DAOP, além da anamnese e do exame físico8,13 é através da

medida do índice tornozelo-braquial (ITB)3,6,8,14. Método

de baixo custo, fácil realização3,5,7,14 e, principalmente,

não invasivo3,15. Possui 95% de sensibilidade e 99% de

especificidade para a DAOP quando comparada à angiografia (padrão-ouro de diagnóstico), possibilitando a detecção da doença em indivíduos sintomáticos e assintomáticos3,16.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo o Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS)1, estima que até 2020 o índice de óbitos

no mundo relacionado à DAC seja de 35-40 milhões1.

No Brasil, em 2005, foram registrados 84.945 óbitos1.

A visualização da doença aterosclerótica nas artérias coronárias durante o cateterismo cardíaco, através da cineangiocoronariografia, não permite definir a extensão da doença em todo o organismo17,18. A fácil

investigação ocorre quando acomete as artérias dos membros, especialmente os inferiores. O raciocínio contrário pode ser aplicado como ferramenta de triagem da DAC, nesse caso, através do ITB, pois a identificação da DAOP pode ser denunciadora de acometimento aterosclerótico em outros sítios, especificamente nas artérias coronárias17-19.

Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi analisar a presença da DAOP em pacientes submetidos ao cateterismo cardíaco, utilizando o ITB, possibilitando uma correlação entre a DAOP e a DAC através do grau de comprometimento das coronárias.

Metodologia

Trata-se de estudo de caráter observacional, transversal, comparativo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Estácio de Alagoas, sob o nº 201006/005.

Os sujeitos selecionados para este estudo foram convidados a participar voluntariamente, e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram adotados neste estudo os seguintes critérios de inclusão: ter tido indicação clínica para cateterismo cardíaco; ambos os sexos; e idade entre 18 e 80 anos. Os critérios de exclusão foram: infecção bacteriana, fúngica e/ou viral, intoxicação por metais, amputação de membros, fístula-arteriovenosa e déficit cognitivo. Foram avaliados 116 pacientes submetidos ao cateterismo cardíaco no setor de Hemodinâmica do Hospital do Coração de Alagoas – Unidade I (Enfermaria) e da Unidade de Terapia Intensiva Cardíaca e Coronariana, durante o período de junho 2010 a setembro 2010. Foram excluídos da amostra inicial 9 pacientes, por terem apresentado: fístula arteriovenosa, neuropatia periférica associada à artrite reumatoide e suspensão do cateterismo cardíaco. Portanto, 107 pacientes foram incluídos efetivamente no estudo e na análise estatística dos resultados. Foi elaborado pelos pesquisadores um formulário de avaliação clínica, incluindo os fatores de risco cardiovascular: idade, sexo, obesidade, sedentarismo, tabagismo, diabetes mellitus tipo II20 (DM II) e

hipertensão arterial sistêmica21 (HAS); também foram

investigados a presença de doenças cardíacas (DC) e de acidente vascular encefálico (AVE)3,5,8-10 prévios,

através do histórico patológico pregresso. Em pacientes tabagistas, foi aplicado o Questionário de Tolerância de Fagerström (para verificar o nível de dependência de nicotina. Esse questionário se compõe de seis perguntas de escolha simples, no qual para cada alternativa existe uma pontuação, e sua soma permite a avaliação do grau de nicotina: muito baixo, baixo, médio, elevado e muito elevado)22. Além

disso, foram observados os aspectos físicos da pele (alterações de coloração cutânea e tróficas) e os pacientes questionados quanto à presença de dor em cãibra, aperto ou fadiga dos músculos durante o exercício e/ou caminhada, melhorando com a interrupção do mesmo13,14.

Os fatores de risco estudados estão compreendidos nos agravos cardiovasculares e cardiometabólicos, em que a obesidade foi considerada com um índice de massa corpórea (IMC) >30kg/m², calculado pela fórmula: peso(kg)/altura(m²)9,23.

(3)

O tabagismo foi determinado de acordo com a classificação dos pacientes tabagistas no momento da entrevista (no mínimo cinco cigarros/dia)9,24. Em

relação ao sedentarismo e à prática de atividade física, os indivíduos foram estratificados em dois grupos: não sedentários – aqueles que faziam algum exercício físico regular (frequência de três vezes por semana com duração mínima de 30min) e sedentários – aqueles que não praticavam exercício físico regular ou que tivessem parado há pelo menos três meses25.

Quanto ao grau de comprometimento da lesão coronariana, esta foi definida como: lesão leve <40% de comprometimento, lesão moderada 40-70% de comprometimento e lesão grave >70% de comprometimento9,17,18.

Índice tornozelo–braquial (ITB)

As medidas do ITB foram realizadas de forma padronizada pelos pesquisadores, de acordo com o protocolo organizado baseado na literatura3,4,8,9,12.

Utilizou-se o aparelho Doppler Vascular Portátil

DV610, MEDMEGA e o esfigmomanômetro Diasyst.

As medidas foram realizadas após o paciente descansar 20min em decúbito dorsal e a pressão arterial sistólica (PAS) foi aferida nos quatro membros, sendo nos membros inferiores (MMII) nas artérias: tibial posterior direita e artéria pediosa direita, artéria tibial posterior esquerda e artéria pediosa esquerda; e nos membros superiores (MMSS): artéria radial ou braquial direita e artéria radial ou braquial esquerda. Nos MMSS foram realizadas duas medidas em cada membro, de acordo com a artéria que apresentava pulso palpável bilateralmente; posteriormente, a média entre as medidas foi realizada, para melhor acurácia dos dados. Nos MMII cada artéria selecionada foi aferida uma única vez. O ITB foi calculado para cada membro inferior: ITB direito e esquerdo. A maior pressão arterial sistólica registrada nos membros superiores, independente se direito ou esquerdo, foi utilizada como referência para a obtenção das medidas do ITB direito e esquerdo4,11.

O ITB foi obtido pela divisão simples da maior PAS obtida em cada artéria do membro inferior pela maior PAS obtida nos membros superiores, segundo a fórmula: ITB=PASTornozelo/PASBraquial3,12. O menor

valor de ITB obtido nas pernas foi utilizado como referência para a análise dos dados8. Os valores de

referência são: ITB anormal ≤0,90 e ≥1,30; ITB normal =0,91 a 1,293,6,13,20.

Para melhor visualização dos dados, a população amostral foi estratificada em dois grupos: ITB normal e ITB anormal. A análise estatística foi realizada com

o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) 17.0, e os testes do qui-quadrado e t de Student foram utilizados. Valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo.

Resultados

Em relação ao sexo e à etnia, houve maior prevalência do sexo masculino (57%) e da etnia branca (51%), com média de idade da população estudada de 61,0±12,7 anos. O grupo com ITB normal representou 52,3% da população amostral e o ITB anormal 47,7%.

Na avaliação do tabagismo, a população foi representativa a 16,8%. Quando observado o grau de dependência de nicotina no Questionário de Tolerância de Fagerström, os graus de dependência baixo e elevado representaram 27,8% cada; 61,1% da população tabagista fuma 11-20 cigarros/dia. Os ex-tabagistas (por no mínimo dois anos, sem recaídas) representaram 36,5% da população, e 46,7% eram não tabagistas (aqueles que nunca fumaram), sendo esta a população de maior prevalência no estudo.

O IMC médio encontrado na população amostral foi 27,5kg/m². Quanto ao sedentarismo, houve notável presença em 68,2% da população estudada. Em relação ao DM II, verificou-se presença em 27,1% dos indivíduos, enquanto a HAS representou 63,6% da amostra; quando observadas por grupos (ITB normal e anormal), a maior prevalência delas estava no ITB normal. Os principais fatores de risco cardiovascular ao serem analisados para a detecção do ITB anormal, não foram significativos estatisticamente (Tabela 1). O índice tornozelo-braquial encontrado na população estudada foi: 52,3% apresentaram ITB normal com ausência de DAOP; ITB ≤0,9 em 26,2% dos pacientes e ITB ≥1,3 em 15,9%, caracterizados com DAOP (Tabela 2).

A Figura 1 apresenta a relação do grau de comprometimento da lesão das coronárias em relação ao ITB. Observa-se que no grupo ITB normal houve prevalência das lesões leves (14,2%) e moderadas (16,1%), quando comparado com o grupo ITB anormal. No entanto, há maior prevalência da lesão grave no grupo ITB anormal quando comparado com o ITB normal, com significância estatística (p=0,024), identificada no cateterismo cardíaco, demonstrando associação com a aterosclerose coronariana.

Na Figura 2, os resultados demonstram que os indivíduos que apresentaram valores de ITB normal entre 0,9–1,0 tiveram predomínio de lesão grave com 35,7% (p=0,634).

(4)

Em relação ao tipo de tratamento indicado, observou-se prevalência do tratamento conobservou-servador no grupo ITB normal (53,6%). O grupo de ITB anormal (37,3%) foi submetido à angioplastia transluminal coronariana, sem diferença significativa (p=0,634), mesmo quando comparados os dois grupos (ITB normal e anormal) (Figura 3).

Tabela 1

Fatores de risco cardiovascular correlacionados com o ITB

ITB normal (n=56) ITB anormal (n=51) Total (n=107) p

Idade (anos) média±DP 61,1±12,7 61,9±11,5 61,5±12,1 0,753

Sexo masculino n (%) 35 (62,5) 26 (51,0) 61 (57,0) 0,229 Sexo feminino n (%) 21 (37,5) 25 (49,0) 46 (43,0) 0,229 Sedentarismo n (%) 35 (62,5) 38 (74,5) 73 (68,2) 0,183 IMC (kg/m²) média±DP 27,2±3,5 27,9±4,2 27,5±3,8 0,381 Tabagismo n (%) 7 (12,5) 11 (21,6) 18 (16,8) 0,447 Ex-tabagista n (%) 21 (37,5) 18 (35,3) 39 (36,5) 0,447 Não tabagista n (%) 28 (50,0) 22 (43,1) 50 (46,7) 0,447 Hipertensão n (%) 36 (64,3) 32 (62,7) 68 (63,6) 0,869 Diabetes mellitus II n (%) 17 (30,3) 12 (23,5) 29 (27,1) 0,427

ITB=índice tornozelo-braquial; IMC=índice de massa corpórea; DP=desvio-padrão

Tabela 2

Prevalência de ITB normal e anormal

ITB n (%) n = 107

Normal 56 (52,3)

DAOP (≤0,9) 28 (26,2)

DAOP (≥1,3) 17 (15,9)

Ambas as lesões 6 (5,6)

ITB=índice tornozelo braquial; DAOP=doença arterial obstrutiva periférica

Lesão Lesão Lesão Sem Leve Moderada Severa Lesão

ITB Normal ITB Anormal 13,8% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 14,2% 7,8% 16,1% 7,8% 41,1% 70,6% 28,6%

Lesão Lesão Lesão Sem Leve Moderada Grave Lesão

0 5 10 15 20 25 30 35 40 21,4% 35,7% 21,4% 21,4% STC TC ATC RM

ITB Normal ITB Anormal 13,7% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 7,7% 9,8% 53,6% 39,2% 21,4% 37,3% 19,9% Figura 1

Relação quanto o grau de lesão das coronárias em relação aos grupos do ITB.

Figura 2

Prevalência de lesões das coronárias em pacientes com o ITB normal com valor entre 0,9 a 1,0

Figura 3

(5)

Discussão

A medida do ITB é considerada importante ferramenta de identificação da DAOP na população, podendo ser usada clinicamente para estratificar risco cardiovascular3,6. Pacientes com DAOP estão mais

propensos a apresentar eventos cardiovasculares adversos, ataques isquêmicos transitórios3,5,8,9 e ainda

se observa aumento da incidência de doença coronariana, uma vez que essa população apresenta fatores de risco associados para o aparecimento da aterosclerose no lúmen arterial8,10.

Estudos referentes ao ITB e à DAOP têm demonstrado maior prevalência desta no sexo feminino. Makdisse et al.26 estudaram 1159 indivíduos e encontraram 53,3%

de prevalência para o sexo feminino, média de idade 43,8±14,6 anos, sendo 56,9% de etnia branca26.

Resultados semelhantes foram relatados por Panico et al.27, ao analisarem 407 pacientes, sendo 54% do sexo

feminino, com média de idade 70,1±10,2 anos27.

No presente estudo, ao analisar o sexo feminino em relação à DAOP, obteve-se prevalência no ITB anormal, porém não houve significado estatístico. Em contrapartida, a prevalência geral da DAOP encontra-se maior no encontra-sexo masculino (51%), com média de idade da população estudada de 61,5±12,1 anos. Assim também no estudo de Gabriel et al.8, no qual 53,1% são

do sexo masculino com média de idade de 65,9±13,4 anos8, semelhante também a outros estudos que

relatam a maior prevalência entre os homens28,29; no

presente estudo não houve diferença estatisticamente significativa.

Kawamura12 demonstrou que o tabagismo teve uma

prevalência significativa em pacientes com ITB anormal12 e Gabriel et al.8 demonstraram que houve

predominância na população tabagista apresentando uma associação direta com a gravidade da DAC8. No

presente estudo, observou-se maior prevalência do tabagismo na população com ITB anormal (21,6%), sendo 73% do sexo masculino, o que coincide com os dados apresentados por Azevedo e Silva et al.30. No

Brasil, observou-se que há maior ocorrência de tabagismo entre os homens, destacando-se os de mais baixo nível de escolaridade31,32.

Quando analisado o tabagismo e o grau de lesão coronariana, a lesão grave apresentou maior prevalência de 64% no ITB anormal. Além disso, observou-se na população de ex-tabagistas (35,3%) com ITB anormal, uma prevalência de 61% de lesão grave, demonstrando que o tabagismo é um importante preditor de DAC. Em relação à escolaridade e ao sexo, no presente estudo, a população de não tabagistas (46,7%)

predominou: no sexo feminino com 56% e escolaridade de 3º grau completo (50%), sem significado estatístico. O sedentarismo é um fator de risco que contribui para o surgimento de doenças cardiovasculares, e de obesidade25,26. Estudos demonstraram que indivíduos

sedentários e com IMC elevado apresentam aumento relativo para risco de DAC e DAOP8,26. Isto confirma

os resultados aqui encontrados para os sedentários, prevalecendo naqueles com DAOP, um IMC=27,9kg/ m² tido como acima do ideal. É, portanto, possível considerar o sedentarismo e a obesidade como fatores de predisposição para DAOP.

A relação entre a hipertensão arterial e o ITB já foi demonstrada em outros estudos3,10, observando-se sua

importância quanto à reestratificação do indivíduo hipertenso em relação ao risco cardiovascular. Entretanto, no presente estudo, não houve diferença estatisticamente significativa quando analisada isoladamente comparando o ITB normal com o anormal.

O DM II tem sido apontado como fator de risco independente para doenças cardiovasculares11. Dados

comprovados neste estudo não obtiveram valor estatisticamente significativo para a presença da DM II isoladamente, e nenhum estudo anterior demonstrou qualquer associação entre o ITB anormal e a gravidade da DAC em pacientes com ou sem DM II33. Porém, no presente estudo, quando associada

DM II à HAS (83% casos) em pacientes com ITB anormal, observou-se importante prevalência na correlação quanto à classificação do grau de estenose nas coronárias (80%), o que ficou subtendido que quanto maiores são os fatores de risco cardiovascular maior é a gravidade da DAC, representando importante significância clínica da medida do ITB aliada aos fatores de risco descritos.

Em outros estudos8,13,34, autores concordam que

indivíduos com ITB ≤0,90 podem apresentar estenoses significativas do lúmen arterial que venham a comprometer um ou mais vasos de grande calibre em mais de 50% das extremidades inferiores. Valor do ITB abaixo de 0,40 condiz com isquemia grave em membros inferiores. No presente estudo, 26,2% da população apresentou ITB ≤0,90 e 15,9% da população com DAOP apresentava calcificação na artéria, com ITB ≥1,30, o que constitui um fator agravante quando relacionado com a DAC. Ambas as alterações estão relacionadas com a DAC, implicando uma condição de alto risco para os indivíduos e favorecendo eventos vasculares fatais e não fatais.

O The Strong Heart Study35, no qual foram incluídos

(6)

estava associado a aumento de 69% na mortalidade total e de 2,5 vezes no risco de mortalidade cardiovascular, enquanto os valores de ITB >1,40 estiveram associados a 77% do aumento da mortalidade total, e ao dobro de mortalidade cardiovascular, concluindo que ambos os valores devem ser considerados na estratificação de risco cardiovascular. Chang et al.32, em estudo com 840 pacientes, ao

analisarem o ITB como preditor da DAC, encontraram forte relação do ITB <0,90 com a presença da referida doença32. Já Gabriel et al.8, ao avaliarem 113 pacientes

submetidos à angiografia coronariana, detectaram que a gravidade da coronariopatia está diretamente associada aos fatores de risco, destacando o impacto desses fatores no desenvolvimento de processos ateroscleróticos no lúmen arterial coronariano8.

O principal achado do presente estudo foi que o ITB é um forte preditor quando correlacionado com DAC, representando 70,6% dos casos encontrados com ITB anormal. Essa prevalência tem valor estatisticamente significativo (p<0,05) quando comparada à classificação quanto ao tipo de lesão grave coronariana.

McDermott et al.36, em seu estudo, ao analisarem a

associação do ITB limítrofe (0,90 a 0,99) e ITB baixo normal (1,00 a 1,09) com o declínio funcional em cinco anos, mostraram que pessoas com ITB limítrofe e baixo normal apresentaram taxas mais elevadas para efeitos adversos do que pessoas com o ITB de 1,10 a 1,3036,37.

Baseado nisso, selecionou-se na população de ITB normal os indivíduos com 0,90 a 1,0 e correlacionou-se quanto ao grau de lesão coronariana. Observou-se então que indivíduos considerados “normais” apresentavam prognóstico de lesão grave (35,7%). Apesar de os dados não apresentarem valor estatisticamente significativos, os autores sugerem uma revisão e possível modificação dos valores do ITB definidos pela diretriz atual13,20

elevando para <1,0. Ao se analisar a relação da DAOP evidenciou-se no presente estudo uma forte associação com a presença da DAC.

Em relação ao tratamento, este é indicado após a realização do cateterismo de acordo com o grau de complexidade da lesão. O ITB <0,90 demonstra que além da estenose do lúmen arterial, esse vaso pode apresentar uma fragilidade elevada, pois a sua estrutura se torna mais delgada, refletindo uma intervenção difícil devido ao aumento do gradiente pressórico e as condições morfológicas dos vasos17,18,38. O ITB >1,30

também evidencia a presença da DAOP difusa associada à calcificação da camada média, comprometendo a compressão das artérias pelo manguito, dificultando ou até mesmo impedindo, e assim revelando valores normais ou aumentados em pacientes com obstrução arterial. Essa ideia tem como

base a frequência da calcificação nas placas ateroscleróticas mais avançadas e em artérias maiores. Outro fator importante é o escore de cálcio que aponta para o risco de reestenose, aumentando assim a complexidade da intervenção e os riscos para o paciente38,39.

No presente estudo, de acordo com os laudos da cineangiocoronariografia, observou-se maior indicação de tratamento conservador com mudança no estilo de vida e/ou medicamentoso para os pacientes que apresentaram alteração no exame com diagnóstico da DAC. Mesmo não existindo diferença estatística significativa com o ITB anormal, esse tipo de tratamento é indicado para controlar os fatores de risco, estabilizar a placa, evitar a sua progressão e aliviar seus sintomas39. Com relação ao ITB anormal,

37,3% dos pacientes foram submetidos à angioplastia transluminal coronariana e 16,9% dos indivíduos do ITB anormal e normal não foram submetidos a qualquer tipo de tratamento especifico.

Limitações do estudo

Neste estudo é importante ressaltar que as principais limitações encontradas foram: dados epidemiológicos referentes à DAOP no estado de Alagoas e município de Maceió, número pequeno de indivíduos e curto tempo de coleta de dados. Além disso, não foram submetidos a testes de avaliação de distância de marcha por serem pacientes de alto risco e não realizaram o exame de angiografia (exame padrão-ouro da DAOP) por apresentarem apenas suspeita de DAC.

É importante ressaltar que a população do presente estudo constitui-se de pacientes de uma entidade hospitalar privada, um grupo socioeconômico e cultural privilegiado, demonstrando assim que o indivíduo que dispõe de mais informação possui uma qualidade de vida diferenciada, como observado. Com relação aos fatores de risco cardiovascular, ao serem correlacionados com o ITB, indicaram a necessidade da continuidade desta pesquisa para melhor análise e, atrelado a isso, um número maior de pacientes.

Conclusão

O presente estudo demonstrou que o ITB pode ser uma ferramenta eficaz de triagem da aterosclerose difusa principalmente em pacientes de alto risco, pois foi observada uma associação significativa entre a DAOP e a DAC através do cateterismo cardíaco. Assim, salienta-se a importância de se incluir o ITB na

(7)

rotina de avaliação clínica visto que o mesmo já é bastante utilizado como fator preditivo da evolução dos pacientes portadores de claudicação intermitente.

Potencial Conflito de Interesses

Declaro não haver conflitos de interesses pertinentes. Fontes de Financiamento

O presente estudo foi parcialmente financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Cientifica (PIBIC).

Vinculação Acadêmica

Este artigo representa parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Fisioterapia de Francielle Graus Frazão Nunes e Gabriela Cavalcante de Souza Leão, pela Faculdade Estácio de Alagoas.

Referências

1. Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS). A tomografia computadorizada de múltiplos detectores no diagnóstico da doença arterial coronariana. 2008;4. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/ bvs/ct/pdf/brats2008_n4.pdf>

2. Raudales JC, Zago AC, Zago AJ, Campos MR, Casco MF, Wachleski J. Placa coronária aterosclerótica vulnerável: estado atual. Rev Bras Cardiol Invas. 2006;14(3):314-23. 3. Wittke EI, Moreira CM, Cichelero FT, Gus M. Índice

tornozelo-braquial para avaliação do risco cardiovascular em hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens. 2007;14(3):167-70.

4. Santos RA, Vilas Boas LGC, Osiro PM, Costa GM, Cordeiro JA, Martins JFV. A importância do índice tornozelo–braquial no diagnóstico da doença carotídea em pacientes hipertensos. Rev Bras Clin Med. 2009;7(5):299-303.

5. Aragão JA, Reis FP, Borges Neto RR, Aragão MECS, Nunes MAP, Feitosa VLC. Prevalência da doença arterial obstrutiva periférica em doentes com insuficiência renal crônica. J Vasc Bras. 2009;8(4):301-6.

6. Giollo Jr LT, Martin JFV. Índice tornozelo-braquial no diagnóstico da doença aterosclerótica carotídea. Rev Bras Hipertens. 2010;17(2):117-8.

7. Ankle Brachial Index Collaboration, Fowkes FG, Murray GD, Butcher I, Heald CL, Lee RJ, Chambless LE, et al. Ankle brachial index combined with Framingham risk score to predict cardiovascular events and mortality: a meta-analysis. JAMA. 2008;300(2):197-208.

8. Gabriel SA, Serafim PH, Freitas CE, Tristão CK, Taniguchi RS, Beteli CB, et al. Doença arterial obstrutiva periférica e índice tornozelo-braço em pacientes submetidos à angiografia coronariana. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2007;22(1):49-59.

9. Durazzo AES, Sitrângulo Jr CJ, Presti C, Silva ES, De Luccia N. Doença arterial obstrutiva periférica: que atenção temos dispensado à abordagem clínica dos pacientes? J Bras Vasc. 2005;4(3):255-64.

10. Savino Neto S, Nascimento JLM. Doença arterial obstrutiva periférica - Novas perspectivas de fatores de risco. Rev Para Med. 2007;21(2):35-9.

11. Gus I, Fischmann A, Medina C. Prevalência dos fatores de risco da doença arterial coronariana no Estado do Rio Grande do Sul. Arq Bras Cardiol. 2002;78(5):478-90.

12. Kawamura T. Índice tornozelo-braquial (ITB) determinado por esfigmomanômetros oscilométricos automáticos. Arq Bras Cardiol. 2008;90(5):322-6. 13. Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia

Vascular. Diretrizes. Normas de orientação clínica para prevenção, diagnóstico e tratamento da doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). Diagnóstico da doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). J Bras Vasc. 2005;4(3 supl. 4):S222-28.

14. Bendermacher BL, Teijink JA, Willigendael EM, Bartelink ML, Peters RJ, de Bie RA, et al. A clinical prediction model for the presence of peripheral arterial disease - the benefit of screening individuals before initiation of measurement of the ankle-brachial index: an observational study. Vasc Med. 2007;12(1):5-11.

15. de Vinuesa SG, Ortega M, Martinez P, Goicoechea M, Campdera FG, Luño J. Subclinical peripheral arterial disease in patients with chronic kidney disease: prevalence and related risk factors. Kidney Int Suppl. 2005;(93):S44-7.

16. DeLoach SS, Mohler ER 3rd. Peripheral arterial disease: a guide for nephrologists. Clin J Am Soc Nephrol. 2007;2(4):839-46.

17. Lima VC. Cateterismo cardíaco, diagnóstico (angiografia) e terapêutico (angioplastia) na doença arterial coronária dos pacienets diabéticos. Arq Bras Endocrinol Metab. 2007;51(2):299-304.

18. Scanlon PJ, Faxon DP, Audet AM, Carabello B, Dehmer GJ, Eagle KA, et al. ACC/AHA Guidelines for Coronary Angiography: executive summary and recommendations. A report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines (Committee on Coronary Angiography) developed in collaboration with the Society for Cardiac Angiography and Interventions. Circulation. 1999;99(17):2345-57.

19. Rossato G, Quadros AS, Sarmento-Leite R, Gottschall CAM. Análise das complicações hospitalares relacionadas ao cateterismo cardíaco. Rev Bras Cardiol Invas. 2007;15(1):44-51.

20. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) [Internet]. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2008. [acesso 2010 nov 10]. Disponível em: <http://www. diabetes.org.br/attachments/diretrizes-sbd-2008-mar-12.pdf>

(8)

21. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010;95(1 supl. 1):1-51. Erratum in: Arq Bras Cardiol. 2010;95(4):553.

22. Pietrobon RC, Barbisan JN, Manfroi WC. Utilização do teste de dependência à nicotina de Fagerström como um instrumento de medida do grau de dependência. Rev. Hospital Clínicas Porto Alegre (HCPA). 2007;27(3):31-6. 23. Gomes F, Telo DF, Souza HP, Nicolau JC, Halpern A,

Serrano CV Jr. Obesidade e doença arterial coronária: papel na inflamação vascular. Arq Bras Cardiol. 2010;94(2):255-61,273-9,260-6.

24. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA) [Internet]. Consenso Nacional de Abordagem e Tratamento do Fumante, 2001. [acesso em 2010 nov 04]. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/tabagismo/ publicacoes/tratamento_consenso.pdf>

25. Carvalho T, Nóbrega ACL, Lazzoli JK, Magni JRT, Rezende L, Drummond FA, et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde. Rev Bras Med Esporte. 1996;2(4):79-81. 26. Makdisse M, Pereira AC, Brasil DP, Borges JL,

Machado-Coelho GL, Krieger JE, et al; Projeto Corações do Brasil e Comitê de Doença Arterial Periférica da Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC/FUNCOR. Prevalência e fatores de risco associados à doença arterial periférica no Projeto Corações do Brasil. Arq Bras Cardiol. 2008;91(6):402-14.

27. Panico MDB, Spichler ES, Neves MF, Pinto LW, Spichler D. Prevalência e fatores de risco da doença arterial periférica sintomática e assintomática em hospital terciário, Rio de Janeiro, Brasil. J Vasc Bras. 2009;8(2):125-32.

28. Diehm C, Schuster A, Allenberg JR, Darius H, Haberl R, Lange S, et al. High prevalence of peripheral arterial disease and co-morbidity in 6880 primary care patients: cross-sectional study. Atherosclerosis. 2004;172(1):95-105. 29. Newman AB, Siscovick DS, Manolio TA, Polak J, Fried

LP, Borhani NO, et al. Ankle-arm index as a marker of atherosclerosis in the Cardiovascular Health Study. Cardiovascular Heart Study (CHS) Collaborative Research Group. Circulation. 1993;88(3):837-45.

30. Azevedo e Silva G, Valente JG, Almeida LM, Moura EC, Malta DC. Tabagismo e escolaridade no Brasil, 2006. Rev Saude Publica. 2009;43(supl. 2):48-56.

31. Ishitani LH, Franco GC, Perpétuo IHO, França E. Desigualdade social e mortalidade precoce por doenças cardiovasculares no Brasil. Rev Saude Publica. 2006;40(4):684-91.

32. Chang ST, Chu CM, Hsu JT, Pan KL, Lin PG, Chung CM. Role of ankle-brachial pressure index as a predictor of coronary artery disease severity in patients with diabetes mellitus. Can J Cardiol. 2009;25(9):e301-5.

33. Ouriel K. Peripheral arterial disease. Lancet. 2001;358(9289):1257-64.

34. Norgren L, Hiatt WR, Dormandy JA, Nehler MR, Harris KA, Fowkes FG; TASC II Working Group. Inter-Society Consensus for the Management of Peripheral Arterial Disease (TASC II). J Vasc Surg. 2007;45 (Suppl S):S5-67.

35. Resnick HE, Lindsay RS, McDermott MM, Devereux RB, Jones KL, Fabsitz RR, et al. Relationship of high and low ankle brachial index to all-cause and cardiovascular disease mortality: the Strong Heart Study. Circulation. 2004;109(6):733-9.

36. McDermott MM, Guralnik JM, Tian L, Liu K, Ferrucci L, Liao Y, et al. Associations of borderline and low normal ankle-brachial index values with functional decline at 5-year follow-up: the WALCS (Walking and Leg Circulation Study). J Am Coll Cardiol. 2009;53(12):1056-62.

37. Wood S. ABI can help with risk stratification, study shows, while other research questions ABI cut points. [cited 2010 Nov 30]. Available from: <http://www. theheart.org/article/948597.do>

38. Pimentel Filho P. Doença arterial coronária crônica: quando indicar tratamento clínico? Rev Soc Cardiol Rio Grande do Sul. 2008;13:1-3.

39. Jasinowodolinski D, Szarf G. Contagem de cálcio na avaliação cardiovascular do paciente com diabetes. Arq Bras Endocrinol Metab. 2007;51(2):294-8.

Referências

Documentos relacionados

PALAVRAS-CHAVE: Qualidade de Corpos de Prova, Solos Muito Moles, Ensaios de Laboratório, Tensão de Pré-Adensamento (’ p ), Ensaios de Piezocone.. 1

As propriedades de solubilidade, grau de intumescimento, permeabilidade ao vapor d’água e opacidade apresentaram diferenças significativas para os filmes elaborados com os

Os documentos utilizados foram: questionário aplicado aos professores solicitando informações pessoais e concepções iniciais sobre pesquisa, registros de observações

Sobre gestos dêiticos, Liddell (2000) e Havilland (2000) comentam que são os que acompanham a fala, são comumente utilizados em todas as línguas. Sejam estas línguas pertencentes

Associação Brasileira de Educação Médica Atenção Primária à Saúde Certificado de Apresentação para Apreciação Ética Classificação Internacional de Doenças

Essas variações ocorridas decorrentes da baixa concentração utilizada (0.5%), concordam com as comprovações realizadas por WRIGHT, et al (1954). Esses autores constataram que

The aim of this study was to evaluate the performance of the stationary engine with the use of mixtures of biodiesel from soybean and castor bean added to diesel (S500) in

A partir desta compreensão, a Universidade teria limitada sua Autonomia Universitária Didático-Científica que restaria legitimada 15 , desde que funcionasse como um