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Relação entre estresse laboral e atenção concentrada

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Academic year: 2021

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(1)Encontro Revista de Psicologia Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007. RELAÇÃO ENTRE ESTRESSE LABORAL E ATENÇÃO CONCENTRADA RELATIONSHIP BETWEEN WORK STRESS AND CONCENTRATED ATTENTION. Makilim Nunes Baptista Universidade São Francisco. Fabián Javier Marín Rueda Universidade São Francisco marinfabian@yahoo.com.br. Fermino Fernandes Sisto Universidade São Francisco fermino.sisto@saofrancisco.edu.br. RESUMO O objetivo do estudo foi relacionar os construtos de estresse laboral e atenção concentrada. Participaram 61 estudantes universitários que trabalhavam no período matutino e vespertino. Foram aplicados de forma coletiva o Teste de Atenção Concentrada (TEACO-FF) e a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho (EVENT). Os resultados evidenciaram correlações positivas e significativas de magnitude baixa entre o fator do EVENT referente ao Clima e Funcionamento Organizacional com o TEACO-FF para o sexo feminino e na amostra total. Quando controlado o efeito da idade apenas o fator que se refere à pressão no trabalho do EVENT apresentou correlação positiva e significativa, também de magnitude baixa, com o TEACO-FF para o sexo feminino. Quando comparados os grupos extremos em função do EVENT, verificaram-se diferenças significativas no fator referente ao Clima e Funcionamento Organizacional e Pressão no Trabalho, assim como na escala de forma geral, sendo que as pessoas com maiores pontuações em estresse laboral apresentaram também maiores pontuações na atenção concentrada avaliada pelo TEACO-FF, nessa amostra. Palavras-Chave: Estresse laboral, atenção concentrada, instrumentos de medida.. ABSTRACT. Anhanguera Educacional S.A. Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, São Paulo CEP. 13.278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br Coordenação Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE Artigo Original Recebido em: 16/03/2007 Avaliado em: 22/03/2007. The aim of this study was to relate the constructs of work stress and concentrated attention. A sample of 61 undergraduate students who worked in morning and afternoon shifts participated of this research. The Test of Concentrated Attention (TEACO-FF) and the Scale of Vulnerability to Stress at Work (EVENT) have been applied collectively. The results showed positive and significant correlations of low magnitude between the factor from EVENT referring to Operation and Organizational Climate with TEACOFF for the female gender and the total sample. When the effect of age was controlled, the only factor that presented a significant positive correlation, also of a low magnitude, with the TEACO-FF for girls, refers to pressure at work from EVENT. When extreme groups, basing on EVENT were compared, there were significant differences in the factor referring to Operation and Organizational Climate and Pressure at Work, as well as generally in the scale, so that people with higher scores on work stress also had higher scores on concentrated attention assessed by TEACO - FF, in this sample. Keywords: Work stress, concentrated attention, measure instruments.. Publicação: 27 de outubro de 2008 75.

(2) 76. Relação entre estresse laboral e atenção concentrada. 1.. INTRODUÇÃO O termo estresse foi adaptado da palavra inglesa “stress” para o português, sendo utilizado originalmente pela engenharia para circunscrever o efeito de forças físicas aplicadas sobre estruturas metálicas. Já no princípio do século XX, o fisiologista Walter Cannon relacionou estresse com as respostas fisiológicas apresentadas por animais quando expostos a estímulos considerados ameaçadores, agregando o termo “homeostasis” (do grego, “homoios”, similar e “stasis”, posição) na explicação das conseqüências dos estímulos ameaçadores sobre o ser humano, gerando principalmente estudos a respeito dos mecanismos fisiológicos de proteção do organismo contra agressores/estressores, tais como fome, sede, estados hemorrágicos, dentre outros (Carlson, 1995). Outro precursor e pesquisador do estresse foi o fisiologista Hans Selye (1936), o qual postulava que o corpo possuía mecanismos específicos para sua autorecuperação quando da sua exposição a diferentes patogenias. Principalmente nos anos 80 do século XX, os trabalhos sobre estresse ganharam um corpo de conhecimento mais sólido e sistematizado, período em que se publicou o Handbook of Stress, obra organizada por Goldberger e Breznitz (1982), no qual especialistas da área contribuíram com pesquisas e visões teóricas sobre o estresse e seus fenômenos, tais como o próprio Selye, Richard Lazarus, Ray Rosenman, Leonard Derogatis, Mard Horowitz, Seymour Epstein, entre outros. Apesar do termo ser amplamente divulgado no meio científico e na mídia, pode-se especular que ainda não há um consenso acerca da definição de estresse (Lewig & Dollard, 2001). Em algumas pesquisas pode-se encontrar estresse definido com base nos estímulos que ameaçam ou desafiam o organismo, em outras compreendido em razão das respostas do organismo aos estímulos ameaçadores (Mills, 1985). Já Selye (1956, 1982) definiu estresse associando-o à síndrome geral de adaptação e concebendo-o como resultado de uma demanda superior ao que o corpo permite, provocando conseqüências cognitivas e somáticas. O estresse vem sendo estudado em diversos contextos e associados a inúmeras variáveis. Principalmente nas últimas três ou quatro décadas as pesquisas com o construto vêm aumentando na literatura internacional, associando-o com uma piora na saúde mental e maior utilização de álcool (Richman, Wislar, Fhahert, Frendich, & Rospenda, 2004), relacionando-o com o bem-estar psicológico (Rout, 1999), dor lombar. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89.

(3) Makilim Nunes Baptista, Fabián Javier Marín Rueda, Fermino Fernandes Sisto. (Yip, 2004), inteligência emocional e as estratégias de enfrentamento (Ogińska-Bulik, 2005) e absenteísmo no trabalho (Melchior & cols., 2005), dentre outras. O estudo do estresse na área organizacional e fenômenos associados (ex. burnout) também segue a mesma tendência na literatura internacional e nacional. Ao lado dessa tendência vem se observando o desenvolvimento de instrumentos nacionais validados para avaliar o estresse laboral (Sisto, Baptista, Noronha, & Santos, 2007). Os estudos nacionais sobre o estresse laboral seguem diversas tendências, tais como estresse, burnout e gênero em professores universitários (Areias & Guimarães, 2004; Carlotto & Palazzo, 2006; Moreno-Jimenez, Garrosa-Hernandez, Gálvez, González, & Benevides-Pereira, 2002; Witter, 2003); estresse ocupacional e saúde (Araújo, Graça, & Araújo, 2003); estresse ambiental e pressão arterial (Rocha, Porto, Morelli, Maestá, Waib, & Burini, 2002); análise de instrumentos de avaliação em estresse e burnout (Carlotto & Câmara, 2004; Figueroa, Schufer, Muiňos, Marro, & Coria, 2001; Paschoal & Tamayo, 2004; Sisto, Baptista, Noronha, & Santos, 2007; Starcciarini & Trócoli, 2000); estresse em trabalhadores da saúde (Camelo & Angerami, 2004); relação entre estresse laboral, família e suporte organizacional (Paschoal & Tamayo, 2005; Tamayo & Trócoli, 2002); stresse e qualidade de vida (Lipp & Tanganelli, 2002); relação entre estresse ocupacinal e síndrome de burnout (Abreu, Stoll, Ramos, Baumgardt, & Kristensen, 2002; Souza, Baptista, & Xidieh, 2001); intervenção em trabalhadores estressados (Murta & Tróccoli, 2004); comportamento de risco, percepção de nível de saúde e estresse em trabalhadores (Barros & Nahas, 2001); burnout e hardiness (Mallar & Capitão, 2004), dentre outros. Como visto anteriormente, diversos são os estudos abordando estresse ocupacional, também denominado de estresse laboral ou organizacional. No entanto, a associação do estresse e/ou burnout aos fenômenos e processos básicos psicológicos não vem ganhando muita atenção na literatura (Linden, Keijsers, Eling, & Schaijk, 2005), inclusive na literatura nacional. Sabe-se que o estresse está associado à diversas variáveis psicológicas, tais como falta de motivação, problemas com processamento de informações, falta de concentração, problemas com memória e atenção (Goldberger & Breznitz, 1982). Meewisse e cols. (2005) citam que os processos atencionais são a base do processamento de informação e pré-requisitos para um adequado funcionamento do indivíduo em sua vida organizacional, bem como para as atividades diárias. Os processos cognitivos que envolvem o controle executivo podem se caracterizar pela interdependência, como afirmam Hutton e Towse (2001) ao defenderem que. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89. 77.

(4) 78. Relação entre estresse laboral e atenção concentrada. a memória de trabalho envolve os processos atencionais. No entanto, a memória e a atenção devem ser consideradas como construtos diferenciados. Da mesma forma, Hollingworth (2006) e Wolfe, Reinecke e Brawn (2006) associam os processos atencionais à memória visual de curto prazo, relatando que quando um indivíduo direciona e foca a atenção á um estímulo visual, há maior probabilidade de haver a formatação e representação desse estímulo, também dependendo da acuidade dos processos sensórios do indivíduo. No entanto, em figuras repetidas rapidamente, quando alguém foca um estímulo visual específico em cada figura, pode-se perder a noção de mudança de tonalidade de cor nas figuras. Por sua vez, Vondras, Powless, Olson, Wheeler e Snudden (2005) se referem ao declínio dos processos cognitivos com o passar dos anos, referindo que a idade acaba proporcionando uma diminuição dos recursos atencionais, além do que o estresse e constantes eventos que causam irritação no cotidiano também se encontram negativamente associados com os processos executivos, inclusive com a memória e a atenção. Quanto às definições da atenção, Dalgalarrondo (2000) coloca que o construto atenção pode ser classificado em vários tipos, quais sejam, atenção sustentada, dividida e alternada. Ainda, a literatura muitas vezes faz referência ao conceito de atenção concentrada (Cambraia, 2003). Assim, para Sisto, Noronha, Lamounier, Bartholomeu e Rueda (2006) a atenção sustentada supõe que a pessoa mantenha o foco em um estímulo, ou seqüência de estímulos, por um longo período de tempo, ao mesmo tempo em que estão presentes elementos distratores, exigindo uma certa velocidade de processamento, uma vez que é imposto um tempo de execução. Segundo os autores, uma característica particular desse tipo de atenção é que, no caso de um teste, deve ser controlado que o tempo que o sujeito disponha para a sua realização lhe permita chegar até o final, para dessa forma poder comprovar ou não se houve uma diminuição, uma estabilidade ou um aumento da sustentação da atenção. Por sua vez, a atenção dividida consiste na capacidade do individuo manter a atenção em estímulos diferentes com a finalidade de executar duas tarefas distintas simultaneamente. Já a atenção alternada consiste na capacidade do individuo manter o foco de atenção ora em um estímulo ora em outro. Em relação à atenção concentrada, segundo Cambraia (2003) ela pode ser definida como a capacidade de de selecionar apenas uma fonte de informação dentre várias disponíveis num tempo pré-determinado. Vale destacar que muitas vezes os conceitos de atenção sustentada e concentrada são misturados na literatura. Porém, há di-. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89.

(5) Makilim Nunes Baptista, Fabián Javier Marín Rueda, Fermino Fernandes Sisto. ferenças nos dois tipos. O primeiro deles é que na atenção sustentada o foco da atenção não necessariamente deve ser mantido em apenas um estímulo, enquanto que na atenção concentrada isso é necessário. O segundo é que para avaliar a sustentação devem ser criadas condições para que o sujeito consiga chegar até o final do teste, o qual pode ser feito de diferentes maneiras, enquanto que na atenção concentrada é dado um tempo pré-estabelecido, independentemente se o sujeito consegue chegar até o final do teste ou não. Em uma pesquisa com 212 candidatos à Carteira Nacional de Habilitação, Sisto e cols. (2006) objetivaram avaliar evidências de validade entre um teste de atenção sustentada, denominado Atenção Sustentada (AS), que avalia a concentração, a velocidade com qualidade e a sustentação dos indivíduos, com um teste que avaliava atenção concentrada (AC), ou seja, a capacidade de selecionar um estímulo diante de outros tantos e voltar a manter a atenção para o estímulo selecionado pelo maior tempo possível. Como resultados encontraram correlações que supõem que ambos os testes avaliam conceitos distintos, mas com algum percentual de comunalidade. Afirmam ainda que os termos utilizados para referirem aos diferentes tipos de atenção podem ser utilizados com conotações diversas na literatura. Em relação às pesquisas relacionando o estresse e a atenção, BraunsteinBercovitz (2003) relata que tal relação é desconhecida, já que há resultados de pesquisas denotando que o estresse aumentaria a atenção e outros resultados que mostrariam o contrario. O autor realizou dois experimentos utilizando o paradigma denominado “negative priming”, no qual se apresentam aos participantes pares de telas contendo dois ou mais estímulos sendo que um dos estímulos é a meta e os demais estímulos seriam os distratores e o indivíduo deveria se ater ao estímulo meta sem se desviar demasiado com os distratores. Os dois experimentos foram conduzidos com e sem indução de estresse em diferentes grupos (19 adultos no primeiro experimento e 40 no segundo), manipulando-se basicamente a dificuldade dos estímulos e a informação de que determinados estímulos estariam associados à inteligência dos probandos. Os resultados sugeriram que a atenção seria influenciada pelo nível de estresse do indivíduo. No entanto, o autor suporta a hipótese de que o estresse prejudicaria a atenção, aumentando a interferência e o foco nos estímulos distratores ou informações irrelevantes na meta estabelecida. Já a atenção relacionada à determinados transtornos parece estar mais bem estabelecida, como no caso do transtornos de estresse pós-traumático, como afirmam. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89. 79.

(6) 80. Relação entre estresse laboral e atenção concentrada. Meewisse e cols. (2005), que desenvolveram uma pesquisa com 124 sobreviventes de um incêndio na Holanda, provenientes de um estudo de acompanhamento prospectivo após o acidente. Os pesquisadores avaliaram sintomatologia de estresse póstraumático, depressão e distúrbios do sono, a fim de isolar estes problemas (também foram controlados a idade e nível educacional), além da avaliação de atenção sustentada e velocidade de processamento dos estímulos, apresentados por 60 pares de números randomizados em cinco velocidades diferentes, variando de 3,2 a 1,6 segundos. As avaliações foram feitas de 23 a 38 meses após o desastre, concluindo-se que a severidade dos sintomas do estresse pós-traumático estaria relacionada com a disfunção atencional, mesmo quando controladas as variáveis confundidoras e mesmo depois de dois a três anos do evento estressor desencadeador do transtorno. Scheufele (2000) desenvolveu uma pesquisa por intermédio de um delineamento quase-experimental, avaliando a atenção em 67 homens, sem problemas psiquiátricos, em diversas situações diferentes, tais como relaxamento progressivo, relaxamento por música clássica e grupos com controle de atenção (ouvir histórias por videotape e lembrar dos detalhes em seguir) e silêncio, com controle de inoculação de estresse. Os grupos que ouviram música clássica e que passaram por controle de atenção relataram maior distração após o período experimental (inoculação de estresse). No entanto, todos os grupos se mostraram equivalentes estatisticamente para as medidas de atenção, sendo que, de forma geral, as medidas de atenção aumentaram após o relaxamento. Problemas atencionais também estão relacionados a desordens que possuem o estresse organizacional como principal elemento, tal como o burnout. Nesse sentido, Linden e cols. (2005) avaliaram a atenção em três grupos de profissionais, sendo o primeiro de 13 indivíduos diagnosticados com burnout que buscaram tratamento profissional, 16 professores de um instituto de treinamento vocacional que relataram altos níveis de burnout e continuavam trabalhando e, por fim, 14 professores do mesmo instituto que não relataram os sintomas. Apesar do número baixo amostral, observou-se que o grupo diagnosticado com burnout apresentou um número significativo maior de falhas cognitivas (falta de atenção e esquecimento) quando comparados ao grupo com sintomas, que por sua vez apresentou maior escoragem quando comparado com o grupo sem sintomas. Os autores levantaram a hipótese de que a exposição excessiva ao estresse laboral poderia influenciar não só nos processos motivacionais e nas atividades diárias do trabalhador, mas também nos processos gerais de informação, ou seja,. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89.

(7) Makilim Nunes Baptista, Fabián Javier Marín Rueda, Fermino Fernandes Sisto. trabalhadores estressados não conseguiriam obter tanto sucesso em direcionar sua atenção para a ação, aumentando a distração nas atividades laborais específicas. Linden e cols. (2005) destacam que problemas com a atenção concentrada tornariam muito difícil e fatigante o desempenho de um trabalhador que tem que se manter, por oito horas diárias, atento a atividades específicas, além do que, muitas funções exigem planejamento e solucionamento de problemas complexos, funções estas que dependem de um controle executivo intacto, sendo que a atenção seria parte fundamental de tal conjunto de processos cognitivos. Dentro desse contexto, e verificando a falta de concordância entre as pesquisas que relacionam os construtos atenção, mais especificamente a atenção concentrada, e o estresse, principalmente o laboral, é que foi proposto este estudo. O objetivo foi verificar a relação entre os níveis de atenção concentrada e estresse em estudantes universitários do turno noturno que exerciam funções laborais no período matutino e vespertino.. 2.. MÉTODO. 2.1. Participantes Participaram 61 universitários de uma instituição de ensino particular do estado de Sergipe que trabalhavam no período matutino e vespertino, sendo que, no período noturno, freqüentavam regularmente a universidade. A média de idade foi 21,46 (DP=3,26), sendo que essa variou de 18 a 33 anos. Quanto ao sexo, 20 (32,8%) eram homens e 41 (67,2%) mulheres. Vale ressaltar que para a pesquisa foram selecionados apenas aqueles estudantes que exerciam função trabalhista durante oito ou mais horas diárias.. 2.2. Instrumentos Teste de Atenção Concentrada - TEACO-FF (Rueda & Sisto, em construção) O TEACO-FF fornece uma medida da atenção concentrada da pessoa, que pode ser obtida pelo resultado dos estímulos que a pessoa deveria marcar e marcou subtraído dos erros (estímulos que não deveriam ser marcados e foram) e das omissões (estímulos. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89. 81.

(8) 82. Relação entre estresse laboral e atenção concentrada. alvo que não foram marcados pela pessoa). Na sua totalidade o instrumento possui 500 estímulos distribuídos em 20 colunas com 25 estímulos cada. Do total, 180 são estímulos alvo, sendo que cada coluna contém nove alvos e 16 estímulos distratores. O tempo de aplicação é de 4 minutos. Quanto às evidências de validade, foi estudada evidência de validade desenvolvimental, pelo funcionamento diferencial do item, com o Teste de Atenção Concentrada - AC (Cambraia, 2003), com os Testes de Atenção Sustentada e Dividida - AD e AS (Sisto, Noronha, Lamounier, Bartholomeu & Rueda, 2006), com o Teste Conciso de Raciocínio - TCR (Sisto, 2006) e com o Teste Pictórico de Memória - TEPIC-M (Rueda & Sisto, 2007). Os índices de precisão do instrumento se mostraram satisfatórios. Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho - EVENT (Sisto, Baptista, Noronha & Santos, 2007) O EVENT é uma escala de 40 itens do tipo Likert que tem por finalidade avaliar o quanto as circunstâncias do cotidiano do trabalho influenciam a conduta da pessoa, a ponto de caracterizar certa fragilidade, e destinado a pessoas de 17 a 54 anos. O mesmo é composto por três fatores, quais sejam, Clima e Funcionamento Organizacional, (fator 1), Pressão no Trabalho (fator 2) e Infra-estrutura e Rotina (fator 3). Os estudos psicométricos mostraram evidência de validade pela análise fatorial, evidência de validade de critério por grupos de profissões, com o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), com o Teste de Raciocínio Inferencial, com o Inventário de Percepção do Suporte Familiar (IPSF) e análise dos itens pelo modelo de Rasch. Em relação à precisão da escala, os autores concluíram que os resultados foram satisfatórios.. 2.3. Procedimento Ambos instrumentos foram aplicados de forma coletiva em sala de aula após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido por parte dos respondentes. Num primeiro momento foi solicitado aos alunos que assinalassem numa folha em branco se trabalhavam e qual a carga horária exercida diariamente. Posteriormente foi aplicado o TEACO-FF e por fim EVENT. O tempo médio de aplicação foi de 25 minutos.. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89.

(9) Makilim Nunes Baptista, Fabián Javier Marín Rueda, Fermino Fernandes Sisto. 2.4. Resultados Num primeiro momento são apresentadas as estatísticas descritivas dos instrumentos. Após isso foi realizada uma correlação entre as medidas dos instrumentos com e sem o controle da idade e, finalmente, os sujeitos com menores e maiores pontuações em cada fator e no EVENT total foram separados e comparado o seu desempenho no TEACO-FF. No caso do EVENT as pontuações variaram de 0 a 27 (M=11,13, DP=6,68) para o fator 1, de 4 a 24 (M=13,84, DP=4,29) para o fator 2 e para o fator 3 os resultados variaram de 1 a 18 (M=7,77, DP=3,65). No caso da escala como um todo a média foi de 32,73 pontos (DP=12,41), variando de 10 a 63 pontos. Já no TEACO-FF, as pontuações variaram de -21 a 157 pontos (M=82,43, DP=4,98). Para verificar as possíveis relações entre o estresse e a atenção concentrada para cada sexo e na amostra total realizou-se uma correlação de Pearson, adotando como nível de significância 0,05. Os resultados encontram-se na Tabela 1. Tabela 1. Coeficientes de Correlação de Pearson (r) entre o TEACO-FF e o EVENT. EVENT Fator 1. TEACO-FF. Fator 2. Fator 3. Total. r. p. r. p. r. p. r. p. Masculino. 0,20. 0,394. -0,05. 0,839. 0,09. 0,705. 0,12. 0,626. Feminino. 0,33. 0,036. 0,30. 0,058. 0,02. 0,919. 0,29. 0,071. Total. 0,29. 0,024. 0,18. 0,165. 0,08. 0,530. 0,24. 0,060. Pela Tabela 1 pode ser observado que das 12 correlações possíveis apenas duas apresentaram resultados estatisticamente significativos, quais sejam o fator 1 do EVENT para o sexo feminino e para a amostra total com o TEACO-FF (r=0,33, p=0,036 e r=0,29, p=0,024 respectivamente). Isso sugere que ao aumento de algumas características do clima e do funcionamento organizacional, como ser o ambiente de trabalho físico inadequado, chefes despreparados, dificuldades pessoais com o chefe, falta de oportunidades de progresso no trabalho e de perspectiva profissional, dentre outros, lhe corresponde um aumento da atenção concentrada, mesmo que essa relação seja pequena. Quando considerado a magnitude das correlações percebeu-se que a metade delas foi nula e a outra metade baixa, o que estaria indicando uma pequena relação entre os construtos avaliados por ambos os testes.. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89. 83.

(10) 84. Relação entre estresse laboral e atenção concentrada. Uma correlação controlando o efeito da idade foi realizada em seguida. Os resultados estão na Tabela 2 Tabela 2. Coeficientes de Correlação Parcial (r) entre o TEACO-FF e EVENT, com controle de idade. EVENT Fator 1. TEACO-FF. Fator 2. Fator 3. Total. r. p. r. p. r. p. r. p. Masculino. 0,14. 0,569. -0,02. 0,938. 0,15. 0,552. 0,11. 0,667. Feminino. 0,27. 0,093. 0,32. 0,047. 0,03. 0,849. 0,26. 0,102. Total. 0,22. 0,092. 0,20. 0,117. 0,10. 0,469. 0,22. 0,097. Quando controlado o efeito da idade pôde-se observar que apenas o fator 2 do EVENT, no sexo masculino, apresentou correlação positiva e significativa com o TEACO-FF, ou seja, ao aumento de algumas características da pressão no trabalho, como ser o acúmulo de funções e de trabalho, realizar o trabalho do outro, muita responsabilidade no trabalho diário, por exemplo, lhe corresponde o aumento da atenção concentrada no caso das mulheres. Quanto à magnitude das correlações, novamente a metade foi nula e a outra metade baixa, o que confirma o achado de que a relação entre ambos os construtos é pequena. Após as análises anteriores, foram separados os indivíduos com maiores e menores pontuações nos fatores do EVENT e na escala como um todo. Para isso, a pontuação média em cada medida foi calculada e formaram-se dois grupos, quais sejam, Grupo 1 (formado pelas pessoas que apresentaram pontuações abaixo da média do grupo) e Grupo 2 (aqueles sujeitos que apresentaram as pontuações maiores que a média do grupo). Feito isso realizou-se uma comparação desses grupos em função do seu desempenho no TEACO-FF. Para isso realizou-se a prova t de student, adotando como nível de significância 0,05. Os resultados encontram-se na Tabela 3. Tabela 3. Média e desvio padrão para os fatores e o EVENT total, e valores de t e p na atenção concentrada do TEACO-FF. Fatores. Grupo. M. DP. 1. 63,93. 43,25. 2. 100,32. 39,56. 1. 70,09. 44,88. 2. 96,03. 41,70. Clima e Funcionamento Organizacional. Pressão no Trabalho. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89. t. p. -3,43. 0,001. -2,33. 0,023.

(11) Makilim Nunes Baptista, Fabián Javier Marín Rueda, Fermino Fernandes Sisto. 1. 78,61. 46,63. 2. 87,92. 42,82. 1. 69,18. 48,18. 2. 98,04. 35,73. Infra-estrutura e Rotina. EVENT total. -0,79. 0,431. -2,62. 0,011. Pela Tabela 3 verificou-se que nos fatores referentes ao Clima e Funcionamento Organizacional e Pressão no Trabalho o grupo de indivíduos que apresentou menores pontuações no estresse laboral apresentou também menos atenção concentrada. Isso também foi verificado na pontuação total da escala, ou seja, quanto maior o estresse da pessoa também foi maior o seu desempenho no TEACO-FF. No caso do fator referente à Infra-estrutura e Rotina, embora as pessoas que tenham apresentado menores pontuações nesse fator também tenham apresentado menores pontuações no TEACOFF quando comparadas com o grupo com maior estresse laboral, essa diferença não foi estatisticamente significativa.. 3.. DISCUSSÃO O estudo foi proposto com o objetivo de verificar possíveis relações entre o estresse laboral e a atenção concentrada, uma vez que mostra evidente esse tipo de investigação, vista a carência existente na literatura nacional e internacional (Linden, Keijsers, Eling, & Schaijk, 2005), embora alguns autores coloquem a existência de relação entre ambos os construtos (Goldberger & Breznitz, 1982; Meewisse & cols., 2005). Os resultados evidenciaram relação entre a atenção concentrada e o estresse laboral apenas no fator referente ao Clima e Funcionamento Organizacional no sexo feminino e na amostra total. Esse resultado foi parcialmente corroborado com a pesquisa de Braunstein-Bercovitz (2003) de que o estresse prejudicaria a atenção, já que a autora encontrou que o aumento de estresse acaba diminuindo a atenção dos indivíduos em situações mais complexas, ocorrendo que a atenção nessas situações acaba focando não só os estímulos relevantes mas também os estímulos distratores. A mesma pesquisa revela que com níveis baixos de estresse e situações de maior complexidade, os indivíduos conseguem discriminar estímulos relevantes e se distraírem pouco com os distratores. Ao lado disso, os resultados da atual pesquisa se contrapõem aos achados de Linden e cols. (2005), que verificaram que indivíduos diagnosticados com burnout apresentaram níveis menores de atenção, no entanto muita cautela deve ser to-. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89. 85.

(12) 86. Relação entre estresse laboral e atenção concentrada. mada ao se comparar pessoas com sintomatologia de estresse daqueles diagnosticados com a síndrome de burnout. Quando controlado o efeito da idade verificou-se que a relação anteriormente descrita não se manteve, nem no caso das mulheres nem na amostra como um todo. Por sua vez, o fator referente à pressão no trabalho apresentou uma correlação de magnitude considerada baixa com a atenção concentrada das mulheres. Isso sugeriu que fatores organizacionais como o acúmulo de funções e de trabalho e muita responsabilidade no trabalho diário, por exemplo, estariam mais relacionados com as mulheres quando o efeito da idade é controlado. Vale ressaltar, como destacam Linden, Keijsers, Eling e Schaijk (2005), que as pesquisas que relacionam o estresse e a atenção são escassas, o que dificulta a comparação dos resultados aqui obtidos. Por sua vez, esse tipo de pesquisa é necessário, principalmente no que se refere ao âmbito brasileiro, uma vez que os testes psicológicos comercializados muitas vezes não apresentam estudos psicométricos à respeito de construtos que aparentemente se propõem a medir aspectos diferentes, como ser a atenção e o estresse. Os efeitos do estresse na atenção ainda permanecem obscuros, principalmente quando se pensa nesses dois construtos altamente complexos (Braunstein-Bercovitz, 2003). Outro ponto a se pesquisar está relacionado a que nível de estresse se associa a alterações cognitivas, além do que, como apontam Linden, Keijsers, Eling e Schaijk (2005), níveis de hormônios de estresse podem também estar relacionados aos processos cognitivos. É interessante notar que o estresse laboral, principalmente nos seus estágios iniciais pode justamente trazer como conseqüência uma maior necessidade de atenção do trabalhador ao seu ambiente, principalmente quando se pensa que um dos primeiros estágios propostos por Selye (1936) seria o alarme ou alerta. Por fim, algumas limitações do estudo devem ser destacadas. Em primeiro lugar, embora tenham sido selecionados para a pesquisa os alunos universitários que trabalhavam, os dados referentes às funções exercidas e outras características da organização não foram aprofundadas, sendo apenas questionado aos participantes se eles trabalhavam e qual a carga horárias diária no seu emprego. Em segundo lugar, pode-se pensar na possibilidade de pesquisar um maior número de sujeitos, procurando ampliar as faixas etárias, com a finalidade de tentar verificar possíveis relações entre os construtos em função da idade.. Encontro: Revista de Psicologia • Vol. XI, Nº. 16, Ano 2007 • p. 75-89.

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