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A posição do adjetivo na locução nominal em Português

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Academic year: 2021

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(1)

' , r 7 ■ I T , 'i . )

-ppQTo .'j■ DZ- pcc -

zP..'..yí.. 7.\

A P OSIÇ Ã O DO A D JE T IV O KA LOCUÇÃO i í c:i::a l EM PORTUGUÊS

Di 3 C Spt'H C íl; C r ~ 6 i; j_ d, c t, Y j ' i £ 1 ~ i i C, C ■? _ £'Õ£-ir£l ds Santa Catarins para a cbtenoao áo Grau ce I.ec - tre eiü L etr as, área de L i n g C í s t i c a ,

(2)

Esta dissertação fo i jolgãõa adequada para a obtenção de grau de

' LÍSSTRE EL: LETRâS

e aprovada em sua forma- f i n a l pelg:^orientador e pelo Programa de PÓs-Graduação,

Profê D oloris iiatli Simões de Alm eida Coordenadora

-r.ar:Da

Uswu^.

)jü<jl0uud^jjc>

■p-^ofê U a r ia Marta j/'urlanetto

(3)

0 P E H 2 C I K 3 I Í T 0

(4)

Á G E A 3) E C I M E N T 0 S

Ao Programa de Pes-graduação em "Letras da UF3C, sua coor - denadcra, meus professores e colegas de curso,

1 universidade Estadual de Ivlaringá, por te r p o s s i b i l it a d o a r e a liz a ç ã o do cujtso de pós-graduação e a elaboração des­ te trabalho»

A meus colegas e alunos do curso de letra s da Uriiversidade Estadual de liaringá, pelo in t e re s se e incen tiv o demonstra­ dos pelo meu trabalho.

Um agradecimento muito e s p a c i a l ao p rofesso r Dr. Paulino Yandresen, pelo estímulo constante e p ela sábia e paciente

orientação , não só durante a elaboração deste trabalho, como tambem durante todo o curso de pós-graduação.

(5)

V

Página TTRODUCÃO ... 1

CJfflTüLO I - Á GHAI.1/TICA TRADICIOIIAL E 0 ESTRÜTURALISMO . .

l o l - A Gr.amática T r a d i c i o n a l ... 5 l ; l ; l ■ S e n t i d o r e a l , m a t e r i a l / ' S e n t i d o f i g u r a ' -V d o , i a a t e r i a l ... ; . . . . 5 l . l ; 2 - A entonação e a iiüportancia da i n -formação ... 6 1 . 1 . 3 - O b j e t i v i d a d e / S u b j e t i v i d a d e ... 7 1 . 1 . 4 A d j e t i v o s r e s t r i t i v o s / A d j e t i v o s e r p l i -oativoE ... ..

.5

1 , 1 ; 5 - Casoa p a r t i c u l a r e s de colocação de a d je ~ tivo . ... 11 l . l i D - Um s u b s t a n t i v o e n a i s de uir a d j e t i v e 14 1 . 2 - C Ertru turalÍ3n :o ... ... .. 16 DC I ... ... 24

"APÍTÜLO I I - A GRAí;á? I C ;i GERAIIYA T Rv -SRCRIb^aiC^rAL . .

2 ; 1 - üE-oiricisnc e rtecio n F li “ 0 no Estuco da Lin'^ua- •—>

r-o-r '*

~

9-r“

2 .2 - Con ce ixo s B s s i c o s d a ’ Grariática G e r a t iv a 'Trans —

fo r m s c io n a l ... .. 27 oc 2 . 3 . 1 -:.0 subcomponente de base ...

(6)

2^-VI

2 . 3 . 2 - C subcompor.ente transiorinacional

2 ; 4 - A T e o r i a Psd rão e o Problema da P o siçã o do Ad - j e t i v o ; ... ... ..

líOTAS DO C A P IJU LC I I ... ... '... ..

CjIPTxü±.-0 I i ± - PRii-IEiRA riiPOTSSE : A An tep o siçã o do A d j e t i ­

vo

é

C o n d icio n a d a por T r a ç o ( s ) do L é zi c o . . 4'

3 . 1 - Argumentos a. Pavor Desta H i p 6 t e s e ... 4-3 . 2 — T r a ç o s Considerados p ara a A n tep o siçã o 4^ 3 . 3 - 0 Traço

3 ; 4 - J-nconvenientes desta H ip ó tese liOTAS DO CAPITULO I I I ... .

CAPItuIíO I V - Si'C-ÜI7DA rij_PôfSSi:; : A A nteposição do A d je t iv o

ê

Condicionada p e la E st ru tu r a - P ro fu n da da

CO

^

4 . 0RAÇÕ35 Rü;íA T I Y A S RESTRITIVAS S RELATIVAS i:10-RESTRITI- VAS - /lDJETIVO S RSS'TRITIV0S E ADJEITVOS ITÃ0-RESTRITIV'03

4 . 1 ~ C a r a c t e r í s t i c a s dos D o is Tí d o s de R e l a t i v a s e de A d j e t i v o s ... .. 4 . 1 i l - C a r a c x e r í s t i c a s semânticas ... 4 . 1 . 2 — C a r a c t e r í s t i c a s l o n o l ó g ic a s ... 4 . 1 . 3 - C a r a c t e r í s t i c a s s i n t á t i c a s ' ; ... .... 4 . 1 . 3 . 1 -

0

an teceden te ... .. a) 0 determ inante da LIT a n teceden te

f

da sentença relativa^

(7)

VXl

a) S e n te n ç a s r e l a t i v a s não-restri- t i v a s ...

69

b) As se n te n ç as ãe a d j e t i v o s r e s - t r i t i v o s e n ã o - r e s t r it iv o s . . .

10

c) P o s s í v e l v a l o r c i r c o n s t a n c i s l das sentenc.as r e l a t i v a s ... TC

4

.

1

.

3

; 3 - A

4

.

1

.

3

; ^ - A 7 n ^ ; i . ? . 5 - 0 s u b j L<_n

s.

y

• • • r-ír

r

4 . 2 E s t r u t u r a P ro fu n da das S en ten ça s E e l a t i v s s • « r-í /7 í"7 4 . 2 . 1 - Sent ença s r e la t iv a s ' r e s t r i t i v a s . . . . 70

i

^

f

,

, 2 ; 2 - Cent r e l a t i v a s não—r-estritiv'as • • « 84 ^ ♦ _T- — E v i d ê n c i a s a ?‘

2

V'or c e s t a H ip d te se ; . ... « • • Q

1

4 . 4 — .esta Segunda H ip ó tes e . . . . • • •

0

ZTOCDAd DG CilPXTÜLO I'

L'tP:T-I'JLO

Y -

T3RCEIRA Er?CíT'3S3 : A. Zísrcação no L é x i c o , a. E s t r u t u r a P rofunda da J r a s e e C' P a pel de Certa Tr a n s I o27m ação.

O bserv a ções Ss-oeciais e P o s s í v e i s A p lic a ç õ es

do T r a b a lh o ... 99

5 i l - As Co n dições pora que se A p liq u e a Transfor~a-ção de S:-:trap

0

GÍç Í

0

do A d j e t i v o ... 99

5.2

— Observ ações E s u e c i a i s e P o s s í v e i s A.“ lic?'^ões

do T r a b a lh o ; ... ... ... 1C4 5 . 2 . 1 — Um nor.ie tendo ccriO a d ju n to riais ie 'jc:

a d j e t i v o ... 1C4 5 . 2 ; 1 . 1 - Os s ú j e t i v o s t i n a mesma origem. 1C4 5 . 2 . 1 . 2 - Os a d j e t i v o s tem origens d i f e

(8)

viii

5 . 2 . 2 - T'roble~'ar de cr-nciordancia ... 10o 5 . 2 . 2 . 1 - A d je t iv o s que acoinpalihas de un su b sta n tiv o ... ... 106 a ) 0 a d j e t i v o ocupa a p o siç ã o pré- -nominal ... .. 1 C£> b) O a d j e t i v e ocupa e p o s iç ã o póc- -nominal ... ..

lU]

5 ; 2 . 2 . 2 •* Concordância s i l é p t i c a ... 103 5 . 2 ; 3 - Quando se p ro cessa a a n t e p o s i ç ã o 109 5 i 2 , 4 - A p l i c a ç õ e s p r á t i c a s deste t r a b a l h o ; . 10 9 IíOr'AS DO CAPITULO V ; . . . ... ... 111 COIÍCIÍJSAO ... ... 112 3IBLI0GRAPIA. i . . . ... ... ... 115

(9)

IX

S I : 3 0 L 0 S U3ADC3 ];0 TRA3.U.H0 / *

( 2 )

+

1

-Y íTas r e g r a s t r a n s f o r m a c i o n a i s , i n d i c a ç ã o de p a u s a . Sobre o v o c á b u lo , rp.arca de acen tu ac ao e n f á t i c a . Aiites da f r a s e s i g n i f i c a que ela não

é

sinônima da outra f r a s e c o n s i d e r a d a . Pode s i g n i f i c a r tambén que não pode ser gerada p e la e s t r u t u r a que está sendo c o n s i d e r a d a ;

S i n a l de a g r a m a t i c a l i d a d e ‘ da f r a s e , 0 elemento

X é

o p c i o n a l .

Sendo Y um traço l e x i c a l , o elemento assim marcado tem t a l traço p o s i t i v o .

Sendo Y um traço l e x i c a l , o elemento assim marcado tem t a l traço n e g a t i v o ; Oa

X

ou

Y

v a i o c o r r e r . ■^Y Cóp Det L ÁdD

hU

Jj

pJ^gT) LV I r e d Z

é

se guido de Y . X se r e e s c r e v e como Y X se transform a em Y Adi et ÍYO A u x i l i a r Cópula D eterm in an te Locução a d j e t i v a Locução nominal Locução p r e p o s i c i o n a l Locução v e rb a l I'ome P r e d i c a t i v o

(10)

Prep P r e p o c i ç a o Pres P r e s e n t e Pret P r e t é r i t o Pro Pronome Rei R e l a t i v o S Sent ença

T-apag Tran sform ação de apagamento T-apo' Transform ação de aposição T-ext Tran sfo rm ação de e ^lr a p o s iç ã o T-obr. . Tran sform a ça o o b r ig a t ó r ia Tvop T r a n s f ormação o p c io n a l T-pausa Transform ação de pausa

T-rel Transform ação de r e l a t i v i z a ç a o

(11)

EESÜMO

P a rtin do da constatação de que a ocorrência pré-nominal do adjetivo na função de adjunto adnoaiinal não e um protdeina pura - mente e s t i l í s t i c o em português, este trabalho procura apontar os fatos gramaticais relacionados com a p o s s i b i l id a d e de certas locu - çoes iiom.inais terem o a d je tiv o antes do nome,

0 desenvolvimento do trabalho

é

f e i t o segundo a "teoria- -padrão" da Gramática G-erativa Transform acional, Como se constata-

que os a d je tiv o s ocorrem antepostos ao nome devido a uma transforma­ ção de extraposição, as hipóteses desenvolvidas nesta dissertação a- bordam os p ossxveis condicionamentos para que t a l transformação se processe. Considera-se a p o s s ib ilid a d e de haver traços lexicais, que sejam esses condicionadores, em especial o traço g r a d a ç ã q j. Con­ sidera-se a p o s s i b i l i d a d e de ser a estrutura profunda da fr a s e que contem o a d j e t i v o , uma sentença r e l a t iv a r e s t r i t i v a ou r e l a t i v a não- - restritiva, a responsável p ela im p o ssibilidad e ou p ela p o s s i b i l i d a ­ de da aplicação da transformação de extraposição. Considera-se o

+ -- -Ij Jr'ren como po-problema dos a d je t i v o s subcategorizados como

denão ou não ocorrer antepostos, dependendo de uma transformação de apagamento ãa L Prep, que é seu conplemento.

Conclui-se que para uid a d je tiv o possa ocorrer anteposto é preciso que ele preencha os três r e q u i s i t o s :

1- S e ja marcado no léx ico com o traço |_+ g rad ação ], 2- Venha de uma sentença r e l a t i v a n ã o - re s tritiv a ,

3- ííao tenha complemento no momento da a p lica çã o da r e ­ gra de extraposição,

P a z .p a r t e do trabalho ujn capítulo sobre as colocações da gramática t r a d i c i o n a l e do estrutuj^lism o a r e s p e it o do problema.

Outros problemas relacionados com o da posição do a d j e t i ­ vo são rapidamente considerados, como alguns casos de concordância,

(12)

AB3TSACT

Having as i t s point of departure th.e o^bservation that tiie occurrence of the pre-noan a d je c t i v e , as opposed to the post- -noiHi adjanct, i s not laerely a s t y l i s t i c problem i n P o r t u g u e s e ,t h is d isse rta tio n aims to p o in t out some grammatical facts correlated . v/itli ^his occurrence i n c e r t a in types of noun piirases*

Tiiis paper has been developed i n accordance w ith the "pattern theory" of G-enerative Transfonaational Grammar. Since i t has been observed that the p lac in g of the a d jectiv e before the noun is due to a transformation.,íiy extra-position} the hypotheses deve - loped in this work explore the possible conditioning factors through which this transforinational process takes p la s e , Three p o ssib le con-

ditioners have been co nsidered:

1- The presence of l e x i c a l f e a t u r e s , e s p e c ia l l y + dation |,

2- The deep structuare (D S) of the clause containing the ad.iectivssvíhethsr i t i s part of a r e s t r ic t iv e or a non-restrictiVB clause, determiriing the i m p o s s ib ilit y of the occurrence of an extra- p o sitio n a l transform ation,

3- The problein of the a d jective vrith the sub-.classifi-.cation [+--- P P the p o s s i b i l i t y of i t s placement before the noun,

depending op* the d e le t i o n of the prepositiorial phrase whJ.ch conple- ments i t ,

I t has been concluded that fQp an a d je c t i v e to occur in a pre-noun p o s i t i o n , i t -must f u l f i i l three r e c u i s i t e s :

1- The l e x i c a l feature laast be _j g r a d a t i‘o:^ ,

2- I t must C

0

J

26

from a re la t iv e non-restrictive c la u se , 3- I t must not have a coinplement, applying the rule of extra-position,

This study also includ es a chapter on word order i n tra- d it io n a l grainmar anà structuTralism, as i t relates to the p o s i t io n

(13)

XllX

01

adjective i n a noui: phrase, Cther pertirient proolens are also b r i e f l y consiaered, nota-oly c er ta in cases of agreement.

(14)

IKTRODUÇÃO

0 problema que vamos abordar n eete t r a b a l h o

é o

da p o siçã o que o a d j e t i v o pode o c u p a r , e.T; p o r t u g u ê s , na fu nçã o de adjujito adnonjinal, Entendenioc a q u i por ad.jetivo o que t r a d i - cionalmente tem sido char.ado de adjetii-o q u a l i f i c a t i v o ; não i n ­ cluímos p o r t a n t o , n e s t e entüdo, o que as g ram áticas t r a d i c i o n a i s chamas de a d j e t i v o d e t e r m i n a t i v o , c l a s s e que i n c l u i os deiTiOnstrativos, os p o s s e s s i v o s , e t c .

Vamos p a r t i r de maa s é r ie de e n u n c ia d o s em que' o- c o r z ^ s a d j e t i v o s , constatando que uití a d j e t i v o está serapre r e — la c io n a d o a um s u b s t a n t i v o :

1 , a , João

é

educado,

2 ,a „ João estudou d o e n t e , 3 , a , V i as c r ia n ç a s a l e g r e s ,

4 , a ; João c o n s id e r a P edro i n t e l i g e n t e ;

5 * a ; A, m e n in a , com ovida, não se a fa s t a v a da s a l a , 6 , a; 0 cen ário f l o r i d o da priiiíavera encanta os n o ss o s

d h o s ;

7.

£ « A band eira br a s i l ,eir a v i

nha

0

X. f r en te do b a t a lh ã o . P

w r3r Ci

uT

•01

essore s el ogi sraiú

p. "i unos es •T" í • /-Vnos os.

0

«»S * João comprou um. a

Z'

— L- L127 c

— i

.

'

ç-L -Lana ren P •— r*er.t i s t a , I C . l-! sao comprou '5' í T 'JJT 5 it gl i

3

na beliS S ima<

c

11 . a.

0

030 co~;t;r ou c ua c:T*

0

^ 6 "v'i mb

00

2. ^ '

i an o s .

Sd todos e s s e s e n u n c ia d o s ver.os que os a d j e t i v o s tracusem q u a l i d a d e s de se r e s noz:eacos p e lo s s u b s t a n t i v o s ;

E~

1 , £ , , 2 . a , , 4 , a . , 5 . a . , 6 ; a . e 7 » a . termos ima q u a l i d a d e para a~ s e r : en 3 » s . s 8 , a . temos uraa q u a li d a d e para m ais de um r,er ca mesma e s p é c ie ; em 9 . s . e 1 0 . a . temos duas q u a l i d a d e s para ur. s e r ; 1 1 . a ,

ê

am bígua: a q u a l i d a d e ta n to pode se r e n t e n d id a ccmo pertencendo a se re s de e s p é c ie s d i f e r e n t e s ( os quadros sac i t a l i a n o s e os vinii.os também), ccmo podem. ser e n t e n d i - c i o s fa s e n io r e f e r e n c i a a miais de um ser da ultima e s p é c ie m.en- cicnada ( apenas os vini‘jos são i t a l i a n o s ) .

-jírabora em todas ac f r a s e s acima tenham

.03

a d j e t i ­ vos e substan tivo s r e l a c i o n a d o c , a r e l a ç a o entre e l e s nao

é

mesm.a

(15)

eni todas as f r a s e s . De acordo com a líoraenclatura G ra m a tica l B r a s i l e i r a , teríaraos o. a d j e t i v o n a s funções d e : p r e d i c a t i v o em l . a , , 2 , a ; , 4 . a . e 5 . a , ; de a d ju n t o adnoininal em 6 . a '., 7 - a , , 8 , a . , 9 . a ; , 1 0 , a ; e 1 1 , a . . Em l , a , o p r e d ic a d o se d i z nom inal e o a d je t iv o

é

p r e d i c a t i v o do s u j e i t o ; em 2 , a ; , 4 , a , e 5 . a ; o p redica do

é

verbo-nominal e o a d j e t i v o

é

p r e d i c a t i v o do s u j e i ­ to em 2',a, e 5 i a , e

é

p r e d i c a t i v o do o b je to em 4 . a ,., A f r a s e 3 , a .

é

ambígua: pode ser e n te n d id a como de p r e d i c a d o v e r b a l , ‘ sendo o a d j e t i v o um a d j u n t o adnom inal de c r i a n ç a s , e pode ser entendida como de p r e d i c a d o verbo- nom inal, sendo a 1 e g res um p r e d i c a t i v o do o b j e t o ;

Vemos que f r a s e s aparentem ente sem elhantes enco - brem r e la ç õ e s d i f e r e n t e s en tre os s e r e s e as q u a l i d a d e s que se afirmam ou negam a r e s p e i t o d e l e s , P o c a liz a r e m o s n e s t e tr a b a - lho o problema dos a d j e t i v o s que podem o co rrer ta n to a n t e s co­ mo depois do su b s t a n t iv o que acompanham como a d j u n t o s , procu - rendo uma fo r m a liz a ç ã o de sua o c o r r ê n c ia em p o s iç ã o pré-nomi - n a l . Entendemos que deve h av er na mente do f a l a n t e n a t i v o - de português uma s i s t e m a t i z a ç a o de t a l o c o r r ê n c i a , j á que e le nunca se equivoca a esse r e s p e i t o ;

A impressão s u p e r f i c i a l que se tem ao comparar o português com outra l í n g u a , a i n g l e s a , por exem plo, é de que a p osição pré-nominal f i x a do a d j e t i v o em i n g l ê s c o r r e s p o n d e , em nossa l í n g u a , ujiia completa l i b e r d a d e de p o siçã o do a d j e t i v o em relação ao s u b s t a n t i v o que ele acompanhe; v i r o a d j e t i v o an tes ou dep o is do s u b s t a n t i v o s e r i a en tio uma questão Duramente e s­ t i l í s t i c a em p o r t u g u ê s : a p r e f e r ê n c i a p e s s o a l do f a l a n t e , o e s t i l o l i t e r á r i o ou c i e n t í f i c o , o grau de f o r m a lid a d e do d i s - cursD,

0

uso oral ou e s c r i t o da l í n g u a , a em otividade do fa - la n te seriam os detern:inantes da a n t e ^ o s i ç a o ou da p o so osiçã o ão a d j e t i v o , 3 f á c i l v er o engano dessa s u p o siç ã o . Se t e n t a r - ~;Os dar ao a d j e t i v o a p o siç ã o pré-nominal n as f r a s e s acima em

que ele ocorre como a d j u n t o , teremos f r a s e s que q u a lq u e r fa l a n t e nativo de p o rtu g u ê s apontará ou como mal fo rm a d a s, ou co­ mo nao tendo o mesmo s i g n i f i c a d o que as f r a s e s a n t e r i o r e s c o r ­ r e s p o n d e n te s , onde

0

a d j e t i v o a p a r e c i a em -posiçao páo-nom inal:

3 , b , V i as a l e g r e s c r i a n ç a s .

6 . b , 0 f l o r i d o c e n á r io da D rim a v era encanta oc

iiozocs

o l h o s .

(16)

"-1

♦ 7 . b , A b r a s i l e i r a band eira v in h a à f r e n t e do bate -l h a o ,

8 , b , Os p r o f e s s o r e s elogiaram os e s t u d i o s o s a lu n o s i * 9 » b , Joao comprou uma i t a l i a n a p i n t u r a r e n a s c e n t i s t a , * 1 0 , b , Joao comprou uma r e n a s c e n t i s t a p i n t u r a i t a l i a n a ^ * 1 1 , b ; João comprou i t a l i a n o s quadros e v i n h o s .

As f r a s e s 3 . b . , 6 , b , e 8 , b , são g r a m a t i c a i s ; e n t r e ­ tanto apenas a f r a s e 6 , b .

é

que conserva a mesma i n t e r p r e t a ç ã o de sua correspondente com o a d j e t i v o p o s p o s t o , p o i s as o u t r a s duas tem agora a p e n a s uma i n t e r p r e t a ç a o , enquanto com o ad.jeti- vo posposto podiam r e c e b e r duas i n t e r p r e t a ç õ e s : na f r a s e 3 * a , o a d je t iv o pode se r entendid.o como se r e f e r i n d o a to d a s as c r i a n ­ ças con sid erad as ou se r e f e r i n d o a um grupo de c r i a n ç a s a p e n a s , as a le g r e s , Com o a d j e t i v o ale,g:res an teposto a c r i a n ç a s se en­ tende que e le se r e f e r e a todas as c r i a n ç a s c o n s i d e r a d a s e não pode ser e n t e n d id o como se r e f e r i n d o a um grupo d.e c r i a n ç a s particularizacio p e l o a d j e t i v o , A mesma d i f e r e n ç a de i n t e r p r e t a ­ ção se encontra entre as f r a s e s 8 , a , e 8 , b , ,

Ã

f r a s e 6 , b , tem a mesma in t e r p r e t a ç ã o d.a f r a s e 6 , a , porque n as d.uas b

6

há uma i n ­ terpretação, v i s t o que o a d j e t i v o f l o r i d o não pode se r e f e r i r a

tipo de c en á r io d.a p rim a v e ra , p o is o c en á r io àa p rim a v era

é

suposto por todos sempre como f l o r i d o .

As f r a s e s 7 , b . , S . b , , 1 0 , b, e l l ; b , são d a d a s como a g r a m a t ic a is , i s t o é , n e s t a s f r a s e s nao é p o s s í v e l a anteposi- çao do a d j e t i v o ao s u b s t a n t i v o

Vemos qué r

1- há a d j e t i v o s que nunca podem o c o r r e r ante - p o s t o s ao s u b s t a n t i v o , p o i s a a n te p o s iç ã o to r n a a f r a s e a g r a m a t i c e l ;

2- há a d j e t i v o s que podem se a n te p o r ao subs - t a n t i v o , mas a i n t e r p r e t a ç ã o da f r a s e pode nao ser a mesma que a p r e s e n t a r i a a f r a s e com o mesmo a d j e t i v o posposto ao s u b s t a n t i v o ; 3- há a d j e t i v o s que tanto podem o c o r r e r antes

como d e p o is do s u b s t a n t i v o , sem p r e j u í z o p a ­ ra £ g r a m a t ic a l i d a d e da f r a s e ou p ara a in - t e r p r e t a ç ã o d e l a .

(17)

Como a •p o B s i b i l i d a d e de um a d j e t i v o o c o r r e r ajotes do nome parece não o f e r e c e r q u a lq u e r d i f i c u l d a d e ao f a l a n t e na­ tiv o de p o r t u g u ê s de q u a lq u er d i a l e t o e o c i a l , a cred itam os que existem p r i n c í p i o s que o orientem a este r e s p e i t o , E s s e s p r i n ­ c í p io s devem f a z e r parte da orgariização i n t e r n a de sua* l í n g u a e independem de uma d i s c i p l i n a g r a m a t ic a l imposta p o r a u l a s de língua p o r t u g u e s a . Q u a is sao e s s e s p r r n c í p i o s ? Como e le s atuam? Serão estas as in d a g a ç õ e s p r i n c i p a i s a que procuraremos r e s p o n ­ der i

Além d e s ta intro d uç ã o e da c o n c l u s ã o , o tr ab a lh o consta de c in c o c a p í t u l o s :

No c a p í t u l o I fa zem o s prime ir* amente recen são das l i ç õ e s de n o s s a s gram áticas t r a d i c i o n a i s sobre o- a s s u n t o , de - p o is tentamos dar ao problema uma abordagem e s t r u t u r a l i s t a nos moldes do e s t r U t u r a lis m o ta x io n ô m ic o ; N e s s e s e n fo q u e s mostra. - mos as d i f i c u l d a d e s a p r e s e n t a d a s por um e outro t i p o de t r a t a ­ mento ( o da gramática t r a d i c i o n a l e o do e s t r u t u r a l is m o taxio- n o m ico ), j u s t i f i c a n d o a procura de solução numa abordagem de o- r i e n t a ç i o g e r a t i v a t r a n s f o r m a c i o n a l .

Ho c a p í t u l o I I apresentam os os p r i n c i p a i s p o s t u l a ­ dos da t e o r i a g e r a t iv a t r a n s f o r m a c io n a l p a d r ã o , sob cuja o r i e n ­ tação desenvolverem os o t r a b a l h o ,

wos c a p í t u l o s I I I , 1 7 e 7 desenv olv em o s as h i p ó t e ­ s e s ,

B

procura da melhor s i s t e m a t i z a ç a o sobre a o c o r rê n c ia do a d je t i v o em p-osiçao pré- n om in al,

0 c a p ít u l o I I I des en v o lv e a p r i m e i r a h i p ó t e s e : a p o s s i b i l i d a d e de h a v e r um traço l e x i c a l que p erm ite ou blo q ueia a ocorrência do a d j e t i v o a n te s do nome;

0 c a p í t u lo l Y des en v o lv e a segunda h i p ó t e s e : a e s ­ trutura p ro fu n d a da f r a s e que contém o a d j e t i v o pode ser a r e s ­ ponsável p e la p o s s i b i l i d a d e de sua o c o r r ê n c i a pre- nom inal,

0 c a p í t u l o V d e s e n v o lv e a t e r c e i r a h i p ó t e s e , que con siste numa combinaçao das d u a s p r i m e i r a e e na a p r e c ia ç ã o

de

è

p o s s i b i l i d a d e de a n te p o s iç a o de a d j e t i v o s que tem complemento na estrutura p r o f u n d a . 0 c a p í t u l o

V

t r a t a a in d a de a lg un s nro-

blemas r e l a c i o n a d o s com o da p o siç ã o do a d j e t i v o e de p o s s í v e i s a p lic a ç õ e s do t r a b a l h o .

(18)

CAPITULO I - A GRAI.IÁTICA TRADICIONAL E 0 ESTRUTüRALISMO.

A-oresentamos neste c a p ít u lo a abordagem f e i t a , por nossas gram áticas t r a d i c i o n a i s e p e l o s e s t u d i o s o s e s t r u t u r a l i s t a s a r e s p e i t o da p o siçã o do a d j e t i v o como a d j u n t o adnoini - nali

l ; l - A Gramática T r a d i c i o n a l

Consultam os v á r i o s compêndios de e s t u d i o s o s da-língua p o r t u g u e s a , da chamada gramática t r a d i c i o n a l ,

a

p rocura de ensinamentos sobre o assunto que nos preocupa." . Os a u to r e s nos quais encontramos observações mais p r e c i s a s sobre a p o s i - ção do a d j e t i v o f o r a m : Antenor F a s c e n t e s ^ ^ ^ C a r l o s H e n r iq u e da Rocha L i m a ^ ^ ^ , Celso Cunlaa^^\ Eduardo C a r lo s P e r e i r a . ^ , Sv an ild o B e c h a r a ^ ^ \ P r a n c i s o da S i l v e i r a Bueno.^^"', J ú l i o R i

-/ \ f 8 )

beiro , G la d s to n e Chaves de K e l l o , JeronjTuo S o a r e s B arbo ­ sa Manoel de R o d r ig u e s L a p a ^ '^ ^ ^ I.íanoèl de S a i d A l i ^ “ ^ ' ,

f 1 2 )

ITapoleao de Alm eida .

Podemos der^reender algujiias normas g e r a i s a-oresen - tsdas por e s t e s gram áticos a r e s p e it o da a n t e p o s i o ã o do a dje - t i v o :

l , l ; l - S e n t i d o r e a l , m a t e r i a l / S e n t i d o figujrado, imate- r i a l

Pa ra S i l v e i r a Bueno, os a d j e t i v o s q u a l i f i c a t i v o s , quando empregados em seu se ntid o r e a l , " m a t e r i a l " , c:evem es ta r depois do s u b s t a n t i v o ; quando empregados em s e n t id o , f i g u r a d o -, e s p i r i t u a l ou m o r e i , devem, prece d er o nome,

0 autor nao d e ix a claro o que entende por se ntido m a t e r i a l , mjas a j u l g a r -oelos exemplos dados riode-se en ten der por t a is a d j e t i v o s os oue ex-ressam q u a l i d a d e s que po-dem ser r:ercebidas iieloE s e n t i d o s ;

(19)

A gerseralizacão p r e t e n d i d a p e l o autor nao pcrece ser corcprovada p e l o s f a t o s . 0 que a c o n te c e

é.

ujua l i b e r d a d e ma- i c r de que d esfrutam os a d j e t i v o s quando empregados em sentido f i g u r a d o : os a d j e t i v o s empregados em s e n t i d o figu.rado podem e não devem antepor-se ao s u b s t a n t i v o . Encontram os a todo passo

exemplos de a d j e t i v o s com sentiido m a t e r i a l p recedendo o subs - ta n t iv o e de a d .jetivos com s e n t i d o e s p i r i t u a l d e p o i s do subs — t a n t i v o :

1 9 i a ; Os v e r d e s m orros, as g ra n d es c a s a s , f r i a s c a s c a ­ t a s .

2 0 ; a i Um gosto i n o c e n t e , p a p a g a i o s c iu m e n t o s , simpatia p o d e r o s a ;

Se o f a l a n t e se d i s p u s e r a s e g u i r como norma o que

0

autor p r e c e i t u a , estará se a r r i s c a n d o a dar a sua linguagem ujaa r i g i d e z que não lhe

ê

p r ó p r i a e , o que é p i o r , poderá c r i ­ ar f r a s e s a g r a m a t i c a i s , como:

2 1 . a , A moral p a r t e .

Outros a u t o r e s ^ ^ ^ ^ também propõem como re sp o nsá - v e i s p e la a n t e p o s iç a o ou p o s p o s iç a o o f a t o de o a d j e t i v o estar eB:pregado em s e n t i d o f i g u r a d o ou o f a t o de ele i n d i c a r aspec - tos e x t e r io r e s d os s e r e s , porém sem o dogmatismo de S i l v e i r a Bueno; dizem s e r uma t e n d e n c i a ; IJo entanto há casos em que nos defrontamos com v e r d a d e i r a s p r o i b i ç õ e s de a n te p o r o a d j e t i v o , como na fr a s e 7 , b , :

^ 7 . b . A b r a s i l e i r a b a n d e ir a vinha è f r e n t e do batalhão.

l , i ; 2 - A entonaçao e a im p o rtâ n c ia da inform ação

S a i d A l i su bo rdin a a p o s iç ã o do a d j e t i v o à entoná— çao o r a cio n a l do p o r t u g u ê s ; Como o p o r t u g u ê s

é

ujna l í n g u a de ritm.o a s c e n d e n t e , deve-se e n u n c i a r p r i m e ir o o termo menos im. - p ortan te e d e p o i s , com acentuação s a i s f o r t e , s informação no­ va e de r e l e v a n c i a para o o u v i n t e . Por esse m o t i v o , a nosição do a d j e t i v o em linguagem u sual depende de ele t r a z e r ou não una i n f o

2

TTjaçao n o v a : Em s e r v i r -se de doce aciScar o a d j e t i v o o- ccrre anteposto porque é d e c o r a t i v o , vem a cen a s r e c o r d a r ao

(20)

ouvinte 8 q u a lid a d e e s s e n c i a l do a ç ú c a r ; por is s o não se deve d i z e r s e r v i r -se de acúcar d o c e , p o i s s e r i a pleonasm o.

Usa-se o a d j e t i v o p o sp o sto ao s u b s t a n t i v o , ou como •i n f ormação nova para o o u v i n t e , ou como delijuitaçao do se n tid o vago do s u b s t a n t i v o ; Os exemplos são de S a i d A l i :

" T r a z i a uma arg ola no braço e s q u e r d o " . "T in h a os ca b elo s c o m p r i d o s " .

Tentaremos c o n c i l i a r este c r i t é r i o com o que será a-oresentado em 1 , 1 ;4 ^

l , l ; 3 - O b je t iv id a d e / S u b j e t i v i d a d e

P a ra Celso Cunha, sendo o a d j e t i v o um termo aces - síSrio, de acordo com a seqüência p r o g r e s s i v a do enunciado 1<?- g i c o , vindo d e p o is do s u b s t a n t i v o p o s s u i v a l o r o b j e t i v o : d ia t r i s t e , homem bom, camT30S f l o r i d o s ; v in d o a n te s do su b s t a n t iv o assume,um v a l o r s u b j e t i v o : t r i s t e d i a , bom homem, f l o r i d o s campos;

Sobre alguns a d j e t i v o s Celso Cunha tr a z uma o b s e r ­ vação que, embora não tenha sid o u t i l i z a d a por ele para foca - l i s a r este probléma de p o s i ç ã o , nos p a r e c e i n t e r e s s a n t e t r a n s ­ crever a q u i :

"Por v e z e s o a d j e t i v o marca aDsnas uma relação de tempo, de e s p a ç o , de m a t é r i a , de f i n a l i d a d e , de p ro p riedadej de p r o c e d ê n c i a , e t c , Assimj^ em "i:iota m e n s a l " , "c a s a p a t e r n a " , "perfum e _^frances", r e la ~

cionamos as noçoes de " n o t a " e "m ê s" (nota r e l a t i v a ao m e s ) , de " c a s a " e " p a i s " ( c a s a onde habitam os p a i s ) e de "p e r fu m e " e " P r s n ç a " (perfum e_p ro c eden te da P r a n ç a ) ; De r e g r a , e s s e s a d j e t i v o s nao admitem graus de i n t e n s i d a d e ü m a nota não pode ser mais m e n s a l, nem^uma casa m uito p a t e r n a , nem um perfume muito f r a n c ê s " , ( 1 4 )

Transcrevemos a q u i e s ta Dsssagem porque no desen - volvimento deste trabalho nos preocuparem os com a d i s t i n ç ã o

entre a d je t i v o s que admitem a i d é i a de grau e ^

3

_^ietivos oue nao c admitem, relaciorxando-a com a p o siç ã o do a d j e t i v o ;

Pocba Lima d i z que o a d j e t i v o meramente d e s c r i t i v o pospce-se ao s u b s t a n t i v o : honem g o r d o « 1 iv r o .grosso, ág;ua su - ■ia. A anteposição do a d j e t i v o se v e r i f i c a quando se pretende r e a l ç a r o su b stan tivo por meio de uma q u a l i d a d e sobre a qual

(21)

se quer chamar a. a t e n ç ã o . Cita ív;attoso Camara J á n i o r :

*’á p r e f e r i d a (a a n t e p o s i ç ã o ) com a d j e t i v o s que er^priinem q u a l i d a d e s m o ra is ou f í s i c a s , d i g n a s de adffiiração ou d esprezo ( b e l o , bom, e t c ; , mormente em f r a s e s e x c l a m a t i v a s : "P e d r o

ê

um bom menino*', '* Que

b e la p a i s a g e m ! " ” Que m esquinha v i n g a n ç a í " ( 1 5 )

A n te n o r N as cen tes também d i z que o a d j e t i v o pos - posto d i s t i n g u e p e l a ra zã o uje o b je to de o u t r o , enquanto o ad - j e t i v o anteposto a t r i b u i uma q u a li d a d e ao s u b s t a n t i v o sob o império do s e n t im e n t o ;

R o d r i g u e s lâpa d i z r

"Podemos tjois desde já e n u n c i a r esta r e g r a de e s t i l o p o rtu g u ê s r quando o a d j e t i v o está logo de p o i s do s u b s t a n t i v o , ten de a p e r d e r o p r ó p r i o v a lo r e a d q u i r i r um se n tid o a f e t i v o ; A s s i m , "uma r a p a r i g a b e l a " pode não s e r "uma b ela r a p a r i ç a " , porque a p r i m e i r a se d i s t i n g u e p e l a b e le z a f í s i c a , a segunda p e l a b e le z a m o r a l " , ( l 5 )

R o d r ig u e s Lapa mostra a oposição entre a anteposi- ção do a d j e t i v o , prí5pria do p o e t a , e a p o s p o s i ç i o , que resulta. da observaçao e x a ta b im p a s s ív e l do homem comum, A s u b j e t i v i - dade da ex p re s sã o

é

que e x p l i c a o motivo de " n a s exclam ações , nas c r is e s de a f e t i v i d a d e , em que se exprime a ad m iraç ão, o e x t a s e , a m ágoa, e t c , c a d j e t i v o se c o l o c a r , por v ia de re - g r a , antes, do s u b s t a n t i v o . E x e m p lo s : " L i n d a f l o r i " " B e l a ra - p a r i g a l " "S o b e r b o e s p e t á c u l o í " ‘ " T r i s t e v i d a í " ( 1 7 )

0 mesmo autor d i z ainda que o a d j e t i v o anteposto serve para e x p r i m i r q u a l i d a d e s p r i m i t i v a s , geralm ente consa g r a d a s : grave a c i d e n t e , -Drüãente r e s e r v a , sabio D r o í e s s o r » etc,

Snbora se reconheça intuiti\"amente uma s u b j e t i v i - dade maior na a n t e p o s i ç a o do a d j e t i v o ,

é

um c r i t á r i o bastante vago para poder ser tomado como r e g r a ; Alám d i s s o ,

é

p r e c i s o nao esquecer que e x iste m o u tro s r e c u r s o s para i n d i c a r a s u b je ­ t iv id a d e da e x p r e s s ã o , conservando o a d j e t i v o p o s p o s t o . como o prolongamento da s í l a b a t ô n i c a , por ex e m p le : Çuge v in g a n ç a mes- q u i i i i i n h a i

0 f a t o parece ser d e i x a d o , p o r t a n t o , ao domínio da e s t i l í s t i c a ,

Como o problema da p o s iç ã o do a d j e t i v o nao parece ser apenas e s t i l í s t i c o , mas g ra m a õ ic al m u i t a s v e z e s , a. ot>osi - çao entre o b j e t i v i d a d e e s u b j e t i v i d a d e não e x n l i c a todos os

(22)

casos de p o sp o siçã o e a n teposição ;

A d j e t i v o s r e s t r i t i v o s / A d j e t i v o s e x p l i c a t i v o s

A l g u n s auto res usam e c l a s e i f i c a ç a o de a d j e t i v o s em r e s t r i t i v o s e e:?q5licativos para- abo rdar o problema da p o s i ­ ção que o a d j e t i v o deve ocupar

na

locução n o m in a l, A primeira- explicação que encontramos para t a l c l a s s i f i c a ç a o f o i na Gra- - matica P h i lo s o p i ii c a , de So a res B a r b o s a .

-E x p l i c a t i v o ~ é o a d j e t i v o que desenv o lv e uma. i d é i a e s s e n c i a l do s u b s t a n t i v o , já i n c l u í d a na i d é i a do mesmo: Homem r a c i o n a l ; líão a c r e s c e n t a à s i g n i f i c a ç a o de seu su bstan -

tivo i d é ia alguma n o va , apenas desenv o lv e a que o s u b s t a n t i v o contém em sua n o ção, a in da que co n fu sa m ente;

R e s t r i t i v o - é o a d j e t i v o que a junta' à i d é i a do su bstantivo uma q u a lid ad e a c i d e n t a l que a mesma i d é i a não com­ p reen dia e por i s s o a l i m i t a e r e d u z a uma c l a s s e m enor; o a u ­ tor compara homens ra z o a d o s com homens r a c i o n a i s ; Os r e s t r i t i ­ vos acrescentam ao s u b s t a n t iv o uma i d é i a n o v a , nao compreendi-

áa na sua s i g n i f i c a ç ã o , p e la qual f i c a r e s t r i n g i d a a ujn ndmero menor de i n d i v í d u o s . Compara Deus é .justo ( e x p l i c a t i v o ) com hcmene j u s t o s ( r e s t r i t i v o ) » A e s te r e s p e i t o f a z ain d a as se - g u in t e s c o n s i d e r a ç õ e s :

a) Os a d j e t i v o s que m odificam nomes p r ó p r io s j ou já i n d i v id u a d o s por d e t e r m in a t i v o s p e s s o a i s . e d em o n strativ o s , nunca podem ser r e s t r i t i v o s ; sao sempre e x p l i c a t i v o s de alguma qualidade e x i s t e n t e nos mesmos i n d i v í d u o s ; For exem plo : Deus .1 usto casti.5:a os í m u i o s ; Esta t e r r a , oue habitam os ^ é. r e d o n d a ;.

b) 0 a d j e t i v o aposto a um nome e q ü iv a le a uma o ra ­ ção r e l a t i v a ou e x p l i c a t i v a , ou r e s t r i t i v a ; quando e l e é ex p l i c a t i v o , pode-se r e s o l v e r por uma p ro p o siçã o com a c a u sa i T>orgue; quando é r e s t r i t i v o pode-se r e s o l v e r oor outra propo -

s i ç a o , porém com as c o n ju nç õ es r e s t r i t i v a s n u a n d o :. Deus ju sto c a s t ig a os maus - D e u s , -porpue

é

i u s t o , c a s t ig a os mau_s, 0 homem .1 usto dá a_ cada um o cue _é seu - 0 homem, quando

é

i u s t o « dá

e

cada um

o

que é s e u .

(23)

I O

c) 0 a d je t i v o e x p l i c a t i v o , ou a prop osição em que se r e s o l v e , pode ser t i r a d o ds oração seiD p r e j u í z o de sua v e r ­ d a d e . 0 a d j e t i v o r e s t r i t i v o não pode ser t i r a d o : Deus c a s t ig a os m aus, mas nao 0 homem dá

a

cada um o que _£ s e u ,

d) Quanio à p o siç ã o do a d j e t i v o , d i a o s e g u in t e : os a d j e t i v o s e x p l i c a t i v o s podem o c o r re r a n tes ou d e p o is dos s u b s t a n t i v o s , enquanto os r e s t r i t i v o s devem ocorrer d e p o is do s u b s t a n t i v o , p o i s a r e s t r i ç ã o supoe d ^ a n t e s a c o isa que se -restringe, Posso d i z e r £ r i c o LtSculo. Li5culo o r i c o ,

a

i n c o n s ­

tan te fo rt u n a ou ^ f o r t u n a i n c o n s t a n t e , p o i s os a d j e t i v o s ' r i ­ co e ' i n c o n s t a n t e -- sao e x p l i c a t i v o s n e s s a s f r a s e s ; Ocorrendo antes do nome o a d j e t i v o , o s u b s t a n t i v o será tomado em um sen ­ tido i n d i v i d u a l ; Em _o homem r i c o entendemos todo homem que

é

r i c o ; em o r i c o homem entendemos que se t r a t a da- um certo h o ­ mem r i c o ;

Em Eduardo C a r lo s P e r e i r a encontramos a mesma c l a s s i f i c a ç ã o de a d j e t i v o s de Soares Barbosa usada para e x p l i ­ car a posição do a d j e t i v o na locução n o m i n a l ; D i z que o a dje - tiv o e x p l i c a t i v o i n d i c a uma q u a l i d a d e já i n t r í n s e c a , p r ó p r i a , inerentem ente e x i s t e n t e no s u b s t a n t i v o : -pedra d u r a , brasa

o u e n t e . neve b r a n c a , 0 a d j e t i v o r e s t r i t i v o m enciona q u a lid a d e que pode e x i s t i r ou d e i x a r de e x i s t i r no s u b s t a n t i v o : homem b ra n c o , homem bom^ e t c . Segnando o auto r há ujna t e n d ê n c ia de se colocar o a d j e t i v o a n t e s , se ele f o r e x p l i c a t i v o e d ep o is , se ele fo r r e s t r i t i v o ;

A d i s t i n ç ã o en tre a d j e t i v o s r e s t r i t i v o s e a d j e t i ~ vos e x p l i c a t i v o s

é

v a l i o s a , mas não p a r e c e m uito c l a r a a d i f e ­ rença entre e l e s . Os exemplos dados são sempre d e c l a r a ç õ e s de verdades o n t o l ó g i c a s : Deus £ .justo, A Terra é r e d o n d a . É ne cessário se p a ra r e s s e s exem plo s, em que a q u a l i d a d e ex p r e s s a p e l o a d j e t i v o

é

i n e r e n t e ao s e r nomeado p e l o s u b s t a n t i v o , de outros exemplos de a d j e t i v o s e x p l i c a t i v o s em que esta e n v o l v i ­ do um conhecimento a n t e r i o r por p a r te dos i n t e r l o c u t o r e s de que a q u s liá a c e ex p res sa p e l o a d j e t i v o u e r t e n c e ao ser cue o su b sta n tiv o n om eia . A l i á s , o p r ó p r io S o a res Barbosa nos dá um exemplo d i s s o quando c o n s i d e r a como e x p l i c a t i v o o a d j e t i v o r i ­ ço em o r i c o homem porque se entende como certo homem r i c o , enquanto c o n s id e r a r i c o r e s t r i t i v o em o homem r i c o -oorque aí

(24)

1 1

ee entende como todo homem pue á r i c o . O r a , nao sendo a i d é i a de riquesB e s s e n c i a l à i d á i a de homem, o a d j e t i v o r i c o nao p o ­ d e r i a ser e x p l i c a t i v o ee apenas se c o n s id e r a s s e m p ara t a l c l a s s i f i c a ç ã o c o n c e i t o s o n t o l ó g i c o s , 0 que se entende desse e- xemulo é que nao é o con ceito o n t o l ó g ic o de homem que está

en vo lvido e sim o conhecimento que o f a l a n t e tem de certo ho - mem e de sua r i q u e z a .

Observando as c o n s id e r a ç o e s sobre a oposição entre a d j e t i v o s r e s t r i t i v o s e e x p l i c a t i v o s , podemos chegar às se - g u i n t e s c o n c l u s õ e s :

1- 0 a d j e t i v o não

é

r e s t r i t i v o ou e x p l i c a t i v o em s i mesmo, mas na f r a s e , dependendo d.o s u b s t a n t i v o que ele a- companha, p o i s essa c l a s s i f i c a ç ã o envolve ou a i n e r ê n c i a da; q u a lid ad e a t r i b u í d a p e l o a d j e t i v o ao s u b s t a n t i v o , ou o conhe - cimento que o f a l a n t e tem de determ inado ser como p o ssu in d o ou não t a l q u a l i d a d e . Conpare-se o a d j e t i v o ju s t o em homem ju s t o e j u s t o ; •

2- Podemos c o n c i l i a r o c r i t é r i o 1 , 1 ; 4 com o c r i t é ­ r i o 1 . 1 ; 2 sobre; o problema da p o s iç ã o do a d j e t i v o : -0 a d j e t i v o r e s t r i t i v o é o que t r a z informação nova e de r e l e v â n c i a para o o u v i n t e ; p o r t a n t o , deve v i r d e p o is do s u b s t a n t i v o , 0 a d j e t i v o e x p l i c a t i v o t r a z uma q u a lid a d e que já é c o n h e c id a como sendo do ser nomeado p e lo s u b s t a n t i v o . A d i f e r e n ç a e n t r e 1 , 1 . 2 e 1 , 1 . 4 é que o p rim e ir o f o c a l i z a o asp ecto p s i c o l ó g i c o ds comu- n ic ac ã o j enquanto c segundo f o c a l i z a o a sp e c t o l ó g i c o da l í n - g u a .

3- Soares Barbosa mostra e c u i v a l e n c i a entre a dje - t i v o s r e s t r i t i v o s e a d j e t i v o s e x p l i c a t i v o s e o ra çõ es r e s t r i t i ­ v a s e e x p l i c a t i v a s , Essa e q u i v a l e n c i a será abordada no desen - volvimento d e s t e t r a b a l h o , quando se p ro cu ra rá m o strar uma p o s s í v e l v a l i d a d e da d i s t i n ç ã o entre a d j e t i v o s r e s t r i t i v o s e e x p l i c a t i v o s para j u s t i f i c a r a sua p o s iç ã o a n t e s ou d e c o i s do s u b s t a n t i v o ;

1 . 1 , 5 - Casos p a r ú i c u l a r e s de colocação áo a d j e t i v o

(25)

1

?

posição do a d j e t i v o , há a i n d a v á r i o s caso s p a r t i c u l a r e s de ar:- teposição ou posposição de que tratam quase todos os a utores c o n s u lta d o s : ( 1 8 )

Pospoem-se r

e- Os a d j e t i v o s que tem complemento: Ensinam entos ú t e i - S ^ m ocidade,

b- Os a d j e t i v o s que in d ic a m c a r a c t e r í s t i c a s muito s a l i e n t e s do su bsta n tivo como f o r m a , c o r , dimensão e estado : Mese r e d o n d a , r a p a z a l t o , c r i a n ç a a n ê m ic a , cabelos c a s t a n h o s ;

c- Os a d j e t i v o s g e n t í l i c o s : t e r r a b r a s i l e i r a ;

d~ Os a d j e t i v o s d e r i v a d o s de nomes p r d p r i o s : A obra m achadiana;

e- Os a d j e t i v o s que in d ic a m uma c a t e g o r ia numa es- p e c ie desáignada p e lo s u b s t a n t i v o : a v e n id a a s f a l t a d a ,

água--

m i ­ n e r a l , deputado f e d e r a l ;

f- Alguns a d j e t i v o s , de acordo com o u s o : mão d i ­ r e i t a , c6digo c i v i l , de-putado f e d e r a l .

g— Os a d j e t i v o s que formam nomes compostos: c i r a r - g ie o - á e n t is ta , c a r t s -e x p r e s s a , c a r n e -s e c a ;

An.tepoem-se:

a— Os a d j e t i v o s que acc-zipanhain nome prcSprio: 0 crande Gaaoes. Porám, quando se q uer s a l i e n t a r o a t r i b u t o , p o ­ de-se pospor o a d j e t i v o , v in d o geralm ente acompanhado de a rti- g o : A l e x a n d r e , o G ra n de

\

P e l i n e ^ o P e l o ; Carlos E e g n o ,

b- Alguns a d j e t i v o s , de acordo com o u so : a lt o co­ m é r c io , alto £ baixo e s p i r i t i s m o , g je n d e e peaueno c i r u r g i ã o ,

extrema-uncão;

c- Os s u p e r l a t i v o s r e l a t i v o s : _o m e l h o r ,

o_

p i o r , o^ m e n o r ; .

d- Os a d j e t i v o s m e r o , meio

e- Certos a d j e t i v o s m o n o s s i l á b i c o s que formam com o substantivo exp ressões e q u i v a l e n t e s a s u b s t a n t i v o : bom d i a , má h o ra .

Obser%'acoes ouanto

a esses

caso s p a r t i c u l a r e s

1- Quanto

a

p o s p o s io a o doe a d j e t i v o s aue têm com - /

(26)

13

esta expresso na f r a s e , enibcra se saiba que o a d j e t i v o o admi­ t e , podemos t e r a a n t e p o s i ç a o :

-12,3-. Ouvimos os líteis ensinarnentosi

2- 0 caso £ de p o s p o s iç a o pode-se e n q ua dra r no ca- so e de p o s p o s i ç a o . Porém , qual o motivo de não se c o n s i d e r a r certos a d j e t i v o s como f e i o , i n t e l i g e n t e , d e s ig n a n d o c a t e g o r i a s de uma e-spécie, em f r a s e s como:

1 3 , a . M en in o s f e i o s , a lu n o s i n t e l i g e n t e s ;

3- Quanto ao caso d de p o s p o s i ç a o :

só é

v e r d a d e i r o quando o a d j e t i v o se r e f e r e d ireta m en te ao nome p r ó p r i o e. não todas as v e z e s que f o r d e r iv a d o de nome p r ó p r i o , p o i s os nomes p ró p rio s podem dar origem a a d j e t i v o s que passam a d e s i g n a r c er ta s q u a l i d a d e s q u e , com o p a s s a r do tempo, podem até t e r a- pagada a sua m otivação no nome p ró p rio que lh e deu o rigem ;

Comparemos 1 4 ; a ; e 1 5 ; a . ,

1 4 , a ; 0 poema camoniano = . " 0 poema de Camões"

1 5 , a ; Os o p e r á r io s a s s i s t i r a m a n g u s t ia d o s às d a n t en ca s c e n a s ,

4- Quanto à j u s t i f i c a t i v a do u s o : é p r e c i s o serse - r a r os exemplos em que reálm ente o h a b i t o determ ina a posição pré-nominal ou pós-no.minal, mas que admitem também a outra

construção (po r exem plo: e s p i r i t i s m o a l t o , -pensador l i v r e , e t c ) dcs exemplos em que o uso simplesmente re p ete a r e g r a , não sendo p o s s í v e l a outra construção (por exem plo : mao d i r e i t a . código c i v i l , deputado f e d e r a l , e t c , ) 0 mesno se observe nos casos ^ e £ de a n t e p o s iç a o e £ de p o s p o s i ç a o ;

5- Quanto è a n t e p o s iç a o com nomes p r ó p r i o s : convém notar que o caso parece ser mais complexo, p o i s os a u to r es a d ­ mitem a p o sp o siç a o também, quando se quer s a l i e n t a r o a t r i b u t o , mas nesse caso tam*bém se pospõe ao s u b s t a n t i v o p r ó p r io o a r t i ­

g o ; Sendo um comportamento d i f e r e n t e do da s im p le s p'Osposição que se y e r i f i c a comi outros nomes, é p r e c i s o buscar uma outra e x p lic a ç a o para esses c a s o s , o que tentarem os f a z e r no desen - volvimento d e s t e t r a b a l h o .

(27)

1 . 1 , 6 - Um su b sta n tiv o e m a is de um a d j e t i v o

A i M a com r e s p e i t o à p o s i ç ã o do a d j e t i v o no grupo n o m in a l, procuramos nas g ram áticas o b se rv a ç õ e s sobre os casos em que um s u b s t a n t iv o

é

acompanhado por m a is de um a d j e t i v o e

s<5 em Eduardo C a r lo s P e r e i r a

é

que encontramos a- s e g u i n t e n o r­

ma :

- " D o i s a d j e t i v o B _ r s f e r e n t e s e um s u b s ta n tiv o admitem a i n t e r c a l a ç ã o do s u b s t a n t i v o , quando um de­ l e s forma com o s u b s t a n t i v o um grupo n o m in a l, sobre o q u a l r e c a i ou pode r e c a i r a m o d if i c a ç ã o do outroi Por exemplor

•'Ilíistre e s c r i t o r p o r t u g u ê s ” = i l u s t r e + es - c r l t o r p o r t u g u ê s ,

"Formoso cavalo t o r d i l h o " = formoso + cavalo t o r d i l h o ,

" V a l e n t e s so ld a d o s b r a s i l e i r o s * ', " b e l a másica i t a l i a n a , ’ " s á b i a s l e i s m a n u e l i n a s " ;

"A in t e r c a la ç ã o n e s s a s f r a s e s

é

de r i g o r . e b

6

d e i x a de ser quando a^ m o d i f i c a ç ã o do outro a d je t i v o pode d e i x a r de r e c a i r sobre o g r u p o :

"A

larga senda d o l o r o s a " ou "A senda larga: e d o lo ro sa *'.

"A bela cancão -oopular ou " A cançao bela e no- p u l a r " . ( 1 9 )

Yemos que não há m u ita c l a r e z a ne exposição do au­ t o r : 0 que s ig riific a "um grupo n om inal sobre o qual pode r e c a ­ i r a s i g n i f i c a ç ã o do outro a d j e t i v o " ? P e l o s exemplos da d o s, qualq uer d o s , a d j e t i v o s p oderia form a r com-o s u b s t a n t i v o o gru ­ po nominal e , de acordo com

a

r e g r a , q ua lq uer um d e l e s p od eria

se antepor ac s u b s t a n t i v o , o que não

é

v e r d a d e :

* l b , a . P o rtu guê s e s c r i t o r i l u s t r e , t o r d i l h o cavalo f o r ­ moso, i t a l i a n a m ásica b e l a , m a n u e lin a s l e i s sá^ -

b i a s ,

Além d i s s o , parece nao h a v e r o r i g o r que o autor p rete nde na i n t e r c a l a ç ã o do s u b s t a n t i v o , sendo tambám a c e it a - v e i s e g r a m a t ic a is as c o n s t r u ç õ e s :

1 7 »a. E s c r i t o r portu g uês i l u s t r e , cavalo t o r d i l h o f o r ­ moso, música i t a l i a n a b e l a , l e i s m a n u e l in a s sa -

b i a s ;

lícssos gramáticos se preo cu p aram , como vemos, com o problema da posição ao a d j e t i v o como a d ju n to adnominal e oro- curaram a n r e s e n t a r re.srras de c a r a t e r norm-ativo a esse r e s n e i t o .

(28)

15

E n tr e ta n to , a p e sa r de lauitas o bse rv aç õ es i n t e r e s s a n t e s , as so­ luções a p r e se n ta d a s nao s a t i s fa z e m por serem p a r c i a i s ou pou­ co c l a r a s ; Ivão acreditam os que um f a l a n t e possa se s e r v i r ex - clusivam ente d e l a s para se o r i e n t a r quanto ao problema da po - sição do a d j e t i v o . Parecem-nos m ais f o r t e s as co lo c a ç õ e s f e i - t a s em 1 . 1 , 2 e 1 . 1 . 4 , j é tendo sido r e f u t a d a s com exemplos con­ t r á r i o s as c o lo ca çõ es f e i t a s em 1 . 1 , 1 e l . l ; 3 . Deixam os para d i s c u t i r agora 1 . 1 ; 2 e 1 . 1 , 4 » que no fundo tem o mesmo s e n t i d o , e. alguns a sp ecto s de 1 , 1 . 5 .

Dizem os que 1 . 1 . 2 e l . l ; 4 tem o mesmo s e n t id o p o r ­ que e x p l i c a t i v o s e r i a o a d j e t i v o que nao t r a z in fo m ia ç a o novaa e por este m otivo pode o co rrer anteposto ao s u b s t a n t i v o ;

é

r e s t r i t i v o o a d j e t i v o que d e l i m i t a o s i g n i f i c a d o g e r a l do subs- tajitivo a uma c la ss e d e l e , t r a z e n d o p o rta n to uma informação ■ no va.

Já abordamos o problema de só se saber se o a d je - tivo é e x p l i c a t i v o ou n a o , se t r a z ou nao i n f o r m a ç ã o .no va, na- f r a s e i a q u a lid a d e é ou nao é i n e r e n t e a. deter m in a d o s su bsta n ­ t i v o s ; o conhecimento dos se re s nomeados p e l o s u b s t a n t i v o é que pode t o r n a r um a d j e t i v o e x p l i c a t i v o ;

Há a d j e t i v o s q u e, embora^-: sejam e x p l i c a t i v o s , nao podem v i r a n t e p o s t o s ; Veja-se a

frase:-* 1 8 , a . E ste b r a s i l e i r o cavalo ganhou a c o r r i d a ,

Se considerarm os especialrcente o f a t o de o a d j e t i ­ vo t r a z e r ou d e i x a r de t r a z e r informação n o va , veremos cue ele nao e x p lic a a a g r a m a t ic a l i c a d e da a n te p o s iç ã o do a d j e t i v o ng fr a s e 19 ;b ., :

I S ^ a , Compramos v e s t i d o s b o n it o s e v e s t i d o s f e i o s ; Os v e s t i d o s f e i o s nos revendem os;

^ 1 9 , b; Compramos v e s t i d o s b o n it o s e v e s t i d o s f e i o s ; Os f e i o s v e s t i d o s nós revendem os.

inform açao nova n a rece não e x i s t i r em - * w ,

1 5 , a , : de acordo com S oa res B a r b o s a , em 1 8 . a . o a d j e t i v o bra— s i l e i r o e e x p l i c a t i v o , p o i s o s i g n i f i c a d o de cavalo j á está r e s t r i n g i d o p elo dem onstrativo e s t e . E n t r e t a n t o , em nenhuma das duas f r a s e s é p o s s í v e l a a n t e p o s i ç ã o .

(29)

l6

sição do a d n e t i v o : Já obssi^^-aaos e n e c e s s i d a d e de se v e r q uan­ do o uso apenss r e t r a t a ujr;a p r e f e r ê n c i a c o n s a g r a d a , sendo a outra construção também a d m i s s í v e l ,

1-

p r e c i s o c o n v i r , porém , oue existem realm ente a lg u n s poucos a d j e t i v o s que tem a sua p osição f i x a d a p e l o u s o , es p e c ia lm e n te a q u e le s que têm s i g n i - f i c a d o d iv e r s o conforme estejain a n t e p o s t o s ou. p o sp o sto s ao s u b s t a n t iv o , como r n o b r e , £ r a n ^ s s i a n l e s , e t c .

2 0 , a , João

é

um homem p o b r e , 2 0 , b ; João é um pobre homem; 2 1 , a ; João

é

ujn grande j o g a d o r ; 2 1 ; b , João e ujn jo g a d o r g r a n d e ,

2 2 ';a ; Joao

é

um sim ples funcionário'^ 2 2 ; b ; João e um f ü n c i o n á r i o s i m p l e s ;

3ÍC desenvolvim ento d e s te t r a b a l h o veremos como a. colocação f e i t a sobre a d j e t i v o s r e s t r i t i v o s e e x p l i c a t i v o s se~i

apro veitada numa abordagem g e r a t i v a t r a n s f o r m a c i o n a l ;

l ; 2 - 0 E s t r u t u r a l i s a o

são poucos os t r a b a l h o s de que dispomos de aborda­ gem estrutüjTslista sobre o p o r t u g u ê s . Dos a u t o r e s c o n su lta d o s denreendeaos es observaçoes que apresentam os a s e g u i r ,

K a t t o s o Cãnara nao chega a t r a t a r do problema s i n ­ tá tico em seu l i v r o e s p e c í f i c o sobre a e s t r u t u r a da- lín gu a portu g uesa. lío verbete C o n s t i t u i n t e s de seu D i c i o n á r i o de ?'i - l o l o g i a e Gramática chama a aten çao p ara a d i f e r e n ç a entre

vsia

sequencia de coordenaçao de d o i s ou m ais a d j e t i v o s e uma se - cuencis de a d j e t i v o s em ordem s u c e s s i v a :

_^"Ã s v e z e s , d o i s ou m ais a d j e t i v o s nao sao uma se q ü en cia de coordenaçao ju n to ao s u b s t a n t i v o , mas c o n s t i t u i n t e s _em ordem^ s u c e s s i v a ; isto se a s s i n a l a p e l a f a l t a de pausa entre e l e s ( e na e s c r i t a fa l t a ' de v í r g u l a ) ou p e l a a n te p o s iç ã o de um. em f a c e da p c s p o s iç a o do outro ( e x : a) o lh o s fem-lninos encan - t a d o r e s , b) e n c a n ta d o re s o lh o s f e m i n i n o s ) ; _^Daí r e ­ s u l t a um v a l o r graniatical para a a n te p o s iç ã o do a d ­ j e t i v o ao s u b s t a n t i v o em cer to s c a s o s , (2.Ò)'

Observamos que ele re c o n h e c e um valor gram atical , nao puramente e s t i l í s t i c o , I p o s iç ã o do a d j e t i v o em relação ao

(30)

17

s u b s t a n t i v o , es c e r t a s f r a s e s ;

não

e s c l a r e c e , e n t r e t a n t o , qual

0

v a l o r da a n t e p o s i ç ã o , i s t o é , q ual dos d o i s a d j e t i v o s

é

que deve v i r anteposto'. P e l o seu

ezemplo

co n clu x co s que deve ser o á lt im o , sendo a a n á l i s e em c o n s t i t u i n t e s f e i t a assim t

o l h o s f e m i n i n o s en c a n ta d o re s o l h o s f e m i n i n o s / e n ca n ta do res o lh o s

/

f e m i n i n o s / en can tado res

No

caso de a d j e t i v o s em se qu en cia de coordenaçao , a a n á lis e s e r i a f e i t a a s s i m :

o lh o s f e m i n i n o s , e n ca n ta d o res o lh o s

//

f e m i n i n ò s en can tado res o l h o s / f e m i n i n o s

Z''

e n ca n ta do res

Se c o n siderarm o s uma se qu en cia de d o i s a d j e t i v o s nujna f r a s e , veremos que nem sempre que não há p ausa entre:- os d o i s , podemos a n te p o r ao substantii^o o líltimo a d j e t i v o ; Ve ja ~ mos as f r a s e s 2 3 i a . e

23',hl

;

2 3 . a ; E l e p r e f e r e os o l h e s fe m in in o s c l a r o s ; 2 3 . b; E l e p r e f e r e os c l a r o s olhos f e m i n i n o s ;

A f r a s e 2 3 » b ; n i o

é

sinônima de 2 3 . a , , Sm 2 3 » a; se entende que e n t r e o lh o s fem-ininoe c la r o s e o l h o s f e m in in o s escuros há ujüa p r e f e r ê n c i a p e lo s c l a r o s . Sm 2 3 . b„ p a r e c e não h a v e r qualquer p reo cu p açao em r e l a c i o n a r os olh o s c l a r o s com

olhos e s c u r o s , sim plesm ente se enuncia uma q u a l i d a d e , a de s e ­ rem cla ro s os o lh o s f e m i n i n o s ,

Com r e s p e i t o è p o siç ã o de um ánico a d j e t i v o es r a ­ lação ao s u b s t a n t i v o , d i z que a ordem d i r e t a

é

a do a d j e t i v o pospostc-ao s u b s t a n t i v o , de acordo com a ordem d i r e t a do sin - tagms em p o r t u g u ê s , que d e te r m in a a colocação do determ in a n te dep o is do d e t e r m in a d o . Aponta a p o s s i b i l i d a d e de uma colocação e s t i l í s t i c a em d e s a c o rd o com a colocação norm al, e x e m p l i f i c a n ­ do com imia f r a s e de B i l a c : " A a su l Yupubaçu b e i j a - l h e a s ver ~ des f a l d a s . "S o b r e o problema da p o siç ã o do a d j e t i v o , d i z a i n ­ d a :

"jim ^ r e f e r e n c i a ao nome adjunto a d j e t i v e , c r i - ou-se a té uma oposição en tre a in t e n c s o a f e t i v a e a - - d e s c r i t i v a , c orrespo n den do à colocação de cer to s

(31)

"•jb r ta n tiv o ( e x . : ''pobrs r e p a z " , ic-to é , "d i g n o òe l á s t i r g " , r.as — ” r£-!az - obre” , i s t o é , "sem ri- C/Je32". ( ?

1

)

I-eoie.-^ário A, de Azevedo F i l h o , sob o tó p ic o geral C o lo c B c ã o cor-sidera a orden do sir;t£g:i.a d e t ermiiiadc-íeternii - nãi?te^ c o - i o r e s o e r :s á v e l ■C'Sla o r d s " r.'or^"

2

l 6t. rsortucuss subs — t a r t i r o - a d j e t i v c . L'as d i z que é p o c s i v e l e r t e p o s i c s o e s t i ­ l í s t i c a do a d j e t i v o ; v e r d e s -"a r e s . 2ri -renòe bomezi o adjeti-vo tem v a lo r c o n o t a t i v o ,

sm

oposição ao v a l o r d e n o t a t i v o do a d j e ­ t i v o es homem g r a n d e , ( 2 2 )

Cidriar P a i s ( 2 3 ) d e i z a a o p o s iç s o entre a antepo ~ ciç ã o e a p o sp o sicã o do a d j e t i v o p o r conta do r e a l c e s u b je t i v o da ariteposiçao: sua ve rec 01*àac3o. do B arnoly e •oa ssadosj err; OpOSi-çao è a d j e t i v a ç a o eA berna f m ais obj e "c j- V a da. « Un:la ru a cone- c i a l ,

0

clinig i n t e l e c t uai *

José Kebouças Jj;a CBiT; DLra. ( 2 4 ) L' :béa de ixa o pro b l e " a oor conta do e s t i l o

s

d ise n d o c u e a 0 e~: d ir eta é : subs-t a n subs-t iv o - a d j e subs-t iv o

5

13 as pod 0 ser queb■rada na £ si era do est:i l o ; Zxe:::-olifi ca :

npi lho s e u . neste ?= 0 n n

C

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C£ nto re cobrei a p e r d i da

z-'é,

di verso e s t i l i s t i ca —;

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y.-f-u/e de 'fj-leu f i l h o

5

n e s t e r eC S ü 0 a~;eno re co b e a —V >* er di rí r? ' •wt.a «

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^ ou tros e. a o l o s , chamando

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do ponto de v i s t a e s t i l í t i c o , ç on e i c e ç 3

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O v a l o r graziatical da antepôs içao no caso ^de S 9 Güênc:ia de adje -'•

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O 3 ÍH r*. ^ r*: Q •;*•= CjnadiDS, ?ii -o S C 0~ :a inp:T--» O o r*ao de c u e cu alquer a d r e t i v o pode cc! "p

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sr ant^ os to er; oor tu ru 9 £ > C0;r:0 uu recurso e o t i l í s t i c c . ITao e (D que :7iO£tran cs fa t o5 *da 1 J._í

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a . A-s f r a s e s ^ V ^ ______ ____ ' t 2-i^ P -i ç:

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ido è an-tepos:i ç ,ao

(32)

eva-r

*. 2 4 . a* O b r a s i l e i r o menino venceu a prova de n a t a ç ã o , * 2 5 , a< H a v ia uia menino alegre, e uin meriino t r i s t o n h o

c o o p e t i n d o , c a s o a l e g r e menino v en c eu a p ro v a; D eix a n d o o probleiDa no p la n o grainatical e não es ~ t i l í s t i c o , E u r ic o BacR e Geraldo K a t t o s tratain do probleiTia que nos in t e r e s s a '. Apresentam sete c l a s s e s de a d j e t i v o s ^ demons - t r a ^ i v o s , p o s s e s s i v o s , c a r d i n a i s , o r d i n a i s , q u a l i f i c a t i v o s , e s p e c i f i c a t i v o s j p á t r i o s . Vamos nos i n t e r e s s a r p e l a s t r e s líl - tim as c l a e s e s , que correspondem ao que estamos tr a ta n d o neste. traballio como a d j e t i v o s , os t r a d i c i o n a l m e n t e chamados adj'eti - vos q u a l i f i c a t i v o s ;

E s p e c i f i c a t i v o s — são cs p r i m e ir o s apds o nucleo ; E xem plo s: p o l í t i c o , f i n a n c e i r o , econôm ico, c i v i l , m i l i t a r , o - r i e n t a l , o c i d e n t a l , u n i v e r s a l , e t c .

P á t r i o s — são os a d j e t i v o s que vêm em segundo lu - g a r d e p o is do n ú c l e o , Exemplosí b r a s i l e S r o , ■, c u r i t i b a n o , ar g e n t i n o , c a r i o c a , e t c .

Q u a l i f i c a t i v o s - ocorrem a n t e s do n ú cleo ou como último a d j e t i v o d e p o i s do n ú c l e o . E x e m p lo s : bom, a l t o , ú t i l , e s t u d i o s o , g r a n d e , v e r d e , e t c ,

Há a d j e t i v e s d oIí va l e n t e s , i s t o é , que podem per - teh cer a m a is de uma c l s s s e , como o a d j e t i v o r o m â n t i c o , que pode se a p r e s e n t a r como e s p e c i f i c s t i v o ou q u a l i f i c a t i v o , como ex em p lifica m as f r a s e s :

P o e s ia rom ântica b r a s i l e i r a , ( e s p e c i f i c a t i v o ) R a p a z b r a s i l e i r o rom.ântico , ( q u a l i f i c a t i v o )

P a ra classificaim aos ujn a d j e t i v o o o l i v a l e n t e como especifica_tivo- ou q u a l i f i c a t i v o nos o r ie n t a r í a m o s n s l a sua po- sição na l o c u ç ã o ''s u b s ta n tiv a ;: e-pela admissão da p r e s e n ç a - de m u i t o ^ com-pletamente, antes d e l e : são q u a l i f i c a t i v o s os a d je - t i v o s que admitem a presença de t a i s v o c á b u lo s e são e s p e c i f i - c a t i v o s os que _nao a admitem, A p o e s i a e rom ân tica ou não

é

(tretan dc- se da e s c o la r o m a n t i c a , n a literatur-a) , nao pode. ser m uito ro m â n tic a ; o r a p a z pode- ser muito ou pouco ro m â n tic o ;

Referências

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