LUIZ
FERNANDO
FRASSETTO
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICQ
DEscR1T1Vo
DAS
PACIENTES
ATENDIDAS
No
AMBULATÓRIO
DE
v-4 v-4
0375
30
PATOLQGIA
ENDOMETRIAL
Do
Hos1>1TAL
E
UNWERSITÁRIO
ú
_
Trabalho apresentado
àUniversidade
Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Florianópolis
Universidade Federal
de Santa
Catarina
LUIZ
FERNANDO
FRASSETTO
EsTUDo EPIDEMIOLÓGICO
'-.-...À1)fE~'SC1uTIV0
DAS
PACIENTES
ATENDIDAS
No
AMBUÍLATÓRIO
DE
z;-ea .zé ¿:: aii
PATOLOGIA
ENDOME,'PRIA!,¿),QfHOSPITAL
UN1VERs1TÁ1_g9
Trabalho
apresentado àUniversidade
Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Ernani
Lange
de
S.Thiago
Orientador:
Prof.
Dr.
Ricardo
Nascimento
Co-orientadores:
Dra.
Leisa Beatriz
Grando
Dra.
Ana
Rita Peixoto
Panazzolo
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa
Catarina
UFSCIBSCCS-M
1Acervo:
QOÚY
(53
Õ
1Registro:
551
mm
Data
de
registro:
03
1xl
/1°
‹Classlfloaçãofififl W*>f-ÍTQ3
\ “ÍÀ3
MFrassetto, Luiz Femando.
Estudo epidemiológico descritivo das pacientes atendidas no ambulatório de
patologia endometrial do Hospital Universitário. / Luiz Fernando Frassetto.-
Florianópolis, 2004. 36p.
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curs o) - Universidade Federal de
Santa Catarina
~
Curso de Graduaçãoem
Medicina./ffiøm,
Jem/fz/remate
em
mzháø
1/fêz'/L.Avføwuƒ/øzi,
/1fmcz2«ø ál/m'az,'af
/ela/mwr,
cfiø/rzønmøe
ifre›'í71'ú1JAGRADECHVIENTOS
Ao meu
orientador, Prof. Dr. Ricardo Nascimento, pela paciência e sabedoriana
orientação deste trabalho, e por
sempre
ser, aomesmo
tempo, professor e amigo.Às
minhas
co-orientadoras, Dra. Leisa BeatrizGrando
e Dra.Ana
Rita Peixoto Panazzolo, pelo auxíliona
criação deste estudo e pelos ensinamentosmédicos
transmitidos durante a realização deste trabalho.Aos
funcionáriosdo
SAME
-
Serviço deArquivo
Médico
e Estatísticodo
HospitalUniversitário, pelo auxílio
na
procura dos prontuários.À
minha
namorada, CynthiaZocche
Soprana, por todo o seuamor
e dedicação.Aos meus
amigos
e colegas, DanielMedeiros
Moreira,Ana
Paula Silva Stratmarm,Juliana Stradiotto Steckert e Gabriel
El-Kouba
Jr., pelaamizade
sincera e por toda a alegrianestes anos de faculdade.
SUMÁRIO
RESUMO
... ..SUMMARY
... .. 1INTRODUÇÃO
... .. 2OBJETIVO
... .. 3MÉTODO
... ..4
RESULTADOS
... _. 5DISCUSSÃO
... .. 6CONCLUSAO
... .. 7NORMAS
ADOTADAS
... .. 8REFERÊNCIAS
... ..APÊNDICE
1- Protocolode
Pesquisa ... ..APÊNDICE
2 - Parecer Consubstanciado ... ..RESUMO
O
Hospital Universitário Professor PolydoroEmani
deSão
Thiago possuio
Ambulatório de Patologia Endometrial para o atendimentode
pacientescom
problemas relacionados à cavidade uterina, sendo utilizada a histeroscopiana
investigação destas pacientes. Estemétodo
é considerado atualmente padrão-ouro para avaliaçãoda
cavidade uterina, sendobem
tolerado e apresentando
maior
acuráciaquando comparado
com
outras técnicas.O
objetivodeste trabalho é analisar as características das pacientes atendidas
no
serviço,bem
como
osachados histeroscópicos e anátomo-patológicos encontrados. Trata-se de
um
estudoepidemiológico descritivo retrospectivo populacional,
com
base nos prontuáriosmédicos
das pacientes atendidasno
serviçono
período de 1° de janeiro a30
dejunho
de 2003.Foram
incluídas
no
estudo 128 pacientes. Constatou-seque
amédia
de idade das pacientes é de 49,7 anos, sendo a maioria (93,7%) procedenteda Grande
Florianópolis;63,3%
já havia sido atendida anteriormenteno
HU;
57,8%
tinha até 3 filhos e57,8%
estavana
menacma.
A
queixa principal
mais
freqüente foi de sangramento uterino anormalna
menacma
(40,6%), seguida pela de anormalidades à ultrassonografia (36,7%).Das
128 pacientes estudadas, 116 (90,6%)foram
investigadas por histeroscopia, e o achadomais
freqüente foi de pólipo endometrial (40,5%), confirmado pelo estudo anátomo-patológicodo
material de biópsia (42,1%).Foram
diagnosticados dois casos de câncer de endométrio (1,7%).Tiveram
indicação de histeroscopia cirúrgica39%
das pacientes atendidasno
período.Houve
discordância entre o achado histeroscópico e oexame
anátomo-patológicoem
apenasum
caso. Este estudodemonstrou
o perfil epidemiológico das pacientes atendidasno
referidoambulatório e poderá servir de base para futuros trabalhos.
SUMMARY
Patients with problems related to the uterine cavity are referred to the Ambulatory of
Endometrial Pathology of Hospital Universitário Professor Polydoro
Emani
de São Thiago wherethey are investigated
by
hysteroscopy. Thismethod
is the gold standard for evaluation of the uterine cavity because it's well tolerated andmore
accuratecompared
to other techniques.The
purpose of this study is to
know
who
these patients are, analyzing their characteristics as well as hysteroscopic findings and anatomopathological results of biopsy.An
epidemiological descriptive populational studywas
carried out, based on patients” dossiers, in which 128 patients” evaluationsin the ambulatory from January lst to June 30th 2003 were analyzed.
The
age average of thepatients
was
of 49.7 years; the majority (93.7%)came
from the region of Grande Florianópolis;63.3%
had already had contact withHU
before;57.8%
had until three children and57.8%
werepremenopausal.
The most
frequent reason to consultwas
abnormal uterine bleeding in fertilewomen
(40.6%), followedby
abnormal findings at uterine cavity on the ultrasound (36.7%).Of
the 128 patients of this study, 116 (90.6%) were investigated
by
hysteroscopy, and themost
frequent finding
was
endometrial polyp (40.5%), confirmedby
biopsy (42.l%).Two
cases ofendometrial cancer were diagnosed (l.7%).
The
hysteroscopic surgerywas
indicated in39%
of the patients of this study. Therewas
disagreement between the hysteroscopic finding and thebiopsy in only one case. This study demonstrated the profile of the Ambulatory of Endometrial Pathology°s patients, and
may
be used in future studies.1
INTRoDUÇÃo
A
investigaçãoda
cavidade uterina possui raízes muito antigas.Em
1805, Bozziniidealizou
um
aparelhocom
finalidade endoscópica, tentou explorar a uretra e a cavidade uterina,mas
foi censurado pelaAcademia
Vienense de Medicina.Com
o uretroscópio inventado por Desorrneaux,em
1865, omédico
inglês Pantaleoni acessou o úteroem
uma
mulher
forado
ciclo gravídico-puerperal,em
1869, constituindo-sena
primeira histeroscopiarealizada. Pantaleoni diagnosticou pólipos endometriais e os cauterizou
com
nitrato de prata.l'2
Nitze,
em
1879, inventouum
cistoscópio dotado de sistema óptico e fonte iluminante,dando
grande impulso à endoscopiana
época.Em
1928,na
França,David
construiu oprimeiro histeroscópio, dotado de
uma
lente de cristal embutidana
extremidadedo
aparelho, evitando dessaforma
a entradade
sangue emuco
no
interiordo
aparelho. Este histeroscópio possuíamn
diâmetro de 10,5mm,
necessitandode
dilatação cervical sob anestesia para acessoà cavidade uterina.
Em
1952,Palmer
criouum
histeroscópio de 5mm
de diâmetro,eliminando este entrave.
A
introdução de luz fria,em
1952, por Vulmiere, Forestier eGladu
edo
cabo defibra
óptica,em
1957, porNorment,
eliminou oproblema do
aquecimentodo
órgão
em
exame,
bem
como
possibilitou a visão frontal por desobstruir a extremidade distaldo
histeroscópiof'2A
histeroscopia teve sua prática difundida a partirda
década de 70,quando
surgiram endoscópios tãofinos
quanto 4 a 5mm
de diâmetro ecom
qualidades ópticas adequadas àsatisfatória exploração endoscópica
da
cavidade uterina.O
desenvolvimento de técnicasseguras de distensão
da
cavidade uterinacom
COZ,
em
1976, porLindeman
e colaboradores,possibilitou a histeroscopia panorâmica, reservando os
meios
líquidos para as histeroscopias cirúrgicas.Com
o histeroscópio criado porHamou,
em
1979, tanto a histeroscopia de contatoquanto a panorâmica
podem
ser realizadoscom
COz.1'2Atualmente, a histeroscopia
tem
aplicações tanto nos casos de infertilidade, detectandoanomalias müllerianas, sinéquias intra-uterinas,
miomas
submucosos
e lesões nos óstios das tubas uterinas, quanto nos sangramentos uterinos anormais.É
considerada atualmente padrão-ouro para investigaçãoda
cavidade uterina. Por2
miomas,
e sugere alterações endometriaiscomo
hiperplasias e carcinomas, permitindo a realização de biópsia orientadaou
dirigida.3 Possui grande sensibilidade e especificidade.4' 5Além
disso, é procedimentobem
tolerado,podendo
ser realizado ambulatorialmenteó' 7” 8Possui
como
desvantagem
o alto custo dos equipamentos utilizados.Outros
meios
para avaliaçãoda
cavidade uterina sãométodos
deimagem,
como
ahisterossalpingografia, a ultrassonografia e a histerossonografia, e técnicas
que permitem
obtenção de material endometrial para análise anátomo-patológica,
como
a citologia, asbiópsias por aspiração e a curetagem uterina.
A
histerossalpingografia éum
exame
aceitohá
várias décadas para avaliaçãoda
cavidade uterina e permeabilidade tubária, e éum
método
clássicono
diagnóstico de anormalidades uterinas.3A
ultrassonografia transvaginal é essencial para a avaliaçãoda
cavidade uterina,fomecendo imagens
sugestivas de alterações.3A
histerossonografia consistena
instilação deuma
solução salinana
cavidade uterina simultaneamente à ultrassonografia transvaginal,como
forma
de distender a cavidade uterinae criar
um
contraste,3” 9melhorando
destaforma
a qualidade das imagens.Na
busca por amostras de endométrio para análise anátomo-patológica, outrosmeios
surgiram
como
métodos
citológicos pormeio
de esfregaços (cervicovaginal e endometrial) e histológicos pormeio
de aspirados endometriaismA
curetagem uterina éum
método
invasivo de avaliaçãoda
cavidade uterina,que
necessita de hospitalização, uso de anestesia e possui taxas mais elevadas de complicações.” Possibilita material para análise histológica.”A
busca por melhoresmétodos
de investigaçãoda
cavidade uterina deve-se ao fato deque
o útero e sua
mucosa
podem
sofrer diversas alterações. Estaspodem
ser benignas, taiscomo
pólipos endometriais e
miomas
submucosos;com
potencial de malignidade,como
as hiperplasias endometriais,ou
francamente malignascomo
o carcinoma endometrial.l3 Estudos indicam que23%
das hiperplasiascom
atipias progridem para câncerem
um
intervalo de 13anos.l3” 14
Estas alterações
podem
acometer amulher
em
qualquer estágioda
vida. Entretanto,com
amaior
longevidade, as mulherespodem
viver atéum
terço de suas vidasno
periodo peri e pós-menopáusico,l5 período
em
que ocorrem
importantesmodificações
endocrinológicas,com
3
Dentre estas alterações, está 0 carcinoma de endométrio.
Noventa
e sete por cento doscânceres de corpo de útero são de
origem
endometrial, sendo os3%
restantes sarcomas.Câncer de útero é o quarto câncer
mais
freqüenteem
mulheres de países desenvolvidos,com
uma
estimativa de 34.000 casosnovos
diagnosticados e 6.000 mortesno
Estados Unidos,em
1996.17No
Brasil, são esperados anualmente 5.685 casosnovos
de carcinoma de endométrio,com
taxa de7,6%
casos por 100.000 mulheres, variando de 20/100.000na
Região Norte a 9,9/ 100.000na
Região Sudeste.“Dos
dez cânceresmais
comuns
em
mulheres, é oque
apresenta melhores taxas de sobrevida.17' 18
Esta neoplasia maligna é mais
comum
no
período pós-menopáusico,com
uma
média
deidade de 63 anos.”
Reconhecem-se
atualmente dois tipos de carcinoma endometrial.O
tipo Iestá
mais
relacionado aos quadros hiperplásicos,l9 e possuicomo
fatores de risco obesidade,nuliparidade, comorbidades
como
diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica, uso detamoxifeno, estrogenioterapia
sem
oposição por progestágenos (incluindo tumores produtoresde estrogênios), anovulação crônica (incluindo a síndrome dos ovários policísticos),
menarca
precoce e
menopausa
tardia.4* 13° 19O
uso de anticoncepcional oral e o tabagismo são fatoresque
diminuem
o risco de câncer de endométrio.”O
tipo II ocorreem
endométrios atróficos.l9As
doençasque
acometem
o endométriocostumam
causarcomo
sintoma principal sangramento uterino, sendo responsável por cerca de33%
das queixasem
consultórios de ginecologia.8' 2° Estas queixaspodem
ser divididasem
sangramento uterino anormalna
menacma,
caracterizado por desviosdo
ciclo menstrual quanto à quantidade, freqüência(ciclos
<
21 diasou
>
35 dias) e duração (< 3 diasou
>
7 dias defluxo
menstrual), eem
sangramento uterino anormal pós-menopáusico (qualquer sangramento uterino ocorrido após
um
ano de arnenorréia). Este último é responsável por cerca de5%
das consultas ginecológicasno
climatério.Além
disso, é o principal sintomado
câncer de endométrio,sendo
em 80%
dos casos o primeiro sinal desta neoplasia.6* llEmbora
a maioria das lesõesque
deterrninam sangramento uterino sejam benignas,2l até15%
dos sangramentos pós-menopáusicosdevem-se
a hiperplasiasou
câncer de endométrio.6'22
O
Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani deSão
Thiago possuium
serviço de atendimento às pacientes encaminhadas por problemas relacionados à cavidade uterina,denominado
de Ambulatório de Patologia Endometrial. Este serviço, criadoem
2001, éum
4
pelo
SUS
-
SistemaÚnico
de Saúde.O
estudo epidemiológico destas pacientes certamentetrará beneficios para a melhoria
do
serviçoem
pauta, assimcomo,
servirá demarco
estatístico2
OBJETIVO
2.1
Objetivo
Geral
Este estudo
tem
por objetivo traçar as característicasmais
freqüentemente encontradas naspacientes atendidas
no
Ambulatório de Patologia Endometrial,do
Hospital UniversitárioProfessor Polydoro Ernani de
São
Thiago,no
período de 1° de janeiro a30
dejunho
de 2003,mediante análise dos prontuários.
2.2
Objetivos
Específicos
Conhecer
pormeio
deste estudo:a) a
média
emediana
de idade das pacientes,bem
como
a distribuição por faixas etárias;b) sua procedência;
c) a freqüência de pacientes cujo primeiro contato
com
o Hospital Universitário foino
Ambulatório de Patologia Endometrial;
d) a paridade das
mesmas;
e) a freqüência de pacientes
menopausadas
ena
menacma;
Í) a queixa principal;
g) a freqüência de pacientes
que
tiveram indicação de histeroscopia diagnóstica;h) freqüência de achados histeroscópicos;
i) freqüência dos diagnósticos anátomo-patológicos;
3
MÉToDo
3.1
Tipo de
Estudo
Trata-se de
um
estudo epidemiológico descritivo retrospectivo populacional.3.2
População
de
Estudo
e
Coleta
de
Dados
Foram
analisados os prontuários das 138 pacientes atendidasno
Ambulatório de PatologiaEndometrial
do
Hospital Universitário,no
periodo de 1° de janeiro a30
dejunho
de 2003.Os
prontuáriosmédicos foram
resgatadoscom
base nas agendasdo
ambulatório, atravésdo
Serviço deArquivo
Médico
e Estatístico(SAME).
Para a coleta
de
dados foi utilizadoum
protocolode
pesquisa (Apêndice 1),que
continhao
número
do
prontuário e dadosda
pacientecomo:
idade, município de procedência,existência
ou não
deacompanhamento
préviono
HU,
paridade, período de vidaem
que
sem
encontra a paciente
(menopausa ou menacma),
queixa principal, achado histeroscópico,diagnóstico anátomo-patológico, indicação de histeroscopia cirúrgica
ou
não.3.3
Definição
das
Variáveis
Analisadas
3.3.1
Município
de
Procedência
Agrupados
em
microrregiões geográficasdo
Estado de Santa Catarina.233.3.2
Paridade
a) nulíparas;
7
c)
mais
de 3 filhos.3.3.3
Menopausa
Defmida
como
tempo
de amenorréia superior aum
ano.243.3.4
Queixa
Principal
Classificadas
em:
a) pacientes assintomáticas
com
achados de anormalidadesna
cavidade uterina à ultra-sonografia;
b) sangramento uterino anormal
na
menacma:
desviosdo
fluxo
menstrual quanto àquantidade, freqüência (ciclos
<
21 diasou
>
35
dias) e duração (<
3 diasou
>
7 diasde fluxo menstrual), referidos pelas pacientes;25
c) sangramento uterino anormal pós-menopáusico: qualquer sangramento uterino
ocorrido após
um
ano de amenorréia;24d) dor crônica
em
baixo ventre;e) abortamentos repetidos: três
ou mais
abortos prévios;Í)
DIU
perdido:fio
do
dispositivo intra-uterinonão
visualizadona
vagina, duranteexame
ginecológicoem
consulta anterior.3.3.5
Achado
Histeroscópico
Todas
as histeroscopias diagnósticasforam
realizadasno
centro cirúrgicodo
HospitalUniversitário, por
um
dos doismédicos do
serviço, quepossuem
amesma
experiênciaem
endoscopia ginecológica e se revezaram
na
realização dos exames.Foram
utilizadoshisteroscópios rígidos,
com
ótica de 30°,com
diâmetro de 2,9mm,
com
distensãoda
cavidadecom
COZ,
sem
anestesia.Os
achados histeroscópicosforam
classificadosemzn
a) endométrio funcional;
b) endométrio atrófico;
8
d)
mioma
submucoso;
e) pólipo endometrial;
Í) câncer de endométrio;
g)
DIU
na
cavidade uterina; h) septo uterino.3.3.6
Diagnóstico
Anátomo-patológica
Foi realizada biópsia orientada pela histeroscopia
com
cureta 00.O
material obtido foiencaminhado
ao Serviço deAnatomia
Patológicado
Hospital Universitário e avaliado histologicamente, tendo sido os blocos deparafina
cortadosem
micrótomos
e as lâminas submetidas a coloração por hematoxilina-eosina.Os
cortes histológicosforam
avaliados pormédicos
patologistasdo
serviço.Os
diagnósticos anátomo-patológicosforam
classificadosem:
a) endométrio fimcional;
b) endométrio atrófico;
c) pólipo endometrial;
d)
mioma
submucoso;
e) hiperplasia endometrial simples
sem
atipias;Í) hiperplasia endometrial simples
com
atipias;g) hiperplasia endometrial
complexa
sem
atipias; h) hiperplasia endometralcomplexa
com
atipias;i) câncer de endométrio;
j) material insatisfatório para análise anátomo-patológica.
3.4 Critérios
de Exclusão
Foram
definidoscomo
critérios de exclusão: a inexistência dos laudosda
histeroscopiadiagnóstica e
do
exame
anátomo-patológicono
prontuáriomédico
e o nãocomparecimento
à9
3.5
Análise
dos
Dados
Para a análise dos dados
foram
utilizados os procedimentos usuais de estatística descritiva,tais
como:
o cálculo das freqüências simplesou
relativas;medidas
de tendência central (médiae mediana) e de dispersão (valores
mínimo
emáximo
e erro padrãoda
média).3.6
Comitê
de
Ética
Este estudo foi aprovado pelo
Comitê
de Éticaem
Pesquisacom
SeresHumanos
da
Universidade Federal de Santa Catarina, sob projeto n° 249/2003,
conforme
Parecer4
RESULTADOS
No
período de 1° de janeiro a30
de junho de 2003,foram
atendidas 138 pacientesno
Ambulatório de Patologia Endometrial
do
Hospital Universitário.Foram
excluídasdo
estudo quatro pacientes por inexistência dos laudosda
histeroscopiadiagnóstica e
do
exame
anátomo-patológicono
prontuário médico, e seis pacientes por nãocomparecerem
à histeroscopia diagnósticaou
ao retorno agendado, totalizandouma
população de 128 pacientes.
A
idade das pacientes variou de24
a 78 anos,com
uma
média
de 49,7 anos, desvio padrão de zh 11,7 emediana
de49
anos.Na
Tabela 1 apresenta-se a freqüência total das pacientessegundo
a faixa etária.Observou-se que a faixa etária
com
maior
número
de pacientes foi acompreendida
entre40
e49
anos,com
41 pacientes (32%), seguida pela de50
a 59 anos,com
35 pacientes (27,3%).TABELA
1-
Distribuição das pacientes
segundo
a
faixa etária.Faixa
Etária (anos)n
%
20
-
29
6 4,730
-
39
19 14,840
-
49
41 32,050
-
59
35 27,360
-
69
20
15,6 70-
79
' 7 5,5 Total 128 100,0FONTE:
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), Hospital Universitário, janeiro a junho de 2003.Na
Tabela 2 apresenta~se a distribuição das pacientes segundo a microrregião deprocedência. Observou-se que a microrregião
da Grande
Florianópolis concentra a maior parte das pacientes deste estudo,com
120 pacientes (93,7%).ll
TABELA
2
-
Distribuição
das
pacientes
segundo
a
microrregião
geográfica
de
_procedência.
Microrregião
n
%
Grande
Florianópolis 120 93,7 Tijucas 3 2,3 Tabuleiro 2 1,6Campos
deLages
1 0,8 Canoinhas 1 0,8 Tubarão 1 0,8 Total 123 100,0FONTE:
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), Hospital Universitário, janeiro a junho de 2003.Observou-se neste estudo
que
a maioria das pacientes já foi atendida anteriormenteno
Hospital Universitário,
no
próprio setor de Ginecologia e Obstetríciaou
em
outras áreas, totalizando 81 pacientes (63,3%), enquanto que47
pacientes (36,7%)eram
novas, e tiveramcomo
seu primeiro contatocom
0 Hospital Universitário a consultano
Ambulatório dePatologia Endometrial,
como
pode
ser observadona
Tabela 3.TABELA
3
-
Distribuição das pacientes
em
já
atendidas anteriormente
no
HU
e_pacientes novas.
Pacientes
n
%
Já atendidas anteriormente 81 63 ,3
Novas
47
36,7Total 128 100,0
FONTE:
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), Hospital Universitário, janeiro a jimho de 2003.Na
Tabela 4, observa-se a distribuição das pacientescom
relação à paridade. Observou-seque
74
pacientes (57,8%) tinham até 3 filhos,39
pacientes (30,5%) tinham mais de 3 filhos e12
TABELA
4
-
Distribuição
das
pacientes
de acordo
com
a paridade.
Número
de
Filhosn
%
Nulíparas 15 1 1,7
Até 3 filhos
74
57,8Mais
de 3 filhos39
30,5Total
12s
100,0F
ONTE:
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), Hospital Universitário, janeiro a junho de 2003.Observou-se neste estudo que
74
pacientes (57,8%) estavamna
menacma
e54
pacientes(42,2%)
eram
menopausadas,conforme
a Tabela 5.TABELA
5
-
Distribuição
das
pacientes
de acordo
com
período de vida
da
mulher.
Pacientes
n
°/0Menacma
74
57,8Menopausa
54
42,2Total
128
100,0FONTE:
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), Hospital Universitário, janeiro a jimho de 2003.Na
Tabela 6,observamos
a distribuição das pacientes de acordocom
a queixa principalna
consulta
no
Ambulatório de Patologia Endometrial. Observou-seque
52 pacientes (40,6%) apresentaramcomo
queixa principal sangramento uterino anormalna
menacma,
47
pacientes(36,7%) procuraram o ambulatório por apresentarem anormalidades
em
exames
ultrassonográficos,
sem
apresentarem sintomas, e 23 pacientes(18%)
apresentaramcomo
queixa principal sangramento uterino anormal pós-menopáusico. Outras queixas relatadas são13
TABELA
6
-
Distribuição das pacientes
de acordo
com
a queixa
principalna
consulta
no
Ambulatório
de
Patologia
Endometrial.
Queixa
Principaln
%
Sangramento
uterino anormal 52 40,6na
manacma
Anormalidades à
47
36,7 ultrassonografiaSangramento
uterino anonnal 23 18,0pós-menopáusico
Dor
em
baixo ventre 4 3,1Abortamentos
repetidos l 0,8D1U
perdido 1 0,8Total 128
100
9 0FONTE:
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), Hospital Universitário, janeiro a junho de 2003.Das
128 pacientes analisadas neste estudo, tiveram indicação de histeroscopia diagnóstica116 pacientes, correspondendo a
90,6%
da
população estudada.Na
Tabela 7, observa-se a freqüência dos achados histeroscópicos.O
achadomais
comum
foi pólipo endometrial, encontradoem
47
pacientes, correspondendo a40,5%
das 116pacientes
que foram
submetidas à histeroscopia diagnóstica.Os
demais
achados são relatadosna
mesma
tabela.TABELA
7
-
Freqüência dos achados
à histeroscopia
diagnóstica.Achado
Histeroscópicon
%
Pólipo endometrial47
40,5 Endométrio atrófico22
19,0 Endométrio funcional 19 16,4 Endométrio espessado 17 14,6Mioma
submucoso
7 6,0 Câncer de endométrio 2 1,7DIU
na
cavidade uterina 1 0,9Septo uterino 1 0,9
Total
116
100,014
Na
Tabela 8, encontra-se a freqüência dos diagnósticos anátomo-patológicos realizadosatravés de amostra de tecido colhido pela biópsia orientada pela histeroscopia.
Em
todas aspacientes foi realizada a biópsia de endométrio, exceto nos casos de
DIU
perdido e de septouterino, cuja
imagem
à histeroscopia já era suficiente para sefinnar
o diagnóstico. Destaforma,
foram
realizadasno
total 114 biópsias.O
diagnóstico anátomo-patológicomais
freqüente foi de pólipo endometrial, encontradoem
48
pacientes (42,1%), seguido pelo de endométrio funcionalem
28
pacientes (24,6%).Apenas
um
caso (0,9%) apresentou material de biópsia insatisfatório para análiseanátomo-
patológica.Os
demais
diagnósticos são expostosna
mesma
tabela.TABELA
8
-
Freqüência dos
diagnósticos
anátomo-patológicos nas
biópsias
de
endométrio
orientadas
por
histeroscopia.Diagnóstico
n
%
Anátomo-patológica
Pólipo endometrial48
42,1Endométrio
funcional28
24,6 Endométrio atrófico22
19,3Mioma
submucoso
5 4,4 Hiperplasia endometrial4
3,5simples
sem
atipiasHiperplasia endometrial 4 3,5
complexa
com
atipiasCâncer de endométrio 2 1,7
Material insatisfatório 1 0,9
Total 1 14 100,0
F
ONTE:
Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (SAME), Hospital Universitário, janeiro a junho de 2003.Após
a realizaçãoda
histeroscopia diagnóstica edo
diagnóstico anátomo-patológico,50
pacientes tiveram indicação de histeroscopia cirúrgica, equivalendo a
39%
das 128 pacientes atendidasno
ambulatóriono
período estudado e a43,1%
das 116 pacientes-em
que
foirealizada a histeroscopia diagnóstica.
5
DISCUSSÃO
O
método
diagnóstico ideal otimiza a sensibilidade, a especificidade e a eficácia diante dos custos, e aomesmo
tempo maximiza
o confortoda
paciente e proporcionauma
claracompreensão do
seu estado.4Embora
hoje se disponha de avançadosmétodos
para a avaliação de doençasginecológicas,
nenhum
dosexames
por si sópode
explorar completamente todas as alteraçõesdo
trato genital feminino.Cada
técnicatem
suas vantagens, limites, riscos e falsos resu1tados.3Na
histerossalpingografia, por exemplo, a localização de pólipos nas paredes anteriorou
posterior,bem como
a identificação de sua base de inserção e o diagnóstico diferencialcom
mioma
submucoso
ficam
prejudicados.3A
ultrassonografia transvaginalnão
permite a diferenciação inequívoca dasimagens
entrepólipos e hiperplasias,
malfonnações
uterinas efenômenos
proliferativos resultantes de terapia de reposição hormonal, assimcomo
na
determinaçãoda
localização intramuralou
submucosa
deum
mioma.3 Sua
acurácia relaciona-secom
o fato de que o câncer deendométrio, geralmente, associa-se a
um
espessamento endometrial e raramente encontra-se presenteem
endométrios finos.A
ultrassonografia éum
método
bastante útilna
triagem daspacientes
com
sangramento uterino, identificando aquelasque
devem
ser submetidas auma
avaliação uterina invasiva. ll
A
histerossonografia apresenta resultados melhoresdo
que a ultrassonografiatransvaginalf' 15 possuindo sensibilidade e especificidade semelhantes à histeroscopia
sem
biópsia.
Sua desvantagem
éque
não permite obtenção de material para estudo anátomo- patológico.Já quanto aos
métodos
citológicos e histológicos pormeio
de esfregaços e aspirados endometriais, estudosdemostraram pequena
sensibilidadequando comparados
com
a curetagem uterina. 1°A
curetagem uterina, por ser realizada às cegas(sem
visão diretada
cavidade uterina), écomumente
associada à falhas diagnósticas. Possuiuma
taxa de falso-negativos que vai até10%.
Estudosmostram que
em 60%
das curetagens realizadas,menos
da metade
da cavidade uterina é curetada,4' 6 eem 16%
dos casosmenos
deum
quartodo
endométrio é curetado.“16
de endométrio
não
sao diagnosticados pela curetagem uterina.A
curetagem uterinanão
é omelhor
método
para investigação de sangramento uterino anormal, amenos
que
lesões focaispossam
ser excluídas.8” '12Na
investigaçãodo
sangramento uterino, principahnentena
peri e pós-menopausa, ahisteroscopia é o
exame
de primeira linha.A
partirdo
finalda
quarta década de vida, por exemplo,um
dos diagnósticos mais freqüentes é o de atrofia endometrial, respondendo por40%
dos sangramentos uterinos anormais, sendo este diagnóstico possível de ser feitosomente
por histeroscopia, porque exclui,com
certeza, outras alteraçõesou
lesões associadas.Pólipos endometriais e
miomas
submucosos
são facilmente diagnosticados à histeroscopia.Carcinomas
de endométriopodem
ocupar as regiõescomuais do
útero, sítio passível denão
ser atingido pela curetagem uterina.1° 2
A
histeroscopia realizada ambulatorialmente,sem
necessidade de anestesia, reduzem
cerca de60%
onúmero
de
internações decorrentesde
sangramento uterino anormal pós-menopáusico,
com
queda
substancial dos custoshospitalares.”
A
histeroscopia permite ainda pesquisar fatores etiológicosda
amenorréia de causa uterina e avaliar os defeitos de enchimento revelados pela l1isterossalpingografia.1° 2Ainda
em
relação à histeroscopia, reconhece-se que seu uso isolado representamétodo
lirnitado para o diagnóstico de lesões intra-uterinas.
Em
conseqüência, recomenda-seque
sedeve
sempre complementar
esteexame
com
a coleta de material para avaliaçãohistopatológica. Procedendo-se desta maneira, a histeroscopia
com
biópsia de endométrio toma-semétodo
de elevada acurácia diagnóstica,motivo
pelo qual o utilizamoscomo
padrão-ouro para o diagnóstico das lesões endometriaiss Estudos
apontam
uma
taxa de falso-negativos
na
lristeroscopia diagnósticaem
tomo
de3%.”
Desta forma, a histeroscopia diagnóstica associada à biópsia resulta
em
econornia detempo
para o ginecologista e de risco anestésico para a paciente, obtendo-semaior
sensibilidade e especificidade
do
que, por exemplo, a ultrassonografia e a curetagem naspatologias
da
cavidade uterina.4Não
obstante,com
todas essas vantagens, a histeroscopiapermanece
aindacomo
método
invasivo, requerendo profissionais treinados e aparelhagem decusto elevado para sua realização.”
Há
alguns anos, havia controvérsias quanto à realização de histeroscopiana
suspeita de câncer, devido à possível disseminação de células neoplásicasna
cavidade endometrial.l7
O
estudoda
população atendidano
Ambulatório de Patologia Endometrial é inédito.Não
se encontrouna
literatura pesquisadanenhum
trabalho envolvendo pacientes deum
ambulatório de doenças uterinas.
Alguns
estudos partem diretamente deuma
população submetida à histeroscopia diagnóstica, enquanto outros trabalham apenascom
indicações específicas,como
o sangramento uterino anormal pós-menopáusico.Também
são freqüentescomparações
entre diferentesmétodos
de avaliaçãoda
cavidade uterina, testando suassensibilidades, especificidades e acurácias.
Não
há, portanto, possibilidade de se fazeruma
exata
comparação
de grande parte dos dados deste estudocom
a literatura, sendo consideradoeste
um
viésdo
trabalho,mas
deriva daí seu grande valor.Sua
importância se traduzna
necessidade de
uma
análise geral dademanda
do
Ambulatório de Patologia Endometrial,gerando conhecimento básico para que
novos
estudosmais
específicos e aprofundados sejam realizadosno
serviço.Franco et al,
em
estudo comparativo entre histerografia, histerossonografia e histeroscopia, constataramuma
mediana
de idade das pacientes de 45 anos,com
variação de 33 a60
anos.3Gimpelson
et al,em
estudocom
276
mulheres de22
a 71 anos investigadas porhisteroscopia, encontraram
uma
média
de idade de42
anos.5Kremer
et al estudaram554
mulheres submetidas à histeroscopia diagnóstica, encontrando variações de idade de
22
a 88anos,
com
média
de46
anos.7 Carta et al, analisando284
histeroscopias diagnósticas,encontraram pacientes de 21 a 81 anos,
com
média
de 51 anos, sendoque
34,6%
das pacientesencontravam-se
na
faixa etária de40
a50
anos e28,5%
entre 51 e60
anos.26 Rojas, estudando215
histeroscopias realizadasem
mulheresacima
de40
anos, encontrou58,6%
das pacientesentre
40
e49
anos.”Em
nosso estudo, encontramos pacientes de24
a 78 anos,com
média
deidade de 49,7 e
mediana
de49
anos, concordandocom
a literatura pesquisada. Constatou-seque
32%
das pacientes atendidasno
Ambulatório de Patologia Endometrial encontravam~sena
faixa etária de40
a49
anos, e27,3%
encontravam-sena
faixa de50
a59
anos, coincidindocom
a peri e pós-menopausa, periodo de grandesmudanças
honnonaisna
mulher,que
apredispõe a alterações
do
útero e de sua mucosa.A
maioria das pacientes deste estudo são procedentesda
microrregião geográficada
Grande
Florianópolis (93,7%), sendo que63,3%
já tiveram contato préviocom
o HospitalUniversitário,
no
setor de Ginecologia e Obstetríciaou
em
outras áreas, antesda
consultano
Ambulatório de Patologia Endometrial. Este
dado
levanta a hipótese deque
o serviço ainda18
serviços de Ginecologia
da Grande
Florianópolis (hospitaisou
postos de saúde). Contribui para isto o fato de queo
SistemaÚnico
deSaúde
baseia sua organizaçãona
regionalizaçãodo
atendimento, referenciando os pacientes de acordo
com
a proximidade de suas residênciascom
os serviços oferecidos.Estudando a paridade de 104 pacientes submetidas à polipectomia histeroscópica, Costa et al observaram
que
3em
cada 4 mulheres de sua casuística tinham doisou mais
filhos, eque
11,5% eram
primíparas.28Em
nosso estudo, constatou-seque
a maioriada
populaçãoanalisada (57,8%) possuía até três filhos.
A
análiseda
paridade das pacientesnão
foi citada nos demais estudosque
compõem
a referência deste trabalho.Franco et al encontraram
em
seu estudoum
predomínio de mulheresna menacmaf'
assimcomo
Viscomi
et al que,em
6.466 histeroscopias diagnósticas, encontraram59,5%
depacientes
na menacma.4
Kremer
et al encontraramem
apenas31%
de sua casuística mulheresjá menopausadas.7 Carta et al encontraram
56,3%
das pacientesna menacma,26
bem
como
Rojas (59,l%).27Em
nosso estudo,pouco mais da metade
das pacientes (57,8%) encontrava-se
na
menacma,
concordandocom
a literatura.Gimpelson
et al encontraram o sangramento uterino anormalna
menacma como
aindicação de histeroscopia diagnóstica
mais
comum
(76,1%), sendo a segunda indicaçãomais
freqüente o sangramento uterino anormal pós-menopáusico (8,3%).5
Kremer
et al descreveram28%
de indicações de histeroscopia por menorragia.7 Tahir et al, analisando400
mulheres
acima
de 35 anos submetidas à investigação por histeroscopia, descreveram menorragiacomo
a indicação de investigação mais freqüente (40,7%), seguidado
sangramento uterino anormal pós-menopáusico (30,7%).8 Já Carta et al encontraram sangramento uterino anonnal pós-menopáusico
como
a maior indicação de histeroscopia (57,2%), seguidodo
sangramento uterino anormalna
menacma como
a segtmda indicaçãomais freqüente (42,8%).26
Em
nosso estudo, encontramoscomo
queixa principalmais
freqüente nas consultas
no
Ambulatório de Patologia Endometrial, o sangramento uterino anormalna
menacma
(40,94%), concordandocom
grande parteda
literatura referenciada acima. Carta et al encontraram grandenúmero
de indicações de histeroscopia por infertilidadeou
abortamentos repetidos (l3%).26Em
nosso estudo, encontramos apenasum
casode
procura
do
serviço por queixa de abortamentos repetidos, enenhum
por infertilidade. Este19
HU,
que encaminharia à histeroscopiaum
número
significativo de pacientescom
estas queixas.Quanto
à histeroscopia diagnóstica, tiveram indicação90,6%
dos casos estudados.Das
doze pacientes
que não foram
a ela submetidas, duas tinham anormalidades àultrassonografia. Seis pacientes tinham sangramento uterino anormal
na
menacma,
e se optounestes casos pelo tratamento clínico até o presente estudo ser concluído. Quatro pacientes
tinham
como
queixa principal dorem
baixo ventre que, por suas características,não
tiveramindicação de investigação por histeroscopia.
Quanto
aos achados histeroscópicos, Rojas encontrou pólipo endometrialcomo
omais
freqüente, presente
em
39,1%
das histeroscopias diagnósticas.” Scavuzzi et al encontrarampólipo endometrial
em
35,9%
das histeroscopias realizadasem
pacientescom
sangramento pós-menopáusico.“ Resultado semelhante tiveram AccorsiNeto
et al, que encontraram pólipoendometrial
em
58%
das histeroscopias realizadasem
mulheresmenopausadas.”
Em
nosso estudo, o pólipo endometrial foi 0 achado histeroscópicomais
freqüente, presenteem
40,5%
dos
exames
realizados.Os
pólipos endometriais originam-secomo
uma
hiperplasia focalda
camada
basaldo
endométrio,dando origem
a urna turnoração localizada, recoberta porepitélio.
Acometem
as pacientes durante amenacma
ena
pós-menopausa.Podem
serassintomáticos, sendo encontrados
em
exames
ultrassonográficos de rotina,bem
como
causar sintomas, sendo osmais
freqüentes os desviosdo
ciclo menstrual (geralmente para maior quantidade e duração) e sangramento uterino anormal pós-menopáusico.A
associação depólipo endometrial
com
câncer de endométrio ainda é controversa.Enquanto
algtms estudos relataram ocorrência de carcinomaem
apenas0,5%
dos casos, outros observaram,em
estudosprospectivos, desenvolvimento de carcinoma
em
3,5%
das portadoras de pólipos.”Em
relação ao câncerde
endométrio, Carta et al o descreveramem
2,5%
dashisteroscopias diagnósticas realizadas
em
mulheres menopausadas.26Viscomi
et al encontraramem
sua casuística 92 casos de carcinoma endometrial, correspondendo a1,4%
das histeroscopias realizadas, sendo 83
em
mulheresmenopausadas
e apenas 9em
mulheresna menacmaf*
Kremer
et al encontraram 6 casos de carcinoma de endométrio,correspondendo a
1,2%
das histeroscopias diagnósticas.7 Tahir et al encontraram câncer de endométrioem
2%
de sua casuística.8 Rojas encontrou carcinoma de endométrioem
2,3%
dashisteroscopias diagnósticas.27
Em
nosso estudo, o câncer de endométrio representou1,7%
das histeroscopias diagrrósticas, concordandocom
a literatura.20
Há
uma
considerável possibilidade deuma
pacientecom
sangramento uterino anormal pós-menopáusico apresentardoença
benigna,uma
vez que,uma
minoria dos casos de sangramento uterino anonnal pós-menopáusico se deve a presença de câncer de endométrio.Isso se explica pelo fato de
que
o delgado e frágil endométrio encontrado nos casos de atrofia seria a principal causa de sangramentoem
pacientesna
pós-menopausa.O
sangramentonesses casos é facilmente justificável pelas características histológicas
do
endométrio,ocorrendo pela ruptura dos capilares arteriais e venosos desprotegidos.
No
entanto, ainvestigação endometrial é obrigatória,
uma
vez que todo processo maligno e pré-maligno deve ser excluído.“Estudos indicam a presença de câncer de endométrio
em
l a25%
dos casos desangramento uterino anormal pós-menopáusico, sendo classicamente citada esta freqüência
em
aproximadamente 10%.“°
1120 Scavuzzi et al, estudando 156 pacientescom
sangramentopós-menopausa, encontrou câncer de endométrio
em
10,3%
dos casos.“Em
nosso estudo,nenhum
sangramento uterino anormal pós-menopáusico deixou de ser investigado por histeroscopia, visto ser este o principal sintomado
câncer de endométrio e,em 80%
doscasos, o primeiro sinal desta neoplasia.6'
U Os
dois casos de carcinoma endometrial encontrados neste estudo representaram8,7%
dos casos de sangramento uterino anormal pós-menopáusico, concordando
com
a literatura.Quanto
à correlação dos achados à histeroscopia diagnósticacom
o anátomo-patológico,algumas considerações
devem
ser feitas. Neste estudo, de acordocom
a metodologiautilizada, o achado de endométrio espessado
não tem
correlação anátomo-patológica,bem
como
o diagnóstico de hiperplasiasnão
tem
correlaçãocom
uma
imagem
histeroscópica específica. Este fato ressalta a importânciada
biópsia associada àimagem
histeroscópica, para a definiçãodo
diagnóstico fnal.29Dos
dezessete achados de endométrio espessado, oito tiveramcomo
diagnóstico anátomo-patológico endométrio ftmcional; três
foram
diagnosticadoscomo
pólipos; trêscomo
hiperplasias simples
sem
atipias e trêscomo
hiperplasiascomplexas
com
atipias.Dois achados de pólipos endometriais mostraram, ao
exame
anátomo-patológico, área de hiperplasia simplessem
atipiasum
e área de hiperplasiacomplexa
com
atipias outro.O
correto diagnóstico de hiperplasia endometrial é extremamente importante.Mulheres
21
câncer.
No
entanto, mulherescom
hiperplasiacom
atipias celularestêm
um
risco de23%
de desenvolverem câncerna próxima
década."Dois
miomas
apresentaram-se à biópsiacomo
endométrios funcionais. Isso decorredo
fato de
que
neste estudo a biópsia foi orientada pela histeroscopia,mas
não
foi feita sob visãodireta (biópsia dirigida), para a qual seria necessária a introdução
na
cavidade uterina deuma
camisa de histeroscopia de 7mm,
com
dilataçãodo
colo uterino sob anestesia. Por isso,muitas vezes a biópsia não é feita sobre a lesão observada.
Também,
por vezes, não se consegue material demioma
à biópsia, apenasdo
endométrio que o recobre, razão pela qual aimagem
histeroscópica é tão importanteno
diagnóstico desta alteração.Apenas
um
achado de endométrio funcionalnão
obteve correlação lógicacom
odiagnóstico anátomo-patológico de pólipo endometrial,
mesmo
com
a revisão das lâminas histológicas pelo Serviço de Anatomia-Patológica. Este caso foi consideradocomo
a únicadiscordância entre a histeroscopia diagnóstica e o
exame
anátomo-patológico encontradaneste estudo.
Em
apenasum
caso, o material de biópsia foi considerado insuficiente para análiseanátomo-patológica. Este fato decorre
da não
utilização de anestesia nas histeroscopiasdiagnósticas realizadas neste estudo, de
modo
que a dor sentida pela pacientepode
prejudicara realização
da
biópsia.A
avaliaçãoda
cavidade uterinacom
o histeroscópio, geralmente, ébem
tolerada, sendo a biópsia o procedimentoque
determina dor.Este trabalho representa
uma
primeira descriçãoda
demanda
do
Ambulatório de Patologia Endometrial, oferecendo conhecimento básico para quenovos
estudos sejam realizados.6
CONCLUSÃO
Por
meio
deste estudo,pudemos
traçar as característicasmais
freqüentemente encontradasnas pacientes atendidas
no
Ambulatório de Patologia Endometrial,do
Hospital Universitário Professor PolydoroEmani
deSão
Thiago,no
período de 1° de janeiro a30
dejunho
de 2003:idade entre
40
e49
anos, procedênciada
microrregiãogeográfica
da Grande
Florianópolis,com
atendimento anteriorno
Hospital Universitário, paridade de até 3 filhos,na
menacma,
com
queixa de sangramento uterino anormalna
menacma,
com
achado
à histeroscopia diagnóstica de pólipo endometrialconfnmado
pela biópsia.7
NORMAS
ADOTADAS
As
normas
adotadas para a confecção deste trabalhoforam
as detemainadas pelaResolução n° 001/2001
do
Colegiadodo
Curso deGraduação
em
Medicina da
Universidade Federal de Santa Catarina, aprovadana
reunião de 5 de julho de 2001.8
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uterine bleeding. Five years' experience.Minerva
Ginecol2003
Feb; 55(1): 57-61.APÊNDICE
1
Protocolo
de Pesquisa
Ficha
n°.:Prontuário n°.:
1) Idade:
2)
Município de
procedência:3) Paciente
nova no
HU?
Sim
( )Não
( )4) Paridade:
5)
Período
de
Vida:Menacma
( )Menopausa
( )6)
Queixa
principal:7)
Achado
histeroscópico:8) Diagnóstico anátomo-patológico:
APÊNDICE
2
Comitê
de
Ética
em
Pesquisa
com
Seres
Humanos
. 5. :“.f"f*f,<*-I-io' 3- 4\ `»§:‹*-L‹Ê~z`> ië - '.‹->" 1..,¿,> '
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARNA
cr-\MPUs UNIVERSITÁRIO - TRINDADE car: 88040-900 - FLORIANÓPQLIS ~ sc
Tsrsronn (048) 234-1755 - FAX (048) 234-4069
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PESQUISA
com
spams
m1MANos
Parecer Consubstanciado
Projeto n: 249/2003
Título
do
Projeto: Perfil clinico e epidemiológico das pacientes do ambulatório de patologia endometrialdo
Hospital Universitário.Pesquisador Responsável: Profa Ricardo Nascimento, M.Sc., Dept. de Clínica Médica -
UFSC.
Instituição
onde
será realizado o estudo: Setor de Tocoginecologia / Ambulatório dePatolouia Endornetrial do Hospital Universitário da
UFSC.
_ IData
de Apresentação aoCEPSH:
24/ 1 1/2003Objetivos:
Traçar
um
perfil clínico e epidemiológco das pacientes atendidas pela primeira vezno
Ambulatório de Patologia Endometrial do
HU-UFSC
no período de 1 de janeiro de 2003 a30 de Junho de 2003. Sumário:
Estudo retrospectivo transversal através da analise de dados de todos os prontuários disponíveis no Serviço de Arquivo Medico
(SAME)
doHU-UFSC.
para os sujeitos dapesquisa
no
período considerado.Não
haveráTCLE
e os autores acessarão os dados das pacientes diretamente dos prontuários. Este comitê aceita a não existência doTCLE
visto setratar de estudo
em
hospital-escola enenhum
outro procedimento será realirado- além daanálise de dados dos prontuários. desde que todos os cuidados sejam tomados para a não
identificaçãô das pacientes.
O
processo se encontrabem
instruído e o orçamento,bem
como
todas as declarações. são apresentados.
Comentários frente à Resolução
CNS
196/96 e complementares: Parecerdo CE-PSB:
(
X)
aprovado( l reprovado -
(_ _)
com
pendência (detalhes pendência)*) retirado
) aprovado e encaminhado ao
CONEP
› .4 ' m..zz -.V i-_;«--‹~.~f .v‹` z'- É/'V ›K' ~ zz §\ '* tr ._\_\¿\ Â*/f .ill ‹×.` :Â '_/¡ ¬
SERVIÇO
PÚBLICO
FEDERAL
Umvmnsmzmn
FEDERAL DE
SANTA CATARNA
"M'°"< - Ul\!IV'EP.SIT.í_P.IO - TRINDADE CEP: 88040-900 - FLORIANÓPOLIS - SC
TELEFONE' (048) 234-1755 - FAX (048) 23.4-4069
Informamos que o parecer dos relatores foi aprovado por _
em
reunião desteComitê na data de .
Florianópolis, 16 ide
Dezembro
de 2003.*O
processoem
pendência deveráretomar
em
60 dias ao Comitê.CÁM»
'Proj". Vera Lúcia
Bosm
Coordenadora do CEPSH/UFSC
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