DOENÇAS
OCUPACIONAIS
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
Relação com o Trabalho
Relação com o Trabalho
Os trabalhadores compartilham os perfis de
adoecimento e morte da população em geral, em função:
idade, gênero, grupo social ou inserção em um grupo específico de risco.
Além disso, os trabalhadores podem adoecer ou morrer por:
• Por causas relacionadas ao trabalho;
• Como conseqüência da profissão que exercem ou exerceram; • Pelas condições adversas em que seu trabalho é ou foi realizado.
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
Relação com o Trabalho
Relação com o Trabalho
Assim, o perfil de adoecimento e morte dos trabalhadores resultará da separação desses fatores que podem ser sintetizados em quatro grupos de causas:
3. Doenças comuns, aparentemente sem qualquer relação com o trabalho;
4. Doenças comuns (crônico-degenerativas, infecciosas, neoplásicas, traumáticas etc.) eventualmente modificada no aumento da frequência de sua ocorrência ou na precocidade de seu surgimento em trabalhadores, sob determinadas condições de trabalho. A hipertensão arterial em motoristas de ônibus urbanos, nas grandes cidades exemplifica esta possibilidade.
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
Relação com o Trabalho
Relação com o Trabalho
2. Doenças comuns que tem o espectro de sua etiologia ampliado ou tomado mais complexo pelo trabalho. A asma brônquica, a dermatite de contato alérgica, a perda auditiva induzida pelo ruído (ocupacional), doenças músculo-esquelético e alguns transtornos mentais exemplificam esta possibilidade, na qual, em decorrência do trabalho, somam-se (efeito aditivo) ou multiplicam-se (efeito sinérgico) às condições
provocadoras ou desencadeadoras destes quadros
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
O Adoecimento dos Trabalhadores e sua
Relação com o Trabalho
Relação com o Trabalho
2. Agravos à saúde específicos, tipificados pelos acidentes do trabalho e pelas doenças profissionais. A silicose e a asbestose exemplificam este grupo de agravos específicos.
Os grupos 2, 3 e 4, constituem a família das
Os grupos 2, 3 e 4, constituem a família das
Doenças Relacionadas ao Trabalho (DRT)
DOENÇA
“Condição física ou mental adversa, originária de e/ou piorada por uma atividade de trabalho e/ou situação relacionada ao trabalho.”
SAÚDE/DOENÇA
“As condições de saúde ou doença são as expressões dos sucessos ou falhas experimentadas pelo
organismo nos seus esforços para responder adaptativamente aos desafios ambientais”.
O QUE A LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA DIZ A
LEGISLAÇÃO
Doença Ocupacional X Doença Profissional X Doença do TrabalhoLEGISLAÇÃO
Doença Ocupacional:
Lei acidentária de1919 – “moléstia contraída
exclusivamente pelo exercício do trabalho”.
1967 – “doenças do trabalho” Lei 8231/91 >>
LEGISLAÇÃO
Lei 8231/91:
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional (...); II - doença do trabalho (...).
LEGISLAÇÃO
I – Doença Profissional, assim entendida a
produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; Sinonímia: ergopatias, tecnopatias, doenças
profissionais típicas.
LEGISLAÇÃO
II - Doença do Trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
Sinonímia: mesopatias, doenças profissionais atípicas.
LEGISLAÇÃO
ANEXO II
- Agentes Patogênicos Causadores de
Doenças Profissionais ou do Trabalho.
LISTA A
- Agentes ou Fatores de Riscos de
Natureza Ocupacional Relacionados com a
Etiologia de Doenças profissionais e de outras
Doenças Relacionadas com o Trabalho.
LISTA B
- Doenças Relacionadas com o Trabalho.
LISTA C
- Intervalos de CID-10 em que se
reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma
do § 3º do art. 337, entre a entidade mórbida e as
classes de CNAE indicadas.
LEGISLAÇÃO
(ainda no Art. 20. da Lei 8231/91)
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa; d) a doença endêmica >>
LEGISLAÇÃO
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS
COMUNS
Doenças das vias aéreas:
Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), além da asma ocupacional. Substâncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no
Ex: sílica, asbesto, carvão mineral. Conseqüências: silicose (quartzo), asbestose (amianto), pneumoconiose dos minérios de carvão (mineral).
Depois de inaladas. as fibras de amianto fixam-se profundamente nos pulmões, causando cicatrizes. A inalação de amianto pode também produzir o espessamento dos dois folhetos da membrana que reveste os pulmões (a pleura).
Perda auditiva relacionada ao trabalho (PAIR) Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador.
A perda auditiva típica observada com as pessoas que possuem uma longa história de exposição a ruído no trabalho é caracterizada por perda de audição na faixa entre 3000 e 6000 Hz . Na fase precoce à exposição uma perda de audição temporária é observada ao fim de um período de trabalho, mas desaparece após várias horas. A exposição contínua ao ruído resultará em perda auditiva permanente que será de natureza progressiva e se tornará notável subjetivamente ao trabalhador no decorrer do tempo.
INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
- Agrotóxicos: os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam
grandes danos à saúde e ao meio ambiente;
- - Chumbo (saturnismo): a exposição contínua ao chumbo, presente
em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores individuais (idade e condições físicas).
- Mercúrio (hidrargirismo): o contato com a substância se dá por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que lidam com
extração do mineral ou fabricação de tintas
- Solventes orgânicos (benzenismo): por serem tóxicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias
LER E DORT
Conjunto de doenças que atingem principalmente
os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e
DERMATOSES OCUPACIONAIS
São alterações da pele e das mucosas causadas,
mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais. São provocadas por agentes químicos e podem ocasionar irritação ou até mesmo alergia.
Ex: Indústria de corantes, cimenteiras,
indústrias que processam aços inoxidáveis e outras ligas metálicas.
Alergia provocada pelo uso de luvas de látex
RISCO
“Risco pode ser definido como a variação relativa dos resultados reais em relação aos resultados esperados.”
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
Físicos
Ruído contínuo Ruído de impacto Calor
Radiações Ionizantes
Trabalho sob condições hiperbáricas
Radiações não-ionizantes (microondas, laser e ultra violetas)
Vibrações Frio
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
Químicos
Poeiras
Neblinas (é a condensação que ocorre junto à superfície)
Névoas (quando há a condensação de vapor d`água, porém
em associação com a poeira, fumaça e outros poluentes)
Fumos metálicos Vapor
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
Biológicos
Vírus, bactérias, parasitas, geralmente associados ao trabalho em hospitais, laboratórios e na agricultura e pecuária.
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
Ergonômicos e Psicossociais
Decorrem da organização e gestão do trabalho, como, por exemplo: da utilização de equipamentos, maquinas e mobiliários inadequados, levando a posturas e posições incorretas; locais adaptados com más condições de iluminações, ventilação e de conforto para os trabalhadores; trabalho em turnos e noturnos; monotonia ou ritmo de trabalho excessivo, exigências de produtividade, relações de trabalho autoritárias, falhas no treinamento e supervisão dos trabalhadores.
FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE E
SEGURANÇA DOS TRABALHADORES
Mecânicos e de Acidentes
Ligados à proteção das máquinas, arranjo físico, ordem e limpeza do ambiente de trabalho, sinalização, rotulagem de produtos e outros que podem levar a acidente de trabalho
Uma doença ocupacional normalmente é adquirida
quando um trabalhador é exposto acima do limite de tolerância permitido por lei aos riscos ambientais em proteção compatível com o agente envolvido. Essa
proteção pode ser na forma de
equipamento de proteção coletiva (EPC) ou
equipamento de proteção individual (EPI). Existem também medidas administrativas/organizacionais capazes de reduzir os riscos. As principais vias de absorção de agentes nocivos são a pele e os pulmões.
INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO DAS RELAÇÕES SAÚDE-TRABALHO-DOENÇA
Natureza Nível de Aplicação Abordagem / Instrumentos
Dano ou Doença
Individual
Clínica História clínica / Anamnese Ocupacional Complementar:
Laboratoriais Toxicológicos provas funcionais
Exames laboratoriais, provas funcionais
Coletivo Estudos epidemiológicos
• Estudos descritivos de morbidade e mortalidade;
• Estudos analíticos, tipo caso-controle, de “coorte” prospectivos e retrospectivos Fatores ou Condição de Risco Individual
•Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da análise ergonômica do atividade;
• Avaliação ambiental qualitativa ou quantitativa, de acordo com as ferramentas da Higiene do Trabalho
Coletivo
• Estudo do posto ou estação de trabalho, por meio da análise ergonômica da atividade;
• Avaliação ambiental quantitativa e qualitativa; • Elaboração do mapa risco da atividade;
CONTROLE DAS
CAUSAS CONTROLE DOS RISCOS
D ET ER M IN AN TE S SO CI O -AM BI EN TA IS N EC ES SI D AD ES
Riscos ExposiçãoIndíciosExposição IndíciosDanos Casos Seqüela
Intervenção Social Organizada
PROMOÇÃO DE
SAÚDE PROTEÇÃO DA SAÚDE, "Screening" /Mapeamento de Saúde DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCES LIMITAÇÃO DO DANO REABILITAÇÃO SEQÜELAS INESPECÍFICA ESPECÍFICA PRECOCE AVANÇADA
Condições gerais do indivíduo ou do ambiente que predispôe a uma ou várias doenças. A presença de uma constelação de fatores causais num instante dado, favorece o aparecimento de uma dada doença. Da situação anterior resultou uma doença cujos primeiros sinais e sintomas se tornaram aparentes.
A doença segue sua evolução própria, terminando com a morte, com a cura completa ou deixando sequelas.
As sequelas ou
consequencias da doença podem ser reparadas, com maior ou menor eficiência, permitindo a reabilitação do indivíduo.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
PREVENÇÃO PRIMÁRIA PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
CONTROLE DE DANOS
Ações de Saúde Organizada
PRE PATOGÊNESE FASE CLÍNICA Grupos de Risco Pessoas Expostas Suspeitos Cura Assintomáticos Obito