Epidemiologia e
Saúde Pública
Coeficiente de Letalidade
O maior ou menor poder que tem uma
doença em provocar a morte das pessoas que adoecem por esta doença.
Relação entre número de óbitos devido à
determinada causa e o número de pessoas que foi realmente acometido pela doença permite avaliar a gravidade de uma doença.
Taxa de letalidade de Febre Hemorrágica por Dengue no período de 1996 a 2003.
Índice de Swaroop & Uemura
◦ Excelente indicador do nível de vida, que foi muito usado, do qual a saúde faz parte
◦ Porcentagem de pessoas que morreu com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos ocorridos em uma determinada população.
◦ Países desenvolvidos 80 e 90 %
◦ Regiões subdesenvolvidas 50 % ou menos
Vantagens do índice:
Simplicidade de cálculo
Disponibilidade de dados, na maioria dos
países;
Possibilidade de comparabilidade nacional e
internacional;
Alto poder discriminatório:
1º grupo: índice igual ou superior a 75% 2º grupo: variando de 50 a 74%
3º grupo: variando de 25 a 49%
Mortalidade proporcional (%) segundo grupos etários e de acordo com as grandes regiões do Brasil:
Índice de Mortalidade Infantil
Proporcional
IMIP = Óbito de crianças menores do que
Exemplo: morbidade por silicose.
OMS Classificação Internacional de Doenças
Coeficiente de morbidade número de casos de uma doença/população X 10n
Inquérito epidemiológico estudos das condições de morbidade por causas
específicas, efetuado em amostra
representativa ou no todo de uma população
Morbidade:
Vigilância epidemiológica:
“A ação de vigilância epidemiológica
compreende as informações, investigações e levantamentos necessários à
programação e à avaliação de medidas de controle de doenças e situações de agravos à saúde.”
Prevalência freqüência de casos existente
de uma determinada doença em uma determinada população.
Casos prevalecentes casos antigos +
casos novos
Medida estática
Estudos transversais ou seccionais.
Prevalência pontual ou instantânea (Pt)
medição em um dado instante de tempo.
Onde Ct = Nt – N’t
N’t = parcela de indivíduos livres da doença
de interesse no instante t
Nt = tamanho da população estudada. t t t
N
C
P
Fatores determinantes da prevalência: Incidência, duração e movimentos
migratórios.
Intensidade com que ocorre a morbidade em uma
população
Prevalência força com que subsistem as doenças
na coletividade.
Incidência freqüência de casos novos de uma
determinada doença ou problema de saúde ao longo de um período de tempo.
Incidência medida dinâmica mudanças no
estado de saúde
Coeficientes de incidência medidas por excelência
do risco de doença e de agravo.
◦ Estudos de seguimento – Follow-up de uma determinada população
Ocorrência do primeiro episódio da doença
◦ Taxa de incidência expressões quantitativas conceito de risco
Taxa de Incidência:
◦ Onde:
◦ (t0, t) intervalo entre a origem t0 e o instante t;
◦ I = número de casos novos entre t0 e t;
◦ PT = quantidade pessoas-tempo acumulada pela população durante o estudo
PT
I
TI
t .t
Populações fechada ou aberta
População fechada nenhum membro novo a ela é adicionado
Coorte fixa trabalhadores sobreviventes de um acidente nuclear
População aberta adição de novos membros
População aberta estável ou estacionária reposição de indivíduos dimensão da
população constante (N) estrutura etária e por sexo e variáveis associadas ao risco.
Coeficiente de incidência e a velocidade de defecção são iguais ou próximos com valores oscilantes em torno de um valor médio nível de prevalência constante
Velocidade de defecção é maior do que o coeficiente de incidência coeficiente de prevalência tende a diminuir;
Coeficiente de incidência maior do que a velocidade de defecção coeficiente de prevalência tende a valores elevados.
Velocidade de defecção número de casos depurados por cura, óbito e emigração por intervalo de tempo unitário.
Duração (D) Intervalo médio de tempo
por caso.
Casos especiais coeficiente de incidência
e a duração permanecem constantes com o tempo, morbidade estável:
ID
P
Indicadores de saúde comumente empregados no Brasil: Razão de mortalidade proporcional (índice de Swaroop &
Uemura).
Curvas de mortalidade proporcional.
Quantificação das curvas de mortalidade proporcional. Coeficiente de mortalidade geral.
Coeficiente de mortalidade infantil
Coeficiente de mortalidade por
Razão de Mortalidade Proporcional
1º nível (RMP > 75%): países ou regiões onde
75% ou mais da população morrem com 50
anos ou mais de idade Suécia, Cuba, Estados Unidos e Japão.
2º nível (RMP entre 50 e 74%) Brasil,
Tailândia e Costa Rica.
3º Nível (RMP entre 25 e 49%) El Salvador e
Guatemala.
4º nível (RMP abaixo de 25%): alto grau de
Curvas de Mortalidade Proporcional:
Modelo I regiões subdesenvolvidas, nível
de saúde muito baixo (doenças
transmissíveis endêmicas: malária, tifo, cólera, etc.)
Modelo II nível de saúde baixo
desnutrição, diarréias.
Modelo III nível de saúde regular. Modelo IV melhor nível de saúde
Guedes (1972) tradução numérica para
as curvas de mortalidade proporcional de Moraes.
A somatória obtida é dividida por 10,
resultando em 31,95.
O indicador de Guedes e Guedes permite
avaliar e comparar níveis de saúde. Varia de valores negativos (nível de saúde muito
baixo) até um máximo teórico de 50.
Estrutura proporcional de alguns países e
respectivos coeficientes de mortalidade geral, com e sem padronização – 1990:
Coeficientes de Mortalidade
Geral
Mortalidade influenciada pela estrutura
etária Padronização dos coeficientes.
Método escolha de uma população
arbitraria população-padrão
Coeficientes de mortalidades idade, sexo,
condições socioeconômico-culturais.
População (maioria jovem) progressiva Velha regressiva
Padronização do coeficiente de
Mortalidade Geral:
Métodos Direto e Indireto
Método direto taxas de mortalidade
específicas por idade são aplicadas:
Método Indireto indicado quando se
Razão de Mortalidade
Padronizada
Razão de Mortalidade
Padronizada:
OOb = óbitos observados;
100
.
OEs
OOb
RMP
Método indireto de padronização:
nem sempre estão disponíveis todos os
dados necessários (pode-se, por exemplo, conhecer apenas o número total de óbitos de uma determinada população)
ou o número de casos é pequeno, que não
permite a divisão por subgrupos
Razão de Mortalidade
Padronizada
Método indireto de
padronização
1. A informação necessária é o coeficiente
específico (por exemplo por idade) de uma população-padrão
2. Calcula-se o número de óbitos esperados,
a partir da distribuição da população e do número total de óbitos
3. Calcula-se a relação entre o número de
óbitos observados e esperados (RMP)
Razão de Mortalidade
Padronizada
Medida síntese obtida a partir do método
indireto Razão de Mortalidade Padronizada (RMP) ou Standardized Mortality Ratio (SMR)
Razão entre os óbitos observados na população
em evidência e os óbitos esperados (expresso em porcentagem)
Indicador que estima o excesso ou déficit da
mortalidade de uma dada população quando
Razão de Mortalidade
Padronizada
Método direto de
padronização
1. Escolhe-se uma “população-padrão” e
realizam-se os cálculos como se as duas populações tivessem esta distribuição de idades
◦ A população pode ser real (uma das populações em estudo ou aquela de um outro país) ou ser fictícia (média ou soma das populações
envolvidas na análise)
Método direto de
padronização
2. Aplicam-se na população-padrão, os
coeficientes observados nas duas regiões, para obter o “número de óbitos esperados” para ambas
3. Estes “números de óbitos esperados”
permitem o cálculo dos coeficientes ajustados
◦ O resultado (taxa de mortalidade padronizada ou ajustada para idade) indica a mortalidade que uma população teria caso apresentasse um estrutura etária padrão.
Método direto de
padronização
Esperança de vida:
◦ Número médio de anos que ainda resta para ser vivido pelos indivíduos que sobrevivem, até a idade considerada, pressupondo-se que as probabilidades de morte que serviriam para cálculo continuem as mesmas (Moraes, 1954). Valor sujeito às influências do meio
Aumento de vida média não atinge todas
Esperança de vida ao nascer em
alguns países, 1990-1995
Homens:
Esperança de vida em 1910 33,4 anos 1990-1995 64,0 anos
Mulheres:
Esperança de vida em 1910 34,6 anos 1990-1995 68,7 anos.
Indicadores relacionados – IBGE-IDS
2008
◦ Acesso a sistema de abastecimento de água;
◦ Acesso a esgotamento sanitário;
◦ Tratamento de esgoto;
◦ Rendimento familiar per capita;
◦ Rendimento médio mensal;
◦ Taxa de mortalidade infantil;
◦ Prevalência de desnutrição total;
◦
Oferta de serviços básicos de saúde; Adequação de moradia;
Coeficiente de mortalidade por homicídios; Coeficiente de mortalidade por acidentes de
transporte.