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Relatório sobre o Estágio Profissionalizante em Tradução realizado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

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Academic year: 2021

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Ana Teresa Carvalho Rego

2º Ciclo de Estudos em

Tradução e Serviços Linguísticos Tradução Especializada

RELATÓRIO DE ESTÁGIO 2012

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“The original is unfaithful to the translation” Jorge Luís Borges

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, e acima de tudo, gostaria de agradecer à minha orientadora, professora e conselheira, a responsável e coordenadora do Mestrado em Tradução e Serviços Linguísticos Prof. Dr.ª Belinda Maia, pela sua disponibilidade, atenção e claro incentivo e apoio. A Prof. Dr.ª Belinda Maia ajudou-me a acreditar que este relatório poderia singrar mesmo que o meu estágio tenha constado de pouco trabalho de tradução, auxiliando e aconselhando-me em todas as decisões e no seu processo. E finalmente, gostaria ainda de agradecer à Prof Dr.ª Belinda Maia o apoio que me demonstrou na primeira fase do estágio, em que tive de lutar para que entendessem o meu papel como tradutora.

Em seguida, devo agradecer à minha família e amigos, que foram incansáveis nos momentos de frustração e desânimo.

Por último, tenho ainda um grande agradecimento a fazer a dois membros em especial da Unidade ROBIS, do INESC Porto onde estagiei, a Dr.ª Helena Leal, que me acompanhou e apoiou tanto profissionalmente como moralmente durante todo o estágio e o Eng.º Marcos Ferreira, com o qual trabalhei lado a lado e pude contar sempre com a ajuda e humor nos momentos mais tensos e difíceis.

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Resumo

O presente relatório trata de uma análise do estágio por mim realizado no INESC Porto, na Unidade ROBIS. Este estágio baseou-se na revisão e edição, e só mais no final na tradução.

No geral, o trabalho assentava na revisão de artigos científicos e teses, ou excertos destas, sobre Robótica. E por último uma tradução, de um excerto de uma tese dentro da mesma área.

Este estágio, um pouco distinto de aquilo que se espera num estágio para Tradução, fez com que eu aprendesse a lidar com o fato de nem sempre se ter como função aquilo que se deseja, moldando e adaptando os meus objetivos. E, desta forma ajudando-me a crescer como profissional e pessoa.

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Abstract

This report presents a full analysis of the internship at INESC Porto, in ROBIS. The revision and edition of texts were the main concern of this internship, and only towards the end was I required to do a translation.

Most of the work was revising scientific articles, theses, or chapters’ of theses, on Robotics. The last task was a translation, part of a thesis, also within the context of Robotics.

This internship, which was different from my conception of an internship for Translation, taught me to handle the frustration of not working on what you intend, to adjust and to adapt my goals. This way, I evolved not only as a professional, but also as a person.

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Índice

Agradecimentos...iii

Resumo...iv

Abstract...v

0. Introdução...1

1. A Empresa INESC PORTO...2

1.1 Unidade ROBIS – Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes...3

1.2 Apreciação do estágio e ambiente de trabalho...4

2. A problemática das revisões e da falta de CAT tools...7

2.1 Revisão e as suas características...9

2.2 A forte necessidade de um revisor linguístico para Departamentos de Engenharia ou uma aposta na aprendizagem da Língua Inglesa pelos Engenheiros...12

2.3 Escrita Académica de Textos Técnicos e Científicos e a sua edição...17

3. Análise teórica dos textos revistos e traduzidos...21

Análise de Casos Práticos...22

DOCUMENTO 1...22 DOCUMENTO 2...28 DOCUMENTO 3...31 DOCUMENTO 4...34 DOCUMENTO 5...39 DOCUMENTO 6...43 DOCUMENTO 7...46 4. Conclusão...53

5. Bibliografia e Recursos Online...55

ANEXOS...56

Anexo I – Excerto da tradução do documento “Optimal Control Apllications and Methods”.57 Anexo II – Certificado de Frequência de Estágio Curricular...64

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0. Introdução

O presente relatório visa descrever as atividades desenvolvidas durante o estágio curricular realizado na empresa INESC PORTO na unidade ROBIS, estágio que decorreu no período de 7 de fevereiro a 7 de maio de 2012.

Durante este estágio as áreas mais exploradas foram a tradução científica, neste caso mais específico da Robótica, e a revisão linguística de artigos, teses, e outros documentos dentro da mesma área. É possível afirmar-se que não logrou de versatilidade.

Por conseguinte, de forma gradual o relatório analisa todas as envolventes do estágio, passando pelas mais relevantes como as competências adquiridas; a análise crítica de casos práticos de revisões e traduções realizadas, e pelas mais triviais, ou seja, o ambiente de trabalho que se vive na unidade ROBIS, o processo de seleção e uma abordagem à empresa e ao seu funcionamento e percurso de forma generalizada.

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1. A Empresa INESC PORTO

A Empresa INESC PORTO – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto, trata-se de uma associação sem fins lucrativos, possui estatuto de Laboratório Associado (LA) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). O INESC PORTO nasceu em dezembro de 1998 e tem como associados o INESC, a Universidade do Porto, a Faculdade de Engenharia, a Faculdade de Ciências e o Instituto Politécnico do Porto. Nesta empresa as principais áreas de trabalho são as seguintes: Telecomunicações e Multimédia; Sistemas de Energia; Engenharia de Sistemas de Produção; Sistemas de Informação e Comunicação; Optoelectrónica e Sistemas Eletrónicos e Inovação e Transferência de Tecnologia. Estas áreas visam, consequentemente, a Investigação Científica e o Desenvolvimento Tecnológico.

Desta forma, o INESC PORTO, herdou da instituição mãe o INESC (criado em 1980) uma postura invulgar, combinando o ambiente universitário com parcerias em outros setores de forma estratégica e bastante autónoma. O INESC PORTO apoia também o lançamento de novas empresas de base tecnológica com orientações para o mercado global.

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1.1 Unidade ROBIS – Unidade de Robótica e Sistemas Inteligentes

Esta unidade, local onde foram passadas as horas práticas do estágio, aposta no desenvolvimento de soluções inovadoras nos domínios da robótica terrestre, robótica aquática, robótica industrial e dos sistemas inteligentes. Desta forma, a investigação desta unidade está direcionada para o desenvolvimento de projetos relacionados com navegação autónoma, controlo e decisão aplicados em robôs móveis, os quais funcionam em ambientes terrestres, aéreos ou marítimos. A ROBIS é reconhecida nacional e internacionalmente, havendo participado em diversos campeonatos de futebol robótico.

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1.2 Apreciação do estágio e ambiente de trabalho

Na Unidade da ROBIS, que se encontra num edifício do campus da FEUP, trabalham mais de 20 engenheiros e uma secretária. As salas são caracterizadas pela junção de robôs, e os seus respetivos campos de futebol, uma piscina destinada ao teste de navegação de submarinos, e muitos outros aparelhos típicos da área da Robótica. Desta forma cria-se um ambiente dinâmico e por vezes até positivamente informal.

Foi concedido um computador portátil, com o Microsoft Office, mas infelizmente sem nenhum programa dirigido à tradução ou nenhuma CAT tool. De qualquer forma, todo o apoio necessário seja por questões terminológicas específicas ou outro tipo de auxílio, foi cedido com toda a atenção e disponibilidade por parte dos engenheiros que trabalham na ROBIS. Em relação a questões formais e burocráticas a secretária responsável, Dra. Helena Leal, mostra sempre toda a recetividade desejada, tratando de qualquer dúvida ou assunto que nos preocupe como a qualquer trabalhador ou estagiário, na ROBIS. No que diz respeito aos engenheiros, estes recebem qualquer novo colaborador do INESC PORTO de braços abertos, fazendo o mesmo sentir-se integrado e sustentado, tendo sido essa a minha situação também. É legítimo afirmar que o ambiente de trabalho na unidade é de união e apoio, ninguém se sente pressionado nem observado, sente-se sim apoiado e à vontade.

No que concerne horário, na ROBIS existe uma perfeita combinação entre trabalho e horas, ou seja deixa-se um pouco ao critério do trabalhador responsável se este prefere trabalhar por horas fixas ou por tarefas. Por conseguinte, desde que o trabalho seja realizado atempadamente e com brio, não se lhe exige um horário rígido, sendo que isto cria um ótimo bem-estar e flexibilidade na nossa vida como funcionário da ROBIS. É de salientar que o mesmo sucedeu no caso do estágio descrito neste relatório. Grande parte do trabalho foi realizado em casa, o que contribuiu para uma diminuição de custos e despesas, fator importante no caso de um estágio curricular não remunerado como este. Dirigia-me à Unidade ROBIS, duas vezes por semana, horas nas quais tinha ao dispor toda a ajuda precisa, e em que todas as dúvidas eram esclarecidas e eliminadas, e depois realizava o resto do trabalho em casa.

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Contudo, e apesar de tantos fatores positivos que envolveram o estágio efetuado na empresa INESC PORTO, mais especificamente na Unidade ROBIS, algumas batalhas iniciais foram enfrentadas. É importante que o tradutor, mesmo que tenha uma formação específica na área de Tradução, saiba abrir horizontes e usar de outras áreas do seu conhecimento linguístico para satisfazer as necessidades da empresa empregadora. Porém isso não é assim tão fácil de aceitar quando o estagiário tem objetivos e ambições definidas como tradutor, o que é o caso. Mona Baker no seu livro In other words refere este preconceito que o tradutor enfrenta:

“Most translators prefer to think of their work as a profession and would like to see others treat them as professionals rather than as skilled or semi-skilled workers.” (Baker, 1992: 4)

No início do estágio foram entregues apenas revisões, fossem estas de teses, artigos ou outro tipo de documentos na área da Robótica. À partida este trabalho aparentemente mais acessível revelou-se como um certo conforto, mas rapidamente tornou-se numa preocupação. Surgia a questão se eventualmente haveria uma tradução de Inglês-Português para analisar e apresentar no relatório.

Desta forma, esta preocupação foi partilhada com a orientadora responsável na FLUP, Prof. Dra. Belinda Maia, com a Dra. Helena Leal, a secretária referida anteriormente, e com o orientador responsável no INESC PORTO, Prof. Dr. António Paulo Moreira.

Finalmente, após muita insistência foi feito um pedido de tradução, após seis revisões feitas (uma delas de uma tese na íntegra), de um excerto de uma tese, para Inglês - Português. Esta tradução ocupou a outra metade do tempo de duração do estágio, revelou-se bastante complexo, situação a ser analisada mais a frente, e contando sempre com o apoio incansável do Eng.º. Marcos Ferreira.

Em forma de conclusão, apesar da preocupação inicial com o tipo de trabalho que iria ter a cargo, é possível afirmar que no final houve satisfação com a parte académica, pois mesmo a revisão linguística tem muito a ser comentada, como com a parte de ambiente profissional. O estágio curricular é sem dúvida essencial para o tradutor, dando-lhe uma noção do mundo do trabalho, e neste caso em específico, abrindo horizontes sobre como ser um tradutor estagiário numa empresa que não se

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destina à tradução. Este fator é de extrema relevância, pois o fato de o estágio ter sido concretizado numa empresa completamente alheia aos contornos do mundo da tradução atual revelou-se uma batalha muito mais desafiante e nada redutora. E ainda, na qual se pôde obter alguns conhecimentos no que diz respeito à maneira de pensar dos engenheiros e sobre a temática da robótica em si.

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2. A problemática das revisões e da falta de CAT tools

A primeira observação é que para um tradutor a sua função não é unicamente rever, mas sim estar presente em todo o processo de criação de um texto produzido, na sua passagem de uma das suas línguas B para a sua língua A, ou vice-versa. Caso seja necessário. E como referido anteriormente essa foi uma das maiores preocupações.

Foram requeridas 6 revisões e uma tradução, todas sobre Robótica, contendo fórmulas e imensos carateres que o Microsoft Word não reconhece, e aí surgiu o grande problema do formato em que eram entregues os ficheiros e da inexistência de CAT tools.

Tendo em conta, que a empresa INESC PORTO não é uma empresa de tradução é compreensível que não possam disponibilizar algumas ferramentas ao tradutor, ou sequer abrir orçamentos extra para colmatar essas faltas, nem tão pouco compreender certas necessidades, contudo é inevitável que o seu trabalho seja afetado por esta condição.

Porém, é importante refletir sobre a total bajulação e dependência das CAT tools, em especial das Memórias de Tradução, com que o mundo da tradução se depara atualmente. É necessário perceber que se pode realizar um bom trabalho de tradução sem estas ferramentas, e aceitar que sejam essas a condições apresentadas pela empresa empregadora. E foi sobre este obstáculo e problema que houve aprendizagem, cedência e aceitação, sendo possível aprender ainda mais com as limitações impostas, percebendo que no mundo de trabalho real nem sempre vão ser dadas todas as condições mais modernas e sofisticadas para a realização do trabalho.

Face a tarefa minuciosa da revisão é importante estar ciente de duas funções a de rever e portanto melhorar o texto, tendo sempre em mente o público-alvo, ou o futuro cliente, e ainda a função de ajudar o autor do texto, ou seja corrigi-lo e adverti-lo dos seus erros, tarefa que não foi menosprezada, visto que foi acrescentado sempre um comentário a cada correção mais relevante ou a qualquer erro mais recorrente, como aconselha Brian Mossop em Revising and Editing for Translators:

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“You will always have a business function: preparing the text for the delivery to the client, and perhaps writing performance appraisals for the personnel department. In addition, you may have a training function: showing people where their strengths and weaknesses lie, and advising them on how to improve.” (Mossop, 2001: 174)

Durante todo o estágio foi bem frisado que não era exigida perfeição na revisão dos textos, mas sim um certo equilíbrio entre qualidade e tempo, visto que alguns textos eram pedidos para revisão com urgência, para serem rapidamente publicados. Esta situação foi também difícil de encarar para um tradutor que tem um determinado brio no seu trabalho, mas a explicação que foi dada era de que na falta de estagiário para rever, os textos eram publicados na mesma nas suas versões por corrigir. Portanto, de qualquer forma o trabalho do tradutor era já uma progressão e melhoria. É fácil concluir que este género de observação diminui sempre a motivação, situação que rapidamente foi contornada quando surgiu a única e grande tradução, que mais tarde será analisada. Contudo é importante assinalar e salientar que este tipo de função deve ser esperada de um nativo de Língua Inglesa, e entender-se que um tradutor que tem Inglês como Língua B, ou seja uma língua passiva, não tem a capacidade de uma revisão perfeita do Inglês de outras pessoas. Neste sentido é necessário estar consciente que as correções efetuadas talvez não estejam sempre melhores que as versões originais, mas fez-se o melhor possível.

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2.1 Revisão e as suas características

O trabalho de revisão de um texto escrito num inglês imperfeito e confuso, criado através da mente e raciocínio de um engenheiro, não é uma tarefa fácil. Por conseguinte, o ato de recorrer aos colegas engenheiros era constante, fosse para entender a terminologia como até para entender o que estes queriam dizer em todo o contexto. As construções frásicas desordenadas ainda agravavam mais o processo de compreensão. A constante interrogação, sobre como eram anteriormente aqueles textos publicados sem uma revisão, atormentava.

Desta forma, assumiram-se algumas orientações para realizar eficientemente o trabalho de revisão, para o qual não havia sido diretamente formada, mas para o qual havia alguma preparação e capacidade, mas mesmo assim não equivalentes a um nativo. Antes de tudo, era necessário ler o documento de forma a entender tudo, ver a informação através dos erros, e consultar alguns recursos para entender terminologia e ainda falar diretamente com o autor do artigo, nestas situações foram valiosas as horas passadas na Unidade ROBIS. Porém é também de acrescentar que este tipo de revisão tão específica deveria ser feito por um revisor ou editor já formado na área, e não um total leigo.

Após a leitura do documento, é preciso começar a desconstruir o texto, alterando muitas estruturas e palavras, ou seja alterando a sintaxe e a semântica, dando lógica ao texto sem afetar a mensagem, neste caso mais precisamente a informação e conhecimento, que o autor queria transmitir, como refere novamente Mossop:

“Generally speaking one can assume that the author intended something which makes sense, but poor expression resulted in nonsense or contradiction for the reader” (Mossop, 2001: 130).

Quando surgiam frases totalmente desprovidas de lógica, assumia que o autor tinha um objetivo nas mesmas e aí era obrigatório consultá-lo diretamente.

O passo seguinte à alteração básica e primária; da organização gramatical do texto e da lógica vem a coesão, ou seja a fluência e a naturalidade. É suposto que um texto que visa ser publicado numa revista técnica sobre robótica tenha de ser

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compreensível, mesmo que não para leigos mas sim para especialistas ou informados, a leitura do artigo tem de correr de forma fluente e suave, como salienta Brian Mossop:

“Generally speaking, the meaning should come across to the reader on first Reading at normal reading speed” (Mossop, 2001: 133)

Outras partes igualmente importantes são a adaptação e adequação, por mais que o texto pareça estranho e desadequado, é importante relembrar sempre que este tem um público específico, profissionais da área que entendem as estruturas e conseguem ver através destas os procedimentos de engenharia robótica por vezes explicados nestes artigos/teses. Para além de leitores profissionais, existem também amadores, mas visto que são textos muito técnicos e centralizados num tema, a probabilidade aponta para que estes amadores sejam amantes da temática e tenham o mesmo nível de compreensão que os profissionais no que concerne textos publicados em revistas de Robótica. Portanto, tal como para uma tradução numa revisão tem de se ter sempre em mente o público-alvo, como refere Mossop sobre o processo de Tailoring em Revising and Editing for Translator:

“The translation has to be suited to its readers and to the use they will make if of it” (Mossop, 2001: 134)

Contudo, a terminologia não necessita quase nunca de revisão pois apesar do desconhecimento de alguns engenheiros sobre a gramática inglesa estes estão quase sempre seguros da terminologia usada na sua própria área, fato que se reflete nos estrangeirismos usados na terminologia da robótica em português. Um especialista tem sempre a terminologia do seu lado, o que lhe dá uma vantagem em relação ao linguista de linguagem geral, como Teresa Cabré também explica no seu livro Terminology – Therory, Methods and Applications:

Terminology is the most important characteristic of specialist communication because it differentiates special languages from the general language and also the various special languages from one another. Experts use terminology not only to order thought, but also to transfer specialized knowledge in one or more languages and to structure the information contained in specialized texts.” (Cabré, 1999: 45)

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O trabalho de revisão pode requerer uma atenção e minuciosidade exaustiva, ler o artigo atentamente é o primeiro passo como referido anteriormente, mas a cada alteração convém ler a frase de forma a comprovar que esta é compreensível à primeira leitura. Um dos cuidados mais incutidos aos tradutores no Mestrado em Tradução e Serviços Linguísticos é que se temos de ler uma frase mais que uma vez quer dizer que esta não está bem escrita, é de almejar que a frase seja compreensível logo no primeiro contacto com a mesma. Portanto o trabalho de revisão leva o seu tempo e cuidado, e a verdade é que até mesmo acabar uma leitura final leva a perceber que há sempre um ou outro detalhe que se pode aperfeiçoar, como salienta novamente Mossop, no seu livro que tão bem explica o trabalho da revisão:

“If you look hard enough, you will always be able to find more things to change” (Mossop, 2001: 140)

Apesar de no início do estágio o objetivo ambicionado e esperado não fosse o trabalho de revisão, este não se revelou tão supérfluo ou fastidioso como ao princípio aparentava. É possível afirmar que contribuiu para uma boa e nova aquisição de competências, e o abrir de um novo mundo de conhecimento tão diferente do habitual, que é sempre uma mais-valia para um tradutor ou qualquer pessoa comum. Mais ainda, foi dada a possibilidade de conviver num ambiente de trabalho talvez diferente do que é esperado se seguir carreira como tradutora freelancer ou até mesmo como trabalhadora numa empresa de tradução. Para todo o trabalho de revisão como da única tradução que foi solicitada foi dada toda a ajuda e atenção possível, todos os processos técnicos foram explicados e por vezes até visualmente demonstrados para que houvesse uma melhor noção e base para realizar o trabalho, e como sempre aprendendo algo novo.

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2.2 A forte necessidade de um revisor linguístico para Departamentos de Engenharia ou uma aposta na aprendizagem da Língua Inglesa pelos Engenheiros

Após três meses de estágio, no qual apenas foi realizada uma tradução de Inglês-Português, e tudo o resto se trataram de revisões de artigos já originalmente escritos em Inglês foi possível compreender o estado da escrita académica em Língua Estrangeira na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Apesar de que os textos revistos representam uma minúscula amostra foi dado a entender pelos colegas engenheiros que o problema é geral.

Os engenheiros da ROBIS contam que são aconselhados a escrever diretamente em Inglês, mesmo que o conhecimento gramatical dos mesmos seja bastante reduzido, porque os artigos visam a ser publicados e a ser lidos por uma grande variedade de pessoas, e a Língua Inglesa ainda é a língua mais falada e compreendida em termos mundiais.

Por conseguinte, estes engenheiros, que trabalham com sistemas de inteligência artificial, estão bastante conscientes e contextualizados com a terminologia específica da sua área em Inglês mas não tanto com a sintaxe, como referido anteriormente. Contudo, é de salientar que para escrever um artigo académico, em especial se este tem possibilidade de ser publicado em alguma revista de acesso público, convém ser-se muito preciso.

É impensável publicar artigos que contenham erros gramaticais básicos, tarefa que não devia ser assim tão complexa visto que Inglês é das línguas com uma das gramáticas mais simples e com menos regras. Acima de tudo, está a responsabilidade do autor de um artigo, que tem como objetivo a publicação, em ter como preocupação primária o brio do seu trabalho, que é de raiz académica e que portanto se espera que venha perfeitamente bem escrito. Porém, o estigma é que este tipo de perfeição é esperado apenas dos alunos de Letras, e aos alunos das áreas científicas e de engenharia é-lhes demonstrado um certo facilitismo, e apenas se focaliza o conteúdo, as ideias práticas. O problema começa aqui.

Uma vez que houve um enfrentamento com alguma variedade de artigos, todos eles de pobre escrita, pôde-se realmente ver que no geral a terminologia correta está lá e

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as ideias também, o único, e muito, que se tem de rever é sintaxe. Mas estando os próprios engenheiros conscientes desta problemática, qual será então a solução:

Contratar um revisor linguístico formado, a tempo inteiro, para rever todos os artigos ou apostar de forma séria, intensiva e estruturada na formação dos próprios engenheiros em Línguas Estrangeiras, em especial na Língua Inglesa pela sua utilidade?

No caso de ser contratado um revisor, este tem de estar bem por dentro dos temas dos artigos, ou seja, não se pode esperar que um total leigo na matéria tenha a capacidade de rever com total perfeição um artigo, independentemente dos seus conhecimentos linguísticos. É necessário que o revisor tenha um conhecimento dos processos descritos nas teses, artigos e documentos que lhe são requeridos rever, para que possa usar do seu conhecimento de ligações sintáticas corretamente, não retirando nunca a lógica do texto. Ou seja é necessário um profissional, um engenheiro da área que seja também nativo, para rever com total mestria, o que não foi o caso neste estágio, e nem os responsáveis na ROBIS pareceram incomodados com essa questão.

Outro ponto importante a acrescentar é que o autor tenha a capacidade de trabalhar junto com o revisor, para que se ajudem mutuamente. Por um lado o autor possa contextualizar o revisor no tema, e por outro, para que o revisor possa mostrar-lhe as suas falhas e explicar como o autor pode ultrapassá-las e corrigi-las. É possível concluir, que se trataria de um trabalho de equipa.

Para além desta ajuda mútua entre autor e revisor, outra questão a ter em mente no caso de se ter um revisor linguístico a tempo inteiro, é respeitar as necessidades dele em termos de ferramentas de trabalho. Um dos preconceitos enfrentados por tanto tradutores como por revisores, e editores, e proof-readers é que os especialistas de outras áreas não reconhecem a necessidades que estes tem de ter mais ferramentas que o mero Microsoft Office e os dicionários online.

Por conseguinte se num estágio não se pode esperar nem pedir que se abram orçamentos para retificar estas faltas, no caso de um revisor ou tradutor a tempo inteiro, sim. Se da mesma forma o engenheiro espera um trabalho perfeito, e paga para o mesmo, o revisor tem de ter acesso a todas as condições uma vez que seja efetivamente contratado para aquele cargo em específico, e tem brio no seu trabalho.

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Existem várias fases para a revisão do trabalho escrito por outro autor, que o editor ou revisor tem de ter em consideração, como nomeia Brian Mossop no seu livro Revising and Editing for Translators no Capítulo 2 (Mossop, 2001: 27):

 Copyediting – fazer uma revisão geral na gramática, pontuação, erros ortográficos, coerência na terminologia, coesão nas ligações, verificar se o texto possui um “estilo publicável”;

 Stylistic Editing – Tornar o texto fácil de ler, coeso, alcançado uma boa “readability”;

 Structural Editing – organizar as estruturas para conseguir uma boa ordem de apresentação da informação;

 Content Editing – Sugerir algum acréscimo ou redução de informação Contudo a secção do “Content Editing”, que faz parte dos tópico ou passos nomeados por Mossop, não seria um procedimento muito comum para um revisor linguístico num Departamento de Engenharia, pois assume-se que o autor está mais que por dentro de todos os procedimento daquilo que descreve, e que o revisor é pouco mais que um leigo na área.

No entanto, é uma boa sugestão, no caso de um texto ou artigo que visa ser publicado, que antes de uma revisão linguística, o trabalho seja alvo de um revisão de conteúdo por alguém especialista na área, como outro colega de trabalho ou estudante, como sugere o subtema Theses and Dissertations da apresentação online Writing Guidelines for Engineering and Science Students baseada no livro The Craft of Scientific Writing de Michael Alley:

“Although much research from theses and dissertations is also communicated in journal articles, theses and dissertations stand as detailed documents that allow others to see what the work was and how it was performed. For that reason, theses and dissertations are often read by other graduate students, especially those working in the research group of the authoring student.”

(s/a, 2004: http://www.writing.engr.psu.edu/workbooks/theses.html)

Embora, a ideia de um revisor linguístico a tempo inteiro seja uma ótima ideia no sentido de gerar emprego, a outra hipótese é a de apostar fortemente na formação de

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engenheiros em Línguas Estrangeiras. Não se pode exigir a um trabalhador que este explique o seu trabalho numa língua que ele não domine o suficiente para escrever um bom texto de nível académico e profissional, e muito menos publicável. Para todos os trabalhos académicos, em todas as Faculdades, deve existir um documento chamado: “Normas de Escrita”. Estas normas devem abranger tanto a língua nativa (do país da respetiva Faculdade) como a Língua Inglesa.

As normas escritas definem estilo, layout, espaçamento, tipo de letras, citações, entre outras. Contudo, enquanto que para outro estudante as questões mais pragmáticas como o tipo de letra, as citações, o espaçamento sejam as mais conturbadas e confusas, o que se reflete nos estudantes e profissionais de Engenharia é a dificuldade com o estilo.

“In a thesis or dissertation, the style is the way in which the author communicates the research. Most important for style is that the writing be both precise and clear. Clarity calls for avoiding needless complexity and ambiguities” (s/a, 2004: http://www.writing.engr.psu.edu/workbooks/theses.html)

Contudo, se a dificuldade começa com a construção geral do texto, com o desconhecimento da gramática, ou seja as questão mais primárias, a preocupação com estilo e a formalidade do texto passam a ser esquecidas ou remetidas para um plano abaixo do secundário.

Pretende-se de um autor que seja claro, preciso, objetivo, que escreva um texto completo e clarividente na sua passagem de informação, mas ao mesmo tempo simples, de boa legibilidade, e no entanto sem nunca perder a sua formalidade. Se à partida todas estas exigências já são difíceis num texto na nossa própria língua nativa, a dificuldade destas aumenta quando se escreve numa língua que não se domina. Porém isso não pode servir de indulgência para um texto académico estar mal escrito e pobre, e conter abreviações e erros gramaticais.

É necessário distinguir clareza de fatos com a legibilidade de um texto, tal como Mossop adverte:

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“Readability must be distinguished from clarity. Clarity is a feature of meaning of a text, rather than its wording. A text may readable in both senses we have discussed – its language may be smooth-flowing and it may be suited to the intended readers – but it may still be unclear. A text is unclear if its message contains some slip in logic, for example it is self-contradictory, or effects precede causes, or future events come before past ones” (Mossop, 2001: 69)

Todavia, ao ler os artigos e em seguida comunicar diretamente com os autores, é fácil perceber que estes sabem, entendem e conseguem explicar em Português os procedimentos, de formas tão lógicas que com escasso entendimento científico conseguia por vezes entender. Porém o seu conhecimento de Inglês e de ligações e mecânica entre as frases é tão pobre, que a falta de fluidez e coesão atinge diretamente a clareza do conteúdo e a coerência do mesmo. Sendo que desta forma o texto é desprovido de clareza por consequência da falta de legibilidade.

Finalmente pode concluir-se que é fundamental a tomada de uma decisão entre em que medida apostar, se na formação dos próprios engenheiros, ou se na contratação de mais revisores e tradutores formados para estes departamentos. Acima de tudo é necessário preservar-se a formalidade e a exigência na escrita académica, independentemente das áreas de estudo em causa e do conteúdo dos artigos e documentos.

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O problema de escrever bem, escrever academicamente, é visível para todos, mas este dito problema torna-se maior quando se trata de campos como a Engenharia, a Medicina, entre outros. E, exatamente, porquê? Devido à complexidade e nível elevado de tecnicidade das próprias áreas em sim. E por isso, se deve ter em atenção em não subestimar os obstáculos que por exemplo engenheiros têm em compatibilizar a complexidade do material do conteúdo com a escrita e a sua forma. Michael Alley relembra-nos desse fato, no seu livro The Craft of Scientific Writing:

“Many people underestimate how difficult scientific writing is. One aspect that makes scientific writing difficult is the inherent complexity of the subject matter” (Alley, 1996: 1)

No entanto, o que se deve manter é a imposição na qualidade da escrita académica, sem que isso signifique ignorar ou despreciar a dificuldade de atingir essa mesma qualidade nas áreas científicas. Porém, se um estudante chegou a altos níveis no seu estudo superior, níveis que o tornaram apto a escrever um relatório, uma tese ou um artigo publicável, este tem de saber escrever bem na língua que lhe é imposta escrever. Se não o sabe voltamos à questão de manter um revisor linguístico sugerida anteriormente. Porém este capítulo foca-se apenas nos tramites da escrita académica nas áreas científicas e o trabalho de edição da mesma.

A chave para uma escrita científica bem-sucedida é a estruturação do documento, o que escrever, que detalhes são necessários ou não, como organizar e acima de tudo como e onde começar.

Primeiro, dar um título elucidativo e cativante, em seguida nunca introduzir um tópico novo sem contextualizar o mesmo, equilibrar clareza com precisão. É importante evitar frases longas e complexas que confundem o leitor, e conseguir transformar ideias complexas em frases claras e ainda interligar estas ideias, com boas ligações e conectores.

“Moreover, because scientists and engineers produce so much writing, they have an obligation to keep their language concise. Every word should count. Although you should make your language concise, you should also make it fluid. Fluid writing is smooth writing, writing with transition, writing that moves from sentence to sentence, paragraph to paragraph without tripping or tiring the reader” (Alley, 1996: 12)

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Durante a aprendizagem de Línguas Estrangeiras, no que concerne compreensão escrita, e também na arte de bem escrever na língua nativa, a grande prioridade sempre foi o uso de conectores. A sua importância não deve de todo ser menosprezada. Um texto que possua uma boa ligação, um bom conector que inicie uma frase, permite melhores transições de ideias entre as fases, e se há fator relevante na legibilidade de um texto, é a forma como flui e se balançam a ideias.

Por conseguinte, existe uma dificuldade muito grande, no caso de se estar a escrever grandes artigos, em conseguir uma boa variedade de conectores. De forma que é necessário e muito positivo apostar-se na leitura e na pesquisa de sinonímia, um autor não tem de saber à partida todo o vocabulário (não importa a língua em causa), o trabalho de procura e busca não o diminui. Aliás, este processo só lhe atribui mais dinâmica e conhecimento, conhecimento que vai aumentando e tornando-se natural nos textos seguintes. A diversidade nos conectores confere ao texto um nível superior de qualidade, eleva-o.

Continuamente, a pesquisa nunca deve ser eliminada para se escrever bem, se pretende que o seu trabalho tenha a formalidade e nível exigido a um texto académico o autor deve procurar ler textos académicos de qualidade reconhecida.

Num contexto mais abrangente do que frase a frase, e no caso de uma tese ou relatório, é importante o autor lembrar-se das ligações entre temas; subtemas e capítulos, e não só focar-se na ligação entre ideias num parágrafo ou tema. Este fator é também de extremo peso na avaliação de uma boa escrita académica, como sugere novamente Michael Alley:

“You may organize your paper into logical sentences, but if you don’t make transitions between those sections, you can loser your readers.” (Alley, 1996: 53)

Por outro lado, existem também tempos verbais que podem destruir ou construir um texto, com o mesmo valor que os conectores e as transições. O uso excessivo de passivas, por exemplo na língua inglesa, torna a frase desnecessariamente mais larga e complexa, e é um erro muito comum de autores que tem português como língua materna, em que o uso da passiva em textos mais formais é adequado e aconselhado.

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Este erro é referido também por Alley, que no entanto desconhece a problemática de textos académicos escritos em inglês por nativos de português:

“Much fat in scientific writing arises from needless use of passive voice” (Alley, 1996: 125)

Em suma, a escrita académica tem muitos requisitos e envolventes, mas isto não poderá jamais ser depreciado, nem pode sequer haver uma maior tolerância com a pobre escrita destes estudantes ou profissionais das áreas científicas, apenas uma compreensão sobre a maior dificuldade que estes enfrentam.

Não obstante, não é somente a escrita académica que possui tantos requisitos, mas também a edição da mesma.

Uma vez que um revisor ou editor se depara com um documento o seu grande propósito é melhorá-lo. No entanto, há circunstâncias que podem alterar a forma como enfrentamos o texto, como os prazos e até as expectativas do cliente. Outras condições que se impõe são duas diferentes perspetivas: a perspetiva do conteúdo, da mensagem; e a perspetiva do estilo ou como está escrita a mensagem.

Existe, contudo, ainda uma terceira perspetiva, que é a forma:  Gramática

 Pontuação  Ortografia

Estas três perspetivas têm, porém, diferentes níveis de relevância. No caso da edição, se nos deparamos com um mau conteúdo, uma mensagem fraca ou desprovida de lógica, não há estilo nem forma que salvem o texto.

Desta forma, o editor tem de criar uma ordem de prioridades no seu trabalho, e este começa na análise da mensagem. Se o revisor ou editor encontra uma mensagem dúbia, tem primeiro que dirigir-se ao autor e entender se a qualidade desta mensagem está só afetada por um mau uso de estilo ou forma. Se não é este o caso, o texto não tem

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conteúdo requer que o editor esteja consciente da precisão na totalidade da temática discutida no documento, o que raramente acontece.

“If the message is incorrect, then the document fails, no matter how well the message is communicated, or what form is it in” (Alley, 2000: 3)

Uma vez que se ultrapasse a prioridade um, com sucesso, e a mensagem não seja o problema, aí o editor foca-se na correção da forma e do estilo.

No estilo é importante manter a formalidade associada à escrita académica, a estrutura e organização, as transições, o rigor da linguagem, ou seja, a coerência e coesão. A coerência e coesão são os conceitos mais importantes na escrita, estes abordam todos os processos do trabalho de um revisor e editor.

Por sua vez, na ortografia, é preciso estar-se atento e ser-se muito minucioso e claro, perfecionista. É na ortografia que surgem os pequenos erros e por vezes os mais difíceis de detetar: vírgulas mal colocadas ou inexistência das mesmas; verbos incorretamente conjugados; uso excessivo da passiva; confusão com palavras ou expressões homófonas (situação muito frequente na escrita do inglês, por exemplo: you’re e your, e situação evitável se os autores não usassem de todo a informal abreviação “you’re”); entre outros.

Por último, a informação a reter desta secção sobre a escrita académica e a sua edição, é que as dificuldades não devem ser depreciadas, mas também que os facilitismos e complacências não podem ser tolerados não importa a área de estudo. E ainda, que a função de um revisor e editor é de grande valor, e deve ser reconhecida como tal.

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Para realizar uma revisão ou tradução é preciso saber que tipos de texto têm em mãos, antes de começar a dar mais algum passo.

O tipo de texto vai determinar as estratégias que serão adotadas para a sua revisão ou tradução, tanto como os requisitos impostos pelo cliente. Os textos podem ser jornalísticos, literários, instrutivos, técnicos, científicos, sendo que os últimos dois tipos abrangem uma enormidade de subtipos.

Durante o estágio de três meses na Empresa INESC PORTO na Unidade ROBIS, foram revistos 6 documentos e foi realizada apenas, infortunadamente, uma tradução. Destes sete ficheiros, temos:

 Documento 1: Tese, texto científico e académico, sobre Robótica Marítima.  Documento 2: Artigo, texto científico, sobre Sistemas de Visionamento e de

captação de movimento.

 Documento 3: Artigo, texto científico, sobre Reconhecimento de Objeto  Documento 4: Artigo, texto científico, sobre Sistemas de Localização  Documento 5: Artigo, texto científico, sobre Sistemas de Robótica Marítima  Documento 6: Artigo, texto científico, sobre Robótica.

 Documento 7: Excerto de uma tese, texto científico, sobre Robôs Omnidirecionais

(Do documento 1 ao documento 6, são os textos revisto, o Documento 7, é a tradução)

Análise de Casos Práticos

DOCUMENTO 1

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Língua: Inglês

Número de Palavras: 29.434

Tema: Robótica Marinha e os veículos usados

Este documento foi o primeiro a ser revisto durante o estágio, este trata-se de uma tese de 71 páginas, escrita já diretamente em Inglês pelo engenheiro. A revisão deste documento foi um trabalho moroso, para qual foi necessário o constante auxílio do autor. A temática da Robótica Marinha, aliás de toda a Robótica no geral, é uma temática na qual sou total leiga, e portanto as dúvidas eram constantes e recorrentes.

Contudo, apesar do tema não ser do domínio habitual, as questões referidas anteriormente como importantes no processo de uma revisão, como a formalidade, o estilo, a gramática, entre outros, são visíveis e facilmente identificáveis. A verdade, é que era isso que era esperado do trabalho.

A revisão deste ficheiro em específico foi complexa, devido à quantidade de páginas do mesmo, à repetição constante da mesma tipologia de erro, e pelo estilo de escrita. Porém, foi dado um determinado prazo que condicionou que pudesse alterar como almejado o estilo e formalidade do documento. Desta forma, a revisão limitou-se pela revisão básica e prioritária, que se baseia na revisão gramatical.

Texto Original Texto Revisto

“Current world have been increasingly demanding for inclusion of robotics into several domains. Motivated by such a need, robotics has considerably evolved over the last two decades where intensive and enthusiastic work have been developed by several researchers.” 1

“Nowadays, the world demands the inclusion of robotics in several domains, a demand that has been increasing each day. This need has made robotics evolve considerably over the last two decades in which intensive and enthusiastic works have

been developed by many researchers.”

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Este segmento trata-se logo do primeiro parágrafo da “Introdução” da tese. Aqui, como se pode ver no exemplo foi necessária uma completa reestruturação da primeira frase, para que esta passasse a ter sentido. E ainda o acréscimo de uma vírgula, retomando-se o problema da pontuação salientado anteriormente como uma das partes mais importantes no trabalho de revisão e edição de escrita académica. Na frase seguinte: foi retirado o artigo indefinido “a”; reposicionado o advérbio “considerably”; substituído o “where” por “which” pois a referência não era espacial, e não tinha sentido o pronome “where”; e ainda a alteração de “several” por “many”, não porque se tratasse de um erro gramatical mas porque dava um tom repetitivo ao texto o uso do pronome “several” duas vezes num único parágrafo.

Texto Original Texto Revisto

“Such characteristics imply considerable effort on the design.”

“These characteristics imply considerable effort on the design.”

Texto Original Texto Revisto

“Such dimensions generally leave free space for carrying a relatively large amount of batteries, or fuel, for propulsion and power for electronics”

“These dimensions generally leave free space for carrying a relatively large amount of batteries, or fuel, for propulsion and power for electronics”

Texto Original Texto Revisto

“Such devices are generally grouped into a single device that possesses three independent accelerometers along three orthogonal axes”

“The devices are generally grouped into a single device that possesses three independent accelerometers along three orthogonal axes”

O autor repetia o determinativo “such”, desta forma dando um tom enfático bastante desnecessário no contexto. Este erro apareceu recorrentemente ao longo da

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tese, e em poucas situações se pode manter este uso, pois num texto científico e académico de engenharia a enfatização não se coaduna.

Texto Original Texto Revisto

Due to their nature, particle filters may fail to cover the vicinity of relevant regions be- cause of the finite number of particle used to approximate the posterior. Indeed, the impossibility of having infinite particle due to computational constraints is a major drawback of particle filters, which could lead to lack of representativity of the posterior in the state space.

Due to their nature, particle filters may fail to cover the vicinity of relevant regions. This happens because of the finite number of particle used to approximate the posterior. Indeed, the impossibility of having infinite particle due to computational constraints is a major drawback of particle filters. And this could lead to lack of representability of the posterior in the state space.

Neste parágrafo houve a necessidade de uma maior segmentação de orações, a língua inglesa é uma língua muito mais simplificada e fragmentada, as frases longas tornam-se exaustivas e perdem não só o sentido como o leitor. É ainda de salientar, a correção de “representativity” para “representability”. Após algumas pesquisas pode-se concluir que a palavra correta seria “representability”.

Texto Original Texto Revisto

“Indeed, when using other control design tools, the control laws are commonly derived based on the assumption that the required actuation effort is sufficiently small and does not reach saturation which, in turn, may introduce undesired effects in the dynamics”

“Indeed, when using other control design tools, the control laws are commonly derived from2 the assumption that the required actuation effort is sufficiently small and does not reach saturation. This, in turn, may introduce undesired effects in the dynamics.”

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Aqui novamente deu-se uma divisão da frase em duas. Este é um dos erros mais comuns em inglês de um escritor que tem como língua nativa o português, frases excessivamente longas, e que perdem o sentido. Neste caso em especifico, e no caso da maior parte dos textos revistos, é que não é só a extensão da frase mas como a pobreza de conectores que as torna desprovidas de sentido.

Texto Original Texto Revisto

“It worth note that other techniques (…)”

“Worthy of note is that other techniques (…)”

A frase apresentada está na sua totalidade incorreta gramaticalmente, apresenta um sujeito mas carece de um verbo, para além de que existe uma expressão-tipo em inglês algo que é digno de nota, ou de salientar que é: “Worthy of note”, apesar de que esteja um pouco ultrapassada e a revisão também poderia ter sido “It is worth noting”.

Texto Original Texto Revisto

“Although simple, it provides a powerful framework for coordination of both homogeneous and heterogeneous teams.”

“Despite its simplicity, it provides a powerful framework for the 3coordination of both homogeneous or heterogeneous teams”

No exemplo anterior, o que sucedeu foi uma tradução literal do Português: “Embora simples”, e que novamente deu resultado numa frase sem verbo, nem sujeito sequer. A solução pautou-se pelo uso de um conector diferente e o uso do substantivo “simplicity”.

Texto Original Texto Revisto

“Besides the works referred above, there is not yet complete solutions that systematically addresse the cooperative localization problem for underwater robots, to our knowledge.”

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Este excerto é novamente um dos mais problemáticos, logo no início da frase substituiu-se o verbo “referred” pelo verbo “mentioned”, não que o primeiro esteja incorreto mas por uma questão de naturalidade a alteração foi necessária. O uso do verbo “referred” é possível de ser explicado também pela o fato do autor da tese ser português, e o verbo “referir” ser comummente usado neste género de situações. Em continuação, existe um problema de concordância entre sujeito e verbo com “there is not yet complete solutions”, seguido de dois erros ortográficos “sistematically” e o “addresse”. Este tipo de problemas, considerados básicos, poderiam ser facilmente evitados caso os engenheiros não usassem um programa sem corretor ortográfico e dicionário de Inglês. E por fim ainda surge “to our knowledge”, para ser esclarecida a intenção do autor recorri diretamente ao mesmo, e percebi que a o este queria dizer era “at least that we are aware about”.

Texto Original Texto Revisto

“Dynamic resource allocation, however, often needs for cooperation among (…)”

“However, dynamic resource allocation often needs for cooperation among (…)”

Um dos erros mais recorrentes nesta tese era a má colocação de conectores adversativos, um erro para o qual é preciso muita atenção para identificar, principalmente quando se revê um trabalho de tal extensão e exaustão.

Texto Original Texto Revisto

“The method is basically uses formation constraint functions in order to keep a well established formation topology.”

“Basically, the method uses formation constraint functions in order to keep a well-established formation topology.”

Uma vez mais, o conector, neste caso “basically”, encontrava-se mal posicionado na frase, retirando-lhe total nexo, e a expressão “well-established” estava sem o hífen.

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Em suma, esta tese foi o primeiro trabalho de que foi requerida a revisão no estágio no INESC PORTO, e levou algumas semanas a ser editado na totalidade. A maior parte dos erros eram recorrentes e fizeram com que fosse necessário usar a função Comentário para advertir o engenheiro sobre a frequência com que cometia certas falhas. Para além disso, a interação direta com o mesmo contribuiu para uma melhor compreensão do documento e portanto para uma melhor revisão deste.

DOCUMENTO 2

Tipo de Documento: Artigo científico Língua: Inglês

Número de Palavras: 9.670

Tema: Sistemas de Visionamento e de captação de movimento.

Este artigo sobre sistemas de visionamento e captação de movimento através da cor, de nome “Vision System for Tracking Handball Players Using Fuzzy Colour Processing”, está também envolvido com a prática do desporto Andebol.

Contudo, apesar da dificuldade de rever um artigo de um tema tão específico da robótica, este não foi uns dos que apresentou uma revisão mais complexa, devido ao bom conhecimento de inglês da engenheira autora do mesmo. No entanto, surgiu um ou outro detalhe importante a editar.

O artigo tinha como objetivo a publicação numa revista científica e por conseguinte a exigência para o mesmo era bastante superior.

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“Sports are an important part of nowadays society”

“Sports play an important role in today’s society”

No exemplo anterior deu-se uma reestruturação da frase, passando a usar-se expressões mais comuns e naturais na Língua Inglesa como “play an importante role” e “today’s society”. Desta forma a frase tem um nível de escrita superior, para além de que tem um tom muito mais nativo.

Texto Original Texto Revisto

“This information is frequently extracted manually by operators that (…)”

“Often this information is manually extracted by operators that (…)”

A frase anterior tinha uma sonoridade repetitiva, fator bastante dispensável num artigo que visa a publicação, devido à repetição de dois advérbios acabados em “ly” apenas com um verbo de separação: “frequently” e “manually”

Texto Original Texto Revisto

“Although there are two main categories of technologies used for automatic detection and tracking: intrusive (where special tags or sensors are placed on the targets) and non-intrusive (where there are no extra objects in the game environment), this paper only addresses the second category because one of the major problems of intrusive systems is that usually regulations do not allow their usage on official games which is provide the most interesting information for game

“There are two main categories of technologies used for automatic detection and tracking: intrusive (where special tags or sensors are placed on the targets) and non- intrusive (where there are no extra objects in the game environment). However this paper only addresses the second category because one of the major problems of intrusive systems is that usually regulations do not allow their usage in5 official games, where the most

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analysis” interesting information for game analysis is provided.”

O exemplo anterior tem como problema principal a sua extensão, é uma única frase de 75 palavras, por conseguinte a primeira edição foi a divisão entre duas frases, retirando-se conector da primeira frase “although”, que era o causador da impossibilidade de divisão da frase, e começando a seguinte “however”. Desta forma ideia de adversatividade mantêm-se e a organização frásica aperfeiçoa-se. O segundo e último problema é o “which is provide the most interesting information for game analysis” que não faz de todo sentido e deu lugar a uma diferente organização, a um diferente tempo verbal e outro pronome relativo: “where the most interesting information for game analysis is provided”

Texto Original Texto Revisto

“Despite the white colour is common to both uniforms”

“Despite the fact that the white colour is common to both uniforms”

Por ultimo, neste segmento a preposição “despite” aparece incompleta e tirando desta forma o sentido da frase, para corrigir o erro usei “despite the fact”, porém a frase também estaria correta se se usasse a conjunção “although”

Por fim, pode-se concluir que este artigo não se revelou dos mais problemáticos, poucos exemplos de erros destacáveis foram possíveis de identificar e demonstrar, tendo sido este um trabalho mais simples e menos moroso.

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DOCUMENTO 3

Tipo de Documento: Artigo científico Língua: Inglês

Número de Palavras: 7.923 Tema: Reconhecimento de objeto

Este artigo fala do processo de reconhecimento de objeto através de um telémetro laser medidor, e foi escrito por dois autores e engenheiros diferentes, situação bastante percetível no documento, pois encontram-se bastantes erros no início do artigo e isso tende a diminuir nas últimas páginas.

Texto Original Texto Revisto

“After the creating of the image, the control system interacts with the recognition system”

“After creating the image, the control system interacts with the recognition system”

Aqui só haveria duas hipóteses possíveis para a correção desta frase “After the creation of the image” ou “After creating the image”, a opção deu-se pela segunda por ser mais natural e comum.

Texto Original Texto Revisto

“For this reason, they appear to be the most promising method and has been used

“For this reason, they appear to be the most promising methods and have been

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extensively” used extensively”

Nesta frase havia duas faltas de concordância entre sujeito e verbo, tendo em conta o contexto corrigiu-se tudo de acordo com “they”.

Texto Original Texto Revisto

“To make the training and testing of several classication models possible, an algorithm to extract all the desirable features from the gray-scaled images was created.”

“To make the training and testing of several classification models possible. An algorithm was created6 to extract all the desirable features from the gray-scaled images”

O segmento anterior contém um erro ortográfico, que como referido anteriormente poderia ser corrigido se instalassem um corretor ortográfico no programa, normalmente o LaTex, que usam. A frase foi também reconstruída para evitar a passiva forçada. O grande problema deste tipo de erros básicos é que estes passam e são publicados com ou sem revisão.

Texto Original Texto Revisto

“Therefore, the application of the Otsu's segmentation method is performed with a successful result, however for the rest of the images this segmentation was unsuccessfully which forbid the feature extraction process.”

“Therefore, the application of the Otsu’s segmentation method is performed with a successful result. H7owever for the rest of the images this segmentation was unsuccessful which forbad the feature extraction process”

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No exemplo anterior utilizou-se um advérbio num lugar em que deveria estar um adjetivo “unsucessfully” por “unsucessful”, e houve também um erro de coerência de tempo verbal, “forbid” teve de ser substituído pelo passado “forbad”

.

Texto Original Texto Revisto

“In this case, and due to the lack of observations, where 2/3 of the full data belong to the train-data, this advantage is even more important since it allows the train data used to be optimized.”

“In this case, and due to the lack of observations, where 2/3 of the full data belong to the train-data, this advantage is even more important since it allows the train data to be used in order for it to be optimized.”

Por fim o ultimo erro a assinalar neste revisão foi o “it allows the train data to be optimized” que perde um pouco o sentido se não houver uma ligação e conexão maior entre os processos da frase, daí a substituição “it allows the train data to be used in order for it to be optimized”

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Tipo de Documento: Artigo Científico Língua: Inglês

Número de Palavras: 4.201 Tema: Sistemas de Localização

Este artigo, um dos primeiros a ser revisto durante o estágio realizado no INESC Porto, na Unidade ROBIS, reflete sobre uma nova abordagem na área da localização para robôs em espaços fechados. Este documento ainda exibe alguns erros importantes a assinalar e demarcar, os quais passa-se a analisar.

Texto Original Texto Revisto

“An Extended Kalman Filter (EKF) is used, as sensor fusion methodology, to combine the dead-reckoning and landmarks information, increasing the flexibility of the system by reducing the number of marks needed in the environment.”

“An Extended Kalman Filter (EKF) is used, as a sensor fusion methodology, in order to combine the dead-reckoning and landmarks information. This increases the flexibility of the system by reducing the number of marks needed in the environment.”

Neste exemplo, surge a divisão de uma longa oração em duas, tornando o Inglês mais fluente e natural. É necessário haver uma maior fragmentação e divisão da informação a nível frásico na língua inglesa. Para além dessa mudança, que é a principal neste segmento, pode-se ver o acréscimo do artigo “a”, que era absolutamente necessário, antes de “sensor fusion methodology”.

Um dos erros mais recorrentes neste texto é a concordância entre sujeito e verbo, e a extensão exagerada das frases, típica de um nativo português, fatores que se podem facilmente comprovar nos próximos exemplos.

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Texto Original Texto Revisto “This method was implemented

and tested in a real autonomous wheelchair and the experimental evaluation shows that our system is able to provide a precise estimation of the robot’s pose, making this method appropriate for almost every indoors environment (both non-industrial and industrial).”

“This method was implemented and tested in a real autonomous wheelchair. The experimental evaluation shows that our system is able to provide a precise estimation of the robot’s pose. Therefore, this method is suitable for almost every environment (both industrial and non-industrial).”

No segmento anterior, exibe-se outra fragmentação de uma só frase em duas. Desta forma acrescenta-se um conector mudando a orientação do discurso, abandonando-se o present continuous, substituindo-o pela presença e significado do conector “therefore” e o uso do presente, e ainda trocando o “appropriate” para “suitable”, por uma questão de naturalidade.

Texto Original Texto Revisto

“With technological developments, service mobile robots (SMR) will proliferate, becoming an integral part in our lives. However, to achieve this step it is necessary to accomplish a practical and reliable localization method to make possible the correctly execution of the assigned tasks by the robot.”

“With technological developments, service mobile robots (SMR) will proliferate, becoming an integral part of our lives. However, to reach this target it is necessary to accomplish a practical and reliable localization method. This method would allow the robot to do a correct execution of the tasks assigned to it8.”

Novamente, neste exemplo deu-se mais uma divisão, devido à larga extensão da frase no artigo original. Outra das edições feitas foi substituir o “to achieve this step”

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para “to reach this target”, dando mais sentido e naturalidade à frase, o que pode ser realmente crucial num texto de nível académico.

Texto Original Texto Revisto

“Just like ancient navigators which use the stars to navigate their boats, our approach creates a constellation into the ceiling in order to allow a robot to localize itself”

“Just like ancient navigators, who used the stars to navigate their boats, our approach is based on the creation of a constellation in the ceiling, allowing the robot to localize itself.”

No exemplo anterior existe dois graves erros logo na primeira linha, o uso do tempo presente para referir fatos do passado, e o uso do pronome relativo errado, “which” em vez “who”. As correções seguintes são mínimas e mais a nível de sentido.

Texto Original Texto Revisto

“In particular, the results are obtained using a real person into the wheelchair, which represent the worst case in the localization accuracy, due to the person movement and weight distribution. We demonstrate that the Extended Kalman Filter (EKF) allow a reliable navigation of the robot, using dead-reckoning and the artificial landmarks (when they are available).”

“In particular, the results are obtained using a real person to experiment the wheelchair, which represents the worst case in the localization accuracy, due to this person movements and weight distribution. We also demonstrate that the Extended Kalman Filter (EKF) allows a reliable navigation of the robot, using dead-reckoning and artificial landmarks (when these are available).”

As alterações feitas neste excerto foram no caso de “real person into the wheelchair” para “a real person to experiment the wheelchair”, pois para além de se tratar de uma construção errada esta era também um pouco rara e confusa, e que, mais, não pode ser explicada pela influência da língua do autor. Em seguida, a correção da conjugação do verbo “represent”, neste artigo o problema da concordância entre verbo e sujeito era constante. Já no fim do excerto acrescenta-se um “also” na última frase para

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que se forme uma relação entre a ação anteriormente descrita e a seguinte, e ainda se faz uma correção novamente a nível de concordância de sujeito e verbo.

Texto Original Texto Revisto

“Focus only on localization systems based on landmarks we can found two methodologies: natural and artificial landmarks”

“Focusing only on localization systems based on landmarks we find9 two methodologies: natural and artificial landmarks”

“Focus” foi corrigido por “focusing”, este é um erro grave e que poderia distorcer o sentido da frase.

Texto Original Texto Revisto

“We focus our work in some important features that every indoor localization method should have: reliable, robust and accurate (less than 5cm).”

“We focus in 10our work in some important features that every indoor localization method should comprise: reliability, robustness and accuracy (less than 5cm)”

Uma vez que se vai apresentar características ou seja “features” é importante saber que para nomeá-las tem de ser com substantivos e não adjetivos, e essa foi a correção feita neste segmento, de “reliable” para “reliability”, de “robust” para “robustness” e de “accurate” para “accuracy”.

Texto Original Texto Revisto

“Also discussed is the localization accuracy achieved by this new method. For the characterization of the error obtained by this innovative

“The localization accuracy reached by this new method is also discussed. We compare the results with direct measures in order to characterize the error obtained

9 Correção após defesa 10 Correção após defesa

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localization system we compare their results with direct measures.”

by this innovative11 localization system.”

O último exemplo a merecer referência tinha um grave problema de naturalidade, a forma como estava escrito soava forçada, de forma que a edição do mesmo teve como objetivo uma fluidez e melhor sonoridade, com a simplicidade e objetividade típica do Inglês.

Em suma, este artigo científico de nome “A Robust Visual Localization System for Indoor Mobile Robots using Artificial Landmark”, apesar de ser dos mais curtos para rever foi sem dúvida dos que mais exemplos tinham a apresentar e dos que se encontrava com mais erros, alguns bastante graves.

DOCUMENTO 5

Tipo de Documento: Artigo Científico Língua: Inglês

Número de Palavras: 3.993 Tema: Robótica Marinha

Do artigo, de nome “A bottom-following problema approach using an altimeter”, foi requerida a revisão num prazo muito curto. Este tinha o propósito de vir a ser publicado, e havia uma certa urgência na revisão. Para além disso, salientaram que a

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