PÓS-GRADUAÇÃO
EM
ENGENIIARLAELÉTRICA
APLICAÇÕES DE REDE
Mos
DIvIsORA
DE
CORRENTE
EM
CIRCUITOS
INTEGRADOS
ANALÓGICOS
PROGRAMÁVEIS
DISSERTAÇÃO
SUEMETIDA
À
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
PARA
A OBTENÇÃO
DO
GRAU DE
MESTRE
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
RICARDO TAKASE
GONÇALVES
'
APLICAÇÕES
DE REDE
Mos
DIvIsoRA
DE
CORRENTE
EM
cIRcUITos
INTEGRADOS ANALÓGIcos
PROGRAMÁVEIS
CANDIDATO:
RICARDO
TAKASE GONÇALVES
Esta dissertação foi julgada para obtenção
do
título deMESTRE
EM
ENGENIMIÃ.
ESPECIALIDADE
ENGENHARIA
ELÉTRICA
e aprovadaem
suafonna
final peloCurso
dePós
Graduação.~
Prof.
MÁRcIo
cHIêfr(EMsc
IDER,
Dr.ORIENTADOR
\
C/Q
V
X
O
Prof
CARLOS
z.. 'M0
ORO,
Dr. CO-ORIENT I R
Q
`\ I¶
if
E A -P
Prr›f.›‹ovAI..MoRlKAss
K, âcooRDENADoRDoc
so DE Pos-GRADUA -s M_ GENHARIA ETRICAPri. Adroaldo Raizer, U .
Íllinfiønldlldør do Curso de P. G. Eng' Eléttlt'-I
BANCA ExA1vIINADoRAz/¿/
Prof.
MÁRCIO
cÉm~mEE
Dr.CÍÃÍ
Qàx
4Prof.
CARLOS
GALUP
MONT
O, Dr.Prof.
SIDNEI
NocET11=IL1fIo,
D.sz.AGRADECIMENTOS
Agradeço
os professoresdo
LINSE
'(Laboratório de Instrumentação Eletrônica) daUFSC.
Especialmente aosmeus
orientadoresMárcio
Cherem
Schneider e CarlosGalup Montoro,
pelo
imenso
apoio para a realização deste trabalho.Agradeço
também
a todos os colegasdo
laboratórioque
me
incentivaram durante esteperiodo,
em
especial aAna
Isabela AraújoCunha
pelo inestimável apoio científico e a Elton LuizFontão
por sua grande ajuda na ediçãodo
trabalho.Agradeço
aosmeus
pais Silvio e Lúcia pelo incentivo e pelo carinho.Agradeço
demaneira muito especial à
minha
esposaSelma
por todo seu apoio,compreensão
e dedicaçãoSumário
... .. Lista de figuras ... .. Lista de tabelas ... ..Resumo
... .. Abstract ... ._ Capítulo I - Introdução ... ..Capítulo II -
O
Divisor de CorrenteMOS
... ..2.1 - Introdução. ... .. 3
2.2 - Característica estática
do
transistorMOS
... ..2.3 - Associação de transistores ... ..
2.3.1 - Associação
em
série ... ..2.3.2 - Associação
em
paralelo ... ..2.4 -
A
rede "ladder"T-2T
... ..2.5 -
Não
idealidadesda
rede proposta ... ..2.6 - Propriedades da rede proposta ... ..
Capítulo III - Aplicação
da
Rede
Divisora de Correnteem
um
Amplificador de
Ganho
Programável ... .. 13
. 3.1 -Introdução ...
..
3.2 -
O
amplificador deGanho
Programável ... ..3.3 -
Implementação
deum
protótipo discreto - resultados experimentais.3.4 -
O
Amplificador
Programável atuandocomo
conversorD/A
... ..3.4.1 - Introdução ... ..
3.4.2 - Conversor digital-analógico ... ..
20
~
-
3.5 - Conclusao ... _.
4.2
O
integradorem
corrente chaveada4.2.1 - Circuitos de 1° geração ... ..
4.2.2 - Circuitos de 2” geração ... ..
30
4.3 -
Uma
nova
metodologia de implementação de filtros SI4.3.1 - Resultados experimentais ... ..
`
46
Capítulo
V
- Conclusoes ... ..Figura 2.1 - Estrutura de
um
transistor canal-n ... ._3Figura 2.2 - Transistores
MOS
conectadosem
série ... ..5Figura 2.3 - Características ID x
VD
- transistor unitário, associação série e associação paralelo de dois transistores unitários ... ..6Figura 2.4 - Topologia da rede "ladder"
R-2R
... ..7Figura 2.5 -
Rede
"ladder"T-2T
de 2 bits programável ... ..8Figura 2.6 -
Rede
"ladder"T-2T
de 2-bitscompensada
para minimizar os efeitos da saturaçãoda
velocidade dos portadores ... .. 10Figura 2.7 -
Rede
"ladder"T-2T
de 1-bit12 ... .. 12Figura 3.1 - Amplificador de
ganho
programável ... .. 13Figura 3.2 - (a) rede divisora de corrente e (b) seu símbolo ... .. 14
Figura 3.3 - Características estáticas das redes ot e B.
VG =
2,5V
eVB
=
-2,5V
... .. 17Figura 3.4 -
V0
x V¡do
amplificador programável.Ganhos
- 1/4, 1/2, 1, 2, 3 e 4 ... .. 17Figura 3.5 - Distorção harmônica total - rede
com
ganho
de 1/4, 1, 4 e rede linear ... .. 18Figura 3.6 -
Função
de transferência ideal deum
conversorD/A
de 3 bits ... .. 21Figura 3.7 - Conversor
D/A
de 4 bits - (a) rede de escalamento da corrente (b) conversor linear V-Ida
entrada e (c) conversor linear I-V da saída ... ..22
Figura 3.8 - Característica estática
do
protótipo discreto de 4 bits ... ..24
Figura 3.9 - Leiautes da rede de escalamento implementadas
no
PMU
9 (a)SoG
e (b) "full-custom" ... ..25Figura 4.1 - Espelho de corrente (la geração) - (a) convencional, (b) proposto e (c) proposto modificado ... ..
28
Figura 4.2 - Sinais de "clock" não sobrepostos ... ..
30
Figura 4.3 - Circuito de atraso (la geração) - (a) convencional e (b) proposto ... ..
30
Figura 4.4 - Integrador SI universal de 1” geração - (a) convencional e (b) proposto ... .. 31
Figura 4.6 - Circuito de atraso (2“ geração) - (a) convencional e (b) proposto ... .. 35
Figura 4.7 - Integrador
sem
perdas (23 geração) - (a) convencional e (b) proposto ... ..36
Figura 4.8 - Integrador
de
2” geraçãocom
amortecimento -(a) convencional e (b) proposto ... .. 38
Figura 4.9 - Integradores programáveis
da nova
metodologia -(a) 1° geração e (b) 2” geração ... ..
40
Figura 4.10 - Circuito gerador de 2 fases de "clock" não sobrepostas ... .. 41
Figura 4.11 -
Resposta
em
freqüênciado
protótipo discreto - B=
7/8, 3/4 e 1/2 Figura 4.12 -Resposta
em
freqüênciado
protótipo discreto -teórica e experimental ([3
=
7/8) ... ... ..Figura 4.13 -
Curvas
da corrente de saídado
integrador paraTabela 3.1 -
Ganhos
possíveisdo
amplificador programável ... ..Tabela 3.2 - Valores dos
componentes do
amplificador deganho
programável, paramedida da
THD
... ._RESUMO
Neste
trabalho
são apresentadas
algumas
aplicações
de
uma
rede
MOS
divisora
de
corrente,baseada
na
clássicarede
"ladder"R-2R. Sua
programabilidade
digital é
obtida
com
a
utilizaçãode
transistores.Esta
técnica
apresenta
como
principal característica
a
totalcompatibilidade
com
a tecnologia
CMOS
digital ecom
as
técnicasde
implementação
em
"sea-of-transistors".Um
conversores
D/A
eum
amplificador de
ganho
programável são mostrados
como
exemplos
de
utilizaçãodesta
técnica.Finalmente,
apresentamos
uma
metodologia
inéditapara
realização
de
filtrosa
corrente
chaveada.
A
utilizaçãoda
rede
divisorade
correntenestes
circuitosproporciona
a
implementação
de
filtrosque
podem
serfacilmente
programados
ABSTRACT
We
present
in thiswork
some
applicationsof
an
MOS
transistor-only currentdivider
based
on
the
classicalR-2R
ladder
network.
Digitalprogrammability of
thenetwork
isattained
through
theuse of
transistors only.This technique presents
totalcompatibility
with
digitalCMOS
technology
and,
particularly,with
sea-of-transistors. _
A
D/A
converter
and
a
programmable
amplifier
have been
designed through
the
use
of
thistechnique.
We
propose
a
new
circuittechnique
toimplement
switched
current filters (SI).The
use of
transistor-only current dividersprovides
digitalprogrammability
forthese
CAPÍTULO
1 -INTRODUÇÃO
O
processamento de sinais utilizando técnicas digitais sofreuum
grande desenvolvimentocom
O adventoda
microeletrônica.A
facilidade de projeto proporcionada pormétodos
quasetotalmente automatizados diminui consideravelmente O
tempo
em
que é possível lançarum
produto
no
mercado. Circuitos digitaistêm
sido, então, muito utilizados pela indústria demicroeletrônica [l].
Por
outro lado, todos os sistemas digitais necessitam dealgum
tipo de fiinçãorealizada por circuitos analógicos, principalmente para realizar o interfaceamento
com
dispositivosextemos
ao "chip".A
tecnologiaMOS
tem
provado ser a maisadequada
para a implementação de circuitosdigitais e evoluiu muito nos últimos anos. Circuitos
VLSI
("Very Large Scale Integration")têm
setomado
cada vez maiscomplexos
e mais densos, a ponto de serem integrados dezenas de milhõesde transistores
em
um
único circuito integrado. Espera-se que estenúmero
cresça pelomenos
uma
ordem
de grandeza até O ano2000
[1]. Isto é devido à redução das dimensões doscomponentes
do
"chip". Atualmente são possíveis linhas de interligaçãocom
largura de 0,5um
e alimentaçãomista de 3,3
V
e SV.A
partir de 1995 esta dimensão estaráem
tomo
de 0,35um
e a tensão dealimentação
em
3,3V
[2].A
evolução dos processosVLSI
tem
pennitido a implementação de sistemas completos ("mixed analog-digital systems")em
um
único "chip". Conseqüentemente,novos
campos
deaplicação
têm
surgido,como
por exemplo, equipamentos portáteis de áudio e vídeo,modems,
fax,computadores
"notebook" e "palmtop", entre outros [3].Cinqüenta por cento
do mercado
de circuitosVLSI
de aplicação especifica("ASIC
-Aplication Specifc Integrated Circuits") são implementados por técnicas denominadas "gate-array"
e "sea-of-gates"
(SOG)
[4]. Isto se deve principalmente pelo reduzidotempo
de projeto efabricação e pelo baixo custo proporcionado por estas técnicas.
Projetistas de circuitos analógicos
vêm
procurando obter altemativas de projeto queprincipalmente,
que
sejam realizáveis em' técnicas deSoG.
Isto,porque
a implementação decircuitos mistos analógico-digitais
aumenta
a confiabilidadedo
sistema e seu custo.Algumas
técnicas
de implementação de
circuitos analógicosem
processos essencialmente digitaistêm
sidoreportados
na
literatura [4-11].Muitas
técnicas de implementaçãode
circuitos analógicos utilizados hojeem
dianão
seadaptam
a tecnologia digitalMOS,
ou
demandam
grande área de silício para sua implementação.Neste
trabalho apresentaremosuma
rede divisora de correnteque
é totalmente compatívelcom
processos digitais etambém
pode
ser realizadacom
técnicas deSoG.
A
estruturaproposta é baseada
na
rede "ladder"R-2R
[17] e a eladaremos
onome
de rede T-2T.É
implementada somente
com
transistoresMOS
e realizauma
divisão linear da corrente de entrada.No
capítulo II é apresentadauma
análise teórica da rede T-2T.No
capítulo IIIapresentamos
algumas
possibilidadesde
aplicação deste circuito, quetem
como
caracteristica aprogramabilidade.
Os
circuitos são:um
amplificador deganho
programável eum
conversordigital-analógico.
O
capítuloIV
apresentauma
nova
metodologia de implementação de filtrosprogramáveis
que
utilizam a técnica de corrente chaveada,londe
a programabilidade é obtidaatravés
da
utilizaçãoda
rede T-2T.No
capítuloV
são apresentadas as conclusões.CAPÍTULO
II -O
DIVISOR
DE
CORRENTE
MOS
2.1 -
INTRODUÇÃO
Técnicas lineares e precisas de divisão de corrente (ou tensão) são utilizadas
em
diversostipos de circuitos analógicos. Neste capítulo apresentaremos
uma
redeque
realizauma
divisãolinear
da
corrente de entrada.Nela
são utilizados somente transistoresMOS
e sua precisãodepende
principalmentedo
casamento entre os componentes.2.2 -
CARACTERÍSTICA ESTÁTICA
DO
TRANSISTOR
MOS
Um
transistorMOS
retangular apresenta simetria entre fonte e dreno,que fica
evidenciadano
equacionamento de suas característicasquando
suas tensões são referenciadas ao substratolocal (figura 2.1).
A
corrente de drenopode
ser expressa genericamente naforma
[12, 13, 14]1D=-`š[g<vG,vs›-g<vG,vD›1
‹z.1›onde
W
eL
representam a largura e ocomprimento do
canal, respectivamente, e g(VG,V) éuma
fimção
que
descreve ocomportamento
DC
do
transistorMOS.
B
V
D
D
V
G
V-
S |P+
|N+
N+
P~
2.3 -
ASSOCIAÇAO
DE
TRANSISTORES
2.3.1 - Associação
em
sén`e: _ç
Na
figura
2.2temos
dois transistores conectadosem
série,com
as tensões de porta esubstrato
comuns
aambos.
_t
As
correntesde
dreno dos transistores¬TD e TS, parauma
dada
tensão de dreno (VD)que
garanta
o
funcionamentona
região triodo, são expressas porIDD
:
[g(Vc,Vx)"g(VG,VD)]
(2-2)IDS
=
[g(VG
,Vs)_ g(VG,Vx)]
(2-3)S
sendo
todas as tensões referenciadasao
substrato local.Na
ligaçãoem
série as correntes dos dois transistores são idênticas. Fazendo, então,IDD
=
IDS(24)
obtemos
HáfiãH
t
t~
pra4
g(VG,VX)i
Y
sg(v(!;/iJ:L{(_)
g(V
V
)__(25)
L
A
correntede
dreno desta associação de transistorespode
ser obtida através dasexpressões (2.2)
ou
(2.3) e (2.5), resultando em,ID
=
[g‹vG,vS›-g‹vG,vD›1
çonde
lV_2V_
W
Jim
Í*
lrwll
L
L
DConsiderando o caso particular
em
que os transistores são idênticos (transistorestâflszeltzelt
~
unitários),
a razão de aspecto
dada
pela expressão (2.7) da associaçãoem
série de dois transistores unitárioselrzâia
resulta
A
associaçãoem
sériede
dois transistores unitários é equivalente aum
transistor quepossui o dobro
do comprimento do
canal deum
transistor unitário. Portanto, o transistorcomposto conduz
uma
corrente de dreno que é ametade
da corrente de dreno deum
transistorunitário polarizado sob as
mesmas
condições.D
ID
SZSLG
*°X
B
ML
TS
(L)S
O S2.3.2 - Associação
em
paralelo:Na
associaçãoem
paralelo de dois transistores unitários é simples verificarque
a correntede
dreno neste transistor equivalente correspondeao
dobroda
corrente de dreno deum
transistorunitárioe
também
pode
ser expressa por (2.6),onde
size),
A
associaçãoem
paralelo de dois transistores unitários é equivalente aum
transistorcom
odobro da
largurado
canalde
um
transistor unitário.ID
(uh)
.az *___ . _. ~.)__,À
›--4 ,.Ê_300.0
" _.--_L __ ¬._. 4-... _, __ ~ ¬.,.._ __., _ ...2
paralelo;s__`l
30.00]
ç V/diví
1 ¿ 1 uriitáriol l l 1 1 z 'í
l .; i.,//'í/"71
` iséñel '//8
3 É l 'à /') I IDR' ". l __- __ i Z I.ouso
l l.oooo
2.500
-vn
.zsoo/div
<v>
_, il..Figura
2.3 - Características IDx
VD
- transistor unitário, associação sériee associação paralelo de dois transistores unitários.
Na
figura
2.3 são apresentadas as características de saídado
transistor unitário, daassociação
em
série eda
associaçãoem
paralelo de dois destes transistores.Além
disto, nestafigura
também
foram
traçadas mais duas curvas,uma
correspondendo ao dobroda
correntedo
transistores
compostos
são praticamente idênticas às curvas obtidas da característicado
transistorunitário (Tu).
Segundo
a teoria, a corrente de dreno que fluiem
qualquer transistor é escalada porsua razão de aspecto; portanto, transistores
com mesma
razão de aspecto e sobmesma
polarização apresentam
mesma
característicaDC
na região triodo.As
curvas da figura 2.3 foramobtidas através
do
analisador de parâmetros de semicondutores I-IP4145
B, utilizando transistorescanal-n
do
PMU
7,com
Wu
=
3um
eLu =
1,2pm,
parauma
tensão de portaVG =
5 V.2.4 -
A
REDE
"LADDER"
T-2T
Como
vimos
até agora, a associação de transistores obedece amesma
regra da associaçãode resistores lineares [15].
Podemos
tirar proveito desta característica para implementaruma
rededivisora de corrente baseada na já conhecida rede "ladder"
R-2R
[l6], a qualdenominaremos
rede"ladder" T-2T. I .L
.L
A n 2 n-1 22 2 2 1v‹›-I>-1:1--H:i-›-z--1:»-i›i:1-í
1
.L
.L
.L
L
2v
22v
2n_,vZnv
2..V
IIIÉÍIIIII III ÍIIÍ III
47
Figura
2.4 - Topologia da rede "ladder" R-2R.A
figura 2.4 representa a topologia da redeR-2R, onde
oscomponentes
estãorepresentados por blocos,
que
podem
ser resistores (R-2R)ou
transistores (T-2T).A
redeR-ZIL
por ser
composta
por resistores lineares, proporciona divisão binária sucessiva tanto da tensãoNa
figura
2.4cada
blocopode
ser implementadocom
transistores unitáriosMOS,
com
amesma
tensãode
porta e substratos conectados, constituindouma
rede "ladder" T-2T. Analisandoa figura,
vemos
que ao nó
1 estão conectados doisramos
idênticos; portanto, a correnteque
éinjetada neste
nó
é dividida por dois. Estes doisramos
em
paralelo equivalem aum
transistorunitário.
Conseqüentemente, no nó
2 a corrente injetadatambém
é dividida por 2.Apesar
da nãolinearidade
da
característica IDx
VD
dos transistoresMOS,
a cadanó
a corrente é divididalinearmente,
de forma
binária, e a precisão desta divisãodepende
principalmentedo
casamento dostransistores [17].
Esta
rede apresenta avantagem
de as chaves'MOS
participaremsimultaneamente
como
elementos da rede divisora de corrente.Na
figura
2.5 é mostradauma
rede"ladder"
T-2T
de
2-bits,onde
é salientada a programabilidade da corrente de saída através deuma
palavra digital.
Dependendoido
valordo
bit, a corrente é direcionada para o ponto desoma
dacorrente
de
saída ("sum-line", terra virtual deum
amplificador operacional)ou
para onó
de terra. . , , ,C 3
("dump-lme"). Assim,
por
exemplo, se bo=
bl=
1, a corrente de saida e%
+
-If=
Zlmf.o< o<
_?_
_¶_
Vrefo-.D l__i,_l T1lTl
Iref VB VB . i_o\É VB VB . _Pvc
VBOH
I_°\Ébgilšç
. V.zz›;||¬zv<z = [> "Dump-line" "Sum-line"QFigura
2.5 -Rede
"ladder"T-2T
de 2 bits programável.Em
uma
implementação
integradaem
tecnologiaCMOS,
a palavra digitalcomplementar
(É)
é obtida atravésde
inversoresCMOS
e seus níveis alto e baixo sãoVDD
e VSS,corrente[19], a tensão de controle das portas (VC) dos transistores
NMOS
da rede deve serVDD
.No
caso deuma
implementaçãocom
transistoresPMOS
a tensãoVc
deve ser Vss.Par qualquer tensão de entrada
menor
ou
igual a VDD, os transistores à direitado nó
"n"(figura 2.4)
operam
na região triodo [l4].2.5 -
NAO
IDEALIDADES
DA
REDE PROPOSTA
O
princípio da divisão precisa de corrente na redeT-2T
está baseado na validade daequação (2.1).
Porém,
na prática, esta rede de transistoresMOS
apresenta descasamento entretransistores, ruído e alguns efeitos de segunda
ordem
que interferem na divisãode
corrente [18].Outra fonte de erro (extema) importante é a existência de
uma
tensão de "offset" entre a "sum- line" e a "dump-line".Ao
se polarizar a rede na região triodo, alguns efeitos de segundaordem
que
setornam
apreciáveis caso os transistores
operem
na região de saturação, taiscomo
"channel-lenghtshortening", "drain induced barrier lowering"e
"weak
avalanche" [17],podem
ser desprezados.Dentre os efeitos de segunda
ordem
o mais importante é a velocidade de saturação (vd) dosportadores, efeito este que não é levado
em
consideração na equação (2.1) eque
tem
influência nalinearidade da divisão
da
corrente.O
efeito da saturação da velocidade dos portadores é maiscritico nos transistores sujeitos a
uma
maior tensão VDS, isto é, aquelesonde
o nível de corrente émaior.
Um
método
simples e eficaz de reduzir este erro [18] é fazendo a substituiçãodo ramo
responsável pelo bit mais significativo
(MSB)
poruma
rede equivalente aoramo
responsável pelo2° bit mais significativo.
Na
figura 2.6 é mostradacomo
exemplo
uma
rede de dois bits,onde
vemos
que
os transistoresdo
ramo
responsável peloMSB
estão sujeitos àmesma
queda
de tensãodos transistores
do
restanteda
rede.Na
figura, os nós que apresentam omesmo
valor de tensão(idealmente) são representados pela
mesma
numeração. Fica claroque
oramo
responsável peloo< o< __?_.
_?_
Vrefo Fl-_' 1IT]
2
VB VBv
V
VB - |-«vz VB |-«vz BEl
|-° <= 2 3 -3Val*
V” I-'if”B°Êll°“@
1:
i”a|í22l
f\
D
"Dump-line" "Sum-line"Figura
2.6 -Rede
"ladder"T-2T
de 2-bitscompensada
para minimizaros efeitos
da
saturaçãoda
velocidade dos portadores.Este procedimento, se repetido para os demais bits,
aumenta
a precisão da rede; porém,perde-se
uma
das maiores vantagens desta técnica,que
é a grandeeconomia
de área, pois onúmero
de
transistores desta redecompensada
cresceria exponencialmentecom
onúmero
de bitsdo
circuito.O
descasamento
entre os transistores representauma
fonte de erroque
afeta a precisão da rede epode
ser caracterizado pelos desviosda
tensão de limiar (AVT) eda
transcondutância (AB)[19].
Algumas
precauçõespodem
sertomadas
para minimizar os erros causados pelodescasamento
doscomponentes da
rede [20],como
por exemplo: utilizarcomponentes
demesmo
formato
e dimensões, fazer uso de técnicas de leiauteque
permitam minimizar os efeitos causadospor
gradientesno
substrato (leiautes simétricos, centróidecomum),
manter ofluxo
de correntedos componentes sempre na
mesma
direção, para se evitar efeitos de anisotropiado
substrato de-O
ruído térmico é considerado predominante dentre os vários tipos de ruído,porém
seusefeitos
não
limitam odesempenho da
rede divisora de corrente [l8].A
redeT-2T
apresenta a característica deque
sua programabilidade não altera suaimpedância. Para
que
esta característica seja mantida é necessário que a "sum-line" e a"dump-
line"
possuam
amesma
tensão. Isto é normalmente obtido através da alta impedância de entradade
um
amplificador operacional,que
garante dois pontos demesma
tensão,porém
isolados entresi. Entretanto,
sempre
existiráuma
tensão de "ofl`set" entre as duas entradasdo
ampop
e estapode
ser
uma
grande fonte de erro presente neste tipo de implementação. Considerando apenas o efeitoda
tensão de "offset" (Inf=
O), a rede secomporta
como
um
transistorcomposto
cujo dreno estáconectado à "sum-line" e cuja fonte está conectada à "dump-line".
Na
figura 2.7 é mostradacomo
exemplo
uma
rede de apenas 1-bit.Quando
o bit bo=
1, são habilitados os transistores ligados à"sum-line" e desabilitados os ligados à "dump-line" e tem-se
um
transistorcomposto formado
porquatro transistores
em
série.Note
que, se bo=
0, nãohá
corrente de "ofl`set".Como
a tensão de "ofi`set" é muito pequena, este transistor opera na região triodo e acorrente de "offset" é
dada
por [14]Ion'
=
ID=
%[(VP
'
VsB)2-(VP
_
VDB)2j(211)
onde
VP
=
(VG-VT0)/n é atensão de "pinch-off'do
transistor e no
fator de inclinação [13] e[3=uC'o×W/L.
Fazendo
V°f,= VDB-VSB,temos
.
W
Iofr
z
llCox
[Vo
_
VB
_
Vro 'l' U VB]Voir
(212)
eq.
A
corrente de "oñ`set" é dependente da palavra digital, pois,conforme
acombinação
dos
bits, tem-se
uma
razão de aspecto diferente para o transistorcomposto
resultante.A
maiorcorrente de "offset" ocorre para
um
código alternado de O-1 da palavra digital [l8].Quanto
maiorID
=
10 ff "Sum-line" bo4
]l°~< 0< _í_ _ f_`| o IrefHE
“Ml
Figura
2.7 -Rede
"ladder"T-2T
de l-bit"Dump-line"
2.6 -
PROPRIEDADES
DA
REDE PROPOSTA
Apesar de
seruma
redeque
permiteprogramação
da corrente de saida, a impedância deentrada
da
estruturapermanece
constante e, portanto, independentedo
código da palavra digital.Pelo fato
de
utilizarsomente
transistoresMOS
idênticos, a técnica de divisão de correnteapresentada é
adequada
para implementaçãoem
tecnologiaCMOS
digital etambém
pode
sebeneficiar
de algumas de
suas potencialidadescomo
a implementaçãoem
"sea-of-gates" (SoG).Para
proporcionar programabilidade à rede "ladder"T-2T
é necessária a utilização de chaves para controlar ocaminho da
corrente.Uma
das grandes virtudes desta rede resideno
fatode que
os próprios transistoresque atuam
como
chaves,atuam
também
como
elementos deescalamento.
'
r
»
Outra
característica importante desta técnica, que é inerente à redeR-2R,
éque
onúmero
de
transistoresda
rede é proporcional aonúmero
de bits (n° de transistores=
4 n+2). Isto resultaem
circuitosque
ocupam
pouca
áreaquando comparadas comoutras
redes de escalamento,onde
CAPÍTULO
III -APLICAÇÃO
DA
REDE
DIVISORA
DE
CORRENTE
EM
UM
AMPLIFICADOR
DE
GANHO PROGRAMÁVEL
3.1 -
INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão apresentados
um
amplificador deganho
programável eum
conversordigital-analógico nos quais as redes divisoras de corrente são responsáveis pela programabilidade.
Protótipos discretos foram implementados e seus resultados são mostrados para validação da
metodologia de implementação.
3.2 -
O
AMPLIFICADOR
DE
GANHO
PROGRAMÁVEL
Um
amplificador deganho
programável é facilmente obtidocom
a utilização da rede T-2T.Na
figura 3.1 é mostrado seuesquema
elétrico,com
amplificadores operacionais, resistoreslineares na entrada e saida e duas redes
T-2T
idênticas ,com
fatores de atenuação ot e B.al,
<R
Il -_
› IzBlz
+
1- › > v, 1-+
|z
É
_f_
=
Y°
Figura
3.1 -Amplificador
deganho
programávelA
rede divisora de corrente é apresentada na figura 3.2 (a) e sua representaçãoem
diagrama de blocos na figura 3.2 (b). Nestas figuras ficam evidenciadas as duas saídas da
de
entrada e é controlada poruma
palavra digital (bo-›bm,). Esta fração de corrente ésomada
no
nó
inversorde
um
amplificador operacional na saída, enquanto seucomplemento
é descarregadoao
terra. Atravésda
variação das dimensões geométricas dos transistoresda
rede é possível obterdiferentes escalamentos
da
corrente de entrada.A
“gaI"
°< ¡¡,< Tr O< o w<OH
O<i
É
n< .ag z,‹ w< O< w< o<_L
_í`_
1 °-Dlagar
. ¡§,.bflzigâzzzzvigpc
l> Dump-line" "sum-line' ' 3.2 (a) I _ . 01 I Rede Divisora b V de Corrente "Sum_¡¡ne" 1- I (a)
v
"Dump-line" 3.2 (b)Figura
3.2 - (a) rede divisora de corrente e (b) seu símboloOs
resistores lineares juntamentecom
os amplificadores operacionais são responsáveis pelaConsiderando os
ampops
ideais, os resistores idênticos e as redesT-2T
casadas entre si,obtemos
a.I¡:"%:>I¡:_~
Bizz-%=›1z=-ä
(12)
Como
as duas redes divisoras de correntepossuem
amesma
impedância de entrada suascorrentes são idênticas.
De
(3.1) e (3.2)obtemos
a função de transferênciaem
tensãodo
amplificador programável
h_E
Vi
-OL
(33)
onde
ot e B representam fraçõesda
corrente de entrada e são programadas por palavras digitais.O
número
de bits das redes ot eB
determinará a quantidade de ganhos possíveisdo
amplificadorprogramável.
O
número
de níveis diferentes de corrente na saídaem
cada rede é igual a 2",onde
né
o
número
de bits.3.3 _
1M1>LEMENTAÇÃo
DE
UM
PRoTÓT1Po D1scRETo
-RESULTADOS
EXPERIMENTAIS
Foi
montado
um
circuito amplificadorcomo
na figura 3.1,com
transistores canal-ndo
PMU
7, de dimensõesW
=
3um
eL
=
1,2um.
As
portas foram polarizadascom VC =
2,5V
e ossubstratos dos transistores
com
VB
=
-2,5 V.Os ampops
(741) foram alimentados por tensões de+5
e-SV
para reduzir a influênciada
suanão
linearidade namedida
da distorção harmônica.As
redes ot e B foram implementadascom
transistores idênticos, realizando, então,uma
combinações
possíveis para o ganho,que
são mostradas na tabela 3.1. Através desta tabelanotamos
que, apesarde
amesma
apresentar 16 diferentes níveisde
transferênciada
entrada parasaida, apenas 11 niveis são distintos.
Como
podemos
notar, ot eB
apresentam valormáximo
igual a 1,quando
toda corrente deentrada é transferida para a saída.
Quando
ot eB
são iguais, oganho
é unitário e 2" das possíveiscombinações
serão iguais a 1.cÓD1Go
DIGITAL
O0
01 10 11K
1/4 1/2 3/4 1 I I l I l Ioo
1/4 -1 -1/2 -1/3 -1/4 01 1/2 -2 -1 -2/3 -1/2 10 3/4 -3 -3/2 -1 -3/4 . ll 1 -4 -2 -4/3 -1Tabela
3.1 -Ganhos
possíveisdo
amplificador programávelNa
figura 3.3foram
traçadas as caracteristicas estáticas (IDx VD)
das redes cx e B de 2 bits,sem
o
primeiro transistorda
entrada. Através desta figura,notamos que
a redeT-2T
secomporta
equivalentemente a
um
transistor unitário,como
na figura 2.3.Apesar
de seruma
montagem
discreta e
sem
ocasamento
proporcionado poruma
versão integrada, as características das duasredes apresentam
um
casamento
razoável, principalmente na região triodo.H
A
figura 3.4 apresenta a característica de transferência (tensão de saída versus tensão deentrada)
do
amplificador programávelda
figura 3.13com
resistores lineares de 15kQ
na
entradaena
saída.Neste
gráfico são exibidas algumas das possibilidades deprogramação do
circuito: 1/4,1/2, 1, 2, 3, e 4.
'
As
figuras 3.3 e 3.4foram
obtidascom
o auxiliodo
analisador de parâmetros de-II
(UA)
\
i, _,_,,,\;:200.0,
_ . l V ; i 1O
l' I f ¡ , _ z t › . ' I ' I i ' i ¡ : - V Í | -. = i Q . | I ! I z'100.
oi ‹ f ' g 1 z/div
; I Í -l ¡._L.__- ---_ ._ -i- | f l ' Í Ê Í » 1 Í . 1 ` V _ i a : z i _ ' Í ê E g . _' i ¡ , _.gÊg_O
l l l l .l `vt
.5000/div
<2
SOU
V)Figura
3.3 - Características estáticas das redes ot e B.VG =
2,5V
eVB
=
-2,5V
vo
C V) 5.OOO
§Ç¿_
IL
:IX
Í
ll5
__,., 1~,âfl›°â i ~ ~ ¡ ' ' * s -s z.,+~'
z 4 im V › . = L U.íÁ'/L/'øi::ÉãÊ;,záÉšÉE;___¬_______d
U4
1 íÍ i 5i
Õ
š-5.
DOO
_ -1..SOU
O
VI
.3000/div
1.500
Figura
3.4 -V0
x Vido
amplificador programável.Ganhos
- 1/4, 1/2, 1, 2, 3 e4
Com
o auxíliodo
analisador de espectrosHP
3588A
foram obtidas as curvasda
distorçãoharmônica total
em
funçãoda
tensão de entrada da rede, para ganhos de corrente B/ot de 1/4, 1 eRede
OLRede
B
Ri”
ROUÍIGanho
Corrente deTensão
Ganho
de
O O l/4 O O l/4
40
10 1 1/4bo bl
a
bo bl B(ko)
(ko)
|B/a|
|V0/V¡|
1 1 1 o o
U4
1o 1oU4
U4
o o 1/4 1 1 14o
2,54
1/4THD
(às) -40 -42 -44 -46 -48 -50 -52 -54 -56 -58 -60Tabela
3.2 - Valores doscomponentes
paramedida da
THD
_0 I I /"_,.T / / . I l I I I I
/
//
_/
1//
/' '4
/ / __ _./ /
_,,.-"'/
/ ________ fu///
r .~""/
linear I I I I 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8 Vz›-z› (V)Figura
3.5 - Distorção harmônica total - redecom
ganho
de 1/4, 1, 4 e rede linearA
figura
3.5mostra
as curvas de distorção harmônica para osganhos
de correntemostrados na
tabela 3.2.Também
foi obtida a curva de distorção harmônica para a rede linear,ou
seja,
com
as redesT-2T
substituídas por resistores lineares. Esta curva representa a distorçaotransistores
operam
em uma
região linear da curva ID x VD.Por
isto, ocorre coincidência entre ascurvas de distorção para tensões de entrada baixas.
À
medida
que a tensão de entrada aumenta, oponto de operação da rede caminha para regiões cada vez mais não lineares. Este efeito
combinado
com
oaumento do
descasamento das redes resultano aumento da
distorçãodo
circuito.
A
medida que
os pontos de operação das redes seaproximam
da região de saturaçãoalguns efeitos de segunda
ordem
tomamse
apreciáveis e contribuemtambém
para oaumento
dadistorção
do
circuito amplificador.Em
uma
implementação totalmente integrada deste circuito,espera-se
um
desempenho
sensivelmente melhordo
amplificador programável quanto à distorçãoharmônica
do que
o obtidoem
nossas medidas,uma
vezque
as redes ot e B por nós utilizadas nãotiveram seus leiautes otimizados para a aplicação mostrada.
3.4 -
O
AMPLIFICADOR
PROGRAMÁVEL ATUANDO
COMO
CONVERSOR
D/A
3.4.1 - Introdução:
Antes da proliferação dos circuitos integrados, os conversores
D/A
eram
implementados basicamentecom
redes "ladder" resistivas.As
primeiras tentativas de se obter conversorestotalmente integrados
também
utilizavam redes de escalamento resistivas, implementadasem
tecnologia bipolar [l6].
A
fim
de melhorar o casamento e atenuar os efeitosda
deriva ténnica nosresistores integrados bipolares, os projetistas de CIs passaram a procurar novas altemativas de
implementação de conversores integrados. Surgiram outras possibilidades,
como
conversoresimplementados
em
tecnologia híbrida (resistores defilme
fino) etambém
na tecnologia bipolar/IZL,entre outras [22].
Com
o crescimentoda
utilização de técnicas digitaisno
processamento de sinais, atecnologia
CMOS
provou
ser a maisadequada
para a integração de circuitos digitais. Conversorestomaram-se, então, partes indispensáveis
no
projeto de sistemas totalmente integrados.Conseqüentemente, aumentou-se a necessidade de se obter conversores mais precisos e mais compactos, deixando assim maior área para o circuito digital de processamento de sinais [l6].
CMOS»digital
e, de preferência,serem
apropriados à implementaçãoem
SoG.
Na
tecnologiaCMOS
digital, resistores e capacitores lineares são obtidos a custas deuma
grandeocupação
deárea,
o que
se torna críticoquando o
número
de
bitsdo
conversor aumenta.Nos
DACs
resistivos é necessária a utilização de tecnologias especiais para a obtenção deresistores lineares precisos. Isto
não
permite a implementação de conversorescom
circuitosresistivos
de
escalamentoem
tecnologia digital.Nas
redes capacitivas existe a possibilidade de seutilizar a capacitância de porta dos transistores
MOS,
que, se devidamente polarizadospodem
operar
como
capacitores quase lineares [2l]; entretanto, estaopção
só é possível paraum
pequeno
número
de
bits. Outra metodologia possivelde
se implementar conversores capacitivos éa
de
se utilizar duascamadas
de polisilíciona
tecnologiaMOS
digital. Estaopção não
écompatível
com
a integraçãoem
alta escala.Pode-se
também
obter conversores atravésda
utilização de transistoresMOS
atuandocomo
fontes de corrente [22]. Esta técnica,uma
das atualmente mais utilizadas, apresenta oinconveniente de
ocupar
uma
área muito grandequando
a conversão envolveum
elevadonúmero
de
bits, pois a áreaocupada
pelos transistores cresce exponencialmentecom
onúmero
de bits.Apresentaremos
uma
técnica de implementação de conversoresD/A
que
tem
como
base arede "ladder"
T-2T,
apresentada anteriormente. Esta técnica resultaem
conversores simples,compactos
e totalmente integráveisem
tecnologiaCMOS
digital convencional.3.4.2 -
Conversor
digital-analógico:Conversores
D/A
são utilizados para transportar dados transmitidos,armazenados ou
resultados
de
processamento digital de volta parao
mundo
analógico.A
conversãode
uma
palavra digitalem
tensãoou
corrente analógica envolve.algum
tipo decircuito
de
escalamento,que
é utilizadocom
o objetivo de obter cópias analógicas dos dadosdigitais de entrada.
A
saída analógica representauma
versão escalada deuma
tensãoou
correntede
referência.O
número
de
bitsque
um
DAC
("digital-analog converter")pode
alcançar édado
A
variável de saídapode
ser obtidada
seguinte expressão:Ç0U,=CREF(Âf+Ê2i+i:+...+bL¡;')
(3.4)2 2 2 2
onde
n é onúmero
de bitsdo
conversor, bi corresponde aum
bit de entrada (assume valor Oou
1)e
C
pode
representar correnteou
tensão.O
coeficiente bo representa o bit mais significativo(MSB
- "most significant bit") e
tem
peso igual a 24Cm,
.
O
bit bm, é o bitmenos
significativo(LSB
-"least significant bit") e
tem
peso 2`"CREF.Conversores
D/A
apresentam 2" níveis discretos para o sinal analógico de saída, quevariam,
no
caso da equação (3.4), de zero até (l-2`")CREFou
seja, de O até (Cmf - 1LSB).
A
característica estática ideal deum
DAC
de 3 bits é mostrada na figura 3.6.F.s.- --- --
1/8-
coNvERsÃo
D/A IDEAL3/4 '- sAiDA 5/8 __ 1 LsB
ANALÓGICA
1/2-
NoRMAuzADA
SAIDA ANALÓGICA 3/3”
IDEAL l/4 '- l/8 "' 0ooo ooi oio
ou
ioo ioi 11o 111cÓD1oo DE
ENTRADA
Dio¡TA1.Figura
3.6 -Função
de transferência ideal deum
conversorD/A
de 3 bits
3.4.3 - Implementação discreta de
um
DAC
de 4bits:
Através
do
circuitodo
amplificador programável (figura 3.1) é possível implementarum
Na
figura 3.7 (a) é mostradoum
circuito de escalamento de correntede
4-bits.Nas
figuras3.7 (b) e (c) estão representados os circuitos conversores lineares de tensão-corrente da entrada e
corrente-tensão da saída, respectivamente.
Na
figura 3.7 (b), a tensão de entrada V, e convertida linearmenteem
I¡=V¡/R.Por
sua vez,a corrente Ií é convertida (não lineamiente)
em
Vw, .A
rede divisora de corrente,composta
portransistores iguais, é equivalente à associação série de dois transistores. Portanto, a corrente de
entrada da rede da figura 3.7 (a) é I¡.
A
corrente Io na "sum-line" éuma
fração, programável pelapalavra digital, da corrente I de entrada.
O
conversor de saída, por seu lado, reconverte o sinal decorrente
em
tensão. ‹-¡< (,<H
q< O<IÉ
I
z . . ._Y_
_'Í__Y_
_L
Vdc
[-lj 1 |-J:-| 2|T|
3 |-1-| 4 VH VB VB VB_i_
VB I_‹,vc VB i_,vc vB Pvc vB |_°vC VB i*°VCfiiffli
~fzaifffii
la
Io<L "Sum-line" ,, . ,, Dump-line (H) vc vc_?__9_
10 0 IR
VB VB 'JT' |,z vz Ií
I ' Vref OV0
+
as
é
é
-T»
éz
(b) (C)Figura 3.7 - Conversor
D/A
de 4 bits(a) rede de escalamento da corrente
(b) conversor linear V-I da entrada (c) conversor linear I-V da saída
Um
protótipo discreto de 4 bits,com
transistoresMOS
canal-ndo
circuito integradoC4007,
foi implementado segundo oesquema
elétrico da figura 3.7.A
operaçãodo
DAC
é muitosimples: a corrente injetada no transistor de entrada é sucessivamente dividida por dois nos nós 1,
2, 3 e 4.
A
palavra digital de entrada controla as chavesMOS,
que injetam as correntes binárias na"sum-line"
ou
na "dump-line".A
correntesomada
nonó
inversordo
ampop
de saída é convertidaem
tensão devido ao resistor linear na saída.A
característica estáticado
protótipo discreto está mostrada na figura 3.8 [23]. Atravésdesta figura
vemos
que, apesar de se tratar deuma
montagem
discreta, a resolução de 4 bits éalcançada pelo conversor .
Em
uma
versão totalmente integrada o casamento entre os transistoresé muito melhor, possibilitando a implementação de conversores de maior resolução.
Compensação
nos desvios causados pela variação da temperatura
pode
ser obtida se os transistoresdo
conversorV-I, a rede de escalamento e os resistores lineares da entrada e da saída forem implementados
no
mesmo
"chip".'Â
Figura
3.8 - Característica estáticado
protótipo discreto24
Os
terminais de porta de todos os transistores estão ligadosem
VDD
(+7,5V)
e seussubstratos,
em
Vss (-7,5 V).A
palavra digital foi obtida através deum
contador binário de 4 bits,utilizando o circuito integrado 40161, e o
complemento
desta palavra foi obtidocom
inversoresCMOS
do
CI 4069.Também
foram projetadas duas redes divisoras integradas de 8 bits,com
diferentes leiautese diferentes geometrias dos transistores,
com
o intuito de verificar a precisão das duas versões.Os
leiautes são mostrados na figura 3.9.
Um
dos leiautes seguiu a topologia utilizada naimplementação
SoG,
como
mostrado na figura 3.9 (a). Nesta implementaçãopodemos
notar quegrande parte da área
do
leiaute éocupada
pelas linhas de interligação. Para a outra rede deescalamento foi utilizado
um
leiaute dedicado (figura 3.9 (b)),onde
foi dada atenção ao melhorcasamento entre os transistores (10
um/20
um). Esta redeocupou
uma
área de240
um
x300 um.
Estes conversores foram implementados através
do
Projeto Multiusuário Brasileiro denúmero
9(PMUC
009). Entretanto, até o presentemomento,
as amostras dos "chips"não
foram enviadas.3.5 -
coNcLUsÃo
A
técnica de implementação de conversoresD/A
pormeio
deuma
rede transistorizadadivisora de corrente apresenta compatibilidade
com
a tendência atual de implementação decircuitos integrados e
tem
gerado estudos sobre este tipo de conversores [l8, 24, 25].Sua
precisão depende basicamente
do
casamento dos transistores e segundo [18]pode
alcançaruma
resolução de 8 bits para
uma
implementaçãoem
SGG
e de 9 bitsem uma
versão "full custom".Apesar de apresentar resolução da
ordem
das obtidas por outras técnicas (que não utilizam autocorreção), os conversores gerados por esta técnica são totalmente compatíveis
com
a tecnologiaCMOS
digital epodem
ser implementadosem
SoG.
Também
ocupam
pequena
área,principalmente, por utilizar a topologia da rede "ladder" R-ZR, na qual o
número
decomponentes
cresce linearmente
com
onúmero
de bits.Além
disto, as chaves,componentes
indispensáveisem
escalamento, resultando
em
maioreconomia
de área e evitando a introdução de elementosparasitários
no caminho do
sinal de corrente.A
simplicidade de projeto e de operação representaoutro ponto positivo desta técnica, onde, para se aumentar o
número
de bits basta acrescentarramos
idênticos à rede "ladder" de escalamento.Nos
casosem
que
a saídado
DAC
éem
corrente não há a necessidadedo
uso deum
ampop
na saída e a velocidade de conversão é maior
do
que a da redecom
saídaem
tensão. Poiscom
saída
em
tensão a velocidade da conversãofica
limitada pelo "slew rate"do
amplificador de saída.` > --. .› Â i l ` à .«‹;- . -~.--_ › r = -.‹-×~= .B --=¬ nz .,› za #3.. Í É ` ii* ÍY Í. › fl " ~ Íf ”` _. 1 › _* ea š‹ J. 2 ‹ .‹ _ 131 __ Í É :wa R www *
buunni u iqaâ pra uma tz mas-x inn--z §¿;2 gm s lã _` Illn\~z vz xwai sam naun: vz. › s <rz°<w "=°~ fëšš *wa
\×â
x› קM
“atsáe .×\*.aöm
fi . - ~' '
M
‹.‹:-.›,~.›~»-‹››z.-.z‹1›..›z.›z.» ‹‹-›.×›w~»‹‹›z›,-‹zø›ôs ls-.:s.‹››‹:<›â;¢‹¬-wwiwm2;§z-z.<.;‹¢:‹xקR=.z;=ss‹~››:<z›;\›×=»›:‹×,‹z›‹<›››.rse.:.›:õz+›‹›:4z‹.‹,››«-:;.= ››››.~,,›s›.=,›z;-:›:,.-‹'z,»›w››zn,»¿;.z.››z:..×'z.z.z.z.z›z››=~››:-z×z.z;,¿;;;é›z›.:z=›z›z-,z.z=.ó--tz.zz.,z:›z›z:›:z.‹:..z=- lootzm|--_í-4
3.9 (a)iooum
r¡
iii H i "ig A' ~ I1.
cw-v.. .QI t;_. . aiú ~ l' . .,› ...›‹.›.. êé» \::i¡"--‹í»»í;1:
i 3.9(b)Figura
3.9 - Leiautes da rede de escalamento implementadasno
PMU
9CAPÍTULO
IV
-FILTROS
SI
PROGRAMÁVEIS
-UMA
NOVA
METODOLOGIA
4.1 -
INTRODUÇÃO
No
auge
de sua popularidade, circuitos a capacitores chaveados(SC
-"switched-capacitors") foram utilizados
em
implementações de subsistemas completos.Porém,
com
a evolução tecnológica,começaram
a aparecer novas soluções atravésdo
processamentodigital de sinais.
A
técnica digital apresenta grande simplicidade de projeto emenor
tempo
paraobtenção
do
produto final, proporcionando soluções mais econômicas para implementação desistemas integrados.
O
desenvolvimentoda
tecnologia possibilitou a integração de sistemascompletos, incluindo circuitos digitais e analógicos,
em
um
mesmo
"chip".Aos
circuitosanalógicos restou, então,
pouco
maisdo que
a função de condicionamento de sinais.Os
circuitosSC
passaram a efetuar a função de interfaceamento entreo
sistema digital e omundo
analógicoextemo
ao "chip".Embora
já sabidoque
circuitosSC
não necessitem de capacitores lineares para sua implementação [35], circuitos a capacitores chaveadostêm
sidonormalmente
integradosatravés de processos tecnológicos
não
convencionais, taiscomo
duplo poli. Considerandoque
hoje
em
dianão
maisdo que
10-20%
[26]da
área totaldo
"chip" éocupada
pela porção analógicado
sistema, é convenienteque
a técnica de implementaçãodo
circuito anlógico seja aCMOS
digital, evitando encarecimento
do
produto final devido ao uso de tecnologianão
convencional.No
finalda
década passada foi propostauma
técnicadenominada
corrente chaveada (SI -"switched-current") [27],
que
tinhacomo
objetivo principal reduzir o custode
fabricação decircuitos integrados digitais/analógicos ("mixed ICs"), através de sua total compatibilidade
com
processos
VLSI
convencionais. Alguns circuitos já foram fabricados utilizando a técnica decorrente chaveada [28]; contudo é dificil concluir
com
os resultados já obtidos se os circuitos SIpodem
oferecerdesempenho adequado
em uma
larga faixa de operações.Filtros analógicos programáveis obtidos através de implementações convencionais já foram
de
espelhosde
corrente [30]. Neste capítulo será apresentadauma
nova
metodologia para se obterfiltros SI,
que
podem
ser programáveis [32].A
programabilidade é obtida atravésda
rede "ladder"T-2T
apresentada anteriormente, sendotambém
utilizadosampops,
chaves e capacitores. Estatécnica é totalmente compatível
com
a tecnologiaCMOS
digital.4.2 -
O INTEGRADOR
EM
CORRENTE
CHAVEADA
4.2.1 - Circuitos de 1” geração: A
O
objetivoda
técnica de corrente chaveada é de realizar o processamento analógico desinais através de operações elementares
em
amostrasde
corrente.O
espelho de corrente chaveadoé
capaz de
realizar as quatro operações básicas exigidasno
processamento de sinais: inversão,soma,
escalamento e atraso.A
figura 4.1mostra
os espelhosde
corrente de 1° geração convencional e propostos pelanova
metodologia.O
espelho de corrente proposto da figura 4.1 (b) é baseadona
célula da figura4.1 (a) e é
implementado
com
dois transistoresMOS,
um
entre a saída e a entradanão
inversorade
um
ampop
(terra virtual) e o outro entre a saída eo
terra (ou terra virtual de outro ampop).O
seguidor
de
tensão evitaque
o capacitorC
dememorização
descarregue através dos transistoresde
saída.O
funcionamento das células das figuras 4.1 (a) e (b) é simples. Durante o periodoem
que
a
chave S
está fechada, o circuito secomporta
como
um
espelho de corrente contínuo e ascorrentes de saída is e ic
acompanham
a corrente de entrada i A (são réplicas escaladas einvertidas).
Quando
a chave S é aberta, a saida é desconectadada
entrada; porém, a capacitânciaC
mantém
uma
tensãoV
dependenteda
correnteno
transistor T-Ano
semi-ciclo de "clock" anteriore as correntes
de
saídapermanecem
inalteradas. Este circuito realiza a fiinção de "track" (fase ¢,)e "hold" (fase (1),) cujas saidas
correspondem
a réplicas escaladas e atrasadas demeio
período deea»
GW
GW»
Ú
Ú
'Y7
._~
S:blg
:Élc
C
::::::§:::::: 1B
Y 4.1 (a)VC
_f_
Vc
1 ¡ IA BT
B › B_
}
SC
ic_
_I
Tc
4.1 (b)VC
_r_
vz
1T
i 1^
B B$_/¢,
TB
__:
T
\¢l
Tc
¢;_~
=
íC
4.1 (c)Figura
4.1 - Espelho de corrente (l“ geração) - (a) convencional, (b) propostoe (c) proposto