RAFAEL
LENZI
TARNOWSKY
LESÕES
LARÍNGEAS APÓS
INTUBAÇÃQ
OROTRAQUEAL.
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS
RAFAEL
LENZI
TARNOWSKY
LESÕES
LARÍNGEAS APÓS
INTUBAÇÃQ
QRQTRAQUEAL.
Coordenador do curso: Prof. Edson J. Cardoso
Orientador: Prof. Syriaco Atherino Kotzias
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduação
em
MedicinaFLORIANÓPOLIS
Em
primeiro lugar, agradeço ao Pai Celestialque
me
fez capaz de chegar até aqui.Aos
meus
pais, irmãs e avós, poissem
eles, trilhar estecaminho
seriaimpossível.
Obrigado
pai.Obrigado
mãe.A
Michele,que
esteve aomeu
ladoem
mais
estemomento
importante,o
meu
muito obrigado e a certeza deum
belo futuro.Aos
meus
amigos
e irmãos, pelocompanheirismo
e apoioem
todas as horas;a
minha
dupla de intemato médico, pelaamizade
revelada diariamente.No
lado acadêmico,não
poderia deixar de agradecer ao Dr. Syriaco AtherinoKotzias, pela dedicação
na
orientação e por despertar aminha
curiosidadecientífica; e ao Dr. Ricardo Tavares por estar
sempre
pronto a ajudar.Aos
estudantes demedicina
deontem
eamigos
de sempre, Daniel FelipeBraga
Heiel eGustavo
Caporalda Rocha,
que infelizmentenão
estão mais entrenós, a
minha
gratidão pelosexemplos
dados enquanto aqui viveram.Muito
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO
2.OBJETIVOS
3.MÉTODO
4.RESULTADOS
5.DISCUSSÃO
ó.CONCLUSÃO
VREFERÉNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
SUMMARY
APÊNDICE
IAPÊNDICE
2As
lesõesda
laringeem
pacientes submetidos à intubação orotraqueal sãopatologias dos
mais
variados tipos eque
reahnenteocorrem conforme
a técnicade intubação utilizada, causas
médicas
pré-existentes, fatores de risco associados, material disponível e otempo
em
que
o pacienteficou
intubado1° 2” 3.Vários estudos já
foram
desenvolvidos, principalmentena
América
do
Norte e Europa; saber qual a incidência destas lesõesem
nossomeio
e a que estãorelacionadas seria de grande valia.
A
intubação orotraqueal éum
atocomumente
realizado e salvador,com
baixaporcentagem
de complicações.Não
éum
procedimento totahnentesem
riscos, de qualquermodo,
há
complicaçõescom
maior
emenor
consequências descritas 4.As
complicações imediatas são primariamente associadascom
problemas
durante a intubação e a extubação, enquanto
que
complicações precoces etardias representam os efeitos de curto e longo
tempo
do trauma
epitelial 4.Segundo Blanc
e Trenblay 5 as complicações imediataspodem
serrelacionadas ao ato
da
intubação,como
fratura demandíbula
e coluna cervical,obviamente
em
pacientes pré-dispostos,como
oscom
osteoporose, fraturasou
deslocamentos prévios,
mal
formações, doenças degenerativas e tumoresosteolíticos.
Danos
dentários, lesões de lábio, língua emucosa
jugal pelo instrumental e lacerações de orofaringe, hipofaringe, laringe, traquéia e atédo
esôfago pelo próprio tubo
podem
também
ocorrer.O
tubopode
provocar laceração, deslocamentoou
avulsão das pregas vocais e aritenóides.Além
do
5
fonnas de lesão. Outras causas de complicações imediatas
devem-se
ao atoda
extubação: cuff inflado, traqueomalácia e colapso
da
traquéiacom
obstrução respiratória.Na
vigênciada
intubação as lesõespodem
dever-se: ventilação imprópria; abrasão e laceração pormovimentação do
tubo; pressão inadequadado
cuff, obstruindo o tubo,provocando
lesãomucosa
e até rupturada
traquéialevando à hemorragia severa,
pneumotórax
epneumomediastino;
paralisia depregas vocais por lesão
do
nervo laringeo recorrente sob pressão excessivado
cuff e reflexos neurogênicos 5.
A
maioria das complicações acontece após a extubação e são tidascomo
precoces,que
vão
desdedescamação
e ulceraçãomucosa
até incompetencia de laringe, aspiração e isquemia epitelialcom
infecção bacteriana secundária 4.O
edema
émais
comum
na
região das pregas ariepiglóticas, epiglote, espaçointer aritenoídeo e subglótico.
Sua
queixa clínica varia entre disfonia, odinofagia, disfagia, tosse emenos comumente
dispnéia.Os
sintomas sãogeralmente de breve duração,
melhorando
após72
horasda
extubação.A
incompetência laríngea e aspiração são devidas aum
prejuízo sensório-motor da
glote.A
função esfmcteriana das pregas vocais é prejudicada peloedema
e inflamaçãoda
musculatura intrínseca e espaço cricoaritenoídeo.O
problema
é transitório e resolve-secom
12 a24
horas após a extubaçãosegundo
Keane,
W, M,
ez al 4.Domielly
6 revelou que atémesmo
em
intubações de l hora existe a perdado
epitélio
mucoso
e prolongando a intubação teremos lesão progressiva e necrose isquêmicacom
infestação bacteriana após24
horas. Intubaçãoalém
de48
horasassocia-se
com
pericondritedo
processo vocal e lâmina cricóide.Após
96
horasdanos severos
podem
ser achados nesta área 6' 7° 8.Acima
de 7 dias de intubaçãoespera-se
que
todos os pacientesdesenvolvam
eritemacom
70
%
dos casosO
aspectomais
preocupante destas lesões éo
seu potencial de desenvolver complicações tardiasmais
graves 4° 9.A
maioria das lesões por intubação é leve e cicatrizasem
incidentes. Tecido de granulaçãopode
desenvolver-se nas fendas cicatrizadas porsegunda
intensãoe ricas
em
colágeno.Como
onovo
colágenotem
tendência a contrair-se, urnamembrana
ou
cicatriz desenvolve-se epode
seguir-se de estenose tardiamente4,l0,ll
Um
grandenúmero
de fatores age isoladamenteou
em
conjunto.Contribuem
para frequência e gravidade das complicações tardias os seguintes fatores:
tamanho do
tuboem
relação aotamanho da
laringe e traquéia;forma
e materialdo
cuff edo
tubo; pressão de inflaro
cuff; irritantes químicos usadosna
limpezado
tubo;movimentação do
tubona
traquéia; traumas de manipulação; duraçãoda
intubação.Além
disso a vuhierabilidade biológicada
mucosa
resultante de infecções, diabetes,doença
cardiovascular,doença
pulmonar,doença do refluxo
gastro-esofageano, pesença de
sonda
naso-gástrica, etilismo,fumo
e intubaçãoprévia, exerce clara influência l'4°5'l2'13'14.
A
formação
de granulomascomeça
algumas
semanas
após a extubação,sendo esta a complicação tardia
mais
comum.
Evoluicom
sintomas deodinofagia, disfonia, disfagia e principalmente sensação de corpo estranho.
A
área mais acometida é
o
processo vocalda
aritenóide 4” 8” 15.Dependendo
da
patogenicidadedo
processo de cicatrização das lesões,pode
surgir
um
simples estreitamentoda
comissura posteriorou
diminuiçãoda
mobilidade
da
prega vocal. Sinéquias emembranas
também
podem
aparecer.A
fonnação
de tecidofibroso pode
causar anquilose de cartilagens e resultarem
severa estenose laríngea 4” 8* 13.
Em
um
recente estudo retrospectivo feito porPeppard
eDickens”
,usando
laringoscopia indireta,
foram examinados 475
pacientes após curto período de intubação.Em
6,3%
dos pacientes havia lesões de laringeque
variaram entre7
hematomas,
lacerações e paralisia de pregas vocais.A
maioria destes pacientescom
lesão queixava-se de odinofagia e disfonia, 6 dos475
pacientesapresentaram disfagia.
Os
pesquisadoresnão acharam
uma
relação entre a sintomatologia e alterações anatômicas laríngeasdo
grupo estudadocom
osseguintes fatores:
trauma
de intubação,tamanho do
tubo endotraqueal, duraçãoda
intubação, idadedo
pacienteou
história de tabagismo.Muitos
estudos nesta áreanão
apresentam resultados significativos estatisticamenteou
conclusões claras e defmitivas 14.Por
outro lado,um
estudousando
videolaringoscopiaem
29
pacientes intubados por l a 2 dias, encontrou 23 pacientescom
lesão, incluindo ulceraçãodo
processo vocal e/ou
cartilagem aritenóide,granulomas
e paralisias uniou
bilaterais de pregas vocais.
Dos
29
pacientes,28
queixavam-se de disfonia.Aspiração ocorreu
em
10 pacientes 16.Apesar
de haver grandes evidências deque
lesões laríngeaspossam
ocorrerna
vigência deuma
intubação prolongada (mais
de24
horas) 1” 3' 4° 5” 8' 14' 15,o
achado
de lesõescom
importância clínica éincomum
6.Com
o avanço do
designdos tubos e cuffs,
minimizando
os efeitos deletériosda
intubaçãoda
laringe e traquéia,há
uma
tendência a prolongar-se o período de intubação 3.Atuahnente
o otorrinolaringologista, vê-se mais frequentemente frente apacientes
que foram
traqueostomizadosou
intubados,que
apresentamsintomatologia, e portanto deve estar atento a presença das patologias
acima
As
lesõesda
laringe provenientes de intubação prolongadaou
não,já sãobem
estudadas e detalhadasna
literatura internacional.Com
este trabalhoobjetivamos verificar a incidência das complicações pós intubação
em
nossomeio
e identificar os fatoresque
possam
levar a tais complicaçõesou
3.MÉToDo
Este foi
um
estudo prospectivo, longitudinal e de caráter descritivo realizadono
período de janeiro de1999
amaio
del999.Em
janeiro de1999
o protocolodo
trabalho foi submetido a avaliaçãoda
comissão de éticado
HospitalGovernador
CelsoRamos (HGCR)
e após aprovado iniciaram-se osexames.Foram
examimados
21 pacientes apósserem
extubadosna
unidade deterapia intensiva
(U
TI)do
HGCR
em
Florianópolis, Santa Catarina.O
tempo
decorrido entre a retiradado
tubo e oexame, dependeu
exclusivamente 'das condições
do
paciente a ser submetido aum
exame
otorrinolaringológico.O
exame
de laringoscopia indireta era ralizadocom
espelho de Garciaestando o paciente
em
consultório otorrinolaringológicoou
em
seu leitohospitalar,
mas
sem
distinção de posicionamentoou
técnica de exame.Todos
os pacientestinham
suas laringesexaminadas
em
repouso, esforço respiratório eesforço fonatório.
Um
certonúmero
de pacientes, por apresentarmelhora
do
quadro geral ereceber alta hospitalar,
eram encaminhados
aum
exame
de laringoscopia diretacom
fibra
flexívelou
rígida.Foram
utilizadas fibrasNagashima,
9mm
dediâmetro, rígida
ou
flexível Storz de3,5mm
de diâmetro,com
fonte de luzAo
serem
examinados,um
protocolo de avaliação,que
segueno
apêndice 1,era preenchido
com
dados colhidosdo
prontuário,do
próprio pacienteou
de seuresponsável.
Os
dados coletadosforam
analisados peloprograma
Epi-Info® versão 6.0.4.
RESULTADOS
A
idade dos pacientes desta amostra variou entre 17 e60
anos, sendo a faixaetária entre os
20
e30
anos a mais freqüente (42,8%),conforme demonstrado
na
figura
1.Na
análise obteve-seuma
moda
de 21 anos ,média
de 31.9 emediana
igual a 27. 10- 3- N.PAc1ENTEs 'T' 1* 6. 17-20 21-30 31-40 41-60
ANOS ANOS ANOS ANOS
Figura l: Distribuição dos pacientes segundo faixas etárias.
Houve
uma
prevalênciado
sexo masculino (66,7%)como
pode
servisualizado
na figura
2. 20- N.PAC ENTES U.G
›-‹ 10- 0-. . . FEMININO MASCULINOFigura 2: Distribuição dos pacientes segundo o sexo.
Quando
distribuídosconforme o
tempo
em
que permaneceram
intubados,observou-se
um
predomíniodo
periodo entre24h
e 7 dias (62%),mostrado
na
I MENOS DE 24HORAS
IDE 24H A 7 DIAS
I MAIS DE 7 DIAS
Figura 3: Distribuição do tempo de intubação dos pacientes.
Avaliou-se a característica
da
intubação obtendo-se43%
de intubações emergenciais. Já averiguando 0 profissionalque
a realizou, verificou-seuma
igualdade
na
freqüência entre emergencistas e anestesistas(ambos
com
38%)
13
33%
43%
guri
24%
¡
CENT Ro cnzúncrcoFigura 4: Distribuição dos pacientes segundo as caracteristicas da intubação.
38%
. EMERGENCISTA
I INTESIVISTA 24% I ANESTESISTA
Figura 5: Distribuição dos pacientes segundo o profissional que realizou a intubação.
Os
pacientesforam
também
classificados quanto a razão clínicaou
cirúrgica para realizar-se a intubaçãocomo
pode
ser vistona figura
6, sendo que as causasclínicas tiveram
uma
incidência de57%.
20- N. PACIENTES U.
5
U. 0-. . . CAUSAS cAUsAs CIRÚRGICAS CLÍNICASAs
condiçõesmédicas
pré-existentes e relevantes ao fato da intubação quecom
mais freqüênciaforam
encontradasaparecem na figura
7. Destacam-se ofumo
e o álcoolcom
34,5%
e24,1%
respectivamente.Cerca
de31%
dos pacientesnão
tinhamnenhuma
das condições clinicas pré-existentes investigadas. Para ilustrar melhor, afigura
8 representa os pacientes divididosem
gruposcom
relação ao fumo.` N ›_-. , _ ¿ _ r , FUMO 3f*'%5”/›";f-- _ V NÃOTEM fil* Árcoor \_4›1,%` ~ l 1 .;z¿››› _ . ., DCA " 6,9% _ c/\RD1ovAscUi,Af ,., r - ‹ -.P". , _ . ` .. .. ›, ›:› l INTUBAÇ/xo ”' ,4% , r 1 PRÉVIA __,f,¬,t ,_ . to ,_._,,_5 w' ~ " ' I/ -ii _ 2 Í_/,J O 5 10 15 20
Figura 7: Distribuição das condições médicas pre'-existentes.
F UMANTES
48%
NÃO FUMANTES
Figura 8: Distribuição dos pacientes fumantes e não fumantes.
Os
possíveis agravantes da intubação são demonstradosna figura
9.A
presença da
sonda
naso-gástrica(SNG)
mostrou-secomo
o agravante maisA
maioria dos pacientes apresentou-se assintomática (333%)
Dentre ossintomas referidos pelos pacientes desta amostra , disfonia surge
em
primeirolugar (29,2%), seguido de sensação de corpo estranho (16,7%)
conforme
vistona figura
10.O
método do
exame
empregado na
avaliação das laringes destes pacientes,segue representado
na figura
11, sendo que o mais utilizado foi a laringoscopiaindireta (76%). 36% 48% ¡ sN_o`_
_”
¡ /\si>1RAÇÃo I NÃO TEMFigura 9: Distribuição dos agravos presentes durante a intubação
16% 33,3% V ~ DIsroNIA U `29›2% SENSCORPO " ls 7% ESTRANHO .› , 1 i A u 1 __..___-... ._ .J NÃO TEM t2,5°. i D1 sr/xoi/â 3-3% r § """""""°"""""' “"" "*”""“"'°"`7"""""""""”""";z“"'“"""Í*""“'”"'7;7¡ 0 5 10 15 20 NPACIENTES DISPNÉIA
5%
I
LARJNGOSCOPIA DIRETA¡
LARINGOSCOPIAINDIRETA c/F.Rio IDA
¡
I.ARINGoscoPIA 76% INDIRETA c/F.I=LEXívEI.Figura 1 1: Distribuição dos pacientes segundo tipo de exame realizado.
No
decorrer dosexames
observou-se que grande parte dos pacientesnão
apresentavam lesão (32%).
Quando
apresentavam, as lesões mais encontradasforam
granulomascom
20%
e hiperemiacom
12%
(figura 12).4% 4% I
¡
DIMINUIÇAO DE IMOBILIDADE I>.v. z
¡HEMAToMA I
8% I
¡
LEsÃo TRAUMATICA I>.vr¡
PARALISIA I Pv. '¡
EDEMA¡
FENDA ¡ I¬II1>EREM1A¡
GRANULOMA 20% ~ ;¡
NÃo TEM ¿Figura 12: Distribuição dos tipos de lesões encontradas.
Foram
realizados alguns cruzamentos dos principais dados obtidos.Apesar
denão
haver valores estatisticamente significativos, pode-se obteralgumas
avaliações através
da
análise descritiva das tabelas que seguem.SEXO
X
LESÃO:
O
número
de lesões nesta amostra foimaior
noshomens,
mas
proporcionalmente , as mulheres tiveramuma
incidênciamaior
de lesõespois elas
somam
apenas33,3%
da
amostra total e tiveram40%
das lesões17
Tabela I: Distribuição das lesões segundo o sexo.
SEXO
LESÃO
FEMININO
MASCULINO
TOTAL
DIMINUIÇÃO
DE
o 1 1MOBILIDADE
P.V.EDEMA
1 1 2FENDA
1 1 2GRANULOMA
3 2 51-IEMATOMA
1 0 1HIPEREMIA
2 1 3LEsÃo
TRAUMÁTICA
o 1 1PREGA
VocAL
PARALISIA
DE
1 P.V. o 2 2NÃo TEM
2 ó sTOTAL
10 15 25TEMPO
DE INTUBAÇÃO
X
LESÃO:
Nenhum
paciente intubado pormenos
de24
horas apresentou lesão laríngea, enquanto os pacientes intubadospor
mais
de 7 dias (23,8%) apresentaram lesãona
totalidade de seunúmero
(100%).
Por
tero
maior
número
de pacientes, ogmpo
que
ficou
intubado de24
horas até 7 dias apresentou tanto o
maior
número
de lesões, quanto deexames
Tabela II: Distribuição do tipo de lesão segrmdo o tempo de intubação.
TEMPO DE INTUBAÇÃO
~MENOS
DE
DE
24H
A
7MAIS
DE
7LESAO
TOTAL
24H
DIAS
DIAS
D11vr1NU1CÃoDE
o 1 o 1MoB1L1DADE
DA
1>.V.EDEMA
o 2 o 2FENDA
o 1 1 2GRANULOMA
o 4 1 5HEMATOMA
o 1 o 1HIPEREMIA
o 3 o 3LEsÃo
TRAUMÁTICA
o o 1 1PREGA
voCAL
PARALIs1ADE11>.v.
o o 2 2NÃo TEM
3 5 o sTOTAL
3 17 5 25CARACTERÍSTICAS
DA
INTUBAÇÃO
X
LEsÃoz
O
maior
número
deintubações ocorreu
na
emergência (42,9%) seguidodo
centro cirúrgico (33,3%) eUTI
(23,8%), sendo asdo
primeiro grupoobviamente
intubações emergenciais e os outros dois grupos intubações eletivas.As
lesões ocorreramem
maior
número
também
nas intubações de emergência,com
77,7%
(7) dos pacientes aliintubados apresentando lesões contra
60%
(3) dos intubados eletivamentena
19
Tabela III: Distribuição das lesões segundo a características da intubação.
CARACTERISTICAS
DA
INTUBAÇAO
-
,, A
CENTRO
LESAO
EMERGENCIA
UTI ,TOTAL
CIRURGICO
Dn\41NU1ÇÃoDE
MOBILIDADE
DA
P.V.EDEMA
FENDA
GRANULOMA
HEMATOMA
1~n1>ERE1vnALEsÃo
TRAUMÁTICA
PREGA
voczu. 1>ARAL1s1ADE
1 P.v.NÃo TEM
2 1 0 O 1 1 1 2 O 0 1 1 1 2 1 1 O 0 O 1 O 2 0 2 2 5 1 3 1 2 O 2 O 4 2 8TOTAL
10 8 7 25QUEM
INTUBOU
X
LESÃO:
Dos
21 pacientesdo
estudo, 8(38%) foram
intubados por emergencistas e o
mesmo
número
por anestesistas.As
lesõesfizeram-se
presentesem
75%
(6 pacientes) dos intubados por emergencistas eem 50%
(4) dos pacientes intubados por anestesistas.Os
intensivistas intubaram5
(24%)
dos pacientesdo
estudo, e60%
(3 pacientes) apresentaram-secom
-Tabela IV: Distribuição das lesões segundo o profissional que realizou a intubação.
QUEM
INTUBOU
LESÃO
EMERGENCISTA
INTENSIVISTAANESTESISTA
TOTAL
D1M1NU1ÇÃo
DE
1 o o 1MQBILIDADE
DA
1>.v.EDEMA
1 1 o 2FENDA
1 1 o 2GRANULOMA
1 2 2 5HEMATOMA
o 1 o 1HIPEREMIA
o 1 2 3LEsÃo
TRAUMÁTICA
1 o o 1PREGA
vocAL
PARALISIADE
1 P.v. 2 o o 2NÃo TEM
2 2 4 sTOTAL
9 8 '_ 8 25SINTOMAS
X QUEM
INTUBOU:
Semelhante ao quadro das lesões, ossintomas
também
foram
menos
freqüentes nos pacientes intubados poranestesistas(50%
=
4
pacientes), enquanto25%
(2 pacientes) dos intubados por emergencistasnão
apresentavam sintomas.Como
já foi visto, a disfonia (29,2%)foi o sintoma
mais
freqüente seguido pela sensação de corpo estranho (16,7%).Tabela V: Distribuição dos sintomas segundo o profissional que realizou a intubação.
_
_
QUEM
INTUBOU
SINTOMAS
EMERGENCISTA
INTENSIVISTA ANESTESISTATOTAL
D1s1=AG1A D1s1=oN1A DISPNÉIA sENs.coR1>o
ESTRANHO
NÃo TEM
2 2 4 s ›-\›-.AQ ›--nr-IUJO ROI-*ON -l=~bJ`IK~JTOTAL
8 7 9 24 ~TEMPO DE
INTUBAÇAO
X
RAZÃO
DA
INTUBAÇÃO:
Observando
a tabelaVI podemos
claramente concluirque
os pacientes intubados por razões clínicaspermaneciam mais
tempo
intubados nesta amostra.21
Tabela VI: Distribuição das razões da intubação relacionadas
com
o tempo de intubação.TEMPO DE INTUBAÇÃO
MENOS
DE
DE
24H
A
7DIAS
MAIS
DE
7TOTAL
24H
DIAS
RAZÃO
DA
INTUEAÇÃO
CAUSAS
CIRÚRGICAS
3 5 1 9CAUSAS
cLíN1cAS
o s 4 12TOTAL
3 13 5 21TEMPO DE
INTUBAÇÃO
X
CARACTERÍSTICAS
DA
INTUBAÇÃO:
A
única conclusão clara
que
pode-se obtercom
a tabela VII, éque
os pacientes intubados eletivamenteno
centro cirúrgicopassaram
menos
tempo
com
o
tubo.Tabela VII: Distribuição da característica da intubação relacionada
com
o tempo de intubação.TEMPQ
DE INTUBAÇÃO
MENOS
DE
24H
A
MAIS
DE TOTAL
CARACTERÍSTICAS
DA
INTUBAÇÃO
'DE
24H
7DIAS
7DIAS
EMERGENCIAL
O ' ` 6 3 9ELETIVA
UTI
0 3 2 5ELETIV
A
C.C 3 4 0 7TOTAL
3 13 5 21TEMPO DE
INTUBAÇÃO
X
AGRAVOS:
Os
paciente desta amostrapassaram
a termais
agravosconforme
a intubação prolongava-se.Tabela VIII: Distribuição dos agravos ocorridos durante a intubação segtmdo o tempo da
mesma
TEMPO DE 1NrUBAÇÃo
MENOS
DE
24H
DE
24H
A
MAIS
DE TOTAL
7
DIAS
7DLAS
AGRAVO
AsP1;RAÇÃo
o 1 3 4SNG
o 7 5 12NÃo
TEM
3 ó o 9TOTAL
3 14 s " 25Estudos estatísticos
foram
realizados tentando correlacionar os múltiplosdados obtidos
no
presente trabalhocomo:
distribuição das lesõessegundo
osagravos ocorridos; distribuição dos sintomas
conforme
os agravos; distribuiçãodo
tipo de lesãoconforme
condiçõespré-existentes; distribuição dos sintomasconforme o
tempo
de intubação; emais
sexo e idadesegundo
os dados citadosacima.
O
(micodado que
convém
salientar refere-se ao granuloma.Da
amostra estudada de 21 pacientes, 5 (23,8%) apresentaramgranuloma
e destes80%
(4 pacientes) apresentaram queixa de sensação de corpo estranho.s.D1scUssÃo
Observando
a faixa etáriado
grupo estudado (17-60 anos), pôde-se verificarque a intubação orotraqueal é
um
procedimento realizadoem
pacientes de todasas idades.
Apesar
denão
termos nesta amostra, écomum
serem
realizadasintubações desde recém-nascidos até pacientes geriátricos.
É
importante considerar o material, principalmente otamanho
eforma do
tubo edo
cuff, e técnicas adequadas de intubação 9.Em
nenhum momento
pôde-se atribuir qualquer tipo de lesão laríngeaou
sintoma à características específicas de certasidades 7.
Em
nossa amostra de pacientes,da
mesma
forma, relacionaralguma
sintomatologia
ou
lesão à determinada faixa etária,não
foi possível.O
sexo éum
fator muitas vezes tidocomo
importanteno
desenvolvimento de lesões laríngeas.Alguns
autoresafirmam que
pelo fato das laringes femininasserem mais
estreitas a incidência de lesões tende a sermaior
em
mulheresque
em
homens
8” 15° 17.Nos
pacientes aqui estudados, apesardo
número
de lesões sermaior
em
pacientesdo
sexo masculino, proporcionalmente as mulheresforam
asque
mais
lesões tiveram, coincidindocom
a literatura mencionada.A
maioria dos pacientesdo
presente estudoforam do
sexo masculinona
faixa etária de
20
a30
anos, o quepode
ser justificado pelo fatodo
hospitalonde
a amostra foi colhida ser referência para politraumatizados.
Quadro
estemais
freqüentemente encontradoem
adultos jovensdo
sexo masculino.O
tempo
de intubação foisem
dúvida o fatormais
importanteno
que
diz respeito às queixas e lesões laríngeas, após a extubação 1° 8” 18.Segundo
contribuiria tanto para
o
surgimento de lesões quanto para oagravamento
de lesõesmenos
importantes 1.Um
estudo retrospectivousando
videolaringoscopia após a extubação, indicouque
erosão eedema
da
mucosa
da
prega vocal,começam
aindana
primeira hora de intubação e são claramente vistos nas primeiras
24
horas 16,19, a partir daí outras lesõespassam
a desenvolver-se 2°. Lesõescomo
granuloma,estenoses e ulcerações são
bem
maiscomumentes
vistasem
intubaçõesprolongadas 1, 8.
Em
nosso estudo
pudemos
averiguar a nítida progressão de lesõesconforme
otempo
de intubação, apesarda pequena
amostra. Issonão
quer dizer
que
pacientes intubados pormenos
de24
horasnão
possam
vir a tertais tipos de lesão,
nem
que
os submetidos à intubação prolongadaobrigatoriamente
venham
a desenvolvê-las.Um
possível ponto falhono método
do
trabalho, foi otempo
após aextubação a que os pacientes
eram
submetidos aoexame.
Como
descritono
método,o
tempo
entre a extubação e a laringoscopia (diretaou
indireta) variavaconforme
as condiçõesdo
paciente (clínicas e de acesso) a prestar-se ao exame.Isso implicou
em
diferentes fases de evolução de possíveis lesõesno
momento
do exame,
poisalgumas
patologias causadas pela intubaçãopodem
desaparecerem
poucos
dias após a retiradado
tubo, enquanto outras lesões sóvem
aaparecer
algumas semanas
após a extubação 2.Pacientes intubados por razões cirúrgicas de eleição,
normalmente
podiam
ser avaliadospouco tempo
após o atoda
extubação, enquanto pacientes intubados por razões clínicas,na
maioria das vezes, aindalevavam
dias asemanas
após a retiradado
tubo para terem condições de se submeter aoexame
otorrinolaringológico.
Isto talvez explique o
achado
deLundy
et al 1,onde
pacientes intubados porcausas clínicas
mais
comumente
apresentaram estenose subglótica e granulomas,que
na
maioria das vezes são lesões que sedesenvolvem algumas
25
semanas
após a extubação. Pacientes intubados por causas cirúrgicas de eleição,em
sua maioria apresentavam paralisia de pregas vocaisou
membranas
na
glote,achados estes
que
são tidosmais
freqüentementecomo
precoces 1.A
etiologiamais
provávelda
paralisiaaguda
das pregas vocais é a pressão excessiva exercida pelo cuff nas fibrasdo
nervo laríngeo-recorrente, quepassam
próximas à comissura posterior,
mais
precisamente entre as cartilagens cricóide e tiroídea, lugar esteonde
comumente
localiza-seo
cuffdo
tubo endotraqueal 2”1
ú
Ja
uma
paralisianão aguda
das pregas vocaispode
ser devida aum
bom
número
de etiologias incluindo fixaçãoda
cricoaritenóide,membranas,
estenoseglótica posterior, retrações cicatriciais, dentre outros 3.
Bums
et al 21mostraram
danos significativosno
epitélioda
laringe e traquéiaque
acontecem
com
certa freqüência e regularidade devidos à intubação.As
lesões
variam
desdedescamação
por abrasão causada pelo tuboou
cuff, laceração eedema,
até erosãomucosa,
ulcerações emembranas
que
podem
chegar a evoluir para retrações cicatriciais
com
diminuiçãoda
mobilidade e paralisia das pregas vocais, estenose, fendas egranulomas
21.Além
do
tempo
de intubação condiçõesmédicas
pré-existentes taiscomo:
diabetes,
doença
cardiovascular, álcool,fumo
e intubação prévia estão claramente relacionadas ao surgimento de lesões ao nívelda
laringena
concomitânciada
intubação prolongada 1” 7.Em
especial o fumo,
o
álcool e a presença dedoença
cardiovascular estãocomumente
ligadas à lesãoda
mucosa
laníngea por propiciaram inadequada perfusão tecidual 7.
Em
nossogrupo
oque
pudemos
perceber foi a elevada incidência defumo
e álcool entre os pacientes estudados,mas
não
é clara a relação destes fatorescom
tipos específicos de lesões.A
concomitância de intubação prolongada,doença do refluxo
gastro-que a
mucosa
laríngea e pregas vocais estejammais
facilmente expostas ao conteúdo gástrico,o
que propicia o surgimento e piora de lesões nessa área 1.A
aspiração e conseqüente
doença puhnonar
estão fortemente ligadas àincompetência laríngea e perda
da
função esfmcteriana das pregas vocais 3.Nossos
resultadosmostraram
uma
grande incidênciado
usoda
SNG
nospacientes intubados,
o que
pode
sugeriruma
relaçãocom
surgimento de lesões.A
aspiração foi outro agravanteda
intubaçãoque
apareceuem
nossos resultados,porém
sem
associar-secom
lesões específicas.A
presença de anormalidade laringea prévia é tidacomo
um
incrementona
probabilidade de desenvolver
uma
lesão laringea pós-intubação 1°.Como
foi totalmente inviável examinarrnos os pacientes antesda
intubação,não
podemos
em
hipótesealguma afirmar que
suas laringeseram
nonnais anatômica e fisiologicamente antesda
intubação.Desse
modo,
é possível que os pacientes cujo oexame
se apresentou alterado tivessemuma
sutil anormalidademucosa
na
laringeque
predispusesse tais pacientes a terem lesãomais
evidenteapós
manipulação
no
atoda
intubação, durante o períodoem
que esteve intubadoou
no
atoda
extubação.Existem
publicações avaliando as lesões de laringe associando-as ao localdo
hospital
onde foram
realizadas 1. Preferimos neste' estudo procurar associar aslesões à característica
da
intubação ,ou
seja: emergencial, eletivaem
UTI
eeletiva
em
centro cirúrgico (CC).Os
resultados que haviana
literaturanão
permitiam que
chegássemos
à conclusões claras a respeito deste tópico.No
grupo estudado por nóshouve
uma
maior
incidência de lesões ocorridas nasintubações emergenciais, seguidas pelas realizadas de
forma
eletivana
UTI
e por último as eletivasno
CC.
Fomos
além
eprocuramos
dividir as intubações realizadastambém
conforme
o profissionalque
a executava.Obtivemos
resultados semelhantes ao27
por emergencistas e anestesistas foi o
mesmo
devido ao fato de algunsemergencistas solicitarem ao anestesista de plantão que realizasse a intubação.
Como
já foi dito, lesõesforam
mais freqüentes nos procedimentos realizadospelos emergencistas e
em
segundo
lugar nos realizados pelos intensivistasna
UTI.Há
controvérsiasem
definir quantotempo
depois de intubado o pacientedeve ser transformado
em
traqueostomizado 2° 1°.Na
UTI
do
HGCR
-
F
lorianópolisSC,
esses critériosvariam conforme
omotivo
de entradado
paciente
na
UTI,
sua evolução clínica, otempo
depermanência
prevista para opaciente
na
UTI
e onúmero
de diasque
o paciente já estava intubado.Pacientes
que
dão entradana
UTI com
trauma
raqui-medularou
outras lesões e/ou patologias graves, muitas vezes são traqueostomizadosmesmo
sem
antes terem sido intubados; outros cujo estado neurológicofica
abaixoou
igual asete
na
escala deGlasgow passam
para a traqueostomía.Traumatismos
crânio-encefálico
(TCE)
gravescom
previsão de intemação prolongadana
UTI
também
são submetidos à traqueostomía .
Os
demais pacientes,quando
se necessita deuma
melhor
ventilação, são intubados epassam
à traqueostomía apenas após 10-14 dias de intubação caso seu quadro clinico e laboratorial
não tenham
uma
queda
importante antes desse período.A
sintomatologia atribuida à intubação endotraqueal variaconfonne
o estágio de evolução de possíveis lesões, fatores associados e condições pré- existentes 2” 15.Encontram-se
freqüentemente as queixas de disfonia,disfagia,
odinofagia, sensação de corpo estranho e tosse 15.
Alguns
autoressugerem que
todo o paciente intubadomesmo
por poucas horas poderão vir a desenvolver lesões e apresentar sintomas8”12.Nossos
dados são conflitantescom
estaafinnação,
poiscomo
pudemos
perceber
no
grupo de pacientes estudados, amaior porcentagem
apresentou-se assintomática (33,3%), seguidado
sintoma de disfonia (29,2%) e sensação decorpo estranho (l6,7%). Estes dois últimos sintomas são
mais
relacionados àpresença de fendas
ou
paralisia de prega vocal egranulomas
respectivamente.Da
amostra estudada de 21 pacientes, 5 (23,8%) apresentaramgranuloma
e destes80%
(4 pacientes) apresentaram queixa de sensação de corpo estranho. Jáos assintomáticos são nitidamente
em
sua maioria aquelesque
não
apresentavamlesão. Isto
pode
sugerir urna forte relação entre sintomas e lesões específicas.Como
já foimencionado
anterionnente a técnica de intubação e o materialutilizado são de fundamental importância
na
prevenção de lesões laríngeas 2* 12.O
avançono
material,como
amudança
no
design de tubos e cuffs,tem
sidoum
grande fator para a diminuição
da
incidência dessas lesões 3.Atualmente
jánão
se prescreve
mais
tãocomumente
desinsuflação periódica de cuffs por seusó.coNcLUsÃo
A
intubação orotraqueal éum
procedimentomuito
utilizadoem
nossomeio
para proporcionar ventilação
puhnonar adequada
a pacientes clínicos ecirúrgicos.
Como
todo procedimento invasivo, a intubaçãotambém
tem
riscos deproduzir efeitos indesejáveis durante
ou
após sua realização.O
presente estudopermite concluirmos que:
l-
Com
relação ao fator sexo,observamos
uma
freqüência de lesões ligeiramentemaior
no
sexo feminino.Levando
a crerque
diferençasanatômicas entre as laringes masculinas e femininas
sejam
o fatorpredisponente;
2-
Dos
21 pacientes estudados, 3permaneceram
intubados pormenos
de24
h
e5 por
mais
de 7 dias.Todos
os pacientesdo
primeiro grupoachavam-se
livresde lesões, contrariando aos pacientes intubados por mais de 7 dias.
3-
Quando
a intubação era realizada pelo anestesista a incidência de lesões eramenor. Seguida pelo intensivista e emergencista;
4- Intubações realizadas por razões cirúrgicas revelaram
menor
incidência de lesõesquando comparadas
com
as de causas clínicas,o que
pode
serjustificado pela
menor
duração das primeiras;5-
Apesar
denão
podermos
correlacionar a concomitânciado
usoda
SNG
em
pacientes intubados
com
alguma
lesão específica, sua associação parece potencializar o surgimentoda
mesma;
6- Correlacionando os sintomas
com
o tipo específico de lesão,o dado mais
significativo foi a queixa de sensação de corpo estranho
em
pacientes portadores de granuloma.Concluindo, apesar
da
pequena
amostra de 21 pacientes estudados, apenas33%
deles (8 pacientes)não
apresentaram lesões. Considerandoque
por váriosmotivos já
mencionados
anterionnente,o
tempo
entre a extubação e a1.
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throat journal 1998; 77: 949-950.RESUMO
Este foi
um
estudo prospectivo, longitudinal e de caráter descritivo,realizado
no
período de janeiro amaio
de 1999,onde foram examinados
21pacientes extubados
na
unidade de terapia intensivado
HospitalGovemador
Celso
Ramos
em
Florianópolis, Santa Catarina.Procuramos
identificar as incidências das complicações pós intubaçãoem
nosso
meio
e identificar os fatoresque
possam
levar a tais complicaçõesou
potencializá-las.Os
pacientes,foram
14do
sexo masculino e 7do
sexo feminino.Todos
foram
submetidos a laringoscopia indireta
ou
direta assimque
tivessem condições clínicas para tal.Dos
21 pacientes estudados, 13 apresentaram lesões, sendoque
a maisfieqüente
foio
granuloma.A
queixa de sensação de corpo estranhodemonstrou
íntima relaçãocom
o granuloma.Os
pacientesdo
sexo feminino apresentaram urna incidência ligeiramentemaior
de lesões.A
concomitânciado
uso deSNG
pareceu favorecer o aparecimento delesões.
As
intubações realizadas por anestesistas revelaramo
menor
núrnero decomplicações, seguidas pelas realizadas por intensivistas e emergencistas.
Devemos
salientarno
entanto, que a incidência de lesõesem
pacientes intubados por causa cirúrgica émenor
do
que nos intubados por razões clínicas,sendo os anestesistas os responsáveis pelo primeiro grupo.
O
tempo
de intubação éum
fator demarcada
importância.No
presente estudo todos os pacientesque
permaneceram
intubados pormais
de 7 dias (5 pacientes) apresentavam lesões, contrariando aos quepermaneceram
pormenos
de 24h.Enfatizamos
que
apesarda
intubação orotraqueal serum
procedimento de uso diário, elenão
é isento de riscos e portantodevemos
atentar à técnica deintubação, material utilizado, fatores predisponentes associados e
tempo
de intubação.This
was
a longitudinal prospective study,done
in the period of Januaryand
May
of 1999,where
21 patientswere examined
post-extubation period in the intensive care unityof Governador
CelsoRamos
Hospital, in Florianópolis,Santa Catarina.
We
tried to identity the incidence of post-intubation complications in ourenvironment
and
identity all factors thatmay
contribute to those complications or potencialize them.The
patientswere
14 malesand
7 females. All ofthem were examined by
indirect laryngoscopy or direct laryngoscopy, just at the time theyhad
clinical conditions for that.Among
the 21 patients studied, 13showed
injuries, beinggranuloma
themost
commum.
The symptom
of strangebody
sensationhad
close relation to the granulomas after intubation.Female
patientshad
a slightly higher incidenceof
laryngeal injurycompared
tomale
patients.The
use of nasogastric tubes at thesame
time as the endotracheal tubesseems
to favor the incidence of laringeal injuries.Intubations performed
by
anesthetistshowed
less complications then the ones performedby
intensive care imit staff oremmergence room
staff.It is important to say that intubation for surgical purposes has less complications than intubation for clinical reason,
and
the anesthetist are incharge for the surgical intubations.
Long
tenn intubations playsan
important role in the incidence ofcomplications. In the present study all patients that
had
more
than 7 daysof
intubation
showed
laryngeal injuries.None
of
the patients in the group of lessthan24 hours of intubation
showed
lesions.The
authors enphasize that although endotracheal intubation is a daily procedure if is not withouth risks,and
all attentions shouldbe
done
considering the intubation technic, tube materialand
period of intubation.Nome: Z
_
Idade: Sexo: (1) Masculino (2 ) Feminino
1.
Tempo
de intubação: (1)Menos
de 24 h (2) 24 h - 7 dias (3) Mais de 7 dias2. Característica da intubação: (1) Emergência (2) Eletiva -
UTI
(3) Eletiva - C. Cirúrgico
3.
Quem
intubou: (1) Emergencista (2) Intensivista (3) Anestesista4. Rzzâo ao iombzçâoz (1) causa oizúfgioz (2) causo méóioz
5. Condições pré-existentes: (1) Diabete (2) Dça cardio-vascular (3)
Fumo
anos (4) Álcool cigarros/dia (5) Intubação prévia (10) Outros: (1 1)Não
temó. Agfovamos ao iombzçâoz (1 )
SNG
(2)Doo Pzz1monar(Aspifaçâo) (3)RGE
(10) Outros: (1 1)Não
tem7. Sintomas: (1) Dispnéia (2) Disfonia (3) Disfagia (4) Sensação de corpo estranho (10) Outros: (1 l)
Não
tem9. Lesão: (1) I-Iiperemia (2)
Edema
(3) Erosão mucosa (4) Ulceração mucosa (5) Granuloma (6) Paralisia de 1 corda vocal (7) Paralisia das 2 cordas vocais (8) Estenose sub glótica(9)
Membrana
glótica(anterior) (10)Hematoma
(1 1) Fenda (12)Não
tem(13)0utros: S _ O S
10. Exame: (1) Laringoscopia indireta Laringoscopia direta - (2) Fibra rígida
'
ABERTURA
DOS OLHOS
Espontânea
Ao
comando
verbalÀ
dorSem
respostaRESPOSTA
MOTORA
Ao
comando
verbalÀ
dor localiza o estímuloflexão normal do
membro
estimuladoflexão
anormal extensãosem
respostaRESPOSTA
VERBAL
Orientada Desorientadaou
confusa Inapropriada IncompreensívelSem
respostaFonte: Porto, C.C. Sinais e sintomas. In: Exame clínico. 2° edição, Guanabara Koogan, 1992. P.142.
›-=l\)UJ-¡>~
6
*-^l\9bJ-ãflll
TCC
UFSC
CM
0414 Ex.l N-Chflm TCC UFSCCM
0414 Autor: Tamowsky, RafaelTítulo: Lesões laríngeas após intubação
972807458 Ac. 253563 Exl UFSC BSCCSM