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Análise sobre as perspectivas de fomento a interiorização do turismo no município de Barcelo / RN

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Ellen Doralice da Silva Souza

ANÁLISE SOBRE AS PERSPECTIVAS DE FOMENTO A

INTERIORIZAÇÃO DO TURISMO NO MUNICÍPIO DE

BARCELONA/RN

Currais Novos/RN 2018

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ANÁLISE SOBRE AS PERSPECTIVAS DE FOMENTO A

INTERIORIZAÇÃO DO TURISMO NO MUNICÍPIO DE

BARCELONA/RN

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Currais Novos, para obtenção do Grau de Bacharel em Turismo.

Orientador: Prof° Ms. Antonio Rafael Barbosa de Almeida

Currais Novos/RN 2018

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O trabalho apresentado foi julgado e aprovado para obtenção do grau de bacharel em turismo, no curso de graduação em turismo, bacharelado, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte- UFRN

Currais Novos-RN ___/___/____

___________________________________ Profa. Dra. Paula Rejane Fernandes Coordenadora interina do Curso de Turismo

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________ Prof. Me. Antonio Rafael Barbosa de Almeida Universidade Federal do Rio Grande do Norte Orientador

____________________________________________ Prof. Me. Rodrigo Cardoso da Silva

Instituto Federal de Brasília Examinador

____________________________________________ Profa Dra. Simone da Silva Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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Declaro, para todos os fins de Direito e que se fizerem necessários, que assumo total responsabilidade pelo material aqui apresentado, isentando a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, à Coordenação do Curso, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do aporte ideológico empregado ao mesmo.

Conforme estabelece o Código Penal Brasileiro, concernente aos crimes contra a propriedade intelectual o artigo n.º 184 – afirma que: Violar direito autoral: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. E os seus parágrafos 1º e 2º, consignam, respectivamente:

§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (...): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (...).

§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (...), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.

Diante do que apresenta o artigo n.º 184 do Código Penal Brasileiro, estou ciente que poderei responder civil, criminalmente e/ou administrativamente, caso seja comprovado plágio integral ou parcial do trabalho,

Currais Novos-RN, ___ de ____________ de 2018.

________________________________ Ellen Doralice da Silva Souza

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Dedico este trabalho a minha mãe por toda a força que demonstras ter e repassas para mim. És minha melhor parte.

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Agradeço a Deus por nunca ter me desamparado nos momentos de angustia e desapontamento e por ter me sustentado, assim sabendo que tudo que passei foi por permissão Dele até chegar aqui.

Meu sentimento de gratidão vai também para meu companheiro de todas as horas, meu noivo: Jadiel Santos. Te agradeço, pois foi a partir de seu apoio que continuei minha jornada acadêmica, se cheguei até aqui foi graças ao seu esforço, carinho, ajuda e dedicação. Um dos meus maiores motivos de seguir em frente. A você também dedico a minha vitória.

Meu maior agradecimento inclino a pessoa que me gerou, me educou e formou meu caráter, tudo que faço é pensando na senhora. Busco cada dia ser melhor pelo exemplo de mãe e de mulher que és. Meu maior orgulho de vida, de ser humano, de força. És minha fonte inesgotável de amor.

À minha família, irmão, avó e avô agradeço pelo empenho em me ajudar, é por vocês que tenho me dedicado e insistido em alcançar meus sonhos.

À Daniel por não ter medido esforços em me ajudar durante esse período de transformações em minha vida como também pelas palavras de consolo e motivação.

Ao meu orientador: Antonio Rafael, meu muito obrigada pela paciência nas orientações e por ter se dedicado a me auxiliar nesse trabalho.

À Rodrigo Cardoso, vai minha sincera gratidão, por ter me ensinado que na vida, passamos por muitas dificuldades, mas temos que aprender a contorna-las sempre de cabeça erguida e sem nos boicotar. Você foi um verdadeiro psicólogo e parte desse trabalho dedico a você, pois não teria conseguido sem sua ajuda e orientação.

Gostaria de agradecer também a Juliana que fez meus dias mais felizes, você não sabe o quanto sua amizade foi importante para mim.

À Andréia, não tenho nem palavras para descrever o quanto sua companhia e sua amizade foram essenciais para eu acreditar na minha formação, suas loucuras e sua parceria foram de total importância para mim. Sorrimos e choramos juntas, nos escutamos e nos motivamos. Quero te agradecer por tudo e espero que essa amizade dure além dos muros da universidade.

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chegar até aqui. Meu maior apreço à Marluce, Rodrigo, Eva, Rafael, Gilson e Edilson (in memoria), vocês estarão sempre guardados em meu coração, assim mostrando minha gigante admiração.

Agradeço também aos que não acreditaram em mim ou que de alguma forma tentaram me desanimar, obrigada, pois através disso, criei forças para lutar ainda mais e alcançar meu objetivo.

Aos que me ajudaram a concluir esse curso direta ou indiretamente, meu muito obrigada.

Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam (Clarice Lispector). Assim são nossos sonhos, por acreditar tanto neles é que corremos atrás para torna-los realidade e conquistar lugares que nem poderíamos imaginar.

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A simplicidade tende ao desenvolvimento, a complexidade à desintegração.

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Considerando que há uma carência de estudos e por verificar uma baixa ação do turismo no local, aparece o interesse de saber como ocorre o desenvolvimento do turismo no interior do estado do Rio Grande do Norte, especificamente na cidade de Barcelona, objetivando analisar o município, em sua intenção e perspectivas de desenvolver o turismo, a partir de atores públicos, privados e da comunidade em geral. Para tanto, é necessário caracterizar o turismo do município estudado, avaliar as intenções dos gestores no processo de fomento e analisar a participação dos residentes nesse processo. Realiza-se então uma pesquisa de teor quali-quantitavo e descritivo-exploratório. Para tanto, foi utilizada a fase de pesquisa de campo, a partir da qual realizou-se a coleta de dados através aplicação de questionários e entrevistas. Diante disso, verifica-se que é de interesse que o turismo no município seja estimulado, porém a atual gestão municipal não possui formas concretas de desenvolver a atividade no momento, a falta de conhecimento dos gestores públicos ouvidos em relação ao turismo reflete também na população que reside na cidade, o que impõe a constatação de que a gestão tem muito trabalho se quiser que a atividade faça parte da economia da cidade, procurando diretrizes que lhes ajudem a chegar a esse objetivo, atentando-se principalmente em qualificar o trade turístico e a população.

PALAVRAS-CHAVE: Planejamento turístico. Interiorização do Turismo. Barcelona.

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Whereas there is a lack of studies and a low tourism action in place, appears the interest to know as the development of tourism in the State, specifically in the city of Barcelona, aiming to analyze the municipality, in your intent and prospects for developing tourism, from different interest groups. To this end, it is necessary to characterize the tourism of the municipality studied to evaluate the speech of managers in the process of reviewing the participation of residents in the process. Performs a search of quality content and descriptive-exploratory quantitavo. It was used the stage of field research and data collection was established through application of questionnaires and interviews. Given this, the municipality can be powered, but the management has no concrete ways of developing tourism at the time, the lack of knowledge of management in relation to tourism reflects also in the population living in the city, which requires finding that management has a lot of work if you want to be part of the economic activity of the city, looking for guidelines that help them reach that goal, mainly in the trade and tourist population.

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Figura 1 Macro programas e programas do PNT 2007/2010... 26

Figura 2 Pedra da fé ... 37

Figura 3 Rio Potengi em Barcelona ... 38

Figura 4 Quadrilha Tradicional Junina Sertão ... 39

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Quadro 1 Grupos da Câmara Setorial de Turismo... 23

Quadro 2 Macro programas do PNT 2003-2007... 25

Quadro 3 Etapas do planejamento turístico... 30

Quadro 4 “Entrevista com o empresário da pousada Brisa Potengi”... 47

Quadro 5 “Entrevista com o secretário de turismo do município”... 49

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Gráfico 1 Gênero das pessoas entrevistadas... 41 Gráfico 2 Faixa etária dos entrevistados... 42 Gráfico 3 Nível de escolaridade... 42 Gráfico 4 Foi consultado em relação ao processo de desenvolvimento do turismo em Barcelona? ... 43 Gráfico 5 O que você acha sobre levar o turismo para esse município? Isso seria um ponto positivo ou negativo para a cidade? ... 44 Gráfico 6 Achas que o turismo beneficiaria o desenvolvimento econômico do município de Barcelona? …... 45

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CADASTUR- Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos CNTUR- Conselho Nacional de Turismo

EMBRATUR- Empresa Brasileira de Turismo Exmo- Excelentíssimo

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IDEMA- Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente MICT- Ministério da Indústria, Comércio e Turismo

MTUR- Ministério do Turismo PIB- Produto Interno Bruto PNT- Plano Nacional de Turismo

PRT- Política de Regionalização do Turismo RN- Rio Grande do Norte

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1 INTRODUÇÃO... 16 1.1 JUSTIFICATIVA... 18 2 OBJETIVOS... 19 2.1 OBJETIVO GERAL... 19 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS... 20 3 METODOLOGIA... 20

4 POLITICA E PLANEJAMENTO TURISTICO... 21

4.1 PLANEJAMENTO TURÍSTICO... 28

4.2 PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO... 32

5 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICIPIO DE BARCELONA... 34

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS... 39

CONSIDERAÇÕES FINAIS... 55

REFERÊNCIAS... 57

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1 INTRODUÇÃO

Territorialmente, o turismo no Rio Grande do Norte vem se constituindo a partir de cinco polos turísticos, que abarcam vários municípios do estado: Polo Costa das Dunas, Polo Costa Branca, Polo Seridó, Polo Serrano e Polo Agreste-Trairi. A partir dessa configuração o governo federal tem pensado e dialogado para que a interiorização do turismo aconteça em maior proporção, porém pouco tem-se visto a mobilização por parte dos gestores municipais para que essa atividade se efetive. São muitos os atrativos desconhecidos e que precisam de um olhar amplo e criativo para sua promoção, planejamento e estruturação. É fácil perceber a ascensão do turismo como plano governamental, porém pouco se vê a ação para que esse influenciador econômico aconteça de maneira adequada e planejada.

A análise de potencialidade é muito complexa e demanda tempo, o turismo não acontece e/ou se efetiva instantaneamente, é preciso analisar a localidade, inventariá-la (passo primordial para um planejamento no setor do turismo), criar roteiros, sinalizá-las, divulgá-las, atrair o olhar dos turistas para esses locais. Há muito a se fazer para que o turismo aconteça nos municípios, sobretudo, os de pequeno porte, em contrapartida há dificuldade em executá-lo, pela falta de infraestrutura básica e apoio governamental, bem como detectado por Silva (2015. p. 131-132). Em sua pesquisa sobre política de regionalização do turismo no interior do Rio Grande do Norte, o referido autor afirma que:

as secretarias municipais carecem de profissionais com formação direcionada, ou experiência na área de turismo [...] O estudo do PRT no interior potiguar elucidou as formas que o turismo é entendido pelo setor público, exaltando com todas essas problemáticas o entendimento amador ou primário que a gestão estadual e municipal tem sobre o turismo.

Muito se fala sobre as ações dos gestores do turismo, contudo a falta de conhecimento teórico sobre a área também faz com que a referida atividade não seja planejada de acordo com diversas pesquisas acadêmicas e sistemas do âmbito turístico, assim sendo mais um bloqueador de desenvolvimento.

Entende-se que o turismo é de demanda elástica, que fica em segundo plano em relação às necessidades primárias, porém é preciso ações no tocante as etapas do planejamento turístico, seguidas como na conjectura, para que, quando

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surgir entraves político, ambientais e sociais, esses, sejam devidamente ultrapassados.

O planejamento turístico é o ato de planejar, ordenar, criar planos para obter resultados eficazes e alcançar objetivos. Fazem parte do planejamento: as políticas públicas, as preocupações ao meio ambiente, sociedade e economia. A regionalização e municipalização do turismo, a inventariação turística, as estratégias de marketing, a elaboração de projetos, são formas de se pensar o turismo segundo seus diversos segmentos. Assim, caracterizando-os e moldando a criatividade no que tange à segmentação especializada para acender a atividade turística e minimizar os problemas.

No Brasil, o turismo acontece com maior incidência desde a década de 1970 no segmento de sol e praia, pois a ênfase de divulgação do governo era voltada as áreas litorâneas. Desde então, os municípios do interior sofrem com poucas possibilidades de trabalhar o turismo, pela carência de infraestrutura e recursos humanos, contudo, nesses locais o turismo surge como alternativa econômica, especialmente ligada aos segmentos de ecoturismo, turismo cultural, de aventura, e de experiência.

Nesse contexto, surge o Programa de Regionalização do Turismo (PRT) elaborado pelo Ministério do Turismo (MTur), no período de 2004, sendo mais uma política de desenvolvimento da atividade turística que também mostrava a possibilidade de descentralização do turismo, formando polos regionais (um conjunto de cidades que tenham peculiaridades em comum), que estejam espalhados não apenas em regiões litorâneas, como também, interioranas e que os atrativos que compõem esses polos sejam especialmente conhecidos.

Para que possamos entender melhor sobre esse assunto, é preciso saber como ele se estrutura, assim o MTur, nos mostra como;

O Programa de Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil é dirigido para os mercados competitivos e impulsionado na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Traduz-se em ações, estratégias e reformas na estrutura do governo que possam garantir maior equidade, novos critérios de ação e negociação coletiva capazes de se transformar em oportunidades nos mercados mundiais e repercutir na geração e distribuição de renda no País. Nessa perspectiva, o turismo é visto como gerador de oportunidade e aliado eficaz no propósito de redução de pobreza, quando planejado e monitorado de forma sistemática, compartilhada e coletiva (BRASIL, 2004, p. 08).

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Este programa nasce de uma necessidade de cooperação para trabalhar o turismo de modo que os destinos se ajudem e se complementem. A regionalização aparece com a proposta de detectar características similares dos municípios para que estes, imediatamente citados fomentem o trabalho cooperado.

No município de Barcelona/RN isso não acontece, pois, a supracitada cidade não faz parte de instâncias governamentais que tratem especificamente do turismo, porém se detectado potencial no lugar, este pode, como as demais cidades limítrofes, desenvolver a atividade.

Barcelona é uma cidade localizada no Agreste Potiguar, apresenta 4.066 habitantes, que não faz parte de nenhum dos cinco polos de turismo do estado, onde a instituição responsável pelo desenvolvimento do turismo (a Secretaria Municipal de Turismo) é embrionária, possuindo poucos empreendimentos associados a essa atividade, porém se constatado o interesse da gestão pública em fomentar a atividade turística, surgindo anteriormente falado como alternativa econômica, gerará também a criação de uma nova possibilidade para a cidade.

O problema de pesquisa decorreu de uma análise empírica das cidades, sobretudo de pequeno porte, por terem pouca infraestrutura e ainda assim tentarem produzir o turismo nessas localidades, como alternativa econômica, porém não planejada.

Dentro dessa conjuntura, pergunta-se: será que o município de Barcelona poderia utilizar o turismo como uma alternativa econômica? Sua infraestrutura comporta o turismo? Quais aspectos dessa cidade podem ser passiveis de visitação turística? Quais diretrizes (esta atividade) deve-se seguir?

O turismo só pode ser uma alternativa econômica para a cidade se houverem pessoas capacitadas, que entendam do turismo para planejar, desenvolver e gerir a atividade no local, porque conseguem ter um olhar mais amplo sobre a atividade, explorando várias alternativas.

1.1 JUSTIFICATIVA

A relação entre o pesquisador e seu objeto de estudo é de suma importância para contribuição e desenvolvimento da investigação. A busca pelo estímulo do turismo no município de Barcelona/RN dá-se pelo meu sentimento de pertencimento do lugar, uma vez que não sendo natural, contudo residente há mais

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de oito anos da localidade, vêm-se o desejo de melhorias do ambiente onde vivo, principalmente na área em que me orgulho de estudar e pelo anseio de passar conhecimentos adquiridos na teoria para a prática.

Tendo em vista a importância do planejamento para as cidades turísticas e a necessidade de execução conforme a teoria, tive a curiosidade de estudar de maneira aprofundada essa composição do turismo que é o planejamento, aplicando-o a um municípiaplicando-o aplicando-onde aplicando-o turismaplicando-o é incipiente e pelaplicando-o desejaplicando-o de melhaplicando-orar a cidade de Barcelona/ RN, apresentando algo novo ao espaço e tornando-o conhecido, como também estudar se há potencialidade e qual o segmento turístico adequado para a cidade.

Este assunto será analisado pelo fato de eu não tomar conhecimento de trabalhos que indaguem o surgimento do turismo e que remetam ao modo de como utilizar as potencialidades e ordená-las no desenvolvimento turístico, aproximando, especificamente para o Agreste Trairi, onde há existência de polo turístico, porém o município estudado não consta entre os integrantes. Outro fator motivador foi a inexistência de estudos relacionados com a temática proposta do município de Barcelona/RN.

Pretende-se com este trabalho chamar a atenção dos gestores do município analisado para o desenvolvimento de uma gestão profissional, geração de novos empregos no âmbito do turismo e melhorias de infraestrutura da localidade receptora, como também fazer com que o município estudado torne-se um laboratório para aplicar o conhecimento adquirido durante a formação acadêmica e contribuir para a configuração do lugar, podendo ser crítico no âmbito em que me compete e desfrutar de uma sociedade onde haja melhorias.

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OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Analisar o município de Barcelona, no Rio Grande do Norte, em sua intenção e perspectivas de desenvolver o turismo, a partir de atores públicos, privados e da comunidade em geral.

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2.2 Objetivos específicos

 Caracterizar a atual prática turística realizada no município, bem como suas perspectivas.

 Avaliar a atuação dos gestores públicos no processo de planejamento do turismo;

 Analisar a participação da comunidade local no processo de desenvolvimento turístico no município de Barcelona;

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METODOLOGIA

Este estudo identifica-se como exploratório, que segundo Cervo et al. (2007, p. 63), “trata-se da pesquisa que realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes”. Porquanto, busca entender como desenvolver o turismo em um município pequeno e qual as perspectivas da comunidade e da gestão pública quanto ao desenvolvimento da atividade turística, bem como aprofundar o conhecimento sobre planejamento turístico, com ênfase no município de Barcelona.

Além de exploratória, a pesquisa também se caracteriza como descritiva, já que se preocupa em relatar os fatos observados, sem intervenção.

Na elaboração do referencial teórico serão utilizadas revisões bibliográficas para embasamento e discussão do planejamento turístico, políticas de fomento a atividade e desenvolvimento local, como também, manuais de orientação ou publicação do Ministério do Turismo e websites referentes aos assuntos abordados ao decorrer deste trabalho.

A abordagem dessa pesquisa caracteriza-se como quali-quantativa, “o ambiente natural é fonte direta para coleta de dados, interpretação de fenômenos e atribuição de significados”. (PRODANOV; FREITAS, 2013. p. 128). E utiliza-se de valores numéricos para quantificar os resultados, porém não permite realizar análises estatísticas.

A coleta de dados será alcançada através de entrevista individual com estrutura semiaberta aplicada com alguns gestores do município com interface na articulação do turismo no município, aplicando o critério de interesse no assunto

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abordado por este trabalho. A adoção dessa ferramenta de coleta de dados foi realizada já que a mesma é focalizada, ao mesmo tempo em que permite inclusões e exclusões de perguntas, como ainda a explicação das questões. Outra forma de coleta dos dados para a pesquisa será através de aplicação de questionários, que proporcionará a análise de desenvolvimento do turismo vista pelos autóctones e em sua elaboração de dados, será utilizada a tabulação, que conforme Marconi e Lakatos (2010. p. 150-151)

é a disposição dos dados em tabelas, possibilitando maior facilidade na verificação das inter-relações entre eles. É uma parte do processo técnico de análise estatística, que permite sintetizar os dados de observação, conseguidos pelas diferentes categorias e representá-los graficamente. Dessa forma, poderão ser melhor compreendidos e interpretados mais rapidamente.

A exposição dos dados será feita através de quadros, tabelas e representações gráficas, ou de forma explicativa, a fim de que o trabalho seja melhor compreendido e os dados sejam visualizados corretamente, como também embasará as considerações dialogadas durante a pesquisa.

4 Política e planejamento turístico

Para entender a política é de suma importância que compreendamos seu significado e o porquê de sua existência. Para Chauí (2004, p. 478) “a política foi inventada como o modo pelo qual a sociedade, internamente dividida, discute, delibera e decide em comum para aprovar ou rejeitar as ações que dizem respeito a todos os seus membros”. Em outras palavras a política foi inserida para que a sociedade fosse representada por um grupo, fazendo valer os interesses coletivos.

Em um ponto de vista abrangente a política é o artifício que faz com que a sociedade seja dirigida e organizada em função de um objetivo em comum onde seja propício para todos, tornando-se um bem supremo da vida social (COMPARATO, 2008).

Afunilando o assunto podemos falar de política pública como uma dimensão da política mais concreta e que tem relação com orientações vinculadas a decisão e ação (SECCHI, 2014, p.1). A política pública não tem uma única definição estabelecida, com o passar do tempo surgem diversas definições. Assim, “política

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pública é o processo pelo qual os diversos grupos que compõem a sociedade – cujos interesses, valores e objetivos são divergentes – tomam decisões coletivas, que condicionam o conjunto dessa sociedade” (RODRIGUES, 2010. p.13). Dias (2010) afirma que política pública pode ser definida como uma união de ações realizadas pelo Estado, com o intuito de ajudar a sociedade em seus interesses e necessidades.

Portanto, partindo da definição acima citada, considerando o atendimento do Estado diante da sociedade, a política pública de turismo constitui-se da orientação do poder público, seja na esfera federal, estadual, regional ou municipal, para o fomento do turismo, com consulta do trade turístico, como também da comunidade (LOHMANN; PANOSSO NETTO, 2008. p.121). Para concretizar seu sentido a política deve mostrar propostas cabíveis a seu público-alvo, como afirma Gastal e Moesch (2007. p. 42).

Uma política pública deve ter [...] como objetivo democratizar o bem público chamado Turismo, possibilitando que o lazer e a hospitalidade sejam acessíveis a todos, visitantes e cidadãos, não apenas como uma potencialidade, mas como realidade, e que a sociedade organizada incida nessas definições.

As políticas públicas de turismo devem estar conscientes do seu trabalho e principalmente da ideia do que é o turismo, trazendo melhorias no desenvolvimento da área, fazendo assim que a atividade ocorra de maneira a trazer lazer como algo acessível a toda população, sendo também um importante desenvolvedor econômico.

É importante frisar que dependendo do momento político que o país se encontra e também da força governamental estabelecida nesse momento, essas políticas de turismo possuem maior ênfase ou não e por muitas vezes o turismo serve como um pilar de levantamento econômico durante os períodos de recessões.

Em um contexto nacional, para que o turismo brasileiro pudesse alcançar ao que vemos atualmente, houve-se muito trabalho. A partir disso entenderemos a trajetória nacional das políticas que colaboram e direcionam a fomentação do turismo brasileiro.

As políticas de turismo no Brasil começam a aflorar na década de 1920, ainda quando o turismo era destinado a elite que faziam viagens de navio para

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Marketing e planejamento Infraestrutura e polos turísticos Geração e promoção de eventos Capacitação profissional e pesquisa Facilitação e legislação Linhas de crédito e investimento

Europa de muitos dias onde na volta traziam artigos para presentear a família. É nesse momento que surgem as primeiras organizações públicas e privadas com interesse na atividade. O turismo nacional começa a aparecer no Rio de Janeiro com a Exposição do Centenário da Independência do Brasil em 1922, esse evento contou com mais de 3 milhões de pessoas (CARVALHO, 2009). Após isso surgem diversos outros eventos e atrações. Na década de 1960, com a transferência da capital federal para a recém Brasília, diversos setores da economia são impulsionados, o que contribuiu para o desenvolvimento do turismo, chamando a atenção de estrangeiros.

É a partir disso que se reconhece a importância do turismo na economia e a necessidade de uma instituição responsável pelo mesmo, sendo assim foram criados em 1966 a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e o Conselho Nacional de Turismo (CNTUR), no governo do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco (Decreto-lei n° 55, de 18 de novembro de 1966). Ainda durante o governo militar na década de 1980, foram criados planos de desenvolvimento regional, advindo da França.

Já no ano de 1993 foi criado o Ministério da Indústria, Comércio e Turismo (MICT), onde a Secretaria Nacional de Turismo e Serviços ficou responsável por planejar as ações do setor e a Embratur para executá-las. Para acrescentar, ainda neste ano foi criada a Câmara Setorial de Turismo, constituída por seis grupos com objetivos específicos para questionar e exibir propostas sobre o desempenho do setor abarcando temas como vemos a seguir:

Quadro 1 Grupos da Câmara Setorial de Turismo

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A finalização deste trabalho buscou solucionar problemas no trade turístico nacional, para reaquecer a economia e alavancar o crescimento do país.

Em 1995 com a publicação final do documento “Diretrizes para uma Política Nacional de Turismo” de 1996-1999, o setor turístico tem pela primeira vez um roteiro ativo que representava o compromisso do governo federal requerido por pessoas que militavam no turismo.

Em 1998, foi instituído o Ministério de Esportes e Turismo, atualizando o Plano Nacional, não perdendo as principais estratégias do plano anterior.

Mais um passo foi dado na criação do Ministério do Turismo em 1° de janeiro de 2003, sendo este voltado totalmente ao desenvolvimento da atividade turística. O órgão principal do turismo passa a praticar uma política pública descentralizada e orientada pelo pensamento estratégico. Já em 2004 com a atuação o Ministério supracitado, adota-se uma política focada no fomento do turismo regional, dando maior ênfase às Unidades da Federação1. O Programa de Regionalização do Turismo trabalha a concentração e o intercâmbio de todas as ações desempenhadas pelo MTur com estados, regiões e municípios brasileiros (MTur, 2017).

Após esses projetos, de acordo com Beni (2006), foram criados: fundos para financiamento de projetos de desenvolvimento turístico; decretos e portarias editados para concretizar e abranger o fomento do turismo; Política Nacional do Meio Ambiente; elaboração de programas voltados para o desenvolvimento do turismo, objetivando se tornar um produto competitivo internacionalmente. Concretizando, outros projetos e diretrizes também fazem com que o cenário do Turismo no Brasil, ocupe o 27° lugar entre 136 nações, e mantendo a liderança na América do Sul (MTUR, 2017).

Adentrando mais afundo nas políticas públicas do turismo, podemos ver nos discursos para seu fomento, como anteriormente citado, que foram criados planos nacionais de turismo. O MTur instituiu três planos conforme passados os anos: 2003-2007; 2007-2010; 2013-2016.

A primeira versão do plano de 2003 até 2007 traz como discurso o desenvolvimento do turismo em uma colocação de prioridade/ relevância para a economia nacional e trata-o como um âmbito de relações em que não pode existir o

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amadorismo. Este plano propõe a descentralização do turismo transpassando a esfera municipal, mas trabalhando através de consórcios públicos para que a atividade turística aconteça por várias regiões do território nacional, assim podendo ser promovido em âmbito internacional de maneira competitiva. Para tanto discute-se a discute-seguir sobre a relevância do plano acima citado.

O Plano Nacional deve ser o elo entre os governos federal, estadual e municipal; as entidades não governamentais; a iniciativa privada e a sociedade no seu todo. Deve ser fator de integração de objetivos, otimização de recursos e junção de esforços para incrementar a qualidade e a competitividade, aumentando a oferta de produtos brasileiros nos mercados nacional e internacional. (MTUR, 2003. p. 6)

Este plano é estruturado por macro programas, os quais apresentam descrições e objetivos, que tem a intensão de resolver problemas que possam impedir o crescimento do turismo nacional. São eles compostos de maneira em que veremos a seguir no quadro 1.

Quadro 2. Macro programas do PNT 2003-2007.

Fonte: Plano Nacional de Turismo, 2003-2007.

MACRO PROGRAMA 7: INFORMAÇÕES TURÍSTICAS MACRO PROGRAMA 1: GESTÃO E RELAÇÕES

INSTITUCIONAIS

MACRO PROGRAMA 2: FOMENTO

MACRO PROGRAMA 3: INFRA - ESTRUTURA MACRO PROGRAMA 4: ESTRUTURAÇÃO E

DIVERSIFICAÇÃO DA OFERTA TURÍSTICA

MACRO PROGRAMA 5: QUALIDADE DO PRODUTO TURÍSTICO

MACRO PROGRAMA 6: PROMOÇÃO E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO

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Após o PNT 2003-2007, surge o plano PNT 2007/2010 para dá continuidade ao fomento do turismo e fazer com que o país se destacasse em sua potencialidade, nele, a regionalização passa a ser parte dos macro programas. O “PNT 2007/2010 – Uma viagem de Inclusão”, era um plano otimista como o anterior, que tinha a intenção de mostrar que o turismo pode ser alcançado não só pela classe elitista do Brasil, mas também para os outros grupos sociais. Esse plano objetivava uma impulsão não apenas de turistas, mas ainda de empresários e empregados, pois uma das metas era estimular o mercado empregatício e o PIB. Partindo para essa ideia de um plano que gere desenvolvimento econômico e social, o MTur discorre sobre a relevância do PNT em questão.

A elaboração do Plano Nacional de Turismo 2007/2010 dá relevância, continuidade e aprofunda a política adotada e implementada nos anos de 2003 a 2006, por meio da ação articulada de setores empresariais que compartilham com o governo uma dimensão institucional cooperada. (MTUR, 2007-2010)

Este plano procura estimular o fluxo turístico doméstico, estruturar os destinos turísticos, aumentar o número de empregos e ocupações e gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas (MTUR, 2007-2010). Este também foi dividido em macroprogramas, porém seguidos ainda de programas (Como mostra a figura 1).

Figura 1. Macro programas e programas do PNT 2007/2010

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Os macro programas são compostos pela união de programas que fazem a organização, através de temas, das várias atividades executivas desempenhadas pelo Ministério e seus parceiros. Já os programas se fragmentam em diferentes ações que exprimem o seu detalhamento em projetos e atividades que propiciarão a realização das metas (MTUR, 2007-2010. p. 57)

Já no PNT 2013-2016 as metas são mais ambiciosas quando falamos do fluxo turístico no Brasil. Para que o Brasil atinja a meta de 3ª colocação no ranking de destinos com maior economia turística do mundo até 2022, o ministério entende que seria “preciso planejar e implementar um conjunto de políticas públicas e ações como esforço para alavancar e concretizar o enorme potencial turístico do país” (MTUR, 2013-2016, p. 60).

Este PNT não estabelece macro programas, mas sim objetivos e metas para alavancar o turismo. São eles: Preparar o turismo brasileiro para os megaeventos; incrementar a geração de divisas e a chegada de turistas estrangeiros; incentivar a viagem doméstica; melhorar a qualidade e aumentar a competitividade do turismo brasileiro (MTUR, 2013-2016).

Como metas o Ministério do Turismo estabeleceu: Aumento de 7,9 milhões de turistas estrangeiros ao país; Aumento em US$ 10,8 bilhões na receita com o turismo internacional até 2016; aumentar para 250 milhões o número de viagens domésticas realizadas até 2016; elevar para 70 pontos o índice médio de competitividade turística nacional até 2016; aumentar para 3,6 milhões as ocupações formais no setor de turismo até 2016.

Com este último plano é perceptível que a expectativa em melhorar o turismo brasileiro é grande e que muitas coisas se postas em prática, pode alavancar o turismo nacional. A partir disso podemos imaginar um desenvolvimento também de lugares menores e menos conhecidos nacionalmente.

É importante pensar que o Turismo tem diversos segmentos, sendo assim não estando apenas inseridos em grandes cidades e metrópoles. Partindo desse pressuposto o discurso de interiorização do turismo é bastante importante para gerar renda fora dessas capitais e ainda expandir a divulgação dos estados não se atendo às localidades especificas e tirando o foco do segmento de sol e praia. O estado do Rio Grande do Norte está engajado nesse discurso, porém existem ainda lugares não abarcados pela política de regionalização, assim deixando de expor ainda mais lugares em potenciais, lugares estes que concentram por muitas vezes uma rica

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cultura, perdida em muitos locais pelas construções em massa e pela aquisição de novas culturas.

A interiorização do turismo é de suma importância ainda para o conhecimento dos próprios estados, em suas perspectivas históricas, culturais e por belas paisagens que podem abarcar diversos segmentos do turismo, seja este de aventura, ecoturismo, experiência, mas também porque por diversas vezes as pessoas não conhecem seus próprios estados, priorizando o que veem fora, por ser mais divulgado e por ser destinos de massa, desvalorizando assim os domésticos.

Diante de tudo que foi falado sobre políticas públicas e seus discursos no âmbito turístico podemos perceber a relação que estas políticas tem com o planejamento, na verdade a política e o planejamento estão intrinsicamente ligados. Para analisarmos essa relação, entenderemos também o que é o planejamento em suas diversas perspectivas.

4.1 Planejamento turístico

O planejamento é o ato de estabelecer diretrizes, traçar metas, visando alcançar um objetivo. Tudo e todas as ações ao nosso redor devem ser e são planejadas. A cada passo, mesmo que involuntariamente, observamos: o que queremos; o que devemos fazer para alcançar o nosso objetivo e quais medidas devemos tomar. Além também das consequências de cada ação, das possibilidades de erro e métodos de correção.

Planejamento, segundo Ruschmann (2006), é a atividade que estabelece condições para se alcançar os objetivos propostos, ou seja, o planejamento surge como meio de facilitação, uma organização metódica que torna fácil e possível a realização do que se almeja alcançar. Já sob a visão de Barreto (2005) este é um mecanismo orientado para um: futuro desejado, com meios efetivos para tornar este uma realidade. Pode-se notar a continuidade e similaridade entre os pensamentos das duas autoras. Observamos que estas remetem a ideia que o processo de planejamento, e sua execução, se origina a partir da existência de um interesse ou um objetivo. Esse interesse pode partir do campo econômico ou social, principalmente quando ligado ao turismo.

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O planejamento turístico é o processo de avaliação do núcleo receptor (comunidade, oferta turística e demanda real) da demanda potencial e de destinos turísticos concorrentes, com o intuito de ordenar ações de gestão pública direcionadas ao desenvolvimento sustentável e, consequentemente, fornecer direcionamento à gestão privada para que ela estruture empreendimentos turísticos lucrativos com base na responsabilidade sócio ambiental.

O planejamento turístico é o passo inicial para uma boa gestão, possibilitando ao gestor uma atividade organizada e bem estruturada em diversos aspectos, sejam eles: sociais, econômicos, ambientais e culturais.

O ponto inicial de um planejamento sempre é a informação, a observação, e a coleta de dados sobre determinado local, ambiente, sociedade, etc. Segundo Petrocchi (1998) todo planejamento é contemplado com três enfoques, que se subdividem e formam o sistema de planejamento, são esses: a informação, a decisão e a ação. Sendo a informação: a captação de um dado, fato, ou história, que impulsione o indivíduo a pensar e produzir interesse, o que submete a seguir a segunda etapa: a Decisão é o primeiro passo para o firmamento do planejamento, é com a Decisão que se traça: o objetivo, caminhos, metas, precauções e etapas do mesmo. Já a ação é a consolidação após a decisão de todo processo de desenvolvimento. A ação pode-se dizer que, é a prática do tudo que foi planejado, ou seja, é a atividade que antecede a realização do objetivo.

Além dos enfoques do planejamento é importante que saibamos quais suas etapas.

De acordo com Fernandes (2011) em uma visão simplificada as etapas do planejamento são:

 Diagnóstico: é a primeira fase e está baseado na coleta de dados e pesquisas. Esta é a etapa que permite o conhecimento do espaço onde a atividade turística acontece. Permite ainda saber como ocorreu, o que ocorreu, o por quê e assim modificar a situação encontrada.

 Prognóstico é a visão prematura do futuro e se fundamenta em projeções e visões.

 Estabelecimento de objetivos e metas é o propósito estabelecido de forma quantitativa.

 Programação é a fase em que se reúne todos os projetos similares ou os que se complementam formando programas específicos. Implementação/

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execução é a fase em que os investimentos são dados em maiores proporções.

 Avaliação é a última fase e que permite rever as atitudes tomadas inicialmente, e assim modifica-las de acordo com o necessário às mudanças estabelecidas no mercado.

Voltando a visão de Petrocchi (2002), agora falando da composição do planejamento, as etapas do planejamento turístico acontecem da seguinte forma (quadro 2):

Quadro 3. Etapas do planejamento turístico.

Fonte: Adaptado de Petrocchi (2002, p. 51)

O quadro acima mostra uma forma mais abrangente e explicada do que seriam as etapas de um bom planejamento, assim podendo alcançar o objetivo com maior eficiência. Analisando-o é percebível que para um destino se estruturar como turístico, é necessário conhecer o macro ambiente, assim sabendo a necessidade da localidade turística em potencial, fazer um levantamento de tais necessidades, definir o que será feito na localidade, saber o que será executado primeiro, definindo assim as prioridades, apontar possíveis entraves ao longo do período de execução e assim escolher meios que façam diminuir esses entraves, havendo também que

Item Etapa Ações

1 Análise macro ambiental Conhecer o entorno à organização, o mercado e a situação interna.

2 Elaboração do diagnóstico Sumário que reflete os levantamentos da análise macro ambiental.

3 Definir objetivos O que se quer atingir. 4 Determinar as prioridades O que é mais importante;

Em que ordem. 5 Identificar os obstáculos, as

dificuldades

Listar quais são; Sua intensidade;

Influência sobre os resultados. 6 Criar os meios, os mecanismos Visam minimizar obstáculos;

Analisar e escolher alternativas. 7 Dimensionar os recursos necessários Quantificar os recursos;

Em que ordem de necessidade. 8 Estabelecer responsabilidades Especificar volumes, padrões, fluxos,

áreas críticas, etc.

9 Projetar cronograma Definir prazos de execução, volumes de produção, custos, parâmetros etc. 10 Estabelecer pontos de controle Escolher áreas-chave;

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estabelecer responsabilidades, definir prazos de conclusão do projeto e escolher critérios de desenvolvimento de cada ação.

Através de Petrocchi (2002) podemos chegar à conclusão que planejar requer tempo e sinergia, assim, partindo da ideia acima, antes da implementação da atividade turística, se faz necessário uma análise, ou um diagnóstico na localidade, observando se tal local tem a capacidade de se desenvolver de forma lucrativa. Deve ser feita de maneira a se pensar em diversos fatores: a potencialidade, sem essa o turismo não tem como acontecer, pois, sem atrativo, não existe a motivação de conhecer lugares; a infraestrutura, para que haja o turismo é de necessidade básica uma via de acesso em bons estados, pontos de restauração e hospedagem; a promoção, sem este o turismo não é divulgado e não será visto à nível nacional ou internacional; a sustentabilidade, que se remete não só ao meio ambiente, mas também a questão de prosseguir com a atividade turística adequada e profissional.

Estes e outros fatores fazem como que se minimizem os impactos e as chances de erros futuros, mantendo um fluxo turístico sustentável e promovendo geração de renda, empregos, uma estrutura capaz de receber o turista, pois antes de implementar tal atividade, é necessário saber se ela também beneficiará aos autóctones, pois ela não só abrange o turismo, mas toda comunidade local.

Ruschmann apud Silveira et al. (2010), considera que o objetivo do planejamento turístico consiste em estabelecer regulamentações das atitudes do homem sobre o espaço buscando mecanismos para evitar efeitos negativos nos recursos, ou seja, agravantes que possam destruir ou perder sua atração. Por isso tem-se a importância de seguir todas as etapas do planejamento turístico, a fim de minimizar impactos, seja no meio ambiente, na sociedade ou na cultura de um lugar. Dessa forma contribuindo para uma gestão de qualidade e eficiência.

No caso dos municípios o planejamento é estabelecido por meio das secretarias de turismo, estas têm o dever de buscar formas de desenvolvimento do turismo por meios de inventário, plano municipal, plano de marketing, procurar estabelecer um conselho municipal. Além dessas atribuições, cabe ao órgão municipal de turismo elaborar estudos sobre a oferta e a demanda da localidade.

O desenvolvimento turístico municipal está intrinsicamente ligado ao planejamento e faz com que os municípios se motivem a buscar aperfeiçoar a infra e a superestrutura da cidade (sistema de turismo elaborado por Carlos Beni), para que em consórcio com outros municípios formem-se regiões turísticas. Verifica-se que a

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ênfase do turismo atual está nessas regiões, porém se os municípios não estiverem com qualidade de recepção de turistas, o turismo não se concretiza, de nada adianta ter um atrativo se não houver a estrutura adequada para que ele seja visitado. O turismo não acontece apenas pelo atrativo, mas pela união de vários elementos.

O município se torna uma peça-chave para roteiros turísticos estabelecidos, não só no que tange à visitação, mas também na geração de novos empregos, renda, capacitação condutores locais e na conscientização de sustentabilidade.

Com tudo que já foi falado até agora, a relação entre planejamento do turismo e política é íntima, e podem se complementar, ajudando numa gestão do turismo de forma competente.

4.2 Planejamento participativo

A expressão planejamento participativo, traz a priori uma ideia do seu significado, assim podemos conceituar planejamento participativo como sendo uma união de esforços vindas de pessoas e âmbitos diferentes com o propósito de planejamento. Reforçando o entendimento, para Gandin (2013, p. 88) “a expressão 'planejamento participativo' significa qualquer esforço de planejar com a utilização de ideias que venham das pessoas que fazem parte de uma instituição, de um movimento ou de um grupo”. O planejamento participativo surge no Chile, com o objetivo de ajudar escolas católicas e congregações religiosas das Américas. Após sua expansão, significativamente no Brasil, esta passa a ser uma espécie de planejamento adequado a ambientes que se atenham à práticas sociais (GANDIN, 2013).

O nome participativo vem sendo aplicado, porque a expressão libera um significado airoso, atraindo pessoas, bem como atualmente é pouco provável encontrar grupos de pessoas que não exigem participação. (GANDIN, 2013. p. 92)

Como abordado anteriormente, o planejamento é de total relevância e é um passo crucial quando nos referimos a tomada de decisões. Para tanto, existe o planejamento participativo com uma metodologia bem específica, sendo aplicados: conceitos, técnicas e instrumentos, sendo baseada na Pedagogia do compreender fazendo e da atuação da construção em conjunto.

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No turismo não é diferente, o tipo de planejamento abordado neste tópico surge como modo de aproximar a comunidade na tomada de decisões, ainda porque a atividade turística transforma os espaços e paisagens, afetando assim a comunidade receptora, em suas identidades e memórias.

Sendo assim é plausível que pensemos no turismo como um âmbito abrangente, que necessita de diversas participações para se efetivar, a seguir Beni (2008, p. 126-127) discorre sobre a importância da participação no planejamento do turismo no programa de regionalização.

A participação é um elemento-chave, tanto na concepção e no planejamento como na implementação do Programa de Regionalização do Turismo. Além de fortalecer a cidadania, favorece o crescimento social, político, administrativo e tecnológico de um grupo, na medida em que amplia suas responsabilidades e resgata valores sociais, históricos, étnicos e culturais. A participação ativa de todos os segmentos sociais, empresariais e governamentais, comprometidos com os objetivos do programa, é fundamental para a integração efetiva dos envolvidos na construção conjunta.

É importante que haja essa ideia de inclusão no que diz respeito ao planejamento turístico, ainda porque é uma área que não se desenvolve sozinha. Esta se inserida dentro de um sistema interligado, onde os conjuntos e elementos interagem entre si. “O turismo da maneira que ocorre, afeta as formas de vida, a economia e, direta e indiretamente, as pessoas envolvidas na atividade” (NASCIMENTO, 2012).

O turismo não é, ou na verdade, não deveria ser uma área planejada individualmente pelos gestores, mas sim por diversos âmbitos que em conjunto faz a atividade acontecer. Meios de hospedagem, restauração, lazer, agências de viagens, o poder público, a comunidade, todos esses e muitas outras partes também de segundo e terceiros setores estão unidos para que o turismo se faça valer de maneira adequada e profissional.

Podemos associar o planejamento participativo ao desenvolvimento local, quando o turismo é planejado através de diferentes perspectivas, assim fomentando não só a economia do local, mas também os aspectos sociais. Sendo assim, a partir do momento em que a comunidade participa do modo de desenvolvimento do turismo, seja como opinião, ou seja, como mão de obra, a localidade se beneficia tanto sendo divulgada, através do marketing boca a boca, como também pela

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geração de capital deixada pelos turistas. Concretizando esse pensamento Scótolo e Panosso Netto (2015, p. 37), discutem sobre desenvolvimento local:

O desenvolvimento de um determinado local de interesse turístico está sujeito aos tipos de estratégias que são implantadas e às características de cada local. Considerando que cada região (em esfera macro ou micro), cada país, cidade, vilarejo ou comunidade possui características próprias que devem ser consideradas no âmbito do planejamento turístico, seria ousado afirmar que o turismo sempre é gerador de desenvolvimento local. Pensar em desenvolvimento local é pensar em um crescimento da localidade, a partir do planejamento é que se pode chegar ao desenvolvimento da localidade, pensando na melhor forma de fomentar o turismo de maneira em que haja menores impactos possíveis na qualidade de vida da comunidade receptora. “Assim, conhecer os parâmetros que definirão as tomadas de decisões sobre quais estratégias seguir torna-se ponto fundamental para o real desenvolvimento local” (SCÓTOLO; PANOSSO NETTO, 2015, p. 45).

No desenvolvimento local estão atrelados dois modelos:

 Endógeno, onde utiliza-se os recursos advindos da própria localidade, como: mão de obra, economia, recursos naturais e culturais.

 Exógeno, seria o oposto do desenvolvimento endógeno, sendo assim, é a utilização de potenciais originários de localidades externas.

Assim dependendo do turismo a ser pensado é possível utilizar-se dos recursos para reforçar a cultura do local, e assim repor a geração de renda na própria localidade. “Os interesses da população local, assim como sua capacidade de gestão e aproveitamento de suas características endógenas e de recursos exógenos a ela destinados são os fatores preponderantes para que o desenvolvimento ocorra” (SCÓTOLO; PANOSSO NETTO, 2015. p. 46).

Partindo desse pressuposto e de tudo que foi falado nesta seção, partiremos para o objeto de estudo dessa pesquisa, buscando analisar na próxima seção o munícipio de Barcelona e suas características, bem como o que há de atrativo neste município, em uma perspectiva de desenvolvimento da localidade com características endógenas e participação comunitária.

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5 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BARCELONA

O município de Barcelona fica localizado na região Agreste Potiguar do estado do Rio Grande do Norte, possui segundo estimativa do IBGE (2010) 4.066 habitantes, foi emancipado do município de São Tomé no dia 17 de dezembro de 1958.

Seguindo uma caracterização física do município, este tem como coordenadas geográficas: latitude: 5º 57’ 02” Sul; longitude: 35º 55’ 35” Oeste, dispondo de uma área total de 152,63 km², equivalente a 0,29% da superfície estadual. O município fica a 86 km da capital e tem como municípios limítrofes São Tomé, Ruy Barbosa, Riachuelo, Lagoa de Velhos, São Paulo do Potengi e Sítio Novo2.

A seguir no Mapa 1, a delimitação da área estudada para ilustrar geograficamente o recorte espacial do objeto de estudo, visando também situar o leitor.

Mapa 1. Delimitação do município de Barcelona

Fonte: IBGE.

Elaboração: Ellen Souza, 2018

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O principal meio de subsistência do município é através da agricultura, pecuária e dos serviços públicos.

O município é cercado por paisagens naturais, e a população está sempre engajada a mostrar a cultura da região onde se situa.

Segundo o site oficial do município “a região onde hoje se situa o município de Barcelona foi colonizada no início do século XIX por sertanejos vindos do Seridó, bem como de outras regiões do Rio Grande do Norte e da Paraíba” (BARCELONA, 2017). O município surgiu de uma fazenda chamada Salgado (primeiro nome dado a região onde hoje se situa o município), construído pelo cidadão bodóense, José Maria do Nascimento, que tinha posse da terra ao lado de seu irmão Antônio Felipe. No período de 1864 a fazendo já era conhecida por Salgado em virtude do alto teor de salinidade do local.

Segundo o IDEMA (2008) “com a ascensão de São Tomé, em 1928 a município, o povoado Salgado passou a fazer parte do seu território. ”

A ascensão à categoria de vila aconteceu no ano de 1938, pelo decreto n° 603, assinado pelo interventor federal Rafael Fernandes Gurjão.

Em 1958, Barcelona recebeu o título de cidade, foi desmembrada do município de São Tomé pela Lei nº 2.331, assinado pelo governador da época, Dinarte de Medeiros Mariz.

Segundo a ata lavrada, o município de Barcelona foi instalado onde hoje se situa a Escola Estadual professor Tertuliano Pinheiro Filho (antigo Grupo Escolar). “Ao primeiro dia do mês de janeiro de 1959, no, Grupo Escolar desta cidade, onde se encontrava instalada provisoriamente a Prefeitura Municipal, presente grande número de autoridades e pessoas gradas, foram pelo Exmo. Sr. Dr. Manoel Luiz Gomes Neto, Juiz de Direito desta Comarca de São Tomé, declarados abertos os trabalhos de instalação do Município de Barcelona”.3

A cidade conserva um grau de religiosidade grande que possui maior parte da população católica, a padroeira da cidade é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, cujo dia é comemorado em 02 de agosto, época em que chegou ao pequeno povoado a imagem da santa trazida pelo filho do fundador do lugar. Por indicação de Padre Cícero em Juazeiro foi escolhida a padroeira, no ano de 1918.

3 Ata de instalação do município de Barcelona em 1° de janeiro de 1959, retirada de: http://www.barcelona.educ.ufrn.br/historia.htm.

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Figura 2. Pedra da fé

Foto por: Sonia Furtado, 2015 Fonte: http://www.chaguinha.com.br

Barcelona é um munícipio relativamente novo, em contrapartida possui lugares naturais que atraem o olhar, a principal atração, ainda que não possa ser chamada de turística, é a Pedra da Fé, situada em uma propriedade particular, mas de fácil acesso, ela atrai a atenção por ter a palavra “Fé” (como mostra a figura 2) cravada de maneira natural e ainda ser utilizada para a pratica de esportes radicais como o rapel, possuindo várias passagens4: positivo, vertical e negativo. Com uma descida de 100 metros. A pedra não se estrutura apenas para prática de esportes radicais, mas também na religiosidade, pelo fato de fiéis deixarem objetos como forma de agradecimento as graças alcançadas e possuindo várias estátuas de santos católicos, sendo um local de adoração e símbolo de fé da maioria da população em conjunto com a marca cravada na pedra. A serra da arara é outro potencial atrativo para prática de trilhas.

4 Passagens: Tipos de rapel

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Figura 3. Rio Potengi em Barcelona

Fonte: Chaguinha, 2018.

Outro importante recurso natural que a cidade possui é a passagem do Rio Potengi (como mostra a figura 3), que em tempos de cheia torna-se ponto de encontro para diversão da população. Tendo sua nascente em Cerro Corá, este rio passa por mais oito cidades: São Tomé, Barcelona, São Paulo do Potengi, São Pedro, Ielmo Marinho, São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Natal e tem extensão total de 176 km perfazendo uma bacia hidrográfica com superfície de 3.180km².

O curso do Rio Potengi se divide em três seções distintas: O alto do Potengi, que vai das nascentes até as proximidades da cidade de Barcelona. O médio curso, entre a cidade de Barcelona até proximidades de São Gonçalo do Amarante. O baixo curso que compreende os 19 km restantes do curso fluvial, desses, os últimos 10 km estão sujeitos à entrada de maré. (UFRN, 2012)

E se olhado de uma forma mais abrangente este pode ser um importante potencial para o ecoturismo, assim preservando além o importante patrimônio natural do Rio Grande do Norte.

Como já falado anteriormente, a cidade está envolta por recursos naturais, então além das paisagens supracitadas, o município ainda possui vários açudes e serras. Ao longo do ano o município, apesar da crise existente no nosso país,

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procura promover vários eventos para o lazer e salvaguarda da cultura nordestina, principalmente durante as festas juninas, onde possui uma quadrilha tradicional por nome de “Junina Sertão” (figura 4) que percorre todo o estado concorrendo nos eventos da categoria. Além da Festa das rosas5, Sexta-feira cultural6, Festa da Padroeira7 e o Barcelona Junina.

Barcelona por se tratar de uma cidade pequena e não popularmente conhecida ainda não se encontra em diretrizes e roteiros consolidados.

Figura 4. Quadrilha Tradicional Junina Sertão.

Fonte: Chaguinha, 2017.

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

Antes de expor os resultados deste trabalho vale recapitular os objetivos que levaram à pesquisa e levantar algumas considerações acerca da cidade e seu modo de pensar o turismo sob diferentes olhares.

A comunidade e a gestão pública do município foram escolhidas por serem agentes promissores do turismo, sendo a gestão pública, o planejador de

5 Festa Tradicional que acontece há 27 anos, organizada por empresários do município.

6 Festa que acontece na última sexta-feira de cada mês, tocando músicas que remetam a cultura nordestina e com apresentações culturais.

7 Festa tradicional em culto a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, após o ritual católico na igreja, acontece a festa em praça pública.

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todo mecanismo, fazendo a atividade acontecer por etapas e resultados satisfatórios e a comunidade como sendo afetado por este mecanismo, por modificar e mercantilizar o espaço.

Vale salientar que não houveram dificuldades quanto a fase de coleta de dados, não havendo resistência por parte de nenhum dos atores em questão, assim facilitando a obtenção do resultado esperado desta pesquisa.

Para obtenção dos resultados foram utilizados dois métodos de coleta de dados: o questionário e a entrevista semiaberta. O método de aplicação de questionários foi dado por conveniência e através de duas formas: online e físico, assim, sendo aplicados com a população residente da cidade com faixa etária igual ou superior a dezesseis anos, ressalto que seria necessária uma amostra mais significativa da população. Já as entrevistas foram aplicadas com a gestão pública e privada, sendo estes: o secretário de turismo do município, o vice-prefeito, outrora vereador e incentivador do turismo na localidade e um empresário hoteleiro local. Esses métodos foram escolhidos por serem de fácil aplicação e entendimento dos envolvidos e ideais para alcançar o objetivo esperado.

Se esperou com esses métodos de coleta de dados, conseguir caracterizar a atual situação da atividade turística no município, bem como conjecturar o modo de priorização da atividade turística e ações no tocante ao desenvolvimento da atividade em questão e consequentemente analisar a participação da comunidade receptora no processo de fomento ao turismo e a relação deste com a gestão pública. Para tanto foram utilizadas as discussões dos autores anteriormente citados, tendo como finalidade mostrar como o turismo se desenvolve e assim comparar e/ou somar aos resultados da pesquisa de campo.

Partindo para os resultados da pesquisa de campo, começaremos explicando como atingimos os resultados almejados.

Através das discussões propostas no referencial teórico, podemos analisar os diversos modos de se pensar o planejamento do turismo, possuindo várias etapas, visões, políticas, como também algumas variações, podendo incluir a população residente nesse modo de desenvolver o turismo em dadas localidades. Percebe-se ainda que o caminho percorrido para que o turismo acontecesse da maneira em que vemos atualmente, foi longo, mas faz analisar que apesar disso ainda falta muito para que possamos consolidá-lo em alguns locais, talvez por falhas ou desinteresses dos gestores responsáveis pela atividade.

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A segunda seção mostra a riqueza que a cidade possui, mas o que podemos concluir é que a cidade é relativamente nova, possuindo 60 anos de emancipação política, como também pequena em âmbito populacional. Sendo assim podemos concluir que ainda há muito o que ser feito e desenvolvido no município.

Essa pesquisa foi dada através de questionários aplicados (encontrados nos apêndices desse trabalho) com pessoas que residem na cidade de Barcelona, com o propósito de mostrar como estes residentes percebem o advento do turismo no local. Sendo assim, foram aplicados 58 questionários, com indivíduos de 16 à 70 anos de idade.

Na primeira pergunta, foram analisados os gêneros dos participantes, assim concluímos que: 47% dos entrevistados foram do sexo masculino e 53% feminino (como mostra o gráfico a seguir).

Gráfico 1 “Gênero das pessoas entrevistadas”

Fonte: Elaborado pelo autor

Consequentemente foram perguntadas a essas pessoas sua faixa etária (como mostra o gráfico 2), concluindo que em uma amostra de 58 pessoas, foram entrevistadas: 9 pessoas com faixa etária entre 16-20 anos; 19 entre pessoas com 21-25 anos; 13 entre 26-30 anos; 4 entre 31-35 anos; 5 entre 30-40 anos; 2 entre 41-45 anos; 3 entre 46-50 anos; 1 entre 51-55 anos; 1 entre 56-60; 0 entre 61-65 anos e 1 entre 66-70 anos de idade.

53% 47%

Gênero

Feminino Masculino

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Gráfico 2 “Faixa etária dos entrevistados”

Fonte: Elaborado pelo autor

Em seguida, perguntou-se também o nível de escolaridade dessas pessoas (apresentado no gráfico 3), 62% afirmam ter Ensino Médio Completo; 14% afirmam ter cursos superiores completos; 2% curso tecnólogo; 7% possuem curso técnico; 7% possuem apenas o Ensino Fundamental; 5% dessa amostra abstiveram-se da pergunta e 3% estão cursando o Ensino Superior.

Gráfico 3 “Nível de escolaridade”

Fonte: Elaborado pelo autor

Faixa etária dos etrevistados 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 16-20 21-25 26-30 31-35 36-40 41-45 46-50 51-55 56-60 61-65 66-70 Ensino Médio Completo 62% Superior completo 14% Tecnólogo 2% Técnico 7% Cursando E. Superior 3% Ensino Fundamental 7% Absteve-se da resposta 5%

ESCOLARIDADE

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A quarta pergunta do questionário aplicado serviu para saber se os residentes tinham sido consultados em relação à intenção de desenvolvimento do turismo por parte dos gestores públicos da cidade. Sendo assim, 28% dos entrevistados disseram que sim, foram consultados em relação a isso; 60% disseram que não, subtendendo que pelo menos ouviram falar sobre o assunto e 12% afirmaram que não tomaram conhecimento sobre o assunto. As respostas revelam o desconhecimento da população sobre as ações para o desenvolvimento do turismo. Já a porcentagem de pessoas que disseram sim impressiona, por isso houve-se o questionamento sobre quem eram as pessoas consultadas pelos gestores. Esse questionamento será explicado durante a exposição dos resultados da entrevista.

Gráfico 4 “Foi consultado em relação ao processo de desenvolvimento do turismo

em Barcelona?”

Fonte: Elaborado pelo autor

A pergunta seguinte foi: O que você acha sobre levar o turismo para esse município? Isso seria um ponto positivo ou negativo para a cidade? As respostas foram diversas, umas com mais ênfases que outras. Sobre as respostas, as que mais se destacaram foi que seria relevante para desenvolver a cidade; divulgar o município através de suas belezas naturais; afetar direta e indiretamente os munícipes; seria modelo para a região onde está inserida e principalmente aumentar a economia da cidade. Pode-se com essa pergunta perceber ainda o baixo grau de conhecimento que a pessoas tem em relação a atividade turística, pois apesar de

28%

60% 12%

Sim Não

Não tomou conhecimento do assunto

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