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Lar militar: projecto de execução

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INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

Área Departamental de Engenharia Civil

LAR MILITAR – PROJECTO DE EXECUÇÃO

BRUNA FILIPE PEDRO

(Licenciada em Engenharia Civil Pós-Bolonha)

Trabalho Final de Mestrado para obtenção do grau de Mestre

em Engenharia Civil na área de Especialização em Estruturas

Co-Orientadores:

Especialista João Carlos dos Santos Barata (ISEL)

Mestre Rui Jorge Cebolo dos Reis Machado (Anguloraso) Júri:

Presidente: Mestre Cristina Ferreira Xavier de Brito Machado (ISEL) Vogais: Doutor Luciano Alberto do Carmo Jacinto (ISEL)

Especialista João Carlos dos Santos Barata (ISEL)

Mestre Rui Jorge Cebolo dos Reis Machado (Anguloraso)

(2)
(3)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

I.

RESUMO

O presente trabalho final de mestrado trata da elaboração de um projecto de

execução. O objectivo fundamental foi conseguir dimensionar toda a estrutura

de um edifício, incluindo pormenorizações. O edifício será um Lar Militar,

classificado como um edifício de risco moderado, pelo que proporcionou um

trabalho com particularidades interessantes.

Todo o trabalho desenvolvido teve como referência todos os conhecimentos

adquiridos ao longo do curso, pesquisa a nível pessoal, bem como o apoio de

profissionais competentes.

Este projecto teve como base a regulamentação dos Eurocódigos. Foram

também consultados os regulamentos portugueses RSA e REBAP, como

legislação comparativa aos Eurocódigos, visto que se utilizavam em exclusivo

no passado recente.

Para a elaboração do projecto foi fundamental a modelação no programa de

cálculo automático de elementos finitos, SAP2000. A utilização de folhas de

Excel, permitiu optimizar os diversos cálculos necessários ao longo do projecto.

Pretendeu-se que o projecto fosse optimizado de maneira a ter a melhor

relação preço/qualidade, bem como ter em conta a execução de todos os

elementos, tentando ao máximo facilitar posteriormente o trabalho em obra.

O presente trabalho está organizado em 5 capítulos principais. O capítulo 1

aborda todos os parâmetros admitidos no projecto, como materiais, acções,

combinações e regulamentos.

No capítulo 2 são apresentados os cálculos justificativos, o modelo de cálculo

tridimensional e alguns dos resultados obtidos.

O capítulo 3 trata-se de um Caderno de Encargos estabelecido para este

trabalho de projecto.

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

O capítulo 4 apresenta o mapa de quantidades e a estimativa orçamental que

foram elaborados.

O capítulo 5 reflecte as considerações.

Foram ainda incluídos a bibliografia consultada e anexos diversos, como

listagens de cálculo que se consideraram importantes, bem como a listagem

das peças desenhadas.

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

II.

ABSTRACT

The present

master’s concluding work addresses the making of an

implementation project. The main key was to design the structure of the entire

building, including details. The building will be a Military Home, a building

classified as moderate risk, which provided its interesting peculiarities.

The entire work was developed based on the knowledge acquired during the

course, individual research, as well as the support of competent professionals.

This project is based on the Eurocodes regulation. Portuguese regulations, RSA

and REBAP, were also consulted as comparative regulation to the Eurocodes,

seen as they were the only regulations used in the recent past.

For the development of this project, the use of a modeling computer program of

automatic calculation and of finite elements, SAP200, was essential. Also, the

use of Excel worksheets, allowed the optimization of calculations required

during the project.

It was intended that the project was optimized in order to have the best

quality/price ratio, as well as take into account the implementation of all the

elements, trying as well as it could be done to facilitate further work on site.

This paper is organized into five main chapters. Chapter 1 exposes all the

details considered in the project, such as materials, actions, combinations and

regulations.

Chapter 2 details the calculations, the 3D model and some of the results

obtained.

Chapter 3 presents the Specifications established for this project.

Chapter 4 presents the bill of quantities and the budget estimates that were

developed.

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There were also included in the consulted bibliography and several

attachments, such as calculation listings that were considered important, as well

as the list of drawings.

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III.

PALAVRAS-CHAVE

Projecto de Estruturas

Betão Armado

Pré-esforço

Modelação

Dimensionamento

IV.

KEYWORDS

Structural Design

Reinforced concrete

Prestressing

Modelling

Design

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V.

AGRADECIMENTOS

Neste capítulo gostaria de aproveitar para reconhecer a disponibilidade e

paciência demonstrada pelo Engenheiro João Carlos Barata, co-orientador por

parte do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, a quem estou muito grata.

Agradeço profundamente a todos os colaboradores da empresa Anguloraso,

pelo apoio que me foi dado durante a concretização deste projecto. Em

particular, apresento a minha gratidão ao Engenheiro Rui Machado, igualmente

co-orientador do presente trabalho, por parte da empresa Anguloraso. De

destacar a Engenheira Sofia Rocha, pelas longas horas de explicações, pela

sua paciência e disponibilidade, que foram vitais para o desenvolvimento deste

trabalho.

Agradeço também aos diversos professores de quem tive o prazer de ser

aluna, como a Engenheira Maria da Graça, a Engenheira Eunice Antunes e o

Engenheiro Walter Fernandes. São três professores de excelência, com

conhecimentos muito vastos nas suas áreas e com uma enorme

disponibilidade para ensinar.

Por último, agradeço as todas as pessoas que me ajudaram durante esta fase,

familiares e amigos.

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VI.

ÍNDICE

Capítulo 1.

Introdução ... 1

1.1.

Breve Descrição ... 1

1.2.

Solução Estrutural ... 1

1.2.1.

Considerações Gerais... 1

1.2.2.

Fundações ... 2

1.2.3.

Terraplenagens e Muros ... 2

1.2.4.

Superestrutura ... 2

1.3.

Materiais ... 4

1.4.

Acções de Cálculo ... 4

1.4.1.

Acções Gravíticas ... 4

1.4.2.

Retracção ... 5

1.4.3.

Pré-esforço ... 5

1.4.4.

Análise Sísmica ... 6

1.4.5.

Vento... 6

1.4.6.

Combinação de Acções ... 6

1.4.6.1.

Combinações para Estados Limites Últimos ... 7

1.4.6.2.

Combinações para Estados Limites de Utilização ... 7

1.5.

Análise Estrutural ... 7

1.6.

Regulamentos e Normas ... 7

Capítulo 2.

Cálculos Justificativos e Modelo de Cálculo ... 9

2.1.

Introdução ... 9

2.2.

Modelo de Cálculo ... 9

2.3.

Análise Dinâmica ... 12

2.3.1.

Modo de Vibração 1 ... 12

(10)

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2.3.3.

Modo de Vibração 3 ... 13

2.3.4.

Modo de Vibração 4 ... 14

2.4.

Cálculo de Fundações ... 16

2.4.1.

Cálculo de Sapata Tipo ... 17

2.5.

Cálculo de Pilares ... 19

2.6.

Cálculo de Vigas ... 24

2.7.

Cálculo de Pré-esforço ... 26

2.8.

Cálculo de Lajes ... 29

2.9.

Cálculo de Muros ... 56

2.9.1.

Muro apoiado ... 57

2.9.2.

Muro em consola ... 58

2.9.3.

Esforços nos Muros ... 58

2.10.

Cálculo de Escadas... 60

Capítulo 3.

Condições Técnicas dos Materiais e Regras de Execução ... 63

3.1.

Materiais ... 63

3.1.1.

Generalidades ... 63

3.1.2.

Água ... 64

3.1.3.

Cimento ... 66

3.1.4.

Inertes Para Betão Armado e Argamassas Hidráulicas ... 67

3.1.5.

Aços Macios ... 70

3.1.6.

Materiais Para Aterros ... 72

3.2.

Regras de Execução de Trabalhos ... 73

3.2.1.

Escavação para Abertura de Caboucos para Fundações ... 73

3.2.2.

Aterros ... 75

3.2.3.

Enrocamento em Fundações de Pavimentos de Edifícios ... 76

3.2.4.

Betões Normais para Aplicação em Obra ... 78

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Capítulo 4.

Mapa de Quantidades e Estimativa Orçamental ... 93

Capítulo 5.

Considerações Finais ... 97

Referências Bibliográficas ... 99

Anexos………..101

Anexo 1 – Listagem de Cálculo Automático ... 101

Anexo 1.1 – Listagem de Esforços nos Pilares (ver CD junto) ... 103

Anexo 1.2 – Listagem de Esforços nas Vigas (ver CD junto) ... 274

Anexo 2 – Peças Desenhadas

(12)

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VII.

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Modal Load Participation Ratios ... 14

Tabela 2 – Modal Participating Mass Ratios, Part 1 of 2 ... 14

Tabela 3 – Modal Participating Mass Ratios, Part 2 of 2 ... 14

Tabela 4 – Modal Participation Factors, Part 1 of 2 ... 15

Tabela 5 – Modal Participation Factors, Part 2 of 2 ... 15

Tabela 6 – Modal Periods And Frequencies... 15

Tabela 7 – Excerto da folha de cálculo para sapatas, Parte 1 de 2 ... 17

Tabela 8 – Excerto da folha de cálculo para sapatas, Parte 2 de 2 ... 18

Tabela 9

– Esforços nos pilares do piso -1, combinação fundamental da

sobrecarga ... 22

Tabela 10 – Excerto da folha de cálculo para pilares ... 23

Tabela 11 – Excerto da folha de cálculo para vigas ... 24

Tabela 12 – Excerto da folha de cálculo para estribos (viga) ... 25

Tabela 13 – Excerto da folha de cálculo para lajes ... 29

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VIII.

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Modelo Tridimensional (vista 1)... 10

Figura 2 – Modelo Tridimensional (vista 2)... 10

Figura 3 – Modelo Tridimensional (vista 3)... 11

Figura 4 – Modelo Tridimensional (vista 4)... 11

Figura 5 – Modo de Vibração 1 (translação segundo direcção y) ... 12

Figura 6 – Modo de Vibração 2 (translação segundo direcção x) ... 13

Figura 7 – Modo de Vibração 3 (rotação em torno do eixo z) ... 13

Figura 8 – Modo de Vibração 4 (translação segundo direcção z) ... 14

Figura 9 – Distribuição dos apoios ... 16

Figura 10 – Disposição dos pilares ... 19

Figura 11 – Ábaco para obtenção do valor de ω

tot

... 22

Figura 12 – Esforços retirados do SAP2000 de viga tipo ... 25

Figura 13 – Identificação das vigas pré-esforçadas ... 27

Figura 14 – Diagrama de momentos 11 positivos (kN.m/m) – Cota 96.30 ... 30

Figura 15 – Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m) – Cota 96.30 ... 31

Figura 16 – Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m) – Cota 96.30 ... 32

Figura 17 – Diagrama de momentos 22 negativos (kN.m/m) – Cota 96.30 ... 33

Figura 18 – Diagrama de momentos 11 positivos (kN.m/m) – Cota 102.40 ... 34

Figura 19 – Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m) – Cota 102.40 ... 35

Figura 20 – Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m) – Cota 102.40 .... 36

Figura 21 – Diagrama de momentos 22 negativos (kN.m/m) – Cota 102.40 .... 37

Figura 22 – Diagrama de momentos 11 positivos (kN.m/m) – Cota 105.70 ... 38

Figura 23 – Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m) – Cota 105.70 ... 39

Figura 24 – Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m) – Cota 105.70 .... 40

Figura 25 – Diagrama de momentos 22 negativos (kN.m/m) – Cota 105.70 .... 41

Figura 26

– Diagramas de momentos 11 e 22 positivos, respectivamente

(kN.m/m) – Cota 106.50 ... 42

Figura 27

– Diagramas de momentos 11 e 22 negativos, respectivamente

(kN.m/m) – Cota 106.50 ... 43

Figura 28

– Diagrama de momentos 11 positivos (kN.m/m) – Acesso, Cota

102.40 ... 44

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

Figura 29

– Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m) – Acesso, Cota

102.40 ... 45

Figura 30

– Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m) – Acesso, Cota

102.40 ... 46

Figura 31

– Diagrama de momentos 22 negativos (kN.m/m) – Acesso, Cota

102.40 ... 47

Figura 32

– Diagrama de momentos 11 positivos (kN.m/m) – Cobertura do

Acesso, Cota 105.70 ... 48

Figura 33

– Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m) – Cobertura do

Acesso, Cota 105.70 ... 49

Figura 34

– Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m) – Cobertura do

Acesso, Cota 105.70 ... 50

Figura 35

– Diagrama de momentos 22 negativos (kN.m/m) – Cobertura do

Acesso, Cota 105.70 ... 51

Figura 36

– Diagrama de momentos 11 positivos (kN.m/m) – Acesso, Cota

98.22 ... 52

Figura 37

– Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m) – Acesso, Cota

98.22 ... 53

Figura 38

– Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m) – Acesso, Cota

98.22 ... 54

Figura 39

– Diagrama de momentos 22 negativos (kN.m/m) – Acesso, Cota

98.22 ... 55

Figura 40 – Disposição dos muros ... 56

Figura 41 – Diagrama de momentos 11 positivos (kN.m/m)... 58

Figura 42 – Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m)... 59

Figura 43 – Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m) ... 59

Figura 44 – Diagrama de momentos 22 negativos (kN.m/m) ... 59

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO

1.1. BREVE DESCRIÇÃO

O presente trabalho final de mestrado insere-se na conclusão do mestrado em

engenharia civil no perfil de estruturas. O ISEL permite que este trabalho se

desenvolva entre 3 possibilidades, a saber dissertação, trabalho de projecto e

relatório de estágio. Optou-se pela opção de trabalho de projecto visto permitir

a aplicação de diversos conhecimentos adquiridos ao longo do curso e ser uma

das funções que engenheiros de estruturas poderão desenvolver no mercado

de trabalho.

Este trabalho refere-se ao projecto de execução das fundações e estabilidade

de um edifício a construir em Lisboa, Portugal.

O novo edifício será um lar militar, composto por 3 pisos, 1 piso enterrado e 2

pisos elevados. O piso enterrado (-1) destina-se a estacionamento, o piso 0

será um ginásio polivalente e o piso 1 uma zona residencial. A área total de

implantação será de aproximadamente 1200m

2

, com uma forma semelhante a

um rectângulo com dimensões de aproximadamente 22mx52m.

O presente estudo tem por base o projecto de arquitectura existente.

1.2. SOLUÇÃO ESTRUTURAL

1.2.1.

Considerações Gerais

Teve-se por objectivo na concepção estrutural deste edifício obter uma

estrutura resistente o mais económica possível, respeitando as premissas do

projecto de arquitectura, que permita uma construção utilizando processos

construtivos simples e eficientes, combinados com um reduzido prazo de

construção, cumprindo, obrigatoriamente, a sua função estrutural com a total

segurança.

(16)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

A estrutura resistente do edifício será porticado em betão armado. A

localização dos pilares foi escolhida tendo presente o projecto de arquitectura,

seguindo em geral o critério que os pilares ficassem ocultos nas paredes.

Genericamente, a solução estrutural adoptada para o empreendimento foi a de

lajes maciças, em betão armado, apoiadas em vigas e estas, por sua vez, nos

pilares e sapatas. Desta forma, pretende-se cumprir os princípios base de

simplicidade estrutural, uniformidade e simetria preconizada na concepção

sismo-resistente de estruturas de edifícios.

1.2.2.

Fundações

Neste projecto adoptou-se uma solução em fundações directas por intermédio

de sapatas. A tensão admissível considerada foi de 300kPa. No entanto, não

existindo relatório geotécnico nesta fase, recomenda-se a realização de um

estudo geotécnico do local, com o fim de validar a solução admitida em

projecto. No geral, as dimensões preconizadas das sapatas são 2,00mx2,60m,

2,25mx2,85m e 2,55mx3,15m.

1.2.3.

Terraplenagens e Muros

Derivado das cotas de implantação do edifício definidas no projecto de

arquitectura e das cotas do terreno, será necessário a realização de aterros e

escavações.

Os trabalhos de escavação serão realizados com recurso a taludes.

Os muros de suporte de terras serão construídos por processo tradicional,

sendo impermeabilizados na sua face exterior, com espessura de 0,25m.

1.2.4.

Superestrutura

Na concepção estrutural da superestrutura teve-se especial atenção ao

comportamento sismo-resistente da mesma, visto tratar-se de um tipo de

edifício de classe de importância elevada. A classe de importância é definida

em função das consequências do colapso em termos de vidas humanas, da

(17)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

sua importância para a segurança pública e para a protecção civil

imediatamente após o sismo e das consequências sociais e económicas do

colapso. Uma vez que este edifício será um Lar, a sua classe de importância é

III, numa escala em que IV é o mais importante.

Logo à partida foram tidos em consideração alguns pressupostos na definição

da estrutura resistente, segundo o EC8, bem como:

Simplicidade estrutural, com a opção por estrutura simples e regular em

planta e alçado;

Uniformidade e simetria, procurando-se definir estruturas simétricas no

plano em relação às duas direcções ortogonais e sem variações bruscas

de massa e rigidez em altura;

Os principais elementos resistentes verticais, como pilares, núcleo e

paredes, não devem apresentar descontinuidades, mantendo o

desenvolvimento vertical das fundações ao topo, porém tal não foi

possível cumprir na totalidade neste projecto devido a restrições

arquitectónicas que exigiram que alguns pilares tivessem que apoiar

directamente em vigas.

A solução adoptada para as lajes, conjuga os critérios de dimensionamento e

funcionamento estrutural, à sistematização do processo construtivo, por forma

a proporcionar elevados ritmos de construção. As lajes são maciças com

espessura de 0,30m para o piso do ginásio e o piso dos quartos. Nas zonas

das coberturas e de acessos optou-se por espessuras de 0,22m e 0,18m. As

rampas de acesso à habitação serão também maciças com espessuras de

0,18m.

Sendo a solução estrutural a de lajes maciças, as mesmas serão apoiadas em

vigas. A utilização de vigas é fundamental nos casos onde existam pilares a

nascer fora do alinhamento vertical dos pilares que vão até à fundação. A

solução de pilares indirectos acontece na zona de habitação, que devido à

existência do ginásio não poderiam ter continuidade. Surgem também pilares

indirectos a nascer no piso do ginásio, que devido à existência da garagem não

(18)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

poderiam ter ligação a fundações. As vigas foram dimensionadas com secções

diversas.

Localmente, na zona de escada e elevador, são consideradas vigas interiores

na entrada do núcleo do elevador.

1.3. MATERIAIS

Os materiais preconizados para a execução da obra são os seguintes:

Betão:

o Betão de regularização:

C12/15, classe X0

o Betão de elementos enterrados:

C30/37, classe XC2

o Massame do pavimento térreo:

C20/25, classe XC2

o Restantes elementos estruturais:

C30/37, classe XC1

Nas fundações e elementos enterrados a classe de exposição considerada

deverá ser do tipo XC2, por forma a garantir a sua durabilidade. Quanto aos

restantes elementos, optou-se pela classe de exposição XC1 pois o local onde

se pretende executar a obra é uma zona no interior da cidade de Lisboa.

Aço:

o Aço em varão:

A500NR

o Malha electrossoldada:

A500NL

o Aço para cordões de pré-esforço:

Y1860S7

1.4. ACÇÕES DE CÁLCULO

Foram consideradas as acções preconizadas no Eurocódigo 1, sendo

combinadas de acordo com o prescrito nessa regulamentação.

As cargas consideradas foram as descritas de seguida.

1.4.1.

Acções Gravíticas

(19)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

Peso próprio do aço:

78kN/m

3

Restantes cargas permanentes:

o Tecto falso:

0,5kN/m

2

o Instalações suspensas:

0,5kN/m

2

o Paredes divisórias de alvenaria:

3,0kN/m

2

o Enchimento:

1,0kN/m

2

o Revestimento:

0,5kN/m

2

o Corrimão:

0,1kN/m

As cargas permanentes derivadas das paredes divisórias de alvenaria foram

consideradas por m

2

e distribuídas em toda a laje. O cálculo do valor da carga

referida teve por base o preconizado no regulamento RSA.

Sobrecarga de utilização:

o Habitação:

2,0kN/m

2

o Ginásio:

5,0kN/m

2

o Cobertura:

0,4kN/m

2

o Escadas:

3,0kN/m

2

o Acesso:

5,0kN/m

2

o Muro:

10kN/m

2

1.4.2.

Retracção

A acção da retracção foi simplificadamente assimilada a uma variação uniforme

de temperatura de -15ºC.

1.4.3.

Pré-esforço

A acção de pré-esforço foi definida para as vigas que se encontram a apoiar a

laje do piso de quartos, que suportam todas as cargas que advém da estrutura

a partir dessa cota.

A acção do pré-esforço permitiu vencer um vão com cerca de 19 metros,

recorrendo a um conjunto de cabos com o objectivo de criar um estado de

(20)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

tensão interno de sinal contrário ao estado de tensão provocado pelas cargas

exteriores.

A escolha do traçado dos cabos teve por base os diagramas de esforços das

cargas permanentes.

Foi efectuada a verificação da descompressão.

1.4.4.

Análise Sísmica

A acção sísmica foi considerada de acordo com o previsto no EC8.

Segundo o regulamento referido, as estruturas face à acção sísmica devem

verificar dois requisitos, sendo eles o requisito de não colapso (verificação dos

Estados Limites Últimos) e o requisito de limitação de danos (verificação dos

Estados de Limitação de Danos). Deste modo, adoptaram-se os seguintes

parâmetros para definição da acção sísmica:

Edifício com classe de importância III;

Terreno da fundação do tipo B;

Zonamento sísmico: 1.3 e 2.3;

Coeficiente de amortecimento viscoso de 5%;

Coeficiente de comportamento de 3,6 (sistema porticado, ductilidade do

tipo DCM).

1.4.5.

Vento

Neste tipo de estruturas, a acção do vento não é condicionante face à acção

sísmica, pelo que, esta não foi considerada para a análise global da

superestrutura.

1.4.6.

Combinação de Acções

As combinações de acções tiveram em consideração o preconizado no

Eurocódigo 0, tendo-se utilizado as combinações em que as acções variáveis

de base são as sobrecargas e a acção sísmica.

(21)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

1.4.6.1. Combinações para Estados Limites Últimos

{

}

j≥1; i>1

Para a acção sísmica, que apenas é considerada nas combinações quando

esta constitui a acção variável base, a combinação de esforços é a seguinte:

{

}

j≥1; i>1

1.4.6.2. Combinações

para

Estados

Limites

de

Utilização

Característica:

{

}

j≥1; i>1

Frequente:

{

}

j≥1; i>1

Quase-permanente:

{

}

j≥1; i>1

1.5. ANÁLISE ESTRUTURAL

Para a análise estrutural do edifício, optou-se por utilizar o programa de cálculo

automático SAP2000. Este programa permite modelar e analisar o

comportamento estrutural da superestrutura, recorrendo ao método dos

elementos finitos.

Foi elaborado um modelo tridimensional do edifício, o mesmo englobando lajes,

muros, pilares e vigas.

1.6. REGULAMENTOS E NORMAS

Para a elaboração do presente projecto foram utilizados os seguintes

Regulamentos e Normas:

Eurocódigo 0 – Bases para o projecto de estruturas;

Eurocódigo 1 – Acções em estruturas;

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

Eurocódigo 7 – Projecto geotécnico;

Eurocódigo 8 – Projecto de estruturas para resistência aos sismos;

ENV206-1: Comportamento, produção, colocação e critérios de

conformidade;

RSA – Regulamento de Segurança e Acções para Edifícios e Pontes;

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

CAPÍTULO 2. CÁLCULOS JUSTIFICATIVOS E

MODELO DE CÁLCULO

2.1. INTRODUÇÃO

No presente capítulo apresentam-se os cálculos justificativos relativos ao

edifício em análise. Para a realização dos mesmos, elaborou-se um modelo

tridimensional no programa SAP2000.

A modelação no programa SAP2000 é feita de variadas formas, consoante o

elemento em questão. Para a introdução de lajes e muros é necessário criar

um elemento “shell” com as espessuras pretendidas. A definição de pilares e

vigas é feita através de elementos “frame” com as dimensões pretendidas. O

núcleo de elevador é definido como elemento “frame” e com recurso a barras

rígidas.

2.2. MODELO DE CÁLCULO

Dado tratar-se de um edifício de 3 pisos, a modelação consiste em vários

elementos. Foram modelados muros, pilares, vigas, lajes e rampas, conforme

ilustrado nas figuras 1 a 4.

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

Figura 1 – Modelo Tridimensional (vista 1)

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

Figura 3 – Modelo Tridimensional (vista 3)

(26)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

2.3. ANÁLISE DINÂMICA

A análise dinâmica foi realizada pelo programa SAP2000 que permite a

inserção de um espectro de resposta, analisando posteriormente os resultados.

O espectro de resposta foi inserido no programa utilizando os parâmetros

descritos no capítulo 1.4.4.

Optou-se por apresentar os quatro primeiros modos de vibração por serem os

mais representativos.

O primeiro modo de vibração é expresso por uma acção de translação segundo

a direcção y, como ilustra a figura 5.

O segundo modo de vibração é expresso por uma acção de translação

segundo a direcção x, como ilustra a figura 6.

O terceiro modo de vibração é expresso por uma acção de rotação segundo o

eixo z, como ilustra a figura 7.

O quarto modo de vibração é expresso por uma acção de translação segundo a

direcção z, como ilustra a figura 8.

Após a análise foi possível identificar os resultados nas tabelas 1 a 6.

2.3.1.

Modo de Vibração 1

(27)

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2.3.2.

Modo de Vibração 2

Figura 6 – Modo de Vibração 2 (translação segundo direcção x)

2.3.3.

Modo de Vibração 3

(28)

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2.3.4.

Modo de Vibração 4

Figura 8 – Modo de Vibração 4 (translação segundo direcção z)

OutputCase ItemType Item Static Dynamic

Text Text Text Percent Percent

MODAL Acceleration UX 97,3026 57,9521

MODAL Acceleration UY 99,5893 56,029

MODAL Acceleration UZ 85,4518 25,1713

Tabela 1 – Modal Load Participation Ratios

OutputCase StepNum Period UX UY UZ

Text Unitless Sec Unitless Unitless Unitless

MODAL 1 0,547526 0,00001099 0,53269 0,000026

MODAL 2 0,374269 0,528 1,763E-07 0,00004748

MODAL 3 0,305268 0,04866 0,000006996 0,0000648

MODAL 4 0,27979 0,00011 0,00004499 0,2132

Tabela 2 – Modal Participating Mass Ratios, Part 1 of 2

OutputCase StepNum SumUX SumUY SumUZ

Text Unitless Unitless Unitless Unitless

MODAL 1 0,00001099 0,53269 0,000026

MODAL 2 0,52801 0,53269 0,00007347

MODAL 3 0,57667 0,53269 0,00014

MODAL 4 0,57678 0,53274 0,21334

(29)

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OutputCase StepNum Period UX UY UZ

Text Unitless Sec KN-s2 KN-s2 KN-s2

MODAL 1 0,547526 -0,239133 52,647573 0,367779

MODAL 2 0,374269 52,415281 -0,030287 0,497032

MODAL 3 0,305268 15,912832 -0,19079 0,580658

MODAL 4 0,27979 -0,760475 -0,483814 33,307031

Tabela 4 – Modal Participation Factors, Part 1 of 2

OutputCase StepNum RX RY RZ Text Unitless KN-m-s2 KN-m-s2 KN-m-s2 MODAL 1 -5439,4051 -28,686581 619,207303 MODAL 2 12,608398 5394,207109 -1213,53055 MODAL 3 43,535845 1633,30082 -1225,90736 MODAL 4 1005,343011 -408,354814 32,441906

Tabela 5 – Modal Participation Factors, Part 2 of 2

OutputCase StepNum Period Frequency CircFreq Eigenvalue

Text Unitless Sec Cyc/sec rad/sec rad2/sec2

MODAL 1 0,547526 1,8264 11,476 131,69

MODAL 2 0,374269 2,6719 16,788 281,83

MODAL 3 0,305268 3,2758 20,583 423,64

MODAL 4 0,27979 3,5741 22,457 504,31

(30)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

2.4. CÁLCULO DE FUNDAÇÕES

Para o dimensionamento das fundações, retiraram-se os valores dos esforços

do programa SAP2000. Optou-se por uma solução de fundações directas com

recurso a sapatas.

Para facilitar o cálculo das mesmas elaborou-se um folha de cálculo, com

recurso ao Excel. A folha de cálculo elaborada necessita que sejam

introduzidos os esforços e posteriormente permite testar diversas dimensões

de sapatas que satisfação os requisitos necessários, como a condição de

rigidez ou a verificação da tensão no solo face à tensão admissível.

(31)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

2.4.1.

Cálculo de Sapata Tipo

Formulação utilizada:

(

)

(

)

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS (EXEMPLO) Sapatas Tipo dx dy h h (m) (m) (m) (m) S1 2,55 3,15 1,05 0,52 1,05 S2 2,00 2,60 0,85 0,43 0,86 S3 2,25 2,85 0,95 0,47 0,95 S4 1,40 1,60 0,50 0,26 0,53 S5 1,20 1,40 0,45 0,23 0,46 S6 1,00 1,30 0,40 0,21 0,43 Nó Combinação Fz Mx My Tipo pp (kN) (kNm) (kNm) (0/1) 3 CFU-SISMO1+SOLO 1404,606 58,8695 -165,474 S3 1 3 CFU-SISMO1+SOLO 1093,859 -51,3759 -327,402 3 CFU-SISMO1 1401,532 58,3417 -189,675 3 CFU-SISMO1 1090,785 -51,9037 -351,603 3 CFU-SISMO2+SOLO 1399,236 26,3082 22,6391 3 CFU-SISMO2+SOLO 1154,658 -21,3468 -104,688 3 CFU-SISMO2 1368,447 27,0465 -206,975 3 CFU-SISMO2 1123,869 -20,6085 -334,302 3 CCA-SC 1375,018 3,9162 -254,979

(32)

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adm= 300

Coeficiente de majoração do sismo= 1

dx dy h ex ey d'x d'y solo adm coef Asx Asy

(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (kPa) (kPa) maj (cm2/m) (cm2/m)

2,25 2,85 0,95 0,04 0,11 2,17 2,64 271 300 1,50 6,9 11,1 2,25 2,85 0,95 0,04 0,26 2,17 2,32 246 300 1,50 6,3 10,2 2,25 2,85 0,95 0,04 0,12 2,17 2,60 273 300 1,50 7,0 11,3 2,25 2,85 0,95 0,04 0,28 2,17 2,28 250 300 1,50 6,4 10,3 2,25 2,85 0,95 0,02 0,01 2,22 2,82 247 300 1,50 6,3 10,2 2,25 2,85 0,95 0,02 0,08 2,22 2,69 218 300 1,50 5,6 9,0 2,25 2,85 0,95 0,02 0,14 2,21 2,58 265 300 1,50 6,8 10,9 2,25 2,85 0,95 0,02 0,26 2,22 2,32 246 300 1,50 6,3 10,2 2,25 2,85 0,95 0,00 0,17 2,24 2,51 269 300 1,50 6,9 11,1

(33)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

2.5. CÁLCULO DE PILARES

Optou-se por demonstrar a análise de pilares apenas do primeiro piso e para a

combinação fundamental da sobrecarga, embora tenham sido efectuados

cálculos para todos os pilares e com as combinações mencionadas no primeiro

capítulo deste trabalho. As restantes listagens poderão ser visualizadas no

capítulo dos anexos.

(34)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto Frame Station P V2 V3 M2 M3 Text m KN KN KN KN-m KN-m 2 0 -2338,89 291,878 2,28 3,664 420,7596 2 3,5 -2291,64 291,878 2,28 -4,3145 -600,814 3 0 -681,521 230,876 88,151 62,5159 378,1538 3 3,5 -332,584 91,183 77,413 -44,8248 -192,138 7 0 -1524,05 -49,497 5,954 11,8762 -46,9265 7 3,5 -1506,33 -49,497 5,954 -8,9633 126,3123 11 0 -2486,77 38,243 18,053 25,1522 41,7645 11 3,5 -2469,05 38,243 18,053 -38,0324 -92,0871 15 0 -782,933 -174,433 103,415 63,7584 -243,898 15 3,5 -273,535 -2,79 56,575 -40,3952 61,5051 19 0 -875,052 179,824 61,132 43,9041 317,5614 19 3,5 -426,902 94,083 62,469 -41,5331 -146,005 23 0 -3090,73 -35,649 -3,479 -0,3716 -31,961 23 3,5 -3073,01 -35,649 -3,479 11,8053 92,8104 27 0 -2771,49 41,128 -0,116 3,0596 44,9524 27 3,5 -2753,77 41,128 -0,116 3,4654 -98,9963 31 0 -1067,32 -196,339 68,598 43,4368 -266,38 31 3,5 -702,934 -38,499 44,147 -31,85 141,5194 35 0 -1513,01 144,356 38,904 27,9376 274,1167 35 3,5 -1114,02 107,51 32,963 -19,2523 -109,164 39 0 -1808,68 -183,609 48,372 30,5587 -251,124 39 3,5 -1517,41 -31,926 27,836 -17,6095 100,5078 43 0 -2148,07 286,603 15,739 11,5373 419,1137 43 3,5 -1950,18 268,11 35,474 -23,4129 -521,768 47 0 -2149,7 -300,772 33,77 21,1193 -394,479 47 3,5 -1938,97 -192,189 20,107 -13,2126 507,5963 51 0 -1559,06 -25,94 1,232 1,9081 -24,3865 51 3,5 -1547,25 -25,94 1,232 -2,4035 66,4029 52 0 -1456,94 35,007 1,226 1,8832 38,1903 52 3,5 -1445,12 35,007 1,226 -2,4065 -84,333 57 0 -2202,27 -324,346 4,162 2,6212 -425,565 57 3,5 -2018,4 -219,873 3,011 -2,1337 575,3881 61 0 -1522,86 -26,565 0,094 0,1963 -25,5293 61 3,5 -1511,04 -26,565 0,094 -0,1321 67,4492 62 0 -1419,28 34,263 0,062 0,1417 37,069 62 3,5 -1407,47 34,263 0,062 -0,0752 -82,8517 63 0 -1238,38 135,854 -86,631 -53,4153 265,5656 63 3,5 -1047,14 120,777 74,143 -37,4984 -164,37 67 0 -1272,09 -217,78 18,133 11,4164 -292,573 67 3,5 -950,654 -57,601 11,65 -8,0261 171,8331 71 0 -1022,03 152,133 112,496 66,3737 280,0795 71 3,5 -1039,82 119,732 -39,977 20,7308 -174,929

(35)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto Frame Station P V2 V3 M2 M3 Text m KN KN KN KN-m KN-m 75 0 -1276,68 -218,04 -10,41 -6,5349 -293,853 75 3,5 -948,168 -57,178 -4,967 2,8988 168,5449 79 0 -2252,13 339,595 -1,559 -1,4405 469,4118 79 3,5 -2078,51 294,248 -14,889 11,1072 -604,922 83 0 -2223,27 -319,583 -28,039 -17,6088 -418,551 83 3,5 -2012,72 -216,058 -14,48 9,613 565,7116 87 0 -1527,75 -26,379 -0,504 -0,8582 -24,9901 87 3,5 -1515,94 -26,379 -0,504 0,9058 67,3357 88 0 -1435,35 34,764 -0,643 -1,0437 37,7858 88 3,5 -1423,54 34,764 -0,643 1,2052 -83,8866 89 0 -2218,72 314,047 -44,891 -29,7616 447,9579 89 3,5 -1994,53 268,696 -30,47 23,2955 -533,792 93 0 -533,796 -211,201 -148,27 -95,9462 -229,802 93 3,5 -1772,94 -203,621 -15,592 11,9707 346,0975 97 0 -1534,56 -24,107 -1,498 -2,5246 -21,9664 97 3,5 -1522,75 -24,107 -1,498 2,7177 62,4097 98 0 -1444,82 31,196 -0,177 -0,9034 34,3997 98 3,5 -1433,01 31,196 -0,177 -0,2853 -74,7859 99 0 -1342,69 205,963 -26,102 -17,3362 327,9594 99 3,5 -966,08 116,552 -13,17 8,1134 -183,463 103 0 -1354,79 -204,229 -57,195 -35,9297 -276,606 103 3,5 -954,019 -52,477 -20,966 13,5191 151,638 107 0 -1358,21 179,323 -63,769 -42,2265 314,2279 107 3,5 -952,381 131,65 -35,921 25,6082 -153,011 115 0 -796,798 223,875 -86,537 -57,2248 401,8823 115 3,5 -486,407 153,886 -43,917 28,1139 -204,352 124 0 -1533,3 -2,348 0,284 -3,8232 -5,6064 124 3,5 -1515,58 -2,348 0,284 -4,8176 2,6105 125 0 1479,685 317,377 -182,255 -122,336 283,616 125 3,5 -119,841 -19,752 11,376 -9,5674 3,4675 133 0 -1192,8 48,197 -169,574 -183,156 49,5594 133 3,5 -852,114 51,888 17,349 25,2358 -36,768 137 0 -1482,05 -136,398 -130,969 -133,426 -130,124 137 3,5 -896,739 -56,317 20,77 6,5967 44,0048 141 0 -2335,7 2,391 7,76 2,9171 11,2918 141 3,5 -2317,98 2,391 7,76 -24,2439 2,9242 148 0 2136,833 -350,479 -192,946 -132,529 -342,284 148 3,5 -103,044 -36,072 -32,869 22,6205 54,3477 152 0 -1207,7 -170,632 -108,118 -68,6616 -236,033 152 3,5 -703,41 -15,239 -55,049 34,8194 66,305 156 0 -1440,2 -132,257 82,272 75,663 -132,477 156 3,5 -1063,29 -82,039 -14,222 2,3054 63,4993

(36)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto Frame Station P V2 V3 M2 M3 Text m KN KN KN KN-m KN-m 274 0 -844,177 -22,355 0,068 1,7248 -22,6822 274 3,5 -834,727 -22,355 0,068 1,4856 55,561

Tabela 9 – Esforços nos pilares do piso -1, combinação fundamental da sobrecarga

Formulação utilizada:

|

|

|

|

{

{

(37)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

Exemplo do cálculo de um troço de pilar:

Pilar

Esforços

h

x

(m)

h

y

(m)

l

(m)

e,x

(m)

e,y

(m)

N

sd

(kN)

M

sd,x

(kNm)

M

sd,y

(kNm)

0,20 0,50 7,88 1,00 1,00

-110,9

-140,9

-74,3

2ª ordem

Cálculo de

A

s

(cm

2

)

M

sd,2ª,x

(kNm)

M

sd,2ª,y

(kNm)



x

y

1

2



150,7

94,4

-0,055

0,151

0,236

0,236

0,151

0,867

39,88

Tabela 10 – Excerto da folha de cálculo para pilares

(38)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

2.6. CÁLCULO DE VIGAS

As vigas foram analisadas individualmente, tendo sido posteriormente

analisadas numa folha de cálculo do Excel. Os esforços de todas as vigas

foram retirados do SAP2000, como ilustra a figura 12.

Apresenta-se de seguida a formulação para o cálculo da armadura de uma viga

e um exemplo do cálculo:

EXEMPLO:

Betão c30/37

B35

Momento Resistente

Aço

a500

As Corrida 2d20

cm2

As (1º C)

1d16

cm2

Materiais

As (2º C)

cm2

fcd

20000 Kpa

As, ef

8,29 cm2 (2)

fsyd

435000 Kpa

0,83 %

w

0,194

Características

Geométricas

u

0,171

rec

0,035 m

Mrd

148,02 KNm

b

0,20 m

h

0,50 m

Armadura min tracção -

Vigas

d

0,465 m

r

0,12

bt

0,20

Momento Actuante

d

0,47

Msd

120,0 KNm

As,min

1,12 cm2

u

0,139

5,58 cm2/m

w

0,152

As,cal

6,52 cm2 (1)

(39)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

Figura 12 – Esforços retirados do SAP2000 de viga tipo

Foram ainda dimensionados os estribos necessários para cada viga. Para tal

foi avaliado o esforço transverso de cada viga.

Apresenta-se de seguida a formulação para o cálculo da armadura de uma viga

e um exemplo do cálculo:

EXEMPLO:

Tabela 12 – Excerto da folha de cálculo para estribos (viga)

d 0,465 m b 0,20 m Vsd 60,00 KN Asw/s -1,05 cm2/m Asw/s MIN 1,60 cm2/m Vcd 79,05 KN

(40)

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa TFM – Trabalho de Projecto

2.7. CÁLCULO DE PRÉ-ESFORÇO

A acção de pré-esforço foi definida, no modelo de SAP2000, como uma força

uniformemente distribuída com direcção gravítica. Foram também introduzidas

forças nas extremidades (N, V e M), que resultam da acção introduzida, de

maneira a equilibrar os esforços.

Foi estabelecida uma carga equivalente, da seguinte maneira:

Foram avaliados os esforços nas vigas assinaladas na figura 12, pelo que se

concluiu que seriam necessários 2 cabos por viga para fazer face a esses

(41)

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esforços. As vigas 1 e 4, por estarem nos extremos do piso, recebem menos

cargas, logo observou-se que necessitam de 2 cabos com 15 cordões/cabo. As

vigas 2 e 3, que se situam no centro do piso, necessitam de 2 cabos de 17

cordões/cabo, visto terem maior área de influência que se traduz em maiores

esforços a suportar.

Figura 13 – Identificação das vigas pré-esforçadas

Verificação do Estado Limite de Descompressão:

;

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Considerando 10% de perdas imediatas e 15% de perdas diferidas:

Visto que foram adoptados 2 cabos de 15 cordões, verifica-se assim o estado

limite de descompressão.

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2.8. CÁLCULO DE LAJES

Neste subcapítulo apresentam-se os resultados dos momentos que se

observam nas lajes, para a combinação fundamental, que se obtiveram do

programa SAP2000. Os mesmos podem ser observados da figura 14 à figura

39.

Estes diagramas são ilustrados por cores, sendo que a escala de cores se

encontra junto da laje para melhor leitura.

Para o dimensionamento das lajes foi necessário verificar as deformadas de

acordo com o Eurocódigo 2 (vão/250, flecha calculada em relação aos apoios

ou vão/500 para flechas susceptíveis de danificar elementos adjacentes).

De seguida verificou-se a armadura necessária através dos esforços obtidos do

programa SAP2000. Coloca-se uma malha corrida que abrange a generalidade

dos esforços e colocam-se varões pontuais para controlar valores extremos

que a malha corrida não abranja.

Exemplo do cálculo da armadura:

Tabela 13 – Excerto da folha de cálculo para lajes

Betão c30/37 B35 Aço a500 fcd 20000 Kpa fsyd 435000 Kpa rec 0,03 m b 1,00 m h 0,30 m d 0,270 m Msd 48,0 KNm u 0,033 w 0,034 As,cal 4,17 cm2 (1) Materiais Momento Actuante Caracteristicas Geometricas As 5d12 cm2 As, ef 5,65 cm2 (2) 0,19 % w 0,046 u 0,044 Mrd 64,53 KNm r 0,12 bt 1,00 d 0,27 As,min 3,24 cm2 3,24 cm2/m Armadura min tracção - Vigas

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2.9. CÁLCULO DE MUROS

O edifício em estudo tem um piso de garagem abaixo da cota do terreno

natural. Como tal, foi necessário estabelecer muros na periferia deste piso.

Para a fase de construção deverá ser realizado um estudo de contenção

periférica. Neste trabalho, os muros foram dimensionados para a fase final. Ou

seja, durante a fase de escavação os muros ficarão em consola ou poderá ser

necessário o recurso a ancoragens. No entanto, os muros aqui representados

foram dimensionados considerando que são muros apoiados, já que após a

execução da laje, os muros passam a estar apoiados.

Optou-se por apresentar duas figuras que ilustram os diagramas de momentos

no caso de um muro apoiado e de um muro em consola.

O dimensionamento dos muros foi realizado como o dimensionamento das

lajes, visto tratar-se também de um elemento “shell”. Foram retirados os

esforços do SAP2000 e através duma folha de cálculo do Excel obteve-se a

armadura necessária. Poderá ser consultado um exemplo deste cálculo no

subcapítulo do cálculo das lajes.

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2.9.1.

Muro apoiado

F = 1,5 x K

0

x γ x h

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2.9.2.

Muro em consola

F = 1,5 x K

0

x γ x h

Sc = 1,5 x K

0

x h

2.9.3.

Esforços nos Muros

Os valores apresentados foram obtidos através do programa SAP2000 e

representam os momentos nos muros.

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Figura 42 – Diagrama de momentos 22 positivos (kN.m/m)

Figura 43 – Diagrama de momentos 11 negativos (kN.m/m)

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2.10. CÁLCULO DE ESCADAS

As escadas não foram definidas no modelo SAP2000. Estas foram calculadas

por métodos analíticos tradicionais.

Existem duas escadas neste edifício. Uma delas com apenas dois lanços e a

outra, serve o edifício em todos os seus pisos. O dimensionamento de ambas

foi realizado através de uma folha de cálculo de Excel, que tem em

consideração as cargas aplicadas, a dimensão dos lanços, dos patins e dos

degraus e verifica a deformação a longo prazo para a espessura de laje

admitida, sendo o modelo de cálculo adoptado o demonstrado na figura 45.

Ambos os modelos representam as cargas aplicadas, no entanto, no segundo

existe uma simplificação, procedeu-se à sua projecção na horizontal.

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Figura 45 – Modelo de cálculo de escadas tipo

Para o dimensionamento das escadas foi necessário verificar se o valor da

deformada estava dentro da conformidade. Assim calculou-se o valor máximo

da deformada pela expressão de uma viga apoiada com uma carga

uniformemente distribuída, como se pode verificar na tabela seguinte:

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Tabela 14 – Expressão de cálculo de deformada

Depois de verificada a deformação, o cálculo da armadura para as escadas foi

realizado utilizando a mesma metodologia de cálculo das lajes, pelo que se

pode confirmar o seu cálculo no subcapítulo de cálculo das lajes.

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CAPÍTULO 3. CONDIÇÕES

TÉCNICAS

DOS

MATERIAIS E REGRAS DE EXECUÇÃO

Os Cadernos de Encargos são fundamentais na fase de execução, pelo que

são parte integrante da fase de projecto, já que são os projectistas que definem

as soluções estruturais a aplicar.

Foi adoptado neste trabalho final de mestrado o seguinte Caderno de

Encargos.

3.1. MATERIAIS

3.1.1.

Generalidades

1. Objectivos:

Definições das condições gerais de escolha, recepção e aprovação dos materiais a aplicar nas obras.

2. Disposições regulamentares: 2.1. Especificações do L.N.E.C.:

Fazem parte deste Caderno de Encargos todas as Especificações do LNEC aplicáveis.

3. Recepção: 3.1. Boletins:

3.1.1. Quando da recepção de cada lote, deverá ser elaborado pelo Empreiteiro um boletim de recepção, no qual deverão constar os seguintes elementos:

 Identificação da obra

 Designação do material ou do elemento  Número do lote

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 Proveniência

 Data da entrada na obra  Decisão de recepção  Visto de fiscalização

Ao boletim de recepção deverão ser anexados os seguintes documentos:

 Certificado de origem  Guia de remessa  Boletins de ensaio

3.1.2. O boletim de recepção e anexos deverão ser integrados no livro de registo da obra.

3.2. Encargos:

3.2.1. Serão da responsabilidade do Empreiteiro os encargos resultantes das operações de carga, descarga e transporte de materiais fornecidos, até aos locais de armazenagem ou de aplicação, neste último caso se os materiais forem de utilização imediata.

3.2.2. Consideram-se todas as prescrições constantes no nº 11 do Caderno de Encargos Tipo da Portaria nº 104/01 de 21 de Fevereiro, nomeadamente no referente a amostras - padrão, lotes, amostras e ensaios, aprovação de materiais e elementos de construção, casos especiais, depósito e armazenagem de materiais ou elementos de construção, e remoção de materiais ou elementos de construção.

São sempre obrigatórios e encargo do Empreiteiro incluído no custo unitário respectivo, os ensaios do betão a aplicar em obra.

3.1.2.

Água

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Definição das condições a que têm de obedecer a água a utilizar nos diferentes trabalhos de construção, nomeadamente na execução de betões e argamassas e nas operações de rega.

2. Especificações do L.N.E.C.:

E.372 - água de amassadura para betões 3. Características:

3.1. Água para betões e argamassas

A água de amassadura deverá obedecer às exigências regulamentares. A água não deve conter constituintes prejudiciais em quantidades tais que possam afectar a presa, o endurecimento e a durabilidade do betão ou provocar a corrosão das armaduras.

3.2. Água para rega

A água para rega deve ser isenta de produtos susceptíveis de prejudicar a boa execução e o comportamento dos trabalhos da empreitada.

4. Locais de captação:

A Fiscalização poderá autorizar a captação de água no local das obras, desde que se respeite o prescrito na alínea 3 e a forma de captação e o tratamento garantam permanentemente as características exigidas para as diferentes utilizações.

5. Características e verificação da conformidade:

As determinações e análises químicas a que a água deve ser submetida para aprovação constam das Normas ou especificações referidas na especificação do LNEC E.372 - água de amassadura para betões. A Fiscalização poderá assegurar-se no início dos trabalhos e, periodicamente, durante a execução da obra, da qualidade da água.

O Empreiteiro deverá proceder à recolha e acondicionamento das amostras e suportará todos os encargos com as determinações e análises a efectuar em laboratório oficial.

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3.1.3.

Cimento

1. Objectivo:

Definição das normas a que deverão satisfazer os cimentos a utilizar em betões de ligantes hidráulicos e argamassas hidráulicas.

2. Disposições regulamentares: 2.1. Legislação

Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado. (Decreto nº 349-C. de 30.JUL.83).

3. Característica:

3.1. Entregas na obra

O aglomerante será entregue em remessas não inferiores a uma tonelada, quer em sacos, quer a granel. Em cada remessa, o Empreiteiro deve fornecer à Fiscalização um boletim de entrega indicando a quantidade, o número da remessa, o nome do fabricante, a data da moagem e o número e data do certificado de ensaio da fábrica relativo à mesma remessa.

O Empreiteiro deve providenciar para que as entregas sejam feitas com a frequência imposta pelo plano de trabalhos, a fim de ser assegurada a frescura e a suficiência do aglomerante e que não haja nenhuma suspensão ou retardamento dos trabalhos em consequência da sua falta.

3.2. Aprovação ou rejeição

3.2.1. A provação ou rejeição dos cimentos será feita no estaleiro da obra, em conformidade com os resultados das determinações e ensaios de recepção.

3.2.2. A regra de decisão para a aprovação ou rejeição dos cimentos é a seguinte: aprova-se o lote se todos os ensaios forem satisfatórios; rejeita-se em caso contrário.

3.2.3. O cimento deverá apresentar-se no acto de aplicação, seco, sem vestígios de humidade e isento de grânulos. O cimento em que tal se não

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verifique, será provisoriamente rejeitado, de acordo com o especificado nas Cláusulas Gerais.

A rejeição tornar-se-á definitiva se forem desfavoráveis novos ensaios de recepção ou, em alternativa, se o peso total dos grânulos retidos no peneiro ASTM 30 (0,95 mm) não desfeitos facilmente com os dedos, ultrapassar 50% do peso total.

3.1.4.

Inertes Para Betão Armado e Argamassas Hidráulicas

1. Objectivos:

Definição das condições a que devem obedecer os inertes a utilizar em betões de ligantes hidráulicos e argamassas hidráulicas.

2. Disposições regulamentares: 2.1. Legislação:

 Despacho MOPTC 6/90 - XI de 25 de Janeiro de 1990. 2.2. Especificações do L.N.E.C.:

E. 157 - Agregados. Determinação do teor em sulfatos. E. 158 - Agregados. Determinação do teor em sulfuretos. E. 159 - Agregados. Determinação da reactividade potencial. E. 222 - Agregados. Determinação do teor em partículas moles. E. 223 - Agregados. Determinação do índice volumétrico.

E. 251 - Inertes para argamassas e betões. Ensaio de reactividade com sulfatos em presença de hidróxido de cálcio.

E. 253 - Inertes para argamassas e betões. Determinação do teor em halogenetos solúveis.

Referências

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