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Projeções Populacionais para a Região Sul

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Academic year: 2021

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Projeções Populacionais para a Região Sul

Juaci Vitória Malaquias

IBGE/ENCE

Rita Maria da Silva Passos

IBGE/ENCE

Vantoan José Ferreira Gomes

IBGE/ENCE

Palavras-chave: Projeções Populacionais, Região Sul.

Introdução

O conhecimento da dinâmica demográfica de uma dada sociedade e a possibilidade de previsibilidade de seu comportamento futuro, constituem importante instrumental para a formulação e implementação de políticas públicas, em um quadro de escassez de recursos e crescentes demandas por parte de diversos segmentos da sociedade, que imprimem desafios as instituições produtoras de estatísticas públicas. Quando desejamos elaborar uma projeção populacional, isso significa, realizar uma análise primorosa das componentes da dinâmica demográfica: a fecundidade, a mortalidade e a migração. A partir deste conhecimento prévio, as ações governamentais procederão uma melhor alocação de seus recursos, contribuindo para a maior eficácia do planejamento nas esferas, federal, estadual e municipal. As projeções populacionais se prestam a este tarefa, tendo sua possibilidade de utilização também por parte de empresas da esfera privada, como balizadoras nas avaliações mercadológicas (CODEPLAN, 1997). A dinâmica populacional desde a década de 1960 até o início deste século (21) vem apresentando alterações, por motivos socioeconômicos e demográficos que acabam tendo impactos tanto na estrutura etária como também na composição por gênero da população brasileira como um todo. Entre os fatores elencados estão:

Trabalho apresentado no XIII Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, realizado

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• Políticas de planejamento familiar (ou de controle da fecundidade), implantadas através de órgãos não governamentais como a BENFAM, através de métodos contraceptivos (FARIAS, 1987 e MARTINE, 1980)

• Mudanças culturais sobre a família e o comportamento sexual1 ocasionadas

pelo advento da Políticas de Crédito ao Consumidor, facilitando o acesso à aquisição de televisão.(FARIAS, 1987), etc.

Esses motivos tiveram como conseqüências, dentre outros aspectos:

• Uma redução drástica de fecundidade levando a uma redução do crescimento populacional, porém diferenciada pelos grupos etários, segundo BELTRÃO e CAMARANO(1998)

• Redução da mortalidade de uma maneira geral, porém, também não de maneira monotônica para os grupos etários de acordo com BELTRÃO e CAMARANO(1998). Reduziu-se a mortalidade infantil, mas aumentou a morte por causas externas (acidentes de trânsito e homicídios) para os adultos jovens. Não se trata porém de um exercício simplório, pois a fim de se prever a interação futura das componentes da dinâmica demográfica ( fecundidade, mortalidade e migração ), a de se considerar uma complexa constelação de fatores: culturais, sociais econômicos etc.

“Como todos os modelos da realidade, os utilizados para projeções demográficas são simplificações da mesma. Seria provavelmente pouco eficaz e impossível em alguns casos construir e operar modelos que espalhassem todas as particularidades do real. Para cada questão específica existe normalmente uma “família” de modelos adequados. O demógrafo pode optar, em princípio, por várias famílias com graus distintos de complexidade. Deve decidir, considerando a capacidade do modelo em responder as questões demográficas específicas que tem em mente, a aderência do mesmo a realidade que quer tratar e a disponibilidade de dados para estimação dos parâmetros necessários”.

(BELTRÃO, 2001)

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O denominado Método dos Componentes Demográficos ou Método das Coortes de Sobreviventes, a ser adotado no presente trabalho, parte da informação prévia do comportamento da fecundidade, mortalidade e migração , projetando-o segundo os sexos e faixas etárias , fornece de melhor modo subsídios a formulação de políticas públicas, sendo que , “a utilização da metodologia requer informações sobre a evolução dessas variáveis demográficas que atuam sobre a dinâmica da população, o que possibilita a construção de hipóteses sobre o seu comportamento no futuro e as conseqüentes variações populacionais ao longo do tempo. “ ( CODEPLAN, 1997)

Seguem-se as projeções populacionais da Região Sul , tendo como período de cobertura 1995/ 2020 e o Censo Demográfico de 1991 como referencial dos dados observados.

Fecundidade Paraná

Uma das principais transformações na dinâmica demográfica brasileira, também ocorrida em outros países diz respeito a redução dos níveis de fecundidade o que se verifica em todas as regiões do país, que implica redução do crescimento populacional. Quanto ao estado do Paraná “as reduções nos níveis de fecundidade da região continuaram aceleradas entre 1980 e 1990, sendo que este estado apresentou a maior redução ( 35, 8% ) “.( PATARRA, 2000 ). Cabe aqui destacar o aumento da fecundidade para o grupo etário de mulheres jovens ( 15-19 ), ou a gravidez na adolescência, também apresentando a fecundidade diferenciais regionais, de renda, raça. ( CAMARANO, 1999)

“O declínio da fecundidade generalizando-se, nas últimas décadas, para praticamente todos os chamados países em “desenvolvimento” , num momento concomitante às crises econômicas, estagnação, realinhamentos e reajustes financeiros internacionais, reestruturação dos processo de trabalho e encolhimento das políticas públicas, provocou a necessidade de recolocação das causas e consequências da tendência à homogeneização de comportamentos que resultam num controle crescente de amplos segmentos sociais sobre sua reprodução.” ( PATARRA, 2000) .

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Para efeito da projeção de fecundidade procedeu-se o cálculo das Taxas Específicas de Fecundidade ( por estrutura ), baseado no período 1986/1991, utilizando o método da razão P/ F de Brass, utilizando o Censo Demográfico de 1991, tendo o modelo da Bulgária como limite. Tal escolha se dá pelo fato deste modelo apresentar um padrão semelhante ao do Paraná nos períodos anteriores. Para a primeira coorte. Para o caso do estado do Paraná,observa-se a tendência do aumento da fecundidade nos primeiros grupos etários , o que apresenta coerência com os resultados do Brasil , como também do “rejuvenescimento do padrão de fecundidade “ ocorrido na região Sul , apresentando um início mais precoce da fecundidade e uma vida reprodutiva mais breve,

“as mulheres nas faixas etárias de 15 a 29 anos, em 1970, eram responsáveis por pouco mais da metade da fecundidade na região Sul ( 56%), chegando a representar aproximadamente 70% da fecundidade em 1991.” (PATARRA,2000)

Gráfico 01.TEF observadas e Padrões Limites para Comparação Paraná - Total 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 1 1965/1970 1975/1980 1986/1991 Eslovania Bulgaria

O comportamento de queda da Taxa Bruta de Natalidade ( TBN ) , reflexo da diminuição dos níveis de fecundidade e decorrente diminuição do ritmo de crescimento populacional , consta no gráfico 02.

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Santa Catarina

A Taxa de Fecundidade Total para o ano de 1991 foram obtidas através da razão P/F de Brass e sua análise de previsão do comportamento da fecundidade por nível ajustando-se a funções logísticas.

Projetando a fecundidade a partir das estimativas para encontrar a Taxa de Fecundidade Total utilizando o modelo da Bulgária como limite, apresentou – se padrão mais semelhante para as primeiras idades reprodutivas – uma elevação da fecundidade

para primeira coorte. Para as idades mais avançadas o modelo tem padrão de queda

abrupta, que destoa do padrão observado para o Estado de Santa Catarina em 1991. Entretanto, a tendência de que a maternidade mais prematura, seguida de uma interrupção da vida reprodutiva, também mais cedo. E este tipo de comportamento pode ser observado em projeções calculadas a partir das TEFs.

Contudo o modelo da Eslovênia assim como o Brasil Urbano se assemelham mais ao Estado de Santa Catarina em 1991. Primeiro apresentou comparando com as taxas de SC(1991) um comportamento mais homogêneo para as coortes médias e mais velhas com relação aos dados estimados para o ano de 1991.Mas não apresentou o aumento da fecundidade para primeira coorte. E o segundo apresentou, apesar do seu formato uniforme ao de Santa Catarina (1991) as altas taxas de fecundidade para as demais coortes automaticamente o excluem por que a redução abrupta da fecundidade para as coortes mais velhas é uma tendência.

T A X A E S P E C Í F I C A D E F E C U N D I D A D E E M 2 0 2 1 P A R A A S D I F E R E N T E S D I S T R I B U I Ç Õ E S L I M I T E S -0 . -0 2 0 . 0 4 0 . 0 6 0 . 0 8 0 . 1 0 0 . 1 2 0 . 1 4 0 . 1 6 1 5 - 1 9 2 0 - 2 4 2 5 - 2 9 3 0 - 3 4 3 5 - 3 9 4 0 - 4 4 4 5 - 4 9 e s lo v â n ia b u lg á r ia u r b a n o N A D A

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Rio Grande do Sul

A componente Fecundidade é composta de indicadores que se classificam como aqueles que medem o nível da fecundidade e os que permitem visualizar sua estrutura.

No presente estudo foram estimados em primeiramente a estrutura da fecundidade, a partir das Taxas Específicas de Fecundidade (TEF) por faixas etárias das mulheres entre 15 e 49 anos. Iniciamos a partir de três pontos de referência conhecidos que foram eles: o período de 1965/70, 1975/80 e 1986/91.

A TEF referente ao período de 1986/91 foi corrigida pela Técnica Indireta da Razão P/F, pela média dos grupos etários de 20-24 anos e 25-29 anos (Avg (P2/F2; P3/F3)), considerando o mais indicado para minimizar erro de declaração dos nascidos vivos nos últimos 12 meses.

Para o cálculo das TEF do Rio Grande do Sul, ou seja, da estrutura da fecundidade em cada um dos seis quinquênios, foram calculados a participação relativa de cada uma das TEF na Taxa de Fecundidade Total do Rio Grande do Sul no período de 1965/70, 1975/80 e 1986/91, obtendo-se assim as TEF estimadas para o período da projeção.

Dispondo dos níveis e da estrutura da fecundidade em cada qüinqüênio da projeção, tornou-se possível estimar os nascimentos que serão agregados à população em cada período projetado.

Taxas Específicas de Fecundidade e a sua proporção em relação a TFT - Rio Grande do Sul

Total 1965-70 1975-80 1986-91 15 - 19 0,0480 (5%) 0,0491 (8%) 0,0745 (15%) 20 - 24 0,2000 (22%) 0,1489 (24%) 0,1286 (26%) 25 - 29 0,2360 (26%) 0,1695 (27%) 0,1250 (25%) 30 - 34 0,1880 (21%) 0,1312 (21%) 0,0940 (19%) 35 - 39 0,1360 (15%) 0,0799 (13%) 0,0501 (10%) 40 - 44 0,0710 (8%) 0,0336 (5%) 0,0192 (4%) 45 - 49 0,0190 (2%) 0,0071 (1%) 0,0030 (1%) SOMA 0,8980 0,6193 0,4943 TFT 4,490 3,0965 2,47

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No Rio Grande do Sul, a fecundidade vem experimentando um declínio acentuado tendo registrado no período de 1965-70 a média de 4,49 filhos por mulher, e em 1986-91 a TFT de 2,47, representando uma queda de 45%.

Embora ela continue em queda, sua velocidade tende a diminuir até que se estabilize em níveis provavelmente abaixo ao da reposição que é de 2,105 filhos por mulher, em média.

Taxa de Fecundidade Total, segundo três diferentes distribuições limites.

Ano Nada Eslovênia Bulgária

1965/70 4,49 4,49 4,49 1975/80 3,10 3,10 3,10 1986/91 2,47 2,47 2,47 1991/96 2,08 2,25 2,23 1996/01 1,79 2,10 2,06 2001/06 1,53 1,98 1,92 2006/11 1,31 1,90 1,81 2011/16 1,12 1,83 1,72 2016/21 0,95 1,79 1,65

Várias podem ser as causas explicativas dessas mudanças no padrão da fecundidade, dentre os quais destacamos a intensificação da urbanização que vem ocorrendo no Estado do Rio Grande do Sul, seguindo o mesmo comportamento como vem ocorrendo no Brasil. Essa intensificação tem contribuído para a queda da fecundidade, pois a população tende a assumir os padrões do local de destino que no caso é a cidade, onde a fecundidade em geral tem níveis mais baixos.

Essas mudanças ocorridas nos níveis da fecundidade vieram acompanhadas de alterações também na sua estrutura, num processo de concentração nas faixas entre 20 e 34 anos. As mulheres destas faixas respondiam a 69%, 73% e 70% de participação na fecundidade total, respectivamente, aos períodos de 1965-70, 1975-80 e 1986-91.Também observou-se a importância crescente do grupo de 15-19 anos que representava 5% da fecundidade no período de 1965-70 e passou para uma proporção de 15% no período de 1986-91, mostrando uma tendência de aumento desse primeiro grupo mais jovem. Desta forma, pode-se dizer que a fecundidade do Estado do Rio

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Grande do Sul, vem apresentando um comportamento típico de regiões que estão passando de uma situação de alta para outra de baixa fecundidade.

Isto se torna mais evidente quando se compara a participação dos diversos grupos etários na fecundidade total nos três momentos.

Variação da participação na fecundidade total Grupos Etários Período de 70/80 Período de 80/91 15 - 19 48% 90% 20 - 24 8% 8% 25 - 29 4% -8% 30 - 34 1% -10% 35 - 39 -15% -21% 40 - 44 -31% -29% 45 - 49 -46% -48%

Destacamos o crescimento acentuado da participação relativa dos dois primeiros grupos com variação positiva, principalmente o grupo de 15-24 anos, que além de positiva é bastante elevada alcançando a marca dos 90% no período de 80/91. E paralelamente todos os demais grupos apresentaram variação negativa, mesmo os grupos etários de 25-29 e 30-34 anos que, em geral indicaram os de maior concentração da fecundidade.

Observando esse comportamento da estrutura da fecundidade do Rio Grande do Sul, vemos que esse padrão de fecundidade do tipo jovem está bastante próximo da estrutura de fecundidade projetada para a Bulgária. Assim, tomamos a projeção da estrutura da TEF distribuição limite de Bulgária, como a nossa projeção que utilizaremos posteriormente para ser agregada à projeção populacional do Estado do Rio Grande do Sul.

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TEF OBSERVADAS E PADRÕES LIMITES PARA COMPARAÇÃO RIO GRANDE DO SUL - POPULAÇÃO TOTAL

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 15 - 19 20 - 24 25 - 29 30 - 34 35 - 39 40 - 44 45 - 49 1965-70 1975-80 1986-91 Bulgária Eslovânia Mortalidade Paraná

Para calcular a projeção de mortalidade utilizou-se a Tábua de vida de 1991, projetando a probabilidade de morte para os demais períodos projetados, baseando-se na mortalidade por estrutura como objetivo de suavizar as mortes por causas externas que é uma tendência que espera-se reverter. A mortalidade apresenta constante declínio, em particular a partir dos anos 60, com ganhos quanto a esperança de vida ao nascer da população brasileira como um todo, estando relacionados a esta queda, os avanços obtidos na medicina, declínio da mortalidade infantil decorrente de fatores tais como: melhoria das condições de nutrição e saneamento básicos. Se verifica a manutenção de expressivas desigualdades regionais, apresentando por exemplo, a região Sul da qual faz parte o Paraná uma esperança de vida ao nascer de 77,1 ao passo que no Nordeste apresentou 64,8 ano. ( CAMARANO, 1999). O estado do Paraná apresentou ganhos significativos entre os anos 1930 e 1970 de 14 anos na esperança de vida, ainda assim possui a menor esperança de vida ao nascer, mantendo esta tendência para os anos posteriores, mais elevados níveis de mortalidade infantil da região sul, sobremortalidade masculina, muito embora apresente resultados abaixo da média brasileira e progressivas reduções ao longo das décadas. Uma outra observação diz respeito a mudança do perfil de mortalidade quanto a causa.

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Gráfico 03.Probabilidade de Morte - nqx, Estimada e Projetada Mulheres- Paraná 0,00 0,00 0,01 0,10 1,00 0 10 20 30 40 50 60 70 1980 1991 1996 2001 2006 2011 2016 2021 ,

As denominadas doenças crônico-degenerativas e as mortes por causas externas (acidentes de trânsito, homicídios, etc), em particular os óbitos masculinos de 10-29 anos passam a ganhar maior importância relativa, o que demanda ações públicas , e formulação de políticas específicas. No gráfico 02, observa-se um aumento da mortalidade para o grupo de 15- 29 anos no período, 1991/2021 o que pode representar o papel desempenhado pelas mortes por causas externas que apresenta diferenciais de gênero, observando as mulheres com maior esperança de vida (gráfico 03), tendência esta que se observa para os demais estados brasileiros.

Gráfico 02. Probabilidade de Morte - nqx, Estimada e Projetada Homens - Paraná 0,00 0,00 0,01 0,10 1,00 0 10 20 30 40 50 60 70 1980 1991 1996 2001 2006 2011 2016 2021

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Santa Catarina

Utilizando as tábuas de vida de 91 como padrão observado para obtenção das demais probabilidades de morte, podemos encontrar os seguintes resultados em projeções de mortalidade. Suavizadas pelas taxas de variação do logito, assim amenizando o impactos futuros das mortalidades por causas externas, até por espera-se tal situação seja revertida. Já para mortalidade dos homens o que observa – se em termos de mortalidade infantil de 0 a 1 ano de idade que no ano de 2021 a redução chegará a 0.0001 probabilidade de morte nessas idades. E decai também para as demais faixas etárias até os 15 anos.

PROBABILIDADE DE MORTE - nqx, ESTIMADA E PROJETADAHOMENS - SANTA CATARINA

0,00 0,00 0,01 0,10 1,00 0 10 20 30 40 50 60 70 1980 1991 1995 2001 2006 2011 2021

Nesta faixa etária (15 anos) tanto projeções quanto as probabilidades já observadas ficam praticamente inalteradas e elevadas até culminarem nas mais alta probabilidade de morte de jovens aos 20 anos de idade.

O que deixa claro que o padrão já observado nos dias atuais de mortes por

causas externas permanece até 2021 e em níveis elevados, porém com baixa taxa de

variação.

No caso das mulheres a perspectiva revelada pela projeções até 2021 é a tendência muito próxima de zero da mortalidade infantil.(de 0 a 1 ano). E tendo nos

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anos seguintes bem próximos taxas bem próximas a zero. Ex.: uma menina aos 5 anos em 2021 terá a probalidade de morrer de 0.0002 e uma de 10 anos de idade de 0.0001 de morte.

A probabilidade de morte aumenta até 20 os vinte anos de idade mais com uma taxa de variação maior e com probabilidade menor(0.0026) que masculina (de 0.0158), demostrando assim que a mortalidade por causas externas atinge mais homens que as mulheres.

PROBABILIDADE DE MORTE - nqx, ESTIMADA E PROJETADAMULHERES - SANTA CATARINA 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,1 0 1,0 0 0 10 20 30 40 50 60 70 198 0199 1199 6200 1200 6201 1201 6202 1

Rio Grande do Sul

A projeção da mortalidade se fez da seguinte forma: foi projetado a probabilidade de morte (nqx) para todos os quinquênios da projeção, através da qual obtemos as relações de sobrevivência por sexo e idade, revelando então a sua estrutura.

É importante frisar que na presente projeção para o Estado do Rio Grande do Sul estão implícitos o pressuposto de que a população Gaúcha é fechada, isto é, não sofre influência da mortalidade dos migrantes.

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As taxas de mortalidade obtidas foram ajustadas a uma função logística, eliminando os pontos dispersos e mantendo apenas os de melhor ajuste.

Os gráficos referentes a probabilidade de morte dos homens refletem bem os efeitos das chamadas causas externas atuando nos grupos jovens de15 a 30 anos.

PROBABILIDADE DE MORTE - nqx, ESTIMADA E PROJETADA HOMENS - RIO GRANDE DO SUL

0,00 0,00 0,01 0,10 1,00 0 10 20 30 40 50 60 70 1980 1991 1996 2001 2006 2011 2016 2021 2026 2031 2036 2041 2046 2051

No entanto para as mulheres observamos que a probabilidade de morte entre 15 a 29 anos provavelmente em decorrência de causas externas é menos acentuada que para os homens. E a probabilidade de mortalidade infantil vai declinando possivelmente pelo avanço da medicina.

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PROBABILIDADE DE MORTE - nqx, ESTIMADA E PROJETADA MULHERES - RIO GRANDE DO SUL

0,00 0,00 0,01 0,10 1,00 0 10 20 30 40 50 60 70 1980 1991 1996 2001 2006 2011 2016 2021 2026 2031 2036 2041 2046 2051 Migração

As migrações constituem importante componente explicativa para descrição da dinâmica populacional da Região Sul do país “No transcorrer das últimas cinco

décadas, os estados componentes da Região Sul tiveram sua dinâmica populacional estreitamente condicionada pelos movimentos migratórios. Refletindo as diversas fases da transformação da estrutura produtiva regional no contexto da integração econômica em nível nacional, esses movimentos imprimiram ritmos diferenciados ao longo do tempo, ora determinando a elevação das taxas de incremento populacional, ora provocando a reversão dessas tendências.”( MAGALHÃES,

KLEIKE, DESCHAMPS e MOURA, apud PATARRA, 2001)

Paraná

O Paraná desde a década de 70 destaca-se como o estado da Região Sul do país de menor crescimento populacional reforçando “seu caráter expulsor de população”, resultado da expansão da fronteira agrícola para as Regiões Centro – Oeste e Norte do país, respectivamente. Muito embora se observe uma imigração de retorno. Conforme a

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MOURA, apud PATARRA, 2001 observam que a imigração para o Estado do Paraná possui uma “leve predominância feminina e uma maior proporção de imigrantes jovens (até 15 anos)”. Situação visualizada no gráfico abaixo.

T A X A D E E M I G R A Ç A O , P A R A N Á , 1 9 9 1 . 0 0 , 0 0 5 0 , 0 1 0 , 0 1 5 0 , 0 2 0 , 0 2 5 0 , 0 3 5 a 9 a n o s 1 0 a 1 4 a n o s 1 5 a 1 9 a n o s 2 0 a 2 4 a n o s 2 5 a 2 9 a n o s 3 0 a 3 4 a n o s 3 5 a 3 9 a n o s 4 0 a 4 4 a n o s 4 5 a 4 9 a n o s 5 0 a 5 4 a n o s 5 5 a 5 9 a n o s 6 0 a 6 4 a n o s 6 5 a 6 9 a n o s 7 0 a 7 4 a n o s 7 5 a 7 9 a n o s 8 0 a n o s o u m a i s F e m i n i n o M a s c u l i n o

Fonte: Censo Demográfico 1991 – tabulações próprias.

No caso das imigrações de acordo com gráfico a seguir observa-se uma imigração mais tardia tanto de homens quanto de mulheres possivelmente orientada pela imigração de retorno. T A X A D E I M I G R A Ç A O , P A R A N Á , 1 9 9 1 . 0 , 0 0 0 0 0 0 0 0 , 0 5 0 0 0 0 0 0 , 1 0 0 0 0 0 0 0 , 1 5 0 0 0 0 0 0 , 2 0 0 0 0 0 0 0 , 2 5 0 0 0 0 0 0 , 3 0 0 0 0 0 0 5 a 9 a n o s 1 0 a 1 4 a n o s 1 5 a 1 9 a n o s 2 0 a 2 4 a n o s 2 5 a 2 9 a n o s 3 0 a 3 4 a n o s 3 5 a 3 9 a n o s 4 0 a 4 4 a n o s 4 5 a 4 9 a n o s 5 0 a 5 4 a n o s 5 5 a 5 9 a n o s 6 0 a 6 4 a n o s 6 5 a 6 9 a n o s 7 0 a 7 4 a n o s 7 5 a 7 9 a n o s 8 0 a n o s o u m a i s F e m i n i n o M a s c u l i n o

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Santa Catarina

De acordo com MAGALHÃES, KLEIKE, DESCHAMPS e MOURA, apud PATARRA, 2001 o estado de “Santa Catarina inverte sua tendência expulsora de forma bastante expressiva”, entretanto tal observação apareça de forma modesta no cômputo das taxas líquidas de migração de 1980/91 evidenciando “pouca representatividade do processo migratório interestadual da década na população residente do estado no fim do período”. T a x a d e E m ig ra ç ã o - S a n ta C a ta rin a 1 9 9 1 0 0 ,0 0 5 0 ,0 1 0 ,0 1 5 0 ,0 2 0 ,0 2 5 0 ,0 3 0 ,0 3 5 0 ,0 4 0 ,0 4 5 5 a 9 a n o s 1 0 a 1 4 a n o s 1 5 a 1 9 a n o s 2 0 a 2 4 a n o s 2 5 a 2 9 a n o s 3 0 a 3 4 a n o s 3 5 a 3 9 a n o s 4 0 a 4 4 a n o s 4 5 a 4 9 a n o s 5 0 a 5 4 a n o s 5 5 a 5 9 a n o s 6 0 a 6 4 a n o s 6 5 a 6 9 a n o s 7 0 a 7 4 a n o s 7 5 a 7 9 a n o s 8 0 a n o s o u i H o m e n s M u lh e re s

Fonte: Censo Demográfico 1991 – IBGE, tabulações próprias.

Conforme o gráfico acima podemos observar que as emigrações do estado, guardadas as devidas proporções, com relação ao Paraná apresenta uma estrutura etária mais envelhecida e o mesmo poderemos observar a seguir para o estado do Rio Grande do Sul. Já com respeito as imigrações no gráfico a seguir podemos observar que oscila entre a predominância entre homens e mulheres a partir dos 15 de idade.

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T axa d e Im igração Santa C atarina 1991 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 anos ou m ais M ulheres Hom ens

Fonte: Censo Demográfico – IBGE 1991 – Tabulações Próprias

Rio Grande do Sul

No estado do Rio Grande do Sul segundo MAGALHÃES, KLEIKE, DESCHAMPS e MOURA, apud PATARRA (2001), as migrações historicamente iniciaram –se antes das demais UFs da Região Sul devido a metropolização de Porto Alegre anterior aos demais estados da Região, o que provavelmente justifique a predominância de mulheres nas coortes mais jovens visto que segundo LEE (19...) as mulheres tendem a migrar mais para as cidades e a expansão da fronteira agrícola que iniciou-se no estado. Conforme as autoras citadas acima o estado do Rio Grande do Sul apresenta na migração de retorno da Região Sudeste prevalece os naturais do Estado.

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T A X A D E E M I G R A Ç A O , R I O G R A N D E D O S U L , 1 9 9 1 . 0 0 , 0 0 2 0 , 0 0 4 0 , 0 0 6 0 , 0 0 8 0 , 0 1 0 , 0 1 2 0 , 0 1 4 0 , 0 1 6 5 a 9 a n o s 1 0 a 1 4 a n o s 1 5 a 1 9 a n o s 2 0 a 2 4 a n o s 2 5 a 2 9 a n o s 3 0 a 3 4 a n o s 3 5 a 3 9 a n o s 4 0 a 4 4 a n o s 4 5 a 4 9 a n o s 5 0 a 5 4 a n o s 5 5 a 5 9 a n o s 6 0 a 6 4 a n o s 6 5 a 6 9 a n o s 7 0 a 7 4 a n o s 7 5 a 7 9 a n o s 8 0 a n o s o u m a i s F e m i n i n o - M a s c u l i n o

-Fonte: Censo Demográfico 1991, tabulações próprias.

Fonte: Censo Demográfico 1991, tabulações próprias.

Projeção da Fecundidade, Mortalidade e Migração Região Sul

Analisando conjuntamente a mortalidade, fecundidade e migração via projeções populacionais, podemos observar o comportamento da dinâmica demográfica de uma população – que no caso deste trabalho é uma população fechada, ou seja, desconsidera as migrações para efeitos de cômputo. Podendo servir de subsídios de políticas públicas.

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Observando a estrutura de gênero e de idade através da pirâmide populacional em 1991 de Santa Catarina, podemos ver na pirâmide abaixo é jovem e concentrado-se entre 5 anos a 29 anos de idade tanto para homens como mulheres, apesar do população masculina ser maior que feminina, embora não seja muito expressiva. Possivelmente resultado de migrações uma vez que “Santa Catarina inverte sua tendência expulsora de forma expressiva(...)”, segundo MAGALHÃES et al.( 2001) referindo ao período de 1980/91. Que segundo SINGER (1973) por uma questão de seletividade das migrações , atrai mais a homens em geral solteiros em idade ativa.

Entretanto, cabe ressaltar que para os homens de 15 a 29 anos a uma fenda embora pequena na pirâmide populacional provocada provavelmente pelas mortes por causas externas (acidentes de trânsito e homicídios). E a mesma fenda se encontra para as mulheres de 15 a 24 anos, porém menor que a masculina. Na faixa etária de 0 a 5 anos de idade observa-se um estreitamento da pirâmide o que reflete a redução da fecundidade como tendência para o comportamento reprodutivo. Devido ao uso de métodos contraceptivos que para os estados da região sul, incluindo o estado aqui analisado (SC) é obtido através da incorporação de pílulas do que da esterilização (encerramento definitivo da fecundidade), de acordo MAGALHÃES et al.( 2001). Ao longo do tempo até completar a última projeção (2020) utilizando as componentes demográficas: fecundidade (por estrutura) e a mortalidade (por nível), considerando a população fechada. Pode-se observar que no decorrer do tempo (vide anexo) que a base pirâmide se afunila cada vez mais e concentrando-se a população nas idades altas (velhas). Também observa-se que esse movimento é seqüencial, isto é, ele a população vai subindo sistematicamente – passagem do fenômeno onda jovem .

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P IR A M ID E E T Á R IA - S A N T A C A T A R IN A 1 9 9 1 1 2 % 7 % 2 % 3 % 8 % 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5 7 0 M U L H E R E S H O M E N S P I R A M I D E E T Á R I A - S A N T A C A T A R I N A 2 0 2 0 1 2 % 7 % 2 % 3 % 8 % 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0 5 5 6 0 6 5 7 0 M U L H E R E S H O M E N S

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O estado do Paraná, apresentou taxas declinantes de fecundidade, como também dos níveis de mortalidade, eventos estes que promoveram a mudança de sua composição etária e por sexo de sua população. Observa-se um novo padrão na distribuição etária desta população.

No período selecionado para efeito da projeção 1991/2020, ocorrre contínuo estreitamento da base, o que expressa processo de envelhecimento populacional, com a redução da proporção dos primeiros grupos etários, com ganhos para as coortes de idades avançadas.

Cabe aqui destacar o menor número de mulheres observado, no grupo de 15 a 34 anos como na pirâmide relativa ao ano 2020, passando a contar com um percentual maior de população feminina em relação a população masculina nas idades adultas avançadas. Quanto a migração,

“No caso do Paraná, onde o processo de intensa evasão populacional se deu mais recentemente, presume-se que uma parte do estreitamento da pirâmide, revelado para 1980 e 1991, se deva à emigração, proporcionalmente maior, de população adulta jovem para fora do estado. Ao mesmo tempo em que este movimento atua diretamente na estrutura etária, provoca efeitos indiretos, uma vez que o estado “exporta” potencial reprodutivo para outras regiões, contribuindo ainda mais para a redução do número de nascimentos na área.” ( PATARRA, 2000)

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PIRÂMIDE ETÁRIA - PARANÁ 1991 8% 6% 4% 2% 0% 2% 4% 6% 8% 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 MULHERES HOMENS

PIRÂMIDE ETÁRIA - PARANÁ 2020

8% 6% 4% 2% 0% 2% 4% 6% 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 MULHERES HOMENS

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Para a projeção da população do Estado do Rio Grande do Sul, foi feita a junção dos dois elementos da dinâmica demográfica (fecundidade, mortalidade e migração) e projetada a população por grupos de idade e sexo, tal como prediz o método dos componentes.

A aplicação da técnica possui como requisitos básicos, a obtenção de uma população inicial ajustada para o meio do período, informações sobre as funções de fecundidade, mortalidade e migração.

Bibliografia

BELTRÃO, Kaizô Iwakami, CAMARANO, Ana Amélia. Perfil da População Brasileira. Rio de Janeiro. 1999

_________. Projeção Demográfica: Que mágica é esta? Texto Didático. ENCE/IBGE.

2001

PATARRA, Neide , PACHECO, Carlos Américo. Dinâmica Demográfica Regional e as Novas Questões Populacionais no Brasil. Coleção Pesquisas 4. Instituto de Economia. Unicamp, Campinas. 2000.

CODEPLAN. Projeção da População do Distrito Federal 1997-2021. Cadernos de

Demografia 2. Brasília. 1997.

SANTOS, Jair L. Ferreira . Principais técnicas de análise e projeção. In : Dinâmica da População: teoria, métodos e técnicas de análise. São Paulo. T.ª Queiroz Editor. 1980.

Referências

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