WALDIR Dos
sANTOsP
JÚNIOR
PERFIL
DOs
PACIENTES
DE
CINCO
GRUPOS DE
DIABETICOS
QUANTO
À
UTILIZAÇÃO
DE CHÁS
COM
O
OBJETIVO
DE
TRATAR
O
DIABETES
Trabalho
apresentadoà Universidade Federal
de Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
-
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa
Catarina
WALDIR
DOS
SANTOS JÚNIOR
PERFIL
DOS
PACIENTES
DE
CINCO
GRUPOS
DE
DIABÉTICOS
QUANTO
À
UTILIZAÇÃO
DE
CIIÁS
COM
O
OBJETIVO
DE
TRATAR
O
DIABETES
Trabalho
apresentado àUniversidade
Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo Curso
de
Graduação
em
Medicina.Coordenador do
Curso:
Edson
José
Cardoso
Orientador:
César Simionato
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa Catarina
AGRADECIMENTOS
No
principio, tudo era dificil,o caminho
obscuro e as perguntas,fieqüentemente
sem
respostas. Durante
o
percurso, inúmeros foramos
tombos
e tropeços,também,
váriosforam
osmomentos
de hesitação e de dúvida.No
entanto,ajomada
com
0
passar dos diastomou-se
menos
eansativa graças à ajuda de pessoas bastante especiais, as quais,além
deme
oferecerem luz para iluminarmeus
passos,foram
a escoraquando
caí e quisme
erguer.1
Duas
destas pessoas sãomeus
pais,que sempre
me
apoiaram eme
permitiram aprendercom
meus
erros,que
nãoforam
poucos.Quero
deixar manifesta aminha
imensa gratidãoque
tenho pormeus
colegas,sempre
estiveram dispostos ame
auxiliar,tomando
mais divertido omeu
caminho.Agradeço
à queridaGeovanka,
companheira de todas as horas, por seu afeto e paciência,suportando ao
meu
lado osmomentos
.mais dificeis.Ao
Dr. César Simionato, tanto por sua valorosa orientação quanto por abrir osmeus
olhos parauma
medicina maishumana
e natural.Aos
inigualáveisBob
Marley
eJohn
Lennom
que
com
sua-música
e poesia tornarammais
alegres os .meus dias de estudo.
A
todos os pacientesque
se dispuseram a contribuir para realização dessa pesquisa, pela atenção e colaboração de todos eles, só tenho a dizer muito obrigado.G
I
-
INTRQDUÇÃO
... ..2
-
REVISÃO
DE
LITERATURA
... ..3
-
oE.rETIVo..,... ... ..SUMÁRIO
n 1 o n ; ¢ u z u u I n ‹ ‹ n . z - . ¢ - n v;4
_
METQDO
... .. 5-
RESULTADOS...
6
-
DISCUSSÃO.
7
-
CONCLUSÕES
8
-
REFERÊNCIAS
... ..RESUMO
... ._SUMMARY..
... ..APÊNDICE.,
... .. u n u o › úgnunnoononúooúnouuø - . n ¢ ¢ u ú ‹ u u ‹ ‹ u u n ø ¢ ¢ nz n a o o o s n o v o n Q o u v u u o no o ~ › . . n . - . › › ¢ . . ¢ › . › wà - ¢ - › n ¢ ‹ ¡ ‹ Q c - n ú ¢ ç v - - - n - - u . ¢ a ¢ ¢ . ¢ ¢ ¡ n n | ¢ :- › n » o ú - o ¡ u ‹ o ¢ n o n o ¢ | I 1 vu ú no . . . . .Q,un-z.nn.-...›..›»‹... . . ... .. ... ‹. ... 0. ...-.1
-
INTRODUÇÃO
'
O
uso de ervascom
a finalidade curativa não é algo recente,no
entanto aindahá
muito a seconhecer a respeito dessas plantas- e seus efeitos
no
organismohumano.
O
uso empírico destas plantas é muitocomum
em
nosso .meio existindo relatosda
sua utilização inclusive feitos porHipócrates. Levantamentos recentes feitos
no
Brasilapontaram que
maisda metade da
populaçãoutiliza remédios ditos “naturais” (ervas medicinais
ou
homeopatia) e que a utilização deste -tipo de-~terapêutica está
em
franca expansaol. VNão
existem duvidas a respeitoda
existência de princípios farmacológicos ativosem
plantas,prova disso- é
que
a descobertade
muitos medicamentos. consagradosda
medicinacomozo
curare,a reserpina,
o
ácido acetilsalicílico o“AAS”,
entre tantos outrosforam
descobertos a partirda
ação farmacológica conhecida
de
determinadas plantas, as quais posteriormenteforam
identificadas tiveram seus princípios farmacológicos extraídos e, mais tarde, sintetizados pela
industria farmacêuticaíx \>`
[
Para citarum
excelente.exemplo
disso,temos o
“AAS”,
que
está presenteem
grandesquantidades.
na
cascade
uma
espéciede
salgueiro deorigem
européia sendo utilizado nesse continentehá
séculospara se fazer cháscom
o intento de tratar febres e dores.Deu
origem
àfamosa
aspirina,o
fármaco» maisconsumido
atualmenteem
todoo
mundo
._/Algumas
outras substâncias, várias delas extremamente tóxicas, extraídas de plantas tiverammais
tarde sua ação farmacológicacomprovada”.
A
descobertamais
recente foio
taxol, fármacoquimioterápicoeficaz
no combate
de tumores e que,também,
está presentena
cascade
uma
, fárvore,
o
teixdiísi-f`\\_
Atualmente, as maiores industrias farmacêuticas estão investindo muito dinheiro .na tentativa
de descobrir
novas
substânciascom
valor terapêutico a partirda enorme
biodiversidade existentenas florestas tropicais,
como
a floresta amazônica.Uma
maneira utilizada para identificaçãodessas substâncias» é aproveitando-se os conhecimentos dos
povos
primitivos das florestas eque
r'
`
2
A
flora
brasileira,com
sua rica biodiversidade, é muito abundanteem
plantas medicinaiscom
efeito
comprovado.
Issotem
sido demonstrado por pesquisadores de várias- instituiçõesinteressadas
no
estudo destas plantas ena comprovação da
sua eficácia,como
o instituto OsvaldoCruz
e aUNICAMPI.
Jáque
a imensa maioriada
população conhecealguma
planta para uso-caseiro,
nada
mais justoque
essa farmácia naturalque
nos é ofertada seja devidamente estudada.No
entanto,nem
tudona
farmacologia dita de origem “natural” oriunda de conhecimentospopulares
tem
seus efeitoscomprovados
cientificamente.Alguns
destessem
efeito.nenhum
parao
organismo e outros podendo, atémesmo,
ter efeitos nocivos seconsumidos
em
pequenasquantidades
ou
em
excesso.Além
disto, aindanão temos
conhecimento suficientepara\
compreender
a interação que estas plantas»podem
tercom
osmedicamentos consumidos
pela população, pois os fármacospodem
sofrer alterações nos seus efeitos e,também,
podem
ter sua toxidade aumentadaz. ‹-'¡/
Por
isso,devemos
também
tero
conhecimentoque
produto “natural” não é sinônimo debom.
São
diversos os perigosque
cercam
o uso indiscriminado esem
orientação desses medicamentos-2. Plantas ~a arentementebenéficas
ecom
uso consa 8Tado
P
ela medicina oP
P
ularP
odem
serperigosas,
como
a losna, por exemplo, indicada para males-do
figado,pode
causarmalformações
\,, ./\
fetais e convulsõesa. 'O'confrei, usado para fazer chás, e
que
estevena
moda
nos anos oitenta écomprovadamente
causador de lesões hepáticas.A
flor da
dedaleira (Digitalis purpurea)contém
digitalis,
medicamento
muito utilizado para aumentar a força contrátildo
coração de portadoresde
insuficiência cardíaca, é bastante perigosaporque
tem
sua dose terapêutica muitopróxima
à dosetóxica.
Um
outroexemplo
é a folhado
pessegueiro, a qualcontém
amigdalina,um
glicosídeo.altamente tóxico, porque gera ácido cianídrico ao ser hidrolisado
no
organismo e este éum
veneno
muito poderoso, pois inibe a respiração celular provocando anóxia?«Á~.`_Ç
Sendo
assim,ao
mesmo
tempo-em
que
é muito importante não ter preconceito contra osprincípios terapêuticos ditos “naturais”,
também
se deverecomendar
cautela a respeitode
alegações de eficácia de remédios caseiros e baseados
em
plantasou
ervas consideradasmedicinais. "
Além
da
preocupaçãocom
relaçäo àz toxidadedo
principio ativo existenteem
determinadaplanta,
também
existem sérios problemas e potencialmente fataisem
se tratandoda maneirapošno
as plantas medicinais- são cultivadas, colhidas, processadas,
armazenadas
e comercializadas2:¿'Ox
3
mercado
informal dessas plantas (aquelas banquinhas demercado
ou
de feirasque
vendem
as ervasno
seu estado naturalou
nas famosas “garrafadas”)r é bastante perigoso, pois elas sãocultivadas e processadas fora de padrões técnicos e de higiene, os quais, inclusive, são
\./ \_\
regulamentados por
uma
portariado
Ministérioda
Saúde2.~*A1goque
o
usuáriode
ervas e plantas medicinais dificilmente vai saber é seforam
ou
não utilizados agrotóxicosno
cultivo delas.O
que
é totalmente proibido por motivos óbvios, pois
quando
a planta é submetida ao processamentoquímico para extração dos seus princípios ativos,.faz
com
que
o
agrotóxico se concentre milharesde
vezes,podendo
causar a mortedo
usuárioou
gerar sérios problemasde
saúde.A
faltade
higiene
no
preparo dessas plantaspode
implicarem
contaminaçãodo
mesmo
por bactériasou
fungos, os quais
podem
causar infecções gastrintestinais principalmentequando
ingeridasinadvertidamente. `
O
reino vegetal,além
de sero
maior reservatório»de
moléculas orgânicas conhecido,pode
serconsiderado
um
poderoso laboratóriode
síntese de substânciascom
atividade farmacológica sobre\
o
organismohumano.
Muitas das substancias utilizadascomo
medicamentos- aindanão
puderam
\
r
ser sintetizadas pela biologia molecular. Por isso, plantas medicinais são usadas ate hoje
como
matéria-prima para a fabricação de medicamentos.
'
Os
medicamentos
preparados a partir de plantasou
de partes de plantas (raízes, cascas, folhase flores)
que
possuem
propriedadesou
potencialde
cura, de prevençãode
doençasou
de
tratamento sintomático destas são
chamados
fitoterápicos.Uma
duvidaque
paira sobre a cabeçade
muita gente diz respeito a real e concreta eficáciados medicamentos
fitoterápicos e para responder essa duvida basta lembrarque
essesmedicamentos
vêm
sendo utilizados por muitospovos- e culturas, desde a antiguidade,
como
principalforma de
tratamento ede manutenção da
saúde. Isto, por si só, é considerado
uma
prova de eficácia pela OrganizaçãoMundial da
Saúde. Atualmente,com
o
desenvolvimentoda
tecnologia aliado ao interesse crescenteem
seconfirmar
o conhecimentoda
medicina popular, as plantas medicinais estão tendo seu valorterapêutico pesquisado para obter
uma
ratificaçãodo
seu uso pela ciência e, devido»a
este fato, aaprescrição desses
medicamentos
pelosmédicos
vem também
crescendoz.Muitos
médicos,no
momento
de prescreverum
determinadomedicamento
com
apresentaçãoem
comprimido, pílula,4
respeito de
um
fitoterápicocom
amesma
eficáciado
produto industrializado e comercializado porgrandes laboratórios, já substituem estes pelo
medicamento
“natural”2.Í
Sendo
assim,devemos
ampliar cada vez mais nossos conhecimentos a respeito dosfitoterápicos, tendo
em
vista-que
muitostêm
sua eficáeia jácomprovada
cientificamente, sãomedicamentos
muito mais acessíveis à população,podem
ser utilizadosem
associaçãocom
medicamentos
industrializadoscomo
adjuvantes e se usadosna
dosagem- correta,sem
exageros de dose,possuem
menos
efeitos colaterais2,}2
-
REv1sÃo
DE LITERATURA
Diabetes
Mellitus
1.
Epidemiologia.:
O
diabetes mellitus éum
importanteproblema
de saúde devido aonúmero
de pessoasafetadas, por ser muito incapacitante
quando
não- controlada, por ser causa de mortalidadeprematura e
também
por seu custoeconômico
(controle e tratamento de complicações) e social3.Segundo
dadosda
Sociedade Brasileirade
Diabetes, estima-seque
existam atualmenteno
Brasil cerca
de
5 milhõesde
indivíduos diabéticos, dentre estes,metade
desconhece odiagnóstico
da
-doença4.Do
total de casos,90%»
sãodo
tipo2
( não dependente de insulina) e 5 a10%,
aproximadamente, sãodo
tipo .I (insulino dependente) eem
cerca de2%
dos casos sãosecundários a outras síndromes «e patologias”.
No
Brasil, considerando-se a população urbana, a prevalênciado
diabetesna
faixa etáriados
30
aos69
anos éde
7,6%4.Um
percentual semelhante ao encontradoem
países desenvolvidoss,Das
capitais brasileiras, a maior prevalência estána
cidadede São
Paulo,com
prevalênciade
9,7%, e amenor
estáem
Brasíliacom
5,2%”.
A
prevalênciado
diabetes é semelhante parahomens
e mulheres eaumenta
consideravelmente
com
o
avançarda
idade3.Dados
obtidos pela Sociedade Brasileira de Diabetesmostram
que a
prevalênciaaumenta
de2,6%
na
faixa etária dos30
aos39
anos para17,4% na
população entre60
e69
anos4.6
2. Fisiopatologiazi-
O
diabetes tipo 1 eo
tipo2
são entidades nosológicas diferentes, apresentando cada qualsuas particularidades- quanto
aos
processo s fisiopatogênicos›3.2.-1.
Fisiopatologia
do
diabetes
Tipo
1:Pacientes
com
diabetesdo
tipo 1parecem
possuiruma
susceptibilidade genética à doença; sãosusceptíveis- a
uma
variedadede
fatores desencadeantes- (virais, ambientais,ou
toxinas)que
estimulam a destruição
da
célulaB
do
pâncreas imunologicamente mediada3'4'5.Após
adestruição- de
80
a-90%
das célulasB
surge a hiperglicemia eo
diabetes e' diagnosticado~3.Em
estudos de pares de
gêmeos
idênticos, nos quaisum
deles possui diabetesdo
tipo 1, os anticorposanti-célula
da
ilhota pancreática (AIC) e anti-insulina (AAI),podem-
ser positivos por vários- anosantes
que o
gêmeo
não
diabéticovenha
a desenvolver o diabetess. Encontram-setambém
autoanticorpos contra a glutamato descarboxilase,
enzima
encontradana
célula B, os- quais-podem
serum
excelentemarcador
para o diabetes tipo 15..Mesmo não
se tendo encontrado os genesrelacionados ao diabetes tipo l, os-pacientes afetados são mais propensos a expressar moléculas-
DR3
e/ouDR4
do
HLA
classe II (cerca de90
a95%
dos pacientes diabéticosdo
tipo lpossuem
esses- haplótipos, em-comparação
com
50
a60%
da
população geral)5.Pacientes
com
diabetes tipo 1 tratadoscom
imunodepressores, obtiveram reduçãoda
destruição- das-células B, provando a auto destruição imunológica destas células-pancreáticas-.
2.2.- Fisiopatolo-gia do- diabetes-
Tipo
2:O
diabetesdo
tipo 2tem
uma
predisposição genética poderosa (concordânciade
90
a100%
em
paresde
gêmeos
homozigót-icos),embora
se desconheça0 mecanismo
genético básico”.Provavelmente exista mais de
um
mecanismo
patogênico genético básico3. _Costuma
ocorrer maisem
pacientes adultos,mas
ocasionalmentepode
ocorrerem
jovenss.7
Resistência periférica
à
insulina é encontrada nesses pacientes, juntamentecom
secreção,relativa
ou
absoluta, insuficiente pelo pâncreas”.Também
existeuma
resposta insuficientedo
pâncreas ao estímulo
da
glicose”.3.
Diagnóstico:
3.1. Sinais»
e
Sintomas-
do
Diabetes.
Tipo
_l_:O
diabetes, por seruma
doença
decomprometimento
sistêmico, possuium
grande .númerode manifestações envolvendo diversos aparelhos e sistemas, principalmente
o
cardiovascular,o
urinário e
o
nervosos.A
poliúria éuma
conseqüênciada
diurese osmótica secundária à hiperglicemia,O
que
resultaem
perda de glicose etambém
deágua
e eletrólitosna
urina3.A
polidipsia é conseqüênciado
estado hiperosmolardo
plasma, assim como- o borramento visual,o
qual se desenvolvequando
o«cristalino e a retina são submetidos a fluidos hiperosmolares3.
Emagrecimento,
mesmo
com
ingesta alimentar normalou
atéaumentada
écomum
quando o
diabetes tipo l se desenvolve agudamente3.
A
principio deve-se à depleçãode água
e dasreservas
de
glicogênio e triglicerídeos; mais tarde, ocorre urna reduçãoda massa
musculardevido à conversão
de
aminoácidos para glicose e corpos cetônicos3'4'5.A
astenia ocorre devido à depleçãodo
volume
piasmático, a perda de potássio eo
catabolismo musculars.
. Cetoaeidose ocorre
quando
a deficiência de insulina é absolutao que
pode
ocorrerabruptamente.
Havendo,
então, diminuiçãodo
nível de consciênciado
paciente,podendo
levar8
3.2. _Sina.is
e
Sintomas do
Diabetes
Tipo
2:.Enquanto
muitos pacientescom
diabetesdo
tipo 2 apresentam poliúria e polidipsia, outrospacientes se
mantêm
assintomáticos, inicialmente, e seus níveis glicêmicos» vão»aumentando
insidiosamentes. Isso ocorre principalmente
em
pacientes obesos,onde o
diabetespode
serdetectado apenas após glicosúria
ou
hiperglicemia são percebidasem
exames
laboratoriais derotina3. Muitas vezes, pacientes
com
diabetes tipo 2podem
manifestar evidências de neuropatiae complicações cardiovasculares devido à doença oculta esem
diagnósticos. Infecções crônicas-da
pele são comuns3'4.
Pmrido
generalizado e sintomasde
vaginite são freqüentemente achadosiniciais
em
mulheres.Sendo
assim,o
diabetes -deve ser suspeitoem
mulherescom
vulvovaginite crônica por cândida4.Diabéticos obesos
podem
ter qualquer distribuiçãoda
gordura corporal‹3*5.g Entretanto,o
diabetes parece estar mais fieqiientemente associada, tanto
em
homens
quantoem
mulheres,com
os depósitos
no segmento
superiordo
corpo, principalmenteabdome,
tórax, pescoço e face(distribuição centrípeta) e relativamente
menor
quantidadede
gordura nosmembross.
Quadro
1:Sinais
e
Sintomas
no
diabetes
1
Tipo
1Tipo
2
0 Poiiúriae sede
++
+
lFraqueza
ou
astenia++
+
Polifagiacom
emagrecimento
++
-Barramento
visual+
++
Pruridoou
vulvovaginite+
++
1Neuropatia
periférica+
++
Enurese
noturna
++
- assintomático _-++
Fonte: Current 20009
4.Diagnóstico Laboratorial:
Para
confirmar o
diagnóstico de diabetesem
um
pacientecom
sinais e sintomasda doença
ou
com
condiçõesde
risco, deve sermedida
a glicemiado
sanguevenoso”. Se
valor encontradofor abaixo de 100mg/dl a diabetes é improvável, se for maior
ou
igual a200mg/dl
é confirmadodiabetes, se estiver entre 100 e l99mg/dl, deve ser feita glicemia de
jejum
e seo
valorencontrado for maior
ou
igual a 140mg/dl, estáconfirmado
o
diagnóstico, caso a glicemiade
jejum
esteja entre 100 e l39mg/dl,deve
ser feitoum
testede
tolerância oral à glicose(TTOG),
o
qualpode
afastar o diagnóstico de diabetes, detectar apenasuma
tolerância diminuída à glicoseou
confirmar
o diagnótico3.Quadro
2:valores
padrões
do
TTOG
Normal
IntolerânciaDiabetes
Glicemia
capilar (mg/dl)<115
116-139
>140
Entre
0-120
min. 'Após 75g de
glicose<200
'<200
200
'W
2 horas
após
j<14o
>14o e <2oo
>2oo
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes
Desde que
se conheceo aumento da
glicemia plasmáticacom
o aumento da
idade, tem-seaumentadotambém
a tolerância a pequenas- anormalidadesna
glicemiade
jejum
em
idosos (>70anos)3'5.
5..
Tratamento
.:.
5.1.
Metas do
Tratamento-.I
O
diabetes éuma
doença
crônicaque
requer além, de cuidados médicos, educaçãodo
paciente e de sua família para prevenir complicações» agudas- da-
doença
e para reduzir o risco de complicações crônicas4.Entretanto, a terapia,
mesmo
sendo restritiva,não
deve reduzir demais a qualidade de vidado
paciente3.
São
objetivosdo
tratamento:- Aliviar os sintomas;
- Prevenir complicações agudas e crônicas; - Reduzir a morbimortalidade;
- Tratar doenças associadasms.
Quadro
3:Metas.
para
o
controle._ i
Manter
AlterarGlicemia
jejum
80-120
pós-prandial120-160
'Hb glicosilada<100%
Glicosúria
O
Colesterol Total
<200
HDL
>40
Í Triglicerideos<150
Indice
de
massa
corporal
20-25
Pressão
arterial diastólicaS90
sistólica5140
Ajustar3140
5180
s120%
<5
<250
>z35<200
S27
595
5160
>14O
>180
>120%
>5
.2250
<35
2200
.>27
>95
>16O
ll
5.2. ' '
Dieta
Uma
nutrição balanceada éum
elemento fundamentalna
terapia4.No
entanto, maisda
metade
dos pacientes diabéticos-não
seguem
a- dieta prescrita3.Gerahnente
o
planejamento alimentar inclui baixa quantidade de gorduras, especialmente assaturadas, mais carboidratos e fibras,
com
o
objetivo de atingirou
manter os níveis- lipídicosdesejados. Respeitar a quantidade, o tipo de alimentos e os horários
de
refeição são fiindamentais para0
controle glicêmico”.Devem
ser fomecidas calorias adequadas para alcançarum
peso satisfatório, todavia, estenão
pode
sero
peso ideal, pois, deve-se considerarque
reduções ponderais,mesmo
que
pequenas,
em
individuos obesospodem
produzir melhora significativana
glicemias.A
'quantidade de calorias diárias deve ser baseada nos- hábitos alimentaresdo
pacientediabético e avaliar as necessidades individuais (perder, manter
ou
ganhar peso).Os
carboidratosdevem
estar entre50
a60%
do
total calórico,dando
preferência aos carboidratoscomplexos
(amido) e rico
em
fibras4'5.As
proteínas-devem
estar entre 10- a20%
do
total calórico diário e as gorduras entre30
a35%
do
total calórico, sendorecomendado
principalmente a ingestão de gorduras insaturadass,As
refeiçõesdevem
serbem
distribuídas ao longodo
dia,devendo
totalizar 5ou
6 erespeitando-
sempre
as proporções já indicadas3°4'5.5.3.-
Tratamento
medicamentoso:
As
drogas hipoglicemiantesdevem
ser usadas apenasquando o
tratamento nutricional e osexercícios fisicos- prescritos falharam após dois
ou
trêsmeses
sem
obter sucessono
controleda
12
5.3.1.
Sulfonilurêias:
As
sulfoniluréiascontinuam
sendo o grupo de hipoglicemiantes orais maiscomumente
prescritos para
o
tratamentoda
hiperglicemiano
diabetes tipo 25. Constituem-se no-medicamento
de
primeira escolha para tratamento de pacientesdo
tipo2 não
obesos3.As
principais sulfoniluréias- disponíveisno
mercado
brasileiro são:- Clorpropamida;
- Gliclazida;
- Glibenclamida; -
Gupizida”.
As
sulfoniuréiasde
ação prolongada não sãorecomendadas
para pacientescom
mais de60
anosdevido
ao
maior risco de hipoglicemias.Além
desse inconveniente, as sulfoniluréiasperdem
seuefeito terapêutico
com
a evoluçãoda
doença3.5.3.2..
Biguanidas:
As
biguanidasforam
introduzidasna
década de50
parao
tratamento de pacientes nãoinsulino
de
P
endentes›3'5z Atualmente, constituem-seno medicamento de
rimeira escolha i ara»
spacientes diabéticos obesos. Entre as biguanidas, apenas a metforminafé utilizada .
O
mecanismo
exatoda
açãoda
metforminapermanece
incerto3. Sabe-seque
ela-não
estimulaa ação
da
insulina etambém
reduz a gliconeogenese hepáticas.Devido
a sua alta concentraçãonos enterócitos após a administração oral,
há
um
aumento-na
formaçãode
lactato, o qualpode
auxiliar
na
reduçãoda
glicemia”. Por isso, não é indicada sua administração a indivíduospropensos a desenvolver lactacidemia (insuficiências renal, hepática, respiratória e
cardíaca,alcoolismo, presença de infecção e idade avançada)5.
Um
benefícioda
terapiacom
metformina é sua tendênciade
melhorar a hiperglicemiade
jejum
epós
prandial e a hipertrigliceridemiaem
pacientes diabéticos obesossem
oganho
de pesoque
ocorrequando
este é tratadocom
insulina-ou
sulfoniluréia3.Não
éuma
droga
indicada para tratardo
diabetes tipo 13'4.13
`
5.3.3.
Inibidores
da
Alfa-Gzlucosida-se:Esta
nova
classe de drogas orais está indicadano
tratamentodo
diabetes tipo 2como
monoterapia
ou
associada àsdemais
classess.A
acarbose`°e' o principal representante desta classede drogas”. Trata-se de
um
análogo oligossacarídicoque
se ligacom
uma
avidez cerca de1000
Vezes maior às dissacaridases intestinaisdo que
os produtos dadigestãodos
carboidratos3. Essa competição inibitivada
alfa-glicosidase limita oaumento da
glicemia pós-prandial e resultanuma
economia de
insulina pelo organismo3'4'5. Essa- competição é dose dependente e éreversível. Estima-se
que
a acarbose consegue reduzirde 30
a50%
da
glicemia pós-prandial3,5.3.4.»
Insulina'
A
insulina é indicada para todos os pacientescom
diabetes tipo 1; para pacientesdo
tipo2
por ocasião de cirurgias, gravidez, infecções graves, entre outras condições
de
estresse; para odiabetes gestacional
quando
apenas a dietanão
foi suficiente parao
controle razoávelda
glicemia; para pacientes-
com
falência primáriaou
secundária aos hipoglicemiantes orais3'4°5.Com
o adventoda
insulinahumana
em
preparações purificadas, a imunogenicidadetem
reduzido significativamente, sendo assim, a incidênciade
-complicações terapêuticascomo
aalergia à insulina, resistência
imune
à insulina e lipoatrofia localizadatêm
diminuídotambéms.
No
nosso meio, as preparações de insulina são altamente purificadas,em
particular as humanas'com
DNA
recombinante4.As
insulinasde
origem animal, por isso,tem
caídoem
desuso4'5.As
insulinas comercializadasno
Brasil são apresentadasna
concentraçãode
100 unidades pormililitro (100 U)4.
O
quadro a seguir apresenta as insulinas disponíveis, segundo a duraçãoda
ação por via. subcutâ.nea3'4.Quadro
4
Preparações de
insulina,Açao
máxima
(horas)
pDuraçao da
ação
ZTipo
Rápida
Regular
Semilenta
ntermedíária
NPH
Lenta
Longa Ação
Protamina
zinco Ultralenta2a4
2a6
6a12
6a12
14a24
18a24
6a8
10a12
18a24
18a24
36
36
Fonte: Cecil, Tratado de Medicina Intema pág. 442
O
início, pico e duraçãode
açãopodem
variarem
função de vários fatorescomo
o
localda
aplicação, atividade fisica e
a
presençade
anticorpos”.5.3.4.1.
Uso da
Insulina
no
Diabetes
Tipo
1:Os
pacientescom
diabetes tipo 1 necessitam,no mínimo,
de duas injeções diáriasde
insu1ina3 .
A
dose necessária variade
0,5 a 1,0/kg depeso
por dia, sendo 2/3da
dose diáriaaplicados pela
manhã
e 1/3 antesdo
jantar”.O
esquema de
duas doses é geralmente feitocom
insulina de ação intermediária(NPH
ou
lenta), entretanto,
um
esquema
com
mistura das insulinas rápida e intermediáriaproduz
um
controle" melhor4”5 . _,
Algumas
semanas
apóso
diagnóstico,pode
ocorrero
fenômeno
chamado
de
luade
mel,que
ocorre por secreçãodo
restantede
insulina possível de ser produzido pelo pâncreas ate' terminardefinitivamente a capacidade
da
célulaB
secretar insulina, durante esse período, a glicemiapode
ser controladasem
a necessidadeda
aplicação -de insulina óu, então,com uma
dosemenor”.
Essefenômeno pode
durar mais deum
ano e, caso ocorra, a dosede
insulinadeve
ser reduzidas.15
5.3.4.2.
Uso
da
Insulina
no
Diabetes
Tipo
2:Quando
a dieta, a atividade fisica e a administração de hipoglicemiantes orais não é suficiente para manter ar glicemia controladano
diabetes tipo 2, deve-se então iniciar o usoda
insulina4. Estatambém
deve
ser administradano
mínimo
duas vezes ao dia,do
mesmo modo
que
no
diabetes tipo 1,quando
a dose ultrapassar30
Ul
ao dia4.Pacientes
com
diabetesdo
tipo 2com
diagnóstico de vários danosda doença
ecom
hiperglicemia acentuada
podem
apresentar resistência insulínica, necessitandode
doses maioresde insulina para o controle
da
glicemia”.Em
pacientes idosos,a
utilizaçãoda
insulinadeve
ser iniciadacom
cautela após doismeses
na
ocorrênciade
falhado
tratamento dietético eda
administração de hipoglicemiantes oraisem
doses» plenass.5.3.5.
Terapêutica
Combinada:
- Sulfoniluréia e Biguanida: a
combinação
destes doismedicamentos
é indicada para aquelespacientes
'com
diabetesdo
tipo2
que utilizam altas dosesde
sulfoniluréia, mas- não obteve controle glicêmico4.- Sulfoniluréia e Insulina: a
combinação
dos dois é indicada para diabéticosdo
tipo2 que
apresentam falência secundária às sulfoniluréias3*4.
Tem
como
vantagens a melhora dos níveis glicêmicos com- baixas- doses de insulina e,além
disso, o pacientepode
voltar a apresentar resposta à .sulfoniluréia isolada apósalgum
tempo
sob controle glicêmico adequado3. Entretanto,para ser eficaz,
o
paciente deve possuir função residual das célulasB”.
.- Associação
de
Acarbose: a acarbosepode
ser associada a qualquerum
dosesquemas de
ló
6.
Comp
li_ca_çõe_§ A_gud,g_s.do
l_)iab_etes:.São
duas as principais complicaçõesda
hiperglicemiano
diabetes, a cetoacidose e a síndrome hiperosmolar não cetótica4*5 . _A
cetoacidose caracteriza-se por hiperglicemia, acidose(pH
<7,2,HCO3
<1 5mEq/l) e concentrações elevadas-de
corpos cetônicoss.É
uma
condição secundária a deficiência deinsulina e é bastante fieqüente nos pacientes
com
diabetes tipo 145. 'A
síndrome hiperosmolarnão
cetótica caracteriza-se por desidratação¡ hipovolemia e sintomas cerebraiss. Ocorre devido auma
hiplerglicemiaextremamente
elevada (600 a 2000mg/dl),sem
no
entanto ocorrer cetose. Esse distúrbio- ocorre principalmente em- pacientescom
aiabeúzsúpo21”,
7.
Complicações
Crônicas
_‹_l_olliglietgs:
As
complicações crônicasdo
diabetespodem
ser subdivididasem
três categorias principais3.A
doença
microvascular, microangiopatia diabética,que
afetapequenos
vasos- sangüíneos ese manifesta clinicamente por patologia ocular (retinopatia diabética) e renal (nefrofapatia
diabética), as- quais-
podem
evoluir para a cegueira e a insuficiência renal, respectivamentes.A
doença
macrovascular,que
atinge grandes vasos, manifestando-se clinicamente porcoronáriopatia (isquemia miocárdica),
doença
cerebral (isquemia cerebral) e doença- vascularperiférica devidos à aterosclerose3°5.
A
neuropatia diabética, a qualpode
afetar nervos sensitivos-, motores, cranianos- eautônomoss.
V
Além
disso, o~ diabético é bastante susceptívelao
desenvolvimentode
úlcerasno pé
(pédiabético),
bem como
a alguns tipos de lesões cutâneas (necrobiose lipóide diabética ez 17
As
Plantas
Medi_cin.ais
e
o
_Diabetes
1.
Noções
gerais;
Entende-se por planta medicinal qualquer vegetal produtor de drogas
ou
de substânciasó
bioativas- utilizadas 'direta
ou
indiretamentecomo
medicamento.
Entretanto, para algunsestudiosos, plantas medicinais são apenas aquelas plantas
com
efeito terapêutico cientificamentecomprovadol'2'6.
Um
bom
número
de
plantas brasileiras são comercializadas devido às suas supostas propriedadesterapêuticas,
mas
a
maioria delas não-tem
sequeruma
monografia
atestando sua identificaçãoadequada6'7./ Recentemente, considerando a situação' crítica
em
que
se encontra essemercado no
Brasil,
a
Secretariade
Vigilância Sanitáriado
Ministérioda Saúde
publicouuma
portaria (port.123, de 19/04/94), estabelecendo
normas
parao
registro de fitoterápicosem
todo o pais epadronizando os conceitos de produto fitoterápico, droga vegetal, entre 'outros-6. Essa portaria
define
alguns termosque dão
uma
visão maisampla
a respeitoda
complexidadeda
fitoterapia6'7.Eis»
algumas
definições:'
l\Produto fitoterápico: “é todo
medicamento
manufaturado obtido exclusivamente de matérias- primas ativas vegetais,com
a finalidade de interagircom
meios- biológicos, afim
dediagnosticar, suprimir, reduzir
ou
prevenir estados e manifestações patológicas,com
o
benefíciopara o usuário”.
É
caracterizado pelo conhecimentoda
eficácia e dos- riscos- de seu uso, assimcomo
pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade; é o produto fmal acabado,embalado
e rotulado.” (Ministério
da
Saúde
1994)”
j
-
Matéria-prima
vggetal: “droga de origem vegetalou
preparação fitoterápica,empregadana
fabricação de fitoterápicos.” (Ministério
da
Saúde, l994)6-
Droga
vegetal: “é toda plantaou
suas partes, fiescasou
que
após sofrer processo de coleta econservação,
possuam
propriedadesque
possibilitem seu usocomo
medicamentor”
(Ministérioda
saúde, 1994)“ l18
- Princípio ativo: “substância
ou
grupo delas, quimicamente caracterizadas, cujo efeitoterapêutico é conhecido- e responsável, total
ou
parcialmente, pelas ações farmacológicasda
planta medicinal.” (Ministério
da Saúde
l994)62-
A
fitoterapia
no
Mundo:
Estima-se
que
existamaproximadamente
300mila750
mil vegetais superiores e destes cercade
10%
são utilizadosna
medicina tradicional segundo Farnsworth (l984)2.Muitos
países,dentre eles
o
Brasil,possuem
centros de pesquisa envolvidosno
estudo destas plantascom
oobjetivo
de
isolar seus principios- ativos7*8\Outros paises,como
o
Vietnam onde
80%
dos
medicamentos
originam-se de plantas,têm
sua medicina baseadana
utilização das plantasmedicinais2°6°8.
3-
Nomenclatura
.:\Grande
número
de espécies de vegetais receberam omesmo nome
popular, por semelhançacom
outras espécies7.Algumas
vezes,numa
mesma
região, descobriu-se igual uso empírico paraplantas distintas,
como,
por exemplo, a erva-cidreira (Aloysía tríphylla), o capim-limão(Cymbopogon
citratus) e a melissa usadoscomo
tranqüilizantes-, todas conhecidas popularmentecomo
erva-cidreira2'8. ,`
Várias outras espécies
de
plantaspossuem
muitosnomes
populares,conforme
a região_e acultura local,
o que
proporcionaenorme
dificuldadem.Estes
problemas geraram
uma
necessidade de uniformizaçãoda
nomenclatura das plantas,desenvolveu-se, então,
um
sistema baseadoem
um
binômio latino, segundo regrasinternacionais, sendo
formado
por dois-nomes
correspondentes ao gênero e a espécie, nessaordem2'6'7'8.
j
-
Naqueles casos-
onde
uma
planta recebeu mais deum
nome,
as normas» internacionaisestabeleceram prioridade para o
nome
mais antigo,sem
desprezar os demaisó. Por isso,algumas
19
4-
Coleta
da
Planta
:Aspectos
como
tipo de solo, a altitude, a luminosidade, aumidade
e a idadeda
planta interferemna
concentraçãode
determinados princípio-s ativos, existentes nas plantas- e, devido aisto, cuidados
com
o
local de cultivoda
planta ecom
a época de coletada
mesma
sãoimportantesó. Estes cuidados variam
conforme o
tipo de planta6°7°8.5-
Preparações:
Os
cháspodem
resultar portanto de extrações diversascomo
decocção, infusão, digestão emaceraçã_ol'2*6.
A
decocção é o processo de obtenção da droga por cozimentocom
água
durante certoperíodo
de
tempoz,A
extração ocorrequando a água
atingeo
seu ponto de ebulição”.Algumas
farmacopéias, incluindo a brasileira,
especificam
sua preparação a5%,
ou
seja, 5g_da
planta paracada
100ml de
águaõ. Entretanto, este processonão
érecomendado
para extraçãode
substanciasvoláteis e termolábeis2'7. ‹
A
infusão éum
processono
qual aágua
-em ebulição é colocadaem
contatocom
a planta,permanecendo
a misturaem
contato poralgum
tempo,acabado
este, .o chá é filtradom.A
digestão consisteem
misturar partesdo
vegetal» aum
solvente (água,no
casodo
chá) em-uma
temperatura superior ado
ambiente,mas
inferior ao seu ponto de ebuliçãoz.A
maceração
consistena
dissolução a fiiona
qual se deixa a planta e o solventeem
contato poralgum
tempo,na
temperatura ambientel'2*6”7.O
extrato consistena
preparação obtida atravésde
um
dissolvente apropriado, seguidoda
20
6-
Plantas
-brasileiras
usadas
no
tratamento
do
diabetes:
No
Brasil existem muitas plantas utilizadascom
o
objetivode
controlaro
diabetes, todavia,para a maioria, não existem registros quanto a posologia a ser empregada,
o mecanismo de
açãoe existência
ou
não de efeitos adversos”.Apenas
são citados oemprego
de determinadas plantasem
algumas- regiões-do
país eno
exterior, sem, às vezes,informarem
sequera
metodologiautilizada para coleta dos dados"°.
No
quadro 5 são apresentadasalgumas
plantas referidasno
Brasil
como
úteis-no
tratamentodo
diabetes- e em- negrito- estão destacadas as-mais
comuns
e/ousobre as quais existem
mais
estudos científicosz. -A
pata~de-vaca é Luna das plantas mais- usadas pela população, tendo alguns estudoscomprovando o
seu efeito hipoglicemiante, o mais recente deles realizado por Caricati-Netoem
19851'2'6'7. Coimbra-Teixeira et al. (1992) realizaram
um
estudo 'com pacientes diabéticosprocedentes de hospitais filiados à Universidade Federal
do
RioGrande do
Sul para identificar asplantas- mais usadas- e constataram
que
o-jambolão foio
mais- utilizado2.[O usode
uma
ou
deoutra planta de
uma
região -para outra é bastante variável, tendocomo
maior fator determinantedisto a disponibilidade
ou
a facilidadeem
se obter a planta ea
cultura popular destaou
daquelaregião”. Tal fato
também
ocorreem
secomparando
as plantas utilizadas por países distintos,sejam eles pertencentes- a
um
mesmo
continente,ou
seja, próximos- geograficamente,ou
pertencentes a dois continentes diferenteszm.
¡
Quadro
5-Plantas
antidiabéticas.usadas
no
Brasilabageru
V erva-de-são-joão - ul agr3ffi‹›¢\J@1»» alcaçuz alho barbatimão erva-pombinha
estévia eucalipto galega bardana' gerânio briônica-branca café cajueiro ginseng graviola ipecacuanha-brancacambucá
jaborandi canafistulajambo
zafzboia`
jambolâo
carque jajambo-vermelho
cebola centáurea jucá (pau-ferro) jucareúba centeiodamiana
dente-de-leão \\ nogueira \l pata-de-vaca pau-d°arco pau-tenentepedra-hu
quixaba
romã
sacaca saião sálvia ' soja Sucupiraembaúba
urtiga valerianame-caá
linho vara-de-ouro melão-de-são-caetano vassourinha mirtílo vinca-rosa3
-
OBJETIVO
Este estudo
tem
por objetivos identificar dentro dos cinco grupos de diabéticos pesquisados qual a parcelade
pacientes usuários dos chás fitoterápicos, Entre estes pacientes, pretende-sedescrever
um
perfil dosmesmos
quanto a sexo, faixa etária, tratamentoque
realizam para ocontrole
do
diabetese,também,
quanto a questões relacionadas à utilização dos chás..Através destes dados, pretende-se obter
um
maior conhecimento a respeito desses pacientespara,
no
futuro, termos- respaldo científico suficiente para indicarou
não chás fitoterápicos aos4
-
MÉToDo
~
Trata-se de
um
estudo transversal, de caráter descritivo, realizado entre osmeses de
novembro
edezembro
de2001 nos
Centros deSaúde da
Lagoa
da
Conceição, Rio Tavares,Costeira
do
Pirajubaé,Agronômica,
vinculados à prefeitura municipal de Florianópolis, eno
Hospital Universitário
de
Florianópolis.Os
critérios de inclusão foram:1. Pacientes
com
diagnósticode
diabetes- mellitus de acordocom
a
ABD
(AssociaçãoBrasileira de Diabetes); -
2. Pacientes participantes
do
grupode
diabéticos- dos respectivos- Centrosde Saúde
edo
HU.
Foram
incluidosno
estudo97
pacientes-, sendo37
homens
e60
mulheres-. Destes29
pertencem aoGrupo
de diabéticosdo
Centro de.Saúde da Lagoa da
Conceição, 8 ao grupo de diabéticosdo
Rio Tavares, ll ao grupode
diabéticos-da
Costeirado
Pirajubaé, 8 ao grupode
diabéticosda
.Agronômica e 41 ao grupo de diabéticosdo
Hospital Universitário.Como
instrumento- de pesquisa, utilizou-se questionário aplicado a cada' paciente,individualmente, após seu consentimento informado, sendo este preenchido pelo pequisador.
No
Grupo
'de diabéticosda
Lagoa da
Conceiçãoo
questionário foi aplicadono
salãoda
Sociedade
Amigos
da
Lagoa
(SAL),no Grupo
de diabéticosdo
Rio Tavares foi aplicadoem
sala
anexa ao
Centro de Saúde,no Grupo de
diabéticosda
Costeirado
Pirajubae' foi aplicadono
salão paroquial
da
.igreja católica dessa comunidade,no
Grupo
de diabéticosda
Agronômica
foiaplicado
em
salaanexa
ao Centro deSaúde
eno
Grupo de
diabéticos-do
Hospital Universitáriofoi aplicado
em
consultóriosdo
referido hospital.Os
questionárioseram
aplicadosem
diasde
reuniãodo
grupo de diabéticosdos
respectivos Centros- deSaúde
edo
HU.
Os
questionáriospossuíam
perguntas gerais relativas' ao sexo, idade, grupo de diabéticos a24
dependente). .Após isso, respondiam questões especificas ao tratamento
do
diabetes e ao uso dechás fitoterápicos:
l.
Qual
amedicação
utilizada; 2.Faz a
dieta prescrita;3. Utiliza
algum
chá fitoterápico para o controledo
diabetes;3.1
Qual
ou
quais o(s) chá(s); 3.2Quem
indicou;Í
3.3
Há
quanto tempo» usa; 3.4Se
obteve melhora;3.5
Em
qualou
quais horário(s) utilizao
chá; 3.6Com
que fieqüência
utiliza o chá;3.7
Se
indicou paraalguém
o
usodo
chá;n
3.8
Se
sentiualgum
efeito colateral;4.
Se
compreende
o- tratamentodo
diabetes.A
pesquisa não levaem
consideração os níveis de controle glicêmico obtidos pelospacientes-,
o
modo- de preparodo
chá (decocção-, infusão, etc), a parte da- planta utilizada (fruto,5
-
RESUL'AI/ÍADOS
A
distribuição dos pacientesmostrou que
61,9%
(60) dos fieqüentadores das reuniões dosgrupos
de
diabéticoseram
mulheres (Tab. 1).Tabela
1- distribuiçãodos
pacientes
por
sexo.SEXO
Homens
20
48,8
3
37,5
9
312
25
3
27,3
37 38,1%
Mulheres
21 51,2
5 62,5
20 69
6 75
8
72,7
60 61,9%
Total
41
8
1197
100%
Fonte: Florianópolis 2001HU
RT
LC
AG
CO
n
‹°/»› zz‹%›
n
‹°/››n
‹%›
n
‹%›
n
‹%›
29
8
Este estudo abrangeu pacientes
com
idadesminima
de
14 anos emáxima
de 87
anos.A
média
de idade foi de54
anos,a mediana
foi de S5 anos ea
moda
de 61 anos.A
faixa etária mais.
"¬
fieqüente
foi ade 60
a70
anos (24,74%) e78,4%
tinham idade superior a4_0 âi_1os.A
figura
1demonstra essa distribuição.
' _
25-
20-
15-
10-
5.
0.
. . . . . .<40
40-50 50-60 60-70 70-80
>80
Figura
1- distribuiçãopor
faixa etáriados
pacientes
dos
cinco
grupos
de
diabéticos26
No
grupo de diabéticosda
Agronômica
75%
dos pacientes (6) estavamna
faixa etáriaacima
dos
40
anos,no
grupodo
Rio Tavares87,5%
dos pacientes (7) estavam nessafiixa
etária,no
grupo
da
Costeira81,82%
(9),no
grupoda
Lagoa
100%
dos pacientes (29) eno
grupodo
HU
afaixa etária
acima de
40
anos representava63,4%
(26).Com
relaçãoao
tipode
diabetes,18,56%
(18)portavam
o
diabetesdo
Tipo 1 e81,44%
(79)portavam o
diabetesdo
Tipo 2 (Fig. 2).No
grupodo
Rio Tavares25%
(2)portavam
o
Tipo 1,no
grupo
da
Costeira18,18%
(2)portavam
o Tipo 1,no
grupoda
Lagoa
só havia pacientesdo
Tipo 2,no
grupoda Agronômica 12,5%
(1)portavam o
tipo 1 eno
grupodo
HU
29,27%
(12)portavam o
tipo 1.21%
ITipo1
ITipo2
79%
Figura
2- Distribuição
dos
pacientes
dos
5
grupos
de
diabéticospor
tipode
diabetes.
Com
relação à terapêutica tradicional para0
diabetes, os pacientes distribuíam-seem
usuários de hipoglicemiante oral apenas e correspondiam
a
4,12%
(4)do
total; àquelesque
associavam hipoglicemiante oral e dieta correspondiam a
37,11%
(36); associaçãode
hipoglicemiante oral, insulina e dieta correspondiam a14,43%
(14); utilizavam insulina apenas correspondiam a4,12%
(4); os usuáriosda
associação entre insulina e dieta correspondiam a36,08%
(35); dieta apenas correspondiam a1,03%
(1) e os pacientesque
não fiiziamnenhum
27
Tabela
2-Distribuição
dos
pacientes
dos
cinco
grupos quanto
à
terapêuticaconvencional.
AG
LC
RT
CO
HU TOTAL
Tratamento
n
(%)
n (%)
n
(%)
n (%) n (%) n (%)
HO
- 3 10,3 1 12,5 - -4
4,1HO+
DIETA
6
75,0 12 41,4
4
50,0
4
36,4 10
24,4
36
37,1HO+DIETA+IN
-5
17,2 1 12,5 1 9,17
17,114
14,4 IN 1 12,5 - - -3
7,34
4,1|N+DIETA
1 12,55
17,22 25,0
6
54,5 21 51,2
35
36,1DIETA
-2
6,9 - - - 1 1,0NENHUM
-2
6,9 - - -3
3,0 Fonte: Florianópolis 2001No
que se refere à realizaçãoou
não pelos pacientes de dieta prescrita pormédico ou
nutricionista, a maioria,
91,57%
dos pacientes (89) relataramque
cumpriam
parcialou
integralmente a dieta que lhes era prescrita, enquanto apenas 8 pacientes (8,43%) relataram
que
não faziam dieta (Fig. 3).100,/
N"
-
Fazem
dieta
Não
fazem
Figura
3-Distribuição
dos
pacientes
quanto
à
dietaem
número
absoluto.Com
relação à utilização dos chás dentro dos 5 grupos pesquisados,70,3%
dos pacientesdo
sexo masculino (26) e80%
das pacientesdo
sexo feminino relataramque
consumiam
algum
tipode chá
com
o objetivo de controlar a diabetes. Adicionando-se os dois sexos,76,28%
dos pacientes utilizam os chás (Fig.4).Nos
grupos de diabéticos, oque
apresentou maior percentual28
de usuários foi
o da
Costeiracom
90,9%
dos pacientes entrevistados relatando a utilização e o grupocom
menor
percentual de uso foio
gmpo
da
Lagoa
com
62%
de usuários.No
grupodo
Rio Tavares87,5%
dos pacientes utilizavam,no
grupoda
Agronômica
87,5%
eno
HU
78,5%.I
Usam
I
Não
usam
Homens
MulheresFigura
4- Distribuição
dos
pacientes
dos
cinco
grupos quanto à
utilizaçãodos chás
em
número
absoluto.No
que
diz respeito à utilização dos chás associadoscom
a medicação convencional para ocontrole
do
diabetes, a associaçãomais
fieqüente foi entreo
hipoglicemiante oral e os cháscom
39,2%
(29) dos pacientes, seguida pela associação entre insulina e chácom
37,8%
(28) dospacientes e pela associação dos três, insulina, hipoglicemiante oral e chá,
com
18,9%
dospacientes.
O
uso isolado dos chás parao
tratamentodo
diabetes foi relatado por apenas 229
Tabela
3-Associação
entrea
terapêuticamedicamentosa
tradicionale a
utilizaçãodos chás
nos
cinco
grupos
de
diabéticos.AG
LC
CO
RT
HU
TOTAL
Associação
n (%)
n (%)
n (%)
n (%)
n (%)
n (%)
cHÁ+|N
2 26,6
3
16,75 5o,o
2 26,6 16
56,226
37,6
CHÁ+ IN+HO
-4
22,2
1 10,0 1 14,37
21,9
15 20,3
CHÁ+HO
5 71,4
9 50,0
4
40,0
4
57,17 21,9
29
39,2NENHUMA
-2
11,1 - - -2
2,7 Fonte: Florianópolis 2001No
que
se refere à melhora obtidacom
o uso dos chás relatadas pelos pacientesentrevistados, grande parte,
47,3%
dos pacientes questionados (35) referiram melhorano
controle
do
diabetes.Dos
restantes,24,3%
(18) relataram que até aquelemomento
nãohaviam
obtido
nenhuma
melhora e28,4%
(21) dos usuários não sabiam afirmar se estavamou
nãoobtendo
alguma
melhoracom
a utilizaçãodo
chá. Dentro dos grupos, o efeitodo
chá secomportou da
seguinte maneira: naAgronômica
85,7%
(6) dos pacientes relataram melhora, naCosteira a melhora foi referida por
40%
(4) dos pacientes, naLagoa
por44,4%
(8) dos pacientes,no
Rio Tavares a melhora foi relatada por85,7%
(6) dos pacientes eno
HU
a melhora foirelatada por
37,5%
(12) dos pacientes.Ver
Tabela 4.Tabela
4-Melhora
obtida
com
a
utilizaçãodos chás
referidapelos pacientes
dos
cinco
grupos de
diabéticos.AG
CO
LC
RT
HU
TOTAL
Melhora
comochá
n
(%)
n (%)
n (%)
n
(%)
n (%)
n (%)
SIM
6
85,7
4
40,0 8 44,4
6
85,7 12 37,5
35
47,3
NÃO
-2 20,0
6
33,4
-10 31,2 18 24,3
NÃO
SABE
1 14,34
40,0
4
22,2
1 14,310 31,2 21 28,4
Fonte: Florianópolis 200130
No
que se refere aquem
indicou a utilização dos chás por parte dos pacientes, as respostas sesubdividiram
em
quatro grupos, o grupo cuja utilização foi indicada poralgum
familiar, o grupocuja indicação deve-se a outro paciente diabético,
o
grupo cuja indicação deve-se a informaçõesadquiridas através dos
meios
decomunicação
(jornais, revistas, televisão, rádio, etc) e, porúltimo, o grupo cuja indicação deve-se a qualquer
membro
da
equipe de saúde.Os
pacientes dos cinco gruposdevem
a maioria das indicações a outros pacientes diabéticoscom
44,6%
(33),25,7%
(19) relataramque
utilizam o chá devido à indicaçãoda
equipe de saúde,23%
(17) são usuários dos chás devido à indicação de familiares,6,8%
(5) são usuários devido àinformação adquirida nos
meios
decomunicação
(Tab. 5)Nos
grupos, individualmente, a distribuição foi a seguinte: naAgronômica
42,9%
(3)relataram
que
utilizam os chás por indicação de outro paciente diabético, naLagoa
44,4%
(8)utilizam por indicação de outro paciente diabético,
no
Rio Tavares esse grupo corresponde a42,9%
(3) dos pacientes,na
Costeira corresponde a50%
(5) dos pacientes eno
HU
correspondea
43,8%
(14) dos pacientes.Tabela
5-Indicação
da
utilizaçãodos chás nos
cinco
grupos
de
diabéticos.LC
RT
C0
HU
TOTAL
n
(%)
AG
Indicação
n (%)
n (%)
n (%)
n
(%)
n (%)
Família2 28,6
1 5,6 1 14,22 20,0
1134,4 17
22,0
Outro
diabético3 42,9
8 44,4
3 42,8
5 50,0
14 43,8
33
44,6
Meios
de
comunicação
-3
16,7 - ~2
6,25
6,8Equipe
de
saúde
2 28,6
6 33,3
3 42,8
3 30,0
5
15,619 25,6
Fonte: Florianópolis 2001Em
se tratandodo
tipo de chás utilizados,ou
seja, as plantas utilizadas, naAgronômica
ospacientes relataram o uso de l2 plantas diferentes, sendo a pata-de-vaca utilizada por
20%
dospacientes a planta
com
uso mais fieqüente e57%
dos pacientes faziam uso de mais deuma
planta, de 2 a