Colégio Anhanguera – Educando gerações
Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:
É fundamental a apresentação de uma lista legível, limpa e organizada. Rasuras podem invalidar a lista.
Questões discursivas deverão ser respondidas na própria lista.
Não há necessidade de folhas em anexo, todas as respostas serão exclusivamente na lista.
O não atendimento a algum desses itens faculta ao professor o direito de desconsiderar a lista.
Capítulo(s) do livro trabalhado (s): capítulo 19 – págs. 328 a 340.
Conteúdo: Parnasianismo
Data de apresentação da lista ao professor: 25/02/2021
Data de entrega e prova: 26 /02 /2021.
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01. (UFG ) Leia o soneto abaixo:
XXXI
Longe de ti, se escuto, porventura, Teu nome, que uma boca indiferente Entre outros nomes de mulher murmura, Sobe-me o pranto aos olhos, de repente...
Tal aquele, que, mísero, a tortura Sofre de amargo exílio, e tristemente A linguagem natal, maviosa e pura, Ouve falada por estranha gente...
Porque teu nome é para mim o nome De uma pátria distante e idolatrada, Cuja saudade ardente me consome:
E ouvi-lo é ver a eterna primavera E a eterna luz da terra abençoada, Onde, entre flores, teu amor me espera.
Lista de exercícios – P1 – 1º Bimestre Aluno (a): __________________________________
Turma: 3º ano (Ensino Médio) Professor: Daniel Disciplina: Literatura
Valor: 1,0 No Anhanguera você é + Enem
Colégio Anhanguera – Educando gerações
BILAC, Olavo. Melhores poemas. Seleção de Marisa Lajolo. São Paulo:
Global, 2003. p. 54. (Coleção Melhores poemas).
Olavo Bilac, mais conhecido como poeta parnasiano, expressa traços românticos em sua obra. No soneto apresentado observa-se o seguinte traço romântico:
(A) objetividade do eu lírico.
(B) predominância de descrição.
(C) utilização de universo mitológico.
(D) erudição do vocabulário.
(E) idealização do tema amoroso
02. (FUVEST -SP) Leia com atenção e responda às questões que seguem:
" Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima, como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina, Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina Sem um defeito. "
( Olavo Bilac - Profissão de fé )
Nos versos acima, a atividade poética é comparada ao lavor do ourives porque, para o autor:
a) a poesia é preciosa como um rubi.
b) o poeta é um burilador.
c) na poesia não pode faltar a rima.
d) o poeta não se assemelha a um artesão.
e) o poeta emprega palavras valiosas.
03. Pode-se inferir do texto que, para Olavo Bilac, o ideal da forma literária é:
a) a libertação b) a métrica c) a estrofação
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d) a rima e) a perfeição 04.
"Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos; brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia."
A poesia que se concentra na reprodução de objetos decorativos, como exemplifica a estrofe de Alberto de Oliveira, assinala a tônica da:
a) espiritualização da vida b) visão do real
c) arte pela arte d) moral das coisas e) nota do intimismo 05.
"Se se pudesse, o espírito que chora, Ver através da máscara da face;
Quanta gente, talvez que inveja agora Nos causa, então piedade nos causasse!"
(Raimundo Correia - Mal secreto)
Assinale a alternativa correta que exprime a oposição fundamental desse texto:
a) corpo versus espírito
b) gente feliz versus gente infeliz c) piedade versus falsidade
d) essência do ser versus aparência e) dor versus falsidade
06. Assinale a alternativa que não se aplica à estética parnasiana:
a) predomínio da forma sobre o conteúdo b) tentativa de superar o sentimento romântico c) constante presença da temática da morte
d) correta linguagem, fundamentada nos princípios dos clássicos e) predileção pelos gêneros fixos, valorizando o soneto
Leia com atenção o seguinte soneto, de Olavo Bilac:
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Inania Verba
Ah! quem há de exprimir, alma impotente e escrava, O que a boca não diz, o que a mão não escreve?
― Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve, Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...
O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava:
A Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada abafa a Ideia leve, Que, perfume e clarão, refulgia e voava.
Quem o molde achará para a expressão de tudo?
Ai! quem há de dizer as ânsias infinitas
Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta?
E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo?
E as palavras de fé que nunca foram ditas?
E as confissões de amor que morrem na garganta?
Inania verba – expressão latina que significa “palavras frívolas, ocas, vazias”.
07. Qual é a dificuldade enfrentada pelo eu lírico, nesse poema?
08. De que maneira o significado do título resume o tema desenvolvido no texto?
09. Esse poema pertence ao Parnasianismo. Que elementos formais permitem essa classificação?
10. Marque a afirmativa correta:
a) O Parnasianismo caracterizou-se, no Brasil, pela busca da perfeição formal na poesia.
b) O Parnasianismo determinou o surgimento de obras de tom marcadamente coloquial.
c) O Parnasianismo, por seus poetas, preconizava o uso do verso livre.
d) O Parnasianismo brasileiro deu ênfase ao experimentalismo formal.
e) O Parnasianismo foi o responsável pela afirmação de uma poesia de caráter sugestivo e musical.
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11. Não caracteriza a estética parnasiana:
a) A oposição aos românticos e distanciamento das preocupações sociais dos realistas.
b) A objetividade, advinda do espírito cientificista, e o culto da forma.
c) A obsessão pelo adorno e contenção lírica.
d) A perfeição formal na rima, no ritmo, no metro e volta aos motivos clássicos.
e) A exaltação do “eu” e fuga da realidade presente.
12. Leia os versos:
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Esta, de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhantes copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia.
Então e, ora repleta ora esvaziada, A taça amiga aos dedos seus tinia Todas de roxas pétalas colmada.
Alberto de Oliveira
Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:
a) busca de inspiração na Grécia Clássica, com nostalgia e subjetivismo;
b) versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso;
c) revalorização das ideias iluministas e descrição do passado;
d) descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga;
e) vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.