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Satisfação com a vida e redes de relações sociais de idosos participantes de grupos de convivência

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Pró-Reitoria Acadêmica

Escola de Medicina

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia

SATISFAÇÃO COM A VIDA E REDES DE RELAÇÕES SOCIAIS

DE IDOSOS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA

Brasília - DF

2015

(2)

MAÍRA DE OLIVEIRA VALADARES

SATISFAÇÃO COM A VIDA E REDES DE RELAÇÕES SOCIAIS DE IDOSOS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Escola de Medicina da Universidade Católica de Brasília como requisito para obtenção do grau de mestre.

Orientadora: Professora Doutora Carmen Jansen de Cárdenas.

(3)

Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB V136s Valadares, Maíra de Oliveira.

Satisfação com a vida e redes de relações sociais de idosos participantes de grupos de convivência. / Maíra de Oliveira Valadares – 2015.

52 f.; 30 cm

Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2015. Orientação: Profa. Dra. Carmen Jansen de Cárdenas

1. Gerontologia. 2. Satisfação pessoal. 3. Apoio social. 4. Idoso. 5. Grupo social. I. Cárdenas, Carmen Jansen de, orient. II. Título.

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(5)

AGRADECIMENTOS

Um agradecimento primeiro e incondicional à minha mãe Esmeralda que, com seu carinho e dedicação, jamais mediu esforços para que mais esta etapa pudesse ser conquistada em minha vida.

À querida Professora Carmen, acolhedora e sempre prestativa, merecedora do título de Orientadora no sentido mais puro desta palavra.

Ao Professor Vicente Paulo Alves que apoiou minhas motivações neste Mestrado.

À Professora Marineia Crosara de Resende que despertou o meu desejo pelo estudo sobre o Envelhecimento Humano e, mesmo depois de alguns anos, aceitou o meu desafio.

À Professora Lucy Gomes Vianna pela acreditação em minhas capacidades. Aos queridos colegas de jornada Gisele Mendes, Lenice Carvalho, Doriane Gonçalves, Izamba Kapalu, Leônia Rodrigues e Jussara Rodrigues. O apoio e a cumplicidade de vocês foram fundamentais para a continuidade e conclusão deste Mestrado.

Ao Secretário Álisson Alves, à Secretária Erivana e à Bibliotecária Débora, pela paciência, presteza e cuidado.

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“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”.

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RESUMO

VALADARES, Maíra de Oliveira; CÁRDENAS, Carmen Jansen de. Satisfação com a vida e redes de relações sociais de idosos participantes de grupos de convivência. 52 f. Dissertação (Mestrado em Gerontologia). Universidade Católica de Brasília: Brasília, 2015.

Pesquisa quanti-qualitativa, exploratória e descritiva. Identificou-se o perfil sociodemográfico; analisou-se o motivo pelo qual o idoso ingressou e permaneceu no grupo; analisou-se a satisfação com a vida e as redes de relações sociais; buscou-se correlações entre satisfação com o envolvimento social e quantidade de familiares e amigos que se ode obter ajuda. Analisaram-se os resultados com o uso dos softwares R e Iramuteq. Participaram 121 pessoas idosas com frequência mínima no grupo de uma vez por semana. A maioria na faixa etária de 60 a 69 do sexo feminino com tempo de residência no Distrito Federal superior a 20 anos. Evidenciou-se que os idosos estão muito satisfeitos com a vida e não houve correlação entre satisfação com envolvimento social e estado civil, renda, idade e a rede de relações. Encontrou-se que a permanência no grupo relatada pelos participantes fundamenta-se em preservar a manutenção e o ganho dos laços afetivos. Evidencia-se a importância de aprofundar em pesquisas que permitam formulações e intervenções mais assertivas voltadas às relações entre o sistema familiar e os idosos.

(8)

ABSTRACT

VALADARES, Maíra de Oliveira; CÁRDENAS, Carmen Jansen de. Life satisfaction and social relations of elderly participants in social groups. 52 f. Thesis (Master in Gerontology). Universidade Católica de Brasília: Brasília, 2015.

Quantitative and qualitative exploratory and descriptive research. We identified the demographic profile; analyzed the reason the elderly entered and remained in the group; We analyzed the satisfaction with life and the networks of social relations; sought to correlations between satisfaction with social involvement and quantity of family and friends who ode help. The results are analyzed using the R software and Iramuteq. A total of 121 elderly with a minimum frequency in the group once a week. Most aged 60-69 female with residence time in the Federal District more than 20 years. It was evident that the elderly are very satisfied with life and there was no correlation between satisfaction with social engagement and marital status, income, age and relationship network. It was found that staying in the group reported by the participants is based on preserving and maintaining the gain of affective ties. Highlights the importance of delving into research to more assertive formulations and interventions geared to the relationship between the family system and the elderly.

(9)

LISTA DE SIGLAS

BES – Bem-estar subjetivo

BVS – Biblioteca Virtual em Saúde

CODEPLAN - Companhia de Planejamento do Distrito Federal CRAS – Centro de Referência em Assistência Social

DF – Distrito Federal EF – Ensino Fundamental

EFI – Ensino Fundamental Incompleto EMI – Ensino Médio Incompleto

GDF – Governo do Distrito Federal

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística LSNS – Lubbens Social Network Scale

PAIF – Serviço de Acompanhamento Integral à Família PSB – Proteção Social Básica

PSE – Proteção Social Especial RA – Região Administrativa

SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos SISC – Sistema de Informações do Serviço de Convivência SUAS – Sistema Único de Assistência Social

(10)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 7

2 MARCO TEÓRICO ... 9

2.1 GRUPOS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS ... 9

2.2 REDES DE RELAÇÕES SOCIAIS E SATISFAÇÃO COM A VIDA NA VELHICE ... 9

3 OBJETIVOS ... 12

4 ARTIGO ... 13

5 REFERÊNCIAS ... 32

6 APÊNDICE A – Ficha para levantamento de perfil sociodemográfico ... 37

7 APÊNDICE B – Questionário de motivos ... 41

8 ANEXO A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ... 42

9 ANEXO B – Escala de medida de satisfação com a vida ... 43

10 ANEXO C – Escala de redes de relações sociais de lubbens – LSNS-6 ... 44

11 ANEXO D – Parecer do comitê de ética em pesquisa ... 45

(11)

1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento populacional no Brasil, também chamado de onda idosa, tem projeções cada vez maiores. “São os baby boomers se transformando nos elderly boomers” (CAMARANO; KANSO, 2011, p.59). O envelhecimento humano

também é considerado um fenômeno mundial (FERNÁNDEZ-BALLESTEROS et al.

2013).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – (2013) anunciou que, no Brasil, esta população irá quadruplicar até 2060 representando 26,7% da população brasileira total que terá o mesmo número de pessoas em 2025. A Companhia de Planejamento do Distrito Federal – CODEPLAN – (DISTRITO FEDERAL, 2012) expõe que nesta unidade federativa (UF) em 2010 o percentual de idosos foi de 7,7% estimando-se que em 2030 os idosos representem 18,7% do total da população.

O IBGE estima que o Brasil será o sexto país do mundo com maior quantidade de idosos. O perfil do idoso brasileiro é marcado principalmente pela feminização, ou seja, a maior parte das pessoas idosas no Brasil é composta pelo sexo feminino (CERQUEIRA; RODRIGUES, 2005 e DE LIMA; BUENO, 2009).

A velhice é uma fase de vida que dura cerca de 30 anos e se constitui com um perfil heterogêneo sendo a população idosa o grupo que apresenta as taxas mais elevadas de crescimento. Há predominância de mulheres viúvas na freqüência da população idosa brasileira. Também a maioria dos idosos brasileiros são chefes de família e residem em imóvel próprio. A família é para a pessoa idosa a primeira instância de suporte social (BRASIL, 2005).

Na pesquisa de Luz et al. (2014) o perfil dos idosos se constituiu em sua maior parte de mulheres com baixa escolaridade com renda de até dois salários mínimos sendo decorrentes de aposentadoria ou pensão.

(12)

As redes de relações sociais são tidas como fator de influência na satisfação com a vida. Os idosos que mantêm redes de relacionamentos sociais apresentam maior grau de satisfação com a vida e consequentemente maior suporte social (RESENDE et al. 2006).

O envolvimento social é domínio da satisfação com a vida que, por sua vez, é indicador do bem-estar subjetivo (BES). A satisfação com a vida pode ser referenciada aos quatro domínios a saber: saúde, capacidade física, capacidade mental e envolvimento social (NERI, 2008).

Diante do exposto esta pesquisa se justifica pela necessidade de maior investigação na temática da satisfação com a vida na velhice, pois numa pesquisa nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo utilizando-se os termos integrados “satisfação vida idosos grupos convivência” apenas a BVS mostrou 5 produções das quais somente a pesquisa de Yassuda e Silva (2010) associa os grupos de convivência para idosos à satisfação com a vida.

(13)

2 MARCO TEÓRICO

2.1 GRUPOS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) faz parte do Serviço de Acompanhamento Integral à Família (PAIF) da Proteção Social Básica (PSB) executado pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). O SCFV para idosos desenvolve atividades contribuindo para o envelhecimento saudável, prevenindo situações de risco social, fortalecendo vínculos familiares e comunitários, desenvolvendo e fortalecendo a autonomia através de atividades de interação e convício social e grupal, culturais, esportivas, lazer e artísticas, valorizando a participação de seus integrantes no planejamento e escolha das atividades oferecidas (BRASIL, 2013).

No Distrito Federal o SCFV recebem usuários encaminhados pelo CRAS ao qual está referenciado em seu território, podendo ser executado de forma direta por unidades do Governo do Distrito Federal (GDF) ou na gestão indireta por entidades assistenciais sem fins lucrativos conveniadas à Secretaria Estadual gestora do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no território. A Secretaria gestora do SUAS no DF conta com 27 CRAS, sendo que 23 destes possuem SCFV e 18 prestam este serviço à população idosa. A referida secretaria possui 39 entidades assistenciais conveniadas, sendo que 5 executam este serviço para os idosos. As demais executam o SCFV para outras faixas etárias ou prestam serviço de acolhimento da Proteção Social Especial (PSE). Na execução direta tem-se 984 idosos e na execução pelas entidades conveniadas tem-se 970 idosos participantes dos grupos de convivência (DISTRITO FEDERAL, 2013).

Diante do exposto considera de fundamental importância a análise da satisfação com a vida de idosos participantes de grupos de convivência, identificando os fatores que promovem a inclusão e a permanência dos mesmos nestes grupos e a correção da satisfação com o envolvimento social e a rede de relações sociais.

(14)

A satisfação com a vida é um tema estudado na Gerontologia desde a segunda metade do século XX e é conhecido como um indicador do bem-estar subjetivo (BES). “O bem-estar subjetivo inclui medidas cognitivas e emocionais. Dentre as primeiras, a mais conhecida é a satisfação (global com a vida e/ ou referenciada a domínios selecionados) e entre as segundas, as medidas de estados emocionais (afetos positivos e negativos)” (NERI, 2008, p. 26).

Gomes (2014) indica correlação significativa para a alta satisfação com a vida entre as pessoas idosas casadas, sendo esta esfera do BES baixa nos idosos solteiros. O casamento é uma variável sociodemográfica preditora do BES, consideração feita também por Diener, Suh e Oishi (1997). Gomes (2014, p. 36) levanta a hipótese de que “esse fato parece ser justificado a partir do momento em que esse estado civil promove uma condição de apoio social para o indivíduo, aspecto que permite ao indivíduo sentir-se ajudado diante de situações preocupantes”. Diener (2012) ressalta que o apoio social é preditor mundial do BES.

Neri (2008) não faz apontamentos sobre a situação econômica ser domínio para avaliação do grau de satisfação com a vida. Doll (1999) e Grave (2008) também não encontraram em seus estudos correlação significativa deste aspecto com a satisfação com a vida na velhice. Doll (1999, p.147) ressalta que “o estado subjetivo de saúde é um dos fatores mais importantes para a satisfação de vida”. Entendendo-se por estado subjetivo de saúde aquele diferente do diagnóstico médico, o que a pessoa considera sobre sua própria saúde.

Lenardt, Michel e Wachholz (2010) apontam que a satisfação com a vida é encontrada mesmo em pessoas idosas institucionalizadas e associam este resultado à existência de apoio profissional e social adequados.

A satisfação com a vida é influenciada pelo suporte social, como mostraram Resende et al. (2007, p. 174) em pesquisa que envolveu adultos com amputação de membros:

O suporte social e a rede de relações sociais favorecem o bem-estar das pessoas com ou sem deficiência, os relacionamentos são particularmente benéficos para a manutenção da saúde mental, pois atendem as necessidades afetivas e emocionais dos envolvidos. O apoio social é um fator que contribui na perspectiva de um futuro próspero, pois a partir do apoio recebido seja de amigos, familiares e outros grupos de apoio, as pessoas têm a possibilidade de contornarem as situações estressantes.

(15)

proposto pelo World Health Organization Quality os Life Group (WHOQOL) em 1990 (FLECK. CHACHAMOVICH; TRENTINI, 2003). Pocinho et al. (2013) defendem que as pessoas idosas necessitam se manter ativas na sociedade, mantendo suas relações sociais e cultivando novos laços e amizade para ter qualidade na vida.

Sluzki (1997, p. 42) faz referências às redes sociais de apoio como um instrumento para trocas sociais, emoções e desenvolvimento do sentimento de pertença a um grupo. “A rede corresponde ao nicho interpessoal da pessoa e contribui substancialmente para seu próprio reconhecimento como indivíduo e para sua auto-imagem”. Entretanto, o autor considera que na velhice a rede social diminui pelo falecimento dos amigos e parentes e a dificuldade de acesso a novos grupos. Na velhice as redes sociais sofrem alterações com a perda dos pares, o que pode influenciar positiva ou negativamente no vínculo comunitário da pessoa idosa (PAÚL, 2005).

(16)

3 OBJETIVOS

• Identificar o perfil sociodemográfico dos idosos participantes; • Analisar o motivo pelo qual o idoso ingressou no grupo; • Identificar os fatores de permanência dos idosos no grupo;

• Analisar a satisfação com a vida dos idosos participantes de grupos de

convivência;

• Analisar as redes de relações sociais de idosos participantes de grupos de convivência;

(17)

4 ARTIGO

SATISFAÇÃO COM A VIDA E REDES DE RELAÇÕES SOCIAIS DE IDOSOS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA

Maíra de Oliveira Valadares Carmen Jansen de Cárdenas

Resumo

Pesquisa quanti-qualitativa, exploratória e descritiva. Analisou-se a satisfação com a vida de idosos participantes de grupos de convivência. Identificou-se o perfil sociodemográfico e correlacionou-se a satisfação com o envolvimento social e a rede de relações sociais. Analisaram-se os resultados com o uso dos softwares R e Iramuteq. Participaram 121 pessoas idosas com frequência mínima no grupo de uma vez por semana. A maioria na faixa etária de 70 a 80 do sexo feminino com tempo de residência no Distrito Federal superior a 20 anos e de participação no grupo entre 5 a 10 anos. Evidenciou-se que a rede de relações sociais não influenciou significativamente no nível de satisfação com o envolvimento social. Encontrou-se que a permanência no grupo relatada pelos participantes fundamenta-se em preservar a manutenção e o ganho dos laços afetivos, embora relatassem a fragilidade no apoio social familiar. Evidencia-se a importância de aprofundar em pesquisas que permitam formulações e intervenções mais assertivas voltadas às relações entre o sistema familiar e os idosos.

Palavras-chave: Satisfação pessoal. Apoio social. Idoso. Grupo social.

Abstract

Quantitative and qualitative exploratory and descriptive research. We analyzed the life satisfaction of elderly participants in social groups. The sociodemographic profile was identified. The satisfaction was correlated with social involvement and the network of social relationships. Results were analyzed using R software and Iramuteq. 121 elderly people participated at least once a week. Most female, aged 70-80 with residence time in the Federal District for more than 20 years; participating in the group between 5-10 years. It was evident that the network of social relations significantly influenced the level of satisfaction with social involvement. It was found that staying in the group reported by participants is based on preserving and maintaining the gain of affective ties, although they reported the fragility in the family social support. Those results highlight the importance of delving into research to more assertive formulations and interventions directed to the relationship between the family system and the elderly.

(18)

Introdução

O envelhecimento populacional no Brasil, também chamado de onda idosa, tem projeções cada vez maiores. “São os baby boomers se transformando nos elderly boomers” (CAMARANO; KANSO, 2011, p.59). O envelhecimento humano

também é considerado um fenômeno mundial (FERNÁNDEZ-BALLESTEROS et al.

2013).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – (2013) anunciou que, no Brasil, esta população irá quadruplicar até 2060 representando 26,7% da população brasileira total que terá o mesmo número de pessoas em 2025. A Companhia de Planejamento do Distrito Federal – CODEPLAN – (DISTRITO FEDERAL, 2012) expõe que nesta unidade federativa (UF) em 2010 o percentual de idosos foi de 7,7% estimando-se que em 2030 os idosos representem 18,7% do total da população.

O IBGE estima que o Brasil será o sexto país do mundo com maior quantidade de idosos. O perfil do idoso brasileiro é marcado principalmente pela feminização, ou seja, a maior parte das pessoas idosas no Brasil é composta pelo sexo feminino (CERQUEIRA; RODRIGUES, 2005 e DE LIMA; BUENO, 2009).

A velhice é uma fase de vida que dura cerca de 30 anos e se constitui com um perfil heterogêneo sendo a população idosa o grupo que apresenta as taxas mais elevadas de crescimento. Há predominância de mulheres viúvas na freqüência da população idosa brasileira. Também a maioria dos idosos brasileiros são chefes de família e residem em imóvel próprio. A família é para a pessoa idosa a primeira instância de suporte social (BRASIL, 2005).

Na pesquisa de Luz et al. (2014) o perfil dos idosos se constituiu em sua maior parte de mulheres com baixa escolaridade com renda de até dois salários mínimos sendo decorrentes de aposentadoria ou pensão.

(19)

As redes de relações sociais são tidas como fator de influência na satisfação com a vida. Os idosos que mantêm redes de relacionamentos sociais apresentam maior grau de satisfação com a vida e consequentemente maior suporte social (RESENDE et al. 2006).

O envolvimento social é domínio da satisfação com a vida que, por sua vez, é indicador do bem-estar subjetivo (BES). A satisfação com a vida pode ser referenciada aos quatro domínios a saber: saúde, capacidade física, capacidade mental e envolvimento social (NERI, 2008).

Diante do exposto esta pesquisa se justifica pela necessidade de maior investigação na temática da satisfação com a vida na velhice, pois numa pesquisa nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scielo utilizando-se os termos integrados “satisfação vida idosos grupos convivência” apenas a BVS mostrou 5 produções das quais somente a pesquisa de Yassuda e Silva (2010) associa os grupos de convivência para idosos à satisfação com a vida.

Em tempo, esta pesquisa também se justifica considerando que a Gerontologia necessita acompanhar o processo de envelhecimento humano na esfera social como estratégia de aprimorar os serviços ofertados nas Políticas Sociais, auxiliando na melhoria da satisfação com a vida dos idosos.

Grupos de convivência para idosos

O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) faz parte do Serviço de Acompanhamento Integral à Família (PAIF) da Proteção Social Básica (PSB) executado pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). O SCFV para idosos desenvolve atividades contribuindo para o envelhecimento saudável, prevenindo situações de risco social, fortalecendo vínculos familiares e comunitários, desenvolvendo e fortalecendo a autonomia através de atividades de interação e convício social e grupal, culturais, esportivas, lazer e artísticas, valorizando a participação de seus integrantes no planejamento e escolha das atividades oferecidas (BRASIL, 2013).

(20)

Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no território. A Secretaria gestora do SUAS no DF conta com 27 CRAS, sendo que 23 destes possuem SCFV e 18 prestam este serviço à população idosa. A referida secretaria possui 39 entidades assistenciais conveniadas, sendo que 5 executam este serviço para os idosos. As demais executam o SCFV para outras faixas etárias ou prestam serviço de acolhimento da Proteção Social Especial (PSE). Na execução direta tem-se 984 idosos e na execução pelas entidades conveniadas tem-se 970 idosos participantes dos grupos de convivência (DISTRITO FEDERAL, 2013).

Diante do exposto considera de fundamental importância a análise da satisfação com a vida de idosos participantes de grupos de convivência, identificando os fatores que promovem a inclusão e a permanência dos mesmos nestes grupos e a correção da satisfação com o envolvimento social e a rede de relações sociais.

Redes de relações sociais e satisfação com a vida na velhice

A satisfação com a vida é um tema estudado na Gerontologia desde a segunda metade do século XX e é conhecido como um indicador do bem-estar subjetivo (BES). “O bem-estar subjetivo inclui medidas cognitivas e emocionais. Dentre as primeiras, a mais conhecida é a satisfação (global com a vida e/ ou referenciada a domínios selecionados) e entre as segundas, as medidas de estados emocionais (afetos positivos e negativos)” (NERI, 2008, p. 26).

Gomes (2014) indica correlação significativa para a alta satisfação com a vida entre as pessoas idosas casadas, sendo esta esfera do BES baixa nos idosos solteiros. O casamento é uma variável sociodemográfica preditora do BES, consideração feita também por Diener, Suh e Oishi (1997). Gomes (2014, p. 36) levanta a hipótese de que “esse fato parece ser justificado a partir do momento em que esse estado civil promove uma condição de apoio social para o indivíduo, aspecto que permite ao indivíduo sentir-se ajudado diante de situações preocupantes”. Diener (2012) ressalta que o apoio social é preditor mundial do BES.

(21)

subjetivo de saúde é um dos fatores mais importantes para a satisfação de vida”. Entendendo-se por estado subjetivo de saúde aquele diferente do diagnóstico médico, o que a pessoa considera sobre sua própria saúde.

Lenardt, Michel e Wachholz (2010) apontam que a satisfação com a vida é encontrada mesmo em pessoas idosas institucionalizadas e associam este resultado à existência de apoio profissional e social adequados.

A satisfação com a vida é influenciada pelo suporte social, como mostraram Resende et al. (2007, p. 174) em pesquisa que envolveu adultos com amputação de membros:

O suporte social e a rede de relações sociais favorecem o bem-estar das pessoas com ou sem deficiência, os relacionamentos são particularmente benéficos para a manutenção da saúde mental, pois atendem as necessidades afetivas e emocionais dos envolvidos. O apoio social é um fator que contribui na perspectiva de um futuro próspero, pois a partir do apoio recebido seja de amigos, familiares e outros grupos de apoio, as pessoas têm a possibilidade de contornarem as situações estressantes.

O conceito de participação social também aparece como aspecto no instrumento de avaliação de qualidade de vida adaptado para a pessoa idosa e proposto pelo World Health Organization Quality os Life Group (WHOQOL) em 1990 (FLECK. CHACHAMOVICH; TRENTINI, 2003). Pocinho et al. (2013) defendem que as pessoas idosas necessitam se manter ativas na sociedade, mantendo suas relações sociais e cultivando novos laços e amizade para ter qualidade na vida.

Sluzki (1997, p. 42) faz referências às redes sociais de apoio como um instrumento para trocas sociais, emoções e desenvolvimento do sentimento de pertença a um grupo. “A rede corresponde ao nicho interpessoal da pessoa e contribui substancialmente para seu próprio reconhecimento como indivíduo e para sua auto-imagem”. Entretanto, o autor considera que na velhice a rede social diminui pelo falecimento dos amigos e parentes e a dificuldade de acesso a novos grupos. Na velhice as redes sociais sofrem alterações com a perda dos pares, o que pode influenciar positiva ou negativamente no vínculo comunitário da pessoa idosa (PAÚL, 2005).

(22)

envolvimento social através dos grupos de convivência influencia diretamente ou não na satisfação com a vida em relação a estes domínios.

Diante do exposto esta pesquisa objetivou: identificar o perfil sociodemográfico dos idosos participantes; analisar o motivo pelo qual o idoso ingressou no grupo; identificar os fatores de permanência dos idosos no grupo; analisar a satisfação com a vida dos idosos participantes de grupos de convivência; analisar as redes de relações sociais de idosos participantes de grupos de convivência e buscar correlações entre satisfação com o envolvimento social e quantidade de familiares e amigos que se pode obter ajuda.

Método

Trata-se de pesquisa quanti-qualitativa do tipo exploratória e descritiva, pois este trabalho pretendeu encontrar e descrever variáveis e analisar estes dados quantitativos com a associação do discurso dos participantes buscando compreender a natureza do fenômeno da satisfação pessoal nos grupos sociais. A natureza quanti-qualitativa descritiva é para Richardson (2012) uma estratégia mais consistente e eficaz no âmbito das pesquisas sociais.

Esta pesquisa envolveu risco mínimo (como algum constrangimento do participante em responder alguma pergunta) e atendeu aos preceitos éticos descritos na resolução nº466/2012 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa e

teve parecer favorável de nº 573.664/2014 emitido pelo Comitê de Ética em

Pesquisa.

Participantes e campo de pesquisa

(23)

Participaram 121 pessoas idosas vinculadas aos grupos de convivência há no mínimo um mês e com frequência mínima de uma vez por semana. A população de idosos registrada no SISC (Sistema de Informações do Serviço de Convivência) era de 169, tendo o cálculo amostral mínimo de 117. Nesta pesquisa optou-se por considerar os 121 participantes que preenchiam os critérios de inclusão. O cálculo amostral foi realizado utilizando-se a fórmula demonstrada na obra de Marconi e Lakatos (2002).

Os pré-requisitos para participação consistiram em o participante possuir idade igual ou superior a 60 anos, ter ingressado no SCFV há no mínimo um mês com frequência mínima de uma vez por semana e aceitar participar voluntariamente da pesquisa assinando o TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido).

Não foram considerados na amostra aqueles idosos que não demonstraram capacidade de expressão verbal, de manter uma comunicação lógica e não aceitar participar da pesquisa.

Instrumentos e procedimentos

A coleta de dados ocorreu em sala das próprias entidades. Os idosos foram convidados a participar em grupo ou individualmente de forma aleatória recebendo os detalhamentos da pesquisa com a apresentação do Termo de consentimento livre e esclarecido. Os idosos que consentiam assinando o Termo permaneciam para a resposta aos instrumentos. Foram utilizados caneta esferográfica azul ou preta e os instrumentos impressos e encadernados descritos a seguir:

Instrumento 1 – Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE): elaborado conforme orientações do comitê de ética este documento contém informações da pesquisa como objetivos e método esclarecendo o teor voluntário da participação na pesquisa.

(24)

Instrumento 3 – Questionário de motivos: elaborado pela pesquisadora deste trabalho para levantamento de motivos de ingresso e permanência no SCFV abrangendo o tempo de participação no grupo (em anos e meses), frequência mínima semanal, uma questão dissertativa sobre quais os motivos que levaram o idoso a frequentar o grupo e outra também dissertativa sobre os motivos que o levam a permanecer no grupo.

Instrumento 4 – Escala de Medida de Satisfação com a Vida: elaborada por Anita Liberalesso Neri em 1998 busca identificar a avaliação que o sujeito tem sobre a satisfação com a saúde, capacidade física, capacidade mental e envolvimento social atual, comparada com a de cinco anos atrás e com a de outras pessoas da mesma idade. O participante escolhe o número que melhor representa seu grau de satisfação sendo 1 para muito pouco satisfeito até o 5 muitíssimo satisfeito, numa graduação de lickert. A confiabilidade desta escala foi calculada pelo alpha de Cronbach de 0,89 (LEÃO JÚNIOR, 2003).

Instrumento 5 – Escala de Redes de Relações Sociais de Lubben (LSNS-6, Lubben Social Network Scale), validada por Ribeiro et al. (2012) na versão reduzida que é amplamente utilizada na pesquisa gerontológica sobre apoio social pela facilidade de aplicação. Esta escala quantifica a rede social dos idosos nos fatores “família” e “amigos” cada um com três itens sendo que a pessoa marca sua resposta em uma escala “0”, “1”, “2”, “3 ou 4”, “5 a 8” ou “9 ou mais”.

Para a análise quantitativa dos dados coletados, estes foram inseridos em planilha do Open Office 4.1.1 e logo após realizada análise do banco de dados através dos softwares quantitativos R (na sua versão 3.1.2) e Iramuteq 0.7 alpha 2. Iramuteq é um software gratuito para análise de corpus textual desenvolvido por Pierre Ratinoud e se apoia no software R para a leitura e análise dos dados. Camargo e Justo (2013, p.513) afirmaram:

Pelo seu rigor estatístico, pelas diferentes possibilidades de análise, interface simples e compreensível, e, sobretudo por seu acesso gratuito, o IRAMUTEQ pode trazer muitas contribuições aos estudos em ciências humanas e sociais, que têm o conteúdo simbólico proveniente dos materiais textuais como uma fonte importante de dados de pesquisa.

(25)

Aqui se ressalta que o software de análise de corpus textual não a própria metodologia de análise e que o pesquisador não pode negligenciar seu papel de análise subjetiva dos resultados evidenciados evitando uma descrição mecânica destes (CHARTIER; MEUNIER, 2011; CAMARGO; JUSTO, 2013).

As freqüências absoluta e relativa foram expostas e categorizadas em média, mediana, desvio padrão, teste de Kruskal-Wallis e p-valor.

A análise textual foi utilizada para o questionário de motivos para interpretar as duas questões dissertativas acerca dos motivos de ingresso e motivos de permanência no grupo.

Resultados e discussão

Perfil sociodemográfico dos participantes

Os idosos desta pesquisa foram representados por 95 (78,51%) de mulheres, confirmando os dados do censo demográfico do IBGE (2010) e pesquisas tais como as de Ferreira e Alves (2011) e Giacomin (2012) que indicam serem as mulheres mais representativas no universo do envelhecimento humano. A renda média declarada foi de R$949,62; 72 idosos (60,34%) possuem renda de até um salário mínimo excluindo os 14 que declaram não possuir nenhuma renda individual (11,57%).

A moradia dos participantes foi declarada como própria por 71,07% (86), alugada por 14,88% (18), cedida por 12,4% (15) e 1,65% (2) preferiram não responder a esta questão. Moram em área urbana 76,86% (93), 8,28% (10) em área rural. Afirmaram residir em cidades vizinhas à RA que sedia os dois grupos de convivência 14,88% (18). Este último dado fere a norma de territorialização dos serviços do SUAS.

(26)

Tabela 1: Perfil sociodemográfico dos idosos

Características Total

n % Grupo etário

60 – 69 57 47,1

70 – 79 46 38,01

80 – 89 15 12,4

90 – 99 02 1,65

100 – 109 01 0,83

Estado conjugal

Solteiro(a) 19 15,7

Tem companheiro(a) 06 4,96

Viúvo(a) 48 39,67

Separado(a) 13 10,74

Divorciado(a) 10 8,26

Casado(a) 25 20,66

Religião

Católico(a) 99 81,82

Evangélico(a) 16 13,22

Espírita 03 2,48

Não possui 03 2,48

Tipo de renda*

Aposentadoria 37 30,58

Aposentadoria por invalidez 09 7,44

Pensão por divórcio 02 1,65

Pensão por viuvez 25 20,66

BPC idoso 19 15,7

BPC deficiência 01 0,83

Trabalho 12 9,92

Escolaridade

Não alfabetizado 29 23,97

Sabe ler e escrever 14 11,57

Ensino Fundamental Incompleto 62 51,24

Ensino Fundamental Completo 5 4,13

Ensino Médio Incompleto 3 2,48

Ensino Médio Completo 8 6,61

Arranjo familiar

Sozinho (a) 41 33,88

Com cônjuge/ companheiro 11 9,09

Filhos 19 15,7

Filhos e netos 23 19,01

Netos 5 4,13

Cônjuge e filhos 11 9,09

Cônjuge e netos 2 1,65

Cônjuge, filhos e netos 4 3,31

Amigos 2 2,48

Outras combinações 3 2,48

*Mais de um tipo de renda por pessoa, assim a frequência relativa não é igual a 100%.

(27)

DF, apesar de esta não ser maioria quantitativa nesta UF, os idosos representam 60,4% dos analfabetos do Distrito Federal.

Esta pesquisa também realizou um traçado imigratório e encontrou-se que 80,17% (97) dos participantes residem no DF há mais de 20 anos, seguido por 6,61% (8) que estão entre 16 a 20 anos, 4,13% (5) de 11 a 15 anos e nesta mesma frequência os que moram de 1 a 5 anos, seguidos também pela frequência de 2,48% (3) para o que moram de 6 a 10 anos se repetindo para os que estão no DF há menos de 1 ano.

Evidenciou-se que 41,32% (50) são naturais da região nordeste, 34,72% (42) da região sudeste, 23,14% (28) da região centro-oeste e 0,83% (1) da região sul, não registrando pontuação a região norte.

Ao serem questionados sobre em qual UF estavam antes de vir para o DF, 39,67% (48) dos idosos relataram que estavam na região centro-oeste; 29,75% (36) na região sudeste; 26,45% (32) na região nordeste e 4,13% (5) na região norte, não relatando a migração da região sul.

Motivos de ingresso no grupo de convivência

(28)

Figura 1: Nuvem de palavras indicando os motivos de ingresso no grupo de convivência.

Para continuar a ilustração dos motivos de ingressos apresenta-se 05 respostas dos participantes. Aqui cada um foi identificado pela letra F ou M significando respectivamente o sexo feminino ou masculino seguida pela idade, pela letra P de participante e posteriormente pelo tempo em meses de ingresso no grupo. “Eu estava muito deprimida, doente, daí fui chamada por um amigo” (F65P168).

“Eu estava bebendo muito. Um colega me deu conselho e me chamou pra eu jogar dominó” (M71P9).

“Eu entrei porque me deu uma depressão e a Psicóloga me indicou” (F70P144).

“Eu não tinha ninguém aqui. O Padre convidou na igreja” (F83P144).

“Eu não tinha motivação pra nada. Eu vi alguém comentar na igreja e fiquei curiosa” (F73P132).

(29)

motivos de ingresso no grupo. Na pesquisa de Santana e Barboza-Filho (2007) a depressão teve maior prevalência nos idosos de baixa escolaridade.

As palavras filho, marido e irmão também aparecem contrastadas na Figura 1 corroborando com o exposto por Araújo et al. (2012). que consideraram ser a família a principal rede de apoio social do idoso incentivando-o a sair do isolamento social.

Motivos de permanência no grupo

Apresenta-se na Figura 2 a nuvem de palavras mostrando a intensidade que estas apareceram quando os idosos foram perguntados sobre os motivos de permanência no grupo.

Figura 2: Nuvem de palavras indicando os motivos de permanência dos idosos no grupo.

Neste tópico também se escolheu aleatoriamente 05 expressões dos idosos participantes.

(30)

“Doutora, eu resgatei a minha alma aqui. Sou muito bem tratada. Aprendi artesanato e agora vendo minhas coisinhas que faço” (F68P36).

“Eu meu sinto mais feliz aqui. Fiz muitas amizades e a comida é boa” (F78P72).

“Eu gostei do grupo, das atividades físicas” (F89P108).

“As amizades são boas e gosto do jogo de dominó” (M61P14).

Os resultados mostram que as amizades, as atividades ofertadas pelo SCFV tais como artesanato, exercícios físicos e forró, o outro grupo social que é a igreja favoreceram para o ingresso dos idosos no grupo.

Estes resultados corroboram com o encontrado por Fernandes, Nascimento e Costa (2010) sobre o favorecimento da atividade religiosa na convivência social do idoso, pois a participação nesta atividade se relaciona diretamente com o encontro com amigos e o envolvimento em atividades comunitárias. No caso desta pesquisa os idosos evidenciaram o grupo social igreja como incentivador no ingresso de outro grupo social que é o SCFV.

Para a manutenção no grupo os idosos novamente citaram os amigos e acrescentaram a possibilidade de conversa, ou seja, o envolvimento social bem como a realização de atividades físicas. Para Barricelli et al. (2012) os idosos correlacionam a convivência social com a manutenção de uma boa qualidade de vida.

Satisfação com a vida de idosos participantes de grupos de convivência

(31)

Tabela 2: Média e desvio padrão das questões referentes aos domínios da satisfação com a vida

Questão Média Desvio Padrão

Minha saúde 3,95 1,05

Minha capacidade física 3,89 1,01

Minha saúde hoje, comparada com a de cinco anos atrás

3,86 1,06

Minha capacidade física hoje, comparada com a de cinco anos atrás

3,81 1,06

Minha saúde comparada com as outras pessoas de minha idade

4,33 0,84

Minha capacidade física comparada com outras pessoas de minha idade

4,28 0,84

Minha capacidade mental hoje 4,02 0,98

Minha capacidade mental atual comparada com a de cinco anos atrás

3,96 1,03

Minha capacidade mental atual comparada com a de outras pessoas da minha idade

4,30 0,90

Meu envolvimento social hoje 4,44 0,81

Meu envolvimento social atual em comparação com o de cinco anos atrás

4,52 0,75

Meu envolvimento social em comparação com o de outras pessoas da minha idade

4,52 0,69

Os resultados apresentados na tabela mostram que os participantes não estão tão satisfeitos com a saúde quanto estão com o envolvimento social. Resgatando algumas falas dos participantes, as doenças, principalmente a depressão, apareceram como motivadores para o ingresso no grupo, como expresso por uma idosa de 65 anos: “Eu estava muito deprimida, doente, daí fui chamada por uma amiga”.

(32)

Destaca-se a fala de um idoso de 61 anos: “As amizades são boas e gosto do jogo de dominó”.

A tabela também evidencia que quando o participante compara sua saúde, sua capacidade física, sua capacidade mental e seu envolvimento social com outras pessoas da sua idade ele considera estar muito mais satisfeito com seu estado atual destes domínios que o que ele pensa a respeito dos mesmos domínios em outra pessoa idosa. Estes domínios se apresentaram com maior média de satisfação e com menores desvios padrões, indicando uma forte consistência nas respostas.

Outro fato importante é que nesta pesquisa houve alto grau de satisfação com a capacidade mental atual (média de 4,02 pontos) discordando dos resultados da pesquisa realizada por Pinto e Neri (2013, p. 3456-7) que mostraram que “As mulheres superaram os homens em frequência de baixa satisfação com a memória, confirmando dados da literatura que apontam que elas têm senso de autoeficácia mais baixo em relação à memória e à cognição do que os homens e que seu desempenho cognitivo de fato é pior do que o deles”.

Apesar de este trabalho não fazer distinção entre os sexos, vale lembrar que 78,51% dos participantes foram do sexo feminino.

Redes de relações sociais

(33)

Tabela 3: Frequência de escolha da quantidade de pessoas na rede de relações sociais

Questão Quantidade (%)

0 1 2

3 ou

4 5 a 8

9 ou

mais Total (%)

Família: quantidade 2,48 9,92 14,88 18,18 21,49 33,06 100%

Família: pedir ajuda 11,57 18,18 18,18 23,97 19,01 9,09 100%

Família: assuntos

pessoais 20,66 26,45 14,05 19,01 11,57 8,26 100%

Amigos: quantidade 2,48 4,13 12,4 21,49 19,83 39,67 100%

Amigos: pedir ajuda 14,88 20,66 24,79 21,49 6,61 11,57 100%

Amigos: assuntos

pessoais 10,74 37,19 21,49 15,7 4,96 9,92 100%

Ao observar o quantitativo escolhido na escala verifica-se que, em sua maioria: os idosos mantém contato com pelo menos 9 amigos ou familiares uma vez por mês; podem pedir ajuda a 3 ou 4 familiares ou a 2 amigos; e sentem-se à vontade para falar de assuntos pessoais com 1 amigo ou 1 membro da família.

Ao se observar a Tabela 3 verifica-se que não há diferenciação entre a quantidade de familiares e amigos que o participante vê ou fala ao menos uma vez por mês, pois a frequência de quem possui ao menos um amigo ou familiar foi idêntica.

No que tange a falar sobre assuntos pessoais observa-se que 89,26% dos idosos possuem pelo menos 1 amigo. Também se verifica que 79,34% possuem pelo menos 1 familiar para falar sobre assuntos pessoais. Para Caldas (2003) a família ainda é o principal suporte social que a pessoa idosa mantém. Na pesquisa de Brunnet et al. (2013) a família aparece como suporte afetivo.

No estudo de Santos et al. (2012) o casamento, a união estável ou a convivência com parente consaguíneo como suporte social e familiar. Nesta pesquisa a maior parte vive com parentes consaguíneos, sendo a maior frequência para a moradia com filhos e netos.

(34)

Nesta seção são apresentadas as correlações entre o envolvimento social, renda, idade, estado civil e quantidade de familiares e amigos que se pode ligar para pedir ajuda. Para verificar se há correlação entre o envolvimento social atual com as demais variáveis foi utilizado o Teste de Kruskal-Wallis, sendo que se o resultado do P-Valor for maior que o nível de significância adotado de 0,05 não há correlação. O P-Valor de cada correlação está descrito a seguir:

• Envolvimento social x renda: 0,4084; • Envolvimento social x estado civil: 0,2704; • Envolvimento social x idade: 0,9338;

• Envolvimento social x quantidade de familiares: 0,6042; • Envolvimento social x quantidade de amigos: 0,8111.

Pode-se observar que para todas as correlações o P-Valor foi maior que o nível de significância, entendendo que não há correlação entre as variáveis testadas. Infere-se que os idosos desta pesquisa estão muitíssimos satisfeitos com seu envolvimento social atual e não atribuem esta satisfação à sua renda, seu estado civil, sua idade e tampouco com a quantidade de familiares e amigos que podem solicitar apoio quando necessitarem.

Para Rabelo e Neri (2015, p. 882) “a presença do cônjuge ou companheiro e o maior envolvimento social são indicadores de melhor funcionalidade, de melhor saúde psicológica e de fluxo de transferências de recursos menos oneroso para o idoso”. Resultado que contrapõe o encontrado nesta pesquisa.

Retomando a literatura analisada tem-se Yassuda e Silva (2010) que evidenciaram dúvida acerca da influência direta do envolvimento social na satisfação com a vida em relação aos domínios de saúde, capacidade mental e física. Contudo, é importante ressaltar que o envolvimento social é prática necessária para a manutenção da saúde e do suporte social (LI; LYN; CHEN, 2011 e PINTO; NERI, 2013).

Considerações finais

(35)

fatores de permanência dos idosos no grupo; analisar a satisfação com a vida dos idosos participantes de grupos de convivência; analisar as redes de relações sociais de idosos participantes de grupos de convivência e buscar correlações entre satisfação com o envolvimento social e quantidade de familiares e amigos que se pode obter ajuda.

Em relação ao perfil notou-se um grupo heterogêneo e confirmando as estatísticas sociodemográficas, especialmente composto em sua maioria por idosas viúvas com renda mensal fixa proveniente de benefício previdenciário.

No que tange à satisfação com a vida e as redes de relações sociais encontrou-se que os idosos estão satisfeitos com sua vida e principalmente com seu envolvimento social sem depender de fatores tais como idade, renda, estado civil, quantidade de amigos ou familiares, pois se mostraram motivados com o grupo social no qual estão inseridos e apontaram as redes de relações sociais, mesmo que em quantidade pequena, como fator motivador para ingresso e permanência no grupo de convivência.

Encontrou-se que a permanência no grupo relatada pelos participantes fundamenta-se em preservar a manutenção e o ganho dos laços afetivos. Buscam a rede para minimizar prejuízos físicos, mentais e emocionais.

(36)

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(41)

6 APÊNDICE A – Ficha para levantamento de perfil sociodemográfico

Idade: _____ Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino Estado civil:

( ) Casado ( ) Separado ( ) Divorciado

( ) Tenho companheiro ou companheira que mora comigo ( ) Solteiro

Qual é sua profissão? ___________________________________ Qual a sua renda total? R$ __________ ( ) Não possuo renda De que tipo é sua renda?

( ) Aposentadoria integral ( ) Aposentadoria por invalidez ( ) Pensão por divórcio

( ) Pensão por viuvez

( ) Amparo Assistencial ao Idoso ( ) Amparo Assistencial ao ( ) Doações

( ) Trabalho formal ( ) Trabalho autônomo

Você recebe benefício do Programa Bolsa Família? ( ) Sim ( ) Não Religião:

(42)

( ) Evangélico/ Protestante ( ) Espírita

( ) Outra: ___________________ Escolaridade:

( ) Analfabeto, não sei ler nem escrever ( ) Alfabetizado, sei ler e escrever

( ) Ensino Fundamental Incompleto, eu cursei até a ___ série completa; ( ) Ensino Fundamental Completo, eu terminei a 8ª série;

( ) Ensino Médio Incompleto, eu cursei até o ___ ano completo; ( ) Ensino Médio Completo, eu terminei até o 3º ano;

( ) Estou estudando a ____ série. ( ) Alugada

( ) Ocupação irregular – invasão

Contando com você, quantas pessoas moram na mesma casa: _____ Com quem mora:

( ) Sozinho(a)

( ) Somente com cônjuge ( ) Somente com filhos ( ) Com filhos e netos ( ) Somente com netos ( ) Com cônjuge e filhos ( ) Com cônjuge e netos

( ) Com cônjuge, filhos e netos ( ) Com amigos

(43)

Bairro em que você mora: ( ) Setor Norte

( ) Setor Sul ( ) Setor Veredas ( ) Vila São José ( ) Setor Tradicional

( ) Zona rural Setor Maranatha ( ) Zona rural Capãozinho 1 ( ) Zona rural Capãozinho 2 ( ) Zona rural Capãozinho 3 ( ) Zona rural Córrego Cortado ( ) Zona rural Córrego Pulador

( ) Zona rural Chapadinha (reservas A, B, C, D, E, F) ( ) Zona rural Assentamento

( ) Zona rural Curralinho ( ) Zona rural Morada dos ( ) Zona rural Radiobrás ( ) Zona rural Curralinho ( ) Zona rural Almécegas ( ) Zona rural Incra 6 ( ) Zona rural Incra 7 ( ) Zona rural Incra 8 ( ) Zona rural Incra 9

(44)

( ) Outro

______________________ Em qual Estado nasceu?

______________________________________________ De qual Estado você veio antes de morar no DF?

_________________________ Há quantos anos você mora no DF? ( ) Menos de 1 ano

( ) 1 a 5 anos ( ) 6 a 10 anos

(45)

7 APÊNDICE B – Questionário de motivos

Há quanto tempo você participa deste grupo de convivência? ______ anos ______ meses

Quantas vezes por semana você frequenta este grupo de convivência? ( ) 1 vez

( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes

( ) Todos os dias da semana

Pense em como você se sentia ANTES DE ENTRAR NESTE GRUPO de convivência e escreva quais os motivos que o incentivaram a entrar neste grupo.

_____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________

Agora, pense em como você se sente ATUALMENTE e escreva os motivos que o fazem permanecer neste grupo.

(46)

8 ANEXO A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

O (a) Senhor(a) está sendo convidado(a) a participar do projeto: “Satisfação com a vida de idosos participantes de grupos de convivência” sob responsabilidade da Prof.ª Dr.ª Carmen Jansen

de Cárdenas e a aluna Maíra de Oliveira Valadares. O objetivo desta pesquisa é: analisar a satisfação com a vida dos idosos participantes dos

grupos de convivência, identificando o perfil sociodemográfico dos idosos, analisando os motivos de adesão e permanência dos idosos nos grupos. Esta pesquisa justifica-se, pois o aumento progressivo da população idosa no Brasil requer implementação de atividades sociais para este público.

O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). O(a) Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para o(a) senhor(a).

A sua participação será da seguinte forma: juntamente com o entrevistador e outros participantes, em sala reservada responderá a três instrumentos contendo questões de múltipla escolha e dissertativas sobre sua satisfação com a vida e dados de seu perfil sociodemográfico. O tempo previsto é de 60 minutos e as pesquisadoras auxiliarão em qualquer dúvida.

Os resultados da pesquisa serão divulgados na Instituição Universidade Católica de Brasília podendo ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sob a guarda das pesquisadoras e nenhum dado de identificação será publicado.

Este projeto possui os seguintes benefícios: auxiliar na implementação das atividades sociais prestadas a idosos e apresenta os seguintes riscos: o participante pode sentir-se constrangido a responder a algum questionamento que serão minimizados da seguinte forma: o participante pode se recusar a responder qualquer questão que opinar não responder e não sofrerá qualquer tipo de discriminação ou julgamento por isso.

Se o(a) Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para: Prof.ª Carmen Jansen de Cárdenas, na instituição Universidade Católica de Brasília, telefone: (61) 3448-7134, no horário: matutino ou vespertino.

Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCB, sob parecer 573.664/ 2014. As dúvidas com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa podem ser obtidos também pelo telefone: (61) 3356-9784.

Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o voluntário da pesquisa.

______________________________________________ Nome do participante

____________________________________________ Pesquisadora Responsável Maíra de Oliveira Valadares

____________________________________________ Professora Responsável Drª Carmen Jansen de Cárdenas

(47)

9 ANEXO B – ESCALA DE MEDIDA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA

As próximas questões avaliam sua satisfação em relação a aspectos específicos da sua vida. Assinale o ponto que melhor representa o seu grau de satisfação com cada um dos aspectos de acordo com a classificação abaixo:

1 Muito Pouco Satisfeito 2 Pouco Satisfeito 3 Mais ou Menos Satisfeito 4 Muito Satisfeito 5 Muitíssimo Satisfeito

1. Minha saúde 2. Minha capacidade física

3. Minha saúde hoje, comparada com a de cinco anos atrás

4. Minha capacidade física hoje, comparada com a de cinco anos atrás

5. Minha saúde comparada com as outras pessoas de minha idade

6. Minha capacidade física comparada com outras pessoas de minha idade

7. Minha capacidade mental hoje

8. Minha capacidade mental atual comparada com a de cinco anos atrás 9. Minha capacidade mental atual comparada com a de outras pessoas da minha idade

10. Meu envolvimento social hoje

11. Meu envolvimento social atual em comparação com o de cinco anos atrás

12. Meu envolvimento social em comparação com o de outras pessoas da minha idade.

1 2 3 4 5

(48)

10 ANEXO C –

ESCALA DE REDES DE RELAÇÕES SOCIAIS DE LUBBENS - LSNS-6

No que diz respeito à sua família e amigos, assinale para cada questão a opção que mais se aplica à sua situação.

FAMÍLIA: Considerando as pessoas de

quem é familiar por nascimento, casamento, adoção, etc…

1. Quantos familiares vê ou fala pelo menos uma vez por mês?

2. De quantos familiares se sente próximo de tal forma que possa ligar-lhes para pedir ajuda?

3. Com quantos familiares se sente à vontade para falar sobre assuntos pessoais?

AMIGOS: Considerando todos os seus amigos,

incluindo aqueles que vivem na sua vizinhança…

1. Quantos amigos vê ou fala pelo menos uma vez por mês?

2. De quantos amigos se sente próximo de tal forma que possa ligar-lhes a pedir ajuda?

3. Com quantos amigos se sente à vontade para falar sobre assuntos pessoais?

0 1 2 3 ou

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(50)
(51)
(52)
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Imagem

Tabela 1: Perfil sociodemográfico dos idosos   Características  Total  n          %  Grupo etário  60 – 69  57   47,1  70 – 79  46   38,01  80 – 89   15   12,4  90 – 99   02   1,65  100 – 109   01   0,83  Estado conjugal   Solteiro(a)  19   15,7  Tem compa
Figura 1: Nuvem de palavras indicando os motivos de ingresso no grupo de  convivência
Figura 2: Nuvem de palavras indicando os motivos de permanência dos idosos no  grupo.
Tabela 2: Média e desvio padrão das questões referentes aos domínios da  satisfação com a vida
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Referências

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