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Open Prospecção tecnológica em documentos de patentes des

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS (CCSA)

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (PPGCI) LINHA DE PESQUISA: ÉTICA, GESTÃO E POLÍTICAS DE INFORMAÇÃO.

SARA MARIA PERES DE MORAIS

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA EM DOCUMENTOS DE

PATENTES VERDES

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SARA MARIA PERES DE MORAIS

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA EM DOCUMENTOS DE

PATENTES VERDES

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba (PPGCI/UFPB), Linha de pesquisa: Ética, Gestão e Políticas de Informação, como requisito para obtenção do grau de mestra em Ciência da Informação.

Orientadora: Joana Coeli Ribeiro Garcia, Professora Doutora em Ciência da Informação.

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

M827p Morais, Sara Maria Peres de.

Prospecção tecnológica em documentos de patentes verdes / Sara Maria Peres de Morais. –

2014.

108 f. : il. color.

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciência da Informação, Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, João Pessoa, 2014.

Área de Concentração: Informação, conhecimento e sociedade. Linha de Pesquisa: Ética, gestão e políticas de informação. Orientação: Profa. Dra. Joana Coeli Ribeiro Garcia.

1. Propriedade intelectual. 2. Propriedade industrial. 3. Patentes Verdes. 4. Prospecção tecnológica. 5. Patentometria. I. Título.

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SARA MARIA PERES DE MORAIS

PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA EM DOCUMENTOS DE

PATENTES VERDES

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba (PPGCI/UFPB), Linha de pesquisa: Ética, Gestão e Políticas de Informação, como requisito para obtenção do grau de mestra em Ciência da Informação.

Aprovado em: _____ / _____ / _____.

BANCA EXAMINADORA

Professora Doutora Joana Coeli Ribeiro Garcia (Orientadora) Universidade Federal da Paraíba

Professor Doutor Guilherme de Ataíde Dias (Interno) Universidade Federal da Paraíba

Professor Doutor Raimundo Nonato Macedo dos Santos (Externo) Universidade Federal de Pernambuco

Professor Doutor Américo Augusto Nogueira Vieira (Suplente) Membro Suplente Interno – Universidade Federal do Paraná

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Aos meus avós Pedro e Cândida (in memoriam) pelo exemplo que me

trouxeram até aqui.

A minha mãe Auxiliadora, pelo amor incondicional, pela amizade, por

me apoiar, incentivar e estar sempre ao meu lado me ensinando a ter

força, a lutar e a transformar as dificuldades em amadurecimento. Ao

meu pai Horestes, pelo jeito leve de encarar a vida.

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AGRADECIMENTOS

À DEUS, pelo dom da vida, pela força, paciência e sabedoria ao longo do caminho.

À MINHA FAMÍLIA, pela paciência e apoio incondicional nos momentos difíceis.

À MINHA ORIENTADORA Joana Coeli Ribeiro Garcia, por sua paciência, seu direcionamento e incentivo ao longo do curso.

Aos professores do PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO (PPGCI) da UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB), que muito contribuíram para minha formação profissional e pessoal.

Aos membros da BANCA Raimundo Nonato Macedo dos Santos, Guilherme de Ataíde Dias, Américo Augusto Vieira e Armando de Oliveira Mendes Neto, por aceitarem a compartilhar desse momento.

Ao CLÁUDIO CÉSAR Temóteo Galvino, pela recepção e acolhida em João Pessoa – Paraíba.

Aos COLEGAS DE MESTRADO (PPGCI / UFPB) – Turma 2012 –, pela troca de experiência, aprendizagem em sala de aula e momentos de confraternização.

Ao Instituto Federal do Ceará –IFCE por apoiar e flexibilizar meus horários.

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RESUMO

MORAIS, Sara Maria Peres de. Prospecção tecnológica em documentos de patentes verdes. 2014. 108f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2014.

Estudos de prospecção constituem a ferramenta básica para a fundamentação nos processos de tomada de decisão em distintas áreas, setores e níveis da sociedade. Tais estudos podem ser realizados por um ou mais instrumentos de pesquisas, entre eles, livros, revistas, dados estatísticos e econômicos, patentes e demais documentos. Atualmente são poucos os estudos de prospecção tecnológica, realizados através de documentos de patentes, em especial as voltadas à inovação em prol do meio ambiente. A preocupação com as questões ambientais recebe bastante visibilidade nos setores político, econômico, industrial e é de interesse nacional e internacional, pois o impacto ambiental geralmente perpassa o local de origem de autores, membros da sociedade e empresas. Com o intuito de contribuir com o cenário atual este trabalho objetiva realizar prospecção tecnológica em documentos de patentes verdes, utilizando estudos métricos da informação, em especial a patentometria para através dos procedimentos de prospecção tecnológica esboçar um panorama nacional de inovação verde. A análise das pesquisas sobre as patentes verdes possibilita traçar uma perspectiva das tendências tecnológicas, das regiões e dos autores que mais realizam pesquisas, inclusive permitindo identificar quem desenvolve pesquisas verdes no Brasil. A tendência das pesquisas em desenvolvimento em inovação verde volta-se ao aproveitamento dos recursos naturais, como: energia solar; energia eólica; biocombustíveis; agricultura e gerenciamento dos resíduos, de acordo com a listagem do inventário da OMPI de tecnologias que são consideradas verdes. Constatou-se que o crescimento da área com maior quantidade de patentes está diretamente relacionado aos gastos e investimentos realizados pelo governo e/ou empresas, em cada setor. Quanto a identificação por região observa-se que quanto maior o investimento em educação e infraestrutura científica e tecnológica, maior os resultados de desenvolvimento de pesquisas por cidades e/ou regiões. Não houve novidade quanto autor/inventor individual, categoria que mais realiza depósitos de patentes. Quanto ao autor/empresa identificaram-se algumas empresas internacionais por sua vez o autor/universidade está bem representado. A tendência é que com o sucesso dessas pesquisas verdes possam surgir outras em diversos âmbitos e panoramas tecnológicos. Por outro lado, espera-se que o trabalho contribua para ampliação dos estudos patentométricos e para o estado da arte da Ciência da Informação em propriedade industrial.

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ABSTRACT

MORAIS, Sara Maria Peres de. Technological prospecting in green patent documents.

2014. 108f. Dissertation (Masters in Information Science) - Graduate Program in Information Science, Center for Applied Social Sciences, Universidade Federal da Paraíba - UFPB, João Pessoa, Brazil, 2014.

Prospecting studies in various areas and sectors constitute the basic tools for the reasoning in the decision-making processes at different levels of society. These studies can be performed by one or more instruments of research. They include books, magazines, patents, statistical and economic data and other documents. Nowadays there are few technological prospecting studies realized through patent documents, particularly those focused on innovation for the environment. The concern with environmental questions is receiving great visibility in the political, economic and industrial sectors. The society is national and international interest, since the environmental impact often pervades the place of origin the authors, members of society and businesses. In order to contribute to the current green setting, the aim of this study was to conduct technological prospecting in green patent documents. Metric studies of information were used, especially patentometric to analyze information related to green technology patent. This was done through technological prospecting by outlining a national picture of green innovation. The analysis of patentometric research of green patents outlines a possible perspective of technology trends, the region and the authors who conduct research. This allowed us to identify those who develop green research in Brazil. The tendency of these researches under development in green innovation is focused on exploitation of natural resources, such as solar energy, wind energy, biofuels, agriculture and waste management. It‟s based on the inventory listing WIPO technologies that are considered green. It was found that the growth of the area with the highest number of patents is directly related to expenditures and investments made by the government and/or companies in each sector. As identified by region was observed that the greater investment in education and scientific and technological infrastructure, greater development results of searches for cities and/or regions. There was no novelty for the individual inventor author category, because they are the ones who hold patents applications. The author company was identified some international companies; the university author, which in turn, is well represented. The trend is that with the success of these green research can to arise other research in many areas and technological landscape. Thus it‟s expected that work can contribute to patentometric studies and the state of the art of information science in industrial property .

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 Fontes de informação com a temática informação verde na CI 28

Gráfico 2 Pedidos de patentes para 20 principais escritórios em 2011 40

Gráfico 3 Solicitações de patentes verdes por residentes e não residentes 62

Gráfico 4 Percentual de autores por categoria 69

Gráfico 5 Percentual de autores na categoria empresa 72

Gráfico 6 Patentes por área de classificação 75

Gráfico 7 Patentes verdes depositadas por ano 77

Gráfico 8 Áreas das patentes verdes depositadas por ano 79

Figura 1 Ramos da propriedade intelectual no Brasil 45

Figura 2 Folha de rosto de uma carta-patente 55

Figura 3 Subdivisão da Classificação Internacional de Patentes 58

Figura 4 Mapa verde mundial 64

Figura 5 Intensidade de pesquisas verdes no Brasil 66

Figura 6 Caminhos para identificação das áreas de tecnologias verdes 81

Figura 7 Tendência das áreas verdes em desenvolvimento por ano 82

Quadro 1 Artigos sobre patentes na CI 26

Quadro 2 Artigos nacionais sobre patente verde e prospecção na CI 27

Quadro 3 Artigos internacionais sobre patentometria na CI 29

Quadro 4 Artigos internacionais sobre patentometria em outras revistas 31

Quadro 5 Alguns escritórios de propriedade industrial 48

Quadro 6 Algumas bases de dados comerciais 49

Quadro 7 Códigos INID 56

Quadro 8 Exemplo de subdivisões de classificação de patente 74

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Desempenho estadual em patentes 2010/2011 42

Tabela 2 Países estrangeiros que depositaram patentes verdes no Brasil 63

Tabela 3 Patentes verdes por região brasileira 65

Tabela 4 Autores de patentes verdes por categoria 69

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LISTA DE ABREVIATURAS E /OU SIGLAS

ANPEI Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras BRIC Grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul CDD Classificação Decimal de Dewey

CI Ciência da Informação

CIP Classificação Internacional de Patentes CNI Confederação Nacional da Indústria

CNUMAD Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento

EPO European Patent Office

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH Índice de Desenvolvimento Humano

INID Internationally agreed Numbers for the Identification of Data INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial

IPC International Patent Classification ISI Institute for Scientific Information

JPO Japan Patent Office

KIPO Korean Intellectual Property Office

MCTI Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação NIT Núcleo de Inovação Tecnológica

NSI Nacional Science Indicators

OCDE Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento – OMPI Organização Mundial da Propriedade Intelectual

ONU Organização das Nações Unidas P&D Pesquisa e Desenvolvimento PI Propriedade Intelectual

PIB Produto Interno Bruto

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SIPO State Intellectual Property Office

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO 13

1.2 JUSTIFICATIVA 15

1.3 OBJETIVOS 18

1.3.1 Objetivo geral 18

1.3.2 Objetivos específicos 18

2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO 19

2.1 AS RELAÇÕES PARADIGMÁTICAS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO 22 2.1 O ESTADO DA ARTE DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL NO ÂMBITO DA

CI EM PERIÓDICOS NACIONAIS

25

2.3 ESTADO DA ARTE DA PATENTOMETRIA EM PERIÓDICOS

INTERNACIONAIS

29

3 INOVAÇÃO, PROPRIEDADE INTELECTUAL E PROSPECÇÃO 33

3.1 ABORDAGEM AOS ESTUDOS DE PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA 34

3.2 PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA PARA TOMADA DE DECISÃO 36

3.3 ASPECTOS LEGAIS DA INOVAÇÃO 38

3.4 INDICADORES DE INOVAÇÃO 39

4 PROPRIEDADE INTELECTUAL 45

4.1 PATENTES COMO FONTE DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA 47

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 51

5.1 METADADOS DO DOCUMENTO DE PATENTE 54

5.2 FASES PROSPECTIVAS 59

5.3 COLETA DE DADOS 61

6 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 62

6.1 SITUANDO PATENTES VERDES NO BRASIL 65

6.2 AUTORIA DAS SOLICITAÇÕES DE PATENTES VERDES 68

6.3 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DAS PATENTES VERDES 73

6.4 ANÁLISE DAS PATENTES DEPOSITADAS POR ANO 77

6.5 TEDÊNCIA DAS PATENTES VERDES 80

7 CONCLUSÕES 84

REFERÊNCIAS 87

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1 INTRODUÇÃO

A preocupação com o desenvolvimento sustentável e tecnologias limpas, em época de rápidas transformações, torna-se, cada vez mais frequente; é tema presente em discussões de âmbito nacional e internacional. As relações que envolvem economias e meio ambiente estreitam-se, sendo foco de pesquisas e questões políticas nos principais países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento - CNUMAD, conhecida também como ECO-92, Rio-92, Cúpula ou Cimeira da Terra, representantes de 178 países, incluindo 108 Chefes de Estado e Governo construíram uma nova visão para o desenvolvimento, relacionando responsabilidade social, economia e política. Isto porque com o passar do tempo às questões ambientais tornaram-se frequentes na esfera governamental, segundo United Nations (2012), tendo em vista envolver a sobrevivência do planeta, consequentemente a vida nele.

Atualmente não há como mencionar uma tecnologia ou produção de energia, sem relacioná-las ao meio ambiente. Macedo (2003) afirma que com a velocidade dos avanços tecnológicos e mudanças no cenário global, é possível verificar que existe uma forte tendência em priorizar Pesquisa e Desenvolvimento - P&D na direção de tecnologias que contribuem para conferir maior recurso natural, qualidade de energia e segurança de fornecimento. A produção e difusão de tecnologias limpas e renováveis para o uso eficiente colocam as questões ambientais como importante motor para direcionar o desenvolvimento tecnológico, que concentra atividades de P&D.

Estudo de prospecção tecnológica, realizado sobre tendências tecnológicas para energia em 2020 e 2030, coordenado por Macedo (2003), apresenta previsão de aumento de consumo de energia elétrica até 2020 em 12%, em âmbito nacional. Tal fato acarretará a busca e produção de energia, em que os riscos associados ao suprimento e aos impactos no meio ambiente farão crescer o interesse por combustíveis limpos (biomassa, gás natural, dentre outros).

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busca por combustível alternativo e fontes energéticas renováveis, estimulando significativamente, o desenvolvimento de novas tecnologias.

Ainda é Macedo (2003) quem afirma que atualmente as pesquisas relativas à energia, tem foco naquelas consideradas renováveis, por questões ambientais tanto nacionalmente como internacionalmente. No Brasil, estas pesquisas são aferidas pela energia hidráulica, biomassa (carvão vegetal, cana de açúcar), energia solar, energia eólica, energia geotérmica e energia de ondas. O autor citado anteriormente destaca a importância da aplicação de biomassa no país para fins de geração de energia.

[...] especialmente na direção de usos finais com maior conteúdo tecnológico como geração de eletricidade, produção de vapor e combustíveis para transporte, tendo em vista que o Brasil possui hoje a melhor tecnologia do mundo para a implantação, manejo e exploração de floresta de eucaliptus, por exemplo” (MACEDO, 2003, p.5).

Para incremento do conteúdo tecnológico são necessários aportes informacionais, estudos de prospecção tecnológica, viabilidade econômica, informações tecnológica, em conjunto com as contribuições governamentais e legislação vigente.

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI defende políticas e programas de P&D em prol do desenvolvimento de tecnologias com vistas à utilização de energias renováveis, revelando o interesse governamental. Um exemplo de ação tomada em âmbito nacional, o Programa Patentes Verdes, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI1 antecipa as patentes relacionadas aos benefícios ambientais. A análise das informações de Patentes Verdes e prospecção tecnológica possibilita traçar o cenário de tecnologias limpas no país sendo objeto de estudo da presente pesquisa.

Para a Ciência da Informação - CI, os estudos e pesquisas de tecnologias e energias renováveis em prol do meio ambiente são considerados importantes indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Maricato (2008) afirma que esses indicadores podem ser utilizados como instrumentos para planejamento e monitoramento de políticas científicas, no sentido de ampliar benefícios, reduzindo impactos econômicos e sociais negativos. Tais indicadores podem ser verificados através de artigos e patentes, essa última, rica fonte de informação tecnológica que indica atividade inovativa e o desenvolvimento de novas tecnologias que poderão ser inseridas no mercado.

1 O INPI é responsável pela proteção dos direitos relativos à propriedade industrial no Brasil, vinculado ao

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1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

Com a preocupação em oferecer recursos limpos à sociedade, organizações privadas, governamentais, instituições de ensino e de pesquisa em ciência e tecnologia e empresas investem em pesquisas ambientais, nas diversas áreas, seja com tecnologias que proporcionam resultados benéficos ao planeta ou por questões de green marketing.

Como forma de medidas protecionistas, em prol do meio ambiente, alguns países têm criado há alguns anos barreiras de importação para produtos originários de países que não desenvolvem programas de incentivo à proteção do verde.

Para Ruthes (2006) alguns fatores como a velocidade de transformação do mercado, viabilidade econômica, questões políticas e institucionais, inovações tecnológicas e as constantes melhorias em processos, criam necessidades de procedimentos para minimizar os impactos ambientais causados por diversos tipos de tecnologias. Pieniz (2001) afirma a necessidade de desenvolver uma cultura ética de monitoramento de pesquisas científicas, políticas públicas, mercados, concorrentes, patentes, enfim, informações básicas para manter o processo de sustentabilidade local e ambiental. Tal monitoramento resulta de estudos de prospecção tecnológica.

Apesar dos debates sobre tecnologias limpas e redução de poluentes, a criação de modelos práticos, econômicos e de responsabilidade social nas questões relacionadas ao meio ambiente não ocorrem na mesma proporção. De toda forma, qualquer tipo de mudanças e investimentos em inovação tecnológica, faz-se necessário o uso de pesquisas, seja de mercado, monitoramento, ou um estudo de prospecção tecnológica.

Estas pesquisas podem ser realizadas usando a análise de patentes, permitindo identificar o estado da técnica de uma inovação e mapear um cenário futuro de uma determinada tecnologia, podendo ser realizadas por diversas autorias (inventor individual, inventor pesquisador, instituições públicas e privadas e universidades) com interesse em inovação tecnológica.

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organização. É uma metodologia de crescimento que demanda investimento em pessoas (gestão do conhecimento), processos e tecnologias. No que refere especificamente à geração de tecnologias focaremos a pesquisa em tecnologias limpas, ou seja, inovações que contribuam para o meio ambiente.

Uma inovação voltada para tecnologias limpa, tende a resultados benéficos para o investidor, pois possui incentivos governamentais, além da introdução de gestão ambiental que resulta no fortalecimento de sua imagem, o chamado ecobusiness. A sociedade também lucra, pois investimento em meio ambiente é uma questão de responsabilidade social, melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano - IDH e de desenvolvimento econômico do país.

O INPI objetivando acelerar o exame dos pedidos de patentes consideradas verdes, para cerca de dois anos (antes aproximadamente cinco anos ou mais) lançou em abril de 2012, o Programa Patentes Verdes. Espera-se permitir que novas tecnologias sejam utilizadas rapidamente pela sociedade, incentivando seu licenciamento e impulsionando a inovação no país.

Art.2 Entende-se por pedidos de Patentes Verdes os pedidos de patentes com foco em tecnologias ambientalmente amigáveis ou ditas tecnologias verdes, sendo tais tecnologias dispostas e apresentadas em um inventário publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual – OMPI – excluindo as áreas: a) administrativas, regulamentadoras ou aspectos de design; e b) geração de energia nuclear. (BRASIL. MCTI. INPI, Resolução n. 283, 2012).

Dada à necessidade, cada vez mais, de investir no desenvolvimento de produtos tecnológicos que não agridam a natureza; o surgimento de mudanças no cenário político e econômico nacional e internacional; a aceitação de programas de incentivo à proteção ao meio ambiente; preocupação da sociedade para proteção do planeta; a criação de projetos que agilizem inovações ambientais, como o Programa Patentes Verdes, entre outras medidas, admite que pesquisas relacionadas ao meio ambiente sejam de suma importância para a sociedade, pois abrange todas as classes sociais e regiões territoriais. E é uma área que deve ser discutida na academia em especial na Ciência da Informação.

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Espera-se que a pesquisa possa contribuir com o mapeamento tecnológico de tecnologias limpas no país, servindo como documento de informação tecnológica para instituições que pretendam investir em projetos verdes, delineando ainda metodologias de pesquisa em prospecção tecnológica no âmbito da CI, que possam ser disseminadas e usadas por profissionais da informação, bem como pelosdemais pesquisadores.

1.2 JUSTIFICATIVA

No panorama nacional governamental há investimentos em programas e políticas de incentivos à inovação, em especial aquelas voltadas ao desenvolvimento sustentável. O MCTI promove ações e apoia projetos e programas de P&D como forma de incentivar o desenvolvimento e emprego de energias renováveis; tem competência para fomentar projetos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico, voltados à geração e disseminação de conhecimento, novas tecnologias, produtos e processos inovadores. Fazem parte das ações e programas do MCTI de 2012 - 2015:

Promover o desenvolvimento de CT&I aplicadas à biodiversidade e aos serviços ecossistêmicos, e sistematizar e difundir as informações disponíveis, visando a conservação, a valoração e o uso sustentável dos recursos naturais dos biomas brasileiros. Estimular a ampliação da inovação e dos investimentos empresariais em pesquisa e desenvolvimento, mediante a maior utilização de instrumentos governamentais de apoio à inovação nas empresas. Promover a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a inovação em tecnologias estratégicas de caráter transversal: biotecnologia, nanotecnologia e novos materiais. Promover a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a inovação em setores estratégicos, especialmente energia e biocombustíveis, mineral, agropecuária, complexo econômico-industrial da saúde, transporte, petróleo e gás e aeroespacial. (BRASIL. MCTI, 2012).

Algumas ações governamentais que também colaboram com o desenvolvimento tecnológico são:

 Os programas de fomento à Pesquisa e à Inovação Tecnológica, CT-Verde Amarelo2 (BRASIL. MCTI, 2012);

 O Projeto BRA/12/0193 - gestão das emissões de gases de efeito estufa da copa das confederações e do mundo em 2014, que envolve o Ministério do Esporte, o

2 O CT-Verde Amarelo tem como foco incentivar a implementação de projetos de pesquisa científica e

tecnológica cooperativa entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo; estimular a ampliação dos gastos em P&D realizados por empresas; apoiar ações e programas que reforcem e consolidem uma cultura empreendedora e de investimento de risco no país. (BRASIL. MCTI, 2012).

3

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Ministério do Meio Ambiente, a Agência Brasileira de Cooperação e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2012);

 A cooperação nacional e internacional em ciência, tecnologia e inovação, a exemplo dos BRICs, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que visam acordos e parcerias dentro do programa de política externa de acordo com o Ministério das Relações Exteriores (2012) e;

 O Programa Patentes Verdes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI. Tais ações, alinhada com a lei da propriedade industrial - lei nº 9.279/96, as políticas públicas relativas ao combate às mudanças climáticas, a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC - lei n.12.187/2009 e a Agenda ambiental da administração pública – A3P, contribuem mutuamente para programas de preservação do meio ambiente, como o Programa Patentes Verdes que disciplina a antecipação das análises de patentes com foco em tecnologias verdes (BRASIL. MCTI. INPI, Resolução n. 283, 2012).

Com base nas ações apresentadas percebe-se a manifestação e o interesse político na promoção de projetos que visem à consecução da inovação tecnológica. Consequentemente, nos últimos anos, em instituições privadas e na academia, os estudos sobre inovação e propriedade intelectual estão em desenvolvimento, porém só recentemente se veem tantas pesquisas em comparação a datas anteriores, fato talvez impulsionado pela promulgação de leis relativas à proteção intelectual e de incentivos fiscais aprovadas nos últimos anos (MORAIS; GARCIA, 2012).

Na Ciência da Informação, este é um tema de pesquisa relativamente novo, pois para Morais e Garcia (2012) artigos relacionados à inovação e informação tecnológica surgem mais fortemente a partir de 2001, sendo o foco das demais pesquisas sobre assuntos relativos à biblioteca, gestão da informação, necessidade do usuário, dentre temas específicos da CI.

A área de propriedade intelectual, em especial a propriedade industrial, que contém a busca de anterioridade e prospecção tecnológica, serviços em que o profissional da

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informação pode e deve atuar, é ainda relativamente baixa a efetiva participação dos mesmos na realização dos serviços relacionados à PI. É imprescindível consolidar na CI, os estudos de propriedade intelectual, propriedade industrial e seus diversos ramos, além de intensificar, transformar ou melhorar técnicas de buscas estratégias em informação tecnológica contida em documentos de patentes.

Assim, justifica-se trazer para a área da CI os estudos de propriedade industrial, patentes e prospecção tecnológica, advindos de treinamentos adquiridos através do Núcleo de Inovação Tecnológica - NIT4, tendo como elemento de pesquisa a informação verde.

A importância do tema meio ambiente em associação com a geração de tecnologias verdes se evidencia não só por ações empresarias e governamentais como também pela sociedade, onde sem dúvida é assunto de responsabilidade social, intrínseco na sociedade e consequentemente na academia. Recentemente, possivelmente por influência do business e economia, estão sendo comuns alguns termos como: empresa verde, energia verde, revolução verde, tecnologia da informação verde, patente verde, economia verde, direito ambiental, contabilidade ambiental, mercado verde e por que não informação verde?

No sentido tratado na presente pesquisa, a informação verde se refere às informações tecnológicas voltadas para as questões ambientais e de sustentabilidade e aquelas relativas a Patentes Verdes.

Relacionando a pesquisa realizada com a linha de pesquisa, o estudo se insere com a gestão informacional, pois trabalha com manejo de informação tecnológica na área de meio ambiente. É nesse contexto que ferramentas como inteligência competitiva e prospecção tecnológica usadas de forma estratégica constroem um processo de reflexão sobre o cenário futuro, possibilitando o planejamento e investimento em inovação com menor risco de prejuízos, sendo base para tomadas de decisões, seja na comunidade acadêmica ou em empresas, identificando, por exemplo, se determinada tecnologia pesquisada terá ou não continuidade.

A pesquisa ressalta as patentes como fonte de informação tecnológica para estudos prospectivos podendo ser usadas para desenvolver o mapeamento de tecnologias benéficas ao meio ambiente, através de estudos de prospecção tecnológica realizados com análise de Patentes Verdes. Visto que a prospecção tecnológica é uma estratégia de inteligência competitiva, a pesquisa insere-se na linha: ética, gestão e política de informação do programa de pós-graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba.

(20)

1.3 OBJETIVOS

Para a realização da pesquisa, foram estabelecidos os seguintes objetivos:

1.3.1 Objetivo geral

Analisar as informações tecnológicas relacionadas às patentes verdes, através de prospecção tecnológica, visando à informação do estado da técnica nacional sobre inovação verde.

1.3.2 Objetivos específicos

 Revisar o estado da técnica da Ciência da Informação sobre os estudos de prospecção, a fim de trazer contribuições para área;

 Recuperar informações verdes em patentes, utilizando da prospecção tecnológica como ferramenta de inteligência competitiva para conhecer que tecnologias verdes estão sendo desenvolvidas e em que setores da economia;

 Categorizar as instituições de pesquisa, empresas e inventores, de modo a relacionar os autores;

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2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

O surgimento da Ciência da Informação está atrelado à explosão documental que surgiu pós-segunda Guerra Mundial. O momento de debates provocou o desenvolvimento de novas tecnologias e aperfeiçoamento de outras existentes, a exemplo da imprensa, telecomunicação, transporte, normalização, padronização e exportação de produtos, além de mudanças políticas, econômicas e relações internacionais.

Os avanços tecnológicos advindos após o conflito levou o setor industrial, especialmente nos Estados Unidos, às mudanças nos processos e capacidade de produção. O desenvolvimento de novas tecnologias para uso militar passava por mudanças para uso civil.5 Houve a continuidade e incremento de pesquisas cientifica e tecnológicas, o aumento e variedades de fontes de informação e com isso a necessidade de formas de recuperação da informação.

Dados os diversos tipos de informação, a CI nasce como uma tentativa de solucionar os problemas que dificultavam o acesso, a recuperação e a organização das informações daquela época. Segundo Oliveira (2005) o surgimento da CI seria uma resposta à necessidade de refletir sobre os procedimentos de organização, registro e difusão do conhecimento cultural, científico e tecnológico produzido em todo o mundo, tornando central a informação em si e seus fluxos.

Na preocupação em liberar informações de instituição de pesquisa e manter prosseguimento organizacional dos volumes de informação geradas no período de pós-guerra, Vannevar Bush, cientista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), publica em 1945 um artigo intitulado As we may think, projetando soluções para resolver problemas de organização estratégica da informação e recuperação de informação. Para Medeiros (2011) o artigo de Bush tornou-se um marco, por proporcionar, em momento de conflito mundial, estudos voltados para os problemas informacionais, como a recuperação da informação e a necessária adequação tecnológica. Medeiros ressalta ainda que:

5

(22)

Notadamente, o artigo cristaliza a descontinuidade nos clássicos processos de armazenagem e distribuição do grande volume de informação cientifica acumulado. Ao projetar soluções tecnológicas para o problema, Bush procura saltar da conjuntura de desgaste ocasionada pela guerra para um futuro vislumbrado por um eficiente sistema de disseminação e recuperação da informação. (MEDEIROS, 2011, p.35)

Após iniciar discussões sobre gerenciamento da informação, Bush propõe uma máquina chamada Memex que previa a possibilidade de associar ideias, afirmando serem mais seguras às profecias baseadas em evidências. O projeto de Bush se refere à criação de um dispositivo - Memex6, “o qual acreditava ser consolidado em um futuro muito próximo, sendo esse invento adequado para uso individual, cuja feição seria parecida com uma espécie de arquivo e biblioteca privados e mecanizados” (MEDEIROS, 2011, p.37).

Para Silva e Freire (2012) Bush contribuiu de diversas formas para o advento da CI implementando marcas na identidade que são discutidas e estudadas na atualidade, o mesmo:

 Associou a CI, especificamente a recuperação da informação com o uso das tecnologias de informação e comunicação, de modo a contribuir com organização, difusão e acesso à informação independente do suporte documental.

 Relacionou a CI com outras áreas do conhecimento, como a ciência da computação, ciências cognitivas e inteligência artificial.

 Provocou a valorização da informação e interesse públicos e privados, gerando o desenvolvimento de projetos, programas e políticas para gerenciar os fluxos de informação, em especial as informações científicas e tecnológicas.

Bush colaborou ainda com o desenvolvimento técnico e epistemológico da CI como área de conhecimento, porém um dos estudiosos que promoveu as bases e sustentáculos para o advendo da CI foi Paul Otlet. Através do Traité de documentation, de 1934, ampliou o conceito de documento e caracterizou a informação em diversos suportes: cartão postal, patentes, entre outros. Assim, a documentação ganhou mais consistência epistemológica, em que são tratadas suas concepções teóricas e teologias mais relevantes. Os princípios documentários são fundamentais para a constituição da identidade e fundamentação da CI, que age através de intervenções na produção e uso do conhecimento, levando à produção de registros de informação em sistemas documentários (RAYWARD, 1997).

A obra de Otlet apresentou pioneiramente as técnicas de contagem de publicações, ao dedicar um capítulo sobre técnicas de medidas relacionadas ao livro e ao documento. Foi o

(23)

primeiro autor a expor a bibliometria, como uma prática de medida e quantidade aplicada ao livro. Posteriormente Alan Pritchar, documentalista inglês, popularizou e ampliou o método estatístico aplicado a livros e documentos, para “todos os meios da comunicação escrita” (PEREIRA, 2008, p. 55). Com a evolução tecnológica, o método se expandiu aos diversos suportes informacionais utilizados nos registros e na comunicação do conhecimento.

Além do Tratado de Documentação, a CI teve outras contribuições, tais como a formação de Institutos de tecnologia e informação e lançamento de várias publicações, conferências e reuniões, em especial, na Europa e EUA. Dos eventos que contribuíram para caracterizar a origem da Ciência da Informação, destacam-se as conferências do Georgia Institute of Technology em 1961 e 1962, no Estado da Georgia – Estados Unidos - EUA, a partir das Conferences on training science information specialists. O evento possibilitou a discussão do conceito de CI, conforme afirma Garcia (2002):

Os proceedings do Georgia Institute of Technology possibilitam um retorno à história para entendimento de aspectos atuais e de perspectivas para a ciência da informação. Através da constituição da memória e da sistematização dos eventos em que temas como treinamento e qualificação profissional têm espaço especial, é que se compreende, o contexto em que se define a ciência da informação como área do conhecimento, embora a semente tenha sido lançada por vanguardistas, a exemplo de Vannevar Bush e Paul Otlet. A par disto, a maior importância das citadas conferências se deve à conceituação e formalização da ciência da informação nos Estados Unidos, como área de nível profissional acadêmico. (GARCIA, 2002, p. 13)

Nelas se procurou alavancar a Ciência da Informação nos EUA e consolidar estudos teórico-científicos na CI partindo das contribuições de estudiosos bibliotecários e documentalistas do final do século XIX e início do século XX, até as proposições de Vannevar Bush e as Teorias Matemática e Sistêmica da Informação, entre outros atributos. As propostas de Bush até o Georgia Tech tiveram grande importância para o campo da CI promovendo “acontecimentos institucionais, técnicos e científicos que marcadamente promoveram a origem e o caminhar da Ciência da Informação” (SILVA; FREIRE, 2012, p. 25).

(24)

A construção epistemológica da CI apresentada por Ortega (2007) ressalta que a literatura sobre a área está fortemente marcada pela escolha de eixos específicos, fornecendo visões parciais que não se coadunam entre si e são incapazes de amparar a CI em seus fundamentos. Os princípios e métodos documentários apresentam abstração que subsidia a elaboração de processos e serviços de informação em diversos contextos da sociedade atual, sendo a documentação uma área que contribui para a construção epistemológica da CI.

A Ciência da Informação, embora esteja enfatizada em diversas áreas, tem como eixo central a recuperação da informação. As instituições como bibliotecas, arquivos, museus e demais centros de informação (seu funcionamento, as relações com o público, assim como o acervo informacional que estes contêm) formam objetos de pesquisa da recuperação da informação, que se utiliza de tecnologias como instrumento para o tratamento, armazenamento, recuperação e disseminação dos diversos tipos e suportes de informação, destaque para o suporte carta-patente.

As áreas estudadas pela CI vão variar de acordo com as necessidades técnicas, científicas, sociais e profissionais, bem como de acordo com o contexto regional, nacional ou global mais intimamente, com a biblioteconomia e a documentação. De acordo com Saracevic (1996, p. 43) “problemas informacionais existem há longo tempo, sempre estiveram mais ou menos presentes, mas sua importância real ou percebida mudou e essa mudança foi responsável pelo surgimento da CI”.

Borko (1968, p.1) destaca que “a Ciência da Informação possui um componente de ciência pura voltada para as pesquisas sobre fundamentos e um componente de ciência aplicada no desenvolvimento de produtos e serviços”. Neste último podemos destacar a informação tecnológica, indicadores de desempenho, informação para a indústria, propriedade industrial e transferência de tecnologia.

2.1 AS RELAÇÕES PARADIGMÁTICAS DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

A análise de Capurro e Hjørland (2003) sobre os paradigmas epistemológicos da CI confirma que as raízes históricas da CI não limitaram sua abrangência aos estudos desenvolvidos internamente na área e identifica três diferentes paradigmas epistemológicos associados às diferentes abordagens presentes na CI, observando uma esquematização simplista:

(25)

esquematização [paradigmas físico, cognitivo e social] não só simplificam de forma extrema a complexidade das proposições, como podem dar lugar a um mal entendido, considerando a presente exposição como avanço histórico, posto que muitas teorias se entrecruzam com distintas intensidades e em diversos períodos. (CAPURRO; HJØRLAND, 2003, p.22)

Baseado nos estudos sobre os fundamentos da CI, Capurro e Hjørland (2003) afirmam que existem três paradigmas principais, todos influenciados por uma visão da informação como algo objetivo, propondo os seguintes paradigmas físico, cognitivo e social. Tais paradigmas podem ser relacionados com diversas áreas da Ciência da Informação. Relacionando os paradigmas com inovação e propriedade industrial, podemos observar que a relação se dá com os três.

No paradigma físico, por estar associada à tecnologia, aos sistemas de informação e à transmissão de mensagens, a recuperação de informação tecnológica, a busca de patentes nas bases de dados nacionais e internacionais. No entanto, esse paradigma não valoriza o usuário no processo de recuperação da informação, e não considera suas percepções e interpretações.

Paradigma cognitivo, por considerar os modelos mentais dos usuários, utilizando abordagens cognitivas; invenções resguardadas em documentos de patentes são feitas por sujeito – usuário e para o sujeito – usuário. A propriedade industrial, mais especificamente a patente, é um ramo da propriedade intelectual, envolvendo a cognição. O acesso à informação deixa de ser somente voltado pela estrutura física de dados preocupando-se como satisfazer as necessidades de informação e como esta é percebida pelo usuário.

Nesse processo, o sujeito - consumidor de tecnologias é quem delimita o tempo em que a tecnologia irá continuar a ser consumida ou contribuir através de aceitação ou rejeição para desenvolvimento de outros produtos. Através do processo aprender-usando, em estudos mercadológicos, é analisada a adaptação de novas tecnologias às necessidades dos usuários, que de forma inversa, podem contribuir para aperfeiçoar equipamentos e sistemas. Por exemplo, o sucesso de um novo software depende de seu teste em situações reais, nas quais os usuários detectam problemas e orientam os projetistas ao aperfeiçoamento do produto. Em determinadas inovações, o sujeito - usuário - consumidor tem papel extremamente ativo. (KUPFER; TIGRE, 2004).

(26)

exemplificada pela necessidade em utilizar tecnologias limpas que traz benefício ao meio ambiente, ou diminuem os impactos ambientas.

González de Gómez (1984, p.113) aborda o sistema de informação como meta-informacional, pois constitui “controle e gerenciamento dos discursos acadêmico; científico, tecnológico, administrativo-jurídico” e social, pois estar embasado numa cultura específica, um projeto social “formalizado e sustentado por sujeitos sociais concretos que expressam instituições e setores socialmente significativos e legitimados: organismos governamentais, associações internacionais, universidades e outras instituições de ensino-pesquisa; organismos representativos da produção industrial, agrícola e setores de serviços terciários; sindicatos, associações civis e políticas”.

Capurro e Hjørland (2003) afirmam que cada novo paradigma surge como uma crítica ao paradigma anterior, destacando características essenciais como a necessidade de interpretar a informação (hermenêutica); necessidade de contexto para permitir a interpretação da informação; informação como um conceito interdisciplinar, pois a mesma tem significados diferentes, para sujeitos diferentes, que têm diferentes interesses. (CAPURRO; HJØRLAND, 2003, p. 356).

O campo de estudo da CI permite a relação interdisciplinar com outras áreas, sociologia, economia, tecnológica da informação, comunicação, administração, arquivologia, biblioteconomia entre outras que geram pesquisa científica que contribui com o desenvolvimento econômico do país. As pesquisas e desenvolvimento especializado se utilizam de informações tecnológicas para seu incremento, pois esta é imprescindível para a operacionalização e é usada como recurso estratégico e de propriedade intelectual em universidades e empresas.

A propriedade intelectual envolve várias disciplinas, com destaques para propriedade industrial, direito autoral e direito sui generis, perpassa a proteção literária, audiovisual, compostos químicos, cultivares e marca empresarial. Também a CI possui características interdisciplinares, com influências de outras disciplinas, conforme afirmado por Saracevic (1996, p.47) que “a Ciência da Informação é interdisciplinar por natureza e tem influências de outras disciplinas”.

(27)

contribuição de forma igualitária, algumas tiveram maior relevância, porém essas disciplinas foram responsáveis pelo caráter interdisciplinar da Ciência da Informação (PREBOR, 2010).

O envolvimento da CI com várias outras disciplinas é ratificado pela pesquisa de Prebor (2010), que desenvolveu estudos em teses e dissertações de 2002 -2006 em diversos países (Canadá, Índia, Japão, China e Estados Unidos) constando uma tendência dos estudos antes focados em uma abordagem tradicional de técnicas e estudos de usuário para assuntos relacionados a sistemas de informação, tecnologias de informação e também informação médica. Assuntos relacionados à propriedade intelectual e patentes não foram identificados, com grande relevância, nas pesquisas de teses e dissertações no campo da Ciência da Informação, por Prebor (2010).

Entretanto, o estudo sobre propriedade industrial é visto por diferentes áreas e abordado por aspectos variados, observando-se na literatura semelhanças e diferenças, dependendo da área de estudo, pois a abordagem sobre o tema é realizado de acordo com a área ao qual o pesquisador se encontra. Os advogados veem os aspectos jurídicos e legais, os economistas abordam os aspectos econômicos e financeiros, os engenheiros os aspectos técnicos inovativos, e os cientistas da informação, estudam a informação tecnológica, seu uso, as possibilidades de transferência, acesso, representação e recuperação que contribuam para a geração de conhecimento. Tais profissionais: juristas, economistas, engenheiros, bibliotecários e cientistas da informação trabalham de forma inter-relacionada e integrada sempre que realizam pesquisas em informação tecnológica.

2.2 O ESTADO DA ARTE DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL NO ÂMBITO DA CI EM PERIÓDICOS NACIONAIS

Para o desenvolvimento de estudos em propriedade industrial é preciso compreender como tais pesquisas estão sendo desenvolvidas na CI. A realização de pesquisas na academia faz necessário um levantamento bibliográfico, como forma de fundamentação teórica, justificativa da pesquisa e identificar novas pesquisas e autores. Tal levantamento bibliográfico é definido como reconhecimento do estado da arte. Já nos estudos relacionados à invenção, é necessário fazer uma busca de anterioridade em patentes, artigos, folders, eventos e demais publicações que comprovem o status inédito da pesquisa, é chamado o estado da técnica.

(28)

categorias temáticas: indicador de tecnologia, informação tecnológica, inovação tecnológica, propriedade intelectual, patente e cultura tecnológica. O período correspondeu a 1981 (data do primeiro artigo encontrado) até 2011, nos periódicos nacionais com conceito Qualis A2 a B2, emitidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Na categoria patente, há nos periódicos as publicações apresentadas no Quadro 1:

Quadro 1 – Artigos nacionais sobre patentes na CI.

Evento Autor Titulo Ano

REVISTA CI

Vânia Maria Rodrigues Hermes

de Araújo A patente como ferramenta da informação 1981 PERSPECTIVAS EM

CI Ricardo Orlandi França Patente como fonte de informação tecnológica 1997

PERSPECTIVAS EM

CI Ricardo Orlandi França

Avaliação do programa PROFINT-INPI na disseminação da informação tecnológica

contida em documentos de patentes 2000

PERSPECTIVAS EM

CI Arcênio Amorim Lobato

A geração de patentes na Universidade Federal de Minas Gerais: seu contexto e

perspectivas 2001

ANAIS DO ENANCIB

Ana Maria M. de Moura / Helen Beatriz F. Rozados / Sônia E.

Caregnato Relações entre ciência e tecnologia: uma abordagem preliminar no âmbito da UFRGS 2005

ENC. BIBLI

Ana Maria Mielniczuk de Moura, Beatriz Frota Rozados, Sônia E. Caregnato

Interações entre ciência e tecnologia: análise da produção intelectual dos pesquisadores-inventores da primeira carta-patente da

UFRGS 2006

TRANSINFORMAÇÃO Joana Coeli Ribeiro Garcia Patente gera patente? 2006

REVISTA CI Borja Gonzalez-Albo, Maria Angeles Zulueta Normativas sobre patentes en las universidades españolas 2007

ANAIS DO ENANCIB

Fátima Carvalho Corrêa / Sandra Lúcia Rebel Gomes

A Patente na Universidade: sigilo,

transparência e direito à informação. 2007

REVISTA CI

Anna Haydée Lanzillotti Jannuzzi, Rita de Cássia Rocha Amorim, Cristina Gomes de Souza

Implicações da categorização e indexação na recuperação da informação tecnológica

contida em documentos de patentes 2007

ANAIS DO SNBU Francisca Olinda Raposo Monsanto

Catalogação e indexação de patentes: estudo desenvolvido na DTRI/SBU/ UNICAMP em

parceria com a INOVA-UNICAMP 2008

REVISTA CI

José Roberto Plácido Amadei, Ana Lúcia Vitale Torkomian

As patentes nas universidades: análise dos depósitos das universidades públicas paulistas

(1995-2006) 2009

ANAIS DO CBBD Sara Maria Peres de Morais Informação tecnológica contida em documentos de patentes 2009

ANAIS DO ENANCIB

Maria Aparecida Pavanelli, Ely Francina Tannuri de Oliveira

Análise das patentes registradas no âmbito da Universidade Estadual Paulista: primeiras

aproximações 2010

ANAIS DO SNBU Maria Aparecida Pavanelli; Ely Francina Tannuri de Oliveira Análise de autoria: patentes de pesquisadores do Instituto de Química de Araraquara 2010

PERSPECTIVAS EM CI

Ana Maria Moura, Sonia E. Caregnato

Co-autoria em artigos e patentes: um estudo da interação entre a produção científica e

tecnológica 2011

ANAIS DO CBBD Weberson Luiz Fernandes Garcia

Criação cooperativa de uma base de dados de resumos de patentes para experimentação de

algoritmos de classificação automática 2011

ANAIS DO ENANCIB

João de Melo Maricato / Daisy Pires Noronha

Análise integrada de indicadores para estudo de relações entre ciência e tecnologia: co-atividades em produção científica e produção

tecnológica. 2011

(29)

Com base na pesquisa7 realizada pelos autores, ampliou-se para uma nova investigação do estado da arte, acrescentando categorias como: patente verde, prospecção tecnológica e meio ambiente de forma a servir como referencial teórico para o presente estudo. A partir dos resultados podem-se destacar os seguintes artigos, apresentado no Quadro 2, que contribuíram com a pesquisa.

Quadro 2 - Artigos nacionais sobre patente verde e prospecção na CI. Patente verde

Evento Autor Titulo Ano

INFORMAÇÃO & SOCIEDADE

Ana Maria Mielniczuk de Moura, Sonia E.

Caregnato

Co-classificação entre artigos e patentes: um estudo da interação entre C&T na

biotecnologia brasileira 2010

ANAIS DO ENANCIB

Angela Emi Yanai, Leandro Innocentini Lopes de Faria

Patenteamento na Amazônia: análise bibliométrica do cupuaçu (theobroma

grandiflorum) 2010

ENC. BIBLI

Ana Maria Mielniczuk de Moura, Sônia Elisa Caregnato

Produção científica dos pesquisadores brasileiros que depositaram patentes na área da biotecnologia, no período de 2001 a 2005: colaboração interinstitucional e

interpessoal. 2010

ANAIS DO CBBD

Luciara Cid Gigante, Maria Cristina Comunian Ferraz, Camila Carneiro Dias Rigolin

O direito à informação ambiental como forma de inclusão social: a problemática do acesso e uso de documentos de

patentes como fonte de informação 2011

Prospecção tecnológica

Evento Autor Titulo Ano

ANAIS DO ENANCIB

Ana Maria Mielniczuk de Moura / Sônia Elisa Caregnato

Produção cientifica e tecnológica na área da biotecnologia: uma análise da sua

inter-relação no PPGBCM/UFRGS 2007

TRANSINFORMAÇÃO

Ricardo A. de Lima / Lea Maria L. S. Velho / Leandro I. L. de Faria

Delimitação de uma área multidisciplinar para análise bibliométrica de produção

científica. O caso da Bioprospecção 2007

ANAIS DO ENANCIB

João de Melo Maricato / Daisy Pires Noronha / Asa Fujino

Análise bibliométrica da produção tecnológica em biodiesel: contribuições

para uma política em CT&I 2008

ANAIS DO CBBD

Eduardo Winter/ Lídia M. Mendes/ Evanildo V. Santos/ Camila B. Ferreira

Bases de dados como ferramenta de monitoramento e prospecção tecnológica

sobre o bioetanol no Brasil 2009

ANAIS DO CBBD Adriana Aparecida Puerta

Posicionamento brasileiro no conhecimento científico e estudo das

áreas tecnológicas em etanol 2011

PERSPECTIVAS EM CI

Keize K. S. Amparo, Maria do Carmo Oliveira Ribeiro, Lilian Lefol Nani Guarieiro

Estudo de caso utilizando mapeamento de prospecção tecnológica como principal

ferramenta de busca científica 2012

Fonte: Elaborado pelo autor.

(30)

Na categoria meio ambiente foram identificados 37 artigos publicados nas revistas e anais da CI referentes à informação verde. Dos artigos recuperados sobre meio ambiente e sustentabilidade constam 3% nos anos de 1981-1991; 46% entre 1992-2002 e 51% de 2003-2012. Entre os vários artigos, há predominância de assuntos como: políticas públicas para o meio ambiente, educação ambiental, direito ambiental e gestão ambiental, conforme ilustrado no Gráfico 1.

Gráfico 1 - Fontes de informação com a temática informação verde na CI.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Dos 37 artigos sobre meio ambiente e sustentabilidade, identificados a partir de 1981, 31% foram publicados em um só número da Revista Ciência da Informação no ano de 1992, com 11 artigos sobre o tema. Vale destacar a promulgação da lei 6.938 de 1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, considerado um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.

Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: [...] V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; [...] Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes. (BRASIL, lei 6.938, 1981, p.2)

(31)

Após a promulgação de leis e diretrizes governamental em prol das questões ambientais, são verificadas publicações sobre o tema, não só nos periódicos e anais da CI, mas em outras áreas interdisciplinares.

Com base no levantamento bibliográfico, para verificação do estado da arte do grau de patente verde na CI, evidencia-se que as pesquisas envolvendo informação tecnológica e meio ambiente, são relativamente novas. Houve uma crescente produção científica no início dos anos 90, uma queda e retorno recente às publicações, sugerindo tema a ser explorado.

2.3 O ESTADO DA ARTE DA PATENTOMETRIA EM PERIÓDICOS INTERNACIONAIS DA CI

O estudo teórico do estado da arte da propriedade industrial da CI em âmbito nacional sugere complementação e relação na esfera internacional. Para verificar o estado da arte das pesquisas em propriedade industrial, patentometria e patentes verdes desenvolvidas na área da CI em âmbito internacional, foram pesquisados artigos nos periódicos internacionais da ciência da informação com conceito Qualis A1 a B2, emitidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O período 2006, identificação do artigo mais antigo, ao mais atual 2013.

Para a efetivação da pesquisa foram utilizados os seguintes termos de busca: patent; industrial property; innovation patent; analysis patent; metric patent; patentometric; patent biblio*; technological prospecting; technological foresight and patent; assessment and patent; forecasting and patent; Green patent e Green prospecting.

A pesquisa apresentou 189 artigos nas categorias relacionadas a patentes, inovação e propriedade industrial, tratando de leis, importância e conceitos. Após verificação e filtragem para um contexto mais específico com a pesquisa em patentes verdes, foram identificados 16 artigos internacionais em patentometric, analysis patent e green prospecting, conforme Quadro 3.

Quadro 3– Artigos internacionais sobre patentometria na CI

Periódico Estrato Avaliação Área de Título Autor Ano

El Profesional de la

información A1

Ciênc. soc. apl. I

Software para la vigilancia tecnológica de patentes: evaluación desde la perspectiva de los usuarios

Alessandro Comai, Joaquín Tena y Juan Carlos Vergara

2006

El Profesional A1 Ciênc. soc. apl. I El análisis de patentes como estrategia para la toma de decisiones innovadoras

M. Díaz-Pérez ; Félix de

(32)

El Profesional A1 Ciênc. soc. apl. I Las patentes como indicador de la actividad científica en las universidades españolas F. Martínez-Méndez; Juan-Antonio Pastor-Sánchez 2008

Journal of the American Society for Information Science and Technology

A1 Ciênc. soc. apl. I Patent Classifications as Indicators of Intellectual Organization Loet Leydesdorff 2008

Scientometrics A1 Ciênc. soc. apl. I

Flow and social relationships of knowledge in science, technology and innovation: A patentometric study of

UNICAMP‟s technological production

Cesar A. Pereira, Rogério Eduardo R.

Bazi. 2009

Journal of the American Society for Information Science and Technology

A1 Ciênc. soc. apl. I Patent Priority Network: Linking Patent Portfolio to Strategic Goals

Fang Pei Su ; Kuei Kuei Lai; R.R.K. Sharma; Tsung Hsien Kuo

2009

Scientometrics A1 Ciênc. soc. apl. I Patent strategy in Chinese universities: a comparative perspective Chunjuan Luan, Chunyan Zhou, Aiyun Liu

2010

Revista Española de Doc. Científica B2

Ciênc. soc. apl. I

Producción tecnológica latinoamericana con mayor visibilidad internacional: 1996-2007. Un estúdio de caso: Brasil

M. D. Pérez; S. R. Amador; F.

Moya-Anegón 2010

Journal of the American Society for Information Science and Technology

A1 Ciênc. soc. apl. I Hybrid-Patent Classification Based on Patent-Network Analysis Duen-Ren Liu; Meng-Jung Shih 2011

Journal of Strategic Information Systems A2

Ciênc. soc. apl. I

Green projects: An information drives analysis of four cases

R. Watson; Marie-Claude Boudreau;

A.Chen 2011

Journal of

Informetrics B2 Ciênc. soc. apl. I

Identifying missing relevant patent citation links by using bibliographic coupling in LED illuminating technology Dar-Zen Chena, Mu-Hsuan Huangb, Hui-Chen Hsiehc, 2011 Journal of

Informetrics B2 Ciênc. soc. apl. I Ranking patent assignee performance by h-index and shape descriptors

Chung-Huei K.; Mu-Hsuan H.;

Dar-Zen Chen 2011

Journal of the American Society for Information Science and Technology

A1 Ciênc. soc. apl. I Mapping (USPTO) Patent Data Using Overlays to Google Maps Loet Leydesdorff and Lutz Bornmann 2012

Journal of

Informetrics B2 Ciênc. soc. apl. I

The trend of concentration in scientific research and technological innovation: A reduction of the predominant role of the U.S. in world research & technology

Mu-Hsuan H.; Han-Wen Changa,

Dar-Zen Chen 2012

Scientometrics A1 Ciênc. soc. apl. I Divergence and convergence: technology-relatedness evolution in solar energy industry

Chunjuan Luan, Zeyuan Liu,

Xianwen Wang 2013

Scientometrics A1 Ciênc. soc. apl. I Exploring temporal relationships between scientific and technical fronts: a case of biotechnology field

Mu-Hsuan; Su-Han Chen; Chia-Ying

Lin 2013

Fonte: Elaborado pelo autor.

Os artigos referem-se em maior relevância às categorias: analysis patent, patentometric, bibliometric e co-classification analysis patent. Apresentando ainda dados quantitativos maiores nos periódicos internacionais em comparação aos nacionais, quando se trata de artigos sobre patentometria e análise de patentes.

(33)

patentometric, que admite a patentometria como uma nova metodologia de pesquisa na CI em âmbito nacional e internacional. Porém estudos realizados com green patent e green prospecting têm quantidade inferior quando comparados aos periódicos nacionais, especialmente quando se referem à biotecnologia e demais matérias do meio ambiente.

Isso pode ser consequência do investimento nacional nos últimos anos em pesquisa e desenvolvimento para o uso e implantação de tecnologias renováveis, biotecnologia e biomassa. Macedo (2003) reforça quando coloca que a alta eficiência de sistemas modernos de geração de eletricidade e o custo da produção de energia através de recursos renováveis no Brasil, relevam o crescimento e desenvolvimento de pesquisas dessas tecnologias no país.

Com interesse por mais resultados, ampliamos a busca com a categoria patentometric para periódicos de outras áreas com conceito Qualis A1 a B2, emitidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), observamos artigos relacionados à green patent, patentometric e technological foresight and patent. Foram identificados 26 artigos internacionais em periódicos cujas áreas de avaliação, estabelecidas pela Capes, eram: interdisciplinar; administração, ciências contábeis e turismo; ciências da computação e engenharia, conforme apresentado no Quadro 4.

Quadro 4– Artigos internacionais sobre patentometria em outras revistas.

Periódico Estrato Avaliação Área de Título Autor Ano

Research Evaluation B1 Interdisciplinar Monitoring technology trends through patent analysis: a case study of thin film

Sujit Bhattacharya and Moh‟d Taiyab Rashid Khan

2001

Foresight A2

Administração, Contabilidade Turismo.

Technological foresight and technological scanning for identifying priorities and opportunities: the biotechnology and health sector

Adelaide Antunes ; Claudia Canongia 2006

Transportation Research. Part A,

Policy and Practice A2 Interdisciplinar

The use of patent analysis in assessing ITS

innovations:US, Europe and Japan Yen-Chun Jim Wu ; Pi-Ju Lee 2007

Expert Systems With Applications A1

Ciência da

computação Visualization of patent analysis for emerging technology

Y. G. Kim; J. H. Suh; S. Park 2008

Foresight A2

Administração, Contabilidade Turismo.

Forecasting the future of data storage: case of hard disk drive and flash memory

T. Daim; P. Ploykitikoon; E. Kennedy; W. Choothian

2008

Automation in

Construction (Print) A1 Engenharia

Patent analysis-based fuzzy inference system for

technological strategy planning W.-D. Yu; S.-S. Lo 2009

Technological Forecasting And Social

Change A2 Interdisciplinar

Business planning based on technological capabilities: Patent analysis for technology-driven roadmapping

Sungjoo Lee; Byungun Yoon; Changyong Lee; Jinwoo Park

2009

Journal of Technology

Management in China B1 Interdisciplinar

Internationalization of technology development in China: an evaluation using patent data

Alok K. Chakrabarti ; Pradip K. Bhaumik 2009 Revista Cubana de

Información en Ciencias de la Salud - ACIMED

B1 Interdisciplinar Patentometric analysis of information from a gender perspective

M. Díaz Pérez; R. G. Reyes; D. A. Peñas; M. R. G. González 2009

Imagem

Gráfico 1 - Fontes de informação com a temática informação verde na CI.
Gráfico 2 - Pedidos de patentes para 20 principais escritórios em 2011.
Tabela 1  - Desempenho estadual em patentes, 2010/2011 10
Figura 1  –  Ramos da Propriedade Intelectual no Brasil
+7

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