• Nenhum resultado encontrado

DECLARAÇÃO AMBIENTAL ATUALIZADA 2011 CENTRO DE PRODUÇÃO CIMPOR DE ATUALIZADA SOUSELAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DECLARAÇÃO AMBIENTAL ATUALIZADA 2011 CENTRO DE PRODUÇÃO CIMPOR DE ATUALIZADA SOUSELAS"

Copied!
28
0
0

Texto

(1)

CENTRO DE PRODUÇÃO DE

SOUSELAS

DECLARAÇÃO AMBIENTAL

ATUALIZADA

(2)

ÍNDICE

1. Introdução 3

2. O Centro de Produção de Souselas 3

3. Processo de Fabrico de Cimento no CPS – Entradas/Saídas 4

4. Objetivos e Metas Ambientais 5

5. Desempenho Ambiental 7

5.1 Emissões para a Atmosfera 7

5.1.1 Partículas 7

5.1.2 Óxidos de Azoto (NOx) 7

5.1.3 Dióxido de Enxofre (SO2) 8

5.1.4 Monóxido de Carbono (CO) 8

5.1.5 Dióxido de Carbono (CO2) 8

5.1.6 Autocontrolo das emissões atmosféricas de fontes fixas 9 5.1.7 Emissões difusas de partículas e monitorização da qualidade 11

do ar ambiente

5.2 Abastecimento e Utilização de Água 12

5.3 Águas Residuais 13

5.4 Ruído 13

5.5 Gestão de Resíduos 14

5.6 Energia 16

5.7 Indicadores Principais – Quadro 17 5.8 Requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente 18

6. Outras Questões Ambientais 19

6.1 Participação dos Trabalhadores 19 6.2 Comunicação e Relações Externas 19 6.3 Recuperação Paisagística da Pedreira 19 6.4 Sistema Integrado de Saúde Ocupacional 19

6.5 Reclamações 20

7. Programa Ambiental do CPS para 2012 21

8. Glossário 23

9. Identificação e Contatos 26

(3)

1.

INTRODUÇÃO

Esta Declaração corresponde à segunda atualização anual da Declaração Ambiental (DA) de 2009 e fornece informação sobre o desempenho ambiental do Centro de Produção de Souselas (CPS), da CIMPOR – Indústria de Cimentos, S.A. (CIMPOR) no ano 2011, e os objetivos e metas ambientais fixados para 2012.

Trata-se da nona declaração publicada no âmbito da adesão do CPS ao Sistema Comunitário de Ecogestão e

Auditoria – EMAS.

A publicação desta Declaração Ambiental Atualizada 2011, referente ao CPS, insere-se no compromisso da CIMPOR de transmitir ao público e demais partes interessadas informação relevante sobre os aspetos ambientais da sua atividade, bem como do seu desempenho ambiental e das medidas levadas a cabo no sentido de minimizar os seus impactes ambientais.

2.

O CENTRO DE PRODUÇÃO DE SOUSELAS

Relativamente à DA 2009, não existem alterações em relação à descrição e áreas ocupadas pelo CPS e a pedreira de calcário da Serra do Alhastro, anexa à instalação. Em finais de 2011 o n.º de trabalhadores era de 155 e o n.º de contratados em regime de outsourcing (média mensal) de 272.

A instalação dispõe, desde maio de 2007, da Licença Ambiental n.º 43/2006, no âmbito da legislação sobre Prevenção e Controlo Integrados de Poluição (PCIP), para a atividade principal de fabrico de cimento com uma capacidade licenciada de 2 900 000 t/ano. Em janeiro de 2008, foi obtida autorização para a operação de coincineração de resíduos perigosos (RIP) no queimador principal do forno 3 nos termos do Decreto-Lei n.º 85/2005, de 28 de abril. Esta operação de coincineração, assim como a valorização material de resíduos não perigosos, estavam já abrangidas pela referida Licença Ambiental.

Durante o ano de 2011, o CPS solicitou também autorização para a coincineração de combustíveis alternativos

derivados de resíduos não perigosos (CDR’s) nos

queimadores principais dos fornos 1 e 2, tendo recebido já em 2012 o parecer favorável da sua solicitação.

Deu também início, após concessão do alvará, emitido pela Câmara Municipal em agosto de 2011, às obras de construção da instalação de armazenagem e alimentação

de CDR para valorização energética no pré-calcinador e queimador principal do forno 3.

Devido à necessidade de solicitar prolongamento do alvará da instalação de armazenagem e alimentação de CDR do forno 3, instruiu-se no final de 2011 um novo processo de licenciamento para o qual se aguarda deferimento, acrescentando um maior detalhe da instalação.

O CPS tem como atividade principal o fabrico e expedição dos seguintes tipos de cimento, obtidos a partir da moagem de diferentes proporções de clínquer, gesso (regulador de presa) e outros constituintes:

Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 42,5 R;

Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II / / A-L 42,5 R;

Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II / / B-L 32,5 N;

Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II / / B-L 42,5 R.

O clínquer, produto da cozedura, pode também ser expedido como produto final. Em 2011 a quantidade de clínquer enviada para o exterior do CPS foi de 86 263 toneladas, representando cerca de 6% da produção.

(4)

3.

PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO NO CPS – ENTRADAS/SAÍDAS

Emissões Atmosféricas 2009 2010 2011 CO2 1 125 539 1 387 363 1 214 728 t NOx 1 444 1 528 1 391 t CO 1 591 2 193 1 907 t SO2 772 974 794 t CH4 34 41 35 t NO 2,9 3,5 3,1 t Partículas (chaminés) 10 30 25 t Partículas (difusas) 51 63 60 t

Matérias-primas subsidiárias e de consumo 2009 2010 2011

Lubrificantes 39 39 44 t

Refratários 760 759 927 t

Adjuvantes moagem 891 930 962 t

Corpos moentes 98 150 58 t

Explosivos 116 159 118 t

Amónia (em água a 24-25%) 2 019 2 017 2 483 t

Agentes absorventes de SO2 21 149 21 212 10 137 t Sulfato ferroso 279 443 472 t Sacos de papel 1 623 1 510 2 122 t Filme plástico 347 396 439 t Matérias-primas 2009 2010 2011 Calcário 2 484 944 2 909 798 2 548 926 t Areia 33 383 43 079 26 405 t Gesso 77 776 78 551 87 896 t Cinzas de Pirite 14 769 21 199 15 455 t M.p. Secundárias 25 799 55 439 50 805 t Produtos 2009 2010 2011 Clínquer produzido 1 359 591 1 634 228 1 408 345 t (Clínquer incorp.) 1 345 472 1 427 924 1 364 766 t Cimento produzido 1 803 582 1 890 807 1 807 238 t Energia 2009 2010 2011 Eletricidade 169 318 191 414 173 497 MWh Carvão 14 414 0 0 t Petcoque 132 277 171 922 147 037 t Comb. alternativos 142 4 569 5 037 t Fuelóleo 501 365 465 t Gasóleo 733 860 812 t Gás Propano 56 70 87 t TOTAL ENERGIA 5 158 6 290 5 444 TJ Resíduos 2009 2010 2011 Valorizados 4 435 3 713 3 634 t Eliminados 86 31 24 t Água 2009 2010 2011 Rede pública 18x103 23x103 30x103 m3 Águas subterrâneas 494x103 441x103 360x103 m3 Águas superficiais 56x103 30x103 30x103 m3 Água descarregada 2009 2010 2011* Águas Residuais 399x103 497x103 402x103 m3 Material de embalagem 2009 2010 2011 Sacos de papel 1 615 1 747 1 994 t Filme plástico 312 382 429 t

(*) Deste valor, 95% correspondem a águas pluviais.

Nota: Valores inferiores a 10 unidades, apresentados com uma casa decimal.

EMISSÕES ENTRADAS ENTRADAS ENTRADAS ENTRADAS SAÍDAS SAÍDAS SAÍDAS SAÍDAS

O seguinte diagrama de entradas e saídas do CPS mantém a informação prestada na declaração do ano anterior e contempla as alterações introduzidas pelo Regulamento EMAS III, relativas aos indicadores principais de desempenho ambiental, relacionados com aspetos ambientais diretos da organização.

Os dados e elementos a comunicar relativos a indicadores principais de acordo com os requisitos do ponto C do

Anexo IV (Relato Ambiental) do Regulamento EMAS III, constam do ponto 5.7 da presente declaração.

Em 2011, o processo de fabrico de cimento foi

responsável por 99% da energia total consumida no CPS (maioritariamente nas moagens de cru e de cimento) e 84% do total de água consumida (essencialmente no condicionamento dos gases dos fornos).

(5)

4.

OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS

Apresentam-se no quadro seguinte os Objetivos e Metas ambientais definidos para o ano 2011, o grau de

cumprimento obtido, assim como as principais ações ambientais desenvolvidas para a prossecução dos mesmos.

N.º Aspetos ambientais significativos Objetivos e Metas Ações Realizadas

1

Emissões de partículas nas chaminés das fontes fixas principais (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de partículas inferiores ou iguais à meta estabelecida para 2010.

(≤ 0,015 kg/t Ceq)

Substituição do corpo e secção superior da torre de condicionamento da linha 3.

Otimização da manutenção dos equipamentos de despoeiramento principais, destacando-se a remodelação de metade do filtro de mangas do moinho de cimento 4 (com substituição de 560 mangas e manequins, introdução do sistema snap ring para uma fixação mais eficiente das mesmas e alteração de todo o sistema de injeção de ar e sistema de limpeza) e substituições parciais de mangas, em fim de vida, nos filtros de mangas dos fornos 1 e 3 e da moagem de cimento 3.

Nota: A ação de reconversão do electrofiltro do forno 2 prevista inicialmente para 2011 foi adiada para 2013.

2

Emissões de NOx nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de NOX inferiores ou iguais à meta estabelecida para 2010. (≤ 1,10 kg/t clínquer)

Conclusão dos ensaios de injeção de amónia com controlo do escape de amónia livre / emissões de NH3 nas chaminés dos fornos.

3

Emissões de SO2 nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de SO2 inferiores ou iguais à

meta estabelecida para 2010. (≤ 0,65 kg/t clínquer)

Otimização do consumo de absorventes (valor de 2011 foi de 7,2 kg/t de clínquer produzido, em comparação com 13,0 kg/t registado no ano anterior). Trabalhos adicionais de otimização da instalação elétrica dos sistemas de doseamento de hidróxido de cálcio/cal hidráulica na alimentação aos fornos.

4

Emissões de CO2

(Aquecimento global) Reduzir as emissões específicas de CO2 produzido nos fornos, em 3,1%, face ao valor obtido em 2010. (≤ 821 kg/t clínquer)

Obtenção das licenças e início das obras de construção da instalação de armazenagem e alimentação de combustíveis alternativos derivados de resíduos não perigosos (CDR), para valorização energética no pré-calcinador e queimador principal do forno 3.

Nota: ver outras ações associadas ao Objetivo da “Valorização energética de resíduos”.

Aumentada, em cerca de 178% relativamente ao ano anterior, a produção, iniciada em 2010, do novo tipo de cimento composto CEM II/B-L 42,5 R, com menor incorporação de clínquer (19 780 t, com 74% de incorporação) quando comparado como alternativa ao CEM II/A-L 42,5 R (84% de incorporação de clínquer).

( ) 2012

5

Gases que afetam a

camada de ozono Eliminar progressivamente a utilização de equipamentos contendo ODS.

No âmbito da implementação do plano 2008-2014 de substituição e reformulação de todos os equipamentos contendo HCFC’s, foram retirados em 2011, 2 secadores por refrigeração de ar comprimido e 32 unidades de ar condicionado, das quais 27 foram substituídas por novas isentas de ODS e 5 colocadas fora de serviço. ( )

( ) 2014

6

Consumo de água Garantir um consumo específico de água, excluindo água para aspersão de caminhos e rega de áreas ajardinadas, 0,9% inferior ou igual à meta estabelecida para 2010.

(0,210 m3/t Ceq)

RLimpeza de dois furos artesianos (TD3 e TD4) existentes para captação de água subterrânea.

Montagem de uma nova bomba submersível, sondas de nível e substituição de todas as ligações de tubagens e cabos elétricos no furo TD3.

7

Ruído Não ultrapassar os níveis de ruído para o exterior, obtidos na campanha de medições realizada em 2008. (Lden ≤ 61 dB(A) e Ln ≤ 55 dB(A))

Trabalhos de insonorização dos ventiladores de arrefecimento da virola do forno 2 e de 6 portões de acesso a edifícios fabris (moagens de cru 1 a 3; sala dos compressores da moagem de carvão 31 e tremonhas de calcário da moagem de cru 3) em fase de conclusão.

Tapamento da abertura inferior do portão de acesso à sala de compressores da linha 3.

( ) 2013

( ) continuidade para o ano seguinte

(6)

N.º Aspetos ambientais significativos Objetivos e Metas Ações Realizadas

8

Consumo de energia elétrica

Não aumentar em mais de 4,8%, o consumo específico de energia elétrica em relação ao obtido em 2010.

(≤ 97,7 kWh/t cimento)

Concluídos os trabalhos previstos no âmbito da otimização da rede de iluminação fabril, destacando-se a instalação de um novo quadro geral de distribuição e gestão da iluminação da pré-homo 1. ( )

Continuação da substituição de motores elétricos com potência < 22 kW por motores de alto rendimento (54 motores de classe IE2/IE3 adquiridos para circuitos de moagem). ( )

Instalação de baterias de correção do fator de potência de todos os quadros da Subestação. ( )

Estudo, redimensionamento e instalação de novos componentes nos sistemas de correção do fator de potência dos quadros elétricos das moagens de carvão.

Continuação do estudo de viabilidade técnico-económica para a instalação de uma unidade de cogeração (recuperação de calor para produção de energia elétrica). ( )

Ações de melhoria do isolamento térmico de edifícios (sala elétrica n.º 10). Realizada, por entidade acreditada, uma auditoria ao sistema de contagem geral de energia elétrica da fábrica.

Nota: A ação VEV´s para os ventiladores dos filtros de mangas dos arrefecedores dos fornos 1 e 2, prevista para 2011 foi suspensa.

9

Consumo de energia

térmica Reduzir o consumo específico de energia térmica em 0,4% face ao valor obtido em 2010. (≤ 810 kcal/kg clínquer)

Modernização do sistema gravimétrico de alimentação de combustíveis sólidos (coque de petróleo) ao forno 3.

Conclusão do recondicionamento da conduta de gases quentes à moagem de carvão 41 (associado à recuperação de calor dos gases de exaustão).

10

Valorização energética de resíduos Otimizar e aumentar a valorização energética de combustíveis alternativos no forno 3.

(taxa de substituição térmica ≥10%)

Prosseguiu a atividade de coincineração no forno 3, com a valorização energética de 5 024 t de RIP´s no queimador principal, obtendo-se em 2011 com este combustível alternativo, uma taxa de substituição térmica de 2,6% (em comparação com 2,3% no ano anterior).

Entrega de novos pedidos para valorização energética de CDR nos queimadores principais dos fornos 1 e 2 e de diversos tipos de outros resíduos não perigosos em todos os fornos.

Iniciados diversos trabalhos de otimização do funcionamento da instalação de queima de RIP’s no queimador principal do forno 3. ( )

Foi dada continuidade à valorização energética e aumentada a quantidade de óleos usados produzidos internamente utilizando as instalações de coincineração de RIP no forno 3 (17,1 t em comparação com 6,7 t no ano anterior).

( ) 2012

( ) continuidade para o ano seguinte

objetivo/meta atingido objetivo/meta não atingido objetivo a atingir em ano posterior a 2011

Dos 10 objectivos definidos foram cumpridos integralmente 5 dos 6 a atingir em 2011, ao que corresponde uma

percentagem de cumprimento de 83%. Os restantes 4 objetivos estão planeados para serem cumpridos em 2012 e em anos posteriores.

No final desta Declaração Ambiental (ponto 7) é apresentado o programa ambiental do CPS para o ano 2012 com indicação dos objetivos, tendo em conta a sua classificação em termos de melhoria ou controlo do desempenho ambiental do CPS, e principais ações

previstas. As metas associadas a esses objetivos de melhoria ou de controlo são incluídas, sempre que aplicável, nos gráficos de evolução dos indicadores de desempenho ambiental apresentados de seguida, sendo igualmente referidas alterações resultantes da sua harmonização ao nível do SGA implementado que abrange os três Centros de Produção da CIMPOR INDÚSTRIA.

(7)

5.

DESEMPENHO AMBIENTAL

Nos pontos seguintes é apresentado um resumo dos dados disponíveis sobre o desempenho ambiental do CPS relativamente aos seus objetivos e metas, bem como a avaliação da conformidade com as principais disposições legais aplicáveis no que se refere aos impactes ambientais significativos. Os dados relativos aos indicadores

apresentados refletem a evolução do desempenho no período entre 2007 e 2010, e constituem um complemento

às informações do diagrama de entradas e saídas do ponto 3. Dando cumprimento ao disposto no Anexo IV do EMAS III, para a instalação do CPS em geral, é apresentado, no final deste ponto 5 um quadro detalhando os valores de 2011 de cada indicador principal, bem como os valores dos três elementos que os compõem (já referidos no Diagrama de Entradas/Saídas).

5.1 Emissões para a Atmosfera

5.1.1 Partículas

Em relação ao conjunto de fontes fixas principais, em 2011 foi obtido o valor de 0,013 kg de partículas por tonelada de cimento equivalente, dando cumprimento à meta

estabelecida e representando uma ligeira redução face ao ano anterior.

Para 2012, prevendo-se um desempenho global semelhante dos filtros de despoeiramento, é estabelecida a mesma meta de controlo operacional que a definida para 2011.

5.1.2 Óxidos de Azoto (NO

x

)

Em 2011 o valor das emissões específicas de NOx foi 5,5% superior ao registado no ano anterior, embora com um desvio favorável de 12,7% em relação à meta estabelecida.

Para 2012 mantém-se a meta de controlo operacional estabelecida em anos anteriores, mas que será válida até 2014 tendo em conta a definição, para esse ano, de um objetivo de melhoria global para todo o SGA.

EMISSÕES ESPECÍFICAS DE PARTÍCULAS

Todas as fontes principais (kg/t Ceq)

2008 2009 20 10 20 11 20 12 0,0 0 6 0,0 14 0,0 13 0,0 15 0,0 15 Emissões Metas 0,0 14 2008 2009 20 10 20 11 20 14 1,0 6 0,91 0,96 1,1 0 EMISSÕES ESPECÍFICAS DE NOX Fornos (kg/t clínquer) Emissões Metas 0, 76 1,1 0

(8)

5.1.3 Dióxido de Enxofre (SO

2

)

Em relação ao ano anterior, registou-se em 2011 uma redução de 5,1% nas emissões específicas de SO2,

cumprindo-se o objetivo com um desvio favorável de 13,8% face à meta definida.

Não se prevendo uma diminuição do teor de enxofre das matérias-primas, e assegurando-se um nível de desempenho equivalente, o CPS mantém para 2012 a meta de controlo operacional anteriormente estabelecida.

5.1.4 Monóxido de Carbono (CO)

Em 2011 as emissões específicas de CO foram 0,7% superiores em relação ao ano anterior, mas mantiveram-se relativamente baixas, obtendo-se um valor médio anual de 550 mg/Nm3 na chaminé do forno 3, para um VLE de 1 000

mg/Nm3 e inferior a 600 mg/Nm3 nas chaminés dos fornos

1 e 2 que deixaram de estar sujeitos, desde 2010, a esse mesmo VLE (ver ponto 5.1.6).

5.1.5 Dióxido de Carbono (CO

2

)

Em 2011 registou-se um novo aumento no valor das emissões específicas de CO2, de 1,7% relativamente ao ano anterior, correspondendo também a um desvio desfavorável de 4,9% face à meta que foi estabelecida para o ano 2012, com a premissa de uma taxa de substituição térmica de pelo menos 10% por combustíveis alternativos no forno 3 (que corresponde a 6,3% a nível global do CPS), e que ainda não foi conseguida (apenas 2,6% no forno 3, correspondente a 1,8% a nível global do CPS).

Com a conclusão das novas instalações de armazenagem e alimentação de combustíveis alternativos ao pré-calcinador e queimador principal do forno 3, o CPS pretende vir a valorizar, a partir de meados de 2012, CDR’s cujos fatores de emissão de CO2 são mais baixos do que o combustível principal, mantendo-se o valor da meta estabelecida para 2012, com um objetivo de 3,1% de redução face ao valor de 2010.

No que diz respeito ao Comércio de Emissões, em 2011 verificou-se a não ultrapassagem do número de licenças de emissão atribuídas no âmbito do CELE (1 750 901 t de CO2),

2008 2009 20 10 20 11 1,1 7 1,34 1,35 1,1 9 EMISSÕES ESPECÍFICAS DE CO Fornos (kg/t clínquer) 2008 2009 20 10 20 11 20 12 826 847 861 820 821 EMISSÕES ESPECÍFICAS DE CO2 Processo (kg/t clínquer) Emissões Meta 2008 2009 2010 20 11 20 12 0, 57 0,59 0,56 0, 65 0, 65 Emissões Metas 0, 48 EMISSÕES ESPECÍFICAS DE SO2 Fornos (kg/t clínquer)

(9)

sendo o valor das emissões verificadas de 1 212 411 t de CO2, ou seja, cerca de 30,8% inferiores às atribuídas.

Relativamente às obrigações resultantes da Decisão da Comissão 2011/278/CE, o CPS procedeu ao preenchimento do formulário NIM’s (National Implementation Measures),

as fontes. Relativamente a este poluente, verifica-se a conformidade legal em todas estas fontes, uma vez que todos os valores máximos registados são inferiores ao VLE definido.

5.1.6 Autocontrolo das Emissões Atmosféricas de Fontes Fixas

destinado a determinar o mínimo de Licenças de Emissão a atribuir a título gratuito para o novo período do CELE (2013-2020) e, após verificação desse formulário por verificador independente, submeteu-o à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), na qualidade de autoridade competente nacional.

Máximo diário (% do VLE diário) Média anual (% do VLE)

MONITORIZAÇÃO EM CONTÍNUO DE PARTÍCULAS - ANO 2011

Avaliação da Conformidade Legal

Fornos Arrefecedores Moagens Carvão Moagens de Cimento

F1 F2 F3 A1 A2 A3 MCv31 MCv41 MC1 MC2 MC3 MC4 100% 80% 60% 40% 20% 0%

De modo a melhor ilustrar o desempenho global associado a cada fonte, apresenta-se também a relação percentual, com o VLE, da média anual dos valores médios semi-horários, no caso da chaminé do forno 3, e dos valores médios horários, para as restantes fontes, registados para este poluente.

Do mesmo modo, no gráfico seguinte apresenta-se para os restantes poluentes medidos em contínuo nas chaminés dos fornos, a relação percentual entre o valor máximo dos

valores médios diários registados durante o período com os VLE´s respetivos. Verifica-se igualmente, que todos esses valores máximos são inferiores aos VLE´s, o que confirma a conformidade legal das emissões.

Para além disso, apresenta-se também a relação

percentual, com o VLE, da média anual dos valores médios semi-horários, no caso do forno 3, e valores médios horários, no caso dos fornos 1 e 2, registados para cada poluente.

Relativamente aos resultados da monitorização em contínuo de partículas, obtidos em 2011, apresenta-se, no gráfico seguinte, a relação percentual entre o valor máximo dos valores médios diários registados durante esse período, com o VLE de 30 mg/Nm3 aplicável a todas

(10)

< - Pelo menos uma parcela do somatório é inferior ao limite de quantificação do método de análise utilizado. Nota: Os resultados são corrigidos para um teor de 10% de O2 e gás seco nos efluentes gasosos.

Os resultados obtidos nas campanhas de medições pontuais efetuadas em 2011, por laboratório externo acreditado, são apresentados no quadro seguinte, verificando-se o cumprimento integral dos limites legais aplicáveis para todos os parâmetros. Em relação a estas campanhas é de realçar, à semelhança do já ocorrido em 2010, a não realização da segunda medição na chaminé do forno 1, em função da sua paragem por questões de mercado, desde meados de Março até ao final do ano. Adicionalmente à monitorização em contínuo dos

poluentes mais importantes emitidos nas chaminés principais, o CPS efetua nas chaminés dos fornos, pelo menos duas vezes por ano, medições pontuais de outros poluentes atmosféricos cujas emissões estão sujeitas a VLE´s, e que no caso do forno 3 são estabelecidos pela licença de exploração para a valorização energética de resíduos perigosos, abrangendo diferentes agrupamentos de metais pesados e as dioxinas e furanos.

Máximo diário (% do VLE diário) Média anual (% do VLE)

MONITORIZAÇÃO EM CONTÍNUO DE POLUENTES GASOSOS - ANO 2011

Avaliação da Conformidade Legal

Forno 1 Forno 2 Forno 3

NOx SO2 NOx SO2 NOx SO2 CO COT HCI HF 100% 80% 60% 40% 20% 0%

Nota: VLE do CO para as chaminés dos fornos 1 e 2 suprimido com a entrada em vigor da Portaria n.º 675/2009, pelo que nestas fontes não são apresenta-dos resultaapresenta-dos da avaliação de conformidade para este poluente.

MEDIÇÕES PONTUAIS NAS CHAMINÉS DOS FORNOS

(valores apresentados em mg/Nm3, com exceção das Dioxinas e Furanos)

Parâmetro Valor limite de emissão (mg/Nm3)

FORNO 1 FORNO 2 FORNO 3

1.ª medição

(fevereiro) 1.ª medição (março) 2.ª (junho)medição 1.ª medição (maio) 2.ª (outubro)medição

COT 50 19 1 18 Medidos em contínuo HF 50 < 0,2 < 0,2 < 0,2 HCl 250 1,2 1,3 0,8 H2S 50 0,2 0,2 0,2 Cd + Hg 0,2 0,0072 0,0028 0,0110 As + Ni 1 0,0039 < 0,0064 < 0,0028 Pb + Cr + Cu 5 0,0914 0,0126 0,0060 Cd + Tl 0,05 0,0012 < 0,0012 Hg 0,05 0,0010 0,0012 Sb+As+Pb+Cr+ +Co+Cu+Mn+Ni+V 0,5 0,0239 < 0,0204

(11)

5.1.7 Emissões difusas de partículas e monitorização da qualidade do ar ambiente

comparando-os com os dois anos anteriores, e também, como referência, com os limites legais aplicáveis às Estações de Monitorização da Qualidade do Ar Nacionais.

Em relação às PM10, e embora seja cumprido o valor limite para a média anual em todos os postos, verificou-se em 2011, à verificou-semelhança do já registado em 2009, a ultrapassagem do número de valores médios diários que anualmente podem exceder 50 g/m3, nos postos 3 e 5.

No posto 3, localizado junto da barreira acústica de terras próximo ao limite da fábrica com as habitações da vila de Souselas, verificaram-se valores elevados durante os meses de Inverno, enquanto que o posto 5 registou valores anormalmente elevados, principalmente nos meses de Verão. Nesses períodos, e com recurso aos registos de monitorização em contínuo das emissões de partículas de

todas as fontes fixas principais, não foram identificadas causas ou ocorrências extraordinárias imputáveis ao CPS, que justificassem esses valores excessivamente elevados. Complementarmente, o CPS, procurou averiguar eventuais causas externas (como por exemplo, funcionamento de lareiras, incêndios ou obras relevantes próximas) e conservou os filtros dos analisadores para solicitar a sua análise por um laboratório externo. As análises efetuadas ao longo do ano 2011, referentes a amostras recolhidas nos postos 3 e 5, demonstraram a não contaminação por materiais provenientes da exploração da pedreira ou de poeiras de cimento.

(1) - PM

10: Valor limite diário (em g/m3) a não exceder mais de 35 vezes durante o ano civil. (2) - NO

2: Valor limite anual para proteção da saúde humana (em g/m3). (3) - PM

2,5: Valor limite anual para proteção da saúde humana (em g/m3), aplicável para o ano civil (com margem de tolerância), sendo que está definido

25 g/m3 como valor alvo para proteção da saúde humana, em vigor a partir de 01.01.2010, e valor limite aplicável a partir de 01.01.2015.

MONITORIZAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE PARTÍCULAS PM10, NO2, SO2, PM2,5 E O3 NO AR AMBIENTE

(Rede de Qualidade do Ar do CPS)

Parâmetros da

Qualidade do Ar Limite Unidades Ano PontãoPosto 1 Posto 2Parque

Posto 3 Souselas (B. Acústica)

Posto 4

Brasfemes AlmoinhasPosto 5

PM

10

Valor médio anual 40 g/m3

2009 30 27 37 23 36 2010 25 26 26 19 22 2011 24 25 32 23 34 N.º de valores > 50 (1) 35 n.º 2009 27 22 75 7 74 2010 18 14 30 4 19 2011 13 21 48 11 67 NO 2

Valor médio anual (2)

42 g/m3 2009 14 12 14 7 9 40 2010 14 18 16 8 9 40 2011 13 14 15 8 8 SO 2

Valor médio anual - g/m3

2009 2 3 5 3 3

2010 2 1 2 2 2

2011 2 1 2 2 2

PM

2,5

Valor médio anual (3)

29

g/m3

2009 7 8 11 4 8

29 2010 8 10 7 4 6

28 2011 9 12 9 9 5

O3 Valor médio anual - g/m3

2009 51 50 47 63 46

2010 42 46 38 69 45

2011 39 46 34 70 44

No quadro seguinte são apresentados os valores obtidos na rede de qualidade do ar ambiente instalada na envolvente do CPS, durante o período de medição anual,

(12)

Como medidas mais relevantes implementadas ao longo do ano para minimização e controlo de emissões difusas de partículas, destacam-se as seguintes:

Recuperação de pavimentos em zonas fabris (zonas do parque comercial, parque de viaturas ligeiras e estrada de acesso à pedreira) numa área de cerca de 1 450 m2;

Recuperação estrutural do hangar do parque da pré-homo 1, com montagem de novas chapas de cobertura (em acrílico translúcido) substituindo as anteriormente existentes;

Substituição das estruturas de cobertura das tremonhas de calcário e de dois filtros de

despoeiramento de silos de clínquer das linhas 1 e 2;

Otimização da instalação de descarga de poeiras do arrefecedor do forno 2;

Instalação de um novo aspirador de maior capacidade no edifício da ensacagem permitindo ampliar a rede de aspiração fixa ao edifício do pacotão e à zona de expedição de cimento a granel por via ferroviária, e reconversão do anterior aspirador da ensacagem para a extração dos silos de combustíveis sólidos;

Montagem de filtro de despoeiramento num novo circuito de extração de cimento (do silo 4) para expedição a granel através do cais de carregamento ferroviário.

Quanto aos óxidos de azoto (NOx) esta designação é atribuída aos poluentes monóxido e dióxido de azoto (NO e NO2, respetivamente). Em termos de efeitos no ambiente, o NO2 é mais importante, pelo que o Decreto- -Lei n.º 102/2010, apenas fixa valores limite no ar ambiente para este poluente. Por este motivo, a partir da presente declaração ambiental atualizada apenas se apresentam os resultados da concentração de NO2 no ar ambiente.

2008 2009 2010 20 11 0, 254 0,1 95 0,1 92 0,210

CONSUMOS ESPECÍFICOS DE ÁGUA

Excluindo todas as regas (m3/t Ceq)

Consumo Meta 0, 20 1 2008 2009 20 10 20 11 20 12 0, 281 0, 214 0, 209 0, 209

CONSUMOS ESPECÍFICOS DE ÁGUA

TOTAL (m3/t Ceq)

Consumo Meta

0,

218

5.2 Abastecimento e Utilização de Água

Registou-se uma diminuição de 1,5% no consumo específico de água, relativamente ao ano anterior, tendo sido cumprida a meta estabelecida. Para este facto contribuiu o menor consumo percentual da água de uso industrial (84% em 2011 face a 86% em 2010).

Em função da harmonização dos indicadores do SGA, que abrange todos os Centros de Produção, foi redefinida a metodologia de cálculo do consumo específico de água, sendo que a partir de 2012, passará a considerar o consumo de água total (proveniente da rede pública e das captações subterrâneas, ou seja, não considerando a água utilizada a partir da bacia de retenção de águas pluviais), sem exclusão das águas de rega.

Para 2012, é estabelecido o objetivo de não ultrapassar ou melhorar o valor obtido em 2011 com esta nova definição, de 0,209 m3/t Ceq.

Para as três captações de água subterrânea existentes, não foram excedidos durante o ano 2011, os volumes máximos de extração mensal autorizados.

(13)

MONITORIZAÇÃO DE ÁGUAS RESIDUAIS - ANO 2011

Zona da Fábrica Zona da Pedreira

Parâmetro Limite legal Unidades

ETAR + Pluviais Rib.ª Botão (LT1&2/EH1) Parque carvão Rib.ª Botão (LT 3,5&15/EH2) Bacia e Decantador Rib.ª Resmungão (LT4/EH3) Autocontrolo semestral 1.º S 2.º S 1.º S 2.º S 1.º S (1) 2.º S pH 6,0-9,0 Sorensenescala 8,2 7,6 8,0 7,9 n.d. 7,8 CBO5 40 mg O2/l < 10 < 10 < 10 < 10 n.d. < 10 CQO 150 mg O2/l 30 30 < 30 < 30 n.d. < 30 SST 60 mg/l 14 16 < 2 2 n.d. 4 Óleos e gorduras 15 mg/l 0,4 0,6 0,3 0,3 n.d. < 0,3 Metais pesados 15 mg/l < 0,4 < 0,4

(1) - Não foi possível recolher uma amostra representativa das águas residuais devido à ausência de caudal de descarga associado; n.d. – não determinado.

< - Valor medido inferior ao limite de deteção do método de análise utilizado.

LT – Linha de tratamento; EH – ponto de descarga no meio hídrico (identificação segundo o especificado na Licença Ambiental).

5.3 Águas Residuais

No quadro seguinte apresentam-se os resultados da monitorização da qualidade das águas residuais descarregadas, verificando-se que os valores obtidos

foram inferiores aos limites legais para todos os parâmetros sujeitos a autocontrolo.

5.4 Ruído

A última campanha de medições de ruído para o exterior da instalação fabril foi realizada em 2008, sendo que a próxima foi antecipada para 2012 após arranque das novas instalações de valorização energética de CDR’s no forno 3, considerada uma alteração ao estabelecimento industrial com potenciais implicações ao nível do ruído. As ações de minimização de ruído para o exterior, implementadas em 2011 e referidas no quadro do ponto 4, assim como as planeadas para 2012, irão contribuir para o objetivo

mantido pelo CPS de não ultrapassar os valores dos indicadores de ruído obtidos nessa campanha. No entanto, é de referir que o indicador de ruído diurno-entardecer-noturno (Lden) foi considerado o mais representativo do desempenho geral da fábrica em termos de emissões de ruído para o exterior, pelo que foi retirada a referência ao indicador de ruído noturno (Ln) cuja meta estava definida em 55 dB(A).

(14)

5.5 Gestão de Resíduos

No quadro seguinte apresentam-se as quantidades e tipologia dos resíduos produzidos internamente em 2011, bem como a operação de gestão a que foram sujeitos.

Resíduos produzidos - Ano 2011 Quantidade (t) Operação de gestão

Resíduos do fabrico de cimento (amostras, partículas e poeiras) 2 678,8 Valorização interna

Óleos usados 21,0 (*) Valorização interna

Massas lubrificantes e outros resíduos contendo hidrocarbonetos 14,6 (*) Eliminação externa Sacos de papel rotos (da secção de embalagem) 119,0 Valorização externa

Resíduos e embalagens de madeira 74,8 Valorização externa

7,0 (*) Valorização externa

Mangas filtrantes 4,5 Valorização interna

Resíduos absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza 6,8 (*) Eliminação externa Telas transportadoras e outros resíduos de borracha 19,2 Valorização externa

Tijolos e betão refratários 334,4 Valorização interna

Sucatas metálicas 259,3 Valorização externa

Materiais recicláveis (papel e cartão, vidro, plástico, madeira...) 5,7 Valorização externa Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos 2,9 (*) Valorização externa

Resíduos sólidos equivalentes a urbanos 61,5 Valorização externa

Resíduos de construção e demolição 45,6 Valorização interna

Outros resíduos não especificados 2,5 (*) Eliminação externa

TOTAL DE RESÍDUOS PRODUZIDOS 3 657,6

Total de resíduos não perigosos 3 602,8

54,8 Total de resíduos perigosos (*)

Total de resíduos para valorização 3 633,7

Total de resíduos valorizados internamente 3 084,3

Total de resíduos valorizados externamente 549,4

Total de resíduos para eliminação 23,9

Em termos de medidas implementadas em 2011 no âmbito da gestão de resíduos, destacam-se os trabalhos de beneficiação e reorganização do parque de sucatas/ /armazenagem de resíduos junto ao parque de contentores para contratados e empreiteiros.

No gráfico seguinte apresenta-se a evolução da produção total de resíduos, bem como o seu destino final registando--se uma ligeira redução de 2,3% na quantidade produzida relativamente a 2010, assim como um novo aumento das percentagens de valorização.

(15)

A percentagem de resíduos enviados para operações de eliminação registada em 2011, de apenas 0,7%, foi a mais baixa dos últimos anos, superando o melhor resultado já obtido em 2010.

Para além da valorização interna de certos tipos de resíduos produzidos na instalação, o CPS deu continuidade à valorização material de resíduos provenientes do exterior, sendo as quantidades incorporadas como matérias-primas secundárias nas operações de britagem de 47 754 t, valor este ligeiramente inferior, em cerca de 9%, ao valor obtido em 2010 (52 630 t).

Apesar desta redução, atingiu-se em 2011 uma percentagem de incorporação de matérias-primas secundárias alternativas de 2,3% que representa um incremento em 0,2 pontos percentuais face ao ano anterior. No caso de também serem consideradas as quantidades de subprodutos provenientes de outros sectores industriais, como é o caso das cinzas de pirite, a percentagem de incorporação obtida foi de 3,0%, sendo que este indicador será utilizado a partir de 2012, no âmbito da harmonização e definição de objetivos globais do SGA, definindo-se uma meta de controlo operacional do CPS para esse ano de 2,9%.

QUANTIDADE DE RESÍDUOS PRODUZIDOS / (t)

Total = 4 497 t 2008 12,9% 83,0% 4,1% Total = 4 521 t 2009 84,8% 13,3% 1,9% Total = 3 744 t 2010 77,1% 22,1% 0,8% Total = 3 658 t 2011 84,3% 15,0% 0,7% 0 1000 2000 3000 4000 5000

(16)

5.6 Energia

Nos gráficos seguintes apresenta-se a evolução dos consumos específicos de energia elétrica e de energia térmica nos últimos anos.

Em 2011 verificou-se um aumento do consumo específico de energia elétrica em relação ao ano anterior, ficando, no entanto, 5,3% abaixo da meta estabelecida. Este aumento, associado principalmente ao registado na fase de produção de clínquer, tem a ver com o facto de a linha 3, com melhor desempenho que as outras linhas, ter tido uma redução percentual na sua utilização relativamente a 2010. De modo a harmonizar os valores apresentados no âmbito dos Sistemas de Gestão da Qualidade e do Ambiente, os valores indicados no gráfico correspondem ao consumo específico de energia elétrica sem considerar a contribuição da secção de embalagem e expedição. Para 2012 estabeleceu-se como meta de controlo operacional garantir um consumo específico de energia elétrica inferior ou igual a 98,2 kWh/t cimento, superior à meta de 2011, tendo em conta a previsível entrada em funcionamento das novas instalações de armazenagem e alimentação de CDR`s para coincineração.

Em relação ao consumo térmico dos fornos, registou-se em 2011 uma diminuição de 0,2% face ao consumo térmico do ano anterior, verificando-se ainda assim um desvio desfavorável de 0,1% em relação à meta prevista. Para 2012 mantém-se a meta estabelecida para 2011 de garantir um consumo específico de energia térmica inferior ou igual a 810 kcal/kg clínquer.

2008 2009 2010 20

11

20

12

CONSUMO ESPECÍFICO DE ENERGIA TÉRMICA

(kcal/kg clínquer)

Valor Obtido Metas

79

3 813 811 810 810

808

Nota: O cálculo do consumo específico de energia elétrica é feito com base nos consumos energéticos de diferentes fases do processo de produção de cimento. Resulta assim, do somatório do consumo elétrico específico da moagem do cimento (não incluindo a embalagem e expedição) com o consumo específico da produção de clínquer, multiplicado pelo fator de incorporação de clínquer no cimento produzido (outros consumos auxiliares tais como oficinas/edifícios e tratamento de águas são repartidos na proporção de 60% para a fase clínquer e de 40% para a fase cimento)

CONSUMO ESPECÍFICO DE ENERGIA ELÉTRICA

(kWh/t cimento) 2008 2009 20 10 20 11 20 12 91 ,8 91 ,6 92,5 97, 7 98, 2

Valor obtido Metas

89

(17)

5.7 Indicadores Principais – Quadro

No quadro seguinte, são apresentados os indicadores principais de desempenho ambiental relativos ao ano 2011, bem como os valores dos componentes numéricos que servem de base para o seu cálculo e que

INDICADORES PRINCIPAIS - ANO 2011

INDICADORES PRINCIPAIS Valor A Valor B Valor R

B1 (Ck) B2 (Ceq)

Eficiência energética 5 444 237 GJ

1 864 946 t

2,92 GJ/t Ceq

Eficiência dos materiais 2 747 249 t 1,47 t/t Ceq

Água 419 907 m3 0,225 m3/t Ceq

Resíduos

Totais 3 658 t 1,961 kg/t Ceq

Perigosos 55 t 0,029 kg/t Ceq

Biodiversidade (utilização dos solos)

Total 1 256 338 m2 0,67 m2/t Ceq

Fábrica 367 219 m2

Pedreira Calcário 889 119 m2

Emis

sões

Gases com efeito de estufa CO2 1 214 728 t 1 408 345 t 863 kg/t Ck CH4 741 t CO2 eq 0,53 kg/t Ck N2O 961 t CO2 eq 0,68 kg/t Ck HFC 0 t CO2 eq 1 864 946 t 0 kg/t Ceq SF6 0 t CO2 eq 0 kg/t Ceq Outros poluentes Partículas 85 t 1 864 946 t 0,046 kg/t Ceq NOx 1 391 t 1 408 345 t 0,99 kg/t Ck SO2 794 t 0,56 kg/t Ck

NOTA: Cada indicador principal é composto pelos seguintes elementos:

• Um valor A, correspondente à entrada/impacte anual total do domínio em causa;

• Um valor B, correspondente à produção anual total da organização, em que B1 diz respeito à produção de clínquer (Ck) nos fornos e B2 à produção de

cimento equivalente (Ceq), sendo usado um ou outro conforme o valor A se refira aos aspetos ambientais maioritariamente verificados no processo de produção de clínquer nos fornos ou abranjam todo o processo de fabrico de cimento e as atividades da instalação como um todo;

• Um valor R, correspondente ao rácio A/B.

complementam as informações do diagrama de entradas e saídas, apresentado no ponto 3 desta declaração, de acordo com o determinado no ponto C do Anexo IV do Regulamento EMAS III.

Continuam a ser aplicadas as mesmas metodologias de cálculo de novos indicadores principais introduzidos pelo

(18)

5.8 Requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente

A identificação, análise e acesso a todas as disposições legislativas (nacionais e/ou comunitárias), regulamentares e outras, aplicáveis aos aspetos ambientais das atividades, produtos e serviços, são realizadas de acordo com procedimento específico, que permite estabelecer o seu registo, conhecer as suas implicações e assegurar a sua implementação, sendo posteriormente inseridos em listas de apoio para avaliação da conformidade legal.

A maior parte dos requisitos legais aplicáveis ao CPS encontram-se reunidos na Licença Ambiental n.º 43/2006, emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 173/2008, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), onde são fixadas as obrigações do CPS no que se refere ao seu desempenho ambiental, integrando requisitos emanados de diversos outros documentos legais e derivados, tais como:

Decreto-Lei n.º 78/2004 – Regime da prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera;

Decreto-Lei n.º 9/2007 – Regulamento Geral do Ruído;

Decreto-Lei n.º 85/2005 – Regime da incineração e coincineração de resíduos;

Decreto-Lei n.º 178/2006 (republicado pelo Decreto- -Lei n.º 73/2011) – Regime geral da gestão de resíduos;

Lei n.º 270/2001 (Republicado pelo Decreto--Lei n.º 340/2007) – Regime jurídico de pesquisa e exploração de massas minerais (pedreiras).

Para além destes, podem também ser considerados, como especialmente importantes, os requisitos incluídos na seguinte legislação:

Lei n.º 233/2004 (Republicado pelo Decreto--Lei n.º 30/2010) – Regime do comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa;

Decisão da Comissão 2011/278/UE – Regras transitórias da União relativas à atribuição

harmonizada de licenças de emissão a título gratuito;

Lei n.º 127/2008 (alterado pelo Decreto--Lei n.º 6/2011) – Registo Europeu das Emissões e Transferências de Poluentes (PRTR);

Decreto-Lei n.º 56/2011 – Regime aplicável a determinados gases fluorados com efeito estufa (GFEE), assegurando a execução do Regulamento (CE) n.º 842/2006 e dos respetivos regulamentos de desenvolvimento;

Despachos n.º 16447 e n.º 21531/2006 – Isenção de AIA para o projeto de coincineração de RIP’s no CPS;

Regulamento (CE) n.º 1005/2009 – Substâncias que empobrecem a camada de ozono;

Lei n.º 58/2005 – Lei da água;

Contrato com a Sociedade Ponto Verde para a gestão de resíduos de embalagens no âmbito do Decreto-Lei n.º 366-A/97 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 162/2000);

Decreto-Lei n.º 209/2008 – Regime de exercício da atividade industrial (REAI);

Decreto-Lei n.º 147/2008 – Regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais.

(19)

6.

OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS

6.3 Recuperação Paisagística das Pedreiras

Conforme estava previsto após o termo de vigência do anterior programa, em janeiro de 2011 foi entregue à entidade licenciadora o novo Programa Trienal da pedreira da Serra do Alhastro para o período 2011-2013.

Na pedreira da Serra do Alhastro prosseguiram os trabalhos de recuperação e integração paisagística previstos no PARP, bem como as campanhas de monitorização de aspetos ambientais cujos resultados demonstraram a conformidade com os requisitos aplicáveis.

Em 2011 foi concluída a recuperação paisagística da parcela 8 da Fase 1 do PARP, abrangendo uma área de cerca de 2 682 m2. O terreno desta parcela foi alvo de modelação

ligeira para suavizar pequenas irregularidades, seguindo--se a escarificação e revolvimento da camada superficial, com posterior abertura de covas para a plantação de 172 pinheiros do Alepo (Pinus Halepensis).

Também se realizaram trabalhos de manutenção e conservação das áreas recuperadas em anos anteriores, consistindo fundamentalmente na rega, fertilização, ceifa, retancha e desbaste dos pinheiros plantados que apresentam um bom crescimento e adaptação ao meio envolvente.

6.4 Sistema Integrado de Saúde

Ocupacional

Como ações relevantes implementadas no âmbito do Sistema Integrado de Saúde Operacional (SISO), certificado segundo as normas OHSAS 18001:2007 / /NP 4397:2008, destacam-se o maior envolvimento de todos os trabalhadores diretos e indiretos nos assuntos de SHST através, por exemplo, de uma participação mais ativa nas reuniões semanais de segurança/ambiente das Seções do CPS, com a realização posterior de reuniões idênticas por empresas, da continuação de realização de campanhas temáticas trimestrais sobre temas de SHST, de um acompanhamento mais eficaz dos técnicos de segurança das empresas contratadas nos trabalhos que desenvolveram e de um aumento significativo de trabalhadores indiretos no processo de “Acolhimento”.

6.1 Participação dos Trabalhadores

Em 2011 continuaram a ser realizadas sessões de

acolhimento a colaboradores internos e externos no âmbito da vertente ambiental e de segurança, que abrangeram cerca de 600 participantes e que incluíram, por exemplo, uma forte sensibilização para a correta separação dos resíduos. Na área de gestão de resíduos foi também promovida uma ação de formação interna mais específica, com 6 participantes, sobre o preenchimento de guias de acompanhamento de resíduos.

Ao longo do ano, foram realizadas “Observações de Segurança e Ambiente”, “Observações de Comportamento” e apresentadas “Sugestões do

ambiente”, tendo sido registadas 20 situações em matéria de ambiente. Estas observações e sugestões de melhoria efetuadas pelos trabalhadores diretos, incidem sobretudo em situações de comportamento, respeito das normas existentes na execução das atividades e tarefas, e também na observação das condições físicas dos locais de trabalho.

6.2 Comunicação e Relações Externas

Em 2011, como já vem sendo habitual, o CPS “abriu as suas portas” a quem o quisesse visitar durante o período de duas semanas, entre 16 de maio e 02 de junho de 2011, contabilizando 909 visitantes oriundos dos centros populacionais mais próximos, abrangendo um vasto leque de idades (desde crianças a idosos), de preparação académica (do ensino básico ao superior) e de atividades profissionais. Foram ainda realizadas diversas visitas de estudo, contabilizando 263 visitantes, organizadas para diversos estabelecimentos de ensino. No total, em 2011, o CPS recebeu 1 172 visitantes.

O CPS, em colaboração com diferentes escolas do distrito de Coimbra, recebe jovens para a realização de estágios numa vertente de formação prática em contexto de trabalho, tendo recebido em 2011 dez estagiários.

(20)

De salientar também os baixos índices de sinistralidade verificados em 2011 com trabalhadores diretos, tendo-se verificado zero acidentes com baixa.

Regista-se igualmente a realização de ações de formação internas no âmbito da SHST, tendo havido um aumento da participação de trabalhadores indiretos.

Outras medidas relevantes, que continuam a ser reforçadas anualmente, incluem medidas ao nível da montagem de proteções mecânicas em equipamentos e plataformas para melhorar a acessibilidade e segurança nas operações de manutenção e vigilância do processo, a certificação de equipamentos de trabalho de acordo com a legislação em vigor e reforço dos sistemas de deteção e extinção de incêndios.

Com o objetivo de testar os procedimentos e meios definidos no Plano de Emergência Interno (PEI), foram realizados em 2011 dois simulacros com as vertentes de derrame/socorrismo/evacuação e respetivas

consequências ambientais, nas zonas da torre de ciclones da linha 2, em que se simulou um encravamento de ciclone, e na zona das moagens de cimento 1 e 2 em que se simulou um derrame de adjuvante.

Estes simulacros contaram com o envolvimento de trabalhadores diretos e indiretos e tiveram como objetivo geral testar procedimentos de organização para a emergência e atuação dos intervenientes, tendo especificamente sido testados os meios e formas de comunicação interna, a adequação dos meios de primeira e segunda intervenção, as medidas de minimização de impactes ambientais durante e após a ocorrência, a capacidade de reposição da situação normal e a

contribuição para eventual revisão dos procedimentos e do PEI.

Durante o ano de 2011 não foi registada nenhuma ocorrência com potenciais implicações ambientais, ou qualquer outra situação de incumprimento ou de acidente enquadrável, e sujeita a notificação no âmbito dos requisitos de gestão de situações de emergência estabelecidos pela Licença Ambiental do CPS.

6.5 RECLAMAÇÕES

Durante o ano de 2011 foi registada uma reclamação, por um habitante da envolvente da fábrica referindo que a pintura da sua viatura se encontraria danificada alegadamente por poeiras provenientes da fábrica. Excecionalmente, o CPS predispôs-se a lavar a viatura do reclamante, que estava visivelmente suja mas não comprovadamente com pó de cimento, confirmando que não existia qualquer dano na pintura da mesma.

(21)

7.

PROGRAMA AMBIENTAL DO CPS PARA 2012

Questões Ambientais Objetivos (M/C)Tipo Ações Planeadas Data

Emissões de partículas nas chaminés das fontes fixas principais

(poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de partículas inferiores ou iguais a 0,015 kg/t Ceq. C

Otimização da manutenção dos equipamentos de despoeiramento principais, com destaque para a remodelação do filtro de mangas do moinho de cimento 3.

Nota: esta ação estava inicialmente prevista para 2011. 2012

Emissões de NOx nas chaminés dos fornos

(poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de NOX,

inferiores ou iguais a 1,10 kg/t clínquer. C

Melhorias dos sistemas de regulação automática do caudal de solução de amónia em função dos níveis de emissão de NOx nas chaminés.

Nota: esta ação estava inicialmente prevista para 2011. 2014

Emissões de SO2 nas chaminés dos fornos

(poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de SO2

inferiores ou iguais a 0,65 kg/t clínquer. C Otimização do consumo de absorventes. 2012

Emissões de CO2 (Aquecimento

global)

Reduzir em 3,1% as emissões específicas de CO2 produzido nos fornos, face ao valor

obtido em 2010 (≤ 821 kg/t clínquer).

M

Iniciar a valorização energética de CDR no forno 3. ( )

Nota: ver outras ações associadas ao Objetivo da “Valorização energética de resíduos”.

Aumento da comercialização de cimentos compostos (incluindo o CEM II/B-L 42,5 R). ( )

2012

Gases que afetam a camada de

ozono Eliminar a utilização de equipamentos fixos contendo ODS. M

Continuação da implementação do plano de substituição/reformulação das unidades de ar condicionado e refrigeração contendo HCFC’s. ( )

2014

Consumo de água

Garantir um consumo específico de água inferior ou igual ao valor obtido em 2011 (≤ 0,209 m3/t Ceq).

M

Montagem de uma nova bomba submersível no furo de captação de água subterrânea (TD4).

Fornecimento e montagem de sondas de nível contínuo em três reservatórios de recolha de águas para o sistema de recirculação de água industrial.

2012

Ruído

Não ultrapassar os níveis de ruído para o exterior, obtidos na última campanha de medições realizada em 2008 (Lden ≤ 61 dB(A)).

M Trabalhos adicionais de insonorização no edifício das moagens de cimento 3 e 4. 2012( )

Consumo de recursos naturais Garantir uma percentagem de incorporação de matérias-primas alternativas e subprodutos ≥ 2,9%.

C

Continuar a promover a incorporação de matérias- -primas secundárias. ( )

Pesquisa de novas fontes de materiais a utilizar como matérias-primas alternativas. ( )

2012

Consumo de energia elétrica Garantir um consumo específico de energia elétrica inferior ou igual a 98,2 kWh/t cimento

C

Otimização da rede de iluminação fabril. ( ) Continuação da substituição de motores elétricos com potência < 22 kW por motores de alto rendimento. ( )

Conclusão da instalação de baterias de correção do fator de potência de todos os quadros da Subestação. Fornecimento e colocação em serviço de novas baterias de condensadores de média tensão para correção do fator de potência (motores de moinhos). Montagem de variadores de velocidade em dois motores de bombas de água e no ventilador da torre de arrefecimento de água da linha 3.

Estudo da viabilidade técnico-económica para a instalação de uma unidade de cogeração (recuperação de calor para produção de energia elétrica).( ) Realização, por empresa especializada, de uma Auditoria Energética com a elaboração e implementação de um Plano de Racionalização dos Consumos de Energia. ( )

Nota: esta ação estava inicialmente prevista para 2011. 2012

Consumo de energia térmica

Reduzir o consumo específico de energia térmica em 0,1% face ao valor obtido em 2011.

(≤ 810 kcal/kg clínquer)

M

Montagem de novos canhões de ar para minimizar incrustações e controlar perdas de carga na torre de ciclones de pré-aquecimento do forno 3.

Nota: Para este objetivo contribuem também as ações especificadas nos Objetivos “Emissões de CO2“ e

“Valorização energética de resíduos”.

(22)

Questões Ambientais Objetivos (M/C)Tipo Ações Planeadas Data

Valorização energética de resíduos

Otimizar e aumentar, em pelo menos 4,5 pontos percentuais, a valorização energética de combustíveis alternativos no forno 3.

(taxa de substituição térmica ≥ 6,3%)

M

Conclusão das obras de construção e arranque das instalações de armazenamento e dosagem de combustíveis alternativos (CDR) ao forno 3. Conclusão dos trabalhos de otimização do funcionamento da instalação de queima de RIP’s no forno 3, incluindo a aquisição e montagem de um novo queimador adaptado para a coincineração de CDR´s. ( )

Manter a valorização energética no forno 3 de óleos usados e outros resíduos produzidos internamente. Obtenção de autorização para valorização de RNP, incluindo diversos tipos de resíduos produzidos internamente, nos queimadores principais dos fornos 1 e 2.

2012

( ) continuidade para anos seguintes

M – Objetivo de melhoria do desempenho ambiental do CPS para o qual é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental relativamente a um ano de referência.

C – Objetivo de controlo para o qual não é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental do CPS relativamente a um ano de referência.

(23)

8.

GLOSSÁRIO

Biomassa – A fração biodegradável de produtos, resíduos e detritos de origem biológica provenientes da agricultura (incluindo substâncias de origem vegetal e animal), da exploração florestal e de indústrias afins, incluindo da pesca e da aquicultura, bem como a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.

CBO5 – Carência Bioquímica de Oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação bioquímica dos compostos orgânicos.

CDR’s – Combustíveis Derivados de Resíduos. Combustíveis preparados a partir de resíduos não

perigosos e em concordância com a norma NP 4486:2008.

CELE – Comércio Europeu de Licenças de Emissão.

Ceq – Cimento equivalente. Fator utilizado para calcular as quantidades equivalentes de cimento se todo o clínquer produzido fosse moído para produzir cimento. É calculado da seguinte forma: t Ceq = t clínquer produzido x x (t cimento produzido/t clínquer incorporado).

CFCeHCFC – Clorofluorcarbonetos e

Hidroclorofluorcarbonetos. Gases considerados

responsáveis pela depleção da camada de ozono e efeito de estufa. Fazem parte de um grupo de substâncias designadas por ODS.

CH4 – Metano, gás inodoro, incolor e inflamável, principal componente do gás natural, usado como combustível, importante fonte de hidrogénio e de grande variedade de compostos orgânicos. É um GEE que tem um potencial de aquecimento global 21 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 100 anos.

Clínquer (Ck) – Produto intermédio utilizado no fabrico de cimento, produzido por sintetização de uma mistura rigorosamente especificada de matérias-primas, contendo cálcio, silício, alumínio e ferro.

Clínquerincorporado – Quantidade de clínquer utilizado nas moagens para produção de cimento.

CO – Monóxido de Carbono. Gás incolor, insípido e inodoro muito tóxico, resultante da combustão incompleta de combustíveis contendo matéria orgânica.

CO2 – Dióxido de Carbono. Gás resultante da oxidação completa do carbono e formado em processos de combustão ou libertado pela decomposição térmica. É considerado um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa e pelo fenómeno de aquecimento global.

COT – Carbono Orgânico Total.

CPS – Centro de Produção de Souselas.

CQO – Carência Química de Oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.

dB(A) – Decibel. O ruído é medido em dB(A), que é uma escala logarítmica. Por exemplo, o ruído das folhas agitadas pelo vento é cerca de 20 dB(A). O ruído numa sala de estar é cerca de 40 dB(A), num escritório 60-65 dB(A), numa rua com tráfego normal 80-85 dB(A) e de um martelo pneumático aproximadamente 100 dB(A).

Dioxinas e furanos – Todas as policlorodibenzo-p-dioxinas (PCDD) e os policlorodibenzofuranos (PCDF) enumerados no anexo I do Decreto-Lei n.º 85/2005. São compostos orgânicos altamente tóxicos, pouco solúveis em água, com elevada persistência no ambiente, acumulando-se nas gorduras e bioacumulando-se ao longo da cadeia alimentar; provenientes sobretudo de reações químicas que envolvam a combustão de substâncias cloradas e cujos principais efeitos incluem maior suscetibilidade a infeções, cancro, defeitos congénitos e atraso no crescimento de crianças. As suas emissões são expressas em I-TEQ (Equivalente tóxico internacional).

Electrofiltro – Equipamento de tecnologia de despoeiramento de gases que utiliza um campo eletrostático de elevado potencial para carregar

eletricamente as partículas que aderem a placas laterais de metal no interior do equipamento e são assim removidas do fluxo gasoso.

EMAS – Eco-management and Audit Scheme (Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria) – Regulamento (CE) n.º 1221/2009, de 25 de novembro, que revoga o Regulamento (CE) n.º 761/2001 e as Decisões 2001/681/CE e 2006/193/CE da Comissão.

(24)

Emissãodifusa – Emissão que não é condicionada através de uma chaminé.

ETAR – Estação de tratamento de águas residuais.

Filtro de mangas – Equipamento de tecnologia de remoção de partículas que consiste, basicamente, na passagem de um gás, carregado de partículas sólidas, através de um tecido filtrante.

GEE – Gases com efeito de estufa.

HCl – Ácido Clorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprime a concentração de compostos inorgânicos clorados nesses gases.

HF – Ácido Fluorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprime a concentração de compostos inorgânicos fluorados nesses gases.

HFC – Hidrofluorocarbonetos. Grupo de gases fluorados utilizados em vários setores e aplicações como fluidos refrigerantes para equipamentos de refrigeração, ar condicionado ou bombas de calor, como agentes de expansão no fabrico de espumas, como agentes extintores de incêndio, gases propulsores de aerossóis e solventes. São usados como substitutos de determinadas substâncias que empobrecem a camada de ozono utilizadas no passado em muitas dessas aplicações, tais como

clorofluorocarbonetos (CFC) e hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), e eliminadas progressivamente no âmbito do Protocolo de Montreal. Os HFC são GEE cujo potencial de aquecimento global varia entre 140 a 11 700 vezes superior ao do CO2,considerando um período de 100 anos.

H2S – Sulfureto de hidrogénio.

IE – Diminutivo de International Energy Efficiency Class, classe de eficiência energética de motores (trifásicos de baixa tensão com potências entre 0,75 a 375 kW), estabelecida pela norma internacional CEI 60034-30:2008 e que veio substituir a classificação anteriormente existente (EFF1 - Alta eficiência; EFF2 - Eficiência aumentada e EFF3 – Baixa eficiência) com base num acordo voluntário do Comité Europeu de Fabricantes de Máquinas Elétricas e de Sistemas Eletrónicos de Potência (CEMEP). A nova classificação é a seguinte: IE1 – Eficiência standard (comparável à EFF2); IE2 - Alta eficiência (comparável à EFF1) e IE3 – Eficiência premium.

Metais pesados – Elementos químicos nos quais se incluem: Cd – Cádmio, Hg – Mercúrio, As – Arsénio, Ni – Níquel, Pb – Chumbo, Cr – Crómio, Cu – Cobre, Tl – Tálio, Sb – Antimónio, Co – Cobalto, Mn – Manganês e V – Vanádio.

N2O – Óxido nitroso, à temperatura ambiente é um gás incolor, não inflamável, principal regulador natural do ozono estratosférico. É um importante GEE que tem um potencial de aquecimento global 310 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 100 anos.

NH3 – Amónia.

NOx – Designação geral dos óxidos de azoto formados durante os processos de combustão a altas temperaturas, maioritariamente por oxidação do azoto atmosférico; podem ser também originados a partir dos compostos de azoto presentes nos combustíveis. Contribuem para a ocorrência de chuvas ácidas e para a formação do nevoeiro fotoquímico.

O3– Ozono. Gás, instável, altamente reativo e oxidante. Existe naturalmente nas altas camadas da atmosfera terrestre, onde constitui a camada de ozono, protetora da vida na Terra, por ter a capacidade de absorver a luz ultravioleta solar que é prejudicial aos seres vivos. Porém, ao nível do solo (ozono troposférico), o ozono, resultado de reações fotoquímicas, é considerado um poluente.

ODS – Substâncias depletoras da camada de ozono.

PCIP – Prevenção e controlo integrados da poluição.

PEI – Plano de emergência interno.

PM2,5 – Partículas em suspensão suscetíveis de passar através de uma tomada de ar seletiva, tal como definido no método de referência para a amostragem e medição de PM2,5, norma EN 14907, com uma eficiência de corte de 50% para um diâmetro aerodinâmico de 2,5 m.

PM10 – Partículas em suspensão suscetíveis de passar através de uma tomada de ar seletiva, tal como definido no método de referência para a amostragem e medição de PM10, norma EN 12341, com uma eficiência de corte de 50 % para um diâmetro aerodinâmico de 10 m.

(25)

RNP – Resíduos Não Perigosos.

SF6 – Hexafluoreto de enxofre. É utilizado sobretudo como gás de isolamento e para extinguir o arco elétrico nos comutadores de alta tensão e como gás de proteção na produção de alumínio e magnésio. É um GEE que apresenta o maior potencial de aquecimento global, 23 900 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 100 anos.

SGA – Sistema de Gestão Ambiental.

SHST – Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

SISO – Sistema Integrado de Saúde Ocupacional.

SNCR – Selective non catalytic reduction. Processo utilizado na redução das emissões de NOx, que consiste na

injeção de amónia nos gases de saída do forno.

SO2 – Dióxido de enxofre. Gás produzido maioritariamente nas combustões e resultante da combinação do enxofre do combustível ou da matéria-prima com o oxigénio. É um dos principais gases responsáveis pela ocorrência das chuvas ácidas.

SST – Sólidos Suspensos Totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.

Unidades de medida: m – metro (SI); kg – quilograma (SI); s – segundo (SI); J – Joule, unidade de energia (1 J = kg.m2/s2);

W – Watt, unidade de potência (1 W = 1 J/s);

kWh – quilowatt-hora, unidade de energia, corresponde à quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1 watt (W) pelo período de 1 hora (1 kWh = 3,6×106 J = 3,6 MJ);

cal – caloria (1 cal = 4,1868 kJ) – unidade de energia, corresponde à quantidade de calor (energia) necessária para elevar em 1 grau Celsius a temperatura de 1 g de água.

VEV – Variadores Eletrónicos de Velocidade.

(26)

9.

IDENTIFICAÇÃO E CONTATOS

Nome e Morada:

Centro de Produção de Souselas

Rua dos Troviscais - Apartado 11 3021 – 801 SOUSELAS

Tel. + 351 23 991 78 00 Fax. + 351 23 991 23 20

Código NACE

23.51 – Fabricação de cimento (CAE 23 510)

Denominação da empresa

CIMPOR – Indústria de Cimentos, S.A.

Sede Social: Rua Alexandre Herculano, 35 1250-009 LISBOA Tel. + 351 21 311 81 00

Fax. + 351 21 356 13 81

Internet: www.cimpor-portugal.pt

N.º de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC): 500 782 946 N.º da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa: 5 759 Capital Social: 50 000 000 Euros

Direção Industrial

Edifício Cimpor Av. Severiano Falcão, 8

2689-998 PRIOR VELHO - PORTUGAL

Esta Declaração Ambiental constitui um instrumento de excelência de comunicação e diálogo com o público e outras partes interessadas tendo o objetivo de fornecer informações de caráter ambiental, relativa aos aspetos e impactes ambientais das atividades, produtos e serviços do Centro de Produção de Souselas e à melhoria contínua do seu desempenho ambiental.

Para informações mais detalhadas e envio de eventuais comentários sobre a presente Declaração Ambiental, pode ser usado o seguinte contato:

Direção de Comunicação

Tel. +351 21 311 81 00 Fax. + 351 21 311 88 26 E-mail: dcom@cimpor.com

Referências

Documentos relacionados

Para 2017 e considerando-se a previsão de um menor tempo de marcha para o forno 2 assim como o incremento no forno 3 da substituição do combustível principal por combustíveis

Para 2018, prevendo-se o não funcionamento do forno 2, e apesar da influência negativa do aumento na taxa de substituição térmica por combustíveis alternativos, é definida uma meta

Para 2017, estabeleceu-se como meta de controlo operacional, garantir um consumo específico de energia elétrica inferior a 118,8 kWh/t de cimento, tendo em conta, essencialmente,

Para anos seguintes são de esperar metas gradualmente mais ambiciosas não só para o forno 3 como também para todo o CPS (em função do previsto arranque da

Para 2018, considerando-se a previsão de aumento da utilização de combustíveis alternativos, e tendo em consideração os tempos de marcha dos fornos, assim como a produção

Objetivo de controlo para o qual não é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental do CPA relativamente a um

No âmbito do Programa de Gestão e Consumo Responsável da Água, designado “Atitude Azul”, lançado a nível corporativo, a partir de um diagnóstico sobre a gestão da água

“Lá os homens têm várias mulheres e as têm em número tanto maior quanto são de melhor reputação em valentia.” (MONTAIGNE, 2009, p. Quanto mais honrado na guerra mais