• Nenhum resultado encontrado

Alhandra. Centro de Produção de. Declaração Ambiental Atualizada CIMPOR - INDÚSTRIA DE CIMENTOS, S.A.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Alhandra. Centro de Produção de. Declaração Ambiental Atualizada CIMPOR - INDÚSTRIA DE CIMENTOS, S.A."

Copied!
25
0
0

Texto

(1)

Centro de Produção de

Declaração Ambiental

Atualizada

(2)

Í

NDICE

1.

INTRODUÇÃO ...2

2.

O CENTRO DE PRODUÇÃO DE ALHANDRA ...2

3.

PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO NO CPA – ENTRADAS/SAÍDAS ...3

4.

OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS ...4

5.

DESEMPENHO AMBIENTAL ...6

5.1. Emissões Para a Atmosfera ...6

5.1.1. Partículas ...6

5.1.2. Óxidos de Azoto (NOx) ...6

5.1.3. Dióxido de Enxofre (SO2) ...7

5.1.4. Dióxido de Carbono (CO2)...7

5.1.5. Autocontrolo das Emissões Atmosféricas de Fontes Fixas ...8

5.1.6. Emissões Difusas de Partículas ... 10

5.2. Abastecimento e Utilização de Água ... 10

5.3. Águas Residuais ... 11

5.4. Gestão de Resíduos ... 12

5.5. Energia ... 14

5.6. Indicadores Principais – Quadro ... 14

5.7. Requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente ... 15

6.

OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS ... 16

6.1. Participação dos Trabalhadores ... 16

6.2. Comunicação e Relações Externas ... 17

6.3. Recuperação Paisagística da Pedreira... 17

6.4. Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho ... 18

7.

PROGRAMA AMBIENTAL DO CPA PARA 2017 ... 19

8.

GLOSSÁRIO ... 20

9.

IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS ... 22

(3)

1. INTRODUÇÃO

Esta Declaração corresponde à primeira atualização anual da Declaração Ambiental (DA) de 2015 e fornece informação sobre o desempenho ambiental do Centro de Produção de Alhandra (CPA), da CIMPOR – Indústria de Cimentos, S.A. (CIMPOR) no ano 2016, e os objetivos e metas ambientais fixados para 2017.

Trata-se da décima quarta declaração publicada no âmbito da adesão do CPA ao Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria – EMAS.

A publicação desta Declaração Ambiental Atualizada 2016, referente ao CPA, insere-se no compromisso da CIMPOR de transmitir ao público e demais partes interessadas informação relevante sobre os aspetos ambientais da sua atividade, bem como do seu desempenho ambiental e das medidas levadas a cabo no sentido de minimizar os seus impactes ambientais.

2. O

CENTRO

DE

PRODUÇÃO

DE

ALHANDRA

Relativamente à DA 2015, não existem alterações em relação à descrição e áreas ocupadas pelo CPA e pela pedreira de calcário do Bom Jesus, anexa à instalação.

Em finais de 2016 o n.º de trabalhadores era de 131, e o n.º de contratados em regime de outsourcing (média mensal) de 424.

Em dezembro de 2007, a instalação obteve a Licença Ambiental n.º 53/2007, no âmbito da legislação sobre Prevenção e Controlo Integrados de Poluição (PCIP), para a atividade principal de fabrico de cimento com uma capacidade licenciada de 2 800 000 t/ano.

Após a autorização e arranque, em 2007, das operações de coincineração de farinhas animais, resíduos não perigosos e biomassa vegetal, no forno da linha 7, foi obtida, em março de 2008, a licença de exploração para a coincineração de resíduos não perigosos (incluindo farinhas animais) no queimador principal do forno 6. Estas operações de coincineração, assim como a valorização material de resíduos não perigosos, estavam já abrangidas pela referida Licença Ambiental. Em novembro de 2012 foi obtida uma nova Licença de Exploração n.º 3/2012/APA da coincineração de combustíveis alternativos nos fornos do CPA, renovando e agregando as autorizações anteriores, e que integrou, a partir de julho de 2014, o Parecer da APA n.º 4/2014, autorizando o arranque das novas instalações de alimentação de combustíveis alternativos aos queimadores principais dos fornos 6 e 7, e que inclui outras operações de gestão de resíduos (ver 5.1.4). O CPA tem como atividade principal o fabrico e expedição dos seguintes tipos de cimento obtidos a partir da moagem de diferentes proporções de clínquer, gesso (regulador de presa) e outros constituintes:

 Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 52,5 R;

 Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 42,5 R;

 Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II/A-L 42,5 R;

 Cimento Portland de calcário EN 197-1 – CEM II/B-L 32,5 N;

 Cimento Pozolânico EN 197-1 – CEM IV/B(V) 32,5 N.

O clínquer, produto da cozedura, pode também ser expedido como produto final. Em 2016 a quantidade de clínquer enviada para o exterior do CPA ascendeu às 556 853 toneladas, representando cerca de 48% da produção.

As Fichas de Dados de Segurança referentes aos produtos fabricados são divulgadas aos utilizadores finais, encontrando-se também disponíveis em www.cimpor-portugal.pt (área de atividade: CIMENTOS na consulta à Lista de Produtos).

(4)

3. PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO NO CPA – ENTRADAS/SAÍDAS

O seguinte diagrama de entradas e saídas do CPA mantém a informação prestada desde a Declaração atualizada de 2010, a partir da qual foram contempladas as alterações introduzidas pelo Regulamento EMAS III, relativas aos indicadores principais de desempenho ambiental, relacionados com aspetos ambientais diretos da organização.

Em relação ao diagrama apresentado na declaração ambiental de 2015, foram introduzidos no campo das “matérias-primas subsidiárias e de consumo”, dados referentes ao consumo de oxigénio líquido industrial utilizado em ensaios de para enriquecimento da chama com oxigénio líquido industrial, com vista a aumentar a eficiência energética da combustão no queimador principal do forno 7 (entre julho e dezembro) e que poderão ter continuidade em anos seguintes.

Os dados e elementos a comunicar relativos a indicadores principais de acordo com os requisitos do ponto C do Anexo IV (Relato Ambiental) do Regulamento EMAS III constam do ponto 5.6 da presente declaração.

Em 2016, o processo de fabrico de cimento foi responsável por 99% da energia total consumida no CPA (maioritariamente no processo de combustão dos fornos) e 71% do total de água consumida (essencialmente no condicionamento dos gases dos fornos).

(5)

4. OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS

Apresentam-se no quadro seguinte os Objetivos e Metas ambientais definidos para o ano 2016, o grau de cumprimento obtido, assim como as principais ações ambientais desenvolvidas para a prossecução dos mesmos.

N.º QUESTÕES AMBIENTAIS OBJETIVOS TIPO

(M/C) AÇÕES REALIZADAS

1

Emissões de partículas nas chaminés das fontes fixas principais (poluição atmosférica) Garantir emissões específicas de partículas inferiores ou iguais a 0,012 kg/t Ceq.

C

Otimização da manutenção dos equipamentos de despoeiramento principais destacando-se a reabilitação do filtro de mangas do forno 7 e o revestimento anti corrosão do filtro e substituição da chaminé da moagem de carvão 7 ()

Revamping do eletrofiltro: substituição total do interior dos campos 1 e 2 (placas, elétrodos, sistema de limpeza com acionamento) e do telhado quente nos campos 2 e 3; reparação do campo 3 com os componentes do campo 2.

2

Emissões de NOx nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica) Garantir emissões específicas de NOx, inferiores ou iguais a 1,03 kg/t clínquer.

C

Mantida a técnica de SNCR como medida principal de controlo operacional, com controlo do excesso de amónia livre/emissões NH3. ()

Otimização/aumento da valorização energética de CDRs no pré-calcinador do forno 7.

Nota: ver também ação do objetivo “Consumo de água” relacionada com a MTD arrefecimento da chama.

3

Emissões de SO2 nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica) Garantir emissões específicas de SO2, inferiores ou iguais a 0,26 kg/t clínquer.

C

Mantidas ações de controlo operacional com otimização do consumo de absorventes (valor de 2016 de 0,17 kg/t de clínquer produzido, manteve-se baixo e equivalente ao registado no ano anterior, de 0,14, em comparação com 0,44 kg/t em 2014).

4

Emissões de CO2 (Aquecimento global)

Reduzir as emissões específicas de CO2 produzido nos fornos, em 0,7%, face ao valor obtido em 2015.

( 812 kg/t clínquer)

M

Otimização da valorização energética de combustíveis alternativos nos fornos. ()

Nota: ver ações associadas ao Objetivo da “Valorização energética de resíduos”.

Definidos objetivos específicos para cada tipo de cimento, de forma a otimizar a incorporação de clínquer nos cimentos, obtendo-se no global um valor de 77,4% (superior ao objetivo em 0,5 pontos percentuais devido à produção de cimentos tipo I maior que a prevista, situação decorrente das necessidades do mercado). ()

5

Consumo de água

Reduzir o consumo específico de água em 3,8%, face ao valor obtido em 2014.

( 0,076 m3/t Ceq.)

M

Redução do consumo de água utilizada para a técnica de arrefecimento da chama nos queimadores principais dos fornos (MTD para controlo das emissões de NOx), pela sua substituição por lixiviados de aterros ()

Conclusão do Programa de Ação para a Gestão da Água “Atitude Azul” 2014-2016 no âmbito da iniciativa desenvolvida pela Área de Sustentabilidade Corporativa para todas as fábricas do grupo InterCement, com implementação da maioria das ações previstas para 2016. Revisão programa para o período 2016-2018. ()

6

Consumo de recursos naturais

Garantir uma percentagem de incorporação de matérias-primas alternativas (resíduos e subprodutos) ≥ 3,0%.

C

Em termos globais, a percentagem de consumo de matérias-primas secundárias alternativas foi de 2,8%, reduzindo-se em cerca de 64% as quantidades valorizadas, mas mantendo-se as principais tipologias e fornecedores dos resíduos e subprodutos utilizados. ()

7

Consumo de energia elétrica

Reduzir o consumo específico de energia elétrica em 2,4% face ao valor obtido em 2015. ( 109,2 kWh/t cimento)

M

Intervenções em instalações de iluminação e tomadas com substituição gradual de armaduras fluorescentes por armaduras mais eficientes, com balastro eletrónico e lâmpadas T5 e instalação de 20 projetores LED de iluminação viária da estrada de acesso à Pedreira e 5 projetores LED de diferentes potências em diferentes pontos da fábrica com teste de eficiência e durabilidade para futura substituição de luminárias onde seja adequada esta tecnologia.

Implementação de requisito de compras com aquisição de projetores, apenas no tipo LED para reposição/substituição gradual dos projetores existentes. ()

Continuação da substituição gradual de motores elétricos de classe IE1 por motores de maior rendimento para reposição/substituição de motores danificados e não recuperáveis, tendo sido adquiridos 15 motores da classe IE2 e 14 da classe IE3. ()

Novos bancos de baterias para garantir o controlo e segurança das máquinas e instalações aquando de cortes ou perturbação da energia elétrica (UPS da Subestação 2 e Britador O&K da pedreira).

(6)

N.º QUESTÕES AMBIENTAIS OBJETIVOS TIPO

(M/C) AÇÕES REALIZADAS

Realização de auditoria energética (com visitas de campo de 21 a 23 de março), tendo o ano de 2015 como referência, de acordo com o Decreto-Lei n.º 68-A/2015 (eficiência energética) e reavaliação de ações decorrentes da Auditoria Energética realizada em 2008. Implementação de rotinas de inspeção para deteção e redução de fugas na rede de ar comprimido. ()

8

Consumo de energia térmica

Reduzir o consumo específico de energia térmica, em 5,5% face ao valor obtido em 2015. ( 820 kcal/kg clínquer)

M

Implementação de ações de melhoria identificadas no Balanço Térmico ao forno 7 realizado em 2015 (ao nível do funcionamento da combustão no queimador principal, otimização do perfil de ar insuflado no arrefecedor, entradas de ar falso no circuito da moagem de cru, entre outras). ()

Aumento da eficiência de arrefecimento dos satélites do forno 6 (melhoramentos de manutenção e reforço das peças)

Aquisição e montagem de 8 novos canhões de ar para controlo de incrustações e controlar perdas de carga na torre de ciclones do forno 7. ()

Nota: Para este objetivo contribuem também as ações especificadas nos Objetivos “Emissões de CO2” e “Valorização energética de resíduos”.

9

Valorização energética de resíduos e biomassa

Otimizar e aumentar em pelo menos 4,5 pontos percentuais a taxa de substituição térmica no forno 7 (≥ 47,6%) e garantir uma taxa de substituição térmica no forno 6 igual ou superior a 9,2%.

M

Prosseguiu a atividade de coincineração nos fornos 6 e 7 com a valorização energética de biomassa, pneus triturados e CDR, obtendo-se com a utilização destes combustíveis alternativos, uma taxa de substituição térmica de 6,8% no forno 6 e 46,7% no forno 7, não sendo atingidas as metas definidas para ambos.

Melhorada a qualidade dos combustíveis alternativos e não aumentada, como previsto, a quantidade de CDR em forma de pellets alimentados aos queimadores principais dos fornos. No entanto, foram também recebidos RVFV nessa forma.

Instalação de nova sonda de análise de gases de processo na camara de fumos do forno 6 substituindo a existente desde 2007.

Nova instalação de oxigénio líquido para a realização de novos ensaios, complementares aos realizados em 2012, para enriquecimento da chama no queimador principal do forno 7. ()

Aquisição de novo equipamento de laboratório (calorímetro) para análise e controlo de qualidade dos combustíveis alternativos recebidos.

Dos 10 objetivos definidos, considerando o associado às emissões difusas de partículas (ver ponto 5.1.6), foram cumpridos integralmente 4 dos 10 a atingir em 2016, ao que corresponde uma percentagem de cumprimento de 40%. Dos 5 objetivos de melhoria definidos apenas foi cumprido um.

No final desta Declaração Ambiental (ponto 7) é apresentado o programa ambiental do CPA para o ano 2017 com indicação dos objetivos, tendo em conta a sua classificação em termos de melhoria ou controlo do desempenho ambiental do CPA, e principais ações previstas. As metas associadas a esses objetivos de melhoria ou de controlo são incluídas, sempre que aplicável, nos gráficos de evolução dos indicadores de desempenho ambiental apresentados de seguida, e que a partir de 2015 fazem parte do Sistema de Gestão Integrado (SGI) da empresa.

(7)

5. DESEMPENHO AMBIENTAL

Nos pontos seguintes é apresentado um resumo dos dados disponíveis sobre o desempenho ambiental do CPA relativamente aos seus objetivos e metas, bem como a avaliação da conformidade com as principais disposições legais aplicáveis no que se refere aos impactes ambientais significativos. Os dados relativos aos indicadores apresentados refletem o desempenho no período entre 2013 (ano a que se referiu a quinta DA EMAS) e 2016 e constituem um complemento às informações do diagrama de entradas e saídas do ponto 6.

Dando cumprimento ao disposto no Anexo IV do EMAS III, para a instalação do CPA em geral, é apresentado, no ponto 5.6. um quadro detalhando os valores de 2016 de cada indicador principal, bem como os valores dos três elementos que os compõem (já referidos no Diagrama de Entradas/Saídas).

5.1.EMISSÕES PARA A ATMOSFERA

5.1.1. Partículas

Em relação ao conjunto de fontes fixas principais, as emissões específicas de partículas mantiveram-se baixas e equivaleram ao valor mais baixo de sempre deste indicador obtido em 2013. Relativamente ao ano anterior, 5 dos 9 filtros de mangas associados a essas fontes melhoraram o seu desempenho, principalmente o do forno 7 (menos 50%) ao qual corresponde um dos volumes de gases mais significativo.

No âmbito da definição de objetivos do SGI, e embora possa depender dos volumes de exportação de clínquer, foi mantido um objetivo de controlo deste indicador, inferior aos resultados obtidos entre 2011 e 2012 que corresponderá a uma nova redução de cerca de 8,3%, face ao valor da meta definida para 2016.

5.1.2. Óxidos de Azoto (NOx)

Em 2016 o valor das emissões específicas de NOx foi 1,0% inferior

ao registado no ano anterior, representando um desvio favorável de cerca de 5,8% em relação à meta estabelecida. No entanto continuou a verificar-se uma maior utilização da técnica de arrefecimento da chama com a injeção de lixiviados de aterro nos queimadores principais dos fornos.

A ligeira redução deveu-se principalmente ao aumento da produtividade dos fornos uma vez que em termos de concentração média anual ocorreu um pequeno aumento de 5% na chaminé do forno 6, compensado por uma redução de 8% no caso do forno 7, sendo este responsável por 60% da produção anual. Manteve-se baixo e estável o consumo específico de amónia utilizado na técnica de SNCR para controlo das emissões deste poluente atmosférico.

Para 2017 mantém-se a meta anteriormente estabelecida de modo a prosseguir com uma gestão sustentada dos consumos de amónia, pretendendo-se estabilizar as emissões de NOx para valores mais próximos do VLE aplicável (500

(8)

5.1.3. Dióxido de Enxofre (SO2)

As emissões de SO2, em geral, não constituem um

problema na produção de cimento, já que o enxofre libertado durante a queima dos combustíveis é quase totalmente incorporado no clínquer. Assim, as emissões de SO2 registadas são devidas maioritariamente às pequenas

quantidades de enxofre existente nas matérias-primas. Além disso, a operação das moagens de cru também absorve parte do SO2. Adicionalmente, o CPA mantém em

funcionamento a MTD de injeção de absorventes de SO2

(hidróxido de cálcio) de forma a ser assegurado, em qualquer momento, o cumprimento dos VLE aplicáveis. Em relação ao ano anterior, e não se verificando grandes variações dos teores de enxofre pirítico no calcário

proveniente de pisos da pedreira do Bom Jesus, registou-se em 2016 um ligeiro aumento (1%) nas emissões específicas de SO2, não comprometendo o cumprimento da meta de controlo definida.

O CPA tem vindo assim a recorrer a menores quantidades de absorventes (hidróxido de cálcio), sendo que, em termos médios, as emissões situaram-se abaixo do VLE em cerca de 26,5%.

O CPA definiu como objetivo para 2017 um valor superior ao obtido em 2016, mas ainda assim, inferior em 29,7% ao desempenho de 2013.

5.1.4. Dióxido de Carbono (CO2)

Em 2016 voltou a registar-se um ligeiro aumento nas emissões específicas de CO2, em cerca de 1,8% em relação ao

ano anterior, não tendo sido cumprida a meta estabelecida para o período anual. Esta situação, apesar do aumento da taxa de substituição térmica, deveu-se, essencialmente, ao baixo fator de utilização dos fornos e ao consumo térmico ter sido mais elevado que o previsto em vários meses do ano (ver ponto 5.6).

Continua também a verificar-se uma diminuição gradual da quantidade e proporção de farinhas animais no mix de combustíveis alternativos (7% em 2016 face a 10% em 2015 e 14%-30% nos anos anteriores), e cuja emissão de CO2

resultante da sua combustão é considerada neutra. Por outro

lado, as frações de biomassa nos CDRs são semelhantes aos valorizados no ano anterior com um aumento pouco significativo no caso dos RVFV.

Para 2017, considerando-se a previsão de um maior tempo de marcha do forno 6 (com menores emissões de processo resultantes da descarbonatação) assim como a produção de diferentes tipos de clinquer, o CPA redefiniu a meta estabelecida no ano anterior, correspondendo agora ao objetivo de redução em 1,6% face ao valor de 2016.

Pelas mesmas razões que as referidas anteriormente, a taxa de substituição térmica global dos fornos obtida em 2016 com a valorização energética de combustíveis alternativos foi de 30,5% traduzindo-se num aumento de apenas 4,1 pontos percentuais face à taxa obtida em 2015 (26,4%) ficando aquém da meta fixada para ambos os fornos de 39,3% e cujos desempenhos individuais se apresentam no quadro do ponto 4. Para tal, também contribuiu a necessidade de redução da valorização de CDR, em algumas situações pontuais, devido aos problemas de encravamentos nos ciclones e à ocorrência de encravamentos nas instalações de alimentação de alternativos devido a corpos metálicos e plásticos de dimensões elevadas, presentes nos materiais.

(9)

Relativamente às metas estabelecidas de TST para 2017 há a referir um decréscimo do valor do Forno 7 em virtude das especificidades associadas à produção de alguns tipos de cimento tais como os cimentos de baixo teor de álcalis que impossibilitam valores mais elevados de TST.

No que diz respeito ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), em 2016 verificou-se a não ultrapassagem do número de licenças de emissão atribuídas (1 475 727 t de CO2), para este quarto ano da 3ª fase do CELE (período

2013-2020) sendo o valor das emissões verificadas de 976 183 t de CO2, ou seja, cerca de 34% inferiores às atribuídas.

5.1.5. Autocontrolo das Emissões Atmosféricas de Fontes Fixas

Relativamente aos resultados da monitorização em contínuo de partículas, obtidos em 2016, apresenta-se, no gráfico seguinte, a relação percentual entre o valor máximo dos valores médios diários registados durante esse período, com o VLE de 30 mg/Nm3 aplicável a todas as fontes, com exceção das chaminés dos fornos cujo VLE é de 20 mg/Nm3.

Relativamente a este poluente, verifica-se a conformidade legal em todas estas fontes, uma vez que todos os valores máximos registados são inferiores ao VLE definido.

De modo a refletir melhor o desempenho ambiental global associado a cada fonte, apresenta-se também a relação percentual, com o VLE, da média anual dos valores médios semi-horários, no caso dos fornos, e valores médios horários, para as restantes fontes, registados para este poluente.

Monitorização em contínuo de partículas Avaliação da Conformidade Legal – 2016

Do mesmo modo, no gráfico seguinte, apresenta-se para os restantes poluentes medidos em contínuo nas chaminés dos fornos 6 e 7 (ambos em regime de coincineração), a relação percentual entre o valor máximo dos valores médios diários registados durante o período, com os VLE respetivos, mantendo-se a comparação com os VLE definidos para as emissões de NH3, embora só aplicáveis a partir de abril de 2017. Verifica-se igualmente que todos esses valores máximos são

inferiores ao VLE, o que confirma a conformidade legal das emissões.

É igualmente apresentada a relação percentual, com o VLE, da média anual dos valores médios semi-horários registados para cada poluente.

(10)

Monitorização em contínuo de poluentes gasosos Avaliação da Conformidade Legal – 2016

Adicionalmente à monitorização em contínuo dos poluentes mais importantes emitidos nas chaminés principais, o CPA efetua medições pontuais, nas chaminés dos fornos, de outros poluentes atmosféricos cujas emissões estão sujeitas a VLE. De registar que continuam a ser implementadas desde o final de 2014 as pretensões autorizadas, previstas pela legislação do Regime das Emissões Industriais, de redução da frequência de monitorizações nas chaminés dos fornos, que vinham sendo efetuadas duas vezes por ano, passando a realizar-se, para os metais pesados, uma medição de dois em dois anos, na chaminé do forno 6, e para as dioxinas e furanos, apenas uma medição por ano em ambas as chaminés.

Os resultados obtidos nas campanhas de medições pontuais efetuadas em 2016 por laboratório externo acreditado, são apresentados no quadro seguinte, verificando-se o cumprimento integral dos limites legais aplicáveis para todos os parâmetros.

Medições Pontuais nas Chaminés dos Fornos (regime de coincineração) (valores apresentados em mg/Nm3, com exceção das Dioxinas e Furanos)

(11)

5.1.6. Emissões Difusas de Partículas

A monitorização das partículas em suspensão (PM10) no ar ambiente dentro das instalações do CPA é efetuada por um

equipamento de monitorização em contínuo (on-line), a partir do qual se procede ao controlo e avaliação dos impactes ambientais associados às emissões difusas de poeiras.

Os valores médios anuais registados desde 2013 são apresentados no gráfico seguinte, verificando-se, em 2016, uma franca melhoria em relação ao ano anterior, cumprindo-se largamente com a meta fixada bem como o limite legal (40 g/m3) estabelecido para as Estações de

Monitorização da Qualidade de Ar Nacionais.

Essa redução poderá ser reflexo de algumas melhorias nas atividades fabris para minimização de emissões difusas de poeiras mas será sempre de mencionar que se trata de um indicador de qualidade ambiental influenciado não só pelas condições meteorológicas, como também por outras atividades humanas, para além do CPA, e ainda por

fenómenos naturais (tais como a ocorrência de incêndios ou fenómenos de arrastamento de poeiras provenientes do Norte de África) que afetam a qualidade do ar ambiente na zona abrangida pela rede de monitorização.

Apesar da variabilidade e imprevisão das condições meteorológicas e de outros fatores externos que influenciam a qualidade do ar ambiente foi mantida para 2017 a meta estabelecida em anos anteriores pretendendo-se obter um valor médio anual inferior ao desempenho verificado no presente ano e 35% inferior ao limite legal.

Como medidas mais relevantes implementadas ao longo do ano para minimização e controlo de emissões difusas de partículas, destacam-se as seguintes:

 Continuação dos trabalhos de pavimentação da área de armazenamento e no cais de embarque de pacotões (abrangendo mais 1 319 m2);

 Reabilitação de estruturas laterais e de cobertura do stock polar de armazenamento de clínquer.

No que diz respeito às operações de carregamento de clínquer em barcaças, realizadas no cais fluvial, e após implementadas em 2014 e 2015 várias medidas de minimização (melhorias em termos de limpeza e contenção de poeiras nos transportadores de clínquer e no despoeiramento da manga de carregamento fluvial, assim como instrução operatória complementar que define os princípios básicos e modos de atuação adicionais para redução do impacte ambiental dessa atividade), foi realizado o reforço da proteção do ponto de queda do clínquer para as barcaças.

5.2.ABASTECIMENTO E UTILIZAÇÃO DE ÁGUA

Em 2016, verificou-se uma redução significativa, de cerca de 28%, no consumo específico de água, relativamente ao ano anterior. A redução deveu-se essencialmente a algumas reparações nas tubagens de águas industriais captadas do Rio Tejo, à otimização da gestão das regas dos jardins e reparação de algumas fugas de água no circuito de bombagem para o poço da pedreira. O consumo total de água, também devido à menor produção de clínquer (menos 27%), foi reduzido em cerca de 47%.

No âmbito do Programa de Gestão e Consumo Responsável da Água, designado “Atitude Azul”, lançado a nível corporativo, a partir de um diagnóstico sobre a gestão da água realizado em 2013, e após um primeiro plano para o período 2014-2016, o CPA estabeleceu um novo planeamento de ações a implementar para o período 2016-2018 mantendo-se a definição de uma meta de desempenho que corresponde a reduzir em 24,1% o consumo específico de água relativamente ao valor obtido no ano de arranque do Programa (2014).

No âmbito desse Programa, continuaram a ser implementadas em 2016 outras ações para minimização do consumo de água de uso doméstico e industrial, nomeadamente:

(12)

 Realização de auditoria anual ao consumo de água industrial e potável do CPA permitindo identificar e minimizar fugas de água;

 Dada continuidade à eliminação da necessidade de água anteriormente utilizada no arrefecimento da chama dos queimadores principais dos fornos (substituída por lixiviados de aterro).

Para a captação de água superficial do Rio Tejo e as quatro captações de água subterrânea existentes na zona da pedreira, não foram excedidos durante o ano 2016, os volumes máximos de extração mensal autorizados.

5.3.ÁGUAS RESIDUAIS

Nos quadros seguintes apresentam-se os resultados da monitorização da qualidade das águas residuais descarregadas na zona da fábrica e zona da pedreira de calcário do Bom Jesus, verificando-se que os mesmos foram inferiores aos limites legais para todos os parâmetros sujeitos a autocontrolo.

Monitorização de águas residuais da zona da Fábrica – Ano 2016

< - Valor medido inferior ao limite de deteção do método de análise utilizado. Na apresentação das médias anuais é indicado o sinal de menor se tal for verificado em pelo menos um dos resultados.

LT – Linha de tratamento; EH – ponto de descarga (identificação segundo o especificado na Licença Ambiental)

Monitorização de águas residuais da zona da Pedreira – Ano 2016

< - Valor medido inferior ao limite de deteção do método de análise utilizado.

LT – Linha de tratamento; EH – ponto de descarga (identificação segundo o especificado na Licença Ambiental)

(1) Pontos de descarga criados após a licença ambiental, com monitorização efetuada a partir de 2011, de acordo com os respetivos Títulos de Utilização de Recursos Hídricos (TURH).

(13)

5.4.GESTÃO DE RESÍDUOS

No quadro seguinte apresentam-se as quantidades e tipologia dos resíduos produzidos internamente em 2016, bem como a operação de gestão a que foram sujeitos.

(a) A partir de 2016 deixou de ser obrigatório declarar a produção destes resíduos no Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR) por serem reincorporados no processo produtivo. No entanto, manter-se-á esta informação para abranger o mesmo âmbito que o considerado em declarações ambientais anteriores.

Complementarmente, apresenta-se no gráfico seguinte a evolução da produção total de resíduos, bem como o seu destino final, registando-se um aumento da quantidade de resíduos produzida em relação ao ano anterior, mantendo-se elevada devido essencialmente aos resíduos de construção e demolição (RCD), gerados pelas obras realizadas ao longo do ano e resíduos refratários utilizados nos fornos, que representaram 88% dos resíduos produzidos.

RESÍDUOS PRODUZIDOS - Ano 2016

OPERAÇÃO DE GESTÃO

Resíduos do fabrico de cimento (amostras, partículas e poeiras) (a) 1.722,62 Valorização interna

Resíduos de construção e demolição 15.853,10 Valorização interna

7,32 (*) Eliminação externa

6,17 Valorização interna

6,28 Eliminação externa

7,10 Valorização externa

Óleos usados 6,54 (*) Valorização interna

Resíduos de borracha (telas transportadoras) 45,58 Valorização externa

Lamas de fossas séticas 8,88 Eliminação externa

Lamas de estações de tratamento de água 140,62 Valorização interna

Sucatas metálicas 109,62 Valorização externa

60,10 Valorização externa 36,81 Valorização interna 21,08 Valorização externa 25,21 Eliminação externa 5,98 (*) Eliminação externa 30,45 (*) Valorização externa 6,16 Valorização externa

TOTAL DE RESÍDUOS PRODUZIDOS 18.099,6

Total de resíduos não perigosos 18.049,3

Total de resíduos perigosos (*) 50,3 (*)

Total de resíduos para valorização 18.045,9

Total de resíduos valorizados internamente 17.765,9

Total de resíduos valorizados externamente 280,1

Total de resíduos para eliminação 53,7

Outros resíduos não especificados

QUANTIDADE (t)

Resíduos absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza, materiais de isolamento

Materiais recicláveis (papel e cartão, vidro, plástico, madeira, ...)

(14)

Além das operações de valorização interna de certos tipos de resíduos produzidos na instalação, o CPA deu continuidade à valorização material de resíduos provenientes de outros setores de atividade, cujas quantidades incorporadas como matérias-primas secundárias nas operações de britagem, ascenderam a um total de 32 207 toneladas, valor este inferior ao obtido em 2015 (41 956 t).

Manteve-se alguma limitação na incorporação de algumas matérias-primas secundárias alternativas utilizadas, em função da produção de cimentos de baixo teor de álcalis assim como das condições operacionais em termos de humidade das matérias-primas, para além da baixa disponibilidade destes materiais no mercado, atingindo-se, em 2016, uma percentagem de incorporação de resíduos e subprodutos provenientes de outros setores industriais, como é o caso das cinzas de pirite e outros subprodutos, de 2,8% (inferior em 0,7 pontos percentuais ao valor do ano anterior) não se cumprindo com o valor da meta estabelecida (3,0%).

Para 2017, foi estabelecida uma meta menos ambiciosa, de 2,9% para este indicador, mas que representa uma melhoria face ao valor de 2016 apesar de estar previsto dar continuidade à produção de cimentos de baixo teor de álcalis com necessidade de alteração na formulação das pilhas da linha 7.

(15)

5.5.ENERGIA

Nos gráficos seguintes apresenta-se a evolução dos consumos específicos de energia elétrica e de energia térmica nos últimos anos.

Relativamente ao ano anterior, verificou-se em 2016 um novo aumento do consumo específico de energia elétrica, ficando 5,6% acima da meta estabelecida. Este aumento foi em parte devido a um novo acréscimo em cerca de 3% do consumo específico na fase do clínquer em resultado da redução da fiabilidade dos fornos, assim como situações de gestão de stock que levaram a um maior número de arranques e paragens do que o previsto, mantendo-se a elevada percentagem de clínquer expedido como produto final (48%).

Por outro lado, ocorreram solicitações do mercado de exportação que implicaram uma produção de cimentos do tipo I acima da prevista, mais finos e consequentemente moagens com maior consumo de energia.

Para 2017, estabeleceu-se como meta de controlo operacional, garantir um consumo específico de energia elétrica inferior a 118,8 kWh/t de cimento, tendo em conta, essencialmente, o orçamento para o mix de cimento do CPA que prevê um aumento significativo da produção de cimentos tipo I (moagem mais fina).

Em relação ao consumo térmico dos fornos, registou-se em 2016 um aumento de cerca 2,4% face ao do ano anterior, mantendo-se a tendência que se tem verificado desde 2013, ano em que tinha havido um decréscimo. O fraco desempenho térmico relacionou-se com o já referido decréscimo da fiabilidade dos fornos, com a ocorrência de paragens e acendimentos mais frequentes, períodos esses com consumos não estabilizados e maiores. Algumas paragens dos fornos, por gestão de stocks e razões de mercado, agravaram também este indicador. Em 2016 correu ainda a produção de clínquer com baixo teor de alcalis que está associado a uma farinha

com baixa aptidão de cozedura e consequente maior consumo térmico.

Para 2017, prevendo-se uma melhoria da fiabilidade do forno 7 e menos perturbações ao nível da alimentação de combustíveis alternativos, o objetivo será reduzir o consumo específico de energia térmica em 6,6% em relação ao valor obtido no presente ano.

5.6.INDICADORES PRINCIPAIS –QUADRO

No quadro seguinte, são apresentados os indicadores principais de desempenho ambiental relativos ao ano de 2016, bem como os valores dos componentes numéricos que servem de base para o seu cálculo, e que complementam as informações do diagrama de entradas e saídas, apresentado no ponto 3 desta declaração, de acordo com o determinado no ponto C do Anexo IV do Regulamento EMAS III.

Nota: O cálculo do consumo específico de energia elétrica é feito com base nos consumos energéticos de diferentes fases do processo de produção de cimento. Resulta assim, do somatório do consumo elétrico específico da moagem do cimento (incluindo a embalagem e expedição) com o consumo específico da produção de clínquer multiplicado pelo fator de incorporação de clínquer no cimento produzido (outros consumos auxiliares tais como oficinas/edifícios e tratamento de águas são repartidos por estas duas fases na proporção de 60% para a fase clínquer e de 40% para a fase cimento).

(16)

Indicadores principais - Ano 2016

NOTA: cada indicador principal é composto pelos seguintes elementos:

 Um valor A, correspondente à entrada/impacte anual total do domínio em causa

 Um valor B, correspondente à produção anual total da organização, em que B1 diz respeito à produção de clínquer (Ck) nos fornos e B2 à produção de cimento equivalente (Ceq), sendo usado um ou outro conforme o valor A se refira aos aspetos ambientais maioritariamente verificados no processo de produção de clínquer nos fornos ou abranjam todo o processo de fabrico de cimento e as atividades da instalação como um todo.

 Um valor R, correspondente ao rácio A/B.

5.7.REQUISITOS LEGAIS APLICÁVEIS EM MATÉRIA DE AMBIENTE

A maior parte dos requisitos legais aplicáveis ao CPA encontram-se reunidos na Licença Ambiental n.º 53/2007, emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, posteriormente revogado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), onde são fixadas as obrigações do CPA no que se refere ao seu desempenho ambiental, integrando requisitos emanados de diversos outros documentos legais e derivados, tais como:

 Decreto-Lei n.º 78/2004 – Regime da prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera;

 Decreto-Lei n.º 9/2007 – Regulamento Geral do Ruído;

 Decreto-Lei n.º 85/2005 – Regime da incineração e coincineração de resíduos;

 Decreto-Lei n.º 178/2006 (republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011) – Regime geral da gestão de resíduos e alterado pela Lei nº 82-D/2014 que aprova a Reforma da Fiscalidade Verde;

 Decreto-Lei n.º 270/2001 (Republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007) – Regime jurídico de pesquisa e exploração de massas minerais (pedreiras).

Nota: Os Decretos-Lei n.º 173/2008 e n.º 85/2005 foram revogados pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto que estabelece o regime de emissões industriais aplicável à prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem como as regras destinadas a evitar e ou reduzir as emissões para o ar, a água e o solo e a produção de resíduos, transpondo a Diretiva n.º 2010/75/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010. Este novo diploma será considerado em novos processos de licenciamento ou renovações de licenças existentes emitidas à luz dos diplomas anteriormente em vigor.

Para além destes, podem também ser considerados, como especialmente importantes, os requisitos em vigor durante o período a que se refere a presente DA, incluídos na seguinte legislação:

 Decreto-Lei n.º 38/2013 – Regula o regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa a partir de 2013 (RCLE 2013-2020);

 Decreto-Lei n.º 127/2008 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/2011) – Registo Europeu das Emissões e Transferências de Poluentes (PRTR);

 Decreto-Lei n.º 102/2010 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 43/2015) - Estabelece o regime da avaliação e gestão da qualidade do ar ambiente

(17)

 Decreto-Lei n.º 56/2011 – Regime aplicável a determinados gases fluorados com efeito estufa (GFEE), assegurando a execução do Regulamento (CE) n.º 842/2006, entretanto revogado pelo Regulamento (UE) n.º 517/2014, e dos respetivos regulamentos de desenvolvimento;

 Lei n.º 58/2005 (alterada pelo Decreto-Lei n.º 130/2012) – Lei da água;

 Contrato n.º EMB/5958 com a Sociedade Ponto Verde para a gestão de resíduos de embalagens no âmbito do Decreto-Lei n.º 366-A/97 (alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 48/2015).

Nota: entretanto foi publicado o Decreto-Lei n.º 71/2016 que procedeu à sétima alteração ao Decreto-Lei n.º 366-A/97, à décima alteração ao Decreto-Lei n.º 178/2006 e à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 67/2014, de 7 de maio, que aprova o regime jurídico da gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos. No final do ano foi ainda publicado o Despacho n.º 14202-E/2016 e concedida à SPV uma nova licença para gestão do sistema integrado de resíduos de embalagens, a qual vigorará a partir de 01-01-2017 e que contempla várias alterações ao seu âmbito de atuação, nomeadamente no que respeita às embalagens e resíduos de embalagens abrangidos, prevendo-se a comunicação da cessação automática do Contrato com efeitos a partir de 31-12-2016.

 Regulamento (UE) n.º 1097/2012 (altera o Regulamento (UE) n.º 142/2011 que aplica o Regulamento (CE) n.º 1069/2009) – Regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos derivados não destinados ao consumo humano;

 Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo a transferências de resíduos;

 Decreto-Lei n.º 169/2012 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 73/2015) – Sistema da Indústria Responsável (SIR) – Regula o exercício da atividade industrial | entre outras, é regulado através da Portaria n.º 279/2015 (elementos instrutórios dos procedimentos de instalação, exploração e alteração de estabelecimentos industriais) e Portaria n.º 307/2015 (regime dos seguros obrigatórios de responsabilidade civil extracontratual);

 Decreto-Lei nº 75/2015 – Aprova o Regime de Licenciamento Único de Ambiente (LUA), retificado pela Declaração de Retificação n.º 30/2015 que se articula com todos os regimes de licenciamento da atividade económica, designadamente, com o SIR.

 Decreto-Lei n.º 147/2008 – Regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais.

 Decreto-Lei n.º 68-A/2015 – Estabelece disposições em matéria de eficiência energética e produção em cogeração (auditorias energéticas)

Por último, e para além das licenças das operações de coincineração já referidas no ponto 2 desta Declaração, em termos de alterações de requisitos legais específicos ocorridas em 2016 menciona-se a emissão de duas novas autorizações de utilização de recursos hídricos, em substituição das anteriores, para a rejeição de águas residuais provenientes dos sistemas de tratamento de águas pluviais contaminadas existentes na zona das instalações de apoio à atividade de exploração da pedreira do Bom Jesus. Outra licença recebida, embora para uma situação temporária que decorreu nos primeiros meses do ano, correspondeu à autorização para a realização de dragagens de manutenção, com o objetivo de melhorar as condições atuais de acesso e de navegabilidade junto do cais fluvial da fábrica e para a deposição de dragados num local adequado.

6. OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS

6.1.PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES

Reconhecendo que a formação e sensibilização dos colaboradores é um fator que contribui em grande escala para uma boa eficiência do SGI, a CIMPOR aposta no treino técnico e sensibilização, mantendo atualizado um programa de formação definido de acordo com as necessidades dos colaboradores, incluindo temas com conteúdo ambiental. Essas ações de formação e sensibilização têm sido estendidas ao universo dos contratados e prestadores de serviços que trabalham no CPA.

Em 2016 tiveram lugar sessões de sensibilização e formação destinadas a colaboradores diretos, que abrangeram temas relacionados com a temática ambiental, nomeadamente sobre o novo referencial ISO 14001:2015, licenciamento industrial e ambiental e Política de Gestão Integrada, abrangendo 27 trabalhadores com um total de 127,5 horas.

Deu-se continuidade à realização de sessões de acolhimento a colaboradores indiretos, incidindo na sensibilização e divulgação das boas práticas ambientais e de segurança, bem como dos procedimentos de emergência, abrangendo 674 trabalhadores.

No âmbito do programa de atribuição do prémio “Cliente Seguro”, a área da Segurança da CIMPOR realizou auditorias consultivas nas instalações de 15 clientes, identificando debilidades alvo de melhorias significativas de segurança nas suas instalações.

A metodologia de reporte de Relatos de Comportamento e Desvios (RCD), implementada desde 2013, promove a deteção de desvios às boas regras de saúde, segurança e meio ambiente e a respetiva mitigação imediata de situações de risco.

(18)

Desde a sua implementação que tem vindo a ser reforçado o reporte de situações e em 2016 a ferramenta foi ampliada com a identificação de novos riscos respeitantes a aspetos ambientais. Dos 733 RCD reportados em 2016 no CPA, 48

referiam-se a desvios ambientais.

6.2.COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES EXTERNAS

A Comissão de Acompanhamento Ambiental do Centro de Produção de Alhandra, criada em 2008, integrando vários representantes das entidades autárquicas e das comunidades locais, realizou 30 reuniões desde a sua criação até ao final de 2016, tendo sido realizadas 5 reuniões em 2016.

Em 2016, como habitualmente, o Centro de Produção de Alhandra abriu as portas à comunidade entre os dias 9 e 19 de maio, tendo recebido um total de 1210 visitantes.

Também se realizaram, fora do período das portas abertas, diversas visitas de representantes de outras empresas, de clientes e de alunos e professores de diversas escolas e universidades (num total de 312 pessoas). O número de visitantes do CPA, em 2016, totalizou 1522 pessoas.

No dia 1 de outubro foi desenvolvido um conjunto de atividades, focadas na ajuda à comunidade das imediações de todas as fábricas do grupo InterCement no âmbito da iniciativa já tradicional do “Dia do Bem Fazer”. O CPA, neste quarto ano de realização nas fábricas de Portugal, desenvolveu a sua iniciativa na CERCITEJO, com a participação de 220 voluntários, entre colaboradores do CPA, terceiros, técnicos e auxiliares, pais e outros familiares e amigos que se associaram ao evento. As atividades incluíram a realização de diversas pinturas, a recuperação de pavimentos e zonas ajardinadas, construção de estrutura para guardar os elementos do palco desmontável, substituição de janelas e estores, reparações diversas entre outros benefícios nas instalações.

O CPA regista todas as reclamações recebidas relativas ao seu desempenho ambiental, sendo as mesmas investigadas e respondidas relatando os problemas detetados e as ações tomadas ou previstas para os ultrapassar e prevenir a sua recorrência, tendo sido registadas em 2016 seis queixas de natureza ambiental, recebidas entre janeiro e maio, todas por correio eletrónico, provenientes de 3 pessoas. Embora considerando que em nenhuma delas esteja estado na origem da causa que origina a reclamação, a CIMPOR respondeu aos reclamantes e procedeu conforme previsto pela Licença Ambiental, comunicado às entidades oficiais um relatório de análise com o detalhe das queixas, alusivas à deposição de poeiras e a odores na envolvente da fábrica. Nos relatórios enviados às autoridades foram identificados os possíveis motivos que lhes deram origem e descritas as ações desencadeadas.

Por outro lado e na sequência, de um processo de avaliação e acompanhamento das reclamações ocorridas, incluindo as relatadas nas declarações ambientais de 2014 e 2015, relacionadas com a operação de expedição de clínquer por carregamento em barcaça no cais fluvial, foi efetuada, em 29-02-2016, uma visita técnica por representantes da APA e CCDR às instalações. O CPA procedeu ao envio de todas as informações solicitadas e reportou medidas adicionais relativas a aspetos identificados na visita técnica como objeto de melhoria. Logo de seguida, e ambas no decorrer do mês de março, foram realizadas duas visitas da IGAMAOT, às instalações da fábrica e zona da pedreira do Bom Jesus, sem qualquer relato de situações de não conformidade ou alvo de correção.

Durante o ano de 2016 não foi registado nenhum incidente com potenciais implicações ambientais, tendo ocorrido apenas algumas situações sujeitas a comunicação à Agência Portuguesa do Ambiente conforme disposto na Licença Ambiental do CPA, relacionada com a anomalias e indisponibilidade, por avaria, dos equipamentos de monitorização em contínuo das emissões nas chaminés dos fornos, tendo-se procedido a todas as notificações e esclarecimentos requeridos para estes casos.

6.3.RECUPERAÇÃO PAISAGÍSTICA DA PEDREIRA

Com o termo do Programa Trienal 2014-2016 da pedreira de calcário “Bom Jesus”, foi preparado para entrega à entidade licenciadora um novo programa para o triénio 2017-2019.

Nesta pedreira prosseguiram os trabalhos de recuperação e integração paisagística previstos no PARP, dos quais destacamos as seguintes intervenções, para cada uma das fases descritas na DA 2015:

(19)

Fase 0 – Sendo de vital importância a conservação deste espaço para reduzir o risco de incêndio, realizaram-se, no âmbito do Plano de Gestão Florestal implementado para esta área, trabalhos de desmatação na envolvente das telas transportadoras e do acesso principal à pedreira para promover a descontinuidade de carga combustível e proteção contra incêndios.

Fase I – Quinze anos após o início da florestação e concluído o período da sua manutenção, constata-se que mais de 90% das plantações correspondem já à idade de catorze anos e que sendo um facto a homogeneidade da cobertura vegetal, está garantido o controlo da erosão e do estabelecimento das espécies semeadas e plantadas. Em 2016, efetuou-se a manutenção do espaço recuperado por empresa da especialidade, incidindo os trabalhos no corte de vegetação das plataformas para garantir a diminuição da carga combustível presente.

Fase II – Em 2016 realizou-se a manutenção da vegetação de acordo com caderno de encargos específico, encontram-se os taludes completamente revegetados e enquadrados com a paisagem circundante, não existindo problemas de estabilidade e de erosão.

Fase III – Dando continuidade aos trabalhos efetuados em 2015, em 2016 foi novamente realizada a limpeza de matos na linha de plantação, tendo-se plantado, no Casal da Fonte, espécies de crescimento lento, neste caso Carvalhos.

Fase IV – Na continuação do estudo de estabilidade dos taludes efetuado em 2015, em 2016 realizou-se a monitorização visual dos taludes, não se verificando qualquer tipo de instabilidade.

Fase V – Em 2016 continuou-se o enchimento do Casal da Fonte de acordo com a disponibilidade de estéril proveniente da exploração.

Fase VI – Em 2016 foi realizada a manutenção do espaço florestado por empresa da especialidade, os taludes encontram-se completamente revegetados encontram-sem indícios de deslizamentos.

Os resultados da monitorização de aspetos ambientais na Pedreira “Bom Jesus” demonstraram, mais uma vez, a conformidade com os requisitos aplicáveis.

6.4.GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Como ações relevantes implementadas neste âmbito, destaca-se a realização de auditorias aos prestadores de serviços que possuem instalações no interior do perímetro fabril do CPA, no âmbito do processo anual de avaliação de fornecedores. Estas auditorias têm como objetivo não só a troca e a partilha das boas práticas de Segurança e Ambiente, mas também assegurar que os nossos parceiros se encontram alinhados com as políticas definidas pela CIMPOR. O ano de 2016 foi um ano de consolidação em termos do projeto Segurança Comportamental através das Observações de Comportamento Seguro realizadas pela cadeia de liderança. Com estas Observações foi possível identificar as principais barreiras comportamentais e simultaneamente registar os desvios identificados nestas observações através dos Relatos de Comportamento e Desvios (RCD).

Outras medidas relevantes que continuam a ser reforçadas anualmente incluem as verificações das condições de segurança dos equipamentos de trabalho realizadas por pessoal competente interno ou externo, de acordo com a legislação em vigor e a manutenção dos sistemas de deteção e extinção de incêndios.

Com o objetivo de testar o Plano de Segurança do CPA, aprovado pela ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil), no âmbito da preparação e resposta a emergências, realizou-se um simulacro em 2016. O exercício de treino para atuação em situação de emergência realizou-se no dia 8 de novembro, tendo sido simulada uma situação de ameaça de bomba no edifício do comando centralizado. Este simulacro contou com o envolvimento de trabalhadores diretos e indiretos e permitiu testar os procedimentos e instruções previstos no Plano de Emergência Interno do CPA, revelando-se um instrumento adequado neste tipo de cenários, pela forma organizada e eficiente demonstrada pelos intervenientes. Entre os dias 7 a 11 de novembro de 2016, realizou-se no CPA a terceira edição da Semana SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho), a qual se trata de uma semana com uma programação especial focada na Segurança e Saúde do trabalho. O objetivo desta semana é envolver todos os profissionais no âmbito da Segurança e Saúde do Trabalho através de diversas atividades que decorrem durante os 5 dias de programação. Em 2016 o tema da SIPAT foi “CUIDADO ATIVO, SEGURANÇA COMPARTILHADA”.

(20)

7. PROGRAMA AMBIENTAL DO CPA PARA 2017

QUESTÕES AMBIENTAIS OBJETIVOS TIPO (M/C) AÇÕES PLANEADAS Emissões de partículas nas chaminés das fontes fixas principais (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de partículas inferiores ou iguais a

0,011 kg/t Ceq.

C

Otimização da manutenção dos equipamentos de despoeiramento principais ()

Emissões de NOx nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de NOx, inferiores ou iguais a 1,03

kg/t clínquer.

C

Otimização do consumo de amónia na técnica SNCR garantindo a meta e o VLE aplicável em cada um dos fornos. ()

Maximizar a utilização da técnica de arrefecimento da chama através da injeção de lixiviados de aterro nos queimadores principais dos fornos () Emissões de SO2 nas

chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de SO2, inferiores ou iguais a 0,26

kg/t clínquer.

C

Otimização do consumo de absorventes, garantindo a meta e o VLE aplicável em cada um dos fornos. ()

Emissões de CO2 (Aquecimento global)

Reduzir as emissões específicas de CO2 produzido nos fornos, em 1,6%, face ao valor obtido em 2016.

( 820 kg/t clínquer)

M

Otimização da valorização energética de combustíveis alternativos nos fornos. ()

Nota: ver ações associadas ao Objetivo da “Valorização energética de resíduos”.

Definição de objetivos específicos para cada tipo de cimento, de forma a otimizar a incorporação de clínquer nos cimentos. ()

Consumo de água

Definido para o ano 2018: Reduzir o consumo específico de água em 24,1%, face ao valor obtido em 2014.

( 0,060 m3/t Ceq.)

M

Revisão do Programa de Ação para a Gestão da Água “Atitude Azul” para o período 2016-2018. ().

Avaliação do estado das condutas de águas industriais e reparação/ substituição de troços identificados.

Consumo de recursos naturais

Aumentar em 0,1 pontos percentuais, face ao valor obtido em 2016, a percentagem de incorporação de matérias-primas alternativas (resíduos e subprodutos) ≥ 2,9%.

M

Pesquisa de novas fontes de materiais a utilizar como matérias-primas alternativas. ()

Definição de plano de incorporação de matérias-primas secundárias, com limitação dos teores de cloro máximos admissíveis nas pilhas das pré-homos.

Consumo de energia elétrica

Garantir um consumo específico de energia elétrica inferior ou

igual a 118,8 kWh/t cimento

C

Continuação da substituição gradual de motores elétricos de classe IE1 por motores de classe IE2/IE3 para reposição/substituição de motores danificados e não recuperáveis. ()

Maximização da utilização das linhas de cozedura e das moagens com menores consumos específicos ()

Conclusão da implementação de rotinas de inspeção para deteção e redução de fugas na rede de ar comprimido.

Substituição progressiva de armaduras com balastro ferromagnético por armaduras eletrónicas T5 e de projetores com lâmpadas de vapor de sódio/iodetos metálicos por projetores LED ()

Consumo de energia térmica

Reduzir o consumo específico de energia térmica, em 6,6% face ao valor obtido em 2016. ( 830 kcal/kg clínquer)

M

Continuação da implementação de ações de melhoria identificadas no Balanço Térmico ao forno 7 realizado em 2015, entradas de ar falso entre outras). () Reforço do acionamento de pressão da junta de estanquicidade e otimização das vedações da junta de entrada do F7.

Instalação de novo modelo de revestimento mais eficiente em mais dois (perfazendo um total de 4) dos 9 satélites do arrefecedor do forno 6. () Nota: Para este objetivo contribuem também as ações especificadas nos Objetivos “Emissões de CO2” e “Valorização energética de resíduos”.

Valorização energética de resíduos e biomassa

Otimizar e aumentar em pelo menos 4,5 pontos percentuais a taxa de substituição térmica no forno 7 (≥ 47,6%) e garantir uma taxa de substituição térmica no forno 6 igual ou superior a 9,2%.

M

Otimização das instalações de combustíveis alternativos aos fornos 6 e 7, dando continuidade à implementação do PDCA específico para a substituição térmica por combustíveis alternativos. ()

Melhorar a qualidade dos combustíveis alternativos e aumentar a quantidades de combustíveis alternativos em forma de pellets nos queimadores principais dos fornos com alimentação a partir dos silos de farinhas animais. () Emissão e análise de relatório dos ensaios realizados em 2016/2017 para enriquecimento da chama com oxigénio líquido no queimador principal do forno 7.

Conclusão do planeamento e estudos para a definição de novas instalações e alterações às operações de valorização energética existentes, com apresentação das mesmas às autoridades competentes, juntamente com o pedido de renovação da Licença Ambiental.

() Continuidade para anos seguintes

M–Objetivo de melhoria do desempenho ambiental do CPA para o qual é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental relativamente a um ano de referência.

C–Objetivo de controlo para o qual não é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental do CPA relativamente a um ano de referência.

(21)

8. GLOSSÁRIO

Aspetos ambientais diretos – Abrangem as atividades de uma organização sobre as quais esta detém o controlo da gestão e que têm em geral uma dimensão local.

Biomassa – A fração biodegradável de produtos, resíduos e detritos de origem biológica provenientes da agricultura (incluindo substâncias de origem vegetal e animal), da exploração florestal e de indústrias afins, incluindo da pesca e da aquicultura, bem como a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.

CBO5 – Carência Bioquímica de Oxigénio. Parâmetro que mede o

potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação bioquímica dos compostos orgânicos.

CDR – Combustíveis Derivados de Resíduos. Combustíveis preparados a partir de resíduos não perigosos e em concordância com a norma NP 4486:2008.

CELE – Comércio Europeu de Licença de Emissão.

Ceq – Cimento equivalente – Fator utilizado para calcular as quantidades equivalentes de cimento se todo o clínquer produzido fosse moído para produzir cimento. É calculado da seguinte forma: t Ceq = t clínquer produzido x (t cimento produzido/ t clínquer incorporado).

CH4 – Metano, gás inodoro, incolor e inflamável, principal

componente do gás natural, usado como combustível, importante fonte de hidrogénio e de grande variedade de compostos orgânicos. É um GEE que tem um potencial de aquecimento global 21 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 20 anos.

Clínquer (Ck) – Produto intermédio utilizado no fabrico de cimento, produzido por sintetização de uma mistura rigorosamente especificada de matérias-primas, contendo cálcio, silício, alumínio e ferro.

Clínquer incorporado – Quantidade de clínquer utilizado nas moagens para produção de cimento.

CO – Monóxido de Carbono. Gás incolor, insípido e inodoro muito tóxico, resultante da combustão incompleta de combustíveis contendo matéria orgânica.

CO2 – Dióxido de Carbono. Gás resultante da oxidação completa do

carbono e formado em processos de combustão ou libertado pela decomposição térmica. É considerado um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa e pelo fenómeno de aquecimento global.

Coprocessamento – a utilização de resíduos em processos produtivos com o propósito de utilizar o seu conteúdo energético e/ou material, resultando numa redução da utilização de combustíveis convencionais e/ou matérias-primas por substituição dos mesmos.

COT – Carbono Orgânico Total. Poluente atmosférico que não tem efeitos diretos na saúde humana, não estando, como tal, estipulado qualquer valor limite para as suas concentrações no ar ambiente. Contudo o seu contributo é relevante na formação do ozono troposférico conjuntamente com outros compostos percursores, e na presença de forte radiação solar.

CPA – Centro de Produção de Alhandra.

CQO – Carência Química de Oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.

Dioxinas e furanos – Todas as policlorodibenzo-p-dioxinas (PCDD) e os policlorodibenzofuranos (PCDF) enumerados no anexo I do Decreto-Lei n.º 85/2005. São compostos orgânicos altamente tóxicos, pouco solúveis em água, com elevada persistência no ambiente, acumulando-se nas gorduras e bioacumulando-se ao longo da cadeia alimentar; provenientes sobretudo de reações químicas que envolvam a combustão de substâncias cloradas e cujos principais efeitos incluem maior suscetibilidade a infeções, cancro, defeitos congénitos e atraso

no crescimento de crianças. As suas emissões são expressas em I-TEQ (Equivalente tóxico internacional).

Desenvolvimento sustentável – De acordo com o relatório elaborado pela Comissão Brundtland em 1987 é definido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações vindouras de satisfazerem as suas próprias necessidades”.

Eletrofiltro – Equipamento de tecnologia de despoeiramento de gases que utiliza um campo eletrostático de elevado potencial para carregar eletricamente as partículas que aderem a placas laterais de metal no interior do equipamento e são assim removidas do fluxo gasoso.

EMAS – Eco management and Audit Scheme (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria) – Regulamento (CE) n.º 761/2001, de 19 de março, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 196/2009, da Comissão, de 3 de fevereiro. Em finais de 2009 foi publicado o Regulamento (CE) n.º 1221/2009, de 25 de novembro, que revoga o Regulamento (CE) n.º 761/2001 e as Decisões 2001/681/CE e 2006/193/CE da Comissão.

Emissão difusa – Emissão que não é condicionada através de uma chaminé.

ETAR – Estação de tratamento de águas residuais.

Filtro de mangas – Equipamento de tecnologia de remoção de partículas que consiste, basicamente, na passagem de um gás, carregado de partículas sólidas, através de um tecido filtrante.

GEE – Gases com efeito de estufa.

HCl – Ácido Clorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprime a concentração de compostos inorgânicos clorados nesses gases.

HF – Ácido Fluorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprime a concentração de compostos inorgânicos fluorados nesses gases.

HFC – Hidrofluorocarbonetos. Grupo de gases fluorados utilizados em vários setores e aplicações como fluidos refrigerantes para equipamentos de refrigeração, ar condicionado ou bombas de calor, como agentes de expansão no fabrico de espumas, como agentes extintores de incêndio, gases propulsores de aerossóis e solventes. São usados como substitutos de determinadas substâncias que empobrecem a camada de ozono utilizadas no passado em muitas dessas aplicações, tais como clorofluorocarbonetos (CFC) e hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), e eliminadas progressivamente no âmbito do Protocolo de Montreal. Os HFC são GEE cujo potencial de aquecimento global varia entre 140 a 11 700 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 100 anos.

IE – Diminutivo de International Energy Efficiency Class, classe de eficiência energética de motores (trifásicos de baixa tensão com potências entre 0,75 a 375 kW), estabelecida pela norma internacional CEI 60034-30:2008 e que veio substituir a classificação anteriormente existente (EFF1 - Alta eficiência; EFF2 - Eficiência aumentada e EFF3 – Baixa eficiência) com base num acordo voluntário do Comité Europeu de Fabricantes de Máquinas Elétricas e de Sistemas Eletrónicos de Potência (CEMEP). A nova classificação é a seguinte: IE1 – Eficiência standard (comparável à EFF2); IE2 - Alta eficiência (comparável à EFF1) e IE3 – Eficiência premium.

ISO – International Organization for Standardization.

I-TEQ – Equivalente tóxico internacional.

kcal/kg – Energia térmica consumida por unidade de produto.

kWh – Unidade utilizada para expressar o consumo de energia elétrica consumida numa hora.

Metais pesados – Elementos químicos nos quais se incluem: Cd – Cádmio, Hg – Mercúrio, As – Arsénio, Ni – Níquel, Pb – Chumbo, Cr –

(22)

Crómio, Cu – Cobre, Tl – Tálio, Sb – Antimónio, Co – Cobalto, Mn – Manganês e V – Vanádio.

MTD – Melhores Técnicas Disponíveis. Estádio mais avançado e eficaz de desenvolvimento, das atividades e respetivos modos de exploração, com vista a evitar e, quando tal não seja possível, reduzir o impacte dessas atividades no ambiente.

N2O – Óxido nitroso, à temperatura ambiente é um gás incolor, não

inflamável, principal regulador natural do ozono estratosférico. É um importante GEE que tem um potencial de aquecimento global 298 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 100 anos.

NH3– Amónia.

NOx – Designação geral dos óxidos de azoto formados durante os

processos de combustão a altas temperaturas, maioritariamente por oxidação do azoto atmosférico; podem ser também originados a partir dos compostos de azoto presentes nos combustíveis. Contribuem para a ocorrência de chuvas ácidas e para a formação do nevoeiro fotoquímico.

PARP – Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística: documento técnico constituído pelas medidas ambientais e pela proposta de solução para o encerramento e a recuperação paisagística das áreas exploradas de uma pedreira.

PCIP – Prevenção e controlo integrados da poluição.

PM10 – Partículas em suspensão suscetíveis de serem recolhidas

através de uma tomada de amostra seletiva, com eficiência de corte de 50%, para um diâmetro aerodinâmico de 10m.

RVFV – Resíduos de Veículos em Fim de Vida.

SGI – Sistema de Gestão Integrado (Qualidade, Ambiente e Segurança).

SNCR – Selective non-catalytic reduction. Processo utilizado na redução das emissões de NOx, que consiste na injeção de amónia nos gases de saída do forno.

SO2 – Dióxido de enxofre. Gás produzido maioritariamente nas

combustões e resultante da combinação do enxofre do combustível ou da matéria-prima com o oxigénio. É um dos principais gases responsáveis pela ocorrência das chuvas ácidas.

SST – Sólidos Suspensos Totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.

Unidades de medida – m – metro (SI); kg – quilograma (SI); s – segundo (SI); J – Joule, unidade de energia (1 J = kg.m2/s2); W – Watt, unidade de potência (1 W = 1 J/s); kWh – quilowatt-hora, unidade de energia, corresponde à quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1 watt (W) pelo período de 1 hora (1 kWh = 3,6×106 J = 3,6 MJ); cal – caloria (1 cal = 4,1868 kJ) – unidade de energia, corresponde à quantidade de calor (energia) necessária para elevar em 1 grau Celsius a temperatura de 1 g de água.

(23)

9. IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS

Nome e Morada

Centro de Produção de Alhandra Praceta A. Teófilo Araújo Rato Apartado 1

2601-908 ALHANDRA Tel. + 351 219 40 85 00 Fax + 351 219 50 19 12

Nome e contacto do Responsável Ambiental Teresa Martins

Tel. + 351 219 40 85 00 Código NACE

23.51 – Fabricação de cimento (CAE 23510) Denominação da empresa

CIMPOR – Indústria de Cimentos, S.A.

Sede Social: Rua Alexandre Herculano, 35 | 1250-009 LISBOA Tel. + 351 21 311 81 00

Fax. + 351 21 356 13 81 www.cimpor-portugal.pt

N.º de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC): 500 782 946 Capital Social: 50 000 000 Euros

Esta Declaração Ambiental constitui um instrumento de excelência de comunicação e diálogo com o público e outras partes interessadas tendo o objetivo de fornecer informações de carácter ambiental, relativa aos aspetos e impactes ambientais das atividades, produtos e serviços do Centro de Produção de Alhandra e à melhoria contínua do seu desempenho ambiental.

Para informações mais detalhadas e envio de eventuais comentários sobre a presente Declaração Ambiental, pode ser usado o seguinte contacto:

Direção de Comunicação Tel. +351 21 311 81 00 Fax. + 351 21 311 88 26

Referências

Documentos relacionados

Este desafio nos exige uma nova postura frente às questões ambientais, significa tomar o meio ambiente como problema pedagógico, como práxis unificadora que favoreça

Contudo, sendo um campo de pesquisa e de atuação muito específico e novo no Brasil, ainda existe uma série de dificuldades para a eleição de parâmetros de conservação

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia

Para 2017 e considerando-se a previsão de um menor tempo de marcha para o forno 2 assim como o incremento no forno 3 da substituição do combustível principal por combustíveis

Para 2018, considerando-se a previsão de aumento da utilização de combustíveis alternativos, e tendo em consideração os tempos de marcha dos fornos, assim como a produção

Objetivo de controlo para o qual não é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental do CPA relativamente a um

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Os casos não previstos neste regulamento serão resolvidos em primeira instância pela coorde- nação do Prêmio Morena de Criação Publicitária e, em segunda instância, pelo