• Nenhum resultado encontrado

A ascensão dos dispositivos móveis e seus usos no ensino-aprendizagem

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A ascensão dos dispositivos móveis e seus usos no ensino-aprendizagem"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

A ascensão dos dispositivos móveis e seus usos

no ensino-aprendizagem

Artigo

Ana Graciela Mendes Fernandes da Fonseca*

A relação da educação com a comunicação é antiga. Recorrer a tecnologias comunicacionais sempre foi comum no processo de ensino-aprendizagem, entretanto, com as tecnologias de informação e comunicação (TIC) essa relação vem chamando mais atenção, especialmente com o advento dos dispositivos móveis. O uso de dispositivos móveis ou Mobile Learning (Aprendiza-gem Móvel) vem sendo apontado como futuro para a Educação. Os fatores podem ser atribuídos à disseminação de telefones celulares, smartphones e mais recentemente dos tablets e as características desses aparatos, a portabilidade, a familiaridade e a multifuncionalidade. Tendo em vista esse cenário, é importante refletir de que modo os dispositivos móveis podem contribuir no ensino-aprendizagem, levando em consideração que recursos da comunicação sempre fizeram parte desse processo.

Resumo

Dispositivos móveis. Tecnologia. Ensino-aprendizagem. Comunicação.

Palavras-chave

(2)

2

Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, Realização: Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

Introdução

Um dos traços que marcam a sociedade contemporânea é a disseminação das Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC. Com a forte presença das TIC no cotidiano, incorporar esses novos dispositivos ao processo de ensino-aprendizagem parece ser um caminho natural. Nesse contexto, podemos destacar mais recentemente o crescimento das tecnologias móveis, como telefones celulares, smartphones e tablets. Disseminados, portáteis e multimídias, esses dispositivos tem possibilitado um conjunto de alternativas que podem ser exploradas também para o ensino-aprendizagem, chamado de Mobile Learning – Aprendizagem Móvel.

O uso de dispositivos móveis vem sendo incentivado, principalmente, pela populariza-ção de celulares e smartphones nos últimos anos. A União Internacional de Telecomunica-ções considera que o telefone celular é a tecnologia mais rapidamente adotada na história da humanidade (CASTELLS, 2008; MERIJE, 2012). O Brasil, por exemplo, tem mais telefones celulares que habitantes. Além da popularização, esses dispositivos são multimídias, reúnem texto, áudio, imagem e vídeo em único aparelho. Ainda, com a evolução tecnológica, baseada na convergência de meios e sistemas, com a junção de três aspectos: informática e sistemas computacionais, sistemas de informação que carregam conteúdo e sistemas de comunicação, possibilitou transformar os dispositivos em máquinas computacionais portáteis.

De acordo com o Policy Guidelines for Mobile Learning (2013), um guia que recomenda o uso de dispositivos móveis para o ensino-aprendizagem, publicado pela Organização das Na-ções Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), os motivos para essa apropria-ção são, além da popularizaapropria-ção: permite que se aprenda em qualquer hora e lugar; dá suporte a aprendizagem in loco e provê avaliação e feedback imediatos.

Segundo Paulo Freire e Sérgio Guimarães (2011) buscar recursos na comunicação como apoio para o ensino-aprendizagem antecede as TIC. De acordo com os autores, o uso de meios de comunicação no ensino-aprendizagem não é novidade, porém, é possível perceber a exis-tência de uma nova dinâmica nessa relação com as tecnologias comunicacionais móveis, le-vando em consideração as características desses aparatos. Dessa forma, o uso de dispositivos móveis para o ensino-aprendizagem é recomendado e vem ganhando espaço.

Ao longo da história da educação várias tecnologias foram sendo incorporadas ao pro-cesso de ensino-aprendizagem, seja pela necessidade de renovação de métodos, melhorar ou complementar o processo, ou como aproximação de novos hábitos que acompanham as evolu-ções tecnológicas. Com o advento da Internet, das máquinas computacionais e recentemente do mobile, cada vez mais aparatos de comunicação estão sendo propostos ou incorporados ao ensino-aprendizagem.

(3)

3

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

O uso de tecnologias de comunicação na Educação vem muito antes dos computadores, seja nos laboratórios de informática ou dos laptops educacionais nas mãos dos alunos, como no projeto UCA – Um Computador por Aluno, do Governo Federal. Os próprios computadores, segundo Dertouzos (1997) são usados para aperfeiçoar o ensino desde a década de 60.

De acordo com Paulo Freire e Sérgio Guimarães, em obra seminal sobre meios de comu-nicação e educação, Educar com a Mídia, reeditada em 2011, os meios de comucomu-nicação são fer-ramentas antigas no dia-a-dia da sala de aula. Rádio, televisão, videocassete, jornal, projetores, história em quadrinhos fizeram e ainda fazem parte dos recursos disponíveis tanto para pro-fessores quanto para alunos. Para os autores, os meios de comunicação podem tanto ser incor-porados como recurso didático quanto contribuir na formação dos indivíduos, abastecendo-os de informação. Diante dos meios de comunicação disponíveis em 1983, ano em que a obra foi escrita, Freire e Guimarães já alertavam também para conflitos apregoados com frequência na atualidade: a necessidade de mudança na postura da escola e dos modelos educacionais e a in-fluência e implicações dos aparatos comunicacionais na tarefa de ensinar e aprender.

Sobre a influência de outros circuitos informativos no cotidiano da escola, como os meios de comunicação, por exemplo, Freire e Guimarães resgatam o conceito de “escola paralela”. “A escola paralela é constituída pelo conjunto dos circuitos graças aos quais chegam aos alunos (bem como aos demais), de fora da escola, informações, conhecimentos, uma certa formação cultural, nos mais variados domínios” (2011, p.27).

De acordo com esse conceito, esses outros canais de comunicação e informação que os professores não controlam são frequentados massivamente pelos alunos, não podendo, qual-quer que seja a opinião, negligenciar o problema pedagógico e sociológico que eles colocam. Mas a questão crucial, para os autores “Trata-se de saber se a escola e a escola paralela vão se ignorar, comportar-se como adversárias ou se aliar” (2011, p.27). A partir desse conceito e com a disseminação dos aparatos de comunicação, o professor fica sujeito a questionamentos, as-sim como a própria escola.

Atribuir a essa obra o status de seminal, se deve ao fato de que os autores apontaram questões em outro contexto comunicacional, que ainda não contava com a diversificação de dispositivos e computação ubíqua. Entretanto, os conflitos se mostram extremamente contem-porâneos e continuam permeando as discussões quando o assunto é a relação entre educação e comunicação.

(4)

4

Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, Realização: Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

Freire e Guimarães, essa percepção já existia, no entanto é reconfigurada com a chegada das Tecnologias de Informação e Comunicação, que tem como característica intensificar o fluxo comunicacional, pois se tratam de meios bidirecionais (de todos para todos) e onde a informa-ção pode se acessada e compartilhada de múltiplos dispositivos.

Para Don Tapscott (1999), que avalia em um de seus livros o impacto das mídias digi-tais no ensino-aprendizagem, ressalta essa característica das novas mídias, a saber, a natureza distribuída, interativa, de “muitos-para-muitos”. Tendo em vista esse cenário, Louis Porcher, que dialogou com os autores Freire e Guimarães, faz uma importante observação “Transfor-mar a informação em conhecimento, esse era o problema, esse passava a ser o problema deles, professores, e não o de levar informação, porque a informação chegava por outro lado” (2011, p.172).

Sobre o professor e as TIC, Muniz Sodré tem visão semelhante “não há dúvida de que as tecnologias da comunicação e da informação impõe uma revisão do estatuto tradicional do professor” (2012, p.202). Uma grande questão que figura com a profusão de tecnologias e dispositivos comunicacionais é justamente a figura do professor. A respeito do assunto, Sodré pondera “O lugar do professor permanece, entretanto, como o de agente motivador e guardião dos modos de compreensão e significação dos saberes concretos” (2012, p.201).

No Brasil, alguns exemplos que envolvem o uso de aparatos de comunicação são as teles-salas (vídeo), laboratórios de informática através do Programa Nacional de Tecnologia Educa-cional (ProInfo) – um programa educaEduca-cional do MEC com o objetivo de promover o uso peda-gógico da informática na rede pública de educação básica, Cursos e Capacitação na modalidade de Educação a distância – EAD e o UCA - Um Computador por Aluno, programa do Governo Federal que utiliza notebooks. Mais recentemente, o governo tem flertado com os tablets, com experiências iniciadas em algumas escolas.

Primeiros passos para a mobilidade no ensino-aprendizagem:

Programa UCA

Podemos dizer que a introdução para a apropriação de dispositivos comunicacionais mó-veis pela educação no Brasil foi através do programa Um Computador por Aluno – UCA. O pro-grama, uma iniciativa do Governo Federal, consiste na inclusão digital pedagógica nas escolas, com repercussão na família, baseado no uso de um laptop de baixo custo, apto ao enlace de co-nectividade sem fio (em rede mesh ou wireless), objetivando o conhecimento e tecnologias que oportunizam a inovação pedagógica nas escolas públicas (CARVALHO e POCRIFKA, 2010).

O UCA foi concebido a partir da ideia do autor Nicholas Negroponte, idealizador do pro-jeto internacional intitulado “One Laptop per Child” “Um computador por criança”. O One

Laptop per Child idealizado por Negroponte propõe a inclusão digital por meio de um recurso

(5)

(CARVA-5

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

LHO e POCRIFKA, 2010). A proposta foi desenvolvida em outros países, a exemplo de Por-tugal, intitulado como Projeto Magalhães e no Brasil foi nomeado de UCA – Um Computador por Aluno.

Para Silva e Abranches (2010) a proposta do Programa UCA propõe um reencantamen-to da educação através da inserção individualizada de netbooks online como uma medida que alavancará os patamares cognitivos, oportunizando a inclusão digital e social. Outro fator que os autores destacam, é que o projeto pode viabilizar novas formas de socialização e construção do conhecimento, como também ampliar a interação entre sujeitos e o acesso ao conhecimento pelos grupos periféricos, ultrapassando o espaço escolar.

Ao tocar no aspecto de ultrapassar o espaço escolar, chegamos a um ponto crucial de projetos como o UCA, aproveitar a mobilidade de dispositivos comunicacionais como o laptop, que é a ferramenta utilizada pelo programa. Através da mobilidade, é possível proporcionar uma educação continuada, onde a escola não é mais o único espaço de saber, possibilitando ao aluno ter o acesso à informação sempre à mão. A proposta é que o laptop funcione como uma extensão da escola e dos conteúdos, já que pode ser levado para casa, como também uma forma de socializar a vivência escolar com a família. Entretanto, há uma grande diferença entre ser móvel e portátil, como é o caso dos telefones celulares e smartphones.

Os notebooks ou netbooks, como os laptops do UCA, são móveis e podem cumprir o ob-jetivo do programa, o de ultrapassar o espaço escolar, uma metodologia “extra-muros”, con-tudo, tem limitações quando a questão é o transporte. O laptop pode ser carregado, levado para outros espaços, diferentemente dos computadores de “mesa”, modelo desktop, porém se comparado a um telefone celular a relação é diferente. Diferente pelo fato de que celulares e smartphones, por exemplo, além de móveis, são portáteis. Usando como exemplo uma aula de campo ou uma visita guiada, dispositivos de mão como celulares e tablets têm vantagens em relação ao laptop, considerando a questão do transporte/portabilidade.

Para atividades de ensino-aprendizagem que visam proporcionar aprendizado, acesso a conteúdos e interação para além dos limites físicos do espaço escolar, dispositivos como ce-lulares e smartphones dão conta desse modelo pelas características citadas. O uso de tecnolo-gias como essas tem como princípio um ensino-aprendizagem anytime, anywhere, a qualquer hora, em qualquer lugar. Práticas com essas características são denominadas de Mobile

Lear-ning ou M-learLear-ning, que significa Aprendizagem Móvel.

A ascensão dos dispositivos móveis e seus usos no

ensino-aprendizagem

(6)

6

Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, Realização: Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

com destaque para o telefone celular. Em 2011, realizou a “Semana do Aprendizado pelo Ce-lular” com o objetivo de discutir o impacto dessa tecnologia na educação e no aprendizado e como telefones celulares podem apoiar professores e alunos. Mais recentemente, a UNESCO publicou um guia com 10 recomendações em que tenta ajudar governos a implantarem tecno-logias móveis nas salas de aula. O guia foi apresentado em Paris, na França, durante a Mobile

Learning Week, constam nele além das recomendações, 13 motivos para o uso de dispositivos

comunicacionais móveis pela educação.

Uma análise feita pela pesquisa Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro (2012), que faz parte do Horizon Report, um relatório produzido pela NMC (New Media Consortium), que tem como objetivo ajudar a informar os líderes educacionais brasileiros sobre importantes desenvolvimentos em tecnologias de apoio para o ensino, apren-dizado e pensamento criativo no ensino Fundamental e Médio, colocou celulares e tablets num horizonte de um ano ou menos para que sejam adotados pelas escolas.

No entanto, diferentemente dos tablets1 ou como foi com o programa UCA, no caso dos

celulares não há uma perspectiva ou projeto por parte do Governo incentivando o seu uso. As iniciativas de mobile learning a partir de celulares são práticas independentes, realizadas por professores e instituições. No caso dos tablets, algumas instituições privadas também vêm fa-zendo uso desse recurso.

De acordo com o guia publicado pela UNESCO, que recomenda o uso de dispositivos móveis como ferramentas educacionais, entre os motivos para o uso: permite que se aprenda em qualquer hora e lugar; dá suporte a aprendizagem in loco; provê avaliação e feedback ime-diatos; melhora a aprendizagem contínua e amplia o alcance e a equidade em educação. O guia define o Mobile Learning como o uso de tecnologia celular isoladamente ou em combinação com outras informações e tecnologias de comunicação (TIC) que permitem a aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar. Essa aprendizagem pode se dar de várias formas, através do acesso a recursos educacionais, contato com outras pessoas ou criação de conteúdo.

Dentre os dispositivos que podem suportar o Mobile Learning, o telefone celular é sem dúvida o mais popular e acessível. Uma das vantagens desse aparato é que não demanda in-vestimentos financeiros por parte das instituições ou esperar de instâncias superiores, já que é mais comum no cotidiano “Se o computador ainda é um objeto restrito, o celular está presen-te em boa parpresen-te das escolas, nas mochilas dos alunos de diferenpresen-tes classes sociais” (MERIJE, 2012, p.81).

Os atributos do uso de celulares e smartphones para fins de ensino-aprendizagem são vários. A familiaridade, por ser considerada uma tecnologia comum no cotidiano e amigável, a mobilidade e portabilidade, que permite levá-lo para qualquer parte, os aspectos cognitivos, no contato com uma gama de recursos em vários formatos (texto, som, imagem, vídeo) e a

(7)

7

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

nectividade, que amplia a comunicação, o acesso à informação e contribuí para a colaboração e compartilhamento, são atributos que podem ser são colocados como potencializadores do aprendizado.

Em uma experiência no uso de celulares no ensino da disciplina de educação física, para o registro de jogos e para a posterior análise de lances, movimentos e passes, Sena e Burgos (2010) destacam além da disseminação, o fato do celular ser um aparelho multimídia, que re-úne texto, áudio e imagem vídeo. Ainda, ressaltam a atratividade e a contextualização do pro-cesso de ensino-aprendizado a partir da apropriação desta tecnologia.

Adelina Moura, pesquisadora portuguesa que se dedica a pesquisas sobre o Mobile

Le-arning, classifica o celular como um computador portátil, que permite trabalhar, aprender e

nos organizar onde quer que estejamos (2009). Umas das características fundamentais para que seja possível, aprender em outros espaços que não a escola, se deve a portabilidade desse aparato “As tecnologias móveis ampliam o tempo e o espaço de estudo ao quebrar as barreiras temporais e espaciais, visto que o aluno pode aceder ao material de estudo em diversos mo-mentos e contextos” (MOURA; CARVALHO, 2009, p.36).

O projeto Minha Vida Mobile – MVMob vem sendo desenvolvido desde 2005 e tem como foco as TIC, especialmente o celular. O MVMob capacita estudantes e educadores para a pro-dução de conteúdos audiovisuais com celulares – áudio, foto e vídeo. De acordo com o seu ide-alizador, Wagner Merije, as atividades do projeto geram exercícios de interpretação, síntese, categorização, criticidade, organização, relação grupal, autonomia, criatividade, num processo de articulação visual com os saberes da prática social dos educandos. A metodologia consiste na realização de oficinas de produção de vídeos, fotos, áudios e notícias com o celular, premia-ção e organizapremia-ção de mostras dos trabalhos, além da produpremia-ção de tutoriais e materiais de sub-sídio pedagógico. Segundo Merije (2012), essa metodologia de aprendizagem se mostra mais prazerosa e envolvente para os estudantes, pois inclui um objeto que faz parte do seu cotidiano, o celular.

O projeto PALMA – Programa de Alfabetização na Língua Materna tem como objetivo desenvolver competências básicas de leitura e escrita por meio digital em jovens e adultos. A iniciativa vem sendo realizada em oito municípios do estado de São Paulo. Trata-se de um aplicativo para telefones inteligentes que consiste na combinação de sons, letras e imagens. O aplicativo propõe um aprendizado por associação de ideias. O programa foi desenvolvido para complementar a educação formal de jovens e adultos que não sabem ler e escrever. O projeto aproveita a mobilidade/portabilidade do celular para proporcionar um aprendizado full time “tempo integral” ou anytime e anywhere “a qualquer hora, em qualquer lugar”. De acordo com alguns alunos que participam do projeto:

(8)

8

Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, Realização: Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

departamento de reposição de uma loja de material de construção. Sai de casa às cinco da manhã. No ônibus que o leva para o serviço, liga seu smartphone, põe um fone de ouvido e faz os exercícios. Às quatro da tarde, quando volta para casa, repete o ritual (OJEDA, 2012).

Aprendi a ler muito mais com o celular do que com a lousa. Antes não conseguia reter o que era passado nas aulas. O telefone ajuda a memorizar, pois eu levo para casa. É como se um professor estivesse do nosso lado, falando que tem que fazer de novo (OJEDA, 2012).

A criação de aplicativos também é uma questão importante para o Mobile Learning. De acordo com a pesquisa Perspectivas Tecnológicas (2012), a capacidade de executar aplicativos representa uma mudança fundamental no mercado de celulares e abre perspectivas para inú-meras utilizações no aprendizado. Alunos da Universidade Federal do ABC desenvolveram um aplicativo que simula situações de laboratórios de química. O mLab é um laboratório virtual para smartphones e tablets e usa de recursos interativos, como chacoalhar o aparelho, para reproduzir experimentos. Por enquanto, o aplicativo conta com dois diferentes experimentos. No ‘teste de chama’, um elemento químico selecionado em uma lista é colocado sobre o fogo, alterando sua cor de acordo com a mistura. O ‘ensaio de via úmida’ mistura reagentes em um recipiente e apresenta o resultado após o celular ser chacoalhado.

Para os desenvolvedores, o aplicativo irá contribuir no aprendizado dentro e fora da sala de aula, ajudando os alunos a estudar química. O diferencial desta iniciativa está no fato dos alunos poderem replicar os experimentos de forma virtual, sem depender da infraestrutura exigida por um laboratório real. Para Mülbert e Pereira (2011) exemplos como o mLab propor-cionam um modo de educação mais flexível, ao libertar os estudantes da necessidade de estar em um laboratório físico, por exemplo, para estudar e realizar experimentos. Ainda, segundo a pesquisa, umas das expectativas das pessoas com a expansão de dispositivos móveis é poder trabalhar, aprender e estudar sempre que quiserem e onde estiverem.

Se por um lado, as inovações tecnológicas oriundas do desenvolvimento das telecomuni-cações têm oportunizado acesso a diferentes ambientes e formas de aprendizagem, o que an-tes dependia de um aparelho ligado a uma estrutura fixa de rede, hoje conta com dispositivos móveis que também permitem o acesso a ambientes e recursos educacionais similares (MÜL-BERT e PEREIRA, 2011). Por outro lado, ainda existe uma disparidade em relação ao acesso à internet de banda larga, especialmente fora dos centros urbanos. Enquanto grande parte da população do Brasil possui um smartphone, a infraestrutura para suportar a navegação é insu-ficiente (PERSPECTIVAS TECNOLÓGICAS... 2012).

(9)

celula-9

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

res mais rápidas são instaladas, uma maior banda abrirá espaço para aplicativos mais com-plexos, com mais utilização de vídeo e até mesmo com a possibilidade de serviços em nuvem serem acessados por dispositivos móveis. A popularização dos dispositivos móveis ressalta a necessidade de uma sólida infraestrutura de banda larga móvel. Essa questão faz com que fer-ramentas como aplicativos e laboratórios móveis estejam estão num horizonte mais distante de adoção. Mesmo diante desse cenário, a pesquisa coloca que dispositivos móveis – celulares e tablets estão aptos para serem apropriados para fins de ensino-aprendizagem dentro de um ano ou menos.

Uma iniciativa interessante foi realizada em uma escola pública com alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA em Campo Grande/MS. Percebendo a dificuldade em compreender o conteúdo da disciplina de física, o professor adotou o celular como ferramenta de apoio as aulas. A metodologia consiste em um jogo de perguntas no formato Quiz realizado a partir do recurso Mobile Study (estudo móvel), uma ferramenta gratuita, disponível na Internet, que permite a criação de testes rápidos em várias áreas do conhecimento, acessado por computa-dor ou celular, via SMS ou Bluetooth. Com a possibilidade de acesso frequente ao conteúdo, devido à condição portátil do celular, os alunos podem estudar em qualquer momento, em qualquer lugar. Dessa forma, o professor conseguiu um mecanismo que ampliou o tempo e espaço de estudo, para além dos limites físicos da escola, levando em conta que a turma estuda no período noturno e trabalha durante o dia. Além do quiz, incluiu o uso da câmera dos celu-lares para a gravação de vídeos de experimentos e fenômenos físicos. O professor organizou e divulgou suas ideias e experiências através de um blog, onde incentiva outros profissionais a fazerem uso das tecnologias móveis dentro e fora da sala de aula.

Tanto o guia publicado pela UNESCO como a pesquisa do Horizon Project apontam que os celulares ainda são ignorados como recurso didático, além da falta de incentivo e programas que visem sua apropriação para o ensino-aprendizagem. Para as duas instituições é preciso pensar a questão, pois se trata do dispositivo móvel mais difundido e em maioria no cotidiano educacional.

A experiência do professor de física parece uma iniciativa pontual, uma vez que, de acor-do com a pesquisa acor-do Horizon Project, apesar de existir muita inovação ocorrenacor-do dentro da indústria de tecnologia, as ferramentas ainda não estão completamente integradas às escolas porque os professores não estão preparados para implementá-las.

Considerações finais

(10)

aler-10

Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, Realização: Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

tam sobre a necessidade de olhar esses dispositivos para além de uma visão tecnocêntrica, que privilegie a união entre tecnologias e pessoas. O foco não deve estar apenas no estudante ou na tecnologia e sim no encontro entre esses dois elementos. Visão esta compartilhada também pela UNESCO a respeito das tecnologias digitais móveis.

O guia elaborado pela UNESCO, que incentiva o Mobile Learning, assinala para o cresci-mento dos tablets. Na análise do Horizon Project, o tablet leva vantagem por ter telas signifi-cativamente maiores. Entretanto, se comparado aos celulares e smartphones, perde no quesito investimento, pois os celulares já estão disponíveis, é um aparelho cotidiano, diferentemente ainda dos tablets. Nessa breve análise comparativa, é possível afirmar também que os celulares e smartphones ganham no quesito portabilidade.

A pesquisa Perspectivas Tecnológicas do NMC coloca o celular e o tablet num horizonte de um ano ou menos para que sejam adotados massificamente pelas escolas. Porém, os dados apontam para existência de iniciativas diversificadas, mas ainda pontuais. Também alerta para dois fatores cruciais relacionados ao Mobile Learning, a falta de habilidade dos professores e banda larga suficiente no Brasil.

É imprescindível, além de uma visão não tecnocêntrica, estar atento para as limitações da própria tecnologia. No caso do Mobile Learning embora os dispositivos tenham adquirido um patamar multifuncional, a bateria pode ser um item limitador as atividades. No programa UCA – Um Computador por Aluno a baixa capacidade da bateria dos laptops e a posterior fal-ta de estrutura para o carregamento foi um fator limifal-tador. Tablets e celulares fal-também estão sujeitos a esse aspecto, sem contar o quesito conexão, um problema ainda a ser superado no país.

São atribuídos aos dispositivos comunicacionais móveis à capacidade de proporcionar autonomia no processo de ensino-aprendizagem, pois se trata uma tecnologia pessoal e de uso individual. Partindo dessa perspectiva, questiona-se a figura do professor e justifica o receio dessa apropriação. É impossível negar o impacto dessas tecnologias no dia-a-dia do professor e da sala de aula, mas o professor permanece tendo um importante papel na condução do acesso e direcionamento das informações, agregando valor.

Com o aumento dos dispositivos móveis e o leque de funcionalidades disponíveis, esses aparatos despertam o interesse de diversas áreas, não sendo diferente com a educação. Segun-do Santaella (2010), a revolução digital está acarretanSegun-do transformações por toSegun-dos os níveis e facetas da existência humana, especialmente para os processos educacionais. Nesse sentido, propostas, iniciativas, expectativas e argumentos emergem relacionados à apropriação de dis-positivos móveis para o ensino-aprendizagem.

(11)

dis-11

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

cuta o papel dos dispositivos móveis na educação, levando em conta também a velocidade de absorção e domesticação dos dispositivos móveis que vem se dando em progressão geométrica espantosa (SANTAELLA, 2010).

Para Baccega (2002) não se pode negar a importância que a escola sempre teve histori-camente, entretanto hoje, se vê premida pelas novas condições, determinadas, em partes, pela difusão das TIC. Para a autora, tal situação se apresenta como um desafio à escola, que busca incorporar-se ao ecossistema comunicativo, necessidade apontada muito antes das TIC.

Para Dertouzos (1997) o fato de que mesmo que as maneiras de usar a tecnologia para o ensino pareçam atraentes não significa que sejam ótimas. O autor também ressalta sobre ma-térias veiculadas na mídia a respeito do potencial das tecnologias para o ensino-aprendizagem. Dessa forma, é preciso estar atento ao fato de que toda nova mídia é investida de potenciali-dade educativa (SANTAELLA, 2010). Ou conforme coloca Magalhães e Mill “Geralmente, os primeiros movimentos percebidos na articulação dos novos artefatos tecnológicos no processo de ensino-aprendizagem são de salvação das más experiências educacionais vividas ao longo da história ou, pior ainda, de catástrofe e pessimismo” (2012, p.2).

(12)

12

Paper apresentado no I Encontro Internacional Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, Realização: Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

Referências

BACCEGA, Maria Aparecida. Televisão e escola: aproximações e distanciamentos. In: IN-TERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, 2002, Salva-dor/BA. Anais XXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Disponível em: <http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/15999749417050870364241954281402151 688.pdf>. Acesso em: 23 set. 2013.

CARVALHO, Ana Beatriz Gomes; POCRIFKA, Dagmar Heil. 2010. O Professor e o Desafio do Laptop em Sala de Aula: Reflexões Sobre o Projeto Magalhães e o Programa Um Computador por Aluno. In: 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação, Pernambuco. Anais Sim-pósio Hipertexto. Disponível em: <http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hiper-texto-2010/Ana-Beatriz-Gomes&Dagmar-Pocrifka.pdf>. Acesso em: 17 jan.2013.

CASTELLS, Manuel. 2008. Afterword. In: Handbook of Mobile Communication

Stu-dies, Cambridge: MIT Press.

DERTOUZOS, Michael. 1997. O que será. São Paulo: Cia. das Letras.

Experiência em Campo Grande – MS. Disponível em: <http://www.seraoextra.blogspot.com. br/>. Acesso em: 31 mai.2012.

FREIRE, Paulo; GUIMARÃES, Sérgio. 2011. Educar com a mídia: novos diálogos sobre educação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 238 p.

MAGALHÃES, Claudio Márcio e MILL, Daniel. Elementos para Reflexões sobre Educação, Comunicação e Tecnologia: nada é tão novo sobre redes, linguagem e aprendizagem.

Traba-lho apresentado no XXXV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom - Fortaleza, CE. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/

R7-0771-1.pdf>. Acessado em: 23 set. 2013.

MERIJE, Wagner. 2012. Mobimento: educação e comunicação mobile. São Paulo: Petrópo-lis, 125 p.

MOURA, Adelina. Geração. 2009. Móvel: um ambiente de aprendizagem suportado por tec-nologias móveis para a “Geração Polegar”. Disponível em: <http://adelinamouravitae.com. sapo.pt/gpolegar.pdf>. Acesso em: 17 mai.2012.

MOURA, Adelina; CARVALHO, 2009. Ana Amélia. Peddy-paper literário mediado por tele-móvel. Educação, Formação & Tecnologias, vol.2, pp. 22-40. Disponível em: <http:// eft.educom.pt.>. Acesso em: 31 mai.2012.

MÜLBERT, Ana Luisa; PEREIRA, Alice T. C. 2011. Um panorama da pesquisa sobre aprendi-zagem móvel (m-learning). In: Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura, 2011, Florianópolis. Anais do V Simpósio Nacional da ABCiber. Disponível em: < http:// simposio2011.abciber.org/anais/Trabalhos/artigos/Eixo%201/7.E1/80.pdf>. Acesso em: 15 out.2012.

OJEDA, Igor. ARede nº 80, mai. 2012. Disponível em: <http://www.arede.inf.br/inclusao/ edicoes-anteriores/190-edicao-no-80-maio2012/5479-na-escola-uma-vida-nova-na-palma-da-mao>. Acesso em: 31 mai.2012.

Perspectivas Tecnológicas para o Ensino Fundamental e Médio Brasileiro De 2012 A 2017: Uma análise regional por NMC Horizon Project. 2012. Austin, Texas: The New Media Con-sortium Estados Unidos. Disponível em: <http://www.educahub.com.br/wp-content/ uploads/2012/12/conteudo-flipbook.pdf>. Acesso em: 26 nov.2012.

(13)

13

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cogntive Science - Edição nº 2, Ano II - Agosto 2014

SENA, Dianne; BURGOS, Taciana. 2010. O computador e o telefone celular no processo ensino-aprendizagem da educação física escolar. In: 3° Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação, 2010, Pernambuco. Anais Simpósio Hipertexto. Disponível em: <http://www. ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Dianne-Sena-Taciana-Burgos.pdf>. Acesso em: 17 mai.2012.

SILVA, Adriana Carvalho da; ABRANCHES, Sérgio Paulino. 2010. Reencantar a educação: Impactos da interação entre o Ser professor e o Programa UCA. In: 3° Simpósio Hiper-texto e Tecnologias na Educação, Pernambuco. Anais Simpósio HiperHiper-texto. Disponí-vel em: < http://www.ufpe.br/nehte/simposio/anais/Anais-Hipertexto-2010/Adriana-Carvalho&Sergio-Abranches.pdf>. Acesso em: 17 jan.2013.

SODRÉ, Muniz. 2012. Reinventando a Educação. Diversidade, descolonização e redes. Petrópolis: Vozes, 280 p.

TAPSCOTT, Don. 1999. Geração digital: a crescente e irreversível ascensão da geração Net. São Paulo: Makron Books.

UNESCO Policy Guidelines for Mobile Learning. 2013. Disponível em: < http://unesdoc. unesco.org/images/0021/002196/219641E.pdf>. Acesso em: 28 fev.2013.

(14)

Expediente

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science

c

c

c

Brazilian Journal of Technology, Communication, and Cognitive Science é produzida pelo Grupo de Pesquisa Tecno-logia, Comunicação e Ciência Cognitiva credenciado pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista São Paulo, v.1, n.1, ago.2013

A revista do TECCCOG é uma publicação científica semestral em formato eletrônico do Grupo de Pesquisa Tecno-logia, Comunicação e Ciência Cognitiva credenciado pelo Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista. Lançada em setembrode 2013] tem como principal produzir métodos e conhementos sob uma perspectiva inter e transdisciplinar, a complexidade das relações entre Tecnologia, Comunicação e Ciência Cognitiva, e os seus impac-tos cognitivos na sociedade.

Editor

Walter Teixeira Lima Junior

Comissão Editorial

Walter Teixeira Lima Junior (Universidade Metodista de São Paulo) * Lúcia Santaella (Pontíficia Universidade Cató-lica de São Paulo) * Luis Martino (UNB) * João Eduardo Kogler (Universidade de São Paulo) * Ronaldo Prati (Uni-versidade Federal do ABC) * Ricardo Gudwin ( Uni(Uni-versidade Estadual de Campinas) * João Ranhel (Uni(Uni-versidade Federal de Pernambuco) * Eugenio de Menezes (Faculdade Cásper Líbero) * Reinaldo Silva (Universidade de São Paulo) * Marcio Lobo (Universidade de São Paulo) * Vinicius Romanini (Universidade de São Paulo)

Conselho Editorial

Walter Teixeira Lima Junior (Universidade Metodista de São Paulo) * Lúcia Santaella (Pontíficia Universidade Cató-lica de São Paulo) * Luis Martino (UNB) * João Eduardo Kogler (Universidade de São Paulo) * Ronaldo Prati (Uni-versidade Federal do ABC) * Ricardo Gudwin ( Uni(Uni-versidade Estadual de Campinas) * João Ranhel (Uni(Uni-versidade Federal de Pernambuco) * Eugenio de Menezes (Faculdade Cásper Líbero) * Reinaldo Silva (Universidade de São Paulo) * Marcio Lobo (Universidade de São Paulo) * Vinicius Romanini (Universidade de São Paulo)

Assistente Editorial

Walter Teixeira Lima Junior

Projeto Gráfico e Logotipo

Danilo Braga * Walter Teixeira Lima Junior * Leandro Tavares

Revisão de textos

Michele Loprete Vieira

Editoração eletrônica

Eduardo Uliana

Correspondência

Alameda Campinas, 1003, sala 6.

Jardim Paulista, São Paulo, São Paulo, Brasil CEP 01404-001

Website

Referências

Documentos relacionados

A utilização adequada do produto não implica na necessidade da utilização de equipamentos de proteção individual, no entanto em caso de exposição excessiva

Tendo em vista que o risco de dificuldades de aprendizagem e de comportamento é maior para bebês RNMBP do que para bebês não prematuros, é importante estudar o modo como os fatores

6.  Preliminarmente,  a  recorrente  protesta  pela  nulidade  do  presente  lançamento  ao  fundamento  que  os  débitos  aqui  exigidos  foram  objeto  de 

Foi possível perceber que os espaços públicos mais antigos como por exemplo a Praça da Matriz (Campo do Manejo) e a Fonte da Carioca (Campo da Fonte), que nasceram configurados

Tendo em vista a amplitude desta política pública, que permite um amplo horizonte de possibilidades de ação para os gestores dos Institutos Federais, esta

Há relatos na literatura científica quanto à atividade de lacase produzida por estes três fungos 3; 26; 51 ; porém, comparando-se condições de cultivo semelhantes às utilizadas

O Manual de Estágio Supervisionado1 2016.2 traz as seguintes orientações sobre esse processo, no curso de Letras-Português: Apresentação dos alunos, do Plano de Curso, Entrega

Considerando que o sub-distrito do Estreito, seguindo o recenseamento geral de 1950, possuía 3.695 jovens entre 11 e 18 anos, idade ideal para obtenção do curso