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EDUCAÇÃO FÍSICA: POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR E DE FORMAÇÃO. FINCK, Silvia Christina Madrid UEPG

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CONTEXTO ESCOLAR E DE FORMAÇÃO

FINCK, Silvia Christina Madrid – UEPG – scmfinck@uol.com.br

EIXO: Formação de Professores / n. 10

Agência Financiadora: Sem Financiamento

Introdução

Neste trabalho serão destacadas as ações empreendidas e efetivadas, a partir do final de 2006, que foram objetivadas no sentido de buscar possíveis intervenções na área da Educação Física, especificamente no contexto escolar e de formação de professores tanto inicial como continuada.

Entende-se que essas ações são necessárias e urgentes, pois em estudo realizado, em nível “strictu sensu”1, contatou-se através da análise do cotidiano pedagógico efetivado pelo professor na Escola Pública, que o conhecimento na área da Educação Física tem sido abordado de forma limitada e descontextualizada, tanto na escola como na graduação no Curso de Licenciatura.

Na realização daquele estudo foi possível constatar não apenas a necessidade de ações voltadas para a formação do professor que atua na escola, mas também àquelas que possam contribuir para uma formação inicial mais refletida, contextualizada e compromissada, com objetivos voltados para uma educação mais significativa e comprometida.

Nesse sentido, no segundo semestre de 2006, buscou-se a elaboração de um projeto de pesquisa, para ser desenvolvido a partir de 2007, bem como a formação de um Grupo de Estudos e Pesquisa (GEPEFE), o qual é certificado pela

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Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e está cadastrado junto ao CNPq. Tais ações se deram de forma concomitante, tendo como principal objetivo contribuir para possíveis intervenções na área de Educação Física tanto no contexto escolar como no de formação de professores inicial e continuada.

A PESQUISA: análise do cotidiano pedagógico e possibilidades de intervenção

O projeto de pesquisa foi elaborado, pelo autor (a), para ser desenvolvido no período de 2007 a 2009, tendo como objeto de estudo a análise do cotidiano pedagógico (prática pedagógica) efetivado pelo professor de Educação Física, na educação infantil, no ensino fundamental e médio, nas Escolas Públicas Estaduais e Municipais, da cidade de Ponta Grossa, no Estado do Paraná.

A pesquisa se caracteriza como sendo qualitativa, de campo, participativa, e de cunho etnográfico. A problemática central, norteadora da pesquisa, a ser investigada, refere-se a seguinte questão:

Como os professores de Educação Física têm efetivado sua prática pedagógica nas Escolas Públicas Estaduais e Municipais na cidade de Ponta Grossa?

O projeto é desenvolvido tendo como pesquisador (a) responsável o autor (a), e uma equipe da qual fazem parte os professores de Metodologia e Prática de Ensino de Educação Física (MPEEF), que atuam no Curso de Licenciatura em Educação Física da UEPG, e os acadêmicos do 3º e 4º ano do referido Curso, que realizam as atividades de Estágio Supervisionado no desenvolvimento da referida disciplina.

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Entende-se que a disciplina MPEEF é a oportunidade para que o acadêmico observe a realidade escolar, ultrapassando uma visão estática, para realizar uma observação participativa com procedimentos adequados, vivenciando uma prática pedagógica, ao mesmo tempo em que retoma a teoria para refletir, discutir e pesquisar retornando a Escola para tentar inová-la.2

Dessa forma “[...] o Estágio não pode ser encarado como uma tarefa burocrática a ser cumprida formalmente, muitas vezes desvalorizado nas escolas onde os estagiários buscam espaço. Deve, sim, assumir a sua função prática, revisada numa dimensão mais dinâmica, profissional, produtora, de troca de serviços e de possibilidades de abertura para mudanças3

Nesse sentido a disciplina de MPEEF deve: propiciar uma significativa base conceitual; favorecer a reflexão sobre a realidade escolar e como se dá a transmissão de conhecimento; possibilitar o confronto e a articulação das teorias analisadas/discutidas com a realidade vivenciada pelo professor no cotidiano pedagógico da escola, considerando-o como ponto de partida para sua ação; oportunizar vivências da realidade escolar.4

O principal objetivo do envolvimento dos acadêmicos na pesquisa está relacionado com a necessidade que é percebida, principalmente, pelos professores de MPEEF, de ser estabelecida uma maior proximidade com o contexto escolar, no sentido de que possam estabelecer relações mais aprofundadas e refletidas entre teoria e prática, relacionando, organizando e sistematizando os diversos saberes que têm na Graduação de acordo com a realidade escolar percebida.

Cabe ressaltar que o ponto de partida da pesquisa é a análise do cotidiano pedagógico, considerando o trabalho desenvolvido pelos professores de Educação Física, bem como suas dificuldades e limitações.

Pretende-se também estabelecer em conjunto com os professores das escolas, encaminhamentos metodológicos visando redimensionar o ensino da Educação Física, buscando o desenvolvimento de um trabalho, nessa área de conhecimento, mais significativo, comprometido e contextualizado.

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Idem, p. 103.

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Com o desenvolvimento desta pesquisa objetiva-se também despertar o interesse do professor de Educação Física, que atua na escola, para estudos e desenvolvimento de projetos no âmbito escolar e acadêmico.

Para o desenvolvimento da pesquisa foram estabelecidas as seguintes hipóteses: a) Os conteúdos abordados nas aulas de Educação Física na Escola são pouco adequados às condições de vida na sociedade contemporânea;

b) Os conteúdos nas aulas de Educação Física são tratados de forma inadequada e superficial;

c) Há uma maior predominância do Esporte sob os demais conteúdos da Educação Física na Escola, sendo este tratado de forma limitada e acrítica;

d) A metodologia utilizada pela maioria dos professores de Educação Física é ineficaz, pouco dinâmica e nada atraente aos alunos;

e) A Educação Física enquanto disciplina escolar é descontextualizada, considera o aluno desarticulado das suas experiências, não o compreende dentro de suas relações sociais e muitas vezes não respeita sua cultura;

f) Faltam aos professores de Educação Física conhecimentos teóricos metodológicos para que possam redimensionar sua prática pedagógica e desenvolver projetos na escola;

g) A maioria dos alunos gosta das aulas de Educação Física;

h) A maioria dos alunos prefere o Esporte em detrimento dos outros conhecimentos da Educação Física Escolar;

i) A análise da prática pedagógica efetivada na escola, envolvendo os acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física, contribui no processo de sua formação inicial.

Alguns Antecedentes Científicos nortearam a elaboração deste Projeto de pesquisa. Entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento da Cultura Corporal de movimento, que deve cuidar do corpo não como algo mecânico, visando apenas o desenvolvimento do aspecto físico, independentemente dos demais, mas sim na perspectiva de sua relação com os outros sistemas: o mental, o emocional, o estético,

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o religioso entre outros.

Nesse sentido a Educação Física Escolar é entendida como uma disciplina que introduz e integra o aluno na Cultura Corporal de movimento, formando o cidadão que vai reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício de sua qualidade de vida. (PCNs, 1998).

Acredita-se que o professor deve ter como objetivo principal norteador de seu trabalho na escola, localizar em cada um dos principais eixos temáticos da Educação Física (jogo, esporte, dança, ginástica e luta) seus benefícios humanos e suas possibilidades de utilização como instrumentos de comunicação, expressão, lazer e cultura.

Concordamos com o Soares et alli (1992, p. 219) quando diz:

“Desejamos que os alunos apreendam a ginástica em todas as suas formas historicamente determinadas e culturalmente construídas; o fantástico acervo de jogos que eles conhecem confrontados com os que não conhecem; a dança enquanto uma linguagem social que permite a transmissão de sentimentos e emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes etc; o esporte como prática social que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal universal, e que se projeta numa dimensão complexa que envolve códigos, sentidos e significados da sociedade que o cria e o pratica. Assim, a Educação Física deixa de ser vazia de conteúdo.”

Nos PCNs (1998) os conteúdos da Educação Física são reconhecidos como eixos da Cultura Corporal e divididos em blocos (esportes, jogos, lutas e ginástica, atividades rítmicas e expressivas, e conhecimentos sobre o corpo). Tais blocos deveriam ser considerados como eixos norteadores do trabalho pedagógico desenvolvido na disciplina da Educação Física na escola, onde outros aspectos deveriam também ser abordados como àqueles relacionados à corporeidade, a cidadania, a saúde e a qualidade de vida.

Betti (1992, p. 286) evidencia que:

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ao conhecimento, compreensão e análise de seu intelecto todas as informações relacionadas às conquistas materiais e espirituais da cultura física, dirigir sua vontade e sua emoção para a prática e a apreciação do corpo em movimento.”

Embora exista um referencial teórico-científico, bastante significativo, que indica a necessidade de serem abordados, na escola, outros conhecimentos da Cultura Corporal além do Esporte, assim como também são apontados encaminhamentos teórico-metodológicos que devam ir além da simples execução de movimentos, o que se percebe na maioria das escolas é bem o contrário. O Esporte é conteúdo predominante das aulas de Educação Física, e a maioria dos professores prioriza na sua abordagem apenas conhecimentos técnicos referentes à realização de seus fundamentos e do jogo.

Essa predominância é constatada, principalmente, nos relatos dos acadêmicos sobre o Estágio que efetivam nas escolas, e também pelas observações que os professores de MPEEF têm realizado no seu acompanhamento e supervisão. Diante dessas questões, percebemos que a Educação Física no contexto escolar é quase a mesma de décadas atrás, apesar das mudanças que ocorreram na área em nível de academia, o que tem sido discutido (teoria) parece que continua longe da escola (prática).

Assim, entende-se ser necessário, que docentes de um Curso de formação de professores, construam ações que possam contribuir para possíveis mudanças, visando a melhoria da Educação Física efetivada na escola, bem como representem possibilidades de avanços significativos no processo de formação inicial e continuada.

Acredita-se que tais ações poderão contribuir no processo de formação dos futuros professores, os acadêmicos, pois lhes oportunizará confrontar a teoria estudada com a prática efetivada, possibilitando-lhes refletir e intervir de forma significativa através do Estágio que realizam nas escolas.

É de fundamental importância que num Curso de formação de professores, como a Licenciatura, seja possibilitado ao acadêmico o contato com esse saber-fazer do professor, mas que seja uma aproximação analisada e refletida, para que possa absorver os saberes do professor, mas também tenha capacidade de reconstruí-los, tendo como suporte os conhecimentos adquiridos na Graduação. (FINCK, 2006, p. 127).

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Universidade), oferecendo espaço para a reflexão e discussão de possibilidades pedagógicas, visando à melhoria do desenvolvimento da Educação Física na escola, possibilitando aos educadores uma maior amplitude de seus conhecimentos, fornecendo-lhes subsídios teórico-científicos a fim de que redimensionem sua ação docente.

O ponto inicial das discussões será o trabalho que o professor desenvolve no seu cotidiano pedagógico, onde serão consideradas não apenas suas dificuldades e limitações, mas também suas experiências e seu conhecimento. (SCHÖN, 1992; PERRENOUD, 1993).

Acredita-se que através desses encaminhamentos o professor poderá ampliar conhecimentos e trocar experiências com seus pares, perspectivando encaminhamentos para um redimensionamento pedagógico da Educação Física.

Os Procedimentos utilizados para o envolvimento dos professores e acadêmicos na pesquisa: possibilidades, dificuldades e limitações

Para o desenvolvimento da pesquisa inicialmente foram estabelecidos alguns procedimentos, a fim de que fossem utilizados para que tanto os professores como os acadêmicos se motivassem a participar do estudo.

Primeiramente foi realizada a apresentação da proposta aos acadêmicos, do 3º e 4º ano, do Curso de Licenciatura em Educação Física da UEPG, a mesma foi efetivada pelos professores pesquisadores responsáveis pela pesquisa, sendo explicitada com a intenção de informá-los e motivá-los a participarem da sua realização.

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Em 2007 o Estágio foi realizado e supervisionado pelos professores de MPEEF apenas nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª séries), no ensino médio, e no Centro de Educação Básica de Jovens e Adultos (CEBEJA), na Rede Pública Estadual de Ensino. Pois o desenvolvimento da disciplina, nesse caso, segue o que está estabelecido no currículo anterior.

A partir de 2008, com as mudanças curriculares, o Estágio na Educação Infantil e nas séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª séries) estará também sob a supervisão dos professores de MPEEF, dessa forma o projeto envolverá os professores que atuam na Rede Pública Municipal de Ensino.

Pretende-se na continuidade da pesquisa apresentar a proposta aos demais professores de Educação Física de outras Escolas Públicas Estaduais e Municipais de Ponta Grossa, isto é, mesmo que nessas instituições não tenhamos acadêmicos realizando o Estágio Supervisionado.

No projeto está estabelecido que qualquer participante da pesquisa tenha liberdade para sair da mesma no momento que for de sua vontade, necessidade e escolha.

Pressupostos Metodológicos

A pesquisa é desenvolvida numa abordagem qualitativa, participativa, o estudo é de campo e de cunho etnográfico. Estão sendo utilizados os seguintes materiais para a coleta e registro dos dados: fichas específicas, diário de campo, entrevistas, questionários, relatórios. São realizadas observações das aulas ministradas pelos professores de Educação Física nas Escolas Públicas, as mesmas são efetivadas pelos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física e pelos professores da UEPG, de MPEEF, do referido Curso, os dados são registrados nas fichas e no diário de campo.

São realizadas também entrevistas com os professores das escolas e aplicados questionários. Os alunos das escolas também respondem questionários, que são aplicados pelos acadêmicos ou pelos próprios professores de Educação Física de cada uma das turmas.

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professores das escolas. Durante o desenvolvimento da pesquisa estão previstas reuniões visando à orientação e avaliação para um melhor encaminhamento do processo.

Em 2007 as orientações foram realizadas, de forma quase individual, pelos professores de MPEEF, com cada um dos professores que tiveram acadêmicos estagiando em suas turmas. Esse procedimento foi utilizado devido à dificuldade em reunir os professores, fato este justificado pelo acúmulo de atividades dos docentes.

Os dados da pesquisa são registrados também na forma de relatórios, e sua elaboração ocorrerá durante e no final do processo, este procedimento está sendo utilizado pelos professores das escolas, pelos acadêmicos e professores de MPEEF, do Curso de Licenciatura em Educação Física da UEPG.

Um espaço necessário: Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física Escolar e Formação de professores-GEPEFE

O Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física Escolar e Formação de Professores (GEPEFE) foi instituído, através da certificação da UEPG e cadastramento no CNPq, em 2006, mas sua idealização surgiu há mais tempo, pois os profissionais que desencadearam as ações iniciais de sua configuração tem uma caminhada bastante significativa tanto no contexto escolar como no de formação de professores na área de Educação Física.

A idealização e criação do Grupo revelam uma intenção comprometida, de alguns profissionais da área, de efetivar ações acadêmicas que resultem numa contribuição para a área.

A relevância do GEPEFE está em oferecer um espaço, em nível de academia, para que profissionais e acadêmicos possam dele usufruir, na busca de ações para a melhoria da Educação Física no contexto escolar e de formação inicial e continuada de professores.

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Os critérios para a participação no GEPEFE são: ser profissional da área de Educação Física; ser acadêmico do Curso de Educação Física; apresentar Currículo Lattes; e assumir comprometimento com as ações estabelecidas pelo Grupo.

O trabalho desenvolvido pelo GEPEFE envolve professores da UEPG, que atuam como docentes no Curso de Licenciatura em Educação Física, principalmente, na disciplina de Metodologia e Prática de Ensino em Educação Física (MPEEF), os professores de Educação Física que atuam na área na Educação Básica, e os acadêmicos do referido Curso de Licenciatura.

O GEPEFE desenvolve reflexões, análises, estudos, discussões e ações que resultem em pesquisas, publicações e intervenções que venham contribuir para redimensionar o desenvolvimento da Educação Física tanto no contexto escolar como no de formação de professores.

As Linhas de Pesquisa priorizadas no GEPEFE são: Corpo, cultura e Educação Física Escolar; Educação Física e Esporte: metodologia e ensino-aprendizagem; Manifestações do Esporte no contexto da Escola; Saúde e Educação Física Escolar; Transversalidade e Educação Física Escolar.

As ações efetivadas pelo GEPEFE desde sua criação, se deram através de encontros semanais, que foram organizados tendo como temáticas centrais um referencial científico produzido na área relacionado com as ementas das Linhas de Pesquisa. Houve um empenho dos integrantes do Grupo no sentido de participarem de eventos científicos da área, bem como na apresentação e publicação de trabalhos.

Alguns procedimentos foram utilizados durante a realização dos encontros, com o objetivo de dinamizar as discussões e ao mesmo tempo ter um eixo condutor a fim de que as mesmas fossem profícuas e todos pudessem contribuir, socializando as reflexões realizadas em torno das temáticas propostas para cada encontro semanal.

Dessa forma a cada encontro dois integrantes do Grupo atuavam como coordenadores para mediar às discussões em torno das temáticas estabelecidas, e um terceiro era designado para registrar as “falas” de cada um, no final do período de comum acordo o Grupo estabelecia as estratégias para o próximo encontro.

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No decorrer do processo, o grupo decidiu pela realização quinzenal dos encontros, afim de que fosse mantida a motivação inicial de cada participante e que também as discussões não se “esvaziassem”. Outro aspecto que também influenciou nessa decisão foi o acúmulo de atividades profissionais e acadêmicas dos participantes. Algumas dificuldades foram percebidas neste primeiro ano de atividades do GEPEFE, entre elas podem ser destacadas: o dia fixo da semana para a realização dos encontros; a realização do encontro no período da tarde, dificultando a participação de muitos professores; a concepção de muitos professores de que o GEPEFE é um grupo fechado; a falta de participação de alguns professores em eventos da área; alguns não têm produção acadêmica, principalmente publicação de artigos; a dificuldade, de alguns, em estabelecer a relação entre produção acadêmica e o crescimento do Grupo como um todo.

Por outro lado, foi possível perceber o crescimento acadêmico da maioria dos integrantes do GEPEFE, através, principalmente, de participações em eventos científicos na área educacional, publicações, envolvimentos em projetos, programas de capacitação, e algumas participações em processos seletivos para estudos em nível de Mestrado.

O Grupo estabeleceu como perspectivas as seguintes ações a serem desenvolvidas pelos seus integrantes: encontros periódicos; participações em eventos científicos e apresentação de trabalhos; ações direcionadas à fomentação do Grupo.

Considerações Finais

Iniciamos uma caminhada compartilhada e compromissada em prol de objetivos maiores para a área da Educação Física, as ações empreendidas até então, abrem novas possibilidades e maiores responsabilidades.

O desenvolvimento da pesquisa e a constituição do Grupo de Estudos e Pesquisa poderão possibilitar encaminhamentos diferenciados e significativos tanto para o profissional da área da Educação Física, principalmente para o professor, como para o acadêmico do Curso de Licenciatura.

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abordado e discutido na área, contribuindo assim para motivá-lo a redimensionar sua prática pedagógica, bem como a desenvolver projetos tanto na escola como em nível acadêmico. Para o acadêmico a relevância das ações empreendidas está na possibilidade de sua participação em atividades acadêmicas, que poderão contribuir para que vislumbre caminhos mais amplos e significativos na sua profissão.

A pesquisa poderá proporcionar reflexões, discussões e encaminhamentos para uma prática mais significativa e relevante da Educação Física no contexto escolar, contribuindo também para uma aproximação do acadêmico junto à escola, fornecendo-lhe dados para que observe, reflita, compare e aponte encaminhamentos metodológicos mais próximos da teoria abordada no Curso de Licenciatura, possibilitando-lhe uma formação inicial mais próxima da realidade.

As ações desenvolvidas até então, apontam para um encaminhamento diferenciado para a Educação Física no contexto escolar e de formação, que está apenas no começo, os primeiros passos foram dados, a continuidade do processo e o alcance dos objetivos pretendidos dependem de cada um e também de todos enquanto Grupo, na realização de um trabalho profissional e acadêmico, que deve ser contínuo, sistemático, compartilhado e compromissado.

REFERÊNCIAS

BETTI, M. Ensino de Primeiro e segundo graus: Educação Física para quê? In Revista Brasileira de Ciências do Esporte. Vol. 13, n. 2, janeiro, 1992.

BRACHT, V. et.al. Pesquisa em ação: educação física na escola. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003. (Coleção Educação Física).

BRASIL, S.E.F. Parâmetros Curriculares Nacionais-Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

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cotidiano do professor e perspectivas de mudanças no ensino. Tese (Doutorado). Leon, Espanha: UNILEON, 2006.

KULCSAR, Rosa. “O Estágio Supervisionado como atividade integradora”. In PICONEZ, Stela C. BERTHOLO (coord.). A prática de ensino e o estágio supervisionado. 2ª ed., Campinas, SP: Papirus, 1994.

PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação. Perspectivas sociológicas. Lisboa, Portugal: D. Quixote, 1993.

SCHÖN, D.A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, Antonio. Os professores e a sua formação. Lisboa: Portugal, Dom Quixote, 1992.

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