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MARIELA CAMPOS GALLI REABILITAÇÃO PULMONAR EM CRIANÇAS ASMÁTICAS

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Academic year: 2021

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REABILITAÇÃO PULMONAR EM CRIANÇAS ASMÁTICAS

(2)

REABILITAÇÃO PULMONAR EM CRIANÇAS ASMÁTICAS

Este trabalho de conclusão de curso foi

apresentado ao curso de Fisioterapia como

requisito à obtenção do título de Bacharel em

Fisioterapia.

Universidade do Sul de Santa Catarina

Orientadora: Profª. Esp. Dayane Montemezzo

(3)

DEDICATÓRIA

(4)

Meus sinceros agradecimentos, a todos que participaram direta ou indiretamente

para que meu trabalho pudesse ser concluído.

Primeiramente agradeço a Deus por me conceder o dom da vida, e permitir que

pudesse estudar e concluir uma faculdade, dando-me força, coragem e conforto nas horas

difíceis e de desespero. E agradeço ainda por retirar qualquer coisa que pudesse atrapalhar a

minha caminhada sempre estando ao meu lado.

A minha mãe, pela paciência e dedicação nos momentos de angustia e tristeza

sempre estando ao meu lado e disposta para ajudar.

Ao meu pai, com sua calma, sempre muito presente e preocupado dando-me amor

e carinho.

A minha avó materna, que sempre me acompanhou nessa caminhada com suas

preces e orações.

As minhas tias Terezinha e Gorete apesar da minha ausência nos finais de semana

e muitas vezes mal-humorada, sempre estiveram dispostas a me ajudar.

A minha madrinha Lourdes e segunda mãe, sempre me confortando, com suas

palavras de carinho.

Ao meu tio Bertinho, que trouxe o meu computador, para que meu trabalho

pudesse ser concluído.

Ao meu irmão apesar de falar pouco, sempre me deu seu apoio, me convidando

para sair quando percebia que o estress estava tomando conta.

Aos meus primos em especial a Mirela que sempre me ajudou na UNISUL e fora

dela a resolver qualquer problema.

As “negas” Aline Flor e Amanda Camilo, apesar de não estarem mais aqui me

ajudaram muito durante toda a faculdade, amiga jamais vou esquecer de vocês.

Aos amigos da faculdade em especial Ana Eliza Speck, Amanda Prates, Milene

Marcon Guizzi, Saionara Rebelo Serafim, Sara Salvalagio e Thatyana Costa Brandão pela

amizade, apoio e força nas horas de felicidade e desespero sempre estavam presentes para

tudo.

A Yamim filha de uma amiga muito querida que muitas vezes que chegava na sua

casa chorando ou desesperada ela sempre tinha palavras que me faziam sorrir.

(5)

imprópria foi de grande ajuda, nos momentos em que mais precisei.

À minha orientadora Dayane, pela amizade dedicação e paciência e por acreditar

no meu potencia mesmo com dificuldades sempre dando força para realização desta pesquisa.

Aos funcionários da Clínica Escola de Fisioterapia, por procurar e emprestar os

prontuários para que a pesquisa pudesse ser realizada.

Ao Prof. Kelser de Souza Kock, pela disponibilidade e gentileza em aceitar o

convite de fazer parte da banca.

Ao Prof. George Jung da Rosa, pela disponibilidade e gentileza em aceitar o

convite de fazer parte da banca.

(6)

Vivemos esperando

Dias melhores

Dias de paz, dias a mais

Dias em que não deixaremos pra trás

Vivemos esperando

O dia em que seremos melhores

Melhores no amor, melhores na dor

Melhores em tudo

Vivemos esperando

O dia em que seremos para sempre

Vivemos esperando

Dias melhores pra sempre.

(7)

A fisioterapia respiratória sofreu uma sensível evolução e, de acordo com a necessidade, mais

precisamente nas últimas duas décadas, observou-se maior envolvimento dessa especialidade

na área pediátrica, num trabalho conjunto com equipes multiprofissionais, por isso

atualmente, o fisioterapeuta tornou-se um profissional indispensável, seja em nível hospitalar

ou ambulatorial, no atendimento a criança. Sendo que a fisioterapia pediátrica desenvolveu-se

muito nos últimos anos em função das necessidades assistenciais que cada vez exigem mais

soluções nesta área. O presente estudo tem como método coleta de dados em prontuários,

sendo um estudo documental. A população deste estudo foi composta pelas crianças e

adolescentes inscritos nas listas de espera para atendimento nos ambulatórios de

Cardiopneumologia e Pediatria da Clínica Escola de Fisioterapia sendo a amostra definida

com 18 crianças e adolescentes, na faixa etária de 5 à 16 anos. O estudo tem como objetivo

analisar as respostas da reabilitação pulmonar pediátrica em crianças asmáticas. Os resultados

das pressões respiratórias foram organizados conforme os valores preditos para idade e

gênero, e os dados do PFE, organizados conforme o predito para estatura de cada criança.

Portanto a reabilitação pulmonar pediátrica tem efeito quando as crianças são acompanhadas

regularmente, trazendo grandes benefícios tanto no bem estar físico social e emocional das

crianças e ainda melhorando o condicionamento físico, e da melhora da mecânica respiratória

proporcionando uma qualidade nas suas atividades de vida diária.

(8)

The respiratory physitherapy passed by a sensible evolution and, in accord with the necessity,

precisely during last two decades, it was observed a bigger involvement of this speciality in

pediatric area, in a whole work with multiprofessional group, because of it, actually,

physiotherapist became an indispensable professional, even hospitalar level or ambulatorial

level, in child’s attendance. And pediatric physiotherapy developed itself a lot during last

years because of assistence necessities that require more evolutions each time in this area. The

present study has as method, dates’ collect in records, being a documental study. The

population of this study was composed by children an adolescents that were registered in wait

lists for attendance at ambulatories of Cardiopneumology and pediatric of School-clinic of

Physiotherapy, and the sample was defined with 18 children and adolescents, with age

between 5 and 16 years old. The study has as objective to analyze the answers of pediatric

pulmonar rehabilitation in asthmatic children. The results of respiratory pressions were

organized in accord with the predict value for stature of each child. Therefore, pediatric

pulmonar rehabilitation has effects when children are regullary followed, bringing grate

benefits even in physical, social and emocional well-being, even becoming better the physical

condition, and respiratory mechanical providing quality in their activities of daily life.

(9)

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 REABILITAÇÃO PULMONAR EM CRIANÇAS ASMÁTICAS... 12

2.1 Definição ... 12

2.2 Epidemiologia ... 12

2.3 Etiologia... 13

2.4 Manifestações clínicas ... 14

2.5 Fisiopatologia ... 15

2.6 Classificação da Asma ... 17

2.7 Asma na infância ... 19

2.8 Diagnóstico ... 20

2.9 Tratamento da Asma... 22

2.10 Reabilitação na asma... 24

3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO ... 26

3.1 Caracterização da Pesquisa ... 26

3.2 População/amostra ... 27

3.3 Instrumentos utilizados para a coleta de dados... 27

3.4 Procedimentos utilizados para coleta de dados ... 27

3.5 Procedimentos e análise e interpretação dos dados... 28

3.6 Submissão do projeto ao Comitê de Ética e Pesquisa ... 28

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS... 29

4.1 Caracterização da Amostra ... 29

4.2 Pressões respiratórias máximas (PIM e PEM) ... 29

4.3 Pico de Fluxo Expiratório (PFE)... 31

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 33

(10)

APÊNDICES ... 43

APÊNDICE A – Ficha para coleta de dados... 44

APÊNDICE B – Quadros de distribuição de valores ... 46

(11)

1 INTRODUÇÃO

Com o passar do tempo a fisioterapia respiratória, sofreu uma sensível evolução e,

de acordo com a necessidade, mais precisamente nas últimas duas décadas, observou-se maior

envolvimento dessa especialidade na área pediátrica, num trabalho conjunto com equipes

multiprofissionais, por isso atualmente, o fisioterapeuta tornou-se um profissional

indispensável, seja em nível hospitalar ou ambulatorial, no atendimento a criança.

Portanto, a fisioterapia pediátrica desenvolveu-se muito nos últimos anos em função

das necessidades assistenciais que cada vez exigem soluções objetivas nesta área. Esta

especialidade, por suas características, proporciona as crianças uma terapêutica que, além da

eficácia imediata, resultam em melhor qualidade de vida (SILVA, 2001).

Conforme Lemle et al. (1998), a asma brônquica é provavelmente, uma das condições

mais prevalentes do gênero humano, onde sua prevalência no mundo de acordo com Ferreira,

Kirk e Siqueira (2000), oscila entre 5% e 10%, na população geral e é mais freqüente na

infância. Sendo assim, o tratamento adequado para a asma, provavelmente aumenta

significantemente o numero de crianças asmáticas com uma vida sem restrições, e a

fisioterapia implica numa melhor qualidade de vida para elas e suas famílias.

A fisioterapia, de acordo com Tecklin (2002) e Sheperd (1996), tem papel

importante na avaliação, no tratamento e na prevenção das complicações que possam ser

geradas pelas doenças com o objetivo de melhorar as atividades de vida diária. A importância

do acompanhamento fisioterapêutico reside em promover um ganho na intervenção da criança

com a doença. A maioria das crianças obtém algum benefício com um programa terapêutico

cuidadosamente planejado, sobretudo no que se refere à melhora do controle sobre a

respiração e da tolerância aos esforços, bem como na prevenção das deformidades da coluna e

caixa torácica.

Neste contexto está inserida a criança com asma na qual, a avaliação e o

tratamento fisioterapêutico estão amplamente baseados na situação clínica no momento, ou

seja, se a criança está em estágio agudo, subagudo ou crônico da asma. Atualmente com

alguns progressos, a fisioterapia atua através de abordagens, especializados cuidados com a

mecânica respiratória, capacidade funcional, educação postural e orientações sobre a doença,

sem limitar o bem estar físico e social da criança.

(12)

de especialistas, com o objetivo de alcançar e manter o indivíduo com o máximo nível de

independência e função na comunidade. Com isso a fisioterapia com suas diversas abordagens

de reabilitação pulmonar objetiva essas crianças com asma a fazer todas as AVD’s (atividade

de vida diária) com segurança proporcionando a elas uma melhora para as mesmas.

Diante do exposto, considerando as possíveis limitações causadas pela asma em

crianças, comprometendo assim a prática de atividades, objetiva-se com este estudo analisar

as respostas da reabilitação pulmonar pediátrica em crianças asmáticas. De forma específica:

comparar os valores de força muscular respiratória através da pressão muscular inspiratória e

pressão muscular expiratória na pré-intervenção fisioterapêutica com os parâmetros preditos

para idade e gênero; comparar o pico de fluxo expiratório (PFE) pré e pós-intervenção com os

parâmetros preditos para estatura e correlacionar com o tempo de acompanhamento

fisioterapêutico.

Os dados foram coletados no período de junho e julho de 2006, na Clínica Escola

de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Campus Regional Sul

em Tubarão/SC. O estudo tem como método coleta de dados em prontuários, sendo um estudo

documental.

(13)

2 REABILITAÇÃO PULMONAR EM CRIANÇAS ASMÁTICAS

O presente capítulo apresenta uma breve revisão de literatura sobre o tema

proposto, a fim de contribuir para um enfoque científico da pesquisa e um melhor

embasamento nas discussões e resultados. Está subdividido em: definição da asma,

epidemiologia, etiologia, manifestações clínicas, fisiopatologia, classificação da asma, asma

na infância, diagnóstico, tratamento e reabilitação da asma.

2.1 Definição

O III Consenso Brasileiro de Asma (2002), define asma como uma doença

inflamatória crônica caracterizada, por hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e por

limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento,

manifestando-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no

peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resultam de uma interação

entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao

desenvolvimento e manutenção dos sintomas.

Scalan, Wilkins e Stoller (2000), acrescentam que no passado às definições de

asma enfatizavam a hiper-responsividade e a obstrução reversível das vias aéreas, as

definições mais atuais e acuradas da asma enfocam a asma como uma doença inflamatória

primária das vias aéreas, com manifestações clínicas de aumento da hiper-reatividade,

brônquica e obstrução do fluxo aéreo secundários à inflamação.

Tecklin (2002), afirma ainda que não existe uma concordância universal quando se

trata do conceito de asma, porém uma junta médica do National Heart Lung and Blood

Institute propôs a seguinte definição: “Asma é uma doença pulmonar com as seguintes

características: (1) obstrução nas vias aéreas reversíveis, mas não completamente em alguns

pacientes (2); inflamação das vias aéreas e (3) aumento da sensibilidade das vias respiratórias

a uma variedade de estímulos.”

2.2 Epidemiologia

(14)

intensidade da asma. A maioria das crianças afetadas tem apenas episódios eventuais de

intensidade leve a moderada, os quais são tratados com relativa facilidade. Uma minoria sofre

de asma grave, intratável, geralmente perene em vez de sazonal; é incapacitante e interferem

na assiduidade escolar, atividade lúdica e funções quotidianas.

Conforme o III Consenso Brasileiro de Asma (2002), a mortalidade por asma

ainda é baixa, mas apresenta uma magnitude crescente em diversos países e regiões. Nos

países em desenvolvimento, a mortalidade por asma vem aumentando nos últimos 10 anos,

correspondendo a 5 a 10% das mortes por causa respiratória, com elevada proporção de óbitos

domiciliares.

2.3 Etiologia

A asma é uma doença complexa que envolve fatores autônomos, imunológicos,

infecciosos, endócrinos e psicológicos em graus variáveis em indivíduos diferentes. O

controle do diâmetro das vias aéreas é considerado um equilíbrio de fatores neurais e

humorais. A atividade broncoconstritora neural é medida pela parte colinérgica do sistema

nervoso autônomo. Terminações sensitivas vagam, no epitélio das vias aéreas, denominadas

receptores para a tosse ou de substâncias irritantes, de acordo com sua localização, iniciam o

ramo aferente de um arco reflexo, o qual na extremidade eferente estimula a contração do

músculo liso brônquico. A neurotransmissão de peptídeo intestinal vasoativo provoca

relaxamento do músculo liso brônquico (BEHRMAN, 2002).

Para Nieman (1999 apud REIS, 2005), os alérgenos que são fatores de risco no

desenvolvimento da asma incluem os ácaros da poeira, animais com pêlos, baratas, poléns e

fungos. A exposição à fumaça do cigarro também, é um fator de risco importante

especialmente nas crianças. Os poluentes químicos e aéreos também podem, acarretar o

desenvolvimento da doença. As infecções respiratórias virais, o baixo peso ao nascer e a dieta

como, por exemplo, ostras, amendoins, ovos, chocolates, também podem contribuir.

(15)

2.4 Manifestações clínicas

A asma manifesta-se de forma diferente entre os indivíduos e até mesmo, no

próprio indivíduo no decorrer do tempo. Os sintomas da asma vêm, podendo durar desde

alguns momentos até dias. As crises asmáticas podem ser leves ou severas e algumas vezes,

fatais. Manifesta-se clinicamente por episódios de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse,

particularmente à noite e pela manhã ao despertar (III CONSENSO BRASILEIRO DE

ASMA, 2002).

Conforme Shepherd (1998), na crise a tosse é do tipo paroxístico e não produtiva.

A respiração torna-se progressivamente mais difícil às inspirações são superficiais, enquanto a

fase expiratória é prolongada e acompanhada de sibilos. A criança procura fixar a cintura

escapular, apoiando os membros superiores e fletindo o tronco, de maneira a aumentar a

eficácia dos músculos da respiração. Em virtude da hiperinsuflação dos pulmões, os músculos

da respiração trabalham em desvantagem mecânica, situação esta que sobrecarrega ainda mais

o aparelho respiratório. A criança pode apresentar cianose, o tórax aumenta o diâmetro Antero

posterior, movimentando-se muito pouco. A respiração está a cargo principalmente, do terço

superior do tórax e as últimas costelas já se encontram em posição elevada. Por esses motivos

à asma pode ser classificada em intermitente, persistente leve, persistente moderada e

persistente grave.

(16)

Ainda pode se dizer que quando a criança está com dificuldade externa, o sinal

mais freqüente da asma é a sibilância pode estar ausente, nesses casos, somente depois que o

tratamento broncodilatador fornece alívio parcial da obstrução das vias aéreas é que ocorre

movimento de ar suficiente para produzir sibilos. A dispnéia pode ser tão intensa que a

criança tem dificuldade em deambular ou mesmo falar. O paciente com obstrução intensa

pode assumir uma posição encurvada, em tripé, que facilita a respiração. A expiração é em

geral mais difícil por causa do fechamento expiratório prematuro da via aérea, mas muitas

crianças também se queixam de dificuldade inspiratória. Dor abdominal é comum, sobretudo

em crianças menores, e supostamente advém do uso vigoroso dos músculos abdominais e

diafragma. O fígado e o baço podem ser palpáveis em virtude da hiperinsuflação dos pulmões.

Vômitos são comuns e podem ser seguidos de alívio temporário dos sintomas. Durante

obstrução marcante das vias aéreas, o esforço respiratório é grande e a criança sua

profusamente; febre baixa pode surgir simplesmente devido ao enorme trabalho da respiração;

a fadiga pode tornar-se intensa. Entre as exarcebações, a criança pode estar inteiramente livre

de sintomas e não ter nenhuma evidência de doença pulmonar ao exame físico. A

deformidade do tórax em barril é um sinal de obstrução persistente crônica das vias aéreas da

asma grave. Os sulcos de Harrison, uma depressão, ântero-lateral do tórax na inserção do

diafragma, podem estar presentes em crianças com retrações intensas recorrentes. O

baqueteamento dos dedos raramente é observado na asma não complicada, mesmo na asma

grave (BERHMAN, 2002).

2.5 Fisiopatologia

(17)

A resposta inflamatória tem características especiais para Bousquet et al. (1990) e

Robinson et al. (1992 apud REIS, 2005), que incluem infiltração eosinofílica, degranulação de

mastócitos, lesão interticial das paredes das vias aéreas e ativação de linfócitos Th2 que

produzem citosinas, como as intelectuais IL-4, IL-5, IL-13, entre outras, responsáveis pelo

início e manutenção do processo inflamatório. A IL-4 tem papel importante no aumento tanto

da produção de IgE específica como da expressão de receptores de alta e baixa afinidade à

IgE por muitas células inflamatórias.

Para Behrman (2002), três eventos contribuem para a obstrução das vias aéreas:

edema da mucosa, contração do músculo liso e produção de muco. A obstrução ocorre

durante a expiração, quando a via aérea aproxima-se do volume de fechamento, e resulta em

aprisionamento de gás nas vias aéreas distais; a asma mais intensa pode ter um fluxo aéreo

diminuído durante a inspiração. Várias características anatômicas e fisiológicas predispõem os

lactantes e as crianças pequenas a menor risco de obstrução das vias aéreas, ressalto elástico

menor pulmão, diminuição do suporte de músculo liso das pequenas hiperplasias relativas das

glândulas mucoredução dos canais colaterais de ventilação.

Vários são os mediadores inflamatórios liberados conforme o III Consenso

Brasileiro no Manejo da Asma (2002), pelos mastócitos brônquicos (histamina, leucotrienos,

triptase e prostaglandinas), pelos macrófagos (fator de necrose tumoral – TNFa, IL – 6, óxido

nítrico), pelos linfócitos T (IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, fator alfa de crescimento de colônia de

granulócitos (GM-CSF), pelos eosinófilo (MBP, ECP, EPO, mediadores lípidicos e citosinas),

pelos neutrófilos (elastase) e pelas células epiteliais (endotelina-1, mediadores lípidicos, óxido

nítrico). Através de seus mediadores as células causam lesões e alterações na integridade

epitelial, anormalidades no controle neural autonômico (substância P, neurocinina A) e no

tônus da via aérea, alterações na permeabilidade vascular, hipersecreção de muco, mudanças

na função mucociliar e aumento da reatividade do músculo liso da via aérea.

(18)

Figura 1: Mecanismo da asma brônquica.

Fonte: III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002).

2.6 Classificação da Asma

(19)

Intermitente

Persistente leve Persistente

moderada

Persistente

grave

Sintomas

Falta

de

ar,

aperto no peito,

chiado e tosse

< 1 vez/semana

> 1 vez/semana

e< 1 vez/dia

Diários, mas não

contínuos

Diários

contínuos

Atividades

Em geral normais

Falta ocasional ao

trabalho

ou

escola.

Limitação

para

grandes esforços.

Faltas ocasionais

ao trabalho ou

escola

Prejudicadas

Algumas

faltas

ao trabalho ou

escola.

Sintoma

com

exercício

moderado como

(subir escadas)

Limitação diária

Falta

freqüente

ao trabalho ou a

escola.

Sintomas

com

exercícios leves

(andar no plano)

Crises

Ocasionais (leves)

Controladas com

broncodilatadores,

sem

ida

à

emergência.

Infreqüentes

Algumas

requerendo curso

de corticóides

Freqüentes

Algumas

vezes

com

ida

à

emergência, uso

de

corticóides

sistêmicos

ou

internação

Freqüentes

graves

Necessidade de

corticóides

sistêmico,

internação

ou

com

risco

de

vida

Sintomas

noturnos

Raros

< 2 vezes/mês

Ocasionais

>2 vezes/mês

e < 1 vez/semana

Comuns

> 1 vez/semana

Quase diários

>

2

vezes/semana

Broncodilatador

para alívio

< 1 vez/semana

> 2 vezes/mês e

< 1 vez/semana

>

2

vezes/semana e

< 2 vezes/dia

> 2 vezes/dia

PFE ou VEF1,

nas consultas

Pré-bd

>

80%

previsto

Pré-bd > 80% ou

previsto

Pré-bd entre 60%

e 80% previsto

Pré-bd < 60%

previsto

Quadro 1: Classificação da gravidade da Asma.

Fonte: Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002).

(20)

2.7 Asma na infância

A motivação para a implementação de ações educativas em asma baseia-se na

hipótese de que elas contribuem para reduzir índices de morbidade e para melhorar a

qualidade de vida, através da promoção da compreensão da doença e do desenvolvimento de

habilidades de automanejo pelos pacientes. Supõe-se que programas de educação em asma

podem mudar atitudes e crenças em relação à doença e melhorar a adesão ao tratamento,

programas educativos em asma para crianças têm sido preconizados nos EUA desde 1970.

Em março de 1989, o National Asthma Education and Prevention Program foi iniciado sob a

coordenação do National Heart, Lung and Blood Institute para estudar o aumento da

prevalência, mortalidade e morbidades relacionadas, à asma. No ano de 1991, esse instituto

iniciou a distribuição de um guia para o diagnóstico e manejo da asma, sendo a educação do

paciente um dos quatro componentes principais para o controle da doença.

Em 1995, o

National Heart, Lung and Blood Institute e a Organização Mundial de Saúde desenvolveram

uma estratégia global para o manejo e prevenção da asma, cujo preparo envolveu especialistas

de vários países, em um esforço para promover a implementação dessas recomendações em

diferentes populações, nas várias regiões do mundo Santana e Bastos (2005 apud REIS,

2005).

Moraes (2002) afirmam que, sendo que a doença crônica mais comum na infância

é responsável por até 30% das limitações de atividades em crianças, sendo que, a asma na

infância é causa na infância é causa importante de absenteísmo escolar e de limitação para os

esportes e outras atividades, de acordo com Nunes, Sole e Naspitz (1997).

Essa afecção normalmente começa na infância, na grande maioria dos casos, antes

de 8 anos. Na infância há um predomínio do sexo masculino, numa proporção de 2:1. Na

adolescência as mulheres se igualam ou excedem os homens e, na vida adulta, a predomínio

do sexo feminino (NUNES; SOLE; NASPISTZ, 1997).

(21)

Conforme o II Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (1998), a asma é uma

doença crônica mais freqüente na criança, onde cerca de 70% das crianças asmáticas iniciam

seus sintomas durante os primeiros anos de vida sendo, nesta fase da vida os episódios de

sibilância e tosse podem ocorrer a intervalos irregulares e pouco freqüentes, dificultando o

diagnóstico de asma. Entretanto, em alguns casos, a presença de sintomas mais freqüentes

permite estabelecer o diagnóstico de asma mais precocemente.

Estima-se, de acordo com Solé (1998), que a asma desaparece na puberdade, em

30 a 50 % das crianças, porem com freqüente recrudescimento na idade adulta. Apesar deste

desaparecimento temporário, a função pulmonar desses pacientes permanece alterada (a tosse

ou HRB persistem). “Na verdade, mais de 2/3 das crianças asmáticas continuam a sofrer da

doença, na puberdade e na idade adulta.”

Quase todas as crianças com asma são atópicas, tendo propensão a produzir IgE, e

os aéreo-alégernos desempenham um papel importante em induzir a doença inflamatória. A

atopia é herdada, mas mecanismos ambientais parecem ser importantes para determinar

quando uns individuam atópico se tornara um asmático (GODFREY; BARNES; NASPITZ,

1997).

Conforme Solé et al. (1998), cerca de 80 a 90% dos asmáticos são sensíveis, pelo

menos a um dos alérgenos ambientais mais comuns, e as crianças que se sensibilizam

precocemente apresentam risco bem maior de manifestar a doença.

As doenças respiratórias na infância abrangem um amplo aspecto de eventos

mórbidos de diferentes etiologias e de distinta gravidade que, em comum, caracterizam-se por

comprometer uma ou mais porções do trato respiratório da criança. Entre os determinantes

imediatos dessas doenças encontram-se, de um lado uma ampla gama de vírus e bactérias e,

de outro, alérgenos, agentes químicos e físicos e traumas. Tanto em países desenvolvidos

como em países em desenvolvimento, as doenças respiratórias representam grande proporção

da morbidade na infância e, nessa medida, exercem enorme pressão sobre os serviços de

saúde.

Em países em desenvolvimento, estima-se que 25% a 33% do total das mortes

observadas nos cinco primeiros anos de vida sejam causadas por infecções respiratórias

agudas (BENICIO; CARDOSO et al., 2000).

2.8 Diagnóstico

(22)

No diagnóstico clínico o paciente com asma costuma apresentar quadro obstrutivo

clássico em que a dispnéia é o sintoma mais proeminente. No entanto, podem ocorrer outras

manifestações como sibilância, tosse improdutiva e mesmo queixas vagas como “congestão

no peito”, “aperto no peito” e “cansaço”. As crises mais freqüentemente ocorrem à noite, de

maneira que a perturbação do sono é uma queixa muito freqüente. Como regra, duram

algumas horas ou dias e cedem espontaneamente ou sob efeito do tratamento Silva (apud

IRON et al., 2001).

No diagnóstico funcional são indicativos de asma conforme Siersted et al. (1996) e

Sociedade Brasileira de Pneumologia Tisiologia (1996), obstrução das vias aéreas

caracterizadas por obstrução do VEF1 (inferior a 80% do previsto), e da relação VEF1/CVF

(inferior a 75% em adultos e 86% em crianças); obstrução ao fluxo aéreo, que desaparece ou

melhora significativamente após o uso de broncodilatador (aumento de VEF1 de 7% em

relação ao valor previsto e 200ml em valor absoluto após inalação de B2 de curta duração),

limitação ao fluxo aéreo sem resposta ao broncodilatador em teste isolado não deve ser

interpretado como obstrução irreversível das vias aéreas; aumento espontâneo do VEF1 no

decorrer do tempo ou após uso de corticosteróide.

No diagnóstico diferencial a maioria das crianças que apresentam episódios

recorrentes de tosse e sibilância tem asma. Outras causas de obstrução das vias aéreas incluem

malformação congênita, corpos estranhos na via aérea ou esôfago, bronquiolite infecciosa,

fibrose cística, doença de imunodeficiência, pneumonite de hipersensibilidade, aspergilose

broncopulmonar alérgica e uma variedade de distúrbios mais raros que comprometem as vias

aéreas, incluindo tuberculose endobrônquica, micoses e adenoma brônquico (BEHRMAN,

2002).

(23)

Anel vascular

Fístula traqueoesofágica

Apnéia obstrutiva do sono

Incoordenação da deglutição

Aspergilose broncopulmonar alérgica

Infecções virais e bacterianas

Bronquiectasias

Insuficiência cardíaca

Bronquiolite

Massas hipofaringeas

Carcinoma brônquico

Massas mediastinais

Discinesia da laringe

Obstrução alta das vias aéreas

Disfunções de cordas vocais

Obstrução mecânica das vias aéreas

Doença respiratória crônica da prematuridade Refluxo gastresofágico

DPOC

Síndrome de Loeffler

Embolia pulmonar

Síndrome de hiperventilação

Fibrose cística

Quadro 2: Diagnóstico diferencial.

Fonte: III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002).

2.9 Tratamento da Asma

Conforme o III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002), o tratamento

clínico é feito basicamente por medicamentos antiinflamatórios geralmente, esteróides

inalatórios para manutenção e por broncodilatadores beta-2-adrenérgicos inalatórios de efeito

rápido para as crises.

O tratamento fisioterapêutico tem pouca fundamentação para a fisioterapia na

criança em estado asmático ou com asma aguda intratável. O estado asmático deixa a criança

muito dispnéica, ansiosa, amedrontada e fisicamente incapaz de cooperar com o terapeuta

para as manobras de higiene brônquica, de retreinamento de respiração de postura e avaliação

de amplitude de movimento ou qualquer exercício de reabilitação. A drenagem brônquica

com percussão, a vibração e a tosse devem ser usadas quando o estado asmático começa a

diminuir e o paciente pode tolerar essas manobras. Uma exceção a esta abordagem é quando a

criança está entubada para ventilação mecânica; nesse caso, ela deve submeter-se à drenagem

brônquica, à percussão, à vibração e à sucção se as secreções forem problemáticas

(TECKLIN, 2002).

(24)

evitar situações na qual a criança seria exposta a infecções respiratórias, deve-se ter cuidados,

para promover ativamente sua saúde. O fisioterapeuta pode estar envolvido na adaptação ou

implementação de um programa de exercícios para as crianças com asma ou na criação de um

programa que gradualmente promova boa forma física.

Tecklin (2002) e Shepherd (1996), afirmam que a maioria das crianças obtém

algum beneficio com um programa terapêutico cuidadosamente planejado, sobretudo no que

se refere à melhora do controle sobre a respiração e da tolerância aos esforços, bem como a

prevenção das deformidades de coluna e caixa torácica. É importante ressaltar que, a

avaliação e o tratamento fisioterapêutico da criança com asma é amplamente baseado na

situação clínica no momento, por exemplo, se a criança está no estagio agudo, subagudo ou

crônico da doença.

Conforme Jacques e Silva (1997), o tratamento na água como, por exemplo, a

natação para crianças asmáticas mostrou-se muito eficaz por causa do ar quente e úmido: este

é um dos fatores por que esta atividade física provoca menos broncoespasmo, sendo, portanto

o exercício mais recomendado pelos médicos e outros profissionais de saúde, ainda no que se

refere aos objetivos mais importantes do tratamento aquático visam três aspectos: físico,

orgânico e psicológico. O primeiro visando o desenvolvimento das qualidades físicas,

relaxamento, controle respiratório e corporal e as habilidades aquáticas. O segundo, o

desenvolvimento da resistência do sistema muscular, resistência cardiovascular, respiratório e

expansão pulmonar. E o terceiro desenvolvimento da autoconfiança e criatividade, equilíbrio

emocional e consciência corporal, Nieto (1983 apud JACQUES; SILVA, 1997).

No que se refere à fisioterapia, ao estabelecer um padrão respiratório ideal que

supere as crises um controle permanente do estado respiratório e uma vida de adaptação ao

esforço e exercício, possibilitará à criança asmática adquirir uma suficiente personalidade, que

elimine o sentimento de inferioridade de que padece, acrescentará uma firme segurança para

opor à angústia ameaçadora e, desta forma, o libertará da inatividade, produto do medo ao

movimento com dispnéia (CUELLO; ARCODACI, 1987).

Para Tecklin (2002), a reabilitação para melhorar a resistência, a capacidade de

trabalho e a força são os principais objetivos no tratamento em longo prazo da criança com

asma. As mesmas são menos condicionadas fisicamente que seus colegas e o broncoespasmo

induzido por exercício podem possibilitá-la de participar de exercícios vigorosos.

(25)

Para Shepherd (1996), o fisioterapeuta deve ser capaz de encontrar a assistência

mais eficaz em cada caso, entre elas, técnicas de respiração controlada, exercícios de

mobilidade torácica, exercícios de condicionamento e relaxamento.

Ainda o tratamento fisioterapêutico é uma parte crucial do manuseio da asma,

educação da criança e dos pais sobre a condição e seu tratamento. Os fisioterapeutas também

podem aconselhar sobre os exercícios que são importantes à criança asmática para manter o

condicionamento geral (PRYOR; WEBBER, 2002).

O tratamento fisioterapêutico na fase em que o paciente se encontra no período

intercrítico, consistirá em cinesioterapia respiratória, corrigir postura e de reeducação

muscular respiratória. Evitar encurtamentos dos músculos torácicos, assim como as

deformidades, através de padrões posturais e alongamentos (BETHLEM, 2000;

TARANTINO, 1997).

Conforme o III Consenso Brasileiro no manejo da Asma (2002), acrescenta-se que

os princípios do tratamento de manutenção consistem em: os pacientes com asma devem ser

orientados de forma individual ou em grupo sobre sua doença e noções de como eliminar ou

controlar os fatores desencadeantes; o portador de asma deve entender a doença e seu

tratamento; em casos graves, um medidor de pico de fluxo deve ser utilizado para melhor

autocontrole; todos os pacientes com asma persistentes moderadas ou graves devem ter um

plano de ação escrito para o uso nos casos de exarcebações.

2.10 Reabilitação na asma

Programas bem direcionados de reabilitação pulmonar resultam em melhora na

habilidade de realização das atividades de vida diária, na capacidade de realizar exercícios, na

qualidade de vida, na reeducação dos sintomas respiratórios, da ansiedade e da depressão dos

pacientes portadores de doenças pulmonares crônicas (ZANCHET; VEIGAS; LIMA, 2004).

(26)

suporte psicossocial e nutricional do paciente, além do treinamento físico, que é

imprescindível para o programa de reabilitação pulmonar (MARQUES; SILVA, 1997).

Ainda para Godoy e Godoy (2005), a reabilitação pode ser definida como uma arte

voltada a estabilização dessa doença o mais elevado índice de capacidade de desempenho a

sua função pulmonar a reabilitação não deve ser considerada como uma forma de abordagem

restrita deve ser um trabalho multidisciplinar que engloba toda a área da saúde inclusive a

fisioterapia.

(27)

3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Este capítulo tem o objetivo de descrever os aspectos do método utilizado neste

estudo, que abrange a caracterização da pesquisa, a população e amostra, a determinação dos

instrumentos de pesquisa, os procedimentos de coleta de dados, e os procedimentos para

análise, interpretação dos dados e a submissão ao comitê de ética e pesquisa.

O delineamento metodológico de um estudo, segundo Gil (2002), refere-se ao

planejamento da pesquisa em sua dimensão mais ampla. É um esforço dirigido para

aquisições de um determinado conhecimento, que propicia a solução de problemas teóricos,

práticos e/ou operativos mesmo quando situados no contexto do dia-dia.

Para Rauen (2002), o delineamento da pesquisa pode ser definido como plano e a

estrutura da investigação, concebidos para obtermos respostas para as perguntas da pesquisa.

Kerlinger (1980) acrescenta que a palavra delineamento focaliza a maneira pela qual o

problema de pesquisa é conceituado e colocado em uma estrutura que se torna um guia para a

coleta de dados e análise.

3.1 Caracterização da Pesquisa

A presente pesquisa caracteriza-se como documental, de acordo com a

classificação de Heerdt e Leonel (2005, p. 79), pois utiliza fontes primárias para analisar a

coleta dos dados, ou seja, neste estudo as fontes foram os prontuários das crianças e

adolescentes com asma brônquica atendidos, na Clínica Escola de Fisioterapia da

Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.

Gil (2002, p. 46), acrescenta que a pesquisa documental pode apresentar algumas

vantagens e limitações. Sendo elas: os documentos consistem em fontes rica e estável de

dados, o baixo custo; não exige contatos com o sujeito da pesquisa; as críticas mais freqüentes

referem-se à subjetividade no conteúdo registrado e a não representatividade; é uma pesquisa

que apesar de ser exaustiva possui resultados tanto atuais como de anos atrás por isso pode-se

dizer que é uma pesquisa interessante de se estudar, para observar dados.

(28)

3.2 População/amostra

A população deste estudo foi composta pelas crianças e adolescentes inscritos nas

listas de espera para atendimento nos ambulatórios de Cardiopneumologia e Pediatria da

Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) – Campus

Regional Sul em Tubarão/SC, a amostra foi definida com 18 crianças e adolescentes, na faixa

etária de 5 à 16 anos, do 1º semestre letivo de 2001 ao 1º semestre de 2006. Sendo que dos 18

prontuários, 12 deles apresentaram os valores das pressões máximas e 16 apresentaram os

valores do pico de fluxo expiratório.

3.3 Instrumentos utilizados para a coleta de dados

Foram selecionados nas listas de espera as crianças que se enquadravam na

pesquisa, após foram selecionados os prontuários das mesmas e repassado os dados para um

formulário elaborado pela autora, em Apêndice A.

3.4 Procedimentos utilizados para coleta de dados

Inicialmente foi realizado, uma busca nas listas de espera dos ambulatórios de

pediatria e cardiopneumologia, da Clínica Escola de Fisioterapia, obedecendo aos critérios de

seleção:

-

Período correspondente ao 1º semestre letivo de 2001 até 1º semestre letivo de

2006

-

Idade entre 5 à 16 anos;

-

Motivo do atendimento “asma”, “asma brônquica”, “bronquite asmática”,

“bronquite alérgica” e “hiper-reatividade brônquica”.

(29)

3.5 Procedimentos e análise e interpretação dos dados

Os dados obtidos referentes a PIM e a PEM, foram comparados aos valores

preditos para idade e gênero e estarão expressos em valores percentuais, apresentados na

forma de gráfico utilizando-se da estatística descritiva; e os dados do PFE foram comparados

aos valores preditos utilizando o teste de Wilcocxon, e serão expostos sob a forma de tabelas

de acordo com a estatura da criança, para isso sendo utilizado o programa o Microsoft Excel.

Sendo que os valores absolutos das pressões respiratórias máximas e do pico de

fluxo expiratório foram comparados aos valores preditos conforme anexo A e B,

respectivamente.

Nos que se refere às pressões respiratórias máximas para Silva, Rubin e Silva

(2000), elas servem para avaliar o desempenho ventilatório dependente, não apenas das

propriedades mecânicas dos pulmões e da parede torácica, mas também da ação dos músculos

respiratórios, as avaliações dos músculos respiratórios só podem ser determinadas

indiretamente pela medida das pressões exercidas contra uma via aérea ocluída.

Já o pico de fluxo expiratório, conforme o III Consenso Brasileiro no Manejo da

Asma (2002), a uma variação diurna exagerada e pode ser utilizada para documentar a

obstrução variável do fluxo aéreo.

São indicativos de asma:

-

Diferença percentual média entre a maior de três medidas de PFE efetuadas pela

manhã e à noite com amplitude superior a 20% em um período de duas a três

horas.

-

Aumento de 20% nos adultos e de 30% nas crianças no PFE, 15 minutos após

uso de B2 de curta duração.

3.6 Submissão do projeto ao Comitê de Ética e Pesquisa

(30)

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo, serão apresentados os resultados referentes aos níveis de pressões

respiratórias máximas (PIM e PEM), e do pico de fluxo expiratório (PFE), sendo comparados

com os parâmetros preditos conforme descrito no capitulo 3.

4.1 Caracterização da Amostra

Dos 18 prontuários selecionados a partir dos critérios de inclusão da amostra, 12

deles (66,6%) apresentavam os valores absolutos da PIM e PEM e 16 deles (88,8%) os

valores absolutos do PFE. Sendo que 13 das crianças eram meninos e 5 eram meninas com

idade em torno de 5 a 16 anos.

4.2 Pressões respiratórias máximas (PIM e PEM)

(31)

Gráfico 1: Distribuição de 12 indivíduos quanto aos níveis de PIM conforme os

valores preditos.

O gráfico 1 nos mostra que dos 18 prontuários avaliados quatro apresentaram

valores percentuais acima de 100% do valor predito, dois ficaram entre 100 e 80%, três entre

80 e 60%, dois ente 60 e 40%, um abaixo de 40% e seis prontuários não apresentaram dados a

serem estudados.

Pressão e xpiratória máxima

1 6 2 3 0 6 0 1 2 3 4 5 6 7 Maior que 100 % 100 - 80% 80 - 60% 60 - 40% Menor que 40% Não possui dados Q u a n ti d a d e d e c ri a n ç a s

Gráfico 2: Distribuição de 12 indivíduos quanto aos níveis de PEM conforme os

valores preditos.

A análise do gráfico 2 permite considerar que dos 18 prontuários, um deles atingiu

valor acima de 100% do valor predito seis atingiram entre 100 e 80%, dois ficaram entre 80 e

60%, três ficaram entre 60 e 40%, e seis não continham dados a serem estudados.

Em suma, com relação a PIM 4 crianças apresentaram valores > que 100% e na

PEM 6 crianças estavam entre 100 – 80%.

(32)

4.3 Pico de Fluxo Expiratório (PFE)

Os resultados abaixo se referem ao Pico de Fluxo Expiratório (PFE), comparadas

aos valores preditos de acordo com o III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma (2002),

conforme anexo B.

Os dados do PFE foram organizados, sendo considerado na 1º tabela os valores da

primeira e da última medida na avaliação de cada criança sendo então considerado se ouve

aumento após cada criança ser ensinada pelos acadêmicos. Na 2º tabela os dados foram

organizados com a primeira medida (avaliação), 1º dia de atendimento fisioterapêutico e a

segunda medida (reavaliação) no último dia de atendimento fisioterapêutico as crianças que

não possui estes dados, provavelmente, desistiram antes de serem reavaliadas ou os

acadêmicos não conseguiram atingir os objetivos propostos para o tratamento.

Valores do primeiro e último atendimento de cada criança

Pico de Fluxo Expiratório (PFE)

Número de Prontuários

Aumentou

4

Permaneceu igual

1

Diminuiu

8

Não apresentaram dados a serem estudados

5

Total

18

Tabela 1: Dados do Pico de Fluxo Expiratório (PFE), referentes a primeira e a última medida

no primeiro dia de atendimento de cada criança realizada na Clínica Escola de Fisioterapia.

Fonte: Pesquisa elaborada pela autora (2006).

(33)

Valores Inicial e Final do Atendimento Fisioterapêutico de cada Criança

Pico de Fluxo Expiratório (PFE)

Número de Prontuários

Aumentou

2

Permaneceu igual

3

Diminuiu

8

Não apresentaram dados a serem estudados

5

Total

18

Tabela 2: Dados do Pico de Fluxo Expiratório (PFE), referente, ao primeiro dia de

atendimento, e ao último dia de atendimento realizado na Clínica Escola de Fisioterapia.

Fonte: Pesquisa elaborada pela autora (2006).

Dos 18 prontuários, que se apresentaram no estudo, 2 prontuários aumentaram o

valor do PFE conforme o predito, 3 prontuários mantiveram-se seu valor, 8 prontuários

diminuíram o valor conforme o predito e 5 prontuários não obtiveram dados a serem

estudados.

Período em que fez Fisioterapia (Tempo)

Até 1 mês

8

1 a 3 meses (> 1 até < que 3)

7

3 a 6 meses (> que 3 e < que 6)

3

Total

18

Tabela 3: Tempo em que cada criança realizou Fisioterapia.

Fonte: Pesquisa elaborada pela autora (2006).

(34)

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No capítulo abaixo serão discutidos os resultados da PIM e PEM e do PFE

conforme os gráficos e tabelas apresentados anteriormente.

Os resultados apresentados referentes a PIM no gráfico 1 permitem-nos concluir

que dos 12 prontuários avaliados em 6 as crianças apresentaram valores considerados normais

em 6 apresentaram valores abaixo do considerado normal.

Na PEM os resultados apresentados no gráfico 2 permitem-nos concluir que dos

12 prontuários avaliados 7 crianças apresentaram valores considerados normais para estatura e

gênero e 5 apresentaram valores considerados abaixo do normal.

Conforme os 12 prontuários avaliados, 50% deles, ou seja, equivalente a avaliação

de 6 crianças que apresentaram valores abaixo do considerado normal, no que diz respeito a

PIM, já na PEM 5 crianças apresentaram valores abaixo do valor predito, Machado (1996),

afirma que crianças asmáticas além de apresentarem vários aspectos da função pulmonar

prejudicados, apresentam também a função dos músculos respiratórios afetados

profundamente devido o aumento do trabalho respiratório e da redução da capacidade destes

músculos em suportar a carga ventilatório aumentada. O aumento do trabalho respiratório

devido ao aumento da resistência das vias aéreas e hiperinsuflação pulmonar, levará as

alterações na função dos músculos respiratórios, promovendo encurtamento dos mesmos e

colocando-os em posição de desvantagem na curva do comprimento-tensão. A força de

contração que as fibras musculares pode gerar depende, do comprimento pré-contração, pois o

encurtamento destas fibras resulta em redução da capacidade do músculo gerar força.

(35)

Outro estudo realizado por Bonissoni; Machado e Mezzalira (2004) identificam

que a PIM encontra-se numericamente diminuída nas crianças asmáticas quando comparadas

a um grupo controle, porém sem diferenças estatisticamente comprovadas. Já a PEM está

significativamente reduzida nas crianças asmáticas quando comparadas a um grupo controle

de crianças hígidas da mesma faixa etária.

Neste estudo é importante considerar ainda que as medidas das PIM e PEM foram

realizadas por diferentes avaliadores, embora uma pesquisa realizada por Bezerra e Ferreira

(2004), foi observada uma correlação de 76% nas mensurações da PIM entre os

fisioterapeutas e uma correlação de 63% nas mensurações da PEM entre os fisioterapeutas. Os

resultados obtidos nesta análise estão sob a influência do estimulo verbal, domínio da técnica

e orientação da técnica aos indivíduos avaliados, visto que o fisioterapeuta que utilizou estes

recursos obteve valores mais elevados de PIM e PEM, embora os valores, obtidos pelos

outros dois fisioterapeutas encontram-se dentro da faixa de normalidade de acordo com a

literatura.

Nos 50% restante, dos dados referentes a PIM 6 crianças da amostra atingiram

valores menores que 80% do valor predito, para PEM 5 crianças apresentaram valores abaixo

do predito então propõe-se um programa de reabilitação para que possa manter, a integridade

Das condições físicas e para as crianças que não alcançaram para que com treino possam

atingir os valores considerados normais para idade e gênero.

Além disso, deve-se considerar também a postura corporal durante a realização

dos testes, mesmo sabendo que no estudo de Moreno, Reis e Paiva (2004), as pressões

expiratórias e inspiratórias máximas nas posturas sentada e deitada comportam-se de maneira

semelhante.

Das técnicas declaradas para tratamento da asma no estudo de Paiva, Barros et al.,

(2004), a musculatura mais utilizada para fortalecimento, foi diafragma com (57%) perante as

outras musculaturas. Sendo essa uma das principais técnicas para a reabilitação em crianças

asmáticas refere-se que o tratamento deve ser a base de exercícios que fortaleçam essa

musculatura. Fishman (1992), afirma ainda que o diafragma sendo o principal músculo

inspiratório sendo que seu movimento corresponde a mais de dois terços de ar que penetra nos

pulmões durante uma respiração calma a reabilitação deve ser proposta com objetivos que

envolvam essa musculatura.

(36)

que permaneceram abaixo desse valor menor que 80% propõem-se um tempo mais longo de

reabilitação para que com treino possa se atingir os valores, predito para idade e gênero.

Com o objetivo de verificar alguma obstrução no calibre das vias aéreas proximais

o PFE foi analisado e estudado. Então das 18 crianças, 16 apresentaram dados do PFE, sendo

assim realizou-se uma analise conjunta das tabelas 1 e 2, onde tanto na primeira medida

quanto na última medida de cada criança 4 aumentaram

do valor predito, 1 permaneceu com a

mesma medida, 8 apresentaram seus valores diminuídos e 5 crianças não apresentaram dados

a serem estudados. No que diz respeito à avaliação e a reavaliação final os dados que foram

obtidos deixam claro que 2 crianças apresentaram aumento do valor conforme o predito, 3

crianças permaneceram com os mesmos valores, 8 obtiveram seus valores diminuídos e 5 não

apresentaram dados a serem estudados. Sendo assim a maior parte da amostra deste estudo foi

com a diminuição do PFE, e isso pode acontecer por diferentes fatores desde a execução da

técnica, ou as questões da própria criança, ou ainda do próprio terapeuta em explicar para a

criança tornando de difícil entendimento, ainda para Paiva, Rodrigues et al. (2000), as

medidas objetivas da função pulmonar são recomendadas na asma porque o registro subjetivo

dos sintomas e os achados do exame físico freqüentemente não se correlacionam com a

gravidade da obstrução das vias aéreas.

A medida do pico de fluxo expiratório (PFE) pode ser obtida por meio da

espirometria, executando-se uma manobra de capacidade vital forçada ou através do registro

do fluxo em aparelhos simples e portáteis, os Peak Flow Meters (PFM). O PFE é uma medida

útil para a percepção da exacerbação da asma em adultos e crianças maiores de cinco anos e

também para seu controle evolutivo e terapêutico, avaliando objetivamente as alterações na

obstrução das vias aéreas maiores. Consegue quantificar o grau de obstrução ao fluxo aéreo e

a resposta à medicação broncodilatador. É um método de fácil realização, barato, prático,

entretanto, apresenta amplo desvio padrão, sofre variação com o ritmo do paciente e é esforço

dependente, sendo muitas vezes de difícil obtenção em crianças pouco colaborativas e

dispnéicas. O PFE é o maior fluxo obtido em uma expiração forçada, após uma inspiração

completa até a capacidade pulmonar total (PAIVA; RODRIGUES, 2000). A execução do

teste é comparável ao apagar as velas de um bolo de aniversário, o que uma criança de cinco

anos consegue compreender. O valor previsto do PFE para cada indivíduo pode ser

determinado através do sexo, raça, altura e idade, no entanto, existe melhor correlação do PFE

com a altura do paciente o que foi correlacionado nesse estudo.

(37)

monitorizações sucessivas feitas no consultório ou após um curso de tratamento máximo,

envolvendo ou não o uso de corticosteróide.

Moraes e Barros (2001) conhecem esse valor e por isso se utiliza o valor previsto

para a altura, embora não substitua a realização da espirometria, a medida do PFE, isolada ou

em conjunto com outros testes de função pulmonar, tem sido utilizada na avaliação da

obstrução ao fluxo aéreo e apresenta boa correlação com o volume expiratório forçado. O

PFE, em percentagem do previsto,

situa-se, em média, 10% acima, avaliou a utilidade da

medida do PFE para a decisão de dispensar ou internar crianças com crise asmática conforme

o estudo foi subestimado que as crianças foi pouca as crianças que ficaram acima do valor

predito. O estudo foi desenvolvido em duas fases, sendo que foram estudadas 130 crianças na

primeira fase e 188 na segunda fase. O que não foi possível observar no estudo citado acima

sendo que das 18 crianças, 16 apresentaram dados do PFE onde tanto na primeira medida

quanto na última medida de cada criança 4 aumentaram do valor predito, 1 permaneceu com a

mesma medida, 8 apresentaram seus valores diminuídos e 5 crianças não apresentaram dados

a serem estudados. No que diz respeito à avaliação e a reavaliação final os dados que foram

obtidos deixam claro que 2

crianças apresentaram aumento do valor conforme o predito, 3

crianças permaneceram com os mesmos valores, 8 obtiveram seus valores diminuídos e 5 não

apresentaram dados a serem estudados, com isso pode-se observar nesse estudo que houve

uma diminuição conforme o valor predito de cada criança.

Conforme Andrade e Andrade et al. (2004) os resultados do PFE foram maiores na

posição sentada inclinada a frente, respectivamente. Neste estudo não pode ser observado o

resultado quanto à posição em que as crianças permaneciam na hora do teste porque esse dado

não consta no prontuário.

(38)

crianças permaneceram nos atendimentos fisioterapêuticos, e ainda por não haver

acompanhamento em férias da universidade e muitas vezes as crianças ficarem sem

acompanhamento ou por serem atendidas em outros locais e por outros profissionais da área.

Oliveira, Jardim et al. (1998), afirmam que os melhores valores encontrados no

estudo não foram do PFE matinal já no horário noturno, os valores encontrados foram

respectivamente altos. Foi também observado que no horário matinal houve um aumento

significante do PFE durante o período de “tratamento” dos pacientes sendo um dos quesitos

básicos para entrar na pesquisa era a assiduidade dos pacientes, o que neste estudo não se

mostrou eficaz sendo que o tempo de atendimento foi considerado pouco para uma

boa

reabilitação adequada. Ainda nesse presente estudo as crianças eram atendidas no período

matinal e vespertino sendo que o controle das mesmas tornasse difícil devido ao acesso a

clínica escola; as relações socioeconômicas, e as próprias crises que muitas vezes

impossibilitaram as crianças de vir até os atendimentos. Apesar das características

socioeconômicas e culturais para Camargo e Profeta (2003), as limitações do programa da

asma, observam-se que o índice de uso de medicações de manutenção situou-se em torno de

17% ao longo dos cinco anos do estudo, a despeito de variações anuais, tal como a que o

presente estudo detectou no período 1997-1998. E informações extra-oficiais obtidas pelos

autores revelam a ocorrência de um abastecimento irregular de corticóides inalatórios no

biênio, por razão de ordem operacional e administrativa.

(39)

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Seguindo os objetivos propostos por esta pesquisa é possível estabelecer as

seguintes considerações:

-

Ainda foi observado que não houve registro das reavaliações da PIM e PEM, o

que leva a acreditar que, além dos dados refletirem situações aceitáveis em ambientes de

ensino como este onde foram coletados, ou seja, numa Clínica Escola; os prontuários

pertenciam aos pacientes de dois ambulatórios diferentes dentro da mesma clínica e

envolviam acadêmicos de diferentes níveis de conhecimento e também professores

supervisores refletindo abordagens de ensino e aprendizagem diversificadas. Outro fato

importante refere-se a metade dos dados desta variável enquadrarem-se em valores

considerados normais, o que justifica a ausência de um acompanhamento, a exemplo do PFE.

-

No tempo de tratamento fisioterapêutico pode-se observar um curto período de

acompanhamento, provavelmente por ser uma Clínica Escola; e tem que cumprir normas,

conforme o calendário acadêmico, o ano letivo e as propostas das disciplinas serem

diversificadas; o fluxo de alunos ser muito grande, e a alta rotatividade de pacientes.

-

Nos valores referentes ao PFE, houve monitoramento e acompanhamento o que

não ocorreu com a PIM e PEM, embora a maioria 8 delas tinham valores abaixo do predito e

outra parte da amostra 5 não tinham dados a serem estudados.

-

A reabilitação pulmonar pediátrica tem efeito quando as crianças são

acompanhadas regularmente, trazendo grandes benefícios tanto no bem estar físico social e

emocional das crianças e ainda melhorando o condicionamento físico, mecânica respiratória

proporcionado uma qualidade nas suas atividades de vida diária.

Quanto às dificuldades para realizar a coleta de dados foi encontrada o fato dos

prontuários solicitados não estarem arquivado em sistemas de informação tornando a pesquisa

um pouco exaustiva.

(40)

REFERÊNCIAS

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Referências

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