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Gerenciamento de riscos e a infecção hospitalar: primos-irmãos?

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Gerenciamento de riscos e a infecção hospitalar:

primos-irmãos?

Juliana P Machado

Gerente de Enfermagem HSF Doutoranda EERP- USP Esp. em Gestão de Negócios Saúde Membro REBRAENSP

(2)

... É ou não é

o assunto da vez ?

Segurança do Paciente

(3)

“Talvez pareça estranho enunciar como primeiro dever de um hospital não

causar mal ao paciente”.

“PRIMO NON NOCERE”

Hipócrates – 460 a 377 aC

Florence Nightingale – 1820-1910

(4)

Um hospital é um lugar seguro?

(5)
(6)

Gerenciar riscos na saúde( Reason, 2005)

• Características dos serviços de saúde:

– Ambiente incerto e dinâmico – Várias fontes de informação

– Necessidade de processar informações em situações de urgência – Dependência de indicadores

– Problemas imprecisos

– Ações com conseqüências imediatas

– Tecnologias sofisticadas e se renovam rapidamente – Muitas pessoas com muitas prioridades diferentes – Ambiente influenciado por normas

– COMANDADO E EXECUTADO POR

(7)

Cirurgia Cardíaca ASA 3-5

Transfusão de sangue

Eventos adversos fatais

Escalar o Himalaia

Aeronaves pequenas ou helicópteros

Riscos em saúde Vôo fretado Segurança

em estradas Indústria química

Anestesia paciente ASA 1 Aviação Comercial

Metrô

Indústria nuclear

Muito inseguro

Arriscado Muito

seguro

Amalberti et al, 2005

Comparações entre atividades humanas

e risco associado a catástrofes.

(8)

Década de 90

“The error is human”

- Comitee on Quality of Health Care in America Washington – USA - 1999

... Estima-se que entre 44.000 e 98.000 americanos morrem por ano devido a erros na assistência à saúde. ( KOHN, et al., 2000)

(9)

Década de 90 –

• O paciente tornou-se mais contestador e exigente, buscando cada vez mais seus

direitos na legislação vigente, e forçando uma mudança de atitude dos prestadores de

serviços.

(AZEVEDO, 1992)

(10)

Segurança do Paciente

Prevenção de danos

Sistema de Notificação

Auditorias de Risco

Aplicabilidade de Ferramentas

Monitoramento

( Feldman, 2009)

(11)

Semelhanças ou parentesco?

• Busca ativa de novos casos

• Prevenção para minimização de eventos adversos

• Visitas técnicas

• Fonte segura = prontuário do paciente

• Informações numéricas para decisões clínicas

• Prevenção de ISC = cirurgia segura e antibioticoprofilaxia

• Prevenção de PAV = bundle de PAV

• Indicadores como ferramenta

• Visitas técnicas

WACHTER, 2010

(12)

PRÁTICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS

INTERVENÇOES RESULTADOS

Protocolos de profilaxia cirúrgica 93 % de redução de ISC

Uso de prescrição informatizada 81 % diminuição de erros de medicação Protocolo de cuidados com

pacientes em ventilação

62 % de redução de pneumonia – cuidados uniformes Visita clínica do farmacêutico 66 a 78 % de redução de erros de medicação

Utilização de dose padrão para insulina

63 % de redução de hipoglicemia – previne erro de cálculo

Uso obrigatório de protocolos de cuidados com pacientes com cateter venoso central

92% de redução de infecção relacionada a cateter

Adaptado de Leape e Berwick, 2005

(13)

SAE – FERRAMENTA DE

SEGURANÇA PARA O PACIENTE

Etapa Dicas de segurança

Coleta de dados

Busque histórico de alergias, preencha o instrumento de forma completa. Registre e passe no plantão, mantendo as informações relevantes.

Diagnóstico de Enfermagem

Fique atento às características definidoras, que deverão ser reavaliadas diariamente.

Planejamento

Use sempre a coleta de dados, conhecimento cientifico e valorize a opinião do paciente.

Implementação

Prescrição e checagem devem ter a mesma seriedade e supervisão.

Avaliação

Acompanhe as repostas clínicas do paciente. Avaliar os resultados é medir a qualidade em números.

(14)

CONQUISTAS DA OMS

2002 Segurança

do

Paciente Assunto prioritário

2004 Formou a Aliança Internacional

para

desenvolvimento de práticas

e políticas

2005

Elegeu a Joint Comission Internacional como membro participante do

Centro colaborador

da OMS

2006 – Projeto prevenção altos

riscos

– manejo de sal/glicose -medicação segura - passagem de plantão

- lavagem das mãos

(15)

CONQUISTAS DA OMS - 2008

2006 metas

internacionais para segurança

do paciente

Centro de Segurança da JCI e metas internacionais:

1- Identificação segura do paciente 2- Melhorar a comunicação

3- Melhorar a segurança das medicações de risco 4 – Eliminar cirurgias em paciente ou membro

errado

5 – Reduzir riscos de infecção

6 – Reduzir riscos decorrentes de quedas

(16)

Gestor de riscos

 Deve haver uma partilha do saber e informação dentro da organização e o gestor deve estar a tento a isso.

 O gestor de risco é um dinamizador, facilitador dos

processos, deve contribuir para aumentar o conhecimento e a consciência sobre riscos.

 Sua missão é despertar nas pessoas motivação, alertando pra as deficiências existentes e realçando as boas práticas dentro da organização.

Feldman , 2004.

(17)

ANVISA

 5 pilares:

 Farmacovigilância / Hemovigilância / Infecção Hospitalar / Segurança do Trabalho / Tecnovigilância.

 ANÁLISE DE RISCOS: clínicos e não-clínicos.

 ASSESSORIA DA DIREÇÃO– apresenta oportunidades de melhorias .

 INTERDISCIPLINAR - Foco na Linha de cuidado ( e não mais em serviços/setores ou classes profissionais).

 Reuniões Mensais – análises de eventos adversos - Sugestões e

solicitações.

(18)

ONA

• Busca de melhoria contínua da assistência

• Mudança da realidade

• Registro seguro das melhores práticas

• Gerenciamento de Protocolos que sensibilizem a comunidade

• Interação entre processos primários e apoio

• Prevenção, prevenção e prevenção

(19)

Qual é o caminho ?

(20)

Estratégias para Segurança do Paciente

Cuidado limpo = cuidado seguro

A Cada ano, de 44.000 a 98.000 pessoas morrem em hospitais norte-

americanos em decorrência de erros evitáveis relacionados aos cuidados prestados.

LAVAGEM DAS MÃOS SERVIÇO DE HIGIENE CUIDADOS COM A PELE

(21)

CIRURGIA SEGURA

Em 2008, segundo a OMS, 234 milhões de cirurgias foram realizadas.

2 milhões – morreram e 7 mi tiveram complicações

Para cada 300 pacientes, 1 morre em conseqüência da cirurgia.

Check list de cirurgia segura:

Redução de 47% de mortalidade.

Estratégias para Segurança do Paciente

Gawande et al, 2009

(22)
(23)

Estratégias para Segurança do Paciente

Segurança na Medicação

88% dos pacientes atendidos recebem medicações.

Nos EUA, 7.000 mortes por ano por erros de medicação.

Modelo dos 9 certos

(24)

Modelo dos 9 certos

Hora

Via

anatoção Orientação

dose

paciente Medicamento

Compatibilidade medicamentosa

Direito à recusa

(25)

Prevenção de Resistência bacteriana

•Atenção aos erros de prescrição

•Dupla checagem de diluições

•Não promover aerolização

•Checagem de via de administração

•Cuidados com informações verbais

•identificação segura do paciente

•Orientações de farmacoterapia

•Farmacêutico clínico

•Educação permanente

•Investigações científicas

Estratégias para Segurança

do Paciente

(26)

Ainda temos muitos prescritores compulsivos!

(27)

Crianças abaixo de 4 anos recebem 25% das

prescrições de

antibióticos.

(28)

Estudo recente fotografou uma Klebsiela em plena

atividade...

(29)

PARTICIPAÇÃO DO PACIENTE

•Levantamento de Necessidades

•Levantamento de Riscos

•Expectativas

•Queixas e opiniões

Estratégias para Segurança do

Paciente

(30)

IDENTIFICAÇAO SEGURA

“...todo paciente tem direito de ser identificado e tratado pelo seu nome e sobrenome, não devendo ser identificado por números ou

códigos”.

Estratégias para Segurança do Paciente

Lei n. 10241, de 17 de março de 1999, que dispõe sobre usuários de serviços de saúde no Estado de SP.

(31)

COMUNICAÇÃO SEGURA

Linguagem adequada

Sistematização da Assistência Prescrição médica legível e formal Anotações de Enfermagem

Orientações formais

PASSAGEM DE PLANTAO– ferramenta poderosa

Estratégias para Segurança

do Paciente

(32)

Notificação de eventos adversos

Sistemas de notificação:

Estímulo à participação de todos os colaboradores Aprender com os erros

Análise de causa-raiz

Plano de ação para melhoria

Mudança de cultura – começa pela mudança do COMPORTAMENTO

Estratégias para Segurança

do Paciente

(33)

Notificação de

eventos adversos

- Os profissionais devem estar protegidos por um sistema honesto e público de análise de causa, pelo risco de sofrer acusações injustas;

WACHTER, 2010 - Os erros na saúde são assustadoramente freqüentes.

- O sistema devem ser fácil e acessível, porque se forem de alguma forma difícil, os profissionais, pela rotina diária árdua, não terão disponibilidade ou facilidade no seu manuseio;

- O aprendizado através do erro deve ser incentivado entre os profissionais de saúde;

- Embora os erros sejam em geral falhas de processo, e merecem uma análise multicausal, sem buscar culpados, é necessário considerar que existem maus profissionais;

(34)

Ações Sistêmicas

• Linha de Cuidado - sentido único

• Plano de Continuidade da Assistência

• Plano de Aplicação Medicamentosa

• Transporte Intra e extra hospitalar de pacientes críticos

• Reconciliação Medicamentosa

• Avaliação de Risco Nutricional

• Plano de tecnovigilância dos equipamentos de suporte à vida

(35)

Interações entre processos

• Plano de cuidados elaborado por Enfermeiro, Fisioterapeuta, Nutricionista e Farmacêutico.

• Decisão – processo multiprofissional

• Preparo da estrutura – check list

• Discussões sobre os resultados operacionais

• Plano de Alta

(36)

Protocolos e

Auditorias Clínicas

• PAV

• Queda

• TVP- Trombose Venosa Profunda

• Úlcera por Pressão

• Erro de Medicação

• Falha na triagem de risco no PA

• Lesões por posicionamento, contenção ou queimadura

• Hematomas pós procedimento Hemodinâmico

• Prevenção de ISC

(37)

DICAS:

• Busque sempre conhecer os riscos

• Aprenda com os erros

• Acredite nos sinais relatados pelo paciente

• Conheça e acompanhe bases teóricas

• Faça o INTERDISCIPLINAR acontecer

(38)

MUDE A SUA HISTÓRIA!

Nossas vidas começam a terminar no dia em que

permanecemos em silêncio sobre as coisas que

importam.

Martin Luther King

(39)

Obrigada !

julianamachado@saofrancisco.com.br

jpmachado@usp.br

Referências

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