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SEIRNA SA

LITTERARIA E NOTICIOSA

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TYrOGRAPHIA LUSITANA /tua Nova n.* 4

1879

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Tendo em consideração que o jornal intitulado A Semana .Religiosa Bracarense é principalmente destinado a interessar o clero d'este Arce- bispado no móvímento ecelesiastic?„quetn'elle,poss? haver ;:,,e que por meio do mesmo as Nossa PáStoraes,'Provisões 'd'inier'esse geral e quaes- quer outras medidas governativas, que Nos seja necessario tomar, podem chegar mais facilmente ao conhecimento tanto do clero como dos fieis, e que muito convko, (A;diSciplinaecclesiastica\d'esiaissima Arcbidioces Primacial ; Hav'émos por' bem

°

ordenar que os documentos publicados no mesmo jornal, e que forem por Nós assignados, sejam reputados como ver- dadeiros e authenticos, para todos os seus effeitos.

Residencia no Seminario de S. Pedro, 22 de '

Maio

de . 1875-

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d,, • João, Arcebispo Primaz.

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(3)

A SEMANA RELIGIOSA BRACARENSE.

Felicitação que 3 Archtdiocese de Braga, dirigiu ao SS. Padre Leão XIII, no dia 20 de Fevereiro, para lhe ser apresentada no • dia 3 de Março, dias do primeiro anniversario de sua elevação ao Pontificado, e coroação, e offerecendo-Lhe ao mesmo tempo a collecta para o Dinheiro de S. Pedro, devendo ser tudo apresentado pelo Principe Altieri.

Beatissime Pater!

Bracarensis clerus ac populus omnis hujus Archidicecesis hac faus- ta die, in qua Pontificatus Tui primus vértitur aflitos, humiliter ante Te in genua sistens, in partem etiam cupiens venire ketitim, qum toturn permeat orbem, una cum aliis catholicis populis commixtus, suum offert minimum obulum, ut nova hsc ratione proliteatur devotissimó animo atque arctissima voluntate, ut, par est, Tibi et Apostolicaa Sedi inbserere. Uti- nam non' tam magnum intereederet spatium inter bane urbem et illam, qua divinae providentiae nutu sedes, totius catholicae gentis curam gerens I

Utinam datum esset nobis facilius ad Tuos pedes prolabi ! tune certe non nostrae litterae, sed nos omnes voce;ac ore gestientes, cordis nostri sensus ac affectus intimos apérire ac patefacere conaremur.

Sed cum hoc facili ratione assequi non possumus, id saltem a Te deprecamur ut sicut Onias Pontifex quondam populum judaicum, sic ite- rum nos benedicere digneris. Certi enim sumus. nulla locorum distantia vetdri, . quominus benedictio Tua' ad ,nós . perveniat. Eodem fere modo, quo orationes tuae ad ccelum ascendunt, atque Omnipotentern iratum ad mi- sericordiam adducunt, sic Romae super nos rnanus levans, hic Tuae benedictionis felicern sentimos effectuni, atque inde flet, ut animae nos- trae pretioso sanguine Filii Dei redempt2e novas vires adquirant, qui- bus in calamitosissimis his temporibus adversus inimicorum insidias pugna- re valeant, itemque firmissima voluntate magis ac unagis tibi adhaere- ant, qui a Christo constitutus es in hoc mundo peira et fundamenturn Ecclesiae, divinae que legis in iis, quae ad lidem et mores spectant, infallibilis interpres.

Descendat ergo benedictio tua super nós, qui humiliter eam iro- ploramus.

Benedic, Beatissime Pater, Antistitem !tune Bracarensem primum, ut sul muneris digne possit onus sustinere.

Benedic clerum ac populum omnem hujus Arcbidicecesis.

Nós ontem hic supplices in genua labentes, oculis ac ore Romam inhiantes, ii3OC benedictionem tuam cupida mente expectamus.

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. Santissimo Padre. •

; .tí

O Clero e povo da Archidiocese de Braga— n'este,:fausto dia, pri- meiro anniversario do Vosso Pontificado, associando-se ia iodos os catho- licos, tomando parte na alegrii que , enche todo o mundo, e ajoelhando diante de Vós vem offerecer-Vos um minimo obolo, dando d'esta fór- ma com o maior affecto e spontaneidade, como deve, um solentne tes- timunho de sua adhesão a Vós e á Sé Apostolica.

Vol. IV. SEXTA. FEIRA 28 DE FEVEREIRO DE 1879. N.° 197.

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Oxalá' esta cidade não" estivesse tão distante d'essa, em que por • disposição Divina tendes a Vossa Cadeira, governando todo o Orbe Ca- tholico !

Oxalá nos fosse mais facil ir prosrar-nos a Vossos pés!

Então por certo não seria por escripto mas de viva voz e com o coração nas mãos que Vos .paten'teariaMos • abertamente os sentimen- tos e a ffectos mais intimos de nossos corações. •

Não nos sendo porém isto possivel ao menos Vos pedimos que assim como outr'ora o Ponlifice. Onias abençoara o povo judaico, assim tambem Vos (ligueis abençoar•nos ; bem certos de que nenhuma distan- cia pode estorvar de que Vossa Benção desça sobre nós.

Assim como ás Vossas orações sóbeM até ao céo e aplacam a ira do Omnipotente movendo-O á misericordia, assim Lambem Vós levan- tando em Roma Vossas mãos para abençoar-nos, aqui sentiremos seu effeito salutar ; e d'esta sorte as nossas almas remidas com o Sangue preciosissimo do Filho de Deus adquirirão novas forças para poderem n'estes calamitosissimos tempos resistir contra as ciladas dos inimigos, que nos perseguem, e assim com uma firme vontade cada vez mais nos unamos a Vós que foste constituido por Christo n'este mundo como pedra e fun- damento da Egreja, e interprete infallivel da lei divina em relação á fé e costumes.

Desça pois Vossa Benção sobre nós, que na humildade de nosso coração vol-a pedimos.

Ahendiçoae, Santissimo Padre, primeiramente o Prelado (resta Ar- chidioce Bracarense para que possa desempenhar dignamente a sua' missão.

Abendiçoae o clero e o povo de toda esta Archidiocesa.

Nós pois humildemente prostrados tenda o nosso coração e vistas em Roma, anciosamente esperamos a Vossa Benção.

SUBSIDIO PARA O SOBERANO PONT1FICE.

Lista dos subscriptores e respectivas quantias para o fim supradito:

Transporte remettido para Roma no dia 20 de fevereiro. 4:767,$715 .réis Relação das quantias que entraram na thesou-

raria do ' binheiro de S. Pedro, em Braga, de..

pois da primeira remessa'

Arcyprestado de Chaves. - • 112,035 »

» de Carrazeda d'Anciães — ... _. .... . • . 78;5135 »

» de Villa Nova de Cerveira—mais. . . . 34070 »

, de Povoa de Lanhoso—mais 87,$690 a

» de Guimarães— mais . . ... ' . 287$900 »

» de Mogadouro, freguezia de Meirinhos e Re-

mondes— mais , 6010 »

--...

Somma 3489,040 ,

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Tra nsporte. . • 3480-10 Freguezia de S. Thomé de Negrellos, parodio e freguezes. 25,g)00

» de S. Martinho de Silvares de Fde 500

» de Fervença de Fafe parodio e freguezes. .

• de S. Miguel do Monte de Fafe 6;5160

» do Bico de Coura, parodio e fregnezes.: 3M0

» de Monsul 1l50

• de Anita, parodio e freguezes

» . de Covas de ' Barroso, parodio e freguezes. 104500 Padre Francisco Pereira, capelão do Senhor do Monte 4$000 15

Padre Manoel José de Sousa 5000 0 »

--- Sornina em caixa. 416;5840

--- Somma total. . 5:184455 » ---

Declaração e advertencia.

Depois de fazermos a primeira remessa para Roma do dinheiro de S. Pedro no dia '20 d'este mez já recebemos a quantia. acima dita, e esperamos receber ainda mais algumas, pois sabemos que de Vila Real já foi remettida a quantia de cento e tantos mil reis além' da que foi já incluida na primeira remessa, mas que ainda não entrou na the- souraria (resta Commissão por cá não estar a pessoa, a quem ella veio dirigida, mas que esperamos receber talvez ainda n'esta semana.

Além d'isso ainda nada recebemos dos Arcyprestados de Valença, e Alfande,ga da Fé, e sabemos que d'algumas freguezias ainda não se recebeu a collecta por não haver tempo, e portanto tencionamos, como

• dissemos no n.° antecedente, fazer uma segunda remessa para Roma, do que em tempo competente avisaremos n'este Semanario, continuando a publicar as quantias, que vierem entrando n'esta thesouraria.

Depois de feita a publicação de todas as collectas do dinheiro de S. Pedro, como temos feito até aqui, passaremos a ublicar as listas das freguezias de cada Arcyprestado para o que esperamos a couljuva:- ção dos Ite7d.°' Sias. Arcyprestes. Desejando fazer esta publicação só por fregueziaS e nada mais, á excepção d'uma ou outra esmola mais avultada d'esta ou d'aquella pessoa, aliás se tivessemos de publicar todos os nomes das pessoas, e pequenas quantias etc., isto st5' encheria todas as colum- nas d'este Senianario por mais d'um ou dons mezes.

Braga Seminario Conciliar de S. Pedro, 29 de Fevereiro de 1879.

O presidente da commissão do dinheiro de S. Pedro em Braga.

Padre João Rebello Cardoso de Menezes.

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SECÇÃO RELIGIOSA A Quaresma

E' um tempo de penitencia, instituido desde o principio da Egre- ja, para servir de preparação á festa da Paschoa, é para imitar o jejum que Jesus Christo, a exemplo de Moysés, e de Elias, quiz observar du- rante quarenta dias e quarenta noites, antes de começar o exercicio pu- blico de seu ministerio.

E' pois, como se vê, antiquissima a instituição do jejurn.quadra- gesimal, porque, segundo diz S. João Chrysostomo, desde que os aposto- los puderam ajuntar-se, fizeram uma lei da santa quaresma : Congregati sanxerunt gnadraginta dies jejunis.

D'esta sorte o jejum de Jesus Christo passou até aos apostolos, d'estes aos primeiros christãos e assim em seguida se ha perpetuado até nós ; podendo dizer-se que não ha nação onde a lei do jejum não tenha sido publicada desde o começo da fé, e recebida com alegria por toda a sorte de pessoas.

E na verdade, muitos foram os motivos que determinaram nossos paes na fé a estabelecer o jejum da santa quarentena:

I.° Elles consideraram que se Deus na lei de Moysés ordenara ao seu . povo que lhe offerecesse o dizimo dos bens e dos redditos que possuiam; era justo que na lei da graça nós lhe pagassemos pelo je- jum da quaresma como o dizimo de toda a nossa vida: Nos dum per triginta et sex dies afiligirmur quasi anni nostri decimas Deo damus.

(S. Greg. bom. 16. in Evang.)

2.° Julgaram que o tempo mais proprio para o jejum de quarenta dias era o que mais se approximava da paixão e morte do Salvador. E a este respeito diz S. Leão, que os santos apostolos, instruidos pelo Es- pirito Santo, ordenaram estes grandes jejuns, afim de que tornando al- guma parte, na cruz do Filho de Deus, lizessetn por Elle alguma coisa do muito que Elle faz por nós.

3.° Estes homens inspirados de Deus julgaram que, para expiação dos peccados commettidos durante o curso do anuo, uni jejum de qua- renta dias, acompanhado de esmolas e de orações, seria uma satisfação rasoavel e proporcionada. sobre tudo, se se juntasse á que-o Salvador fez sobre a cruz em nome de todos os peccadores.

4.0 Estes vares apostolicos entenderam, emtim, que este jejum sendo bem cumprido immediatamente antes da paixão e da resurreição do Salvador, seria uma preparação mui conveniente, não só aos pecca- dores, mas ainda aos ehristãos fieis para celebrarem a Paschoa, e se nutrirem do Corpo e do Sangue de Jesus Christo.

E assim é que, segundo o que nos mostra a experiencia, é mui grande e salutar a influencia do tempo da quaresma para o melhora- mento dos costumes publicos em todos os paizes onde a lei da Egreja é respeitada.

Em confirmação do que fica dito, vem aqui a proposito o que a este respeito diz um escriptor protestante : < Se a Egreja, diz elle, não tivesse feito uma lei do jejum da quaresma, a maior parte dos chris-

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lãos descuidar-se-iam das mais importantes obrigações da, religião, e difficilmente encontrariam, em todo o anuo, o tempo de se applicarero -com seriedade aonegocio de sna salvação.

Suppondo mesmo que não colham outro fructo senão o da cessação do mal por algum tempo, pelo menos começam a livrar-se de seus maus habitos, e a disporem-se melhor para meditar e saborear' as verdades -divinas; o que lhes era impossivel em quanto que cegos e inebriados

pelos vapores malignos de suas paixões, se revolviam no lodaçal do peccado.

Munidos dos soccorros extraordinarios que a Egreja lhes offerece deste tempo, fortificados por piedosos exercicios e por praticas proprias a lhes attrahir as graças do céo, ajudados pelos conselhos d'una director esclarecido, particularmente sobre o. modo de se premunirem contra - os perigos de recaida, adquirem urna força toda nova para remover sin-

ceramente as promessas de seu baptismo, e se tornarem d'ora em di- ante mais fieis.

Quanto áquelles que desde já estão estabelecidos na pratica da virtude, que proveito espiritual lhes não resulta, por mais forte rasão, n'este santo tempo, que é para elles uru exercicio habitual de recolhi- mento, de compunção e de caridade ?

Elles o consagram ao exame de si mesmos procurando descobrir em seu coração tudd o que os desvia de Deus e de seus caminhos, e, meditando nas contas que lhe hão de dar, e no modo como se hão de conduzir para afastar db si tudo o que ha de defeituoso, em sua con- ducta, exercitam-se em lhe fazer de sua vida um sacrificio agradavel, em crescer na fé, na confiança e no amor.

Trazem á lembrança, e meditam com fervor, no silencio da ora- ção, os- soffrimentos de Jesus Christo Nosso Senhor, preparando-se d'esta sorte para a participação dos divinos mysterios, e para celebrarem digna- mente a solemnidade da Paschoa, na pureza e alegria dos amigos de Deus, esforçando-se por purificar sua alma das menores maculas) (1)

E com &eito, se reflectirmos sobre o modo como se fazem os officios d'este tempo, veremos que se distinguem dos do resto do anuo, pelo caracter de tristeza que a Egreja lhes ha imprimido, para inspi- rar mais efficazmente aos fieis esse espirito de penitencia e de compun- ção proprio da santa quarentena.

N'este Oesignio a Egreja nos recorda successivamente, nas missas, vroprias d'este tempo, os mais tocantes exemplos de conversão que nos offerecem os livros santos do Antigo e do Novo Testamento, por exem- plo, a Parabola do mau rico, a do filho pródigo, a historia da mulher adultera, e a da Samaritana.

Além d'isto as orações de que estas leituras são entremeiadas, tendem manifestamente ao mesmo fim, e basta lei-as com attenção para excitar e entreter em nós os sentimentos,da mais viva compunção.

E aqui (levemos notar que todas' estas exhortações á penitencia são Lambem entremeadas d'algumas outras, cujo fitn - é inspirar-nos a alegria

(1) Londres em 108'i— Considerações sobre' o tempo da Quaresma por um protestante—citado por Albano Butl;r pag. 235.

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interior e a doce confiança de que-a verdadeira • penitencia deve ser sem- pre acompanhada.

Debaixo creste ponto de vista é que a Egreja' nos faz ler, na missa da Quarta feira de Cinza„ uma passagem do Evangelho, na qual o mesmo Jesus Christo nos recommenda que evitemos, na pratica do jejum; esse ar triste e abatido que os Phariseos affectavam ; • e que, ao contrario, manifestemos, pela serenidade de nosso rosto, a santa alegria com que nós ofierecemos a Deus as fracas satisfações que a Egreja nos impõe.

Ora do que deixamos dito, vê-se o quanto a Egreja se empenha em nos fazer conhecer as disposições de que devemos ser animados n'éste santo tempo da quaresma. Mas para maior desenvolvimento d'es- tas disposições, é assás conveniente' que nos lembremos das instrucções que nos dão os santos doutores a este respeito.

N'ellas encontraremos provas bem sensiveis do seu zelo e de sua solicitude para • fazer entrar os fieis no caminho do céo, e combater os pretextos que o espirito de relaxação e indolencia tem, desde todos os tempos, imaginado para se subtrahir á lei do ' jejum e da abstinencia.

, S. Basilio, na sua homilia sobre o jejum, prégada no primeiro domingo da Quaresmn, desenvolve, com muita força e interesse, as prin- cipaes considerações que os santos doutores teem de costume appresen-

sobre a excellencia do jejum.

Para excitar seus ouvintes a abraçar com alégria a penitencia da Quaresma, mostra-lhes ao mesmo tempo a antiguidade, as vantagens, e a necessidade do jejum.

A antiguidade ; pela probil)ição que Deus fez ao homem, logo de- pois da creação, de comer do fructo prohibido, e, pelo exemplo d'una grande numero de santos personagens, tanto do Antigo como do Novo Testamento.

As vantagens; fazendo ver que o jejum tornou Moysés digno de subir ao monte Sinai, para alii receber as Taboas da lei ; que, junto á oração, obteve uma feliz fecundidade á mãe de Samuel ; que, ,pela vir- tude do jejum, Sarnsão se tornou invencivel aos Philisteus ; o propheta

Filas resuscitou o filho da viuva de Sarepta, e se fortificou contra os terrores da morte ; os tres jovens de Babylonia sahiram illesos da for- nalha, e Daniel escapou á voracidade dos leões.

Emfim prova a necessidade do jejum, porque os kiornens feridos pelo peccado não podem ser curados senão pela penitencia, e, em apoio d'esta doutrina, cita o exemplo dos Ninivitas, que não evitaram a so-

era Deus senão

jej

u

ando, e

fazendo jejuar até os animaes.

Nem se diga que o jejum é nocivo á sande, que diminue nos- sas forças, e nos torna inhabeis para o desempenho de deveres que exi-

gem vigor—Pçrque a esta difficuldade responde o referido santo que o jejum, longe de ser nocivo á sande, é ordinariamente mui proprio a con- serval-a e a restabelecel-a ; que os•medicos costumam prescrever a dita

aos doentes ; e que é §empre perigo» carregar de alimentos um esto-

„mago fraco.

E a este respeito acrescenta, que os israelitas, eroquanto

come-

ram o manná; e

keb,emn agua, venceram os Egypcios, e não houve eu;

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tre elles alguma doença ; rras que aquelles que tiveram saudades da ha- bitação do Egypto, lembrando-se da abuodancia das viandas que lá co- miam, não entraram na terra promettida, perecendo todos no deserto (ilornil. 1.0 de jejun etc.)

N'este sentido se exprimem muitos outros santos doutores, e entre estes S. João ChrSrsostomo, o qual, fa,llando de pessoas fracas a quem a delicadeza de sua saude não permitte observar rigorosamente a lei do jejum, diz o seguinte :

«Se a fraquesa dó vosso corpo é tal que não vos deixa prolongar vosso jejum até o fim do dia, ninguem de bom. senso de‘,erá por isso censurar-vos : nós servimos a um Deus bom e misericordioso que nada exige que seja superior de nmsas forças.

Assim a Deus não praza que eu condemne os que não podem observar o jejum ! Mas quantos outros meios não ha porventura mais efiicazes que a abstinencia corporal, 'liara estabelecer nossa confiança em Deus, e obter accesso junto de seu' throno! !

Aquelle que não pode jejuar, e está em circurnstancias de dar es- molas, esmole com maior liberalidade ; offereça mais vezes a Deu o

incenso de suas orações ; redobre em seu coração o fogo da caridade ; e mostre, urdiu), maior zelo em ouvir a palavra de Deus— E eis ahi obras excellentes, ás quaes a'fraqueza do corpo não oppõe o maior obstaculo.

Santo Ambrosia discursando áurea _das vantagens do jejum, diz que ( elle é a escola da continencia, o sustentaculo da castidade, a al- ma da virtude, a graça dos velhos, e a guarda dos moços». A estas vantagens oppõe es funestos efieitos da intemperança, as agitações, as perturbações, as excessivas despezss e outras desordens d'ella inseparaveis.

• Pede aos que se queixam do rigor da lei do jejum, que lhe apon.- tem alguem que tenha morrido pelo ter observado ; « eniquanto que mui- tos, diz elle, teem perecido pelos continuados excessos da intemperança ... »

Se, pois, o jejum, longe de ser contrario á saude do corpo é sum- mamente proveitoso á saude da alma, e um meio efficacissimo para abran- dar a ira de Deus,— que christão haverá que, podendo, deixa de obser- var esta lei que a Egreja, n'este tempo, nos intima e propõe para ex- piação de nossos peccados ?

Lembre'rno-nos do que fizeram os Ninivitas : elles eram ameaçados não de perder seu ouro e sua prata, mas da ruins inteira de sua ci- dade e de seus habitantes ; crèram em Deus, diz a Escriptura ; or- denaram um publico jejum, vestiram se de saco e cilicio desde o maior até o menor— Deus deixou commover em seu favor, e perdoou-lhes—Mi- serlus est Deus—(Jonas cap. 3.° v. 10).

Pois bem—N'esta desgraçada epocha que vamos atravessando, em que a impiedade se esforça por destruir tudo o que é santo e sagrado, façamos, á imitação dos Ninivitas, penitencia dos nossos peccados, e, le- vantando os olhos para o céo, supphquemos a Deus que se compadeça de nós, que se digne acudir á sua Egreja, hoje tão obstinadamente per- seguida, dizendo-lhe do intimo de nosso coração : Perdoai, Senhor, ao vosso povo, e não deixeis cal& a vossa herança em opprobrio: Par- ce, Domino. parce populo luo, et ne des hwreditatem tuam in opiprabrium.

(Joel cap. 2.* v. 17). A. e B. -

(10)

PARTE OFFICIAL

Ministerio dos negocios ecclesiasticos e de justiça

DIRECÇÃO GERAL DOS NEGOCIOS ECCLESIASTICOS i.a Repartição

Presbyteros apresentados pelo degelo de 20 de Fevereiro.

O presbytero Luiz Alves, parocho de N. S. da Conceição de Tur- quel; apresentado na egreja de Santa Maria e S. Miguel de Cintra.

Declarado sem efleito o decreto pelo' qual foi apresentado na egre- ja de Santa Maria do Prado o presbytero Dias Gallas e Costa.

A Encyclica do Santo Padre Leão XIII sobre o socialismo.

Nem tudo são futilidades no seculo presente.

Por entre este prurido de miserias que envergonham e deslus- tram a sociedade actual, alguma coisa ainda ha de magestoso e grande, que sustenta na humanidade este caracter de nobresa que lhe é proprio.

Cada epocha tem as suas feições, pelas quaes é designada na bis- Na que vae correndo, essas feições denunciam apenas o estrago que o cancro da impiedade tem feito no corpo social.

Dissolução e minas é tudo quanto a generação nova tem a her- dar, como fructo d'este desnorteamento de principios que arrastou a so- ciedade até esse longo sorvedouro de vicios . em que se debate.

Mas essa geração será salva.

Uma estrella a fulgir no meio da cerração basta a livrar do nau- fragio as victimas da tempestade.

E essa estrella brilha nos esplendidos horisontes da Egreja Catho- lica—é o Pontifice Romano.

As trevas do erro só fazem augmeniar o brilho com que ao mon- -do se mostra sempre a Cadeira de S. Pedro.

Ruja embora a tormenta, desencadeiem-se furiosos os elementos, nada chega a alterar sequer a serenidade com que de continuo aponta -aos homens o caminho de salvação.

• Eis o que é e o que vale a ultima Encyclica de Leão X111.

O Papa, ao sondar a sociedade, conheceu a profundesa de seus males.

Uma grande doença estava reclamando em grande remedio.

E o Papa, vendo os perigos que a enfermidade traria, indicou pela sua parte o curativo de mais eflicacia, n'este período de eftervescencia

revolucionaria.

A sociedade é como o corpo humano, onde a natureza das mo- lestias se conhece não só pelos symptornas que apresentam, como pela causa que as produz.

tona.

(11)

Qneixam-se os reis da insubordinação dos subditos, ou lamentam-se estes da quebra nos laços que os uniam ?

E' o espirito de plena independencia, que nasceu com a revolta simultanea de reis e povos contra Deus.

Como é possivel a subordipção sem um motivo de consciencia que a determine ?

Que obediencia pôde ser a que tem por .unica garantia o horror do cadafalso ?

A lei do dever não a dieta o homem, e só Deus pôde sanccional-a.

Pretender o contrario é desconhecer completamente o caracter e indole da natureza humana, é esperar da força o .que só pôde dar o amor.

E o amor, para ser legitimo, necessita que a religião o produza e sustente.

O mundo moral tem um grande ponto de apoio que é a au- ctoridade divina.

O orgulho, dando-se o nome de sciencia, destruiu esse apoio, e ao livre escame seguiu-se, como consequencia infàllivel, a livre pratica das más acções.

O socialismo, com todos os seus diflerentes nomes e variações, é um erro, ninguem de são juizo o contesta; mas não se esqueça, que foi da razão abandonada a si mesma, que elle brotou, como deducção logica, para se enraisar na ambição e no egoismo, que são os dois maio- res inimigos da tranquillidade publica.

Reis e povos deviam ter previsto o perigo, quando se afastavam de Deus, para se confiarem ao capricho das (ilidas populares.

Não faltou quem os advertisse do grande risco que corriam.

A Egreja, proscripta de todo o direito publico, clamava inces- santemente; mas a voz dos Pontilices, como a do ultimo dos minis- tros do altar, era abafada, pelo tumultuar das paixões. E o veneno en- tornado ás mãos largas no coração da sociedade, continuou a corroer- lhe as visceras, até produzir n'elta este estado morbido em que se encontra.

Foi ao vel-a estorcendo-se nas convulsões da agonia, que o Sal- vador do mundo fallou uma vez mais pela bocca do seu Vigario na terra.

A Encyclica do Santo Padre Leão XIII, é o ultimo remedio ap- plicado á sociedade moribunda.

O Grande Medico não desespera de salvar ainda o enfermo; mas é necessario, que as Suas prescripções se cumpram.

Quantos males se teriam evitado, se a voz de Seus Piedecessores tivesse eclioado, como devia, em todas as consciencias ?

Só a Egreja conheceu a tempo as emboscadas do inimigo, que agora já se mostra a peito descuberto.

E ninguem pôde accusal-a de se haver catado, porque a cada mo- mento reiterava as suas admoestações.

Taxavam-n'a por isso de vicionaria, mas o tempo veio dar-lhe razão.

Hoje, ao menos, já não é possivel que pinguem se illuda.

Os fructos são á vista de todos.

E o Papa, compendiando-os eloquentissimamente na Encyclica, não faz mais do que chamar a attenção da sociedade para o abysmo a cujas bordas se encontra.

(12)

E' preciso insuflar no espirito das classes uma vida nova ; mas para isso é necessario tambem restituir-lhes aquelles elementos de con- servação e progressso, que lhes foram subtrabidoS por urna sciencia sem Deus.

E' urgente que a socieda de retome as suas bases ; mas para lá chegar, cumpre áquelles a quem está 4conliado o bem commum, depor todas as más disposições que até ao presente hão manifestado contra a Egreja.

Nosso Senhor Jesus Christo desceu uma vez ao mundo, onde se dignou ficar, como garantia d'aquella paz que promettera trazer aos homens.

E' o primeiro élo d'urna longa cadeia de amor que deve unir a humanidade inteira no doce amplexo da fraternidade christã.

A revolução partiu esse élo, e a harmonia desapareceu.

Para que a ordem se restabeleça pois, é indispensavelmente refa- zer o que está desfeito, estabelecendo de novo essa união que faz dos ho- mens todos irmãos, filhos do mesmo Deus, o redemidos com o mesmo Sangue. •

E' necessario destruir o imperio da revolução, para sobre suas rui- nas erigir de novo o reinado social de Jesus Christo

Tal é o fim da Eneyelica.

Não podia ella vir em occasião mais opportuna ; o que resta é que todos a meditem e estudem, como devem.

Marinho.

CEREMONIAL.

[Continuação).

Capitulo VII.

Ceremonial do Ceroferario na missa cantada sem exposição.

Ao sair da sa- cristia

Devem aecender as velas do altar principiando ambos ao inésino tempo depois de terem feito ge- nuflexão no plano, e começando pelas que estana mais proximas da cruz. Tomam depois na sacris:

tia os castiçaes com as velas accezas, e collocan- do-se atraz dos Ministros sagrados um á direita e outro á esquerda com os castiçaes na mão de fora fazem todos juntamente inclinação á cruz, e depois marcham na frente mas atm do thuriferario.

Collocain-se em linha e genuflectem conjunta- mente com os Ministros sagrados, e vão depois col- locar os castiçaes sobre a credencia. Se o espaço for pequeno poderão collocar se quando cheguem ao altar, ou junto do altar voltados um paca o ou- tro, ou atrai dos Ministros e ahi fazem a genufle- xão etc.

Chegada ao al- tar

Ao começar a De joelhos junto da credencia com as mãos missa 1 erguidas.

_

(13)

Subida ao altar 1 Levantam-se e ficam em pé..

Benzem-se e erguem JS mãos e agsun ficam Introito em O.

Inclinam a cabeça e quando os Ministros sa- Gloria in excel• 1 grados • vem sentar-s,3 elles levantam as extrerrii- 'sis 1 dades posteriores das dalmaticas, e depois podem . .

sentar-se.

Depois da gloria Levaniam-ge e ficam em pé junto da credenCia.

Vão ao plano tendo no meio ao subdiacono e com elle ajoelham e se levantam e lhe assistem em quanto elle canta a Epistola, mas sem cerea- es e com as • Mãos erguidas, e no fim ajoelham com elle e vem para os seus togares junto da cre- dencia.

A' Epistola

Quando o diacono torna a benção elles tomam os castiçaes e vem ao plano alti genuflectem jun- acono o Evan-

Ao cantar o dl- Lamente com os Ministros e depois acompanham o subdiacono para o logar onde se deve cantar o gelho Evangelho tendo-o no meio e com a face voltada

para o diacono e . com os castiçaes na mão de fora.

Depois de cantar 1 Genuflectem no plano e vem coilocar os cas- o Evangelho tiçaes sobre a credencia, e almi ficam em _pé.

Inclinam a cabeça acompanham os Ministros quando venham sentar-se lorantam as extremida- des das dalinaticas etc., como na gloria, e quan- Credo do o diacono vae collocar os corporaes sobre o

altar levantam-se e assim estão até o diacono e os outros se sentarem etc., podendo sentar-se etc., como na gloria.

Off ertorio Um lança o veu d'hombros ao subdiacono jun- to da credencia e o outro offerece as galhetas.

Um serve a agoa e outro o manstergio, fazen- do ao celebrante antes e depois profunda inclinação.

Lavabo

Quando o thuriferario os incensar erguem as .. A' incensação mãos fazendo-lhe inclinação rnediocre antes' . e de-

pois. ; .

Prefacio,, San- ctus, elevação

Vau buscar á sacristia as tochas que trazem accesas entrando no coro ao tocar a Saneias é no plano fazem genuflexão, e ficam com as tochas

na mão de fora ajoelhados atrai do subdiacono, e em certa distancia etc., ate á elevação do calix.

(Se a missa for de reguiern ou da feria doerão ficar até á communlião ou pax).

Levantam-se, genuflectem e depois em pé pas- . Depois da eleva- sam as tubas para a mão de fora e veiki para á , • ção do Calix sacristia deixar as velas, e voltam depois para jun—

to da credencia.

(14)

No fim do Pater

I

Um d'elles tira o veu d'hombros ao subdiacono Noster

1

quando elle vae junto á credencia.

A purificaçâo !

do Calix

1

Um serve as galhetas.

A' benção

1

Ajoelham ' e depois levantam-se.

1

No fim da missa Tomam os castiçaes e vem para

a

sacr

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I

pela mesma ordem porque d'ahi sairam.

Braga, Seminario Conciliar de S. Pedro, 24 de Fevereirõ de 1879.

, O Vice- Reitor do Seminario, Padre, João Rebelo Cardoso de Menezes.

AVISO

O arcypreste de Caminha faz publico a todo o clero d'este dis- tricto 'que os presbyteros designados para examinadores do mesmo clero no presente anno são os revd." Anicelo José Gonçalves, abbade de Cam- pos, e Albino Joaquim de Faria, parocho de Santiago de Nogueira, e para substitutos o revd.08 Antonio Joaquim Ferreira, parodio de

LOVC-

lhe, e João Bento Gonçalves Palmeirão, da freguezia de Reboreda. Os dias designados par á os exames são, no dia 3 e 16 de cada mez, de- 'vendo os examinandos requerer com antecipação de 8 dias.

Reboreda, 6 de Fevereiro de 1879.

O A rcypreste, Carlos Joaquim do Fale.

im 24£, 2E. lm 2::DD

Avisamos os estimaveis assignantes d'esta folha de que to- da a correspondencia concernente á Redacção deve ser dirigida ao seu Director Padre João B.ebello Cardoso de Menezes, Se mi- nario Conciliar; ' e toda a que for concernente á administração deve ser dirigida ao seu administrador Antonió Joaquim de Mesquita Pimentei, director e administrador do «Commercio do Minho», rua Nova n.. 4.

Esperamos que esta advertencia, seja, como é mister, toma-

da em consideração por todos os assiguantes, para a boa re-

gularidade do serviço.

(15)

NOTICIAS E FACTOS DIVERSOS

E' bom que se saiba em que S. Santidade, gasta o Dinheiro de S. Pedro.

Como é sabido, o governo italiano, coal o direito que dá a for- ça, apropriou-se de todos os bens dos conventos, e póz os frades na rua.

Processo simples de liquidação. As freiras partilharam dos mesmos beneficios. A consequeneia foi a miseria.

O Santo Padre sabendo ha pouco da grande penuria e miseria em que estavam as freiras Ag9tinhas de Frascati, que tem vivido de esmolas, bem como todas as freiras de Italia, depois da entrada em Roma de Victor Manuel, mandou-lhes 250 liras ; 500 ao parocho de Raucolfo para continuação da Egreja parodiai 'em construcção ; 500 ao de Ver- dicar, para o mesmo fim ; mais 500 ao Senainario de Bora ; mais 1:0011

para a reedificação do Santuario de S. Rosa de Lima, no Peru.

No dia 15 recebeu Sua Santidade em audíencia particular o —*— pro- fessor de musica Lemmens. Este distincto maestro .é fundador de uma escola de canto ecciesiastico em Malines ( Belgica).

O Santo Padre mostrou-lhe a sua grande satisfação por este insti- tuto, dizendo-lhe quanto lamentava o abuso, introduzido nas funcções das egrejas de adirettir musica profana, quando n'esses actos solemnes do culto só era admissivel a musica religiosa. Incitou-o o Pontífice para não desanimar em empresa tão meritoria, e, para chamar sobre ella e seu atietor o auxilio do céo, deu-lhe a Benção A postolica.

—*—

Bastantes jornaes catholicos hão contado uma anecdota encanta- dora da vida do Santo Padre Leão XIII, a ntes de ser eleito Soberano

Pontifice. Hão de ouvil-a com pragr aquelles que ainda a não conhecerem.

Na diocese de Perusa, cujo Arcebispo era então Sua Santidade, existia um Cura não falto de zelo ou piedade, mas apaixonadissimo pela caça.

No tempo mais azado aos exercicios venatorios, logo muito cedo, nos domingos, dizia missa, e apressava-se a tomar a espingarda, partin- do para o monte, deixando a celebração da • missa parochial a cargo d'urn velho Padre, que vivia retirado n'aquella freguezia. Succedeu que, em um d'estes domingos, um sacerdote desconhecido foi pedir ao velho celebrante, na ausencia do parocho, licença para fazer a catechese; e as suas palavras attrahentes commoveram intimamente o auditorio. Todos perguntavam quem seria um orador tão eloquente. Mas ao sair da egreja o desconhecido prégador disse ao velho Padre:

—Apresentará os meus cumprimentos ao snr. Cura.

—Mas da parte de quem ?— perguntou este.

O desconhecido apresentou o seu bilhete. Era o Arcebispo de Perusa O velho sacerdote, cunfundido, desculpou-se por o não ter conhecido.

—Isso não admira, retorquiu o Prelado, visto que nós nunca nos vimos.

No dia seguinte, o parocho, assustado, corre aos pés do seu Ar-.

cebispo a pedir perdão.

(16)

—Não ha deli:lê:respondeu:lhe, o futuro Vontifice ; porém todas as vezes que fôr á caça ao domingo, avise-me para que eu faça todo o possivel afim de ír substituil-o nas suas obrigações, parochiaes.

Escusado é accrescentar que o Arcebispo nunca foi avisado para isso.

1‘1" ZztílT U.7

IMITAS

POR

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5

â.

Oba tradusida è annotada pelo Padre Sénna Freitas dous volumes.

Recommendamos esta excellente obra a todos os que desejam sa- ber a verdade que tão notavel, e maliciosamente foi desfigurada por Eu- genio Sue no seu desgraçado romance— O Judeu Errante.

• Pedimos a todos a leiam, e principalmente aos jovens.

O CODIãO PENAL DA EG,11113A

OII

A CONSTITUIÇÃO «A,POSTQLICiE SEDIS»

CONIMENTADA E ANNOTADA

PELO

Presbytero João lichen() Cardoso de Menezes

O producto creste

trabalho é applicado em bene- ficio dos collegiaes pobres do Seminario Conciliar de Braga.

Prego 200 reis.

Vende-se este - opusculo na redacção d'este jornal e no Seminario de S. Pedro, em Guimarães em casa do revd.'° snr. padre Abilio Augusto de Passos, na Povoa de Lanhoso em casa do revd." snr. fr. Fiorentino de S. Thomaz, no Porto em casa do snr. José Carlos das Neves, rua das Flores n.° 224; em Villa Real em casa do snr. Antonio Custodio da Silva, livreiro, na rua Di- reita, em Vianna, Barcellos, Fafe, Monsão e Chaves, Montalegre e Povoa d'Varzim, em casa dos revci.es Ar- ciprestes, no Mogadouro em casa do rev'.° p.' Joaquim Leite.

FOLHINHA' DO RITO 13BACARENSE.

Já se acha á venda, na. typographia Luzitana, rua Nova n.° 4.—

Preço com officio de S. Francisco de Saltes • 200 reis.

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