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66° Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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Academic year: 2022

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www.cardiol.br

R esumo das C omuniCações

66º ConGResso BRasiLeiRo de CaRdioLoGia

P oRto a LeGRe - Rs

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

ISSN-0066-782X Volume 97, Nº 3, Supl. 1, Setembro 2011

(2)

Brasil

Adib D. Jatene (SP) Alexandre A. C. Abizaid (SP) Alfredo José Mansur (SP) Álvaro Avezum (SP) Amanda G. M. R. Sousa (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (DF) Angelo A. V. de Paola (SP) Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP)

Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Klier Péres (DF) Ayrton Pires Brandão (RJ) Barbara M. Ianni (SP) Beatriz Matsubara (SP) Braulio Luna Filho (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruce B. Duncan (RS) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Alberto Pastore (SP) Carlos Eduardo Negrão (SP) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP)

Charles Mady (SP)

Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Dalton Valentim Vassallo (ES) Décio Mion Jr (SP)

Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Dikran Armaganijan (SP)

Djair Brindeiro Filho (PE) Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP) Edson Stefanini (SP) Elias Knobel (SP) Eliudem Galvão Lima (ES) Emilio Hideyuki Moriguchi (RS) Enio Buffolo (SP)

Eulógio E. Martinez Fº (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Sândoli de Brito Jr. (SP) Fábio Vilas-Boas (BA) Fernando A. P. Morcerf (RJ) Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS)

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Francisco Laurindo (SP)

Francisco Manes Albanesi Fº (RJ) Gilmar Reis (MG)

Gilson Soares Feitosa (BA) Ínes Lessa (BA)

Iran Castro (RS) Ivan G. Maia (RJ) Ivo Nesralla (RS)

Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP)

Jorge Ilha Guimarães (RS) Jorge Pinto Ribeiro (RS) José A. Marin-Neto (SP)

José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP)

José Geraldo de Castro Amino (RJ) José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) José Teles Mendonça (SE) Leopoldo Soares Piegas (SP) Luís Eduardo Rohde (RS) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Lurildo Saraiva (PE)

Marcelo C. Bertolami (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Marco Antônio Mota Gomes (AL) Marcus V. Bolívar Malachias (MG) Maria Cecilia Solimene (SP) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP) Mauricio Wajngarten (SP) Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Nabil Ghorayeb (SP) Nadine O. Clausell (RS) Nelson Souza e Silva (RJ)

Conselho editorial

Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP) Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo A. Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo J. Moffa (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo R. F. Rossi (PR) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Paulo Zielinsky (RS)

Protásio Lemos da Luz (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Roberto A. Franken (SP) Roberto Bassan (RJ)

Ronaldo da Rocha Loures Bueno (PR) Sandra da Silva Mattos (PE) Sergio Almeida de Oliveira (SP) Sérgio Emanuel Kaiser (RJ) Sergio G. Rassi (GO) Sérgio Salles Xavier (RJ) Sergio Timerman (SP) Silvia H. G. Lage (SP) Valmir Fontes (SP) Vera D. Aiello (SP) Walkiria S. Avila (SP) William Azem Chalela (SP) Wilson A. Oliveira Jr (PE) Wilson Mathias Jr (SP)

Exterior

Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica)

Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália)

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José Augusto Barreto-Filho C

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Paulo Roberto B. Evora

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Dr. Ricardo Stein

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Ditor

(1948-1953)

† Jairo Ramos

CONSELHO EDITORIAL

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Presidente Jorge Ilha Guimarães Vice-Presidente Márcia de Melo Barbosa Presidente-Eleito

Jadelson Pinheiro de Andrade Diretor Administrativo Carlos Cleverson Lopes Pereira Diretora Financeira Andréa Araujo Brandão

Diretor de Relações Governamentais José Wanderley Neto

Diretor de Comunicação Miguel Antonio Moretti

Diretor de Qualidade Assistencial José Carlos Raimundo Brito Diretor Científico

Ângelo Amato Vincenzo de Paola Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular - SBC/Funcor Dikran Armaganijan

Diretor de Relações Estaduais e Regionais Reinaldo Mattos Hadlich

Diretor de Departamentos Especializados Djair Brindeiro Filho

Diretor de Tecnologia da Informação Fernando Augusto Alves da Costa Diretor de Pesquisa

Renato A. K. Kalil

Editor-Chefe Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Luiz Felipe P. Moreira Editor do Jornal SBC Ibraim Masciarelli

Coordenador de Registros Luiz Alberto Piva e Mattos Coordenador de Projetos Fábio Sândoli de Brito

Coordenador de Normatizações e Diretrizes

Iran Castro

Coordenador de Educação Continuada Evandro Tinoco Mesquita

Planejamento Estratégico da SBC Enio Leite Casagrande e Paulo Ernesto Leães

Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais Ivan Romero Rivera (AL)

Marlucia do Nascimento Nobre (AM) Lucelia Batista N. Cunha Magalhaes (BA) José Sebastião de Abreu (CE)

Luiz Roberto Leite da Silva (DF) Ricardo Ryoshim Kuniyoshi (ES)

Weimar Kunz Sebba Barroso de Souza (GO) José Nicodemo Barbosa (MA)

José Maria Peixoto (MG) Frederico Somaio Neto (MS) Débora Andrea Castiglioni Alves (MT) Kleber Renato Ponzi Pereira (PA) Ana Claudia Andrade Lucena (PB) Carlos Roberto Melo da Silva (PE) Mauricio Batista Paes Landim (PI) Manoel Fernandes Canesin (PR) Roberto Esporcatte (RJ) Itamar Ribeiro de Oliveira (RN) Gilberto Lahorgue Nunes (RS) Ilnei Pereira Filho (SC) Rika Kakuda da Costa (SE) Luiz Antonio Machado Cesar (SP) Ibsen Suetônio Trindade (TO)

Lazaro Fernandes de Miranda (Centro-Oeste) José Xavier de Melo Filho (Norte-Nordeste)

soCiedade Brasileira de Cardiologia

departamentos e grupos de estudos

SBC/DA - Departamento de Aterosclerose Raul Dias dos Santos Filho

SBC/DECAGE - Departamento de Cardiogeriatria

Roberto Dischinger Miranda

SBC/DCC - Departamento de Cardiologia Clínica

Marcelo Westerlund Montera

SBC/DCM - Departamento de Cardiologia da Mulher

Regina Coeli Marques de Carvalho SBC/DCP - Departamento de Cardiologia Pediátrica

Ieda Biscegli Jatene

SBC/DIC - Departamento de Imagem Cardiovascular

José Luiz Barros Pena

SBC/DERC - Departamento de Ergometria e Reabilitação Cardiovascular

William Azem Chalela

SBC/DFCVR - Departamento de Fisiologia Cardiovascular Respiratória e Cardiologia Experimental

SBC/DHA - Departamento de Hipertensão Arterial

Marcus Vinícius Bolivar Malachias

SOBRAC - Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas

Guilherme Fenelon

SBCCV - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular

Gilberto Venossi Barbosa SBHCI - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Mauricio de Rezende Barbosa

SBC/DERC/GECESP - Grupo de Estudos de Cardiologia do Esporte

Nabil Ghorayeb

SBC/DCC/GAPO - Grupo de Estudos de Avaliação Perioperatória

Bruno Caramelli

SBC/DCC/GECETI - Grupo de estudos em Coronariopatias, Emergências e Terapia Intensiva

SBC/DCC/GEEL - Grupo de Estudo de Eletrocardiografia

Carlos Alberto Pastore

SBC/DCC/GEECABE - Grupo de Estudos de Epidemiologia e Cardiologia Baseada em Evidências

Alvaro Avezum Júnior

SBC/DEIC - Departamento de Insuficiência Cardíaca Fernando Bacal

SBC/DCC/GEVAL - Grupo de Estudos de Valvopatia

Flávio Tarasoutchi

SBC/DCP/GECIP - Grupo de Estudos de Circulação Pulmonar

Maria Virginia Tavares Santana

SBC/DIC/GECN - Grupo de Estudos em Cardiologia Nuclear

Gabriel Leo Blacher Grossman SBC/DCC/GERT - Grupo de Estudos de Ressonância e Tomografia

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA

DEPARTAMENTOS E GRUPOS DE ESTUDOS

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Impressão Prol Editora Gráfica

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11.000 exemplares

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Efeito da cafeína na detecção de isquemia à cintilografia de perfusão miocárdica associada ao estresse com adenosina.

LAIS VISSOTTO GARCHET SANTOS REIS, WILLIAM AZEM CHALELA, ANDRÉA MARIA GOMES MARINHO FALCÃO, LIVIA OZZETTI AZOURI, MARISA IZAKI, JOSE SOARES JUNIOR, JOSÉ CLAUDIO MENEGHETTI, ALESSANDRA DIAS JORGE CARNEIRO DE ALMEIDA, ADRIANA FARAH, NATHALIA MOURA NUNES.

Incor São Paulo SP BRASIL e UFRJ Rio de Janeiro RJ BRASIL

Fundamento e objetivo: Avaliamos a influência da abstinência de cafeína em 24h, 12h e 1h, através de sua dosagem sérica, antes do estresse farmacológico com adenosina e sua possível repercussão nas imagens da cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) e o efeito vasodilatador no sistema cardiovascular. Deliniamento:

Ensaio clínico randomizado. Material e Métodos: Compararamos a presença e a extensão dos defeitos reversíveis da CPM em pacientes com abstinência de café por 24 horas (E1) com as imagens da randomização com 1 hora e 12 horas (E2) sem cafeína e avaliamos a presença e intensidade dos paraefeitos, comportamento da frequência cardíaca e da pressão arterial sistêmica. Resultados: 194 pacientes realizaram CPM, 43 preencheram os critérios para a randomização (defeitos perfusionais transitórios na CPM com adenosina). Excluímos 6 pacientes (13,9%).

A média de idade dos 37 pacientes analisados foi de 61,4± 8,3 anos, 21 pacientes do sexo masculino (56,8%). Na avaliação da CPM, não houve diferença entre as imagens obtidas no grupo E1 comparadas as imagens de 1 (2,0 ± 1,5) hora ou 12 (12,6 ± 3,1) horas sem cafeína (E2). As médias de cafeína sérica encontradas foram:

na randomização de 1 hora de 1,97± 0,83 mg/l e de 12 horas de 1,51 ± 1,46 mg/l (E1 vs. E2: p < 0,001). Os paraefeitos, ocorreram em 31 pacientes (83,7%). Não foram observadas diferenças em relação às freqüências absolutas e relativas na ocorrência de paraefeitos entre os grupos. Ainda assim, notou-se que 22 pacientes (59,4%), caracterizaram o estudo randomizado (E2) como bem melhor, ou melhor, que o de 24 horas (E1). A pressão arterial sistêmica e a freqüência cardíaca também não apresentaram diferenças entre os grupos. Conclusões: Uso da cafeína 2 horas antes da realização da CPM com adenosina foi eficaz e segura, modificou a resposta vasodilatadora máxima alcançada com melhora da tolerância dos paraefeitos com menor tempo de ausência de cafeína na dieta e não modificou o resultado da CPM.

Circumferential Strain Measurement by New Speckle Tracking Echocardiography Software – Validation Against Tagged Magnetic Resonance Image: The Multi- Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA)

ANDRE L C ALMEIDA, EUI-YOUNG CHOI, ANDERS OPDAHL, GISELA TEIXIDO- TURA, VERONICA R S FERNANDES, ELSAYED Z SOLIMAN, COLIN O WU, DAVID A BLUEMKE, JOÃO A. C. LIMA.

Johns Hopkins University Baltimore XX E.U.A e Universidade Estadual de Feira de Santana Feira de Santana BA BRASIL

Introduction: Strain is a mechanical characteristic that describes the deformation of objects. Magnetic resonance imaging(MRI) tagging is a non-invasive standard of reference for evaluation of left ventricular(LV) systolic deformation. Speckle tracking echocardiography(STE) has been shown to be a new method for angle-independent measurement of myocardial strain. We sought to validate a novel STE software tool (Toshiba 2D tracking software) for measurement of echo-based LV circumferential strain(ECC), using MRI tagging as the reference method. Methods: Asymptomatic subjects of the MESA study underwent echo and MRI on the same day. ECC was measured on short axis images at the basal, midventricular, and apical levels on echo and MRI. Correlation of the global ECC measured by STE and MRI were assessed by the Pearson’s coefficient. Bland-Altman(BA) plots were constructed to depict the agreement between the 2 methods. P value<0.05 was considered statistically significant. Results: N=169 (w:58%, age:68±9). Analyzed 89% of MRI and 87% of STE images. ECC values showed modest correlation at the apex but decreased towards the base(Table). The mean difference(MRI-STE strain) in the mid level was -0.19% (limits of agreement: 7.14 to -7.52%). BA for ECC showed systematic bias with STE underestimating strain for high strain values. Conclusion: ECC measured with a novel STE software tool at mid and apical levels of left ventricle were found to have significantly correlation with MRI ECC tagging in a healthy population, but showed negative bias for high strain values.

LV level STE-ECC(%) MRI-ECC(%) Pearson p value

Base-mean(sd) -16.5(3.4) -15.5(2.6) 0.10 0.27

Mid-mean(sd) -17.1(3.6) -17.3(2.4) 0.29 0.001

Apical-mean(sd) -19.1(3.7) -17.5(2.3) 0.37 0.001

Anomalia de Ebstein (AEb) associada à miocardiopatia não compactada (MNC) diagnosticada pela ressonância magnética cardíaca (RMC)

GONÇALVES, L F G, SOUTO, F M S, FARIAS, R A, FARO, F N, OLIVEIRA, M D P, MENDONÇA, R C, OLIVEIRA, J L M, SOUSA, A C S, FILHO, J A S B.

Hospital São Lucas (HSL) Aracaju SE BRASIL e Universidade Federal de Sergipe (UFS) Aracaju SE BRASIL

A AEb é uma cardiopatia congênita acianótica cujo diagnóstico baseia-se em achados ecocardiográficos. No entanto, a RMC supera algumas limitações do ECO e fornece dados morfológicos e funcionais precisos, necessários no diagnóstico de AEb e patologias associadas. Relata-se caso que realça a importância da RMC para confirmação diagnóstica de AEb e pesquisa de patologias associadas. A paciente V.S, 27 anos, admitida no hospital com mal estar geral e dispneia progressiva. Exame físico mostrou sopro holossistólico e ausência de cianose. Ao ECG apresentava ritmo sinusal, FC de 91 bpm, ondas P espiculadas e intervalo PR curto (síndrome de Wolf-Parkinson-White). A RMC revelou valva tricúspide ectópica, 17 mm abaixo do plano mitral, compatível com Eb, e IT discreta. Detectada disfunção segmentar esquerda, sem repercussões na função global. Excesso de trabeculação em porção apical de paredes inferior, lateral e anterior, com relação músculo não compactado/

compactado >2,3, sugestivo de MNC. A associação entre AEb e MNC é descrita em trabalhos com ecocardiograma em até 18% dos pacientes com AEb e pode acentuar os sintomas de ICC, além de aumentar chances de arritmias e eventos embólicos.

A RMC mostrou-se um método bastante preciso e completo na investigação morfológica e funcional dessas duas condições.

Infradesnivelamento do segmento ST na fase de recuperação: avaliação através da cintilografia de perfusão miocárdica.

ANDRÉA M G M FALCÃO, WILLIAM A CHALELA, LIVIA O AZOURI, J RAMÓN LANZ LUCES, MARCEL J A COSTA, FERNANDO A F BUSSOLINI, JOSÉ C MENEGHETTI, JOSE A F RAMIRES.

Instituto do Coração (InCor) HCFMUSP SAO PAULO SP BRASIL.

Introdução: o valor diagnóstico e prognóstico do infradesnivelamento do segmento ST (↓ST) que ocorre apenas na fase de recuperação é menos estabelecido do que aquele observado durante o esforço. Poucos estudos tem investigado o significado clínico desse achado. Objetivo: comparar ↓ST na fase de recuperação do teste ergométrico (TE) com a incidência de isquemia miocárdica observada ao gated- SPECT. Métodos: foram estudados 35 pacientes (pts) com ↓ST na recuperação que realizaram gated-SPECT associado ao TE com protocolo de Bruce. A idade media foi de 62,6±10,1 anos, 29 (83%) masculinos, 26% com infarto do miocárdio, 29% intervenção coronária percutânea e 34% com revascularização miocárdica prévios. Análise qualitativa da perfusão miocárdica foi realizada em 17 segmentos miocárdicos, utilizando-se escore de 5 pontos (0-normal; 4-ausência de captação) e para motilidade miocárdica escore de 6 pontos (0-normal; 5-discinesia). Fração de ejeção ventricular esquerda (FEVE) foi avaliada após estresse. Ao TE foram avaliados magnitude do ↓ST, tempo de aparecimento do ↓ST (TA↓ST), pressão arterial (PA), freqüência cardíaca (FC), tempo de tolerância ao exercicio (TTE), capacidade funcional (MET) e presença de arritmias. Resultados: perfusão anormal foi encontrada em 21 pts (80,8%), 61,5% com defeito transitório e 11,5%

associado a persistente; alteração da motilidade em 10 (38,5%) pts.; LVEF média foi de 54,5%±10,8% e 10,8±2,7 MET de capacidade funcional. Não houve diferenças significantes na comparação entre TA ↓ST vs TTE (p=0,08); perfusão anormal vs TTE (p=0,30) e perfusão anormal vs MET (p=0,52). Conclusão: esse estudo demonstrou que ↓ST ocorrendo apenas na fase de recuperação após o TE é um achado relevante, devido a alta prevalência de isquemia miocárdica documentada pelo gated-SPECT.

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Resumos Temas Livres

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Miocardiopatia não-compactada (MNC) em paciente com dextrocardia associada situs inversus. Imagens da Ressonância Magnética Cardíaca (RMC).

FERNANDA MARIA SILVEIRA SOUTO, RENAN ARGOLO DE FARIAS, FERNANDA NASCIMENTO FARO, MARCOS DANILLO PEIXOTO OLIVEIRA, JOSELINA LUZIA MENEZES OLIVEIRA, RODRIGO CASTRO MENDONÇA, LUIZ FLÁVIO GALVÃO GONÇALVES, JOSE AUGUSTO SOARES BARRETO FILHO, ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA.

Hospital São Lucas (HSL) Aracaju SE BRASIL e Universidade Federal de Sergipe (UFS) Aracaju SE BRASIL

A dextrocardia é uma malformação embriológica caracterizada pelo deslocamento do eixo maior (base ao ápice) do coração para o lado direito do tórax com reversão da inclinação apical. A MNC é uma cardiopatia congênita rara que decorre da falha no processo de compactação do miocárdio com a persistência de trabeculações e recessos profundos que se comunicam com a cavidade ventricular. Essa patologia vem geralmente associada a outras malformações cardíacas. Relatamos o caso do paciente A.R, 53 anos que realizou a RMC para avaliação de miocardiopatia. O exame mostrou dextrocardia, associado a situs inversus. Cavidade ventricular esquerda com discreto aumento de seus diâmetros com função biventricular preservada. Observou- se excesso de trabeculações em segmentos médio e apical de paredes ínfero-lateral, ântero-lateral e anterior de VE, com relação miocárdio não-compactado/compactado

>2,3. Sem sinais diretos ou indiretos de restrição nem áreas de fibrose detectáveis.

Conforme nosso conhecimento, apenas dois casos de MNC em paciente com dextrocardia foram anteriormente reportados. A RMC foi de extrema importância para a detecção dessa rara associação

Diagnóstico de miocardites: a importância da Ressonância Magnética Cardíaca (RMC)

FERNANDA MARIA SILVEIRA SOUTO, RENAN ARGOLO DE FARIAS, FERNANDA NASCIMENTO FARO, MARCOS DANILLO PEIXOTO OLIVEIRA, JOSELINA LUZIA MENEZES OLIVEIRA, LUIZ FLÁVIO GALVÃO GONÇALVES, JOSE AUGUSTO SOARES BARRETO FILHO, ANTONIO CARLOS SOBRAL SOUSA.

Hospital São Lucas (HSL) Aracaju SE BRASIL e Universidade Federal de Sergipe (UFS) Aracaju SE BRASIL

Fundamento: Miocardite é uma doença inflamatória aguda ou crônica do miocárdio.

Possui em sua maioria etiologia viral e a anamnese, o exame físico, o ECG e a sorologia têm baixa acuidade diagnóstica. A biópsia é considerada o padrão ouro para o seu diagnóstico, mas sua indicação hoje se limita a casos graves ou associados a patologias específicas, dando-se maior importância atualmente a métodos não invasivos, principalmente a RMC. Esta permite a caracterização morfológica, a análise de parâmetros funcionais e a visualização de alterações teciduais. Objetivo:

Demonstrar a importância dos achados da RMC no diagnóstico de miocardite.

Material e método: Foram incluídos todos os pacientes encaminhados (de agosto de 2008 até fevereiro de 2011) para realização de RMC com suspeita de miocardite.

RESULTADOS: Foram estudados 27 pacientes com média de idade 41,35 ± 17,73 anos, sendo que 22 deles eram do sexo masculino (81,5%) e 5 eram do sexo feminino (18,5%). Todos os pacientes foram submetidos a seqüências de Cine-RM, Black-blood com ponderação em T2 e realce tardio. Em 5 exames (18,5%) foi realizada perfusão de estresse e repouso para descartar síndromes isquêmicas. Em 4 exames (15%) não foi encontrada qualquer alteração de função ou morfologia, sendo o exame considerado normal. O diagnóstico foi positivo para miocardite aguda em 18 pacientes (66%). Em 2 pacientes (7,4%) havia pericardite associada à miocardite, em e em 2 (7,4%) foi diagnosticado IAM, com base na alteração de perfusão e no realce transmural. Um paciente (3,7%) apresentava critérios para Displasia Arritmogênica de Ventrículo Direito (DAVD) e derrame pericárdico discreto estava presente em 2 pacientes (7,4%).

Conclusão: A maioria dos pacientes encaminhados para pesquisa de miocardite apresentou achados que confirmaram o diagnóstico suspeito, podendo, no entanto, encontrar diagnósticos diferenciais em até 11%. Tais resultados reforçam a idéia de que RMC é considerada o método de eleição no diagnóstico não invasivo de miocardites.

Avaliação da contratilidade segmentar em indivíduos chagásicos sem cardiopatia aparente: valor do strain bidimensional

DANIEL FURTADO VIDIGAL, MANOEL OTÁVIO DA COSTA ROCHA, MÁRCIO VINÍCIUS LINS DE BARROS, RAFAELA DRUMOND ARAÚJO, PAULA ATHAYDE BRAGA MACHADO, PIERO MENOTI ORLANDI, MARIANA CAMPOS PALMA, RENATA DE CARVALHO BICALHO CARNEIRO, MARCIA DE MELO BARBOSA, MARIA DO CARMO PEREIRA.

Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Belo Horizonte MG BRASIL e Ecocenter, Hospital Socor Belo Horizonte MG BRASIL

A doença de Chagas é um problema de saúde pública, com expressivo número de infectados assintomáticos. A detecção de alteração contrátil segmentar pode identificar pacientes com potencial evolutivo da doença. Objetivos: Detectar alteração precoce da contratilidade ventricular em indivíduos chagásicos. Métodos:

Foram selecionados 78 pacientes assintomáticos com doença de Chagas, idade de 44 ± 9 anos, apresentando ECG, RX de tórax e ecocardiograma normais. Para o grupo controle, selecionou-se 38 indivíduos saudáveis com idade e sexo semelhantes aos casos. Foram analisados o strain radial, circunferencial e longitudinal do VE.

Aferiu-se a variabilidade intra e interobservador das medidas do strain. Resultados:

Todos os parâmetros do ecocardiograma convencional foram semelhantes entre os grupos, exceto pela presença de déficit segmentar ao bidimensional (9% dos casos). As medidas do strain foram menores em vários segmentos do VE nos chagásicos em relação aos controles. O strain radial dos segmentos basais das paredes anterior, inferior, posterior e septal foi diferente entre os grupos, assim como o strain longitudinal basal da parede inferior e septal. Em relação ao strain circunferencial, o segmento basal da parede anterior encontrou-se reduzido nos chagásicos. Nos ptes com alteração segmentar da contratilidade, o strain global longitudinal foi menor. Não houve diferença do strain bidimensional do VD entre os grupos. Observou-se grande variabilidade intra e interobservador do strain circunferencial. Conclusão: Em indivíduos chagásicos sem cardiopatia aparente, verificou-se redução do strain bidimensional, comparando-se a um grupo controle com características demográficas e clínicas semelhantes.

Cintilografia de perfusão miocárdica (gated-SPECT) na avaliação sequencial de portadores de acromegalia

ANDRÉA M G M FALCÃO, WILLIAM A CHALELA, LIVIA O AZOURI, JOSÉ C MENEGHETTI, JOSE A F RAMIRES.

Instituto do Coração (InCor) - HCFMUSP SAO PAULO SP BRASIL.

Introdução: Acromegalia é uma doença crônica associada ao crescimento do tecido ósseo e partes moles. Acometimento cardíaco é a principal causa de morte, podendo ocorrer hipertofia, disfunção ventricular esquerda e outras doenças cardiovasculares. Objetivo: avaliar parâmetros de perfusão e função ventricular com gated-SPECT e teste ergométrico (TE) em pts com acromegalia, antes e após tratamento específico. Métodos: Analisaram-se 10 pts acromegálicos, 6(60%) sexo masculino e idade média de 41,8±14,6 anos que realizaram gated-SPECT associado ao TE com protocolo de Ellestad. Na análise qualitativa da perfusão (17 segmentos miocárdicos) utilizou-se escore de 5 pontos (0-normal; 4-ausência de captação) e para motilidade escore de 6 pontos (0-normal; 5-discinesia). Fração de ejeção ventricular esquerda(FEVE) foi avaliada em repouso e após estresse. Ao TE foram avaliados pressão arterial(PA), frequência cardíaca(FC), tempo de tolerância ao exercício(TTE), segmento ST e presença de arritmias. Resultados: O tempo médio entre a realização dos exames foi de 7,5 meses. Alteração da perfusão foi observada em 1 pct (10%) e da motilidade em 3(30%) e 1(10%) pts antes e após tratamento, respectivamente (p=ns). FEVE em repouso (54,6%±9,9% x 52,2%±8,7%, p=0,62) e após TE (54,1%±10,2% x 51,1%±8,9%, p=0,27), não mostraram diferenças significantes. Não houve aumento do TTE significativamente (518±160,5seg x 506±158,1seg, p=0,60) antes e após o tratamento. O comportamento da PA, FC, presença de arritmias e alterações do segmento ST também não mostraram diferenças. Conclusão: Não houve diferenças significantes nas variáveis estudadas após tratamento em pts acromegálicos. Esses achados poderiam ser justificados pela duração da doença desde o diagnóstico e tempo limitado de acompanhamento.

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011 012

Comparação entre ecocardiografia e tomografia computadorizada no seguimento dos paciente com aneurisma de aorta ascendente

MARCELA MOMESSO, MATEUS VELOSO E SILVA, WALTER DUARTE BATISTA JUNIOR, LÍGIA RIBEIRO MOSCARDINI, LUIZ FELIPE PORRIO DE ANDRADE, OSCAR OLIVER ARROYO ROJAS, DORIVAL DELLA TOGNA, AURISTELA ISABEL DE OLIVEIRA RAMOS.

Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia São Paulo SP BRASIL.

Fundamento: Na identificação e no seguimento das doenças da aorta torácica dispõe-se de diversos exames de imagem como tomografia computadorizada (TC), ecocardiograma (ECO) e ressonância nuclear magnética (RNM). Sabe-se que a TC e a RNM são os métodos padrão ouro para diagnóstico do aneurisma de aorta ascendente, com sensibilidade e especificidade de 100% e 98% respectivamente.

Porém, a exposição à irradiação e seus custos são fatores limitantes para realização repetida desses exames no seguimento clínico do paciente. Por outro lado, o ecocardiograma transtorácico é um método de fácil acesso, pouco invasivo e, também, fornece medidas da aorta ascendente. Objetivo: Comparar as medidas da aorta ascendente realizadas pelo ecocardiograma e pela tomografia.Delineamento:

Trata-se de um estudo transversal que busca relacionar medidas da tomografia computadorizada e ecocardiografia em pacientes que irão se submeter à cirurgia para correção de aneurisma de aorta ascendente. Material e métodos: foram selecionados 44 pacientes com aneurisma de aorta ascendente e comparado as medidas encontradas pela tomografia computadorizada e pelo ecocardiograma.

Resultados: A amostra composta por 44 pacientes, dos quais 61% eram do sexo masculino, com média das idades de 60 anos (± 12,7). As médias dos diâmetros da aorta ascendente obtidas por meio do ECO e da TC foram, respectivamente, 55 (± 10) e 57,57 (±11,1). O Índice de Correlação de Pearson evidenciou que os dois métodos são superponíveis para a medida da aorta ascendente (0,87, p<0,001). Conclusões:

De acordo com os dados escritos, pode-se concluir que o seguimento do paciente com aneurisma de aorta ascendente pode ser feito por meio da ecocardiografia.

Análise do Uso de Anticoagulante Oral em pacientes com idade acima de 90 anos CECILIA MARIA QUAGLIO BARROSO, IDELZUITA LEANDRO NETA, ZILDA MACHADO MENEGHELO, PATRICIA NUNES DE ABREU DE LIMA MORAES, CLAUDIA FELICIA GRAVINA TADDEI.

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA SÃO PAULO SP BRASIL.

Fundamento: Não existem estudos que avaliem a incidência de complicações em pacientes nonagenários em uso de anticoagulantes orais. Objetivo: avaliar a incidência de complicações hemorrágicas e tromboembólicas em pacientes nonagenários em uso de anticoagulantes orais (ACo). Material e Método: foram analisados 37 pacientes (p) em uso de anticoagulantes orais e com idade média de 92,91 anos. As indicações do uso do ACo foram: 28 pacientes (75.7%) com fibrilação atrial (FA), 1 prótese mecânica aórtica (PMAo – 2,7%) e 8 casos de tromboembolismo (TE – 21,6%). Os pacientes foram divididos em 2 grupos: A - início do ACo com idade > 90 anos e Grupo B: início antes 90 anos. Resultados: a principais características encontradas nos 2 grupos estão descritas na tabela abaixo:

No grupo total, a curva livre de sangramentos (sgto) foi de 79% e a curva livre de tromboembolismo foi 97,3%. Conclusão: O uso de Aco em pacientes nonagenários estudada foi eficaz na prevenção de eventos tromboembólicos e segura, com um baixo índice de complicações hemorrágicas graves.

Atividades antiplaquetária, antitrombótica e fibrinolítica de Campomanesia xanthocarpa

KLAFKE, J Z, SILVA, M A, ROSSATO, M F, TREVISAN, G, WALKER, C I B, BORGES, D O, FERREIRA, J, VIECILI, P R N.

Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria RS BRASIL e Instituto de Cardiologia e Universidade de Cruz Alta Cruz Alta RS BRASIL

Fundamento: Estudo prévio demonstrou que a Campomanesia xanthocarpa Berg., conhecida como “guavirova”, apresentou ter efeito hipocolesterolêmico e antioxidante (J. Ethnopharmacol.127;299,2010). Uma vez que hipolipemiantes podem ter efeitos antitrombóticos, cogitou-se a hipótese que a guavirova poderia ter algum efeito no sistema de coagulação. Objetivo: Investigar os efeitos do extrato de C.

xanthocarpa (ECX) nas atividades antiplaquetária, antitrombótica e fibrinolítica em camundongos. Delineamento: Estudo básico experimental. Material e métodos:

Camundongos foram tratados oralmente por 5 dias com ECX (10, 30 ou 100 mg/

Kg), ou ácido acetilsalicílico (ASA: 100 mg/Kg), ou veículo. No fim do tratamento, os animais foram selecionados para os testes de tromboembolismo agudo, quantidade de sangramento (µL/ 2min), tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa). Foram realizados ensaios in vitro para avaliar o efeito antiplaquetário, induzido-se agregação com ADP, e atividade fibrinolítica do ECX, comparando-se com estreptoquinase (STK). Finalmente, foram avaliadas as atividades ulcerogênica por escore de lesão gástrica e a citotoxicidade plaquetária por quantificação de DHL. Resultados: O ECX (100 mg/Kg/dia) demonstrou ter uma atividade antitrombótica altamente significante (80%), e superior a ASA (55%), aumentou a quantidade de sangramento (43.4±14.5 µL), prolongou suavemente o TTPa (7±2%) e não alterou a TP comparado com o controle. In vitro, o ECX inibiu a agregação plaquetária (36±5%), numa concentração de 1000 µg/mL, com concentração efetiva (CE50) de 35(15–84) µg/mL, comparado com o grupo controle, não demonstrando citotoxicidade plaquetária. Finalmente, o ECX demonstrou atividade fibrinolítica (56±9%;CE50:21(5–87)µg/mL) quando comparada com STK (60±14%:CE50: 24(9–64) µg/mL), para a concentração de 100 µg/mL de ambos.

O ECX não demonstrou atividade ulcerogênica. Conclusões: O ECX apresentou atividades antiplaquetária, antitrombótica e fibrinolítica em camundongos, sem apresentar citotoxicidade plaquetária e efeito ulcerogênico.

Protocolo de início de tratamento com anticoagulantes orais para prevenção de complicações hemorrágicas e alcance rápido da faixa terapêutica.

CECILIA MARIA QUAGLIO BARROSO, ZILDA MACHADO MENEGHELO, IDELZUITA LEANDRO NETA, PATRICIA NUNES DE ABREU DE LIMA MORAES.

INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA SÃO PAULO SP BRASIL.

Fundamento: Estudos têm demonstrado índices de sangramento dez vezes maior no primeiro mês de tratamento com o anticoagulante oral (Aco)quando comparado com os 12 meses seguintes. Objetivo: avaliar se um protocolo de início de ACo utilizado em uma clínica de ACo será capaz de minimizar complicações principalmente hemorrágicas, muito comum nessa fase do tratamento, e avaliar o tempo e números de exames laboratoriais necessários para atingir INR entre 2 a 3. Delineamento:

estudo realizado por meio da análise do banco de dados de uma clínica de ACo.

Material: Foram analisados os dados de 100 pacientes (p) (51 sexo feminino), com idade média de 66,96 anos (25-100 anos). A varfarina foi utilizada em 71 p e a femprocumona em 29. A principal indicação para o uso do Aco foi arritmia cardíaca (FA ou flutter) em 87 pacientes (87%); outras indicações foram trombo em cavidade (6 pcs), e 7 com tromboembolismo venoso. Método: o protocolo de início da Aco é realizado da seguinte forma: 1. Coleta de um exame de INR inicial e introdução do Aco. Se INR < 1,4, iniciar com 5 mg de varfarina ou 3 mg de femprocumona, durante 3 dias. 2. Avaliação do INR no 4º dia: se ocorrer um aumento do INR em 100%

reduz-se a dose do ACo para metade da dose. Se houver aumento de 25 a 50% do INR, reduz-se a dose em 25% e se ocorrer um aumento de mais de 100%, reduz-se a dose em 75% da inicial. 3. Retorno no 7º dia e reajuste da dose, se alteração do INR; após nova avaliação deve ser feita no 14º- e 21º-dias. Resultados: com o uso do protocolo acima descrito, houve a necessidade da realização em média de 3,84 exames e os pacientes atingiram níveis de INR entre 2 a 3, em média em 15,49 dias.

Não houve nenhuma complicação hemorrágica ou tromboembólica na população estudada. Conclusões: o uso de um protocolo simples de início de ACo foi capaz de atingir o INR entre 2 a 3, de uma forma rápida (< 1 mês de tratamento), com a realização de poucos exames laboratoriais e sem demonstrar nenhuma complicação hemorrágica, um evento comum no início do uso de Aco.

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Resumos Temas Livres

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Associação entre o estado nutricional e indicadores de aptidão cardiorespiratória relacionada à saúde de crianças e jovens dos três Estados do Sul do Brasil ERALDO DOS SANTOS PINHEIRO, ANELISE REIS GAYA, GABRIEL GUSTAVO BERGMANN, ADROALDO CEZAR ARAUJO GAYA.

UFRGS/ESEF Porto Alegre RS BRASIL e Unilasalle Canoas RS BRASIL Introdução: O estudo dos determinantes do sobrepeso e da obesidade (Sp/Ob) parece ser relevante se considerarmos as evidências recentes que apontam para uma ocorrência significativa deste distúrbio já na adolescência. O objetivo do presente estudo centrou-se em: (a)descrever a ocorrência de Sp/Ob e dos níveis reduzidos de aptidão cardiorrespiratória (ApCR) de uma amostra representativa de adolescentes do sul do Brasil e; (b): verificar se adolescentes com baixos níveis de ApCR apresentam risco de desenvolver Sp/Ob. Delineamento: estudo apresenta um desenho transversal, descritivo associativo. A amostra foi selecionada de forma não aleatória. Os adolescentes participaram do estudo voluntariamente. Material e Métodos: Participaram do estudo 28.605 sujeitos sendo 14.677 meninos e 13.928 meninas com idades entre 10 e 15 anos. As variáveis antropométricas peso e altura e a ApCR (teste de 9 mim) foram avaliadas na escola pelos professores de educação física. Todos os professores foram previamente capacitados de acordo com os protocolos da bateria de teste do PROESP. O IMC foi posteriormente calculado.

Adolescentes foram classificadas com Sp/Ob e com valores reduzidos de ApCR de acordo com os pontos de corte propostos pelo PROESP para jovens brasileiros.

Resultados: Aproximadamente 30% de jovens provenientes dos três estados do sul do Brasil apresentaram valores reduzidos de ApCR, assim como a ocorrência de Sp/Ob foi de aproximadamente 20%. Através do teste estatístico qui-quadrado verificamos uma associação significativa entre os valores reduzidos de ApCR com o risco de se tornar Sp/Ob (meninos: RR: 2.47, p=0.00; meninas: RR: 1.88, p=0.00), em todos os Estados, para os dois sexos. A ocorrência de Sp/Ob foi superior no sexo masculino, assim como o risco de se tornarem Sp/Ob quando considerado os níveis de aptidão cardiorrespiratória. Conclusão: A promoção da prática regular de exercício físico visando uma melhora dos níveis de aptidão física parece ser uma prática com um papel significativo na saúde dos jovens brasileiros.

Alterações hemodinâmicas decorrentes da postura ereta podem contribuir para o desenvolvimento de doença arterial periférica em pacientes com fatores de risco cardiovascular

TIAGO GEMIGNANI, RENATA C S AZEVEDO, CELINA MATIKO HORI HIGA, OTAVIO RIZZI COELHO, JOSÉ ROBERTO MATOS SOUZA, KLEBER GOMES FRANCHINI, WILSON NADRUZ JR..

UNICAMP CAMPINAS SP BRASIL.

Fundamento: As artérias dos membros inferiores estão expostas a maior carga hemodinâmica em posição ortostática, o que poderia justificar a maior prevalência de aterosclerose nestas artérias em seres humanos. Referência Bibliográfica (Hypertens Res 2008 Nov; 31 (11):2059-64) objetivo: Investigar o impacto das forças hemodinâmicas e das variações posturais sobre o desenvolvimento de placas ateroscleróticas em artérias carótida e poplítea. Delineamento:Estudo transversal, em um centro universitário, realizado de 11/2008 até 1/2011. Paciente ou material:

A amostra envolveu 190 indivíduos com fatores de risco para aterosclerose, ou seja, hipertensos, dislipidêmicos, tabagistas e diabéticos. Com idade média de 50,9±0,7 anos e composta em 58% por mulheres. Métodos: Os indivíduos foram submetidos a:1) Medida de Pressão Arterial nos membros superiores e inferiores e exame Eco-Doppler-vascular das artérias carótida e poplítea, em posições ortostática e supina; 2) Análise clínica e laboratorial.A Tensão Circunferencial (TC) foi calculada como: pressão arterial X diâmetro vascular. Resultados: Após ajuste por fatores confundidores, as medidas de tensão circunferencial carotídea não se correlacionaram com a presença de placas nesta artéria. Por outro lado, a análise por modelo linear geral (ajustada por idade,LDL,triglicérides, hipertensão arterial e espessura-íntima-média poplítea) revelou que a TC sistólica ortostática foi a medida hemodinâmica que melhor se associou com a presença de placas ateroscleróticas nas artérias poplíteas (p=0,004). Esta associação foi confirmada por modelo de regressão logística que incluiu idade, LDL,triglicérides,hipertensão arterial e espessura-íntima-média poplítea e TC média supina como fatores confundidores (Exp(B): 3,363 (1,103-10,251); p=0,033). Conclusão: A postura ereta, por aumentar as forças hemodinâmicas locais, pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de doença arterial periférica em membros inferiores de indivíduos portadores de fatores de risco cardiovascular.

Associação entre leptina plasmática e índice de massa corporal durante a fase menstrual de mulheres em idade reprodutiva

LOPES, C P, SILVA, R P, FARIA, C C, ALVES, F S, GARCIA, E L, RIBEIRO, J P.

Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Torres RS BRASIL e Hospital de Clínicas de Porto Alegre Porto Alegre RS BRASIL

Fundamento: Leptina plasmática aumentada é fator de risco independente para doenças cardiovasculares e metabólicas em mulheres pós-menopausa (Liu et al.

Clin Endocrinol 2010;72:32-7). Contudo, não está esclarecido o comportamento da leptina no ciclo menstrual em mulheres em idade reprodutiva. Objetivo:

Verificar alterações nos níveis plasmáticos de leptina durante o ciclo menstrual em mulheres em idade reprodutiva. Delineamento: Estudo transversal observacional.

Indivíduos: A amostra intencional consistiu em 20 mulheres saudáveis, com idade entre 17 e 46 anos, índice de massa corporal entre 16,7 e 29,8 kg/m2. Métodos:

As participantes submeteram-se a duas coletas sanguíneas, uma durante o período menstrual e outra no período ovulatório. As datas de coleta foram estabelecidas através de questionário para cálculo da média dos três útlimos ciclos menstruais.

Radioimunoensaio foi utilizado para determinar os níveis de leptina plasmática.

Resultados: Não houve diferença significativa nas médias dos níveis de leptina entre períodos menstrual (11,7 ± 8,4 ng/ml) e ovulatório (12,8 ± 11,9 ng/ml; P = 0,61).

Houve correlação significativa entre o índice de massa corporal e leptina plasmática no período menstrual [r =0,82] e no período ovulatório [r=0,68]. Conclusão: Os níveis de leptina plasmática não variaram durante os períodos ovulatório e menstrual em mulheres em idade reprodutiva. A forte correlação entre índice de massa corporal e leptina sérica no período menstrual indica que novos estudos devem avaliar a possibilidade de aumento de risco cardiovascular em mulheres em idade reprodutiva.

Alteração do Controle Autonômico em indivíduos com Síndrome Metabólica DENIELLI DA SILVA GONÇALVES BÓS, LILIANE APPRATTO DE SOUZA, ANDRESSA SILVEIRA DE OLIVEIRA, ANA MARIA PANDOLFO FEOLI, KARINA RABELO CASALI, FABRÍCIO EDLER MACAGNAN.

PUCRS Porto Alegre RS BRASIL e Instituto de Crdiologia/IC-FUC Porto Alegre RS BRASIL

Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é uma condição clínica definida pela associação de um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à hipertensao, deposição de gordura abdominal e à resistência à insulina. Estudos demonstram que tais fatores estão diretamente associados a alterações sistema nervoso autônomo (SNA). Diversos estímulos são responsáveis pelo padrão dinâmico da modulação autonômica e sua variação pode ser estimada através da avaliação da variabilidade da frequencia cardiaca (VFC), importante fator prognóstico de eventos cardiovasculares. As alterações no SNA no quadro de SM, em condição de repouso ou sob efeito de estimulação autonomica, ainda não estão bem descritas na literatura.

Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar se a síndrome metabólica (SM) altera a modulação simpatovagal em repouso e durante as manobras de ortostatismo ativo e de ventilação controlada. Materiais e Métodos: Total de 122 voluntários, entre 30 e 59 anos, foram divididos em dois grupos: controle (n=31) e síndrome metabólica (n=91). Os voluntários foram submetidos a avaliação morfométrica e coleta de sangue para análises laboratoriais. A VFC foi analisada no domínio tempo e frequência, determinadas a partir do intervalo R-R do ECG nas seguintes situações: 1) repouso;

2) ortostatismo ativo e 3) ventilação controlada. Resultados: Comparado ao grupo controle, o grupo SM apresentou menor VFC (p= 0,006), com modulações cardíacas simpática maior (p=0,03) e vagal menor (p=0,04), resultando em um balanço simpatovagal 46% maior (p=0,03), em repouso. Em relação às manobras, ambos os grupos responderam tanto no ortostatismo ativo quanto na ventilação controlada, mantendo as diferenças entre os grupos. A circunferência abdominal foi relacionada às variáveis do perfil lipídico, da resistência à insulina, da sobrecarga cardíaca, além de se correlacionar de forma inversa com VFC em repouso e após as manobras.

Conclusões: A VFC está alterada na SM. Essa alteração parece estar correlacionada à deposição central de gordura. Em relação às manobras, os grupos apresentaram respostas semelhantes, no entanto o predomínio simpático permanece na SM.

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O escore de risco de doença cardiovascular geral subestima o risco de eventos em pacientes com doença renal crônica dialítica

LUÍS HENRIQUE WOLFF GOWDAK, FLÁVIO J PAULA, LUIZ A M CESAR, JOSÉ J G LIMA.

Instituto do Coração (InCor), HCFMUSP São Paulo SP BRASIL.

Fundamento: O modelo de risco de doença cardiovascular (DCV) do Estudo de Framingham estima o risco de qualquer evento CV em atenção primária. Objetivo:

Comparar o risco de DCV predito pelo modelo com a taxa observada de eventos CV em pacientes (pt) com doença renal crônica (DRC) dialítica (estágio V), sem evidência de DCV. Métodos: 542 pt com DRC-V (53±10 anos; 58% homens; 25%

diabéticos) sem DCV foram seguidos por 5 anos. O risco de DCV foi calculado baseado na idade, sexo, presença ou não de diabetes ou tabagismo, pressão arterial sistólica, colesterol total e HDL-colesterol. Anotou-se a incidência do primeiro evento (morte CV, infarto do miocárdio, angina instável, AVC, arteriopatia periférica ou insuficiência cardíaca) em cada categoria de risco (baixo, intermediário ou alto).

Comparou-se a taxa esperada com aquela observada de eventos (teste exato de Fisher). Resultados: 70 pt (13%) tiveram evento CV. Em cada categoria de risco, a taxa observada de eventos foi significantemente maior do que a predita (P < 0,0001), especialmente nos riscos baixo e intemediário (Figura). Conclusão: Pt com DRC- Vtêm risco de eventos CV maior do que o antecipado por modelos de risco. Novos modelos de predição de risco devem incluir a função renal como fator de risco CV.

Trabalho retirado da programação científica

pelo autor.

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Proteína C-reativa de ultra-sensível é associada com mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST

ANIBAL P ABELIN, ALEXANDRE S QUADROS, DULCE I WELTER, JULIANA C SEBBEN, DELCIO B RODRIGUES, MARCIO Z BOSCO, FELIPE A BALDISSERA, GUILHERME L M BERNARDI, ROGÉRIO SARMENTO-LEITE, CARLOS A M GOTTSCHALL.

Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul/ FUC (IC/FUC) Porto Alegre RS BRASIL.

Fundamento: Poucos estudos avaliaram o valor prognóstico da proteína C-reativa ultra-sensível (PCR-US) em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST(IAM) submetidos a intervenção coronariana percutânea primária (ICPp). Objetivo: Avaliar o valor prognóstico da PCR-US no IAM na era da ICPp.

Delineamento: Coorte prospectiva. Material: Pacientes consecutivos internados com IAM no período de dezembro de 2009 a novembro de 2010 em um centro de cardiologia intervencionista de referência. Métodos: Característica clínicas, laboratoriais (incluindo PCR-US) e angiográficas foram avaliadas. Mortalidade e eventos cardiovasculares maiores (ECVM) foram os desfechos estudados.

Os valores de PCR-US foram descritos por mediana(intervalo interquartil). Os resultados foram ajustados por escores de risco dedicados (TIMI, Zwolle e PAMI).

Resultados: No período do estudo, 403 pts com resultados de PCR-US disponíveis foram avaliados, com idade média de 60.7±12.0 anos e 4.4% de pts em Killip III/

IV. ICPp foi realizada em 97.5% dos casos com taxa de sucesso de 99%. A PCR- US dos pacientes com ECVM foi 0.490(0.225-0.990), e pacientes sem ECVM apresentaram uma mediana de 0.395(0.217-0.870) (p=0.237). A mortalidade no período foi de 5.5%(22 pacientes), e pacientes que faleceram apresentaram níveis significativamente superiores de PCR-US que os sobreviventes (1.215[0.297-5.105]

vs 0.400[0.215-0.845]; p=0.004). PCR-US foi associada de maneira significativa com morte (razão de chances [RC]1.204, intervalo de confiança [IC]95% 1.085- 1.336), mesmo após ajuste multivariado para os escores TIMI(RC 1.487, IC95%

1.213-1.821), Zwolle(RC 1.266, IC95% 1.104-1.450) e PAMI(RC 1.237, IC95%

1.112-1.376). Conclusões: Em pts com IAM representativos da prática clínica diária contemporânea, a PCR-US apresentou associação com mortalidade independente de outros fatores de risco.

Ácido úrico se associa à parâmetros carotídeos hemodinâmicos mas não estruturais em pacientes hipertensos.

CIPOLLI, J A A, SAE, M C S F, MARTINS, R P, SOUZA, J R M, FRANCHINI, K G, W NADRUZ JR..

Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp Campinas SP BRASIL.

Fundamento: O ácido úrico (AU) tem sido apontado como marcador de risco cardiovascular. Entretanto, existem controvérsias se esta variável é um determinante independente de remodelamento vascular. Objetivo: O presente estudo investigou a relação entre AU e parâmetros estruturais e hemodinâmicos carotídeos em indivíduos hipertensos. Delineamento: Estudo clinico observacional transverssal.

Pacientes e Métodos: Foram estudados 330 hipertensos (207 mulheres), com idade=58,0±0,7 anos por meio de avaliação clínica e laboratorial. Exames ultrassonográficos realizados por um único examinador avaliaram a espessura íntima-média, diâmetro vascular, índices de elasticidade e tensão circunferencial da artéria carótida comum e índice de resistividade da artéria carótida interna (IRCI). Os dados foram avaliados por análise univariada e regressão linear e estão apresentados como média ± erro padrão. Foi considerado significativo p<0,05.

Resultados: Os valores de AU foram de 6,6±0,2 mg/dl para homens e de 5,4±0,1 mg/dl para mulheres. A análise univariada separada por sexo mostrou que o AU não se correlacionou com nenhuma variável carotídea em homens. Em mulheres, o AU se correlacionou apenas com o IRCI (r=0.34; p<0.0001). Regressão linear ajustada por idade, pressão arterial sistólica, índice de massa corpórea, Proteína C-Reativa e uso de diuréticos mostrou uma associação independente entre AU e IRCI (p=0,002) em mulheres. Conclusão: Esses dados sugerem que o AU é um preditor independente de variáveis hemodinâmicas carotídeas apenas em mulheres hipertensas, mas não se correlaciona com parâmetros estruturais deste vaso em pacientes de ambos os sexos.

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Associação da pressão arterial elevada com indicadores antropométricos de adultos brasileiros

ANDERSON ZAMPER ULBRICH, RENATA LABRONICI BERTIN, TIAGO PANIGAS, TALES DE CARVALHO.

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Florianópolis SC BRASIL e Núcleo de Cardiologia e Medicina do Exercício - CEFID/UDESC Florianópolis SC BRASIL

Introdução: A prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem aumentado mundialmente. Objetivo: Determinar a prevalência de HAS e sua associação com medidas antropométricas. Métodos: Estudo epidemiológico transversal avaliando 3.286 brasileiros (idade 18-60 anos) de ambos os sexos, da cidade de Curitiba-PR.

Foi determinado o índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura-estatura (RCE) (Trischler, 2003). A pressão arterial foi mensurada, sendo os indivíduos classificados em: normotensos, pré-hipertensos (Pré-HAS) e hipertensos (segundo a VI Diretriz sobre Hipertensão Arterial, 2010). Resultados: A prevalência de hipertensão foi maior entre os homens, e naqueles que se classificaram acima dos ponto de corte das variáveis antropométricas (CC; RCE; IMC) (Tabela 1). Na análise de regressão multivariada, os homens apresentaram o dobro de chance (OR: 2,38; IC95%:

1,90 – 2,98) de desenvolverem pré-HAS e hipertensão. Quando comparados aos eutróficos, os indivíduos com sobrepeso apresentaram maior chance de pré-HAS (OR 1,7 IC95%:1,36–2,73) e hipertensão (OR 1,9 IC95%:1,26–2,33), algo mais acentuado nos obesos, que apresentaram OR 1,8 (IC95%:1,16–3,07) para pré-HAS e OR 3,5 (IC95%: 2,44–5,15) para hipertensão. Conclusão: A hipertensão arterial foi mais prevalente em indivíduos com sobrepeso e, principalmente, com obesidade.

O papel do eletrocardiograma pré-operatório em pacientes hipertensos submetidos à cirurgia não cardíaca de moderado/alto risco

LAFAYETE WILLIAM F. RAMOS, ELIANE ELLY F. RAMOS, BÁRBARA CRISTINA, EDILBERTO CASTILHO, MARCELO ALVARENGA CALIL, JOÃO CARLOS SAMPAIO GÓES.

Instituto Brasileiro de Controle do Câncer São Paulo SP BRASIL e Universidade Federal de São Paulo São Paulo SP BRASIL

Proposta: O eletrocardiograma (ECG), o qual é recomendado por algumas diretrizes, é rotineiramente realizado nesses pacientes. Entretanto, o real papel do ECG nesse sub-grupo não tem sido adequadamente avaliado. O objetivo desse estudo foi determinar a importância das alterações no ECG pré-operatório de pacientes hipertensos submetidos a cirurgias não cardíacas de moderado/alto risco. Método: Duzentos e trinta e quatro pacientes (61.1 ± 11.6 anos; 90.1%

mulheres) com câncer e hipertensão como comorbidade isolada foram avaliados em um desenho prospectivo. Todos os pacientes foram submetidos à intervenção cirúrgica eletiva intracavitária com duas ou mais horas de duração. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: ECG normal (grupo I) e alterado (grupo II). Cada um desses grupos foi dividido em outros 2 grupos de acordo com o desfecho pós- operatório. A influência da idade, quimioterapia prévia e risco cirúrgico (ASA) sobre as alterações eletrocardiográficas foi avaliada. O papel da idade, quimioterapia prévia, risco, tipo de anestesia, e tempo de cirurgia sobre o desfecho também foi avaliado. Desfecho adverso foi considerado qualquer complicação que aumentasse o tempo de internação previsto para o procedimento ou morte. Resultados: O tempo médio de cirurgia foi 3.20 ± 1.69 horas. Dos 234 pacientes, 182 (77.7%) tinham ECG normal (grupo I) e 52 (22.2%) tinham ECG alterado (grupo II). Seis pacientes (3.3%; IC 0.7 - 5.89) do grupo I e três pacientes (5.8%; IC 0.00 - 12.11) do grupo II tiveram desfechos desfavoráveis (p=0.420). A idade (59.8 anos;IC 58.2 - 61.4 x 65.8 anos; IC 62.4 - 69.2; p=0.001) e o risco cirúrgico (11.4%;IC 65 - 16.1 x 49.3%;

IC 37.2 - 61.2; p<0.001) estavam associados à anormalidades eletrocardiográficas.

O tempo cirúrgico (3.10h; IC 2.88 - 3.30 x 5.78; IC 4.48 - 7.07; p<0.001) foi a única variável que influenciou o desfecho. Conclusão: Os resultados demonstraram que anormalidades eletrocardiográficas nessa população não são desprezíveis, porém essas anormalidades não tiveram qualquer impacto sobre o desfecho pós-operatório.

TEMAS LIVRES - 17/09/2011

ApRESEnTAção oRAL

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