R E U N I Õ E S C I E N T Í F I C A S
A S S O C I A Ç Ã O P A U L I S T A D E M E D I C I N A S E C Ç Ã O D E N E U R O - P S I Q U I A T R I A
PRESIDENTE: DR. PAULO PINTO PUPO Sessão extraordinária — 21 julho 1944
Crítica a um processo apresentado como profilático dos acidentes secundários à punção lombar. Drs João Baptista dos Reis e Orestes Barini.
O s A A . descrevem os acidentes secundários à punção lombar, sua fre-qüência, e expõem as hipóteses que aceitam como explicativas de sua pato-gênese. Após mencionar um processo proposto por Benedek e Thursó, expõem aquele que foi apresentado por S. A . Moura nos ''Arquivos do Serviço Nacional de Doenças Mentais" segundo o qual os acidentes pós-puncionais seriam evitados por meio de uma injeção subcutânea de 2 c.c. de líquor do próprio paciente, por se restabelecer a pressão liquórica em 3 minutos, de modo a tornar a punção lombar própria para pacientes de am-bulatório. Tendo obtido resultados negativos, com este processo, em pa-cientes do Ambulatório de Neurologia da Escola Paulista de Medicina (Ser-viço do Prof. Paulino W . L o n g o ) , os A A . resolveram repetir as experiên-cias desse autor. Depois de um estudo crítico preliminar ao trabalho ci-tado, os A A . expõem os resultados obtidos em suas observações, feitas em pacientes hospitalizados na 1.*, Enfermaria do Hospital Militar da Força Policial. Concluem pela não-interferência da injeção subcutânea de 2 c.c. de liqüido céfalo-raquidiano sobre a variação normal da pressão liquórica após a extração do liqüido. São apresentados protocolos e gráficos referentes à variação liquórica durante 15 minutos, em 22 pacientes observados.
Tratamento da paralisia infantil pelo método de Kenny (documentação cine-matográfica). Dra. Maria Elisa Bierrembach Khuory.
Osteartropatia hipertrofiante pnêumica de Pierre Marte e neurofibromatose de Recklinghausen (com apresentação do doente). Drs. Nelson de Souza Campos e
Oswaldo Freitas Julião.
Este trabalho será publicado, na íntegra, no próximo número desta re-vista.
Sessão ordinária — 7 agosto 1944
Síndrome de Wallenberg. A propósito de três casos — Drs. Oswaldo Freitas Julião e Roberto Melaragno Filho.
Este trabalho está publicado, na íntegra, no presente número desta re-vista.
Este trabalho está publicado, na íntegra, no presente número desta re-vista.
Acidentes mecânicos da convulsoterapia. Drs. Celso Pereira da Silva e Paulo Ferreira de Barros.
Os autores reúnem todos os casos de acidentes mecânicos da convul-soterapia ocorridos no Hospital de Juqueri, num período de 5 5 meses, isto é, desde maio de 1 9 3 8 , época em que registraram o primeiro caso de fratura, até dezembro de 1 9 4 2 . Estudam apenas os casos que demandaram o con-curso do serviço de radiologia para a sua elucidação, de modo que, na ca-suística apresentada, estão naturalmente excluídas muitas luxações reduzi-das pelo próprio médico assistente sem necessidade de controle radiológico.
E m 1 . 8 4 3 pacientes submetidos ao tratamento convulsivante, dos quais 1 . 5 0 0 tratados pelo cardiazol e 3 4 3 pelo eletrochoque, registraram os se-guintes acidentes:
C A R D I A Z O L E L E T R O C H O Q U E T O T A L Fratura do colo anatômico dos 2 fémures 3 0 3 Fratura petrocanteriano do colo do fémur 1 1 2
Fratura do ramo horizontal do púbis . . . 1 0 1 Fratura do colo anatômico do úmero . . . 1 0 1 Fratura cominutiva do colo do úmero com
l u x a ç ã o da articulação
escápulo-umeral 1 0 1 Fratura da clavícula 1 0 1 Fratura cominutiva da omoplata 1 0 1 Fratura do acrômio 0 1 1 Fratura por compressão da coluna
ver-tebral 3 1 4
Luxação da articulação escápulo-umeral . 1 0 1
TOTAL 1 3 3 1 6 Estudam a freqüência dos acidentes ostearticulares da convulsoterapia em diversas secções do Hospital de Juqueri, comparando os dados obtidos com as estatísticas de diversos autores. Passam, em seguida, a examinar os vários fatores que concorrem para a produção dos acidentes, analisando a importância que exercem em sua gênese a resistência do esqueleto, o grau de desenvolvimento muscular, a intensidade áas crises convulsivas e os sis-temas de contenção. Detêm-se no estudo dos diferentes acidentes obser-vados, particularmente nas fraturas da coluna vertebral.
por alguns autores norte-americanos, não mostraram maior gravidade. 6. — Para prevenção dos acidentes mecânicos, é suficiente uma contenção ade-quada, feita por auxiliares competentes.
Sessão ordinária — 5 setembro 194-i
Orientação Diagnostica e Terapêutica para os casos de Hipertireoidismo frusto (Conferência). Dr. Álvaro Marcondes da Silva.
O A. chama a atenção para a importância, em endocrinologia humana, dos assim chamados casos de tireotoxicose de grau leve ou de hipertireoidismo frusto; importância essa que decorre da freqüência com que esses casos são encontrados na clínica e da dificuldade de diagnóstico neles realmente exis-tente. Os casos de tireotoxicose manifesta não foram considerados de maior interesse, nesta comunicação, por serem de diagnóstico relativamente fácil.
lugol durante no mínimo 10 dias, e de uma terceira, após ter interrompido o uso dessa solução de iodo por um número igual de dias. A execução deste terceiro exame é geralmente indispensável para se poder afastar os casos de pessoas sem tireotoxicose em que, devido a uma simples tensão nervosa, o metabolismo estava aumentado na primeira determinação e, por efeito de adaptação e treino, mais baixo na segunda, independentemente da ação do iodo. Nesses casos, uma terceira determinação, após ter-se interrompido a ingestão dessa substância, não revelará aumento em relação à segunda, como nos casos de tireotoxicose, podendo mesmo, se uma nova adaptação e treino entrar em jogo, dar um resultado ainda mais baixo. Chama a atenção para os cuidados que deverão ser tomados na execução das determinações de metabolismo basal, ^onde pequenas distrações poderão produzir resultados verdadeiramente anômalos; esses cuidados deverão, com maior razão, ser ri-gorosamente observados na verificação da influência do iodo sobre o me-tabolismo, pois em geral, as variações observadas nos casos de leve tireoto-xicose, não são muito grandes. Lembra ainda que, quanto mais velho o paciente, e quanto mais baixo o seu nível inicial de metabolismo, tanto menos nítida é a resposta supracitada. Essa resposta é também de menor intensidade nos casos de bócio nodular. Em relação à terapêutica dos casos de hipertireoidismo de grau leve, estuda a possibilidade do emprego apenas do iodo, como meio de baixar o nível da tireotoxicose e assim permitir, pelo afastamento de outras causas, que o paciente venha a ficar curado; estuda também o emprego dos raios X nos casos rebeldes ou que de inicio apresentam um grau mais acentuado de hiperfunção da glândula tireóide ou ainda cm que se queira obter, um resultado mais imediato. A possibilidade cirúrgica também é analisada.
Tratamento cirúrgico-ortopédico da vião em garra por paralisia dos inter ósseos e lombricais (com documentação cinematográfica). Dr. Orlando Graner.
Este trabalho será publicado, na íntegra, no próximo número desta revista.
Sessão ordinária — 5 outubro 1944
Narcoanálise (Nota prévia). Drs. Fernando de Oliveira Bastos e Joy Arruda. Este trabalho está publicado, na íntegra, no presente número desta revista.
Tumor da fossa posterior com sintomatologia atípica. Estudo anátorno-clínico de um caso. Drs. Paulo Pinto Pupo e José Vitor Dourado.
Este trabalho será publicado, na íntegra, no próximo número desta revista.
Epilepsia e tratamento insulínico no diabete. Considerações a propósito de dois casos. Dr. Maurício Levy Júnior.