• Nenhum resultado encontrado

Prof. Arthur Leone Aula 01. Sped Contábil e Fiscal. Aula 01 SPED Contábil e Fiscal. ISS RJ Prof. Arthur Leone. 1 de 70

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Prof. Arthur Leone Aula 01. Sped Contábil e Fiscal. Aula 01 SPED Contábil e Fiscal. ISS RJ Prof. Arthur Leone. 1 de 70"

Copied!
70
0
0

Texto

(1)

1 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Aula 01 – SPED Contábil e Fiscal

ISS RJ

Prof. Arthur Leone

(2)

2 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Sumário

SUMÁRIO ...2

APRESENTAÇÃO ... 3

COMO ESTE CURSO ESTÁ ORGANIZADO... 4

NOÇÕES DO PROJETO SPED ... 4

DOS DOCUMENTOS ELETRÔNICOS ... 12

NF-E ... 12

DANFE ... 17

CT-E ... 18

DACTE ... 18

MDF-E ... 18

NFC-E ... 19

NFS-E ... 20

RECIBO PROVISÓRIO DE SERVIÇOS (RPS) ... 21

COMPARAÇÃO NF-E X NFS-E ... 23

ECF - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL ... 24

ECD - ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL ... 26

AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS ... 29

PRAZO DE ENTREGA DA ECD ... 30

NOÇÕES DA ESTRUTURA DA ECD ... 32

PLANO DE CONTAS ... 32

Subcontas - Conta pai e “filho” ... 34

NOTAS EXPLICATIVAS ... 34

QUESTÕES COMENTADAS ... 35

LISTA DE QUESTÕES ... 53

GABARITO ...64

RESUMO ... 65

(3)

3 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Apresentação

Olá prezado (a) amigo (a). Seja bem-vindo(a) ao nosso curso SPED Fiscal e contábil para o concurso da ISS RJ. Sou o prof. Arthur Leone e sou responsável pela disciplina Legislação tributária federal e um dos responsáveis pela disciplina Auditoria, aqui na Direção Concursos. Para aqueles que ainda não me conhecem, além de ministrar aulas sobre as referidas disciplinas há um bom tempo, possuo formação em ciências contábeis e atuo há mais de 15 anos como Auditor Fiscal da Receita Federal.

Em minha trajetória na RFB, sempre atuei na auditoria direta dos tributos internos (IRPF, IRPJ, CSL, IPI e PIS/COFINS) o que faz da legislação tributária e das práticas auditoriais, contábeis e fiscais um ofício quase que diário. Conte comigo para simplifica-las e compreende-las.

Além de lecionar aqui na Direção Concursos, também sou autor na Editora Ferreira, onde publiquei duas obras: Auditoria para concursos, 2ª edição 2018 e Legislação Tributária Federal

Descomplicada, esta última, em conjunto com o prof. George Firmino.

Fico feliz que tenha escolhido o nosso curso para sua preparação ao concursos do ISS RJ. Ao longo da nossa primeira aula, você poderá observar a forma com a qual costumamos passar a disciplina, estimulando a sua forma de pensar sobre a legislação para que você seja capaz de reconhecer situações em tese sem se limitar apenas ao velho decoreba.

Neste material você terá:

profarthurleone

Arthur Leone

Curso completo em VÍDEO

teoria e exercícios resolvidos sobre TODOS os pontos do edital

Curso completo escrito (PDF)

teoria e MAIS exercícios resolvidos sobre TODOS os pontos do edital

Fórum de dúvidas

para você sanar suas dúvidas DIRETAMENTE conosco sempre que precisar

(4)

4 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Como este curso está organizado

Neste curso veremos SPED contábil e fiscal, também chamado de ECD/ECF. O assunto tem sido inserido nos concursos fiscais, por se tratar da nova sistemática de escrituração contábil e fiscal implementada nos últimos anos. Assim, ainda que o assunto não estivesse presente no último edital do ISS-RJ, havia um motivo para tal: a sistemática ainda não existia. Como os tempos mudaram, certamente o SPED será cobrado no ISS RJ, de modo que já preparamos o material. O curso é apresentado em uma aula mais a aula demonstrativa.

Noções do projeto SPED

A ECF e a ECD, que também são chamadas de SPED fiscal e SPED contábil, são formas digitais de cumprimento das obrigações acessórias. Trata-se de mudança de paradigma, já que tudo que se fazia na forma de papel e mediante livros físicos, agora é feito num ambiente digital e estão contidos em um projeto maior, chamado SPED (Sistema Público de escrituração digital)

Didaticamente, podemos dividir em três aspectos o estudo do ambiente SPED e também sua cobrança em provas:

Iremos trabalhar os aspectos 1 e 2. Aspectos relacionados à TI, não são apropriados para serem cobrados em provas de direito tributário ou legislação tributária. Normalmente, quando há, no concurso, uma especialização na área de TI, o aspecto 3 é abordado. Do aspecto 3, Iremos trabalhar apenas uma noção de preenchimento, mas com enfoque contábil ou fiscal.

Vamos esmiuçar a sistemática do SPED, mas antes de tudo, vamos assimilar a ideia contida do projeto SPED, sem compromisso com a legislação.

Com a ideia na cabeça, já daria para responder algumas questões mesmo sem estudar o SPED...

1-Aspectos subjetivos

-Melhorias -Redução da

burocracia

-Vantagens -Benefícios

2-Aspectos legais/contábeis

e fiscais

-Documentos e livros -Valor jurídico

-Obrigatoriedade -Obrigação acessória

-Aspectos contábeis -Aspectos fiscais

3-Aspectos de TI

Preenchimento e envio, webservice

Layout de arquivos, arquitetura de

comunicação

(5)

5 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Veja... Quando uma empresa elaborava seu diário e seu razão contábil, por exemplo, era necessário autentica-los na junta comercial. A partir daí, estavam os ditos demonstrativos registrados.

Atualmente, grosso modo, os demonstrativos são transmitidos via internet a uma base pública, o SPED. A partir deste envio, cumpre-se a formalidade de envio e registro do documento. Ainda detalharemos esse conceito ao longo curso; mas, por enquanto, guarde essa ideia: tudo que fazíamos no papel, agora é digital. Assim como na contabilidade, a parte fiscal recebia o mesmo tratamento. Notas fiscais eram emitidas com papel e caneta, e depois, todo o talonário de notas era registrado uma a uma. Então, nós tínhamos tudo, parte fiscal e contábil, na forma “analógica”, variando do papel e caneta, ou ainda que de forma informatizada, mas sem qualquer integração, isto é: mesmo apoiado em sistemas informatizados, tudo precisava ser impresso, encadernado, autenticado etc.

Para refinar esse conceito, veja a definição formal do ambiente SPED

DECRETO 6022/07:

Art. 1o Fica instituído o Sistema Público de Escrituração Digital - Sped.

Art. 2o O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, mediante fluxo único, computadorizado, de informações. (Redação dada pelo Decreto nº 7.979, de 2013)

Note que o decreto menciona genericamente “livros” contábeis e fiscais. Temos assim, uma “espécie” de receptor comum (unificação) para um grande conjunto de livros eletrônicos. Pense no SPED como uma grande repartição pública virtual que reúne atividades de Junta Comercial, repartição fiscal dos vários entes simultaneamente e outros órgãos de controle, tudo isso de forma virtual, eletrônica. Inclusive, há previsão explícita no decreto, quanto a essa função de registro:

Art. 7o O Sped manterá, ainda, funcionalidades de uso exclusivo dos órgãos de registro para as atividades de autenticação de livros mercantis

Percebeu? Isso significa que toda aquela papelada relativa ao registro de um livro comercial, todos os carimbos da junta comercial, lavratura de termo de abertura e encerramento dos volumes e outros, serão feitos no ambiente SPED. O envio eletrônico dos documentos para o ambiente e o consequente “recibo de entrega”

digital equivalem aos registros legais decorrentes.

Ainda nesta ideia do SPED como um “grande órgão” público de registro, fiscal e de controle... Vamos voltar no tempo apenas 5 anos, para demonstrar. Quero que tenham essa ideia em mente, pois embora a maior parte das questões sobre o SPED/ECF/ECD versem sobre textos legais, temos algumas que avançam em questões subjetivas, como aquelas que tratam dos ganhos na implementação do SPED, quais as vantagens para o Fisco e para as empresas etc.

(6)

6 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Até 2014, ainda tínhamos os livros em papel para algumas empresas, apesar de que, para as maiores já havia a obrigação digital desde mais cedo. Veja que não é um passado distante, foi logo ali, 5 ou 6 anos atrás que tudo mudou!

Imagine o contador que levantou o balanço no fim de ano, efetuou o registro no livro de ICMS/ISS de todas as notas fiscais constantes em diversos talonários de papel, alguns ilegíveis, alguns não encontrados etc.;

transcreveu o resultado do exercício apurado na DRE para o livro do lucro real -LALUR; enviou informações para CVM, no caso de uma S/A e por aí vai...

Veja que é um cenário “primitivo”, embora estejamos falando de poucos anos atrás.

A partir daí... A empresa deveria providenciar o registro de sua contabilidade na Junta Comercial, com a autenticação dos livros para que passem a ser “oficiais” em cumprimento da legislação comercial. Ela precisava imprimir (literalmente) seu diário, razão etc., encaderná-los em uma gráfica fazendo constar nas páginas inicial e final do livro, um termo de abertura e de encerramento, para “garantir” que o miolo do livro não seja modificado, com substituição de páginas e etc. Além da parte “contábil”, deveria prestar contas ao Fisco relativamente a “parte fiscal” preenchendo declarações, escriturando livros diversos, em alguns casos sobrepostos.

Agora imagine que os Fiscos estadual, municipal e a Receita Federal resolveram fiscalizar esse contribuinte no mesmo mês. Os três auditores solicitaram o livro razão... a empresa teria que apresentar o livro “três vezes”, uma vez para cada auditor, afinal, o livro é físico e não há compartilhamento. Com não bastasse isso, ainda para ilustrar esse cenário primitivo, em alguns casos, alguns livros eram elaborados com papel e caneta literalmente.

O que muda?

Agora, além da ECD, que é a contabilidade, temos a ECF/EFD, que compreendem a escrituração fiscal. Tudo isso digital e integrado, e disponível para a fazenda pública em tempo real. Quando nos referimos a “escrituração fiscal”, estamos nos referindo a “toda” escrituração fiscal disponível no ambiente SPED. Esse destaque é importante, pois a primeira escrituração fiscal que surgiu foi a ECF (escrituração contábil fiscal) contemplando os dados econômico fiscais das empresas, incluindo a apuração do imposto de renda. As demais escriturações fiscais receberam “letras” diferentes. Ao invés de ECF (escrituração contábil fiscal), o nome é EFD (escrituração fiscal digital). Deste modo, quando dizemos “sped fiscal” ou “escrituração fiscal” estamos tratando de um gênero no qual estão contidos as escriturações propriamente ditas.

Retomando o raciocínio...

Antes, por exemplo, era comum, por erro ou má fé, informações divergentes nas diversas obrigações acessórias prestadas pelo contribuinte. O contribuinte declarava para a SEFAZ municipal, hipoteticamente, uma receita de R$1000, mas, na Declaração de imposto de renda para receita federal declarava R$800, enquanto que na contabilidade a conta de receita era R$ 1200,00. Isso era possível, pois fazer tais cruzamentos de dados não era apoiado por sistemas informatizados adequados em alguns casos, especialmente para aquelas SEFAZ de municípios menores. Hoje, seria muito difícil criar tal realidade, pois é tudo integrado. A Receita na contabilidade digital deve “bater” com as saídas na escrituração do ICMS, que deve “bater” com a nota fiscal eletrônica e assim sucessivamente. É uma cadeia interligada onde os “livros” e documentos serão emitidos em forma eletrônica e sempre “puxando” certos saldos já declarados pelo contribuinte em outras escriturações. Por exemplo: alguns saldos da ECD são carregados automaticamente a partir do que já fora declarado na ECD, de modo que não seria possível informar dois valores divergentes em certos casos.

Algumas questões de prova abordam os objetivos e vantagens do SPED. Embora possamos concluir razoavelmente sobre suas vantagens e, até mesmo os objetivos, é preciso ter cuidado para não confundir

(7)

7 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

objetivos x vantagens, na visão “oficial” do SPED. Vamos consolidar esses dois temas. São três os objetivos do SPED:

Com esse enfoque, vamos responder uma questão

CESGRANRIO- Transpetro - Contador Júnior-2012

No entendimento da Secretaria da Receita Federal, o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo, assim, a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital. Dentre outros objetivos do Sped, a Secretaria da Receita Federal cita a melhoria do controle dos processos, visando, com ela, a

A. compartilhar as informações contábeis entre os fiscos.

B. melhorar o fluxo de informações do fisco com os contribuintes.

C. promover a integração dos fiscos.

D. tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários.

E. uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes.

Resolução:

Letra A – Errado. Está relacionado ao objetivo “integração dos Fiscos”

Letra B – Errado. Está relacionado ao objetivo “racionalização das obrigações”

Letra C - Errado. É um dos objetivos, a “integração dos fiscos”, mas seu alcance está relacionado ao compartilhamento de informações e padronização das obrigações.

Letra D – Certo. É um dos três objetivos do SPED.

Letra E – Errado. É um dos objetivos, mas não tem relação com os controles do processo.

Resposta: D

Bom, já podemos concluir que o SPED gera grande ganho em termos de transparência para os fiscos e também em facilitação para o empresário. Além desses aspectos, equivale ao registro da contabilidade na junta

Objetivos do SPED

Integração dos Fiscos

Mediante compartilhamento/

padronização

Racionalizar/uniformizar obrigações acessárias

Mediante obrigação acessória única

Tornar célere identificão de ilícitos tributários

rapidez no acesso/cruzamento

de dados/ controle processos

(8)

8 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Comercial e substitui o cumprimento de diversas obrigações acessórias de caráter fiscal. Reduz, inclusive, a visita do auditor fiscal nas dependências da empresa.

Com esse ambiente de registro virtual crescendo, evidentemente, para que essas transações virtuais tenham segurança e mereçam fé e validade jurídica, haverá uma série de requisitos de segurança para validação de arquivos e assinatura. Para isso, é exigido certificado digital e, claro, depois, de “enviar” os documentos, só em raríssimas exceções é possível substituir o arquivo digital ( no caso da ECD).

Para fechar, podemos concluir, como o próprio portal do SPED o descreve, que o mesmo consiste na..

modernização da sistemática das obrigações acessórias, transmitidas por contribuintes às Administrações tributárias.

A vida “virtual” das empresas...

Dec. 6022/07

2o (...) não dispensa o empresário e as pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas, de manter sob sua guarda e responsabilidade os livros e documentos na forma e prazos previstos na legislação aplicável.

Note que o fato de transmitir as demonstrações contábeis para o ambiente SPED onde serão arquivadas como se fosse em um órgão de registro, não escusa a empresa de providenciar a guarda dos documentos que fundamentam os lançamentos contábeis e fiscais. A transmissão dos dados não transfere a guarda dos documentos ao ambiente SPED e a empresa deve manter tais arquivos em seu poder, por exemplo: o arquivo de notas fiscais no formato eletrônico XML deve ser mantido.

Vejamos mais um aspecto... Imagine que um auditor fiscal deseja analisar a DRE do contribuinte. O próprio auditor, poderá “ir” no ambiente SPED e buscar essa demonstração. Como estamos tratando de um arquivo em

“nuvem”, o termo que normalmente se utilizar é “baixar”, uma referência ao download de arquivo. Então, o auditor

“baixa” a ECD para visualizar a DRE da empresa. O próprio auditor poderia “baixar” as notas fiscais eletrônicas emitidas para confrontar com os valores da receita. O fato de “quase” tudo está arquivado no SPED, não elimina a obrigação da empresa em apresentar os documentos relativos a uma transação qualquer, como por exemplo, um contrato, uma fatura, além do próprio arquivo eletrônico para eventual recomposição etc.

Já percebemos que o SPED é o receptor de grande volume de informações contábeis e fiscais. E isso não se limita aos livros fiscais e contábeis. Temos uma grande base de dados incorporadas no SPED, são os subprojetos.

Temos, portanto, um “projetão”, o SPED, e vários “projetinhos” dentro dele.

(9)

9 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Veja que é informação demais! Tudo isso numa única base de dados, o SPED. Tem tributo estadual, federal, tem nota fiscal, tem demonstração contábil etc.

Você já consegue perceber quem serão os usuários dessas informações?

São eles:

Decreto 6022

Art. 3o São usuários do Sped:

I - a Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda;

II - as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal; e

III - os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas.

§ 1o Os usuários de que trata o caput, no âmbito de suas respectivas competências, deverão estabelecer a obrigatoriedade, periodicidade e prazos de apresentação dos livros e documentos, por eles exigidos, por intermédio do Sped.

§ 2o Os atos administrativos expedidos em observância ao disposto no § 1º deverão ser implementados no Sped concomitantemente com a entrada em vigor desses atos.

§ 3o O disposto no § 1o não exclui a competência dos usuários ali mencionados de exigir, a qualquer tempo, informações adicionais necessárias ao desempenho de suas atribuições.

Esquematizando:

SPED

ECD

ECF

EFD ICMS

IPI

EFD- Reinf

EFD Contribuições

NF-e NFS-e

NFC-e CT-e

MDF-e e- social

e- financeira

(10)

10 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Para não depender de textos legais para acertar uma questão, é possível perceber certa coerência...

Os Fiscos surgem naturalmente como usuários primários do SPED. Mas é preciso saber que o SPED veio para simplificar, então todos os órgãos de fiscalização, controle que possuem jurisdição sobre o fato, acabam também se beneficiando e compartilhando informações.

Os usuários mencionados, no âmbito de suas respectivas competências, deverão estabelecer a obrigatoriedade, periodicidade e prazos de apresentação dos livros e documentos, por eles exigidos, por intermédio do Sped ou informações adicionais. Claro, não? Não faz sentido uma exigência no âmbito do ICMS ser regulada pelo município, por exemplo; ou ainda, a RFB fixar certas obrigações relativas aos jurisdicionados ao BACEN.

Já dá para perceber que temos um compartilhamento de informações, não é? A mesma informação que a RFB tem acesso, é compartilhada com a fiscalização do ICMS e do ISS, no limite de suas competências. É essa a ideia central do SPED. Logo, tais entidades também terão acesso às informações do contribuinte através do ambiente SPED.

Mas não é só o Fisco que tem acesso às informações. Órgãos como BACEN, Departamento de registro Nacional e CVM também, afinal tem jurisdição sobre certos atos controlados neste ambiente.

E o próprio contribuinte? Será que ele também tem acesso às informações do SPED? Naturalmente, entretanto o acesso é restrito às suas próprias informações. Não poderia ser diferente, já que temos o sigilo fiscal e comercial envolvidos.

Quem administra o SPED?

Essa é uma pergunta interessante, pois, apesar de haver o compartilhamento das informações entre fazenda estadual, municipal, federal e DF, a administração do SPED cabe à RFB, que poderá solicitar a participação dos demais entes e poderá, inclusive, solicitar participação de representantes dos empresários, das PJ, inclusive imunes ou isentas, entidades da classe contábil.

Agora você deve estar pensando...Temos uma infinidade de empresas, as grandes, as pequenas, de ramos diversos, do comercio, de serviços, indústria, tem o Fisco municipal, o federal, o estadual etc.

Uns apuram ISS, outros ICMS, todos o IRPJ! Uns movimentam R$100 mil, outros R$ 100 milhões.

Como agradar a todos?

SPED

SEFAZ estados/DF

órgão federais de registro, fiscalização do

empresário e PJ

RFB

SEFAZ municipio

(11)

11 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Bom, o projeto SPED é dividido em subprojetos. Dentro dele temos a EFD IPI/ICMS, por exemplo, para atender os contribuintes do IPI/ICMS, a EFD Contribuições para o PIS/COFINS e muitos outros. Temos também o SPED contábil, para apresentar a contabilidade da empresa e por aí vai.

E aí já cabe outra pergunta: como reproduzir a contabilidade, que é algo particular, através de um sistema

“padrão”, já que as empresas são diferentes? Bom, é utilizado um plano de contas padrão. Assim, as contas da empresa são “amarradas” ao seu equivalente no plano de contas padrão. Por exemplo: digamos que no plano de contas da empresa, exista uma conta chamada “venda de canetas”. Essa conta, de nome peculiar, será vinculada a uma conta padrão no SPED, digamos “Receita de venda de mercadorias”. Saímos do particular e vinculamos a uma conta que conste no padrão do SPED. Isso não modifica a contabilidade da empresa, apenas sinaliza que a conta “venda de canetas” é na sua essência, nada mais além do que “Receita de venda de mercadorias”.

Voltando aos usuários...

Vejamos como os usuários do SPED já apareceram...

EMATER-MG- Assistente Técnico I - Ciências Contábeis-2018

Dentre os objetivos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), está a promoção da integração dos fiscos, mediante a padronização e o compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais. Avalie quem são os usuários do SPED, de acordo com o Decreto 6.022, de 22 de janeiro de 2007, que o instituiu.

I. A Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda.

II. As administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal.

III. As entidades de classe empresariais, representativas dos setores industrial, comercial e de serviços, desde que devidamente registradas e autorizadas pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda.

IV. Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normatização, controle e fiscalização dos empresários e das pessoas jurídicas, inclusive imunes ou isentas.

V. Os poderes judiciários Estadual e Federal, através dos Tribunais de Justiça Estaduais e Tribunais Regionais Federais, respectivamente, exclusivamente para fins de instrução de processos de execução fiscal movidos pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados e pelos Municípios.

Está correto apenas o que se afirma em A. IV e V.

B. III e IV.

C. I, II e IV.

D. I, II, III e V.

Resolução: Questão em cima do art. 3º do Dec. 6022 reproduzido acima.

Resposta: C

(12)

12 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Dos documentos eletrônicos

Pela sua grande abrangência, não restrita apenas no âmbito empresarial, os documentos fiscais eletrônicos são, talvez, aqueles que apresentam o maior impacto na sociedade. Afinal, a nota fiscal eletrônica é uma realidade!

No SPED, temos diversos módulos de documentos eletrônicos. Os principais são a já tradicional nota fiscal eletrônica (NF-e), a nota fiscal ao consumidor (NFC-e) e a nota fiscal de serviço(NFS-e) dentre outros.

Nós já vimos que a RFB tem uma posição de liderança no projeto SPED, mas se tratando de notas fiscais, e conhecimento de transporte, seria impossível conduzir o projeto sem a presença dos estados, principal interessado na circulação de mercadorias. O projeto é, assim, desenvolvido pelo ENCAT – Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais além da RFB. No caso da NFS-e, teremos a participação da associação das secretarias de fazenda municipais, em razão do natural interesse do ISS.

NF-e

Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica como sendo um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes.

Perceba o detalhe: “de existência apenas digital”. Logo, não existe nota fiscal em “papel”.

A validade jurídica da NF-e é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e a Autorização de uso fornecida pelo Fisco, antes da ocorrência do fato gerador. A Assinatura digital, além de dar autenticidade ao documento, garante que quem o emitiu fora, de fato, o contribuinte. Não há espaço para o repúdio do documento com alegações do tipo: “não fui eu que emiti”.

Como nosso objetivo é sair do senso comum, vamos afastar mitos sobre a NF-e. Afinal, nosso objetivo não pode se limitar àquele conhecimento genérico sobre o que o que o “consumidor” “pensa” ser a NF-e. A NF-e é, na verdade, um documento apenas digital, é um arquivo “XML”. Após sua emissão eletrônica, é recepcionado e arquivado pelo Fisco, no ambiente SPED.

As vantagens são evidentes não é mesmo? Saímos do papel, em que a fraude corria solta, para um documento digital que, uma vez arquivado, a possibilidade de manipulação se torna remota.

Pense nas fraudes grosseiras que ocorriam com a NF em papel...

Era possível preencher uma nota fiscal com um valor na 1ª via e valor diferente na 2ª via, bastava colocar um pedaço de papelão entre uma via e outra, para o papel carbono não marcar as vias abaixo da original (meninada nova nem sabe o que é papel carbono hehe). Era possível manter 2 talões de NF, um “oficial” e outro só para entregar ao adquirente etc.

Com base neste cenário e sintetizando, podemos concluir pelas seguintes vantagens da NF-e:

- reduz sonegação

- documento se torna mais confiável - auxilia a fiscalização

- eficiência (menos papel) e tempestividade (rapidez na disponibilização da informação).

- compartilhamento de informações entre os Fiscos

(13)

13 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Embora sejam intuitivas essas vantagens, já que decorrem naturalmente de um processo de informatização e automação, algumas questões de prova resolveram questionar sobre o tema. Isso exige que conheçamos a “visão oficial” do SPED sobre a NF-e, para nos acostumarmos com as expressões e literalidades. Por exemplo, é feito referência a redução do “custo Brasil” como um dos benefícios. Embora você já consiga perceber a redução da burocracia, das obrigações, dos custos etc., é bom se acostumar com o vocabulário utilizado. Todas essas mazelas da burocracia brasileira são referenciadas como “custo Brasil” no portal SPED. Contudo, de um modo geral, não é preciso decorar, pois as mudanças são muito semelhantes às mudanças na sua vida quando você migra suas anotações pessoais de compromissos e telefones, por exemplo, de um caderninho de papel para seu smartfone.

O caderninho você pode perder, pode molhar etc. Já os dados do seu smartfone podem ser trabalhados eletronicamente, você poderia transformar em PDF, em planilha, em arquivo “txt” para manipula-los, filtra-los etc.

Além disso, pode arquiva-los em “nuvem”, de modo que se perder o celular, você ainda consegue recuperar os dados. Veja que mutatis mutanti, você já sabe tudo sobre suas vantagens, mas vejamos como “pensa” o projeto SPED:

Benefícios Esperados

O Projeto NF-e instituiu mudanças significativas no processo de emissão e gestão das informações fiscais, trazendo grandes benefícios para os contribuintes e as administrações tributárias, conforme descrito a seguir:

Benefícios para as Administrações Tributárias:

▪ Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;

▪ Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações entre os fiscos;

▪ Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito;

▪ Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação;

▪ Suporte aos projetos SPED Benefícios para a Sociedade:

▪ Redução do consumo de papel, com impacto positivo no meio ambiente;

▪ Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;

▪ Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;

▪ Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de serviços ligados à Nota Fiscal Eletrônica.

Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e):

▪ Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias;

▪ Planejamento de logística de entrega pela recepção antecipada da informação da NF-e;

▪ Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais;

▪ Incentivo ao uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores (B2B);

Benefícios para o Contribuinte Vendedor( Emissor de NF-e):

▪ Redução de custos de impressão;

▪ Redução de custos de aquisição de papel;

▪ Redução de custos de envio do documento fiscal;

(14)

14 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

▪ Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;

▪ Dispensa da autorização de impressão de NF (em papel).

▪ Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira;

▪ Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2B);

Qualquer um pode emitir a NF-e?

Evidente que para ser confiável o processo, não poderia ser algo aleatório. Do mesmo modo que na “época” da nota fiscal em papel, em que eram necessárias as devidas autorização para impressão dos talonários de NF, é preciso que esteja autorizado pela SEFAZ estadual.

Atenção: A NF-e é um documento para acobertar, normalmente, as operações entre PJ. Não estamos tratando aqui, ainda, da nota fiscal ao consumidor, a que você normalmente é emitida quando você adquire uma mercadoria ou produto. Vamos conhecer, em breve, esses documentos. Em casos excepcionais, a NF-e é utilizada para pessoa física, como no caso em que o contribuinte vende para outro estado.

Vamos descrever o processo...

O emissor gera o arquivo eletrônico da NF-e contendo as informações fiscais da operação comercial. É claro que isso não pode ser feito por qualquer um, não é? Deve ser feito mediante certificado digital (essa é uma exigência de todo dado enviado para o SPED), de maneira a garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. Há algumas questões de prova sobre esse aspecto: a assinatura digital garante a autoria, autenticidade, integridade e validade jurídica do documento digital.

Retomando o fluxo do documento...

Este arquivo eletrônico XML gerado, que nada mais é do que a NF-e, é transmitido para... Sabe quem? Você já tem massa crítica para responder, não precisa decorar...

Quem é o principal interessado na NF-e?

O Estado, por conta da circulação de mercadorias. Logo, a NF-e é transmitida para a SEFAZ estadual que valida o arquivo e devolve um protocolo (Autorização de Uso), sem o qual não poderá haver o trânsito da mercadoria.

Nós já vimos que sempre tem a RFB por trás, mesmo quando se trata de NF-e (interesse primário do estado) ou NFS-e (interesse primário do município). Assim, a NF-e é também será transmitida para a Receita Federal, que será repositório nacional de todas as NF-e emitidas (Ambiente Nacional) e, no caso de operação interestadual, para a Secretaria de Fazenda de destino da operação e Suframa, no caso de mercadorias destinadas às áreas incentivadas da Amazônia. Veja o fluxo básico:

(15)

15 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Como fica a RFB em relação a estas NF-e?

Não podemos esquecer que a RFB é repositório nacional, isto é todas as NF-e estão no ambiente nacional.

Veja que é mais uma informação importante e que você não precisa decorar, basta botar a cabecinha para funcionar. A RFB controla os tributos sobre o lucro e o faturamento, é natural que precise dispor de todas as NF-e, independentemente do estado de origem, se é venda de mercadoria, produto ou serviço (no caso de serviços, o SPED ainda está evoluindo).

Quanto ao Estado, ele precisa de todas as NF-e do Brasil ? Também é uma conclusão lógica, os estados tem acesso às NF-e emitidas pelos seus jurisdicionados (claro!) e também aquelas emitidas para os seus contribuintes (em razão do desenrolar das operações interestaduais).

Uma dúvida plausível seria.. Como corrigir uma nota fiscal, com cancelar etc...

Aí surge a figura dos “eventos”. Os Eventos da NF-e permitem documentar eletronicamente e agregar à NF- e a atualização de dados quanto ao documento emitido (correção, cancelamento etc.).

EVENTOS DO EMITENTE

CANCELAMENTO (CC-E)

Possibilita cancelar a NF-e (até 24 h após a emissão e se a mercadoria não fora ainda entregue).

CARTA DE CORREÇÃO

Permite corrigir uma NF-e (erros que não exigem o cancelamento). Apena erros formais. Não corrige o valor de quantidade, preço, destinatário etc. e outros que influenciam diretamente na tributação.

É possível agregar várias cartas de correção, sendo que a última substitui as anteriores. Exemplos de correção: é possível alterar o nome do produto, se não interferir na tributação. Se a mercadoria ainda não “circulou”, deve-se priorizar o cancelamento da NF-e.

INUTILIZAÇÃO

Inutiliza a sequência numérica da NF-e. É útil quando há algum tipo de falha/omissão na numeração causado por um erro TI ou quando o Fisco não autoriza a utilização de um determinado número.

(16)

16 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

EVENTOS DO DESTINATÁRIO

DESCONHECIMENTO DA OPERAÇÃO

Quando o destinatário declara não conhecer a operação descrita na NF-e.

CIÊNCIA DA EMISSÃO

O destinatário informa que reconhece a operação.

CONFIRMAÇÃO DA OPERAÇÃO

O destinatário confirma a operação descrita na NF-e. Isso impede o cancelamento da NF-e pelo emitente.

REGISTRO DE OPERAÇÃO NÃO REALIZADA

O destinatário indicando que a operação descrita na NF-e não foi realizada.

Vamos nos preparar para conhecer o DANFE em nosso próximo documento. Antes reflita ...

A NF-e é um arquivo XML, como o abaixo:

Como fazer a leitura de uma NF-e se está em linguagem de máquina?

Vamos destacar mais uma vez esse aspecto. A NF-e é, de fato um arquivo no formato XML (ela não existe fisicamente). Sua emissão, recepção e arquivamento é eletrônica. Logo, o “olho” humano não consegue fazer a leitura de uma NF-e. Então foi criado um documento auxiliar, o DANFE.

(17)

17 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

DANFE

O DANFE é um documento auxiliar que acompanha a mercadoria. Ele facilita a leitura e a escrituração, pois está em “linguagem humana”. Tem todos os dados da NF-e. É uma “espécie” de extração de dados do arquivo XML para que seja possível, literalmente, ler. O DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) é uma representação gráfica simplificada da NF-e e tem como funções, dentre outras, conter a chave de acesso da NF-e (permitindo assim a consulta às suas informações na Internet) e acompanhar a mercadoria em trânsito.

Veja que o DANFE parece com a nota fiscal, mas não é. Tampouco a substitui. Serve apenas como instrumento auxiliar para consulta da NF-e, pois contém a chave de acesso da NF-e, que permite ao detentor desse documento confirmar a efetiva existência da NF-e através do Ambiente Nacional (RFB) ou site da SEFAZ na Internet. O DANFE pressupõe a existência de uma NF-e.

CESGRANRIO-EPE-Analista de Gestão Corporativa - 2014

O Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, instituiu o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que, de modo geral, consiste na modernização da sistemática do cumprimento das obrigações fiscais acessórias, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital.

O Sped iniciou com três grandes projetos: Escrituração Contábil Digital, Escrituração Fiscal Digital e Nota Fiscal Eletrônica: ambiente nacional.

Chave de acesso: permite consultar a NF-e na internet

Obrigatório o protocolo de uso.

Não é nota Fiscal, mas se refere a NF-e que menciona

(18)

18 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

No que se refere ao programa da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), de acordo com as normas técnicas vigentes para ela, verifica-se que o acompanhamento e o trânsito de mercadorias é feito com a impressão da:

A. NF-e B. DANFE

C. autorização de uso da NF-e D. pré-validação do arquivo da NF-e E. chave do arquivo eletrônico da NF-e Resolução:

Como a NF-e é um documento apenas digital e em linguagem XML, não é possível ao olho humano ler o documento. Ele é transmitido diretamente para as SEFAZ. Então é necessário um documento auxiliar que possa traduzi-lo para uma linguagem humana e permanecer em poder do transportador, possuidor etc. E é esse documento que acompanha o produto, já que não existe nota fiscal “em papel”. É o documento auxiliar da nota fiscal-DANFE.

Resposta: B

CT-e

O conhecimento de transporte eletrônico tem participação da RFB e, claro, dos Estados, interessado natural no transporte de cargas. O CT-e (conhecido como modelo 57), substitui os seguintes documentos fiscais:

Conhecimento de transporte de cargas Rodoviário (mod. 8), Aquaviário (mod. 9), Ferroviário (mod. 11), nota fiscal de serviço de transporte ferroviário de cargas (mod. 27) e serviço de transporte (mod. 7). Jamais foi cobrado uma questão em prova que exigisse decorar esses modelos, logo, a informação segue apenas para você se situar em relação ao CT-e, não para decorar!

Assim como a NF-e, o CT-e também é um arquivo XML que é emitido e arquivado eletronicamente, para documentar a prestação de serviços de transporte. Assim como a NF-e, temos um documento auxiliar para facilitar o acompanhamento da mercadoria. Trata-se do DACTE.

DACTE

O DACTE contém a chave numérica para consulta do CT-e. Permite a impressão do documento assim como a NF- e.

MDF-e

Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) é o documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital, para vincular os documentos fiscais transportados na unidade de carga utilizada, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e autorização de uso pelo Ambiente Autorizador.

(19)

19 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

NFC-e

A NFC-e é tema bem relevante, pois atinge o consumidor. É aquele documento que você, pessoa física, recebe (na forma de documento auxiliar, assim como o DANFE) ao comprar mercadoria. Ele substitui o velho cupom fiscal emitido por máquinas registradoras (Emissor de cupom fiscal -ECF) e a nota fiscal modelo 2 (não é relevante memorizar esses modelos).

Assim como a NF-e, é um documento de emissão e arquivamento digital. Ele é emitido nas operações de venda ao consumidor final (PF ou PJ). De acordo com o portal Sped, a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC- e) visa oferecer uma nova alternativa totalmente eletrônica para os atuais documentos fiscais em papel utilizados no varejo, reduzindo custos de obrigações acessórias aos contribuintes, ao mesmo tempo em que possibilita o aprimoramento do controle fiscal pelas Administrações Tributárias. Possibilita ao consumidor a conferência da validade e autenticidade do documento fiscal recebido, como também propõe o estabelecimento de um padrão nacional de documento fiscal eletrônico, baseado nos padrões técnicos de sucesso da Nota Fiscal Eletrônica modelo 55, todavia adequado às particularidades do varejo.

Vamos guardar:

A NFC-e substitui a NF de venda ao consumidor final e o cupom fiscal (para estados que já aderiram).

Só pode ser usada em operações comerciais de venda presencial ou venda para entrega em domicílio a consumidor final (delivery). Para as demais operações, o contribuinte deverá utilizar a nota fiscal eletrônica modelo 55 (NF-e).

Perceba que se destina a venda presencial, mas no caso de “entrega em domicilio”, também é possível, desde que não seja operação interestadual.

Perceba que nós temos dois documentos parecidos, mas não se confundem... A NF-e e a NFC-e. E logo mais, iremos conhecer mais um: a NFS-e.

Antes de dar mais um passo à frente, veja o DANFE de uma NFC-e. Observe os dados tradicionais: contém a chave de acesso, o protocolo de uso etc. E claro, parece com um cupom fiscal, mas não é. O “cupom” ou “nota” é 100% digital, logo tal documento que vemos é o seu documento auxiliar, o Danfe.

(20)

20 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

NFS-e

A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) é um documento de existência digital, gerado e armazenado eletronicamente em Ambiente Nacional pela RFB, pela prefeitura ou por outra entidade conveniada, para documentar as operações de prestação de serviços. Em razão disso, você já consegue perceber que temos um interesse do município, a quem compete cobrar o ISS. Assim, o desenvolvimento do projeto aqui, além da participação da RFB, que sempre lidera os projetos, exigirá a participação dos municípios, pois são aqueles que

“entendem do assunto”. Assim, a Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf), participará do desenvolvimento do projeto.

A questão dos serviços sempre foi mais complicada, pela presença de centenas de padrões de NF e pela quantidade absurda de municípios, muitos sem capacidade de, inclusive, se sustentar financeiramente, com administrações tributárias precárias etc. A padronização por meio do NFS-e é importante para transparência, simplificação e controle fiscal. As administrações tributárias se beneficiam com a melhora da qualidade das informações, racionalizando os custos e gerando maior eficácia, bem como o aumento da competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das obrigações acessórias (redução do custo-Brasil), em especial a dispensa da emissão e guarda de documentos em papel.

Perceba que, na essência, a NF-e, NFC-e e a NFS-e são a “mesma coisa”. Muda o destinatário, mas os conceitos são os mesmos e os benefícios para a sociedade idem. Ao estudar para um, você já “mata” o conceito do outro, em sua maior parte.

(21)

21 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

CESGRANRIO-Innova- Contador Júnior - 2012

Um dos projetos desenvolvidos pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) é a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e). Esse projeto da NFS-e visa ao benefício das administrações tributárias ao padronizar e melhorar a qualidade das informações, racionalizar os custos, gerar maior eficácia e

A. manter registros das movimentações que resultem em alterações de saldos que irão compor as demonstrações contábeis baseadas no plano de contas referencial.

B. integrar a cooperação entre as administrações Tributárias.

C. eliminar a redundância de informações existentes na escrituração contábil.

D. aumentar a competitividade das empresas brasileiras pela racionalização das obrigações acessórias (redução do custo-Brasil).

E. abranger a escrituração da folha de pagamento e, em uma segunda fase, o Livro Registro de Empregados.

Resolução: Redução do custo Brasil é uma das alardeadas vantagens do ambiente SPED, especialmente quanto às notas fiscais em seu modelo eletrônico. Já poderíamos responder diretamente.

Agora veja como responder usando a coerência...

Como o enunciado trata da Nota Fiscal, isto é, o documento propriamente dito e não o conceito maior ( a escrituração), seria possível eliminar, de plano, as letras A, C e E. Depois eliminaríamos com facilidade a letra B, pois a integração e cooperação entre Administrações tributárias, apesar de ser um objetivo válido, ele depende do SPED (nível geral) e não de um dos seus subprojetos (NFS-e).

Resposta: D

Recibo provisório de serviços (RPS)

A NFS-e será gerada através dos serviços informatizados disponibilizados pela respectiva secretaria municipal de finanças. Isso você já sabe! Agora vem a questão...

Mas, e o pequeno prestador de serviço que está “offline” ou não dispõe de internet no local ou não tem estrutura de TI para emitir a NFS-e?

No intuito de prover uma solução de contingência para esse contribuinte, foi pensada numa solução intermediária. O contribuinte pode emitir o RPS que é um documento de posse e responsabilidade do contribuinte, que deverá ser gerado manualmente ou por alguma aplicação local, possuindo uma numeração sequencial crescente e devendo ser convertido em NFS-e no prazo estipulado pela legislação tributária municipal.

Note que esse “paliativo” atende àqueles contribuintes que, porventura, não dispõem de infraestrutura de conectividade com a Fazenda Municipal em tempo integral já que permite a emissão da Nota fiscal “depois”.

E como funciona a solução?

Os documentos (NFS-e) podem ser gerados “depois” e enviados em lote (isto é, “de uma vez só”, todos de uma vez). Agrupam-se os RPS e ao transmiti-los, são geradas uma NFS-e para cada um dos RPS.

Está percebendo essa solução intermediária?

(22)

22 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

O RPS substitui a NFS-e temporariamente! Quando não é possível emitir a NFS-e, emite-se o RPS que depois irá se transformar em NFS-e, quando ocorrer sua transmissão ao Fisco.

Veja que isso atende aqueles contribuintes menores, mas mesmo assim, será necessário ter alguma aplicação local instalada em seus computadores, seja ela fornecida pela SEFAZ ou desenvolvida particularmente, seguindo as especificações disponibilizadas por essa.

Depois de processado o lote de RPS, será gerado um resultado que estará disponível ao contribuinte. Esse resultado poderá ser as NFS-e correspondentes ou a lista de erros encontrados no lote.

Não existe um modelo de RPS padronizado no Brasil, embora o conceito seja o mesmo. Mas, para ilustrar, vejamos um modelo. Note que parece com nota fiscal, mas não é!

Para fechar esse assunto e sintetizar: 2 informações

No caso de eventual impedimento da emissão on-line da NFS-e, o prestador de serviços emitirá o Recibo Provisório de Serviços – RPS, que deverá ser substituído por NFS-e dentro dos prazos estabelecidos.

O RPS não se confunde com a NFS-e. É apenas uma solução de “emergência”.

(23)

23 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Comparação NF-e x NFS-e

NF-e NFS-e

Repositório Nacional Prefeitura

Tipo de arquivo XML XML

Assinatura digital Certificado Certificado ou senha

Layout padrão diversos

(24)

24 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

ECF - Escrituração contábil fiscal

A ECF substitui a antiga DIPJ, que era conhecida como a declaração de imposto de renda da PJ (embora não fosse apenas isso) e está extinta desde 2014. Desde então, todas as PJ e equiparadas devem apresentar a ECF de forma centralizada pela matriz. No caso de SCP, para cada uma das SCP deverá haver uma ECF, além da ECF do sócio ostensivo.

Dispensa da ECF: optantes do Simples Nacional, órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; PJ inativas.

Para o contribuinte que declara o IR pelo Lucro real, a ECF será o próprio livro de apuração do lucro real - LALUR, mencionado na legislação.

Esse documento é de interesse primário do imposto de renda, o sujeito passivo deverá informar todas as operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Socialsobre o Lucro Líquido (CSLL).

Apesar deste interesse primário do Fisco Federal, existe interesse por parte dos demais fiscos na sua verificação por se tratar de informações econômico fiscais, que vão além da simples apuração do IR e auxiliam no cotejo da apuração quanto aos demais tributos como o ISS e ICMS.

Uma característica interessante da ECD e da ECF, é que há comunicação quanto à recuperação de saldos e plano de contas, de modo que é possível “amarrar” as informações fiscais às contábeis. Além da eficiência para o contribuinte, que reduz suas obrigações acessórias, para o Fisco representa boa vantagem no sentido de dar segurança às informações.

Baseados na ideia central do SPED de redução da burocracia, ao cumprir as obrigações digitais, estaremos cumprindo certas obrigações “físicas” como o registro de livros. Assim prevê a legislação, estabelecendo que ao apresentar a EFD ICMS/IPI, supre a elaboração, registro e autenticação de livros para registro de inventário e registro de entradas em relação ao mesmo período.

Prazo de entrega: até último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao ano-calendário a que se refira. Em geral, na legislação tributária em geral, para citar apenas o Simples nacional e o próprio IR, quando ocorrem certas restruturações societárias como fusão, cisão ou mesmo extinção de sociedades, o prazo para cumprimento das obrigações é modificado por uma razão bem simples: a empresa irá desaparecer, logo o prazo é antecipado. No caso da ECF, para o 3º mês subsequente ao do evento.

A obrigatoriedade de entrega da ECF não se aplica à incorporadora, nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.

Um detalhe interessante para confrontar o estudo da ECD X ECF, é que na ECD, enquanto a substituição da escrita fiscal (envio de novo arquivo digital) está sujeita a rígidos controles; na ECF, o contribuinte pode retificar a informação independente de autorização do Fisco. Basta “enviar” um novo arquivo. Não poderia ser diferente, já que os tributos envolvidos são lançados por homologação, assim, o contribuinte tem o dever de fazer o autolançamento e pagar sem qualquer intervenção do Fisco. Não faria sentido criar óbices ao envio de nova ECF.

Claro que essa premissa é verdadeira, apenas se o contribuinte estiver ainda gozando da espontaneidade.

Vamos para um aspecto interessante...

Alguns saldos da ECF são recuperados da ECD, que é a contabilidade digital. Nesse caso, uma alteração na ECD poderá exigir a alteração da ECF, tendo em vista essa “amarração” de contas e saldos.

(25)

25 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

As escriturações fiscais vão além da ECF. Temos diversas EFD’s (escrituração fiscal digital) no ambiente SPED.

A EFD pode ser definida como a " totalidade das informações, em meio digital, necessárias à apuração dos impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte, bem como outras de interesse das administrações tributárias das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB".

(26)

26 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

ECD - Escrituração contábil digital

A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela escrituração transmitida via arquivo, ou seja, corresponde à obrigação de transmitir, em versão digital, os livros contábeis. É importante que você assimile a ideia de que a contabilidade digital quanto à classificação das contas, quanto aos débitos e créditos etc. é exatamente igual a contabilidade em papel. A ECD não teria como alterar a ciência contábil. Assim, tudo que você já sabe em contabilidade, você aplicará na ECD.

Um Ativo é um Ativo na contabilidade em papel assim como continuará sendo na contabilidade digital. O mesmo débito/crédito que se fazia lá, se faz cá!

O próprio CFC indica no CTG 2001, e nos tranquiliza quanto esse assunto, que contabilidade digital dever ser executada em...

(a) em idioma e em moeda corrente nacionais;

(b) em forma contábil;

(c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;

(d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens; e

(e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

Perceba que a “forma contábil” não muda! Assim, se uma questão versando sobre o Sped lhe questionar onde deve ser lançado a compra de veículo, você deve responder como se fosse uma simples prova de contabilidade, isto é, no imobilizado.

Avançando...

A IN 1774, da RFB, disciplina a ECD. Os livros contidos na ECD são

Tais livros são assinados por contador. Naturalmente, se estamos em uma plataforma digital, a assinatura migra para a “assinatura digital”. É o certificado digital, emitido por uma das entidades certificadoras credenciada pela infraestrutura de chaves públicas (ICO-Brasil) que garante a autenticidade das informações constantes na ECD. Essa é a mesma assinatura digital lá da NF-e, portanto é conhecimento comum!

Na ECD, cada grupo de informação é dividido em blocos (CADA LETRA É UM BLOCO). Não nos parece muito razoável, mas algumas questões já cobraram o conhecimento sobre cada tipo de escrituração. São previstas as seguintes formas de escrituração:

Livros na ECD

Diário Razão Balancete Balanços Fichas de

lançamento

(27)

27 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

G - Diário Geral;

R - Diário com Escrituração Resumida (vinculado a um livro auxiliar);

A - Diário Auxiliar;

Z - Razão Auxiliar;

B - Livro de Balancetes Diários e Balanços;

Veja que é possível associar a letra ao nome: “G” de geral, “R” de resumida, “A” de auxiliar, “Z” de raZão e “B” de balancete.

Até mesmo essa sopa de letrinhas pode aparecer em prova..

CESPE-Telebrás - Especialista em Gestão de Telecomunicações – Contador -2013

Para a geração de arquivo do SPED contábil, na tela geradora de arquivo do leiaute, o campo escrituração contábil admite as opções G, R ou C.

Resolução: Bastava decorar as letras. Péssima questão! Não agrega nada, mas pode cair. Não tem letra “C” na divisão.

Resposta: Errado

Nem todas as empresas estão obrigadas a apresentar a ECD:

Temos ainda os seguintes casos de desobrigação:

▪ Lucro presumido (LP) que adote livro Caixa. Se adotar contabilidade, estará obrigada a ECD

▪ Se o optante do LP distribuir lucros acima da presunção, precisará ter ECD

▪ ME ou EPP que tenha recebido aporte de investidor –anjo está obrigada a ECD

▪ PJ de construção civil que esteja dispensada de apresentar ECF do ICMS e do IPI, deve apresentar a ECD do livro registro de inventário. No caso de SCP, deve apresentar como livros próprios ou na ECD do sócio ostensivo, como livro auxiliar

Dispensados da ECD

Simples nacional

órgãos públicos, autarquias,

fundações

PJ inativa

observar critérios de inatividade

Imunes/isentas com mov. até

R$1,2M

(28)

28 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Veja como é constante abordagem baseada na dualidade obrigado/desobrigado ao SPED...

CESGRANRIO-Petrobras- Contador Júnior - 2018

A Escrituração Contábil Digital (ECD) é uma das partes do projeto SPED, com o objetivo básico de promover a substituição da escrituração em papel pela escrituração eletrônica transmitida via arquivo. Nos termos da legislação vigente para o SPED (art. 3o da Instrução Normativa RFB no 1.420/2013), são obrigadas a adotar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1o de janeiro de 2014, as

A. autarquias e fundações públicas.

B. pessoas jurídicas inativas de que trata a Instrução Normativa RFB no 1.536, de 22 de dezembro de 2014.

C. pessoas jurídicas tributadas com base no lucro arbitrado que distribuírem dividendos com incidência do IRRF.

D. pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.

E. sociedades em Conta de Participação (SCP), como livros auxiliares do sócio ostensivo.

Resolução: As IN 1420 está revogada, entretanto a resposta não muda! Conforme vimos acima, a SCP não está obrigada, mas deve constar na ECD do sócio ostensivo.

Resposta: E

É possível aprender um pouquinho e diminuir a quantidade de informação decorada, veja...

No simples nacional temos o livro caixa em substituição à contabilidade. Logo, se não há contabilidade, não faria sentido obrigar tal empresa à ECD. Do mesmo modo no lucro presumido, se a empresa também adota a faculdade do livro caixa.

No campo público (autarquias, fundações etc.), podemos lembrar que a contabilidade pública (LOA, LRF, PPA etc.) é diferente da contabilidade societária (Lei 6404/76). Assim, não iria “encaixar” a contabilidade pública no ECD, de modo que podemos concluir que tais entidades públicas não estão obrigadas ao SPED.

Atenção: apesar de ser obrigatório para alguns, para quem não está obrigado, será facultativa a entrega da ECD. Assim, diante de uma pergunta do tipo:

O optante pelo Simples Nacional pode entregar a ECD?

Voluntariamente, pode!

Agora vamos falar um pouquinho sobre a empresa “inativa”?

Não podemos confundir a “inatividade” com a empresa “sem movimento”.

A empresa sem movimento realiza fatos contábeis, como depreciação, pagamento de tributos, aluguel etc., ainda que esteja com as portas fechadas.

A empresa inativa não realiza qualquer atividade financeira, patrimonial ou operacional dentro de todo o ano-calendário.

Isso é fundamental para distinguir as situações de dispensa de envio da ECD.

(29)

29 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Autenticação dos livros

A autenticação dos livros será feita no SPED.

É preciso ter em mente que a ECD, é a nova forma (digital) de todo aquele processo “analógico” que era feito há tempos atrás. E não estamos falando do tempo do seu bisavô não! Estamos falando de 2014! Até 2014, os livros contábeis e fiscais ainda eram no seu formato papel. Era preciso, por exemplo, autenticar na junta comercial o diário e o razão, havia uma séria de formalidades “analógicas”, como, serem numeradas as folhas, sem folhas em branco, sem rasuras etc. Hoje, o sistema é digital, mas mantem certo rigor dos tempos “analógicos”. Por exemplo:

Você sabe que a escrituração contábil faz prova ( a favor ou contra), logo é natural que seja tratada com muito cuidado. Não é possível transmitir uma ECD no SPED e no outro dia simplesmente enviar outra, de caráter retificadora. Não é assim que funciona. Se assim fosse, esse valor de prova seria constantemente alterado conforme a conveniência.

A ECD autenticada, apenas poderá ser substituída no caso de não poder ser corrigida por lançamento extemporâneo. Então, digamos que uma transação foi registrada em duplicidade. Esse caso, a correção se dará por meio de lançamento extemporâneo, isto é, o lançamento nos livros contábeis da entidade no ano corrente, conforme prevê a lei 6404/76, como ajustes de exercícios anteriores.

Art. 186

§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes.

Vamos imaginar uma situação de substituição da ECD:

Em praticamente todas as empresas, exceto naquelas que sejam, eventualmente, minúsculas, os dados que alimentam a ECD são capturados eletronicamente dos sistemas contábeis para o aplicativo gerador da ECD. Não precisa ser especialista em TI, mas sabemos que nesse processo, as vezes ocorrem erros do tipo: a consideração da “,” (vírgula) ou do “.” (ponto) como marcador das casas decimais, o valor do zero e seu efeito multiplicador, somas em duplicidade etc. Enfim, não vamos perder muito tempo com esses detalhes técnicos, mas o computador pode entender “1.000” como “um” ou como “mil”, tudo depende de como foi configurado o marcador de decimal (vírgula ou ponto). Um erro desse tipo, tornaria imprestável a ECD, de modo que justifica a sua substituição. Um erro contábil, por outro lado, passível de correção por estorno, complementação etc., pode ser corrigido na própria contabilidade com o lançamento cabível.

Uma vez substituída a ECD, a anterior é cancelada. Deverá ser anexado o termo de verificação descrevendo:

I - a identificação da escrituração substituída;

II - a descrição pormenorizada dos erros;

III - a identificação clara e precisa dos registros com erros, exceto quando estes decorrerem de erro já descrito;

IV - autorização expressa para acesso às informações pertinentes às modificações por parte do Conselho Federal de Contabilidade; e

V - a descrição dos procedimentos pré-acordados executados pelos auditores independentes quando estes julgarem necessário.

(30)

30 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Pergunta de prova:

Quem faz a ECD precisa imprimir os livros contábeis?

Claro que não! Não precisa imprimi-los nem os autenticar. Fique atento a variações de perguntas em torno desse tema como: Há dispensa de impressão dos livros? Claro, não faz sentido fazer duas vezes, papel e digital.

Mas note que essa dispensa é para fins legais. Nada impede que a empresa imprima e encaderne, também, como

“antigamente” seus livros contábeis. Quem afirma isso é o próprio Conselho de Contabilidade que, no ITG 2000, diz que em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo sistema/registro público competente deve ser mantido pela entidade.

Quadrix – Contador-2017

Acerca de contabilidade geral, julgue o item.

Quando a entidade adotar escrituração contábil digital, não haverá necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, mas será obrigatória a manutenção de arquivo magnético com autenticação do registro público.

Resolução: entendimento da ITG 2000, do CFC.

Resposta: Certo

Prazo de entrega da ECD

A ECD será transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao ano- calendário a que se refira a escrituração. Assim, a contabilidade do exercício 2018, deve ser transmitida até maio/2019.

E se a empresa acabar antes desse prazo? Isto é, teve extinção, fusão, cisão etc...

Pense e deduza, não queira decorar tudo.

Nesse caso, não dá para esperar até maio do ano seguinte! Concorda?

Tem que ser imediato, já que a empresa irá desaparecer e não deixará rastro para o Fisco. Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deverá ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras até o último dia útil do mês seguinte ao do evento.

Assim, se A incorporar B, B deverá enviar sua ECD até o último dia do mês seguinte à incorporação.

Vamos fixar os prazos, normal e outras exceções:

Jan/18 dez/18 Maio/19

Ano calendário 2018

Entrega da ECD 2018

(31)

31 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

(32)

32 de 70|

www.direcaoconcursos.com.br

Noções da estrutura da ECD

O SPED contábil é dividido em 5 blocos, e cada bloco é composto de registros. Algumas questões já cobraram o conhecimento dessas letrinhas.

Auto explicativo. Merece comentário apenas o bloco K, que se destina às controladoras no caso de consolidação de balanços.

Cada bloco é dividido em registros. Por exemplo, o bloco J divide-se em J005, J100, J150 etc. Enquanto já foi cobrado em prova os a noção sobre 5 blocos da ECD, não parece razoável memorizar os registros, pois, seria, algo impossível. Devemos saber que são um subconjunto dos blocos, pois esse conhecimento já apareceu nas questões.

Assim, podemos fazer a seguinte leitura: O Balanço se encontra no registro J100 do bloco J. A cada ano, as novas versões vão inserindo novos registros nos blocos, como parte da evolução natural do sistema.

É importante que você assimile a ideia de que a ECD é a mesma contabilidade que era feita em papel. Isto é, não é uma obrigação fiscal em que o ente pode determinar como escriturar ou classificar uma conta etc. A ECD é a contabilidade “real”, porém feita em uma base digital.

Execução da escrituração contábil

Em conformidade com os preceitos estabelecidos na NBC TG 2000 que trata sobre “Escrituração Contábil”, a escrituração contábil em forma digital deve ser executada da seguinte forma:

Plano de contas

O plano de contas é um dos assuntos que podem ser cobrados dentro do tema ECD. Se por um lado outros temas avançam em questões relacionados a área de TI, o plano de contas tem relação com a contabilidade strictu sensu, logo vamos conhecer alguns detalhes relacionando o tema à ECD.

Primeiro, as contas são agrupadas em níveis. Vamos conhecer esse vocabulário da ECD, mas não consiste em algo novo. É a simples expressão da contabilidade tradicional adaptada para uma sistemática digital. A conta que recebe os débitos e créditos seria de nível 4.

Referências

Documentos relacionados

O Projeto SPED envolve as obrigações contábeis e fiscais das empresas destacando-se os seguintes segmentos: Escrituração Contábil Digital (ECD) das demonstrações

São equiparados aos estabelecimentos industriais para fins de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados os estabelecimentos, ainda que varejistas,

O presente estudo analisou o sistema público de escrituração digital (SPED) e seus reflexos para o profissional contábil da cidade de Fortaleza e como este se

Implantado a cerca de dez anos nas Empresas, o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED veio inovar o setor contábil e através da apropriação da

A) Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. C) Comitê Gestor do Simples Nacional. D) Comitê da Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e

O campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados abrange todos os produtos relacionados na TIPI com alíquota, mesmo os com alíquota zero.

Diante do contexto explanado, tendo como foco a atuação do profissional contábil diante da Era Digital, faz-se necessário estabelecer o seguinte problema

Para a análise morfológica (qualitativa), foram consideradas as seguintes alterações do tecido conjuntivo: epitelização da ferida, presença de infiltrado inflamatório,