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UNEMAT – Campus de Sinop LISTA DE TABELAS Tabela I - Número absoluto e percentual de acidentes do trabalho em relação aos assegurados ocorridos no período de 1971 a 1996

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ERIVALDO EVARISTO DE LIMA

ESTUDO SOBRE SEGURANÇA COM ELETRICIDADE EM PROJETOS ELÉTRICOS: DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE

QUALIDADE DE SEGURANÇA

UNEMAT – Campus de Sinop 2016/2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ERIVALDO EVARISTO DE LIMA

ESTUDO SOBRE SEGURANÇA COM ELETRICIDADE EM PROJETOS ELÉTRICOS: DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE

QUALIDADE DE SEGURANÇA

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop – MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica.

Prof. Orientador Engenheiro Eletricista, pós graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, Lucas Rocha Bariani.

UNEMAT – Campus de Sinop 2016/2

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1 LISTA DE TABELAS

Tabela I - Número absoluto e percentual de acidentes do trabalho em relação aos

assegurados ocorridos no período de 1971 a 1996. ... 6

Tabela II – Efeitos fisiológicos diretos de eletricidade. ... 23

Tabela III - Efeitos fisiológicos indiretos da eletricidade. ... 23

Tabela IV - Incêndio com causa de curto-circuito por local no ano de 2015. ... 42

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2 LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Acompanhamento mensal de acidentes fatais no ano de 2014 por

choque elétrico ... 35

Gráfico 02: Distribuição percentual de acidentes fatais por choque elétrico por região no ano de 2014 ... 36

Gráfico 03: Acidentes fatais por faixa etária no ano de 2014 ... 37

Gráfico 04: Acidentes fatais por local no ano de 2014 ... 38

Gráfico 05: Acidentes na rede aérea por profissão ... 38

Gráfico 06: Distribuição por regiões de incêndios por curto-circuito ano de 2014 ... 40

Gráfico 07: Distribuição por regiões de incêndios por curto-circuito ano de 2015 ... 40

Gráfico 08: Distribuição de incêndios por curto-circuito por local no ano de 2014 .... 41

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Percurso da corrente elétrica através do corpo humano ... 22

Figura 02 - Exemplo de proteção por barreiras e invólucros ... 29

Figura 03 - Exemplo de proteção por barreiras e invólucros ... 30

Figura 04 - Sistema de proteção fora do alcance ... 31

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LISTA DE ABREVIATURAS

A.C – Antes de Cristo.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

ABPA - Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes.

ABRACOPEL - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade.

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.

CPNSP – Comissão Tripartite Permanente de Negociação do Setor Elétrico no Estado de São Paulo.

D.C – Depois de Cristo.

DSST - Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho.

EPI – Equipamento de Proteção Individual.

FUNDACENTRO - Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho.

IAP - Institutos de Aposentadorias e Pensões.

IAPB - Institutos de Aposentadorias e Pensões para os bancários IAPC - Institutos de Aposentadorias e Pensões para os comerciários.

IAPI - Institutos de Aposentadorias e Pensões para os industriários

IAPM - Institutos de Aposentadorias e Pensões para os marítimos e portuários IAPSE - Institutos de Aposentadorias e Pensões para os servidores públicos.

IAPTEC - Institutos de Aposentadorias e Pensões para trabalhadores em transporte e cargas.

INPS - Instituto Nacional de Previdência Social.

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social.

MET - Ministério do Trabalho e Emprego.

NBR – Norma Brasileira Regulamentadora.

NR – Norma Regulamentadora.

NRR - Normas Regulamentadoras Rurais.

OIT – Organização Internacional do Trabalho.

PELV - Protected extra-low voltage.

SELV - Separated extra-low voltage.

SRTE - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1. Título: Estudo sobre Segurança com Eletricidade em Projetos Elétricos 2. Tema: Engenharia de Segurança do Trabalho

3. Delimitação do Tema: Segurança com eletricidade em projetos elétricos de acordo com a NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

4. Proponente: Erivaldo Evaristo de Lima 5. Orientador: Lucas Rocha Bariani

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso 7. Localização: Avenida dos Ingás, n.º 3001 - Jardim Imperial, Sinop - MT, CEP: 78555-000.

8. Duração: 6 (seis) meses

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SUMÁRIO

1 LISTA DE TABELAS ... I 2 LISTA DE GRÁFICOS ... II LISTA DE FIGURAS ... III LISTA DE ABREVIATURAS ... IV DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... V

3 INTRODUÇÃO ... 7

4 PROBLEMATIZAÇÃO ... 8

5 JUSTIFICATIVA... 9

6 OBJETIVOS ... 10

6.1 OBJETIVO GERAL ... 10

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 10

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 11

7.1 INTRODUÇÃO HISTÓRICA E A EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO ... 11

7.1.1 Histórico da Segurança do Trabalho no Mundo ... 11

7.1.2 Histórico da Segurança do Trabalho no Brasil ... 13

7.1.3 Normas Regulamentadoras (NRs)... 17

7.1.3.1 NR-10: Objetivo e Diretrizes ... 17

7.2 RISCOS NO TRABALHO DO SETOR ELÉTRICO ... 19

7.2.1 Riscos no Uso da eletricidade ... 19

7.2.1.1 Choque Elétrico ... 20

7.2.1.2 Queimaduras ... 23

7.2.1.3 Campos Eletromagnéticos ... 24

7.2.1.4 Incêndios e Explosões ... 24

7.3 REALIDADE BRASILEIRA DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE ... 25

8 METODOLOGIA ... 34

9 CRONOGRAMA ... 35

10REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ... 36

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3 INTRODUÇÃO

Atualmente, a eletricidade é a forma de energia mais utilizada na humanidade, talvez pela facilidade no transporte dos locais de sua geração até o destino final (pontos de consumo), com isso, não há dúvidas sobre a sua importância, mas seu uso exige algumas precauções, pois apresenta um alto risco de acidentes desde os mais simples até fatais (DELWING, 2013).

Para visualizar melhor este cenário, Fontoura (2013), relata que o índice de acidentes no trabalho é preocupante, e muitos ocorrem pela falta de planejamento na fase de projeto, acidentes do tipo que envolve fiação desencapada, exposição de partes energizadas, a falta de barreiras de proteção, obras executadas por profissionais desabilitados e desqualificados, pontos de alta tensão próximos aos locais de trânsito ou onde circulam pessoas, instalações executadas em desacordo com a norma regulamentadora.

Convém salientar, que a NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidades tem por finalidade garantir à segurança e saúde do trabalhador do setor elétrico, Brasil (a) (2016) objetiva esta norma estabelece requisitos e condições mínimas em medidas de controle e sistemas preventivos, sempre no intuito de garantir o desde o mínimo de segurança necessária para saúde dos trabalhadores que interajam de forma direta ou indireta em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

Esta norma, trás uma parte que se trata especificamente de segurança em projetos, que cita cuidados do tipo desenergização, sinalização, cuidados com memorial descritivos entre outros que se observados além de qualificar a obra, não deve acontecer acidentes.

Visando uma melhora neste quadro de acidentes no trabalho no setor de eletricidade, este trabalho objetiva fazer um levantamento de parâmetros de segurança, a partir da NR-10, que um projeto deve possuir para ser considerado seguro.

(10)

4 PROBLEMATIZAÇÃO

Acidentes elétricos infelizmente têm recebido cada vez mais ênfase nas mídias do tipo jornalísticas e em redes sociais, o que aumenta ainda mais a preocupação com a temática segurança nas instalações elétricas. Não é novidade o ato índice de acidentes com eletricidade, bem como a sua gravidade, e muitos ocorrem pela falta de cuidados no projeto elétrico e até mesmo pela falta dele.

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5 JUSTIFICATIVA

A Associação Brasileira Contra os Perigos da Eletricidade (ABRACOPEL) é uma entidade tal que esta desde 2007 levantando dados estatísticos sobre acidentes elétricos no Brasil, confirma de forma estatística, as mortes que ocorrem todos os anos. De acordo com a mesma, centenas de acidentes elétricos, em residências e nas indústrias, ocorrem anualmente, ocasionando mortes e danos materiais. Em 2015, cerca 1.222 casos de acidentes envolvendo eletricidade, isso somado choques elétricos, incêndios por curtos-circuitos e acidentes envolvendo descargas atmosféricas (raios), no ano anterior, 2014, o total foi de 1.038 acidentes.

Deste total de acidentes com choques elétricos, em 2015, foi de 822, sendo 627 fatais. No caso dos curtos-circuitos, o total foi de 311 casos, sendo que 295 evoluíram para incêndio, resultando em 20 mortes, sendo todas em residências (PAIXÃO, 2016).

Na NR-10, tem um tópico especifico sobre projetos elétricos, neste tópico detalha todos os cuidados que devem ser considerados para ter sucesso na execução de uma obra, bem como os cuidados com a segurança dos profissionais envolvidos e terceiros, e até mesmo cuidados necessários para evitar atentados a vida.

Mediante a estes números, vê-se a necessidade de se aprimorar a segurança proporcionada pelas instalações elétricas já na fase de projeto, pois com um projeto bem elaborado e executado evita riscos e acidentes futuros.

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6 OBJETIVOS

6.1 OBJETIVO GERAL

Apresentar os itens da NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, sobre segurança em projetos elétricos, definindo parâmetros de verificação da segurança dos projetos.

6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Demonstrar os principais riscos e acidentes ocorridos da não observância de segurança em projetos elétricos;

 Orientar quanto à importância da segurança com eletricidade em projetos;

 Elencar e analisar os parâmetros de segurança em projetos elétricos da NR- 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;

 Analisar contexto histórico recente de acidentes por falhas nos projetos elétricos;

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7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

7.1 INTRODUÇÃO HISTÓRICA E A EVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DO TRABALHO

Na história, o homem conseguiu possibilitar sua existência no planeta, partindo de atividades predatórias, e evoluindo para agricultura/pastoreio, artesanato e seu apse foi quando alcançou a era industrial. (SAAD, 1981, pag. 21)

De acordo com Saad (1981), por um longo período, poucas informações se têm quanto à preocupação referente à saúde do trabalhador, porém quando os trabalhadores começaram deixar o campo e ir para cidades, que começou a preocupação com estes quesitos, observou-se que os ambientes não eram propícios para qualidade de trabalho, pois tinha muito calor, ventilação inadequada e umidade, pois até a mais moderna fábrica eram em galpões improvisados, o que chegou causar criticas e clamores, de órgãos governamentais exigindo o mínimo de condições humanas para o trabalho.

7.1.1 Histórico da Segurança do Trabalho no Mundo

De acordo com Gomes (2012, p. 11), no que se tange a história da segurança do trabalho, indicativos muito antigos são encontrados, mostrando uma preocupação quanto à preservação da vida de trabalhadores. Podemos citar que desde Hipócrates (460-357 AC) e Plínio (23-79 DC), indicou em seus trabalhos a notificações de doenças pulmonares em mineiros.

Há informações bem antigas sobre a preocupação com a segurança do trabalho, porém segundo Delwing (2013, p. 7), um documento egípcio, em forma de papiro Anastacius “V” tratava de assuntos referente a preservação da saúde e da vida do trabalhador, e o mesmo descrevia condições de trabalho um a um trabalhador que desempenhava suas funções como pedreiro.

Referente à série histórica, Gomes e Delwing tem opiniões muito parecidas:

 2350 A.C: Trabalhadores das minas de cobre se manifestaram, fazendo com que o faraó melhorasse a qualidade de vida dos escravos;

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 460 a 375 A.C: Foi transcrito “ares, água e lugares”, por Hipócrates (mestre em medicina), que tinha como referência “intoxicações sanitárias”, porém com ênfase no ambiente de trabalho;

 460 a 375 A.C: Foi registrado o primeiro uso de EPI, foram empregados no intuito de proteger-se contra poeiras minerais (chumbo e mercúrio);

 1556 D.C: Georgius Agrícola publica, em latim, a obra de Ré Metálica, que tratava a possibilidade do trabalho, tais como na extração de minério ser causador de doenças como asma de minerais (silicose);

 1700 D.C: Médico Bernardino Ramazzini, considerado o pai da medicina do trabalho, escreveu o livro “De Morbis Artificum Diatriba”, que tinha como característica relacionar as 50 atividades profissionais com doenças que as mesmas podiam causar;

 1760 D.C: Teve início da Revolução Industrial na Inglaterra, onde tinha característica de que mulheres e crianças trabalhavam em um ambiente sem as mínimas condições sanitárias, máquinas inseguras, falta de iluminação adequada e deficiência na ventilação, outra característica neste período, era a que não tinha limites por horas de trabalho. Vale ressaltar, que isso veio causar doenças até mesmo contagiosas. Porém, com este caos instaurado, cria-se uma comissão de inquérito no Parlamento Britânico;

 1802 D.C: Cria-se a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes, onde tinha como principal característica algumas delimitações, entre elas: carga horaria diária de 12 (doze) horas; proibição do trabalho noturno; lavava-se as paredes apenas 2 (duas) vezes por ano; passou a ser obrigatório o uso de ventilação;

 1819 D.C: Não se teve muito avanço neste período, pois havia uma forte oposição dos empregadores;

 1830 D.C: O Médico Robert Bauer começou a orientar o empregador a contratar 1 (um) médico para diariamente visitar a fábrica, no intuito de acompanhar a saúde dos trabalhadores;

 1833 D.C: Foi elaborada a 1ª lei efetiva no campo de proteção ao trabalhador (Factory Act), onde os fatores que mais se destacaram foram: feita com direção a todas as empresas têxteis, que utilizava a vapor ou energia hidráulica; proibição do trabalho noturno em pessoas com idade inferior a 18 anos; Delimitou a jornada diária de 12 horas; delimitou a jornada semanal em

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69 horas; fabricas passaram a ter obrigatoriedade de ter escolas, onde deveriam ser frequentadas por trabalhadores com idade inferior a 13 anos;

idade mínima para trabalhar passou a ser 9 (nove) anos; um médico deveria atestar se uma criança tinha mesmo idade devida para trabalhar;

 1834 D.C: Nesta data, foi nomeado Robert Bauer como Inspetor Médico das fábricas;

 1842 D.C: Na Escócia, o industrial James Smith contratou um médico, para examinar os menores antes de sua admissão ao mercado de trabalho, e tinha por função examiná-los periodicamente, e fazer a saúde preventiva, orientando-os em relação a problemas de saúde, foi ai que começou a surgir à função específica do médico de Fábrica;

 1846 D.C: Na França, passou a ser obrigatório o serviço médico em indústrias e comércio;

 1869 D.C: 1º Programa de Saúde Ocupacional nos EUA, elaborado por Lamuel Schatuc;

 1906 D.C: Ocorreu em Milão na Itália, o 1º Congresso Internacional de Doença do Trabalho;

 1910 D.C: Foi criada a Clínica del Lavoro, em Milão e teve o 2º Congresso Internacional em Bruxelas, com participação de pessoas de aproximadamente 200 países;

 1919 D.C: Após a 1º Guerra Mundial, foi criada a OIT – Organização Internacional do Trabalho;

 1969/1970 D.C: Unificação das normas e convenções diferentes, sobre Segurança e Saúde do Trabalho, organizado pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.

7.1.2 Histórico da Segurança do Trabalho no Brasil

Comparado ao restante do mundo, o Brasil possui uma legislação relativamente recente em Segurança no Trabalho, afinal, até inicio do século XX nossa característica era uma economia baseada em mão de obra escrava e agricultura. Porém vale ressaltar que isso não significa que não existiam acidentes decorrentes do trabalho. (TAVARES, 2009, pag. 11)

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Tavares (2009) também afirma que somente após 1930, com nossa Revolução Industrial, começou a se tratar este assunto como uma necessidade.

Mesmo assim demorou um pouco para a inserção desta politica de normas e em 1970 ganhamos um titulo de campeão mundial em acidentes no trabalho, triste realidade.

Interessante que a Fundacentro tinha por missão a produção e difusão de conhecimentos para contribuir com a propagação da consciência de segurança e saúde dos trabalhadores, com desenvolvimento sustentável e crescimento econômico, sem esquecer-se da equidade social e proteção do meio ambiente.

(TAVARES, 2009, pag. 11)

(17)

Tabela I: Número absoluto e percentual de acidentes do trabalho em relação aos assegurados ocorridos no período de 1971 a 1996.

ANO NUMERO DE

SEGURADOS

NUMERO DE

ACIDENTADOS PERCENTUAL

1971 7.553.472 1.330.523 17,61

1972 8.148.987 1.504.723 18,47

1973 10.956.956 1.632.696 14,90

1974 11.537.024 1.796.761 15,57

1975 12.996.796 1.916.187 14,74

1976 14.945.489 1.743.825 11,67

1977 16.589.605 1.614.750 9,73

1978 16.638.799 1.551.501 9,32

1979 17.637.127 1.444.627 8,19

1980 18.686.355 1.464.211 7,84

1981 19.188.536 1.270.465 6,62

1982 19.476.362 1.178.472 6,05

1983 19.671.128 1.003.115 5,10

1984 19.673.915 961.575 4,89

1985 20.106.390 1.077.861 5,36

1986 21.568.660 1.207.859 5,60

1987 22.320.750 1.137.124 5,09

1988 23.045.901 992.737 4,31

1989 23.678.607 888.343 3,75

1990 22.755.875 693.572 3,05

1991 22.792.858 629.918 2,76

1992 22.803.065 532.514 2,33

1993 22.722.008 412.292 1,81

1994 23.016.637 388.304 1,68

1995 23.614.200 424.137 1,79

1996 24.311.448 395.455 1,62

Fonte: Geocities (Adaptado).

O Brasil começou a ter esta preocupação mais tarde se comparado a Europa, uma vez que nossa Revolução industrial começou em 1930. Porém segundo Tavares (2009) e Delwing (2013), os fatos mais marcantes do desenvolvimento da segurança no trabalho foram:

 1919 D.C: Criada a Lei de Acidentes do Trabalho, tornando compulsório o seguro contra o risco profissional;

 1920 D.C: Surge primeiro médico de empresa em Taubaté/SP;

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 1923 D.C: Primeiro marco da Previdência Social brasileira foi a criação da Caixa de Aposentadorias e Pensões, para funcionários de empresas ferroviárias;

 1929 D.C: Foi desenvolvida uma pesquisa por Heinrich, onde o mesmo constatou que em 330 acidentes, apenas 30 tinham relação com lesões pessoais.

 1930 D.C: Criação do atual MET;

 1933 D.C: Surgimento de Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), IAPTEC (para trabalhadores em transporte e cargas), IAPC (para os comerciários), IAPI (industriários), IAPB (bancários), IAPM (marítimos e portuários) e IPASE (servidores públicos); (TAVARES, 2009, pag. 9)

 1934 D.C: Criação da Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, que mais tarde passou a Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE);

 1940 D.C: Foi promulgada a 1º Lei Ordinária, que se referia à segurança do trabalho;

 1941 D.C: Fundação da ABPA (Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes);

 1943 D.C: Criação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;

 1966 D.C: Originou o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, atualmente intitulado INSS (Instituto Nacional do Seguro Social);

 1966 D.C: Criação da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO, com a finalidade de desenvolver pesquisas científicas e tecnológicas, com relação à segurança e saúde dos trabalhadores;

 1971 D.C: Criação da Campanha Nacional de Acidentes do Trabalho

 1972 a 1974 D.C: Institucionalizou o Programa Nacional de Valorização do Trabalhador;

 1978 D.C: Iniciou a criação das Normas Regulamentadoras Urbanas – NR´s (regulamentação da CLT, art. 154 a 201);

 1988 D.C: Criação das Normas Regulamentadoras Rurais – NRR.

Na década de 90, viu-se a necessidade de revisão de varias normas regulamentadoras na segurança do trabalho e atualmente, vários setores estão envolvidos na prevenção de acidentes de doenças no trabalho. Vale ressaltar, que,

(19)

se tem criado várias leis objetivando o zelo pela manutenção da saúde do trabalhador, com único intuito de melhorar as condições de trabalho no Brasil.

(GOMES, 2011, pag. 14)

7.1.3 Normas Regulamentadoras (NRs)

Trata-se de um conjunto de requisitos e procedimentos referente à segurança e medicina do trabalho, e deve ser observado de forma obrigatória por todas as empresas quer seja privada, pública e órgãos do governo que possuam empregados que sejam regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

(INBEP, 2016)

INBEP (2016) diz também que o legalizou a criação desta NRs, foi à lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, a redação dos art. 154 a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à segurança e medicina do trabalho. Porém, o art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego, estabelecer as disposições complementares com relação à segurança do trabalho.

Com isso, dia 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego, aprovou a Portaria nº 3.214, que veio com a finalidade de regulamentar as normas pertinentes a Segurança e Medicina do Trabalho, também foram aprovadas 28 (vinte e oito) NRs e atualmente, há 36 (trinta e seis) NRs aprovadas pelo o Ministério do Trabalho e Emprego.

7.1.3.1 NR-10: Objetivo e Diretrizes

De acordo com Brasil (a) (2016, p. 01), a NR-10 tem como principal objetivo estabelecer o mínimo de condições/requisitos para execução de serviços com eletricidades, sempre visando garantir a segurança e saúde do trabalhador com medidas de controle e prevenção. Independente se estes trabalhadores tenham contato direto ou indireto com instalações elétricas ou serviços em eletricidades.

Vale ressaltar, que sua legalidade ordinária e específica que o torne existente judicialmente nesta NR, são os artigos 179 a 181 da CLT.

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Vale ressaltar que são vários os momentos que esta norma é utilizada, tornando NR mais utilizada e indispensável quando o assunto é serviços com eletricidades. (BRASIL a, 2016)

A NR 10 é aplicada em fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, bem como utilizada nas etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades. (BRASIL (a), 2016)

(21)

7.2 RISCOS NO TRABALHO DO SETOR ELÉTRICO

Quando se trata de eletricidade, muitas vezes não damos a atenção necessária para o perigo que circunda, afinal, não “enxergamos” o risco que ela nos causa. A inocuidade aparente e a fácil praticidade, possivelmente seja um dos motivos pelo qual isso vem ocorrendo, porém estes critérios devem ser utilizados para diminuir e até mesmo eliminar os riscos de acidentes. SAAD (1981, pag. 155)

Podemos observar também que, em nosso país, poucas são as normas técnicas existentes, com propósito único de normalização de aspectos de segurança de segurança no uso da eletricidade. Já aqueles de caráter legal existem desde a criação da consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n.º 5.452, de maio de 1.943, dadas na seção VIII (Instalações Elétricas) do capítulo V do Titulo II. No momento a Segurança em Eletricidade é regida pela nova redação dada ao mesmo capítulo e título acima indicados, pela lei 6.514 de 22 de dezembro de 1.977, regulamentada pela Portaria 3.214 de 08 de Junho de 1978. A Norma Regulamentadora desta Portaria, de n.º 10, é específica em relação à Segurança no emprego da eletricidade. (SAAD, 1981, p. 155)

.

7.2.1 Riscos no Uso da eletricidade

De acordo com Santos (2012, pag. 28), os trabalhadores do setor de energia elétrica, estão submetendo a riscos, onde o maior risco é de origem elétrica, independente da tensão, o risco chega a causar graves consequências.

Vale salientar, que em um ambiente de instalações elétricas, não é apenas riscos de acidentes de choque elétrico que pode ocorrer, por isso a necessidade equipamentos adequados na execução da obra, Santos (2012, pag. 28) cita alguns tipos de riscos existentes, são eles:

 Origem elétrica: choques elétricos e/ou ação de campos eletromagnéticos;

 Queda: utilização inadequada de equipamentos de proteção para elevação e/ou consequência de choques elétricos;

 Transporte e equipamentos: acidentes a caminho dos locais de trabalho e com equipamentos de elevação;

(22)

 Ataques de insetos: insetos em gerais, como por exemplo, abelhas e formigas;

 Ataques de animais peçonhentos: Cobras, aranhas e escorpiões;

 Ocupacionais: Riscos voltados para ruído, radiação solar e calor;

 Ergonômicos: quando se trata de postura inadequada, pressão psicológica e realização de horas extras.

7.2.1.1 Choque Elétrico

No corpo humano à passagem de corrente elétrica. Isso ocorre quando a corrente elétrica vence a resistência oferecida pelo corpo, quando isso acontece, o corpo se torna um circuito elétrico, pois proporciona um caminho para o trafego de corrente. (SANTOS, 2012, pag. 28)

Segundo Saad, (1981, pag. 155), há 2 (dois) fatores que determinam a gravidade do choque elétrico, que são a intensidade da corrente elétrica e o caminho percorrido pela corrente no corpo da pessoa, ou seja, o valor da tensão elétrica aplicada no corpo não determina.

Porém, um dos fatores no percurso da corrente no corpo humano, depende muito da posição do indivíduo com a instalação elétrica para que a mesma venha a ficar energizada, de acordo com Viana (2007, pag. 14), imagem abaixo orienta bem de como a corrente percorre o corpo humano:

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Figura 01: Percurso da corrente elétrica através do corpo humano.

Fonte: (VIANA, 2007, pag. 14)

No que se tange aos efeitos de choque elétrico, CPNSP (2005, pag. 21) diz que o mesmo pode fazer consigo contrações violentas dos músculos, fibrilação ventricular do coração, lesões térmicas e não térmicas e tais efeitos podem levar até mesmo a óbito por efeito indireto de quedas e batidas.

Viana (2007, pag. 14) compartilha opinião muito parecida e a imagem abaixo mostra os efeitos e as causas (diretos e indiretos):

(24)

Tabela II: Efeitos fisiológicos diretos da eletricidade.

Fonte: (VIANA, 2007, pag. 14) Tabela III: Efeitos fisiológicos indiretos da eletricidade.

Fonte: (VIANA, 2007, pag. 14)

(25)

Opinião parecida é compartilhada por CPNSP (2005, pag. 21), onde o mesmo cita que se a corrente for acima de 30 mA, mesmo que por um período de tempo pequeno, pode chegar a morte por asfixia, ou seja, é necessária uma ação rápida, no intuito de interromper esta passagem da corrente (A) pelo corpo. Esta morte por asfixia se deve pelo fato da contração do diafragma da respiração, causando assim a falta de respiração. Para tentar evitar o óbito, deve-se fazer uma respiração artificial em um intervalo de tempo não superior a três minutos. Se ultrapassar a isso, ocorrerão sérias lesões cerebrais a até mesmo levar ao óbito.

7.2.1.2 Queimaduras

De acordo com CPNSP (2005, pag. 25), a corrente elétrica através do revestimento cutâneo atinge o organismo, com isso a maioria das vitimas de acidente com eletricidade apresentam queimaduras, isso se deve pelo fato da alta resistência da pele, fazendo com que a passagem desta corrente produza queimaduras.

Tecnicamente, esta passagem de corrente elétrica em um condutor caracteriza um fenômeno chamado “Efeito Joule”, caracterizado pela quantidade de energia elétrica é transformada em energia térmica, e durante o choque elétrico, a pele trabalha como uma resistência à passagem desta corrente, fazendo com que haja uma produção de calor, surgindo assim queimaduras. Santos (2012, pag. 32).

CPNSP (2005, pag. 26) cita algumas formas de queimaduras, entre elas podemos citar:

 Queimadura por Contato: Aquele momento que se toca em um local energizado, onde os danos podem ser desde pequeno, deixando apenas uma mancha branca na pele, até mesmo mais profunda, onde poderia atingir até mesmo a parte óssea;

 Queimaduras por arco voltaico: Causado por corrente elétrica através do ar, curto circuito e conexão e desconexão de aparelhos elétricos podendo causar queimaduras de segundo e até mesmo terceiro grau. Quando acontece arco elétrico, possui energia o suficiente para causar incêndios;

 Queimadura por vapor metálico: Ocorre quando há fusão do elo fusível/condutor, com isso, há uma emissão de vapores e derramamento de metais agora derretidos que pode até mesmo atingir pessoas próximas.

(26)

7.2.1.3 Campos Eletromagnéticos

De acordo com Santos (2012, pag. 32), os campos eletromagnéticos normalmente são gerados por passagem de corrente elétrica através de um condutor. Este efeito possui a propriedade de direcionar a corrente para outros condutores próximos.

Em linhas de transmissão aérea e em subestações de distribuição de energia elétrica, onde os níveis de tensão e corrente são elevados, há a exposição a campos eletromagnéticos, que estabelecem uma diferença de potencial entre o corpo dos trabalhadores e os objetos ao seu redor. (SANTOS, 2012, pag. 32)

Mesmo assim, os intensos campos eletromagnéticos podem até mesmo interferir no funcionamento dos aparelhos eletrônicos, ou seja, usuários de marca- passos e/ou aparelhos auditivos, precisam ter alguns cuidados especiais, de acordo com Santos (2012, pag. 32).

7.2.1.4 Incêndios e Explosões

Quando se fala neste tipo de assunto, inicialmente veem à mente sobrecargas de circuitos elétricos que causam a ignição de materiais isolantes, porém, não é apenas esse tipo de acidente por incêndios e explosões, pode-se citar também o simples ato de abrir e fechar um interruptor. Centelhas que ao gerarem no interior de atmosferas com material explosivo ou inflamável podendo assim causar uma catástrofe. (SAAD, 1981, pag. 158)

Saad (1981) ainda comenta que não é apenas em ocorrência de centelhas que ocorre catástrofes, mesmo que em alguns lugares é admissível o aquecimento de circuitos elétricos, deve-se tomar cuidado com o aquecimento dos circuitos elétricos em local de atmosfera de substancias inflamáveis ou/e explosivas.

(27)

7.3 REALIDADE BRASILEIRA DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE

Segundo Abracopel (a), o ano de 2014 teve um aumento significativo em relação ao ano de 2013, ou seja, um aumento de aproximadamente 17,7% no número total de acidentes por eletricidade. Em casos de fatalidade, por exemplo, por choque elétrico o aumento foi superior a 6%, ou seja, enquanto em 2013 teve 592 casos, no ano de 2014 o número subiu para 627 mortes. Outro dado levantado é a esmagadora maioria sendo homem, sendo 560 casos contra 67 de acidentes fatais vitimando mulheres.

Abracopel (a) ainda enfatiza que acidentes envolvendo eletricidade somam os choques elétricos, incêndios por curtos-circuitos e descargas atmosféricas (raios) foram de 1.222 em 2015, já em 2014, foram 1.038 acidentes, sendo 822 por choques elétricos, destes 627 foram fatais. Acidentes por curtos-circuitos teve um total de 311 casos, totalizando 295 com evolução para incêndio resultando em 20 mortes, algo interessante é que todas foram em residências. Já nos casos de acidentes por descargas atmosféricas, foram 89 acidentes, destas 46 pessoas perderam a vida.

O inicio de 2015 foi preocupante, pois chegou ao quantitativo de 75 acidentes fatais no mês de janeiro, porém foi diminuindo consideravelmente nos meses sequentes. (Abracopel b)

(28)

Gráfico 01: Acompanhamento mensal de acidentes fatais no ano de 2014 por choque elétrico.

Fonte: Abracopel (a)

Como demonstrado no gráfico 01, o mês de fevereiro teve o maior número, com 70 casos fatais já o mês de agosto teve o menor número de casos, com 29 casos de vitimas fatais.

Quando se trata de vitimas fatais por região, Abracopel (a) em sua publicação diz que o maior número de ocorrência de vítimas fatais é na região nordeste, com cerca de 42%, já o local que tem o menor número de vitimas fatais é a região norte com cerca de 9%, como demonstrado no gráfico abaixo:

(29)

Gráfico 02: Distribuição percentual de acidentes fatais por choque elétrico por região no ano de 2014.

Fonte: Abracopel (a)

Abracopel (a) ainda demonstra no gráfico 03, acidentes fatais por faixa etária, onde a faixa que teve mais vitima foi entre os 21 e 40 anos, com 325 mortes.

Porém, um número muito triste e que chamou a atenção, foi na faixa etária de entre 0 e 5 anos, com 20 mortes, ou seja, crianças que perderam suas vidas por acidentes com choques elétricos, se for analisar ao pé da letra, onde crianças é na faixa etária de 0 a 15 anos, esse numero chega a 69 mortes. Se somado aos adolescentes que tem faixa etária entre 16 e 20 anos, temos um total de 107 acidentes fatais, nestes casos, os mesmos têm suas vidas ceifadas por total descuido ou desinformação sobre os perigos da eletricidade.

(30)

Gráfico 03: Acidentes fatais por faixa etária no ano de 2014.

Fonte: Abracopel (a)

Outro dado importante levantado pela Abracopel (a) se diz respeito aos locais em que as pessoas sofrem estes acidentes. No gráfico abaixo, o local que mais se destaca é o ambiente residencial com 180 mortes, isso pode se da por curto-circuito. Se somado todos os ambientes habitáveis (casas, apartamentos, sítios, chácaras ou fazendas, ambientes externos de prédios residenciais), o número chega a 214.

(31)

Gráfico 04: Acidentes fatais por local no ano de 2014.

Fonte: Abracopel (a)

Referente a redes aéreas, Abracopel (a) demonstra no gráfico abaixo que tem um número significativo de profissionais da construção civil, como pedreiros, pintores e ajudantes, seguido de eletricistas autônomos.

Gráfico 05: Acidentes na rede aérea por profissão.

Fonte: Abracopel (a)

(32)

Abracopel (c) afirma que a construção civil é o setor que mais causa vitima de acidentes por eletricidades, e isso poderia ter sido evitado com informação e cuidados simples desde uma observação ao projeto a uma simples solicitação à concessionária de energia local para a proteção da rede durante a realização do trabalho.

Outro indicador que teve um aumento significativo desde 2014 foi incêndios por curto-circuito Abracopel (d) cita que o seu diretor executivo, senhor Edson Martinho (Engenheiro) diz que mesmo com a variação na causa de tais acidentes, há um ponto em comum: falta de cuidado e o total descaso das pessoas envolvidas com as instalações elétricas, quer seja em casa, comércios ou mesmo na rua.

Conscientizar as pessoas que trabalham diretamente com eletricidade bem como terceiros quanto aos cuidados básicos e mostrar a importância de respeitar a eletricidade é um desafio, e este cuidado deve ser tomado desde a construção e reforma com acompanhamento de um profissional da para que revise instalações elétricas de suas casas, comércios etc. Abracopel (d).

Para respaldar esta informação, Abracopel (a), demonstra no gráfico que a região sudeste teve maior percentual com aproximadamente 39%, acredita-se que isso se deve ao fato da não observância de segurança em projetos além de ser a região com o maior número populacional.

(33)

Gráfico 06: Distribuição por regiões de incêndios por curto-circuito ano de 2014.

Fonte: Abracopel (a)

Já no ano de 2015, mesmo tendo uma diminuição considerável a região sudeste continuou sendo a região com maior percentual e a região centro oeste passou ser a região com menor percentual neste quesito, conforme ilustrado no gráfico abaixo.

Gráfico 07: Distribuição por regiões de incêndios por curto-circuito ano de 2015.

Fonte: Abracopel (b)

Norte 18%

Nordeste 25%

Centro Oeste 12%

Sudeste 28%

Sul 17%

(34)

Se comparar os anos de 2014 e 2015, a região sudeste teve um melhor avanço, diminuiu de 39% em 2014 para 28% no ano de 2015. Já a região que percentualmente teve o maior aumento foi a região norte, que em 2014 estava com cerca de 11% subiu para 18% no ano de 2015.

Ainda no que se refere a acidentes por curtos-circuitos a distribuição por local ficou da seguinte forma:

Gráfico 08: Distribuição de incêndios por curto-circuito por local no ano de 2014.

Fonte: Abracopel (a)

(35)

Já em 2015, teve os seguintes valores:

Tabela IV: Incêndio com causa de curto-circuito por local no ano de 2015.

LOCAL DE INCÊNDIO QUATIDADE FATAL

Casa 174 31

Comércio de pequeno porte 146 2

Comércios - outros 3 0

Empresa Pública 31 0

Escola 23 0

Hospital 11 0

Igreja 3 0

Indústria de Grande Porte 0 0

indústria de Pequeno e médio porte 13 0

Outros 4 0

Residência Multifamiliar - Apartamento 24 0

Residência Multifamiliar - área comum 0 0

Shopping Center 4 0

Sítio e Chácaras 1 0

Super e Hipermercado 4 0

TOTAL 441 33

Fonte: Abracopel (b) (Adaptado)

Nas ultimas décadas as condições de trabalho não teve a evolução esperada, isso reflete ao número de acidentes de trabalho que não diminuiu na proporção que deveria.

Com isso, muitos trabalhadores foram afetados, além das vitimas quando acidente era mais brando, as famílias quando o acidente passou a ser fatal e até mesmo o INSS, pois com isso tem-se eu pagar milhões de reais em indenizações e custos operacionais. Mediante a todos estes fatores, viu-se a necessidade de ampliação na NR-10. (ABRACOPEL (b))

(36)

8 METODOLOGIA

Visando também expor a importância da segurança com eletricidade, em especial a necessidade da utilização das medidas de proteção coletiva de forma prioritária, garantindo assim a segurança e saúde dos trabalhadores, pois mesmo tendo evoluído os métodos de segurança, e a norma atual do Brasil estando atualizada se comparada com as normas internacionais, o índice de acidentes ainda é alto, inclusive o de acidentes fatais.

A presente revisão bibliográfica será elaborada através de pesquisa exploratória e descritiva, de natureza aplicada com uma abordagem qualitativa, esta revisão bibliográfica, irá utilizar materiais do tipo livros e artigos, todos com ótimo valor intelectual de modo a enriquecer, respaldar e qualificar o presente estudo e buscando mostrar uma melhor familiaridade com o tema.

Infelizmente cada dia que passa sempre se tem visto tais acidentes, o que aumenta ainda mais preocupação e obrigação na orientação quanto esta temática segurança nas instalações elétricas pela falta de cuidados no projeto elétrico e até mesmo pela falta dele.

Posteriormente o direcionamento deste estudo será elencar e analisar os parâmetros de segurança em projetos elétricos da NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade sempre com a finalidade de diminuição parcial, e porque não total destes índices com trabalhadores que deixam de serem números quando se trata da vida humana.

(37)

9 CRONOGRAMA

ATIVIDADES MÊS

1º 2º 3º 4º 5º 6º

Encontros com o orientador

Revisão bibliográfica complementar Coleta de dados complementares

Redação do artigo cientifico

Revisão e entrega oficial do trabalho Apresentação do trabalho em banca

(38)

10 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

Abracopel (a). Número de Acidentes com Eletricidade em 2014 dão um salto.

Disponível em: <http://abracopel.org/blog/numero-de-acidentes-com-eletricidade-em- 2014-dao-um-salto/> Acesso em dez 2016.

Abracopel (b). Dados estatísticos de acidentes de origem elétrica de 2015.

Disponível em: <http://abracopel.org/noticias/confira-os-dados-estatisticos-de- acidentes-de-origem-eletrica-de-2015/> Acesso em dez 2016.

Abracopel (c). Profissionais da construção civil são as maiores vitimas de acidentes com eletricidade. Disponível em: <http://abracopel.org/blog/profissionais- da-construcao-civil-sao-as-maiores-vitimas-de-acidentes-com-eletricidade/> Acesso em dez 2016.

Abracopel (d). Curtos Circuitos estão ocorrendo com mais frequência.

Disponível em: <http://abracopel.org/blog/curtos-circuitos-estao-acontecendo-com- mais-frequencia/> Acesso em dez 2016.

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<http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/IndicadoresSegurancaTrabalho/pesquisaGeral .cfm> Acesso em nov 2016.

BRASIL (a), NR, Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. BRASILIA/DF, 2016.

BRASIL (b), ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-5410- Instalações Elétricas em Baixa Tensão. Rio de Janeiro ABNT, 2005.

(39)

CPNSP - COMISSÃO TRIPARTITE PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NO ESTADO DE SÃO PAULO. Curso Básico de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - Manual de Treinamento. Funcoge: Rio de Janeiro/RJ, 2005.

DELWING E. B. Curso Técnico em Segurança do Trabalho – Segurança do Trabalho I. Lajeado/RS: Centro de Educação Profissional Martin Luther, 2013

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(40)

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SAAD, E. G. Introdução à segurança do trabalho: textos básicos para estudantes de engenharia. São Paulo/SP: FUNDACENTRO, 1981.

SANTOS, E. C. S. Inspeção e Adequação das Instalações Elétricas e procedimentos de Trabalho de uma empresa à norma Regulamentadora NR-10.

1.º Edição, São Carlos/SP: USP, 2012.

VIANA, M. J. Recomendação Técnica de Procedimentos: Instalações Elétricas Temporárias em Canteiros de Obras. São Paulo/SP: FUNDACENTRO, 2007.

VILLAIN, F. S.; CAETANO, L. C. C. Segurança em Eletricidade: Proposta de Implantação da Nova NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade no Campus da UNESC. 1.º Edição, Criciúma/SC: UNESC, 2007.

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