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Universidade Federal de São Carlos. Acervo técnico do Prof. Dr. Rubismar Stolf. Para visualizar o trabalho vá para a próxima página

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Academic year: 2021

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CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS- campus de Araras

Prof. Dr. Rubismar Stolf - rubismar@cca.ufscar.br

Departamento de Recursos Naturais e Proteção Ambiental Via Anhanguera, km 174. Cx.Postal.153  CEP 13600-970 ARARAS SP BR

Acervo técnico do Prof. Dr. Rubismar Stolf

Acesso: http://www.cca.ufscar.br/~rubismar/ OU http://www.cca.ufscar.br/drnpa/hprubismar.htm

SERAFIM, L.G.F.; STOLF, R.; SILVA, J.R.; SILVA, L.C.F.; MANIERO, M.A.; BASSINELLO, A.I. Influência do plantio mecanizado no índice de brotação da cana-de-açúcar. STAB (Piracicaba), v. 31, p. 22-25, 2013.

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(2)

Influência do Plantio Mecanizado no Índice de Brotação da Cana de Açúcar

*L. G. F. Serafim; *R. Stolf; **J. R. Silva; *L. C. F. Silva; *M. A. Maniero; *A. I. Bassinello

R

esumo

O plantio mecanizado da cultura tem aumentado nos últimos anos devido à redução de mão de obra, à introdução de leis trabalhistas e aos custos opera­

cionais do sistema manual convencional.

O objetivo do trabalho foi avaliar a taxa de brotação das mudas de cana sub­

metidas às diferentes etapas do plantio mecanizado: a) colheita mecânica das mudas; b) colheita mecânica e trans­

bordo; c) colheita mecânica, transbordo e plantio mecânico, comparadas com mu­

das colhidas e plantadas manualmente.

A variedade testada foi a RB 92 8064 e o ensaio foi conduzido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Campus Araras. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação com umidade e tem­

peratura controladas (65% e 25°­32°C, respectivamente) para fornecer à cultura condições ideais para sua brotação. As mudas foram plantadas em bandejas plásticas e foi realizada a contagem das gemas antes do plantio de cada to­

lete. Dessa forma, pode­se comparar a quantidade de gemas que brotaram em relação à quantidade plantada. Observou­

se significativa redução no índice de brotação do plantio mecanizado quando comparado com o método manual (cerca de duas vezes menor). Concluiu­se que a referida redução da brotação ocorreu devido à colheita mecanizada e não às etapas subsequentes (transporte, trans­

bordo e plantio mecanizado propriamente dito), não se obtendo diferenças signifi­

cativas entre elas.

Palavras-chave: Cana de açúcar; Plantio mecanizado; Brotação

s

ummaRy

The mechanized sugarcane planting has increased in recent years due to reduction of manpower, the introduction of labor laws and the operating costs of the conventional manual planting.

The aim of this study was to evaluate the rate of cane sprouting subjected to different stages of mechanized planting:

(a) mechanical harvesting of plants; (b) mechanical harvesting and transshipment, (c) mechanical harvesting, transshipment and mechanical planting, compared with plants harvested and planted by hand.

The test was carried out at Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) using the variety RB 92 8064. The experiment was conducted in a greenhouse with controlled temperature and humidity to provide the culture conditions for their germination. The seedlings were planted in plastic boxes and the counts of buds were performed before planting each oarlock.

Thus, one can compare the amount of buds that have sprouted on the amount planted. A significant reduction in the rate of sprouting of mechanized planting was observed (approximately two times lower as compared with the manual method).

It was concluded that this reduction was due to mechanical harvesting, but not the subsequent steps (transhipment, transport and mechanized planting itself), getting no significant differences between them.

Keywords: Cane sugar; Mechanized planting; Sprouting

I

ntRodução

A tentativa de introdução do plantio mecanizado no Brasil data do início da década de 1980 (STOLF et al., 1981),

sendo efetivamente introduzida como alternativa comercial nos anos 2000. Além da redu ção da disponibilidade de mão de obra, o fator determinante foi a proibição legal de operários trabalharem sobre caminhões e carretas em movimento para distribui ção manual de mudas nos sulcos. Uma análise detalhada do sistema pode ser vista em especial em Ripoli et.

al. (2006), Ripoli & Torrezan (2008) bem como em Coleti & Stupiello (2006), Barão (2007), Janini et al. (2008), e Benediti (2009). Muitos são os fatores que podem influenciar a brotação da cana sendo eles, fatores ambientais (temperatura e umi­

dade), genéticos e fisiológicos (variedade, idade, tamanho e sanidade das gemas) e fitotécnicos (praticas agrícolas realizadas no campo). São três as etapas funda­

mentais do plantio mecânico: 1­co lheita mecanizada das mudas, 2­ transporte e transferência das mesmas (feita por tratores ou caminhões que possuem uma carreta basculante, conhe cida como trans­

bordos) e 3­ plantio com a plantado ra.

Essas etapas mecanizadas que as mudas passaram a ser submetidas aumentaram a possibilidade de causar danos adicionais às gemas. O presente trabalho tem por objetivo analisar e quantificar a taxa de brotação das gemas de cana quando estas forem submetidas às três citadas etapas do plantio mecânico, comparando­as ao plantio convencional (onde as mudas são colhidas manualmente). Além da com­

paração entre os dois métodos, também foi analisado em qual das três etapas ocorre a maior queda da taxa de brotação devido aos impactos que elas proporcio­

nam às gemas.

m

ateRIale

m

étodos

O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Campus Araras (Araras, SP). Foram utilizados toletes

* Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Campus Araras, SP.

** Instituto Agronômico de Campinas,

Centro de Engenharia, Jundiaí, SP.

(3)

de cana coletados na Usina São João (Gru po USJ) da variedade RB 92 8064.

Realizou­se o plantio em bandejas plásti­

cas com dimensão de 40 cm x 30 cm x 15 cm, que continham substrato. Tanto a escolha da casa de vegetação quanto à do substra to teve como objetivo bus­

car condições climáticas e ambientais próximas do ideal de germinação, de forma a isolar apenas a variável que se deseja avaliar, no caso, a queda na taxa de brotação devida a danos mecânicos, ou seja, causada pelos impactos que a muda sofre nas diferentes etapas do plantio mecanizado.

O experimento foi conduzido da seguinte maneira:

­ Foram propostos quatro tratamentos, com 15 repetições para cada um, sendo utilizadas portanto 15 bandejas plásticas para cada tratamento. Em cada bandeja foram plantados três toletes de cana.

Antes do plantio foi realizada a conta­

gem total de gemas por bandeja.

Tratamento A: (Testemunha) Toletes coletados após a colheita manual.

Tratamento B: Toletes coletados logo após a colheita mecânica, com colhedora preparada para colheita de mudas.

Tratamento C: Toletes coletados após o transbordo das mudas para a plantadora.

Tratamento D: Toletes coletados após terem passado pela plantadora (toletes já no sulco de plantio).

O experimento foi avaliado semanal men­

te através da visualização das bandejas na casa de vegetação, onde as gemas que haviam emergido do substrato eram quantificadas e anotadas. No total foram realizadas quatro avaliações consideran­

do o numero de DAP (dias após o plantio):

7 DAP; 14 DAP; 21 DAP e 28 DAP. Na última análise, além da contagem das gemas emergidas também foi feita a re­

tirada dos toletes das bandejas plásticas para observar se não havia nenhuma gema em processo de brotação, mas que ainda não tivesse emergido. Fato este, não ocorrido em nenhuma bandeja pois as gemas se apresentaram mortas (Fotos 1 a 4).

Os dados foram comparados através de médias pelo Teste­t, utilizando o valor P (probabilidade) >0,05 para detecção de diferenças significativas ao nível de 5 % de probabilidade (Foto 5).

R

esultadose

d

Iscussão

O objetivo principal do trabalho é verifi­

car se existem diferenças estatísticas na brotação da cana no método de plantio convencional (Tratamento A) em relação às etapas do plantio mecanizado (Trata­

mentos. B, C e D). Para tal, considerou­

se o número total de brotações em cada

Foto 1 - Toletes coletados manualmente com facão sem pro-

vocar danos mecânicos (Tratamento A) Foto 2 - Toletes coletados logo após a colheita mecânica e antes do transbordo (Tratamento B)

Foto 3 - Toletes sobre a plantadora de cana antes do plantio

(Tratamento C) Foto 4 - Toletes coletados após terem passado pela planta-

dora já no sulco de plantio (Tratamento D)

(4)

Foto 5 - Ensaio de brotação em estufa 28 dias após o plantio

Figura 1 - Porcentagem final de brotação nos 4 tratamentos e resultados do teste t na comparação desses resultados

Figura 2 - Contagem de emergência de brotos

tra tamento (Figura 1). Pelos dados da Figura 1 verifica-se que os tratamentos B, C e D resultaram muito próximos entre si, não ocorrendo diferenças signifi- cativas entre os mesmos ao nível de 5 % de probabilidade (P>0,05). Por outro lado, resultados significativos foram obtidos ao comparar tratamento A com os trata­

mentos B, C e D. Dessa forma conclui­se que as perdas de gemas devido a danos mecânicos ocorrem na fase de colheita mecânica da muda e não nas as etapas seguintes de plantio.

A Figura 2 apresenta a contagem semanal de emergência de brotos. É possível veri­

ficar que o maior percentual de brotação da cana se deu na segunda semana após o plantio.

Outros estudos semelhantes têm sido realizados (COLETI & STUPIELLO, 2006; RIPOLI et. al., 2006; BARÃO, 2007; RIPOLI & TORREZAN, 2008;

CEBIM, 2008; GARCIA, 2008; JA­

NINI et al., 2008; BENEDITI, 2009) analisan do o desempenho operacional de plantadoras, densidade de plantio, falhas na formação do canavial (STOLF, 1986), no conjunto, importantes para a consoli­

dação da nova tecnologia, havendo um consenso de que a introdução do plantio mecanizado é irreversível (Fotos 6 e 7).

c

onclusões

Nas condições estudadas as conclusões obtidas foram:

­ O tratamento A (plantio convencional) apresenta brotação estatisticamente su­

perior a qualquer etapa do plantio me­

canizado (praticamente 2 vezes maior).

­ Entre as etapas do plantio mecanizado (Tratamentos B, C e D), apesar da apa ren te diferença no desempenho de brotação, tal discriminação não pode ser corroborada estatisticamente.

­ A etapa correspondente a colheita me­

canizada das mudas é a fase de maior dano às gemas, pois após esta etapa a taxa de brotação é praticamente mantida a mes­

ma para as outras que lhe são subseqüentes (transbordo e plantio mecânico).

a

gRadecImentos

À Usina São João e Engenheiro Agrôno­

mo Marcel Wigman pela disponibilida­

de de material biológico e ao Técnico

José Ciofi - UFSCar pela disponibilidade

das caixas plásticas, substrato e a casa de

vegetação.

(5)

Foto 6 - Colhendo muda mecanicamente

Foto 7 - Muda com gema proeminente:

maior probabilidade de dano mecânico

R

efeRêncIas

B

IBlIogRáfIcas

BARÃO, C.O. Avanço do plantio me­

canizado. Revista Canavieiros, Sertãoz­

inho, n. 11, 2007.

BENEDINI, M.S. Seminário CTC discute plantio mecanizado. Revista Canaviei- ros, Sertãozinho, ano 4, n. 40, 2009. p.

32­35

COLETI, J.T.; STUPIELLO, J.J. Plantio da cana de açúcar. In: SEGATO, S. V. et al (Org.). Atualização em produção de cana de açúcar. Piracicaba: CP 2, 2006.

p. 138­153.

CEBIM, G.J. Plantio mecanizado de cana de açúcar. 2008. Dissertação (Mestrado em Máquinas Agrícolas) – Escola Supe­

rior Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo. Piracicaba, 2008.

GARCIA, M.A.L. Avaliação de um sistema de plantio mecanizado de cana de açúcar. 2008. Dissertação (Mestrado em Máquinas Agrícolas) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Univer­

sidade de São Paulo, Piracicaba, 2008.

JANINI, D.A.; RIPOLI, T.C.C.; CEBIN, G. Análise operacional e econômica do sistema de plantio mecanizado de cana de açúcar (Saccharum spp.). STAB.

Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil, v. 26, p. 51­57, 2008.

RIPOLI, T.C.C.; RIPOLI, M.L.C.; CA­

SAGRANDI, D.V.; IDE, B.Y. Plantio de cana de açúcar: Estado da arte. 1a.. ed.

Piracicaba: edição dos autores, 2006. v.

1. 216 p.

RIPOLI, T.C.C.; TORREZAN, H.F.

Plantio mecanizado do canavial. In:

SEGATO. S.V.; FERNANDES, C.; PIN­

TO, A.S. (Org.). Expansão e renovação do canavial. 1 ed. Ribeirão Preto: CP2, 2007, v. 1, p. 257­280.

STOLF, R.; FERNANDES, J.; FUR­

LANI NETO, V. L. Influência do plantio mecanizado no índice de germinação da cana de açúcar. In: CONGRESSO NACIONAL DA STAB, 2., 1981, Rio de Janeiro. Anais...v.3/4, p.443­56. Disp. em

<http://www.cca.ufscar.br/~rubismar/>

STOLF, R. Metodologia de avaliação de falhas nas linhas de cana de açúcar.

STAB, Piracicaba, v.4, n.6, p.22­36, jul./

ago.1986. Disp. em <http://www.cca.

ufscar.br/~rubismar/>

Referências

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