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28,5% 23,7% 17,4% 16,5% Sem rendimento Até 1 sm Mais de 1 a 2 sm Mais de 2 a 3 sm Mais de 3 a 5 sm Mais de 5 sm

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Introdução

No Brasil e em vários países emergentes, a maior parte da população se encontra na base da pirâmide, com rendimentos baixos, o que os impossibilita de saciar por completo suas necessidades e anseios de consumo.

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, realizada pelo IBGE em 2009, 58% das famílias brasileiras ou não possuem rendimento, ou apresentam rendimento médio mensal de até 3 salários mínimos.

Já na região metropolitana de Recife, este percentual sobe para 69,3% (Figura 1).

Figura 1: Percentual de famílias por classe de rendimento médio mensal – Brasil e Região Metropolitana de Recife – 2009.

2,4%

14,5%

23,7%

17,4% 19,8%

22,2%

3,6%

20,7%

28,5%

16,5%

14,6% 16,1%

Sem rendimento Até 1 sm Mais de 1 a 2 sm Mais de 2 a 3 sm Mais de 3 a 5 sm Mais de 5 sm

Brasil RM Recife

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – 2009, IBGE

Recentemente, em especial após os estudos de Prahalad e Hammond (2002), as empresas e a academia passaram a prestar mais atenção ao consumidor de baixa renda, identificando-o como foco de potencial consumo.

A estrutura de consumo das famílias brasileiras está passando por uma reformulação. Na ultima década, 48,7 milhões de pessoas foram inseridas na

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classe média, classe que atualmente gasta mais com bens de consumo e transportes e menos com habitação e alimentação. Segundo o antropólogo Everardo Rocha, não é apenas uma questão das classes mais pobres irem às compras, mas sim indícios da globalização do consumo no país (O Globo, 04/02/12).

Dessa forma, não apenas o que se convencionou chamar de “nova classe média”, mas, também, a população de mais baixa renda passou a ser alvo de interesse do mercado empresarial e da academia no que tange aos aspectos relacionados ao consumo. Para além do foco social ou, até mesmo, assistencialista, o desenvolvimento de ações mercadológicas para a população de baixa renda passa a ser instrumento de melhora das condições de vida dessa camada da população (PRAHALAD e HAMMOND, 2002)

Prahalad (2009) afirmou que a base da pirâmide pode ser vista de diferentes perspectivas, isto porque a base da pirâmide é composta por pessoas de diferentes níveis de renda, grau de instrução, cultura, religião, local de moradia, entre outros, não sendo portando, um grupo homogêneo.

No Brasil, alguns estudos trouxeram evidências de que o segmento da baixa renda não é homogêneo, como a pesquisa de Silva e Parente (2007), que verificou a existência de diversos perfis de consumo nas famílias de baixa renda na cidade de São Paulo. Os dados da pesquisa são provenientes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (2002-2003) – POF, que investiga a composição do orçamento doméstico.

1.1. Objetivo do Estudo

O principal objetivo deste estudo é comparar os padrões de consumo da população de baixa renda na região metropolitana de Recife, com base na análise da composição de seus orçamentos familiares nos anos de 2002/2003 e 2008/2009.

Também será analisada a relação entre os padrões de consumo encontrados e variáveis sócio-econômicas, demográficas e de avaliação da qualidade e vida.

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1.2. Relevância do Estudo

A relevância do estudo se dá pelo fato de que, apesar do recente aumento do número de pesquisas sobre a população de baixa renda no Brasil na área de Administração, pouco se estudou, ainda, sobre os padrões de consumo desse segmento na Região Nordeste. Essa pesquisa pretende contribuir, portanto, para reduzir essa importante lacuna, uma vez que 62,1% dos trabalhadores nordestinos vivem com rendimento de um salário mínimo, contra 35,9% no Brasil (PNAD/IBGE, 2006).

Do ponto de vista das implicações gerenciais, este estudo possibilitará às empresas um melhor entendimento deste mercado, auxiliando-as em um melhor suprimento de produtos e serviços para o segmento em questão.

Para a academia, a relevância deste estudo está em conhecer melhor o perfil de consumo das famílias de baixa renda da Região Metropolitana de Recife, suas características sócio econômicas, demográficas e avaliações da condição de vida.

1.3. Delimitação do Estudo

Este estudo possui delimitações geográficas e econômicas, são elas:

 Consumidor de baixa renda: não há consenso na literatura sobre como classificar uma família como de baixa renda. Para o presente estudo serão considerados como de baixa renda, as famílias com renda entre 1 e 3 salários mínimos. Para a pesquisa de 2002/2003, este valor varia entre R$240,00 e R$720,00, (considerando o salário mínimo em abril de 2003, R$240,00), e entre R$465,00 e R$1.395 para o período de 2008/2009, (salário mínimo em fevereiro de 2009, R$465,00).

 Geográfica: A única região estudada será a região metropolitana de Recife. Tal decisão se deve ao fato de que, nos últimos anos, segundo o Boletim Regional do Banco Central do Brasil (2011), nos últimos anos, o estado de Pernambuco vem apresentando uma economia mais dinâmica do que a maioria dos outros estados. Esse dinamismo ocorre em função de alguns fatores observados nesta região, sendo o fortalecimento da demanda interna identificado como fator principal na sustentação do

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crescimento econômico do estado. Ressalta-se que este fortalecimento da demanda é resultado, principalmente, dos benefícios sociais transferidos pelo setor público, do aumento real do salário mínimo e da expansão dos financiamentos para projetos de investimento. Tendo em vista as diferenças de padrão de consumo entre as regiões metropolitana e rural de Pernambuco, optou-se por delimitar o estudo à região metropolitana de Recife.

 Orçamento e consumo: No presente trabalho, o “padrão de consumo” é inferido a partir dos padrões orçamentários das famílias, conforme categorias de destinação do orçamento familiar estabelecidos pela POF/IBGE.

1.4. Pergunta de Pesquisa

Ao final desta pesquisa pretende-se responder às seguintes perguntas de pesquisa:

 Que segmentos de consumo das famílias de baixa renda da região metropolitana de Recife nos anos 2002/2003 e 2008/2009 podem ser identificados?

 Há diferença nos padrões de consumo das famílias de baixa renda entre os anos de 2002/2003 e 2008/2009?

1.5. Estrutura da Dissertação

O capítulo dois apresenta a revisão de literatura sobre baixa renda, e padrões de consumo no Brasil, além de estudos sobre o crescimento da economia do Nordeste, e das ações governamentais na região nesta última década.

No capítulo três, será detalhado o método utilizado na pesquisa, além de uma explicação aprofundada sobre a Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF, seu histórico, informações sobre a coleta, amostra, e apresentação das variáveis utilizadas na análise.

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O quarto capítulo, Resultados, apresentará os resultados obtidos na análise dos dados, observando a composição dos diferentes perfis de consumo nos períodos de 2002/2003 e 2008/2009. Também será feita uma análise comparando os resultados dos dois períodos em questão.

No último capítulo, Considerações Finais, serão apresentados os principais resultados do estudo, além das conclusões obtidas, das recomendações para futuros estudos e implicações gerenciais.

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