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ANO II RIO D E JANEIRO, 24 D E JUNHO D E 1933 N. 107

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BOLETIM ELEITORAL

ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

(Decreto n. 21.076, de 24 de fevereiro de 1932) * R p | 3

ANO II RIO D E JANEIRO, 24 D E JUNHO D E 1933 N. 107

TRIBUNAIS REGIONAIS Lista dos Presidentes Acre — Desembargador D j a l m a de M e n d o n ç a .

Amazonas — Desembargador A n t e r o Coelho de Rezende.

P a r á — Desembargador J ú l i o Gosta.

M a r a n h ã o — Desembargador A l b e r t o C o r r ê a L i m a . P i a u í — Desembargador E r n e s t o J o s é B a p t i s t a . C e a r á — Desembargador F a u s t i n o de A l b u q u e r q u e .

Rio Grande do Norte — Desembargador L u i z T a v a r e s de L y r a P a r a í b a — Desembargador P a u l o H y p a c i o da S i l v a .

P e r n a m b u c o — Desembargador L u i z C. L a c e r d a de A l m e i d a . Alagoas — Desembargador M a n o e l L . F e r r e i r a P i n t o . Sergipe — Desembargador J . Dantas B r i t o .

B a í a — Desembargador E z e q u i e l P o n d e .

E s p i r i t o Santo — Desembargador Carlos X a v i e r Paes B a r r e t o . D i s t r i t o F e d e r a l — D e s e m b a r g a d o r A t a u l p h o N á p o l e s de Paiva*

Rio de J a n e i r o — Desembargador E l o y D i a s T e i x e i r a . São P a u l o — M i n i s t r o Affonso J o s é de C a r v a l h o . P a r a n á — Desembargador A n t ô n i o M a r t i n s F r a n c o . Santa C a t a r i n a — Desembargador E r i c o E n n e s T o r r e s . Rio Grande do S u l — Desembargador L u i z M e l l o G u i m a r ã e s . M i n a s G e r a i s — Desembargador G e n t i l N . M o u r a R a n g e l . Mato Grosso — Desembargador P a l m y r o P i m e n t a .

Góiáz — Desembargador M a u r i l l o A . F l e u r y .

,.' S e c r e t a r i a do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , e m 2 de m a i o de 1933. — Edmundo Barreto Pinto, o f i c i a l . — Visto, Gomes de Castro, d i r e t o r .

S U M Á R I O

J u r i s p r u d ê n c i a cio Tribunal Superior:

1. Processo n. 356 Rio Grande do Sul.

2. Processo n. 371 Minas Gerais.

3. Processo n. 394 Sergipe.

4. Processo n. 423 M a r a n h ã o . 6. Processo n. 429 Mato Grosso;

6. Processo n. 457 Espirito Santo.

7. Processo n. 461 Distrito Federal.

8. Processo n. 466 Rio Grande do Norte.

9. Processo n. 469 Rio Grande do Sul.

10. Processo n. 476 C e a r á .

11. Processo n. 480 Santa Catarina e Goiaz 12. Processo n. 481 M a r a n h ã o .

13. Processo n. 482 Espirito Santo.

14. Processo n. 486 M a r a n h ã o e P i a u í . 15. Processo n. 493 Minas Gerais.

16. Processo n. 496 Distrito Federal.

17. Processo n. 501 Distrito Federal.

18. Processo n. 504 P a r a í b a .

19. Processo n. 505 Distrito Federal.

20. Processo n. 507 Sergipe.

21. Processo n. 509 Rio Grande do Norte.

22. Processo li. 510 Acre.

23. Processo n. 514 Rio Grande do Sul.

24. Processo n. 515 —i P a r a í b a .

II — J u r i s p r u d ê n c i a do Tribunal Regional do Dlatrlto Federal

III — Editais e a v i s o s »

T R I B U N A L SUPERIOR DE J U S T I Ç A E L E I T O R A L

J U R I S P R U D Ê N C I A

A r i . 14, n . 4, do C ó d i g o E l e i t o r a l e art. 30, classe 5", do Regimento Interno do T r i b u n a l E l e i t o r a l

Processo n. 356 N a t u r e z a do processo — R i o Grande do S u l — Sobre a s i t u a -

ção do D r . J o s é A l s i n a de L e m o s , como j u i z e l e i t o r a l da 29" zona do E s t a d o do R i o G r a n d e do S u l , v i s t o haver sido r e m o v i d o e p o s t e r i o r m e n t e declarado avulso, como j u i z de d i r e i t o , pelo i n t e r v e n t o r f e d e r a l .

•Jniz r t l a t o r — O S r . D r . J o s é de M i r a n d a V a l v e r d e . Aos magistrados eleitorais são as- seguradas as garantias da magistratura federal (Código Eleitoral, art. 6

o

) e os ,l magistrados federais além de vitalícios

são inamoviveis — decreto n. 848, de • 11 de outubro de 1890, art. 2° — Const.i Fed., art. 6°, / / , letra "i".

Por esses fundamentos e consoante a jurisprudência já firmada, resolve-se declarar que o Dr. José Alsina de Lemos deve continuar no cargo de juiz eleito- ral da 2 9 ' zona no Estado do Rioi Gran- de do Sul, não obstante o ato do inter- ventor federal que o removeu e, mais tarde, declarou avulso o mesmo juiz.

ACÓRDÃO

V i s t o s e examinados estes autos de consulta d i r i - gidos pelo T r i b u n a l R e g i o n a l do E s t a d o do R i o Grande

do S u l , concernentes á r e m o ç ã o c o m p u l s ó r i a do j u i z da eomarca de Santa V i t o r i a p a r a a de C a n g u s s ú , d e t e r m i n a d a pelo ato n . 126, de 18 de fevereiro do corrente, emanado do i n t e r v e n t o r federal no mesmo E s t a d o , como t a m b é m á c i r c u n s t a n c i a de haver a i n - t e r v e n t o r i a federal declarado avulso o dito j u i z , por não ter assumido no prazo legal o e x e r c í c i o n a c o - m a r c a p a r a onde f o r a r e m o v i d o :

Considerando que aquele j u i z , D r . J o s é A l s i n a de L e m o s , exerce a i n d a o cargo de j u i z e l e i t o r a l da 29"

zona no d i t o Estado, cargo esse que foi legalmente p r o v i d o ;

Considerando que "aos magistrados eleitorais s ã o asseguradas as garantias da m a g i s t r a t u r a f e d e r a l "

( C ó d i g o E l e i t o r a l , art. 6 ° ) , e os magistrados federais,

a l é m de v i t a l í c i o s , s ã o inamoviveis (decreto n . 848,

de 11 de o u t u b r o de 1890, a r t . 2

o

; C o n s t . F e d . , art. 6°,

(2)

II, , l e ' - a i ; Carlos M a x i m i l i a n o , C o m . á Const. B r . , 3 ' edigãir, n . 373) ;

í •msiderando, portanto, em face do exposto e dos fundamentos constantes do a c ó r d ã o p r o f e r i d o por este T r i b u n a l S u p e r i o r a 17 de j a n e i r o do ano corrente

( B o l e t i m E l e i t o r a l n . 28), que é inoperante o a l u d i d o ato da i n t e r v e n t o r i a federal r e l a t i v a m e n t e ao cargo de j u i z e l e i t o r a l exercido pelo D r . J o s é A l s i n a de L e m o s :

A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l , reunidos em s e s s ã o , responder á c o n - sulta, declarando que o D r . J o s é A l s i n a de L e m o s , n ã o obstante o ato mencionado da i n t e r v e n t o r i a , deve c o n - t i n u a r a exercer o cargo de j u i z e l e i t o r a l da 29* z o n a .

T r i b u n a l S u p e i r o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 20 de a b r i l do 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— José de Miranda Valverde, r e l a t o r . — Eduardo Es- pinola, de acordo com o r e l a t o r e com a seguinte d e - c l a r a ç ã o de v o t o :

"Sobre as garantias conferidas aos magistrados eleitorais pela l e g i s l a ç ã o a t u a l t i v e ensejo de e m i t i r o p i n i ã o fundamentada, a p r o p ó s i t o do caso de u m j u i z do Estado de Mato G r o s s o .

ü ponto fundamental da c o n t r o v é r s i a era este:

Quando o Código E l e i t o r a l declara, no art. 6

o

, que

— aos magistrados e l e i t o r a i s s ã o asseguradas as g a - rantias da m a g i s t r a t u r a federal — restabeleceu, em r e - l a ç ã o aos magistrados eleitorais, as garantias que a C o n s t i t u i ç ã o da R e p ú b l i c a confere á m a g i s t r a t u r a f e - deral?

Ou, tendo em c o n s i d e r a ç ã o as r e s t r i ç õ e s r e s u l t a n - tes do decreto n . 19.398, de 11 de n o v e m b r o de 1930, a r t s . 4

o

e 8

o

, quis d e i x a r manifesto que aos m a g i s - trados eleitorais s ã o assegurados os mesmos d i r e i t o s

que t ê m , na l e g i s l a ç ã o atual, e que v i e r e m a ter, os magistrados federais?

P a r e c e u - m e que esta ú l t i m a s o l u ç ã o devera ser admitida, p r i n c i p a l m e n t e porque, n ã o tendo sido r e s - tabelecidas as p r e r r o g a t i v a s c o n s t i t u c i o n a i s da," m a g i s - t r a t u r a federal em geral, n ã o h a v i a r a z ã o p a r a c o n s i - d e r á - l a s restauradas em r e l a ç ã o aos magistrados f e - derais e estaduais que fossem j u i z e s eleitorais, e n ã o assim quanto aos p r ó p r i o s magistrados federais, que n ã o tivessem f u n ç ã o e l e i t o r a l . E n t e n d e u de modo d i - verso este T r i b u n a l p e l a m a i o r i a de seus m e m b r o s .

S e r i a o suficiente p a r a que eu, acatando, como me cumpre, a r e s p e i t á v e l d e c i s ã o , de acordo c o m ela me pronunciasse nos casos futuros, a n ã o ser que a l - gum elemento novo de c o n v i c ç ã o me conduzisse a reconsiderar os fundamentos da s o l u ç ã o .

Devo acrescentar que a i n t e l i g ê n c i a , que deu o T r i b u n a l aos d i s p o s i t i v o s vigentes sobre as p r e r r o g a - tivas da m a g i s t r a t u r a e l e i t o r a l , obteve a s a n ç ã o do E x e c u t i v o , com a r e p a r a ç ã o que fez, por ato de seu representante na i n t e r v e n t o r i a local, ao m a g i s t r a d o que invocara o veridictum do T r i b u n a l S u p e r i o r .

Tanto n a h e r m e n ê u t i c a c o n t r a t u a l , como n a l e - gal, o modo p r á t i c o de e x e c u ç ã o , por que se c o n d u z i u o autor da d e c l a r a ç ã o de vontade, seja o contratante ou o Poder L e g i s l a t i v o , fornece o mais v a l i o s o s u b s i - dio p a r a se compreender o alcance e o c o n t e ú d o do ato i n t e r p r e t a d o .

Voto, pois, de acordo com o que d e c i d i u este T r i - b u n a l no caso a n t e r i o r .

Ha, entretanto, a considerar o s e g u i n t e :

E ' manifesto que no sistema do Código E l e i t o r a l , em regra, o magistrado e l e i t o r a l somente o é porque pertence ao corpo j u d i c i á r i o , p o r q u e é j u i z federal ou e s t a d u a l .

Se d e i x a r o cargo j u d i c i a l , de que lhe r e s u l t a a i n v e s t i d u r a e l e i t o r a l , p e r d e r á t a m b é m esta.

E ' mister, p o r é m , que a p r i v a ç ã o daquele se v e r i - fique de acordo com a l e i , sem p r e j u í z o das garantias que a l e i assegura aos magistrados federais e que o a r t . 6

o

do Código r e a f i r m a em favor dos j u i z e s e l e i - t o r a i s .

• Sendo esse o caso, isto ó, reconhecida a l e g i t i m i - dade da d e s t i t u i ç ã o do cargo j u d i c i á r i o , n e n h u m d i - r e i t o resta quanto ao e l e i t o r a l .

S i , p o r é m , f ô r d e s t i t u í d o o j u i z federal ou esta- d u a l , sem respeito á s garantias asseguradas á m a g i s - t r a t u r a federal, n ã o pode este T r i b u n a l a d m i t i r que lhe n ã o assista d i r e i t a a c o n t i n u a r na f u n ç ã o e l e i - t o r a l .

P o d e r á , e n t ã o , s u r g i r u m conflito i n s o l u v e l pelos meios o r d i n á r i o s que, nas c o n d i ç õ e s atuais, somente o Chefe do G o v e r n o P r o v i s ó r i o , com os seus poderes d i s - c r i c i o n á r i o s , e s t a r á no caso de r e s o l v e r .

Não h a como desconhecer que, no caso atual, foi desatendida a g a r a n t i a da i n a m o v i b i l i d a d e dos m a g i s - trados, g a r a n t i a que lhes assegura a C o n s t i t u i ç ã o com t a m a n h a energia, que p a r a o seu prestigio admite a i n t e r v e n ç ã o do G o v e r n o F e d e r a l nos Estados ( a r t . 6°, II, i, da C o n s t i t u i ç ã o F e d e r a l ) .

T a i s os m o t i v o s por que concluo de acordo c o m o E x m o S r . r e l a t o r : este T r i b u n a l n ã o pode r e c o n h e - cer que o j u i z , em q u e s t ã o tenha perdido a f u n ç ã o e l e i t o r a l p o r efeito de u m a r e m o ç ã o que lhe fere a g a r a n t i a c o n s t i t u c i o n a l da i n a m o v i b i l i d a d e .

(Os demais senhores j u i z e s v o t a r a m de acordo com o r e l a t o r . )

A N E X O N . 1

Ato do i n t e r v e n t o r federal no Estado do R i o G r a n d e do S u l , removendo o j u i z D r . J o s é A l s i n a de Lemos

ATO N . 126, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1933

Remove para a comarca de Cangussú, o juiz da de Santa Vitoria, bacharel José Alsina de Lemos

O interventor federal no Estado do Rio Grande do Sul, resolve remover para a comarca de Cangussú, de 1*

entrancia, o juiz da de Santa Vitoria, de igual categoria, bacharel José Alsina de Lemos.

Façam-se as devidas comunicações.

Palácio do Governo, em Porto Alegre, 18 de feve- reiro de 1933.

José Antônio Flores da Cunha.

João Carlos Maclado.

A N E X O N . 2

P a r e c e r do P r o c u r a d o r R e g i o n a l do R i o G r a n d e do S u l , sobre a a v u l s ã o do j u i z e l e i t o r a l , D r . J o s é A l s i n a de L e m o s

Presentes os dois telegramas de fls. e fls. retro, pro- cedentes do juiz eleitoral da 29

a

zona desta região:

a) quanto ao primeiro, ha para advertir que não con-

siste ele senão em uma simples comunicação do ato discricio-

(3)

nario pelo qual o Executivo deste Estado exonerou de suas funções o serventuário vitalício do Judiciário Estadual, Abí- lio Dias Azambuja, oficial do registro civil do termo de Santa Vitória do Palmar, e o qual, por ocupar esse cargo, fora designado para exercer as funções de escrivão eleitoral, conforme o plano de divisão eleitoral do Estado, aprovado pelo Egrégio Tribunal Superior de Justiça Eleitoral;

b) por esse despacho, como se vê, não se solicitam pro- videncias administrativas, contrarias ou, porventura, anula- torias do ato governamental e, aliás, a meu vêr, alheias á orbita das atrbiuições do Tribunal Regional, ao qual, penso, o que cumpre ex-officio fazer, é, deante da mera comuni- cação feita, prover de novo sobre a acefalia originada da- quele ato, enquanto a vaga da serventia judiciaria não fôr preenchida ou até que pelo meio hábil e regular venha a ser, acaso, decidido definitivamente sobre a ilegitimidade ou não do mesmo ato;

c) e no tocante ao segundo telegrama, em que o men- cionado juiz eleitoral consulta si, não obstante removido, como juiz de comarca, daquela para a comarca de Cangussú, protestando e pedindo providencias contra o ato respectivo, deve, todavia, permanecer no exercício das funções eleito- rais daquela zona, por força do art. 6° do Cod. Eleitoral — sou de parecer que se submeta a consulta ao conhecimento e decisão do Egrégio Tribunal Superior de Justiça Eleitoral, a exemplo do que foi praticado em relação a análogo caso ocorrido com o juiz eleitoral -de Aquidauana, Mato Grosso, conforme se vê pelo acórdão reproduzido no Boletim Eleito- ral n. 28 (Ano I I ) , evidentemente significativo de que áquêle Egrégio Tribunal Superior, segundo seu próprio implícito modo de entender, é que compete solucionar originariamente o caso, dada, ainda mais, a capital relevância, a suma gra- vidade deste relacionado, como é, com preceitos basilares da bôa marcha e salvaguarda da organização do serviço elei- toral, de primordial, de magna importância para os interesses do país inteiro. •

Porto Alegre, em 9 de março de 1933. — Qswaldo Ca- minha, procurador regional.

A N E X O N . 3

D e c i s ã o do T r i b u n a l R e g i o n a l do R i o G r a n d e do S u l Vistos, relatados e discutidos estes autos, procedentes de Santa Victoria:

Acordam os Juizes do Tribunal Regional: -— quanto á primeira comunicação relativamente á exoneração do oficial do registro civil e escrivão da provedoria, no exercício do cargo de escrivão eleitoral, em declarar que não ha o que se decidir, a não ser que, tendo este Tribunal designado o oficio que em Santa Victoria fica incumbido do serviço de qualificação e identificação, a função eleitoral deve ser exercida por quem efetiva ou interinamente exercer ou es- tiver exercendo o oficio do registro civil acumulando o da provedoria;

Quanto á segunda comunicação, em que o juiz consulta e pede providencias referentes á sua remoção da comarca de Santa Victoria para a de Cangussú, em submetê-la ao conhe- cimento e á decisão do Egrégio Tribunal Superior de Justiça Eleitora', porque o assunto contido na mesma é excepcional e relevante, tendo j á o dito Tribunal se pronunciado sobre caso não inteiramente idêntico, porém de igual magnitude ocorrido em outro Estado da União, avocando assim a competência para conhecer dos casos de suspensão e remoção de juizes eleitoi ais.

Tribunal Regional de Justiça Eleitoral em Porto Alegre, aos 13 de março de 1933. — Mello Guimarães, presidente.—

Inocência B. da Rosa, relator. — João Amorim de Albuquer- mic. Votei, quanto á segunda parte, pela conclusão do acór- dão, coerente com a opinião que sempre tenho sustentado, no sentido de não caber aos Tribunais Regionais competência para responder a consultas, mas, unicamente, para fazê-las ou dirigi-las ao Tribunal Superior, quando, na aplicação das leis eleitorais, se manifestarem duvidas que mereçam resolvidas por meio de normas uniformes. Votei, ainda, com o apoio dos

• demais juizes, para que o processo fosse remetido, ao Tribu- nal Superior, por via postal aérea, confirmada a remessa mediante telegrama em que se solicitasse ao mesmo Egrégio Tribunal solução urgente para o caso da consulta, á vista da

proximidade do termo do periodo inscricional para a eleição de representantes á assembléa constituinte. Votei mais, f i - cando, porém, vencido, para que se instruísse o processo com as informações que, sobre o assunto, se dignassem de pres- tar, por solicitação deste Tribunal, o Srs. interventor federal e o S r . presidente do Superior Tribunal deste Estado. Su- prindo a falta dessa's informações, junto a este meu voto um exemplar de " A Federação", diário oficial do Governo deste Estado, de 18 de fevereiro do corrente ano, donde consta o ato n. 126, da mesma data, que removeu o juiz cônsul ente, c pelo qual se verifica que a remoção não se deu a pedido do juiz, nem por decisão do Superior Tribunal do Estado, mas, em virtude de resolução discricionária do S r . interventor fe- deral .

N O T A D A S E C R E T A R I A :

Pelo decreto n. 5.340, de 22 de maio de 1933. o S r . Interventor Federal no Rio Grande do Sul, tornou sem efeito o decreto n. S.308, de 27 de março do corrente ano, que havia declarado avulso o juiz Dr. José Alsina de Lemos, bem como revogando o ato n. 126, de 18 de fevereiro também do corrente ano, que removera aquele magistrado da comarca de Santa Victoria para a de Cangussú, mantida arsim a decisão do Tribunal Superior, a que se refere o acórdão supra.

Processo n. 371

N a t u r e z a do processo — M i n a s G e r a i s — Consulta — Sobre a autoridade competente para. conceder l i c e n ç a s aos es- c r i v ã e s eleitorais e s i o j u i z e l e i t o r a l quando t i v e r de se t r a n s p o r t a r p a r a outro ponto da zona, afim do fazer os trabalhos de alistamento, pode designar e s c r i v ã o ad- hoc.

J u i z r e l a t o r — O S r . D r . M o n t e i r o de S a l e s .

/ — A autoridade competente para conceder licença aos escrivães eleito- rais é o Tribunal Regional respectivo, porque, sendo competente para conce- der licença ao funcionário piiblico a autoridade que o nomeia, e sendoi o Tribunal Regional quem designa ou escrivães eleitorais [Regimento Geral, art. 1°, parágrafo único), vale dizer, quem os nomeia.

II — O juiz eleitoral quando se transportar da sede da zona, para fa- cilitar o serviço de alistamento em ou- tra localidade, basta levar um escre- vente juramentado ou mesmo um es- crevente legalmente autorizado, não sendo indispensável a ida do escrivão eleitoral.

ACÓRDÃO

V i s t o s e examinados estes autos de consulta, etc. : Deles consta que o presidente do T r i b u n a l R e g i o - n a l E l e i t o r a l de M i n a s G e r a i s consulta a este T r i b u n a l S u p e r i o r sobre o s e g u i n t e :

I

o

, q u a l a autoridade competente p a r a conceder l i c e n ç a aos e s c r i v ã e s e l e i t o r a i s ?

2°, quando o j u i z e l e i t o r a l d e i x a a sede da zona e l e i t o r a l e se t r a n s p o r t a p a r a outro ponto de zona, a f i m de f a c i l i t a r os trabalhos de alistamento, deve l e v a r o seu e s c r i v ã o ou pode designar e s c r i v ã o ad- hoc?

A C O R D A M os juizes do S u p e r i o r T r i b u n a l em r e s - ponder á consulta da seguinte m a n e i r a :

I

o

, a autoridade competente p a r a dar l i c e n ç a aos e s c r i v ã e s eleitorais é o T r i b u n a l Regional respectivo, porque, sendo competente p a r a conceder l i c e n ç a ao f u n c i o n á r i o p ú b l i c o a autoridade que o nomeia, e sendo o T r i b u n a l Regional quem designa os e s c r i v ã e s

eleitorais — a r t . I

o

, p a r á g r a f o ú n i c o , do Regimento

G e r a l dos J u i z o s , Secretarias e C a r t ó r i o s E l e i t o r a i s —,

(4)

vale dizer, q u e m os nomeia, é o b v i o . q u e a c o m p e t ê n - cia, n a h i p ó t e s e da consulta, é do T r i b u n a l R e g i o n a l ;

2

o

, o j u i z e l e i t o r a l , quando se t r a n s p o r t a p a r a l u - gar que n ã o é a sede da zona, p a r a f a c i l i t a r o s e r v i ç o do alistamento, n ã o é n e c e s s á r i o que leve o seu es- c r i v ã o , bastando que leve u m escrevente j u r a m e n t a d o ou escrevente legalmente autorizado a p r a t i c a r os atos que a este c o m p e t e m .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 10 de a b r i l de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Monteiro de Sales, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 394

Natureza tio processo — Sergipe — C o n s u l t a e n c a m i n h a d a pelo S r . desembargador p r o c u r a d o r geral, sobre s i o i n d i v í d u o analfabeto que p r o c u r a . s e a l i s t a r como eleitor, mediante r e q u e r i m e n t o de q u a l i f i c a ç ã o escrito ou f i r - mado por o u t r e m e bem assim as testemunhas que ates- tam a identidade do dito i n d i v í d u o , suposto requerente, i n c o r r e m na s a n ç ã o do disposto no a r t . 107, 2

a

p a r t e do Código E l e i t o r a l .

J u i z relator — O S r . m i n i s t r o C a r v a l h o M o u r ã o .

Não é em solução de consulta, ou sob a forma de instruções, que o Tri- bunal Superior se pronuncia em rela- ção ás duvidas e controvérsias, que sus- ' citem os casos concretos submetidos, ou que se não- submeter aos Tribunais Regionais.

ACÓRDÃO

V i s t o s , relatados e discutidos estes a u t o s : Considerando que o assunto do oficio d i r i g i d o pelo D r . p r o c u r a d o r r e g i o n a l do Sergipe ao desembargador p r o c u r a d o r geral se apresenta como caso concreto, que se v a i submeter ao T r i b u n a l Regional, de cuja d e c i s ã o cabe r e c u r s o p a r a o T r i b u n a l S u p e r i o r ;

Considerando que n ã o deve este T r i b u n a l s o l u - cionar consultas ou fornecer i n s t r u ç õ e s , que se r e f i - r a m a casos dos quais t e r á de conhecer em g r a u de recurso c r i m i n a l :

A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l , por m a i o r i a de votos, em n ã o se p r o - n u n c i a r sobre o caso da consulta, c u m p r i n d o - l h e f a -

z ê - l o s i o t i v e r de j u l g a r em g r a u de r e c u r s o . T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 25 de a b r i l de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Eduardo Espinola, r e l a t o r designado. — Carvalho Mourão, v e n c i d o . V o t e i p a r a que se tomasse c o n h e - cimento da consulta, por me parecer que se t r a t a de d e c i d i r u m a tese, e m abstrato, cuja s o l u ç ã o n ã o p r e - j u l g a r á q u a l q u e r caso concreto mais tarde sujeito, em recurso, ao T r i b u n a l . A s s i m pensando, f o i m e u voto que, na h i p ó t e s e , o requerente da q u a l i f i c a ç ã o p r a t i c a o c r i m e definido no § 3

o

do a r t . 107 (vide decreto n . 4.220, de 1920, a r t . 24, c o m o subsidio h i s t ó r i c o , p a r a i n t e r p r e t a ç ã o , e o c o m e n t á r i o de E d g a r d Costa, Crimes Eleitorais, p a g . 5 7 ) . Os atestantes, a m e u v ê r , s i m : — p r a t i c a m o c r i m e d e f i n i d o no § 2

o

do a r t . 107 do Código E l e i t o r a l .

Processo n. 423

N a t u r e z a do processo — M a r a n h ã o — Consulta — Sobre si pode fazer p a r t e de t u r m a a p u r a d o r a quem t i v e r i n t e - resse pessoal ou em v i r t u d e de parentesco em g r a u p r o i b i d o .

J u i z r e l a t o r — O S r . desembargador J o s é L i n h a r e s .

Não pode funcionar na apuração das eleições quem tenha interesse pes- soal, ou em virtude de parentesco em grau proibido.

ACÓRDÃO

V i s t o s , relatados e discutidos estes autos:

R E S O L V E o T r i b u n a l S u p e r i o r do J u s t i ç a E l e i - toral, pela m a i o r i a de seus membros, em resposta á consulta que lhe d i r i g i u o T r i b u n a l Regional do M a - r a n h ã o :

I, que n ã o pode fazer p a r l e de t u r m a apuradora quem seja m e m b r o do d i r e t ó r i o d u m p a r t i d o p o l í t i c o ; II, que n ã o pode l a m b e m f u n c i o n a r na a p u r a ç ã o o j u i z efetivo do T r i b u n a l , que tenha i r m ã o ou c u n h a - do candidato á s e l e i ç õ e s (parentesco em 2° g r a u ) .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 22 de a b r i l de 1933. — Hermenegildo de Barros, presidente.

— Eduardo'Espinola. r e l a í o r ad-hoc.

( F o i voto v e n c i d o o do desembargador J o s é L i - nhares .)

Processo n. 429

N a t u r e z a do processo — Mato Grosso — Sobre o d i r e i t o do e x e r c í c i o de voto pelos c i d a d ã o s cujos processos de i n s - c r i ç ã o n ã o f i c a r a m ultimados a t é 10 de a b r i l de 1933.

J u i z r e l a t o r — O S r . m i n i s t r o C a r v a l h o M o u r ã o .

Ante os expressos termos do dis- posto no art. I

o

, § 2

o

, do decreto nú- mero 22.560, de 20 de março de 1933, não mais poderão os juizes eleitorais,

depois da meia noite de 10 de abril corrente, proferir despachos de expe- dição de litulos; por mais equitativo que pareça o motivo alegado.

ACÓRDÃO

Tendo presente a consulta, por telegrama a f l s . 2, do presidente do T r i b u n a l Regional de Mato Grosso, n a q u a l indaga si cerca de 2.000 alistandos da p r i - m e i r a zona e l e i t o r a l daquela r e g i ã o , cujos processos de i n s c r i ç ã o n ã o p u d e r a m ser ultimados por c i r c u n s - tancias p e c u l i a r e s à q u e l a zona, que estava sem j u i z v i t a l í c i o no e x e r c i c i o do cargo, podem por esse fato ser prejudicados em seu d i r e i t o de v o t

0

nas p r ó x i m a s e l e i ç õ e s de 3 de maio. ou si devem por equidade ser considerados eleitores, apesar de terem de ser p r o f e - ridos os despachos de e x p e d i ç ã o de t í t u l o s depois de 10 do c o r r e n t e ; e

Atendendo a que o decreto n . 22.560, de 20 de m a r ç o p . p . . que p r o r r o g o u a t é 10 de a b r i l o prazo p a r a a i n s c r i ç ã o , d i s p ô s expressamente em seu art. 1°,

§ 2°, que, " p a r a o descongoslionamento dos trabalhos a cargo dos c a r t ó r i o s eleitorais e o apressamento das medidas p r e p a r a t ó r i a s da e l e i ç ã o , fica suspenso o ser- v i ç o de alistamento durante o p e r í o d o compreendido

entro os dias 10 de a b r i l e 3 de m a i o do corrente

a n o " :

(5)

R E S O L V E o T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i - toral responder que, sob pretexto a l g u m , p o r m a i s e q u i t a t i v o que p a r e ç a , p o d e r ã o os j u i z e s e l e i t o r a i s p r o f e r i r , depois da m e i a noite de 10 de a b r i l corrente (nos Estados e no A c r e ) , despachos de e x p e d i ç ã o de t í t u l o s ; pois i m p o r t a r i a m o alistamento de novos e l e i - tores a p ó s aquela d a t a .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 25 de a b r i l de 1933. — Hermenegildo de Barrou, pres'idente.

— Carvalho Mourão, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 457

Natureza do processo — E s p i r i t o Santo — Sobre o r e g i s t r o do D r . A t t i l i o V i v a c q u a , como candidato á A s s e m b l é a Constituinte, apresentado pelo P a r t i d o da L a v o u r a . J u i z relator — O S r . m i n i s t r o C a r v a l h o M o u r ã o .

Julga-se, pelo que decidiu este Tribunal Superior em virtude do aviso do ministro da Justiça que declarou o Dr. Attilio Vivacqua, ex-secretário da Instrução, no Estado, do Espirito Santo, no governo do Dr. Aristeu Aguiar, de- posto pela revolução victoriosa de 3 de outubro de 1930, incurso na sanção do decreto n. 22.194, de 1932, prejudicada

a consulta do presidente do Tribunal Regional daquele Estado, sobre, si o mesmo cidadão podia ser registrado como candidato do Partido da Lavoura.

ACÓRDÃO

Tendo presente a consulta do presidente do T r i - b u n a l Regional do E s p i r i t o Santo, p o r telegrama a f l s . 2, sobre s i pode ser registrado como candidato do P a r t i d o da L a v o u r a o D r . A t t i l i o V i v a c q u a , eleitor no D i s t r i t o F e d e r a l o e x - s e c r e t á r i o da I n s t r u ç ã o no governo A r i s t e u A g u i a r naquele E s t a d o :

R E S O L V E o T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i - tora! considerar p r e j u d i c a d a a consulta, á v i s t a do aviso do S r . m i n i s t r o da J u s t i ç a a este T r i b u n a l S u - p r e i o r , que declarou o D r . A t t i l i o V i v a c q u a i n c u r s o na s a n ç ã o do decreto n . 22.194, de 9 de dezembro de 1932, p o r q u e exercia o cargo de s e c r e t á r i o do governo do Estado do E s p i r i t o Santo, por o c a s i ã o da r e v o l u ç ã o v i t o r i o s a , de 3 de o u t u b r o de 1930, e á v i s t a da r e s o - l u ç ã o deste T r i b u n a l que, p o r f o r ç a desse aviso m i - n i s t e r i a l , ordenou seja cancelada a i n s c r i ç ã o do mesmo c i d a d ã o , no alistamento e l e i t o r a l ; cancelamento que o

torna i n e l e g i v c l , nos termos do a r t . I

o

, n . I, l e t r a e, do decreto n . 22.364, de 1933.

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 28 de a b r i l do 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Carvalho Mourão, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 461

Natureza do processo — D i s t r i t o F e d e r a l — D e c l a r a ç ã o do S r . m i n i s t r o da J u s t i ç a , nos termos do decreto n ú m e r o 22.194, de 8 de dezembro de 1932, sobre o cancelamento das i n s c r i ç õ e s do D r . A t t i l i o V i v a c q u a como eleitor no D i s t r i t o F e d e r a l e candidato a deputado federal no E s - tado do E s p i r i t o S a n t o .

J u i z relator — O S r . D r . J o s é do M i r a n d a V a l v e r d e . Consoante a jurisprudência do Tri- bunal Superior e diante da declaração do Sr. ministro da Justiça, feita de acordo com o art. 2° do decreto nú-

mero 22.194, resolve-se ordenar o can- celamento das inscrições do Dr. Attilio Vivacqua, como eleitor no Distrito Fe- deral e candidato a deputado) federal no Espirito Santo, visto haver exer- cido o cargo de secretário do governo deposto neste último Estado, em vir- tude do movimento- revolucionário, vi- torioso em outubro de 1930, estando, assim, incurso na letra "b" do art. 1°

do decreto n. 22.194, de 8 de dezem- bro de 1932.

ACÓRDÃO

V i s t o s e examinados estes autos, em que o senhor m i n i s t r o da J u s t i ç a e N e g ó c i o s Interiores s o l i c i t a o cancelamento das i n s c r i ç õ e s do D r . A t t i l i o V i v a c q u a , como e l e i t o r no D i s t r i t o F e d e r a l e candidato a d e p u -

tado federal no E s t a d o do E s p i r i t o Santo, p o r estar i n c u r s o n a l e t r a b do a r t . 1° do decreto n . 22.194, de 8 de dezembro de 1932:

A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l em d e t e r m i n a r o cancelamento da i n s c r i - ç ã o do dito eleitor, e p a r a os efeitos do a r t . 59 do Código E l e i t o r a l .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 28 de a b r i l de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— José de Miranda Valverde, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a - n i m e . )

Processo n. 466

~

1

N a t u r e z a do processo — R i o G r a n d e do Norte — Consulta — Sobre s i podem ser r e q u i s i t a d o s f u n c i o n á r i o s federais o u do governo estadual p a r a a u x i l i a r e m o s e r v i ç o de g u a r d a das urnas e l e i t o r a i s .

J u i z r e l a t o r — O S r . desembargador Renato T a v a r e s . Os presidentes dos Tribunais Re- gionais podem requisitar os funcioná- rios públicos necessários, federais ou estaduais, para auxiliarem o serviço de guarda das urnas eleitorais, no caso de

suas secretarias não disparem de em- pregados em número suficiente para tal serviço.

ACÓRDÃO

V i s t o s , relatados e discutidos estes autos de c o n - s u l t a n . 466:

O T r i b u n a l R e g i o n a l do R i o G r a n d e do N o r t e c o n - s u l t a s i pode r e q u i s i t a r f u n c i o n á r i o s federais o u es- taduais p a r a a u x i l i a r o s e r v i ç o de g u a r d a das urnas e l e i t o r a i s naquele T r i b u n a l , atendendo ao pequeno n ú - m e r o de f u n c i o n á r i o s que sua S e c r e t a r i a possue.

O T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l resolve, por u n a n i m i d a d e de votos, responder a f i r m a t i v a m e n t e á c o n s u l t a . Os presidentes dos T r i b u n a i s Regionais podem r e q u i s i t a r os f u n c i o n á r i o s p ú b l i c o s n e c e s s á r i o s , federais ou estaduais, p a r a a u x i l i a r e m o s e r v i ç o de g u a r d a das urnas eleitorais, no caso de suas secreta- r i a s n ã o d i s p o r e m de empregados em n ú m e r o s u f i - ciente p a r a t a l s e r v i ç o .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 2 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, presidente.

— Renato Tavares, r e l a t o r .

N O T A — Para maior garantia, ficou, também, ao livre arbítrio

dos presidentes dos Tribunais Regionais requisitarem força federal,

sempre que necessário, para guarda das urnas, com a presença dos

funcionários para isso escalados.

(6)

Processo n. 469

N a t u r e z a do processo — R i o G r a n d e do S u l — R e p r e s e n t a ç ã o

— Sobre p r o v i d e n c i a s adotadas pelo T r i b u n a l Regional no i n t u i t o de resguardar, quanto p o s s í v e l , o s i g i l o do v o t o . J u i z relator — O S r . D r . M o n t e i r o de S a l e s .

Resolve-se responder que o Tribu- nal Regional resolveu acertadamente,

"ex-vi" do disposto no Código Eleito- ral e Instruções aprovadas pelo decre- to n. 2 2 . 6 2 7 , de 1933.

E' de 48 horas o prazo para a in- terposição do recurso de que trata o art. 46, § 2

o

, das mesmas Instruções.

ACÓRDÃO

"Vistos e examinados estes autos de c o n s u l t a do presidente do T r i b u n a l R e g i o n a l do R i o G r a n d e do S u l , v i n d a por telegrama, nos termos s e g u i n t e s :

" N a f a l t a de i n s t r u ç õ e s expressas desse E g r é g i o T r i b u n a l S u p e r i o r e atenta á u r g ê n c i a da s o l u ç ã o do caso, este T r i b u n a l Regional, no i n t u i t o de resguardar, quanto p o s s í v e l , o s i g i l o do voto, r e s o l v e u que, h a - vendo i m p u g n a ç ã o r e l a t i v a m e n t e á pessoa do votante,

as t u r m a s apuradoras se l i m i t a r ã o a d e c i d i - l a , a n o - tando a d e c i s ã o , q u a l q u e r que seja, c o m as n e c e s s á r i a s referencias ao eleitor i m p u g n a d o e ao impugnante, n a face externa da sobrecarta, que c o n t é m a c é d u l a , sem a b r i r a m e s m a s o b r e c a r t a ; esta somente s e r á aberta e aprovado o yoto respectivo pelo T r i b u n a l Regional, depois de julgados todos os recursos interpostos das d e c i s õ e s das t u r m a s a p u r a d o r a s . N a ata m e n c i o n a d a

no art. 47 das I n s t r u ç õ e s p a r a a e l e i ç ã o da A s s e m b l é a C o n s t i t u i n t e se f a r á constar quais os eleitores i m p u g - nados, q u a l a d e c i s ã o da t u r m a a p u r a d o r a sobre a i m p u g n a ç ã o , e que os votos de que se t r a t a somente s e r ã o apurados pelo T r i b u n a l R e g i o n a l depois de de- f i n i t i v a m e n t e j u l g a d a improcedente a i m p u g n a ç ã o .

Submetemos esta r e s o l u ç ã o á a p r o v a ç ã o desse E g r é g i o T r i b u n a l S u p e r i o r de q u e m aguardamos p r o n - tas i n s t r u ç õ e s a este r e s p e i t o .

Consultamos, o u t r o s s i m , q u a l o p r a z o p a r a a i n - t e r p o s i ç ã o de r e c u r s o facultado pelo art. 46, § 2°, das I n s t r u ç õ e s a c i m a r e f e r i d a s . "

A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l em responder á consulta nos termos se- guintes :

Quanto á p r i m e i r a pergunta, que o T r i b u n a l c o n - sulente tendo r e s o l v i d o , como fez, a h i p ó t e s e , que se lhe apresentou e v e m exposta no telegrama a c i m a t r a n s c r i t o , d e c i d i u acertadamente, e sua d e c i s ã o e s t á de perfeito acordo com o que d i s p õ e m os a r t s . 81,

§ 2°, e 91, §§ 1" e 2

o

, do Código E l e i t o r a l , e com os a r - tigos 30, §§ 5

o

e 11°, e 45, § I

o

, das I n s t r u ç õ e s aprovadas pelo decreto n . 22.627, de 7 de a b r i l do corrente a n o . Quanto á segunda parte, o prazo p a r a i n t e r p o s i ç ã o de recurso n a h i p ó t e s e é de 48 horas, como pede a necessidade de se acelerar a s o l u ç ã o do caso.

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 12 de - m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Monteiro de Sales, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 476

N a t u r e z a do processo — C e a r á — Consulta — Sobre s i deve ser feito novo sorteio p a r a refazer as turmas a p u r a d o - ras, v i s t o haver i m p e d i m e n t o , p o r parentesco, entre os seus membros e candidatos r e g i s t r a d o s .

J u i z relator — O S r . D r . M o n t e i r o de S a l e s .

/ — Não constitue embaraço ao funcionamento du turma apuradora o fato de haver parentesco em terceiro e quarto graus, entre os seus membros e candidatos registrados. O parentesco impeditivo, em tais casos, vai, apenas,

até o segundo grau.

II — Havendo conveniência podem ser desfeitas as turmas jd constituídas, as quais poderão passar a funcionar com dois membros, podendo, ainda, ser organizadas novas turmas, para cele- ridade dos trabalhos, tudo de acordo com as Instruções recentemente apro- vadas pelo Governo (decreto n. 22.695, de 10 de maio- de 1933.

ACÓRDÃO

V i s t o s e examinados estes autos, v i n d o s do Estado do C e a r á , deles consta que o presidente do T r i b u n a l Regional daquele E s t a d o consulta s i :

" E s t a n d o alguns dos m e m b r o s das juntas a p u r a - doras, que s ã o duas, i m p e d i d o s p o r parentesco a t é o t e r c e i r o e q u a r t o graus, c o m os candidatos, pode o

T r i b u n a l refazer as t u r m a s por meio de sorteio, ou c o n s t i t u i r u m a t e r c e i r a . "

A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de Jus-

t i ç a E l e i t o r a l em responder á consulta nestes t e r m o s : I, o parentesco em t e r c e i r o e quarto graus, que se v e r i f i q u e nestes candidatos e membros apuradores, n ã o constitue e m b a r a ç o ao funcionamento da t u r m a , pois que, conformo j á d e c i d i u este T r i b u n a l S u p e r i o r , o parentesco i m p e d i t i v o em casos tais v a i , apenas, a t é o segundo g r a u ;

II, sendo conveniente p o d e m ser desfeitas as t u r - mas apuradoras, compondo-as de dois membros, e c r e - ando m a i s u m a ou m a i s de u m a , tudo de acordo com a l e t r a e c o m o e s p i r i t o das novas i n s t r u ç õ e s , a p r o - vadas pelo decreto n . 22.695, de 10 de m a i o do c o r - rente a n o .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 12 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Monteiro de Sales, r e l a t o r .

Processo n. 480

N a t u r e z a do processo — Santa C a t a r i n a e Goiaz — Consulta

— Sobre s i podem ser realizadas s e s s õ e s d i á r i a s pelos T r i b u n a i s Regionais, c o m d i r e i t o ao subsidio previsto pelo Código, e s i s ã o remunerados os trabalhos das t u r - mas a p u r a d o r a s .

Jufcs r e l a t o r — O S r . desembargador Renato T a v a r e s .

Aos juizes efetivos dos Tribunais Regionais e aos substitutos, que fun- cionam nos impedimentos dos efetivos,

deve ser pago o subsidio pelas sessões do Tribunal que comparecerem, embora

estas sejam diárias, até o limite da verba consignada para o pagamento de tais juizes na respectiva lei.

Outrotanto não se dá em relação

ás reuniões das turmas apuradoras,

que são gratuitas, em face da lei elei-

(7)

toral vigente. Seus membros, quer se- jam juizes do Tribunal Regional, quer dele não façam parte, não têm direito a qualquer subsidio pelo compareci- menlo ás reuniões das mencionadas turmas apuradoras.

ACÓRDÃO

V i s t o s , relatados e discutidos estes autos de c o n - sulta n . 480:

O T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em s o - l u ç ã o ás consultas formuladas nos telegramas de fls. 2 e 3, respectivamente, pelo presidente do T r i b u n a l R e - gional de Santa C a t a r i n a e pelo d i r e t o r da S e c r e t a r i a do T r i b u n a l Regional de Goiaz, resolve responder, p o r

u n a n i m i d a d e de votos de seus j u i z e s :

1°, que aos j u i z e s efetivos dos T r i b u n a i s R e g i o - nais e aos substitutos, que f u n c i o n a m nos i m p e d i m e n - tos dos efetivos, deve ser abonado o subsidio pelas s e s s õ e s do T r i b u n a l que comparecerem, e m b o r a estas sejam d i á r i a s , a t é o l i m i t e da v e r b a consignada p a r a o pagamento de t a i s juizes na r e s p e c t i v a l e i ;

2°, que aos membros das t u r m a s apuradoras, quer sejam juizes do T r i b u n a l Regional, quer dele n ã o f a ç a m parte, em face da l e i e l e i t o r a l vigente, n e - n h u m subsidio é devido pelas r e u n i õ e s que r e a l i z a r e m .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 16 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Renato Tavares, r e l a t o r .

Processo n. 481

Natureza do processo — M a r a n h ã o — C o n s u l t a — Sobre s i nas novas e l e i ç õ e s que se processam, sob a p r e s i d ê n c i a do j u i z e l e i t o r a l , ex-vi do § 3° do a r t . 90 do Código E l e i t o r a l , servem t a m b é m suplentes e s i s ã o v a l i d a s as c é d u l a s com os' nomes de candidatos que u l t r a p a s s a r e m uma l i n h a .

J u i z relator — O S r . D r . Affonso P e n n a J ú n i o r .

/ — Nas novas eleições procedidas na conformidade do § 3

o

do art. 90 do

Código Eleitoral, funcionam os mes- mos suplentes das eleições anuladas, tendo, entretanto, o juiz eleitoral, que presidir a Mesa Receptora, a faculdade de nomear outros.

II —- São validas as cédulas cujos nomes dos candidatos ultrapassarem uma linha. O que não se permite é mais de uny nome de candidato na mesma linha.

ACÓRDÃO

V i s t o s e examinados estes autos n . 481, do M a - r a n h ã o :

Consulta o presidente do T r i b u n a l R e g i o n a l do M a r a n h ã o :

1°, s i nas novas e l e i ç õ e s que se processam sob a p r e s i d ê n c i a do j u i z e l e i t o r a l , ex-vi do a r t . 90, § 3

o

do Código E l e i t o r a l , servem t a m b é m suplentes e q u e m os n o m e i a ;

2°, s i s ã o v a l i d a s as c é d u l a s com nomes de c a n d i - datos ultrapassando cada l i n h a , embora cada nome comece u m a l i n h a :

A C O R D A M os juizes do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l r e s p o n d e r : á p r i m e i r a consulta, que nas

novas e l e i ç õ e s f u n c i o n a r ã o os suplentes da e l e i ç ã o a n u - lada, l e n d o , entretanto, o j u i z e l e i t o r a l a faculdade de nomear outros; e, á esgunda, que as c é d u l a s em ques- tão s ã o v a l i d a s , desde que n ã o h a j a m a i s de u m nome na mesma l i n h a .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 19 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Affonso Penna Júnior, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 482

N a t u r e z a do processo — E s p i r i t o Santo — Consulta — Sobre si devem ser anulados os votos contidos em c é d u l a s colocadas em envelopes d i f e r e n t e s .

J n l z relator — O S r . D r . J o s é do M i r a n d a V a l v e r d e . Ordena-se o arquivamento da con- sulta, porquanto no caso caberá opor- tunamente, e interposto pelos interes- sados, o recurso previsto em lei (Có- digo Eleitoral, arts. 14, n. 5, 23, n. 11, 94; Regimento do Tribunal Superior, arts. 75 a 7 7 ) .

ACÓRDÃO

Vistos e examinados estes autos, erh que o p r e s i - dente do T r i b u n a l Regional do E s p i r i t o Santo consulta si, tendo a Mesa Receptora de C u r a c i a c a recebido nestas c é d u l a s dentro de envelopes diferentes e com t i m b r e da P r e f e i t u r a , devem tais c é d u l a s ser a n u l a d a s :

A C O R D A M os juizes do T r i b u n a l S u p e r i o r de JUST t i ç a E l e i t o r a l em a r q u i v a r a d i t a consulta, p o r q u a n t o no caso c a b e r á oportunamente, e interposto pelos i n - teressados, o recurso p r e v i s t o em l e i (Código E l e i t o r a l ,

a r t s . 14, n . 5, 23, n . 11, 94; Regimento deste T r i b u n a l , a r t s . 75 a 7 7 ) .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 16 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— José de Miranda Valverde, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a - n i m e . )

Processo n. 486

N a t u r e z a do processo — M a r a n h ã o e P i a u f — Sobre s i f u n - c i o n á r i o s p ú b l i c o s d e m i s s i v o i s ad nutum p o d i a m fazer p a r t e das Mesas R e c e p t o r a s .

J u i z relator — O S r . desembargador J o s é L i n h a r e s .

De acordo com a jurisprudência firmada, não serão decididos casos con- cretos, por meio de consultas.

ACÓRDÃO V i s t o s , e t c . :

A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l de J u s t i ç a E l e i - t o r a l n ã o t o m a r conhecimento das consultas de f l s . 2

a 4, em que se p e r g u n t a s i constitue n u l i d a d e terem feito p a r t e de mesas elei to rais f u n c i o n á r i o s d e m i s s i - veis ad nutum, v i s t o se t r a t a r de casos concretos, que p o d e r ã o v i r ao conhecimento em g r a u de r e c u r s o s . T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 19 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— José Linhares, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

(8)

Processo n. 493

Natureza do processo — M i n a s G e r a i s — C o n s u l t a — Sobre o modo de s u b s t i t u i r dois j u i z e s do T r i b u n a l R e g i o n a l que se a c h a m impedidos de f u n c i o n a r n a a p u r a ç ã o , u m p o r ser candidato e o outro p o r ter i r m ã o c a n d i d a t o . J u i z relator — O S r . desembargador J o s é L i n h a r e s .

/ — Resolve-se representar ao Go- verno sobre a necessidade de ser pre- enchida uma vaga de juiz do Tribunal Regional de Minas Gerais, em virtude da dispensa concedida pelo Tribunal Superior para que o referido juiz pu- desse ser candidato á Assembléa Cons- tituinte .

II — Regional didato,

Quanto ao juiz do Tribunal

— que tem irmão* que é can- não pode funcionar na apu- ração, de acordo com a jurisprudência;

fica impedido, mas não terá necessi- dade de ser substituído, devendo o Tri-

buna Regional conciliar os interesses dos trabalhos de apuração; por meio de novas turmas, constituídas segundo as novas Instruções aprovadas pelo de- creto n. 2 2 . 6 9 5 , de 10 de maio de 1933.

ACÓRDÃO V i s t o s , e t c . :

O T r i b u n a l R e g i o n a l de M i n a s G e r a i s em t e l e - g r a m a fez a seguinte c o n s u l t a :

"Havendo dois j u i z e s neste T r i b u n a l i m p e d i d o s de f u n c i o n a r n a a p u r a ç ã o , u m p o r ser candidato e outro por ter i r m ã o candidato, consulta-se sobre o modo de s u b s t i t u i - l o s " :

R E S O L V E o T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i - t o r a l :

a) quanto ao p r i m e i r o , representar ao G o v e r n o sobre a necessidade de ser p r e e n c h i d a a vaga aberta com a dispensa deferida p o r este T r i b u n a l do doutor Pedro A l e i x o , p a r a poder candidatar-se á . A s s e m b l é a Constituinte, — e

b) quanto ao outro j u i z i m p e d i d o — o caso j á e s t á r e s o l v i d o pelas i n s t r u ç õ e s dadas r e l a t i v a m e n t e á- o r g a - n i z a ç ã o de t u r m a s apuradoras p a r a a r e g i ã o de M i n a s G e r a i s (decreto n . 2 2 . 6 9 5 , de 10 de m a i o de 1 9 3 3 ) .

. . T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 16 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Jofé Linhares, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 496

Natureza do processo — D i s t r i t o F e d e r a l — R e p r e s e n t a ç ã o — Sobre a c o n v e n i ê n c i a de serem s u b s t i t u í d o s os modelos n s . 25 e 25 B , anexos á s I n s t r u ç õ e s aprovadas pelo de- creto n . 22.627, de 7 de a b r i l de 1933.

J u i z relator — O S r . D r . J o s é de M i r a n d a V a l v e r d e .

Deixa-se de aceitar a sugestão, quanto á substituição dos modelos nú- meros 25 e 25 B, do decreto*n. 2 2 . 6 2 7 .

ACÓRDÃO

A ' consulta do T r i b u n a l R e g i o n a l deste D i s t r i t o F e d e r a l , no sentido de se s u b s t i t u í r e m os modelos de

a p u r a ç ã o n s . 25 e 25 B , do decreto n . 22.627, de 7 de a b r i l do ano corrente, pelos que e s t ã o juntos á d i t a c o n s u l t a :

R E S O L V E o T r i b u n a l S u p e r i o r do J u s t i ç a E l e i - t o r a l responder que, atentas as circunstancias de que a a p u r a ç ã o pelas t u r m a s nomeadas, se faz, atualmente, pelos modelos constantes daquele decreto, c de estes mesmos modelos f a c i l i t a r e m a a p u r a ç ã o geral, n ã o c o n v é m sejam s u b s t i t u í d o s pelos que s ã o propostos.

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 19 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— José de Miranda Valverde, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a - n i m e . )

Processo n. 501

N a t u r e z a do processo — D i s t r i t o F e d e r a l — P r o p o s t a enca- m i n h a d a pelo T r i b u n a l Regional, p a r a que o j u i z doutor Octavio K e l l y , atualmente em e x e r c í c i o no S u p r e m o T r i - b u n a l F e d e r a l , seja dispensado de comparecer a t é duas vezes p o r semana, no m á x i m o , aos trabalhos da 4* t u r m a a p u r a d o r a que preside, p r o v i d e n c i a que, de n e n h u m modo, r e t a r d a r á os trabalhos da mesma t u r m a , de vez que os mesmos se a c h a m em d i a e o r e f e r i d o j u i z p r o n - t i f i c a - s e a p r o r r o g a r as horas do seu expediente e l e i - t o r a l , s i se v e r i f i c a r a h i p ó t e s e de q u a l q u e r atrazo p r e - j u d i c i a l aos atos da a p u r a ç ã o .

J u i z relator — O S r . desembargador Renato T a v a r e s .

O serviço eleitoral preferindo a qualquer outro {art. 123 do Código), nega-se a dispensa solicitada por um magistrado de comparecer até duas vezes na semana aos trabalhos da tur-

". ma apuradora que preside, afim de atender aos serviços urgentes da judi- calura comum.

ACÓRDÃO

V i s t o s , relatados e discutidos estes autos n . 5 0 1 : O presidente do T r i b u n a l Regional do D i s t r i t o F e d e r a l e n c a m i n h o u a esto T r i b u n a l S u p e r i o r a p r o -

posta do j u i z federal D r . ' O c t a v i o K e l l y , no sentido d é ser esse m a g i s t r a d o dispensado de comparecer, a t é

• --duas vezes n a semana, aos trabalhos da 4" t u r m a a p u - r a d o r a que preside, a f i m de atender aos s e r v i ç o s u r - gentes do S u p r e m o T r i b u n a l F e d e r a l , onde e s t á em e x e r c í c i o em s u b s t i t u i ç ã o a u m m i n i s t r o l i c e n c i a d o .

O T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l resolve, unanimemente, negar a dispensa solicitada, v i s t o o s e r v i ç o e l e i t o r a l p r e f e r i r a q u a l q u e r outro (art. 123 do C ó d i g o ) , n ã o sendo a d m i s s í v e l p e r m i t i r suspender a a p u r a ç ã o que se processa perante u m a t u r m a dois dias n a semana, conforme, a l i á s , j á reconheceu e p r o - c l a m o u esto T r i b u n a l n a sessão de 12 do corrents, ao j u l g a r a consulta n . 487, de M i n a s Gerais, a que alude a p r o p o s t a .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 23 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Renata Tavares, r e l a t o r .

(9)

Processo n. 504

Natureza do processo — P a r a í b a — C o n s u l t a — Sobre s i deve ser apurado o voto do eleitor que v o t o u em m u n i c í p i o dc seu d o m i c i l i o , mas em s e c ç ã o e l e i t o r a l diferente da que d e v e r i a votar, de acordo com a d i s t r i b u i ç ã o feita p e l o - c a r t o r i o .

J u i z relator — O S r . D r . M o n t e i r o de S a l e s .

Tratando-se de caso concreto, não pode ser resolvido por meio de con- sulta .

ACÓRDÃO

V i s t o s e examinados estes autos de consulta, v i n - dos do E s t a d o da P a r a í b a do Norte, deles consta que o presidente do T r i b u n a l Regional daquele E s t a d o c o n -

sulta sobre " s i deve ser apurado o voto do e l e i t o r que votou em m u n i c í p i o de seu d o m i c i l i o , mas em s e c ç ã o e l e i t o r a l diferente da em que, d e v e r i a votar, de acordo com a d i s t r i b u i ç ã o do c a r t ó r i o , n ã o obstante h a v e r f u n - cionado a s e c ç ã o l e g i t i m a " :

Considerando que a h i p ó t e s e da c o n s u l t a constitue u m caso concreto, de cuja d e c i s ã o cabe recurso, nos termos do que p r c c c i t ú a o a r t . 95 do R e g i m e n t o I n - terno dos T r i b u n a i s Regionais, de sorte que a resposta á consulta i m p o r t a r i a p r e j u l g a m e n t o da q u e s t ã o , q u a n - do esta v i e r r e g u l a r m e n t e ao conhecimento e d e c i s ã o dp T r i b u n a l ; '

Considerando que e m t a l h i p ó t e s e é j u r i s p r u d ê n - cia do T r i b u n a l n ã o t o m a r conhecimento da c o n s u l t a :

A C O R D A M os j u i z e s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s - t i ç a E l e i t o r a l m a n d a r que se a r q u i v e a consulta, sem r e s o l v ê - l a , dando-se, entretanto, conhecimento, p o r t e - legrama, desta r e s o l u ç ã o , ao presidente c o n s u l t a n t e .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 23 de maio de 1933. — Hermenegildo de Barros, p r e s i d e n t e .

— Monteiro de Sales, relator, vencido, de acordo c o m meus votos em casos semelhantes, em conhecer da c o n s u l t a .

Processo n. 505

Natureza do processo — D i s t r i t o F e d e r a l — R e p r e s e n t a ç ã o — Sobre a d e s i g n a ç ã o de f u n c i o n á r i o s i d ô n e o s , e que f o - r a m requisitados n a c o n f o r m i d a d e do disposto no art. 2

o

d á s I n s t r u ç õ e s aprovadas pelo decreto n . 22.695, de 10 de m a i o de 1933, p a r a s e r v i r e m Como s e c r e t á r i o s das turmas apuradoras, v i s t o n ã o h a v e r f u n c i o n á r i o s da Secretaria do T r i b u n a l Regional, em n ú m e r o suficiente, devido ao grande n ú m e r o de t u r m a s .

J u i z relator — O S r . m i n i s t r o E d u a r d o E s p i n o l a .

Não havendo na Secretaria do Tri- bunal Regional funcionários em nú- mero suficiente para o serviço de se- cretários das turmas apuradoras, po- derá o respectivo presidente requisitar funcionários idôneos, na conformidade das disposições do art. Z" do> decreto n. 22.695, de 10 de maio de 1933.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados o d i s c u t i d o s estes a u t o s :

Considerando que, no a r t . 40, § 5

o

das I n s t r u ç õ e s expedidas pelo Governo, com o decreto n . 22.627, de 7 de a b r i l de 1933, se d e t e r m i n a que s e r v i r á como se- c r e t á r i o em cada t u r m a a p u r a d o r a o f u n c i o n á r i o da

S e c r e t a r i a , que o presidente do T r i b u n a l Regional de- s i g n a r ;

Considerando, p o r é m , que o decreto n . 22.095, de 10 de m a i o de 1933, que e x p e d i u novas I n s t r u ç õ e s , a u m e n t o u o n ú m e r o de t u r m a s apuradoras em v a r i a s r e g i õ e s , de onde r e s u l t a n ã o haver na S e c r e t a r i a r e s - p e c t i v a f u n c i o n á r i o s em n ú m e r o suficiente p a r a o r e - ferido s e r v i ç o :

A C O R D A M bs m e m b r o s do T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , p o r u n a n i m i d a d e de votos, c m decla- r a r que o presidente do T r i b u n a l Regional é autorizado a r e q u i s i t a r , n a conformidade do a r t . 2° do decreto n . 22.695, f u n c i o n á r i o s i d ô n e o s que s i r v a m de secre- t á r i o s das t u r m a s a p u r a d o r a s .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a ! , e m 23 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, presidente.

— Eduardo Espinola, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 507

N a t u r e z a do processo _ S e r g i p e — C o n s u l t a — Sobre s i de- v e m ser apurados os votos cujas sobrecartas n ã o p u d e - r a m ser depositadas nas u r n a s , mas que v i e r a m ter ao T r i b u n a l Regional em m a ç o s l a c r a d o s .

J u i z r e l a t o r — O S r . desembargador J o s é L i n h a r e s .

Deixa-se de conhecer da consulta, por se tratar de caso concreto, cuja solução está dependendo de recurso que fôr interposto.

ACÓRDÃO V i s t o s , e t c . :

C o n s u l t a o T r i b u n a l Regional de S e r g i p e s i devem ser contados os votos cujas sobrecartas n ã o p u d e r a m ser depositadas nas urnas por d e f i c i ê n c i a do o r i f i c i o

destas, mas que v i e r a m ter ao mesmo T r i b u n a l , em m a ç o s l a c r a d o s :

R E S O L V E o T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i - t o r a l d e i x a r de conhecer da consulta, p o r se t r a t a r de caso concreto, cuja s o l u ç ã o e s t á dependendo de recurso que f ô r i n t e r p o s t o .

T r i b u n a l S u p e r i o r de J u s t i ç a E l e i t o r a l , em 26 de m a i o de 1933. — Hermenegildo de Barros, presidente.

— Jq/sé Linhares, r e l a t o r . ( D e c i s ã o u n a n i m e . )

Processo n. 509

N a t u r e z a do processo — R i o G r a n d e do N o r t e — C o n s u l t a — Sobre o n u m e r á r i o p a r a o c o r r e r as despesas do j u i z eleitora], quando t i v e r de se t r a n s p o r t a r da sede de sua comarca, p a r a p r e s i d i r nova e l e i ç ã o em s e c ç ã o a n u - lada.

Juiz- r e l a t o r — O S r . D r . Affonso P e n n a J ú n i o r .

Resolve-se representar ao Governo sobre a necessidade de serem autoriza- dos os interventores federais a satisfa- zer as despesas de condução dos juizes e outras decorrentes das novas> eleições em secções anuladas.

Tais despesas devem ser orçadas segundo as normas e estilos das dili- gencias da magistratura local em casos análogos.

ACÓRDÃO

V i s t o s e relatados estes autos de consulta, n . 5 0 9 :

Consulta o presidente do T r i b u n a l Regional do R i o

G r a n d e do Norte dc q u e m deve r e q u i s i t a r n u m e r á r i o

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