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EFEITO DA DESRRAMA DE CAFEEIROS CONILLON SOBRE A PRODUTIVIDADE J.B. Matiello, Eng Agr Mapa e Fundação Procafé e M.L. Carvalho, Eng Agr Fazendas reunidas L e S.

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Academic year: 2022

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EFEITO DA DESRRAMA DE CAFEEIROS CONILLON SOBRE A PRODUTIVIDADE

J.B. Matiello, Eng Agr Mapa e Fundação Procafé e M.L. Carvalho, Eng Agr Fazendas reunidas L e S.

Os cafeeiros conillon são conduzidos, tradicionalmente, no sistema multi-caule, com cada planta sendo formada por diversas hastes ortotrópicas, resultando numa espécie de moita, diferentemente dos cafeeiros arábica, normalmente conduzidos com apenas uma haste por planta.

A condução dos cafeeiros conillon com mais hastes visa aumentos de produtividade e, ainda, permitir, nas podas anuais de produção, a eliminação das hastes mais velhas, trocando-as por novas brotações, mantendo a capacidade produtiva das plantas. Ocorre que, neste sistema, as hastes vão vergando para o meio das ruas, fechando e reduzindo os ramos da saia.

Um sistema novo de condução vem sendo recomendado, ultimamente, em lavouras de conillon, prevendo a eliminação anual, pós-colheita, também dos ramos produtivos, que deram carga no ano. Deste modo, as plantas vão ficando com a parte baixa limpa de ramos laterais (plagiotrópicos), permanecendo apenas os ramos laterais que se situam na superior das hastes ortotrópicas. Nesse sistema, conhecido por desrama ou desbarramento, são eliminados muitos ramos produtivos, que ainda teriam capacidade de produzir frutos, em nós terminais, para a próxima safra. É fato que o sistema facilita a desbrota em seguida, embora a brotação venha em maior numero, pela abertura das plantas. Alem disso, a questão da produtividade deve ser prioritária, pois os ramos restantes, após a desrama, teriam que compensar a perda dos demais, eliminados que foram da parte mais baixa das hastes.

Como não se conhece estudos para embasar este tipo de condução, objetivou-se, neste trabalho, comparar a produtividade de cafeeiros conillon, com e sem a desrama.

Um ensaio foi conduzido no ciclo agrícola 2011-12, no Campo Experimental das Fazendas Reunidas L e S, em São Domingos das Dores-MG, a 700 m de altitude, na Zona da Mata de Minas, sobre lavoura de conillon seminal, plantada em março de 2008, no espaçamento de 3x1 m. Em julho de 2011, logo após à colheita da 2ª safra dos cafeeiros, efetuou-se a eliminação, ou não, dos ramos laterais das plantas, aqueles onde se concentrou a produção em 2011. Foram dispostas 2 parcelas, de 30 plantas, para cada tratamento, com 6 repetições para a sua colheita, com 5 plantas por parcela.

A avaliação do ensaio constou da colheita feita em julho de 2012, cujos dados foram analisados estatisticamente.

Resultados e conclusões

Na tabela 1 estão inseridos os dados da produção dos cafeeiros dos 2 tratamentos, com e sem desrama de ramos laterais inferiores.

Verifica-se que a análise estatística mostrou diferenças significativas entre os 2 tratamentos, com superioridade para aquele onde não houve a desrama, que produziu, na média, 62,1 scs por ha, contra 52,3 scs onde houve a desrama. Portanto, a vantagem produtiva das plantas onde se deixou os ramos laterais baixos foi de cerca de 19% a mais. Isto indica que a eliminação de ramos não foi compensada pelo crescimento maior daqueles que permaneceram.

Como se trata de resultados obtidos em uma só safra eles, apesar de dar uma indicação da desvantagem produtiva da desrama, devem ser adotados como preliminares. Por isso, os estudos devem ser ampliados, para diferentes condições de lavouras.

Tabela 1- Produtividade de cafeeiros conillon, sob efeito de retirada dos ramos produtivos baixos (desrama), que produziram na safra anterior. S.D. das Dores-MG, 2012

Tratamentos Produtividade na safra 2012 ( em scs/ha)

1-Testemunha, sem desrrama 62,1 a

2-Com desrama 52,3 b

CV (%) 10,3

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott 5%

Referências

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