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13. A idéia de controle de constitucionalidade está ligada à de supremacia da Constituição escrita e rígida.

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(1)

COCONNTTRROOLLEE  DDEE  CCOONNSSTTIITUTUCCIIOONNAALLIIDDAADDEE    

1) Idéia de controle   

A  idéia  de  controle  de  constitucionalidade  está  ligada  à  de  supremacia  da  Constituição  escrita  e  rígida. 

 

2) Conceito   

Controle  de  constitucionalidade  é  verificação  da  adequação  do  ato  normativo  ou  do  ato  administrativo à Constituição, mediante a observação de pressupostos formais e materiais.  

 

3) Pressupostos de constitucionalidade das espécies normativas   

3.1) Pressupostos formais   

A inobservância das normas constitucionais do processo legislativo (artigos 60 a 69 da CRFB) tem  como conseqüência a inconstitucionalidade formal do ato normativo produzido. 

 

        Subjetivos – fase introdutória do proc. Legislativo   iniciativa   

Pressupostos formais        constitutiva 

Objetivos – outras fases do proc. Legislativo:         

            complementar 

 

3.2) Pressupostos materiais   

Verificação material (de conteúdo) da compatibilidade do objeto da lei com a Constituição. 

 

4) Descumprimento de ato normativo inconstitucional pelo Poder Executivo   

Somente  o  chefe  do  Poder  Executivo  pode  deixar  de  aplicar  a  lei  em  função  de  sua  manifesta  inconstitucionalidade. Os subordinados devem se reportar ao chefe do Poder Executivo. 

 

5) Espécies de controle de constitucionalidade   

5.1) Quanto ao momento de realização   

• controle preventivo: busca prevenir que norma inconstitucional  ingresse no ordenamento  jurídico. 

 

• controle repressivo: buscar expurgar a norma inconstitucional do ordenamento jurídico. 

 

No ordenamento jurídico brasileiro, tradicionalmente, o Legislativo e o Executivo fazem o controle  preventivo, e o Judiciário faz o controle repressivo. 

 

5.2) Quanto ao órgão controlador   

• político 

• judiciário   

5.2.1) Controle político   

(2)

 

5.2.2) Controle judiciário   

O controle é realizado pelo Poder Judiciário. 

 

5.3) Controle de constitucionalidade no Brasil   

O  Brasil  adota  o,  predominantemente,  o  controle  político  como  forma  preventiva  e  o  controle  judiciário como forma repressiva. 

 

O  controle  judicial  repressivo  no  Brasil  é  misto.  Comporta  o  controle  difuso  e  o  controle  concentrado. 

 

6) Controle preventivo (Brasil)   

No Brasil, o controle preventivo é realizado sempre no curso do processo legislativo. 

 

6.1) Comissões permanentes de constituição e justiça   

Artigo 58 da CRFB   

6.2) Veto jurídico   

Artigo 66, § 1º da CRFB – veto presidencial   

Presidente da República veta e comunica ao Presidente do Senado em 48 horas. 

 

7) Controle preventivo pelo Judiciário: 

 

O  parlamentar  tem  direito  a  participar  de  processo  legislativo  de  acordo  com  os  dispositivos  da  CRFB (artigos 60 a 69). Daí a possibilidade de impetrar mandado de segurança perante o juiz ou o  tribunal competente, visando garantir seu direito líquido e certo de fazê‐lo.  

 

8) Controle repressivo de constitucionalidade   

Por  meio  do  controle  repressivo,  retiram‐se  do  ordenamento  jurídico  os  atos  normativos  já  editados e incompatíveis com a Constituição. 

 

No Brasil, em regra, o controle repressivo é feito pelo Judiciário. 

 

Excepcionalmente,  porém,  a  Constituição  brasileira  de  1988  previu  duas  hipóteses  em  que  o  controle repressivo é realizado pelo Legislativo. 

 

8.1) Controle repressivo pelo Legislativo: 

 

• Artigo 49, V, da Constituição Federal 

Congresso pode sustar atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (art. 

84, IV da CF) ou dos limites da delegação legislativa (art. 68 da CF)   

• Artigo 62 da Constituição Federal 

O Congresso pode rejeitar MP por julgá‐la inconstitucional. 

 

8.2) Controle repressivo pelo Judiciário: 

(3)

 

8.2.1. Controle DIFUSO ou aberto    

Também  conhecido  como  controle  concreto,  por  via  de  exceção  ou  defesa.  Caracteriza‐se  pela permissão a todo e qualquer juiz ou tribunal realizar no caso concreto a análise sobre a  compatibilidade de atos normativos ou administrativos à CRFB. 

 

Lembrar a regra do artigo 97 da CRFB (cláusula de reserva de plenário).  

 

Efeitos dessa declaração de inconstitucionalidade: 

 

Efeitos ex tunc  (retroativos),  para  as  partes  do  processo,  e  no  processo  em  que  houve  a  declaração. 

 

Possibilidade de extensão dos efeitos para os demais, ver artigo 52, X da CRFB: Senado, a  seu critério, expede resolução sustando os efeitos da norma erga omnes e ex nunc. 

 

8.2.2) Controle CONCENTRADO ou via de ação direta   

Também  chamado  de  controle  abstrato.  Por  meio  desse  controle,  procura‐se  obter  a  declaração  de  inconstitucionalidade  do  ato  normativo  em  tese  (independentemente  da  existência  de  um  caso  concreto),  visando‐se  à  obtenção  da  invalidação  da  lei,  a  fim  de  garantir‐se  a  segurança  das  relações  jurídicas,  que  não  podem  ser  baseadas  em  normas  inconstitucionais. 

 

São várias as espécies de controle concentrado, previstas pela CRFB/88: 

 

• Ação direta de inconstitucionalidade genérica – ADIn (art. 102, I, a, da CRFB)   

• Ação declaratória de constitucionalidade ‐ ADECON (art. 102, I, a, in fine; EC n. 03/93)   

• Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, parágrafo 2º, da CF)   

• Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (art. 36, III da CF) 

(4)

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE GENÉRICA – ADIn   

COMPETÊNCIA   

Compete  ao  Supremo  Tribunal  Federal  (STF)  processar  e  julgar,  originariamente,  ação  direta  de  inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. 

 

A declaração de inconstitucionalidade da lei em tese (não existe caso concreto a ser solucionado) é  o objeto principal da ação, diferentemente no ocorrido no controle difuso. 

 

OBJETO   

Ato normativo federal, estadual ou distrital no exercício de competência equivalente à dos Estados‐

membros, editados posteriormente à Constituição Federal e que ainda estejam em vigor. 

 

Observações: 

 

1. Ato normativo federal (leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias, leis delegadas,  resoluções do SF ou da CD, decretos legislativos do CN, decretos autônomos do Poder Executivo). 

 

2. As constituições estaduais inclusive podem ser objeto de controle de constitucionalidade em face  da CRFB, perante o STF. 

 

3. Em caso de atos revogados ou de atos cuja eficácia já se tenham exaurido (MP não convertida em  lei, p. exemplo) há prejudicialidade da ação por perda do objeto. 

 

Controle de constitucionalidade de normas originárias   

Impossibilidade  de  se  realizar  controle  de  constitucionalidade  de  dispositivos  do  texto  constitucional. 

 

Emendas constitucionais   

Poderão ser declaradas inconstitucionais por vício formal (em relação ao processo legislativo) ou  por afrontar cláusulas pétreas. 

 

Leis municipais em face da Constituição Federal   

Inadmissível  o  controle  concentrado  perante  o  STF  por  meio  de  ADIn  –  ausência  de  previsão  constitucional.  Todavia,  pode  ocorrer  o  controle  difuso,  com  a  posterior  extensão  dos  efeitos  da  decisão erga omnes, na forma do artigo 52, inciso X da CRFB/88. 

 

Leis anteriores à Constituição da República Federativa de 1988   

Inadmissível  o  controle  concentrado  perante  o  STF  por  meio  de  ADIn.  A  verificação  de  compatibilidade  deve  ser  realizada  sob  a  perspectiva  da  recepção,  ou  não,  da  norma  ao  novo  ordenamento jurídico instaurado com a promulgação da Constituição. 

 

Admite‐se o controle difuso. 

 

Obs.: Leis municipais e leis estaduais em face da Constituição estadual   

O processamento da ação direta de inconstitucionalidade nesses casos compete ao TJ do Estado. 

(5)

 

Art. 125, § 2º da CRFB   

Constituição do Estado de SP – art. 90. 

 

LEGITIMAÇÃO   

Ver artigo 103 da CRFB: 

 

• Presidente da República 

• Procurador‐Geral da República 

• Mesa da Câmara dos Deputados 

• Mesa do Senado Federal 

• Conselho Federal da OAB 

• Partido político com representação no Congresso Nacional 

• Mesa da Assembléia Legislativa ou Câmara Legislativa do DF * 

• Governador de Estado ou do DF * 

• Confederação sindical * 

• Entidade de classe de âmbito nacional (entidade profissional) *   

* Para esses legitimados o STF exige pertinência temática entre o objeto da ação e o interesse  específico defendido pelo legitimado. 

 

Os demais possuem legitimação ativa universal. 

 

Obs. A mesa do Congresso Nacional não possui legitimação para propor a ADIn. 

 

PROCESSO   

Ver artigo 103, §§ 1º e 3º e Lei 9868/99   

Advogado‐Geral da União será citado para defender o ato ou o texto impugnado. 

 

Cabe a interposição de medida cautelar para o deferimento de liminar (art. 102, inciso I, p da CRFB). 

 

O autor da ADIn não poderá desistir da ação. 

 

EFEITOS DA DECISÃO   

­ Erga omnes e ex tunc   

‐  Nada  obstante,  o  STF,  por  razões  de  segurança  jurídica  ou  de  excepcional  interesse  social,  por  maioria  qualificada  (2/3  dos  seus  membros),  pode  dar  à  decisão  efeitos ex nunc  ou  fixar  outro  momento a partir do qual a decisão passará a valer. 

 

‐  O  efeito  é  vinculante  em  relação  aos  órgãos  do  Poder  Judiciário  e  da  Adm.  Pública  federal,  estadual, municipal e distrital. 

   

PRINCÍPIO DA PARCELARIDADE   

O  STF  pode  julgar  a  inconstitucionalidade  parcial,  expurgando  do  texto  normativo  apenas  uma  palavra ou expressão. 

(6)

 

PREVISÃO E COMPETÊNCIA   

ADECON – criada em 17.3.93, pela EC n° 3, com disposições alteradas pela EC n° 45/04. 

 

Ver art. 102, inciso I, ´a´ e art. 102 § 2º da CRFB   

Compete ao STF julgá‐la. 

 

FINALIDADE   

‐  Afastar  a  insegurança  jurídica  ou  o  estado  de  incerteza  sobre  a  validade  de  uma  lei  ou  ato  normativo federal, para preservar a ordem jurídica constitucional; 

 

‐ Transferir ao STF a decisão sobre a constitucionalidade de um dispositivo legal que esteja sendo  duramente atacado pelos juízes e tribunais inferiores, afastando‐se o controle difuso, uma vez que,  declarada  a  constitucionalidade  da  norma,  o  Judiciário  e  o  Executivo  ficam  vinculados  à  decisão  proferida; e 

 

‐ Transformar a presunção relativa de constitucionalidade em presunção absoluta, em virtude de  seus efeitos vinculantes. 

 

OBJETO   

Somente lei ou ato normativo federal. 

 

Exige‐se  também  comprovação  da  divergência  judicial:  ações  em  andamento  em  que  a  constitucionalidade da lei é impugnada. 

 

LEGITIMAÇÃO   

Os mesmos da ADIn, conforme EC 45/04. 

 

PROCEDIMENTO    

Lei 9868/99   

EFEITOS DA DECISÃO   

­ Ex tunc 

­ Erga omnes  

‐ Vinculantes em relação ao Judiciário e ao Executivo   

(7)

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO   

FINALIDADE   

Conceder  plena  eficácia  às  normas  constitucionais  que  dependam  de  complementação  infraconstitucional. Tem cabimento a ação quando o Poder Público se abstém de cumprir um dever  que a Constituição lhe atribui. 

 

OBJETO   

Na  conduta  negativa  consiste  a  inconstitucionalidade.  A  Constituição  estabeleceu  que  o  Poder  Público  (Legislativo  ou  Executivo)  tivesse  uma  conduta  positiva,  com  a  finalidade  de  garantir  a  aplicabilidade  e  a  eficácia  da  norma  constitucional.  O  Poder  Público  omitiu‐se,  tendo,  pois,  uma  conduta negativa. 

 

LEGITIMAÇÃO   

Mesmos legitimados para a ADIn genérica – artigo 103 da CRFB. 

 

DECISÃO DO STF   

O STF dá ciência ao Poder ou órgão competente para: 

 

• No caso de órgão administrativo: adoção das providências necessárias em 30 dias. Em caso  de descumprimento = futura responsabilização da Adm. Pública. 

 

• No  caso  de  omissão  do  Legislativo:  ciência  ao  Poder  Legislativo  para  que  adote  as  providências necessárias, sem prazo preestabelecido. 

 

(8)

 

Conceito   

O  mandado  de  injunção  consiste  em  uma  ação  constitucional,  de  caráter  civil  e  de  procedimento  especial, que visa suprir uma omissão do Poder Público, no intuito de viabilizar o exercício de um  direito,  uma  liberdade  ou  uma  prerrogativa  prevista  na  CRFB/88.  Visa,  assim  como  a  ADIn  por  Omissão, combater a inefetividade das normas jurídicas. 

  Objeto   

Omissão  do  Poder  Público,  decorrente  de  falta  de  regulamentação  de  norma  constitucional  de  eficácia limitada (de princípio institutivo ou de princípio programático). 

 

Requisitos   

• Falta de norma reguladora de uma previsão constitucional (omissão do Poder Público); 

 

• Inviabilização do exercício de direitos constitucionais (nexo de causalidade). 

     

Legitimidade   

Qualquer pessoa (admite‐se o MI coletivo)   

Legitimidade passiva   

Somente o Poder público   

Procedimento   

Serão observadas as normas do mandado de segurança, enquanto não editada norma específica. 

 

Impossibilidade de concessão de medida liminar – incompatibilidade. 

 

Competência originária   

STF (art. 102, I, q)   

STJ (art. 105, I, h)   

No âmbito estadual:  

 

Os Estados podem estabelecer em suas constituições o órgão competente para processar e julgar MI  contra omissão do Poder público estadual em face das normas constitucionais estaduais. 

   

(9)

Decisão e efeitos do mandado de injunção   

            geral 

 

      Concretista     

                  direta 

            Individual       

                  intermediária 

 

Posições      

     

      Não concretista   

 

(10)

   

Ver art. 102, § 1° da CRFB/88 (EC 3/93)  e Lei 9.882, de 3 de dezembro de 1999 (regulamenta a  ADPF) 

  Objeto   

Ato  administrativo  do  Poder  público  ou  ato  normativo  federal,  estadual,  distrital  ou  municipal,  incluídos os anteriores à CRFB/88. 

 

Finalidade   

Evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder público. 

 

Competência   

STF   

Legitimados   

Os mesmos legitimados para a ADIn genérica (art. 103 da CRFB/88)   

Hipóteses de cabimento: três   

• Evitar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder público; 

 

• Reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder público; 

 

• Quando  for  relevante  o  fundamento  da  controvérsia  constitucional  sobre  lei  ou  ato  normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à CRFB/88. 

 

Caráter subsidiário   

Incabível a ADPF quando existe outra medida eficaz para sanar a lesividade (hc, hd, ms, mi, ação  popular, ADIn´s, ADECON. 

 

Procedimento   

Ver Lei 9.882/1999   

Quorum para instalação da sessão e para a decisão   

Mesmas regras da ADIn genérica   

2/3 dos membros para instalação e maioria absoluta para decisão. 

 

Efeitos da decisão   

Mesmas regras da ADIn genérica   

Referências

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