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RELATO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA A PARTIR DA METODOLOGIA INVESTIGATIVA DO PROJETO MÃO NA MASSA

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Academic year: 2021

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RELATO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA A PARTIR DA METODOLOGIA INVESTIGATIVA DO PROJETO MÃO NA

MASSA

HELD, Marta Maria de Araújo Macedo de*;

SOUSA, Denise Lopes de e SANTINI, Lucia de Fátima**

*Coordenadora Pedagógica

** Professoras dos 3ºs anos A e C do Ciclo I EMEF PROF. NELSON PIMENTEL QUEIROZ da DRE Santo Amaro – São Paulo mmam_held@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO

A experiência relatada neste trabalho refere-se às aulas de aplicação da avaliação diagnóstica do Projeto iniciação Científica no Ciclo I – Mão na Massa para as escolas que aderiram ao projeto.

É importante ressaltar que a avaliação foi proposta para ser desenvolvida apenas em uma sala de aula de cada escola participante do projeto, entretanto em nossa unidade escolar os alunos de outras salas quiseram realizar a avaliação, o que levou os professores elaborarem uma outra atividade investigativa e desenvolverem com seus alunos.

Tema: Água – Limpeza e filtração

Objetivo: Verificar que água com impurezas, passando por um processo de filtragem simples, pode tornar-se mais limpa.

Conteúdos:

- Purificação da água - Água potável

Sensibilização:

História em quadrinhos: "Dia interamericano da água" (Organização Panamericana de Saúde) págs. 3 a 7.

Essa história em quadrinhos introduziu os alunos no tema a ser trabalhado. De forma lúdica, a atenção dos alunos foi direcionada para a importância da água e para os problemas decorrentes do seu mau uso, assim como, a necessidade do homem, em envolver-se nos cuidados relacionados a sua preservação evitando o desperdício e a poluição.

Através dessa história, foi lançado aos alunos um desafio: Serem os detetives da água.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE 1- Organização dos alunos

A classe foi dividida em 7 grupos, cada grupo formado por 5 alunos, de tal forma que, em cada um deles, houvesse alunos em diferentes níveis de aprendizagem na produção escrita.

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2- Material utilizado

- 7 garrafas pet de 2 litros cortadas ao meio e encaixadas de maneira que formassem um funil com reservatório para a coleta de água;

- 7 chumaços grandes de algodão;

- 7 copos de areia fina;

- 7 copos de areia grossa;

- 7 copos de cascalho grosso;

- 7 copos de cascalho fino;

- 7 garrafas de meio litro com água e impurezas (barrenta);

- relógio da classe ou do professor;

- caixa grande de papelão.

3- Apresentação do material a ser analisado - garrafa com água impura de aspecto barrento

Esse procedimento despertou nos alunos uma enorme curiosidade e agitação. Pela cor escura da água, o líquido apresentado foi imediatamente associado a achocolatados em geral. Logo, em seguida, apresentamos a questão problema.

3- Questão Problema

Como podemos remover as impurezas da água que está na garrafa e torná-la mais limpa?

Num primeiro momento, a questão foi apresentada oralmente e, em seguida, foi distribuída uma garrafa para cada grupo com a água impura.

A questão foi colocada na lousa e, os alunos foram orientados a pensarem numa maneira de resolvê-la.

Nessa etapa do trabalho, observou-se uma certa inquietação na classe.

Os alunos começaram a comentar sobre a atividade demonstrando, através de comentários, que provavelmente nunca haviam pensado sobre os procedimentos utilizados para a limpeza da água. Começaram, então, a falar sobre o que fazer para não poluir a água. Nesse momento, houve uma intervenção, feita pelas professoras, no sentido de retomar a questão problema, chamando atenção para o foco principal, ou seja, a remoção de impurezas da água não permitindo que os alunos se desviassem do objetivo da investigação, evitando, desta maneira, registros equivocados.

4- Formulação individual de hipóteses

Foram distribuídas folhas amarelas com a questão impressa para que os alunos fizessem o registro individual de suas hipóteses.

Nesse momento, as professoras circulavam pelos grupos dando as devidas orientações aos alunos para a formulação de suas respostas deixando- os livres para escolher a opção pelo uso da escrita e/ou de desenhos. Essa orientação abre a possibilidade para alunos não alfabetizados apresentarem suas idéias.

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5- Formulação da hipótese do grupo

Em cada grupo houve um confronto das hipóteses elaboradas individualmente. Cada aluno apresentou suas idéias, discutiram as hipóteses e formularam uma resposta coletiva que foi registrada, por um dos integrantes de cada grupo, numa folha branca contendo novamente o registro da pergunta.

6- Apresentação do material

As professoras apresentaram porções do material a ser utilizado em copos plásticos, dentro da caixa de papelão, para cada grupo. Elas listaram o material e solicitaram aos alunos que novamente pensassem na questão problema, mas, desta vez, fazendo uso desse material.

7- Planejamento

Distribuição do material pelas professoras para os grupos. Sem manuseá-los, os componentes de cada grupo foram descrevendo como iriam testar suas hipóteses, como resolveriam a situação problema e fariam os registros empregando a escrita e/ou desenhos.

PROCEDIMENTOS UTILIZADOS PELAS PROFESSORAS

Os alunos foram orientados a seguirem os seguintes passos:

1- Colocar o algodão dentro do bico da garrafa (previamente cortada acima da metade pelo professor)

2- Discutir com o seu grupo, em que seqüência será colocado a areia fina, a areia grossa, o cascalho fino e o cascalho grosso;

3- Colocar a parte de cima da garrafa dentro da parte de baixo, como se fosse um funil;

4- Montar o filtro na ordem decidida pelo grupo (apenas um dos grupos foi orientado a colocar as camadas de materiais numa ordem mais adequada);

5- Despejar a água com impurezas fornecida pelas professoras;

6- Após 45 minutos, observar a filtração da água; sua coloração e ritmo de gotejamento.

7- Coletar um pouco de água num copo plástico e continuar o processo de filtragem no funil;

8- Comparar a água coletada no copo com a que estava sendo armazenada no reservatório.

Os alunos registraram em que ordem gostariam construir o filtro, na folha de planejamento, levando em consideração as orientações dadas pelas professoras. Cada grupo discutiu intensamente como deveriam fazê-lo e mostraram-se extremamente ansiosos para manipular os materiais. Estavam falantes e não levaram muito tempo para decidir a ordem das camadas.

Após essa discussão, realizaram o experimento. Logo em seguida, todos os filtros foram colocados sobre uma bancada, um ao lado do outro, devidamente etiquetados e identificados.

8- Registro dos resultados dos grupos

Cada grupo recebeu uma folha para o registro dos resultados e conclusões após a observação da experiência.

Foram, também, apresentadas aos alunos algumas questões:

1- Houve mudanças na água após a filtragem?

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2- Comparar o filtro do seu grupo com o de outros grupos e responder:

a) A ordem de montagem do filtro alterou o tempo de filtragem?

b) Se houve alteração, em qual combinação a filtragem foi mais rápida?

c) E em qual foi a mais lenta?

d) Qual foi a melhor seqüência de montagem para se obter água filtrada?

Por quê?

e) Retomada da questão problema.

Para a elaboração das respostas, os alunos foram até a bancada comparando os filtros e fazendo as devidas anotações. Vale lembrar que, durante a distribuição das folhas e as orientações, foram decorridos os 45 minutos e após o término desse período anotaram numa folha de rascunho as observações relativas à coloração e ao ritmo de gotejamento de seu filtro para uma posterior comparação.

8- Apresentação para a sala da hipótese do grupo, seu planejamento e a que conclusões chegaram.

As professoras escreveram na lousa uma ao lado da outra todas as seqüências elaboradas pelos grupos e, logo abaixo, as observações sobre o tempo de filtragem e o gotejamento. Acreditamos que esse procedimento foi de grande importância pois, desta maneira, todos puderam visualizar com nitidez todas as seqüências elaboradas.

Neste momento, foram afixadas na lousa as folhas de registro dos grupos e um representante apresentou as respostas às questões.

9 - Pesquisar em textos referentes ao tema e confrontar com as experiências realizadas.

Cada aluno recebeu dois textos e após a sua leitura começaram a estabelecer comparações entre as respostas elaboradas a partir do experimento e as informações contidas no texto. Isso possibilitou a retomada das hipóteses e uma possível reformulação das idéias até então apresentadas.

10 - Síntese coletiva

A professora foi escrevendo na lousa uma síntese coletiva a partir das colocações dos alunos. Este foi um momento em que todos puderam fazer suas considerações, colaborando para a elaboração da resposta coletiva da sala.

11 - Avaliação

Os alunos leram individualmente um terceiro texto. Neste texto, foi apresentado o conceito de água potável, bem como suas características que torna possível o seu consumo. Esta foi uma etapa complementar cujo objetivo foi o de mostrar que nem toda água com aparência límpida pode ser consumida e que para isso são necessários outros procedimentos que darão a ela as características especiais próprias da água potável. Dessa maneira, procuramos evidenciar que a água nos reservatórios dos filtros, apesar de estarem mais limpas, não possuíam tais características.

Após a leitura do texto e baseados em suas informações, os alunos fizeram individualmente uma avaliação escrita.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observamos que, ao manusear os materiais e ao construírem o filtro, os alunos se sentiram envolvidos, numa atividade de caráter lúdico o que nos pareceu ter motivado a participação de todos eles.

Foram necessários dois dias para a realização deste trabalho. Optamos por essa organização, pois acreditamos que essa divisão favorece um melhor aproveitamento de cada etapa desenvolvida levando em consideração as seguintes questões:

• cada etapa pôde ser desenvolvida com mais tranqüilidade e atenção;

• proporcionou-se um tempo maior para a elaboração das respostas considerando a idade dos alunos e o fato de ainda não terem um total domínio da produção escrita;

• as crianças têm dificuldade em permanecer longos períodos envolvidos numa mesma atividade e introduzir o trabalho com os textos no segundo dia possibilitou uma pausa nos trabalhos e, conseqüentemente, um período de descanso favorecendo maior concentração e receptividade à leitura.

Consideramos que o desenvolvimento dessa atividade tenha colaborado para o desenvolvimento de vários aspectos tanto científicos quanto pedagógicos tais como:

despertar a curiosidade científica e vivenciar o desenvolvimento de uma metodologia investigativa, percebendo a necessidade de retomarmos uma idéia por nós elaborada após a observação e o acesso a informações de caráter científico;

perceber a complexidade do trabalho de despoluição da água, a importância da água potável e a necessidade do respeito e preservação ao meio ambiente;

evidenciar a importância do registro escrito no desenvolvimento de uma atividade;

evidenciar a necessidade da coesão e coerência daquilo que se escreve possibilitando a compreensão por parte do leitor;

vivenciar, de maneira organizada, uma atividade coletiva e perceber a importância do trabalho em equipe.

Referências

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