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TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS E TERMOS DESCRITIVOS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS

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TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS E TERMOS

DESCRITIVOS SOB O PONTO DE VISTA DE

FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS

Cristina Canhetti Alves Gabriella Silveira Antelmi

São Paulo

2007

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Cri

stina Canhetti Alves

Gabriella Silveira Antelmi

TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS E TERMOS

DESCRITIVOS SOB O PONTO DE VISTA DE

FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora como exigência parcial para obtenção do título

de Bacharel em

Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sob orientação da professora Msª Lucia Helena Gayotto.

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Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes

passagens...

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Agradecimentos

A Deus por ter nos dado a vida e por sempre iluminar nossos caminhos.

À nossa dedicada orientadora, Lucia Helena Gayotto, pelos agradáveis momentos dentro e fora de sala de aula, por compartilhar de seus conhecimentos, pelas idas aos ensaios e teatros que ficarão, pra sempre, guardadas na memória, por todas as dicas, incentivos, orientações, por acreditar que podíamos seguir em frente e por plantar em nós o desejo infinito pela busca do conhecimento.

Às Profª Laura Märtz, Rejane Rubino, Lúcia Arantes, Cecília Moura e Regina Freire, pela grande influência em nossa formação como terapeutas.

À Pat Joaninha, Merizoca e Denise, pela amizade, risadas, companheirismo e cumplicidade.

À Cá Sauda e Gabi Damilano, por compartilhar seus conhecimentos e por nos apoiar nos momentos difíceis.

Aos fonoaudiólogos e preparadores vocais que colaboraram com nossa pesquisa. A todos os pacientes atendidos, pelas experiências e por nos permitir exercer esta maravilhosa profissão.

A professora Drª Zuleica Camargo por aceitar nosso convite como parecerista. Ao João e a Graça por nos auxiliar nas diferentes etapas de nossa pesquisa. À Faculdade de Fonoaudiologia da PUC-SP e a turma 46 pelos momentos vividos.

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Agradecimentos

Cristina Canhetti Alves

À minha mãe, Fátima, pelo amor, carinho, amizade, apoio e eterna dedicação. Ao meu pai, José Carlos, pelo amor e auxilio em toda a minha trajetória.

A minha avó Maria, por acreditar em minhas escolhas e por sua grande fé, fundamental para realização dos meus sonhos.

Ao meu namorado, Pedro Henrique, pelo amor, companheirismo, conselhos, paciência, incentivo e por ser essa pessoa especial que habita meu coração.

Aos meus avós paternos, Maria Candida e José, pelo afeto e por tornar possível essa etapa de minha vida.

Aos meus tios, Celso e Alda, que sempre me apoiaram. À minha afilhada, Cacá, por me ensinar a voltar a ser criança.

À Gabi Antelmi (menina magrella) companheira de pesquisa e vida, pela amizade atual e crescente.

À admirável professora Zuleica Camargo, por seu profissionalismo, dedicação e por me introduzir no mundo maravilhoso da pesquisa.

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Agradecimentos

Gabriella Silveira Antelmi

Aos meus pais, Eugenio e Geni, pelo grande amor, carinho e exemplo de vida. Aos meus irmãos, Rodrigo e Bruno, que mesmo com tantas brigas, nossa amizade e amor prevalecem.

Ao meu amor, Lucas, por me ensinar o que é amar, por sua dedicação, carinho, amizade, paciência, compreensão e por todos os momentos que passamos juntos.

À Cris, grande e fiel amiga, pelos quatro anos de companheirismo, cumplicidade, segredos, choros e muitas, mas muitas risadas. Adoro você.

À Flavinha, amiga em todas as horas e grande companheira, desde me acompanhar até o carro, como entrar juntas nas quadras.

À Cá Sauda e Gabi Damilano, pelas risadas e sofrimentos durante os treinos e por todas as vezes que entramos juntas nas quadras... VAMÔ PUC!!

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SUMÁRIO

Resumo...01

1. Introdução...02

2. Objetivo...04

3. Revisão de Literatura 3.1 Recursos Vocais...05

3.2 Termos descritivos da Voz...13

4. Metodologia....17

5.Resultados...20

6. Discussão 6.1 Recursos Vocais...61

6.2 Termos Descritivos da Voz...83

7. Conclusão...106

8. Referências Bibliográficas...108

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Resumo

INTRODUÇÃO: A voz tem um papel fundamental na comunicação e no relacionamento humano. Ela enriquece a transmissão da mensagem articulada, acrescentando à palavra o conteúdo emocional, a entoação, a expressividade, identificando o indivíduo tanto quanto sua fisionomia e impressões digitais. Os avanços nos métodos de avaliação da voz mudaram de forma significativa a atuação fonoaudiológica, que propõe uma nova maneira de classificação da qualidade vocal dos sujeitos com base nos recursos vocais e na classificação a partir dos tipos de voz, que podem também ser chamados de termos descritivos da voz. OBJETIVO: O objetivo da presente pesquisa é investigar e definir alguns recursos vocais secundários - projeção, volume, ritmo, velocidade, entonação, modulação, qualidade vocal e timbre - bem como os termos descritivos - voz encoberta, abafada, constrita, apertada, ríspida, cortante, metálica, estridente, potente, forte, aveludada e polida - para estabelecer convergências e divergências entre suas definições, sob o ponto de vista de fonoaudiólogos e preparadores vocais, em comparação com referenciais teóricos obtidos por levantamento bibliográfico.

MÉTODO: Foi aplicado um questionário em dezessete profissionais da voz: sendo onze fonoaudiólogos (F1 a F11) e seis preparadores vocais (PV1 a PV6). Para a escolha dos profissionais, seu tempo de atuação na área, foi de no mínimo cinco anos. A escolha do questionário referiu-se à necessidade de focar alguns recursos vocais secundários e termos descritivos da voz quanto a suas definições, relações dos recursos primários com os recursos vocais secundários e com os tipos de voz e, por fim, comparar os termos entre si de acordo com a explicação teórica dos profissionais em questão. Após levantar e analisar as definições quanto às convergências e divergências apontadas nos questionários, o resultado foi confrontado com a literatura e, por fim, foi realizada uma proposta que descreverá uma terminologia comum a esses profissionais quanto aos conceitos e questões discutidas.

RESULTADOS: As respostas obtidas pelos questionários para o recurso vocal primário

intensidade, de um modo geral foram: grandeza mensurável do volume da voz (F1 e F5); parâmetro que pode ser medido pelo aumento de dB (F9, PV1, PV5 e PV6); relacionado à resistência e impulso (F11); relação com a fisiologia, com o aumento de pressão subglótica (F4), e pode ser classificada como forte e fraco (F7 e F10). Dados que convergem com a literatura. Desta mesma maneira o questionário visou a definições dos seguintes termos:

volume, projeção, ritmo, velocidade, fluência, entonação, modulação, inflexão, qualidade vocal, timbre, voz abafada, voz encoberta, voz constrita, voz apertada, voz ríspida, voz cortante, voz

metálica, voz estridente, voz potente, voz forte, voz polida e voz aveludada. DISCUSSÃO: Foi realizada a análise dos questionários dos dois grupos estudados, para confrontar os dados encontrados entre os fonoaudiólogos e entre os preparadores vocais e ambos os grupos com a literatura. O que pudemos destacar foi que para os conceitos dados aos recursos vocais primários e secundários houve maior número de respostas convergentes entre os dois grupos e a literatura, do que em relação aos conceitos dados para os termos descritivos da voz.

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1. Introdução

A voz tem um papel fundamental na comunicação e no relacionamento humano. Ela enriquece a transmissão da mensagem articulada, acrescentando à palavra o conteúdo emocional, a entoação, a expressividade, identificando o indivíduo tanto quanto sua fisionomia e impressões digitais.

Os avanços nos métodos de avaliação da voz mudaram de forma significativa a atuação fonoaudiológica, que propõe uma nova maneira de classificação da qualidade vocal dos sujeitos com base nos recursos vocais e na classificação a partir dos tipos de voz, que podem também ser chamados de termos descritivos da voz. Os termos descritivos têm sido amplamente descritos na literatura, como podem ser encontrados nas publicações de: Boone (1996), Pinho (1995), Behlau (2001) e Gayotto (2005).

Leite (2004) realizou um trabalho sobre as convergências e divergências terminológicas e conceituais na avaliação fonoaudiológica da voz e será para esta pesquisa um referencial estrutural. Esse estudo foi feito somente com os fonoaudiólogos que preparam os profissionais da voz. O que foi visto como os recursos vocais de maiores convergências terminológicas e conceituais foram: articulação, extensão vocal, tipo respiratório, capacidade vital, modo respiratório, ataque vocal, classificação do tipo de voz, altura (pitch), intensidade de fala (loudness), tempo de emissão/ tempo máximo de fonação e cociente de fonação.

Na presente pesquisa, iremos abordar os seguintes recursos vocais básicos ou primários (GAYOTTO,1997): freqüência, intensidade, ressonância, articulação e respiração. Também serão descritos os recursos vocais resultantes ou secundários (GAYOTTO,1997) tais quais: projeção, volume, ritmo, velocidade, entonação e modulação, bem como os termos qualidade vocal e timbre.

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Dessa maneira, diante da possibilidade de pesquisar esses recursos e termos descritivos da voz, selecionou-se um grupo de profissionais da voz composto por fonoaudiólogos e preparadores vocais. Tal escolha se deu pelo fato de que esses profissionais conhecem mais especificamente tais recursos em suas práticas profissionais e pesquisas.

Hoje, cabe ao fonoaudiólogo especialista em voz cada vez mais divulgar suas possibilidades de atuação e propor ações diferenciadas em três aspectos: preventivo, clínico e de aperfeiçoamento vocal.

O preparador vocal, que não é fonoaudiólogo, mas que em alguns casos pode ser, trabalha de acordo com as necessidades dos de profissionais da voz, sem um enfoque fono-terapêutico, atuando como uma espécie de direcionamento vocal, trabalhando as necessidades vocais básicas para cada área de atuação. (GAYOTTO, 1996).

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2. OBJETIVO

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3. Revisão de Literatura

A seguir, a revisão de literatura será dividida em dois tópicos, sendo eles: Recursos Vocais e Termos descritivos da voz para melhor visualização dos conteúdos estudados.

3.1 Recursos Vocais

Muito foi descrito sobre os recursos vocais na literatura, especialmente a respeito da avaliação da voz e da análise perceptivo-auditiva. Os recursos vocais básicos mais encontrados na literatura também conhecidos como recursos vocais primários (GAYOTTO, 1997) são: freqüência, intensidade, ressonância, articulação e respiração.

Estes recursos vocais primários descritos por Gayotto (1997) são aqueles que formam/compõem a voz e são bases para as suas dinâmicas. Esses recursos são complementares, isto é, os recursos primários não se isolam, mas se relacionam entre si.

Kyrillos (2004) afirma que as pessoas são consideradas expressivas, em maior ou menos grau, de acordo com sua utilização ou não dos recursos vocais de diferentes formas. Os recursos vocais são usados durante nossas emissões espontâneas, de forma intuitiva e pouco consciente.

A voz é propulsora de expressão, pois é a partir de suas qualidades que exprimimos e nos relacionamos. Esse conceito nos mostra que a sonoridade precisa ser trabalhada como potência expressiva e que os estados psicofísicos, isto é, as relações harmônicas entre corpo, voz e psiquê da pessoa podem alterar a voz. (GAYOTTO, 2005).

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A freqüência também pode ser avaliada de uma maneira mais ampla, ou seja, através de sua gama tonal (o número de notas que se o sujeito é capaz de emitir do mais grave ao mais agudo) (LEITE, 2004) e dos movimentos da entoação que podem ser descritos com os termos: ascendente, descendente, nivelado, plana, retilínea, adequada, pouco marcante, inadequada, adequada, excessiva, restrita, repetitiva, variada, rica, monótona e monotonal. (VIOLA e FERREIRA, 2007).

Intensidade é a sensação do volume da voz ou a “potência da voz” (BRANDI,1990 p.69); “é o grau da força expiratória com que o som é produzido, força que se manifesta acusticamente na menor ou maior amplitude de vibração das pregas vocais” (GAYOTTO,1997 p.45) e pode ser classificada como fraca, adequada ou forte (ANDRADA E SILVA, DUPRAT, 2004; BEHLAU, 2001). A intensidade pode ser modificada constantemente pelos estados físico e emocional, pelo ambiente e de acordo com as situações vividas (VIOLA, 2000). Além disso, a intensidade pode também ser avaliada por sua modulação, apontada como: excessiva, restrita e repetitiva. (VIOLA e FERREIRA, 2007).

A intensidade relaciona-se com amplitude e pressão, portanto, quanto maior amplitude, a pressão é mais forte e quanto menor amplitude, a pressão é mais fraca. Tal recurso é medido em dB.

Behlau e Pontes (1995) definem intensidade vocal como “parâmetros físicos ligado diretamente à pressão subglótica da coluna aérea que, por sua vez, depende de uma série de fatores, como amplitude de vibração e tensão das pregas vocais, mais especificamente da resistência que a glote oferece à passagem do ar”. (p.100)

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Para Boone (1996) a produção de uma boa voz necessita que o trato vocal esteja em foco, com um foco de ressonância adequado. O bom foco de ressonância é a característica da voz mais difícil de descrever: soa como se estivesse vindo do meio da boca, exatamente acima da superfície da língua. Se a voz é produzida a partir de um ponto muito alto ou muito baixo terá um pobre foco vertical de ressonância. Se a voz é produzida muito à frente ou muito atrás, ela terá um pobre foco horizontal de ressonância.

Segundo Viola (2000) a articulação refere-se aos ajustes motores realizados com os lábios, língua, palato e faringe, que possibilitam a emissão de diferentes sons e palavras quando estão encadeados, ou seja, está relacionado ao ajuste motor realizado pelos órgãos fonoarticulatórios e pode ser classificado como precisa (quando compreendemos todas as palavras que são emitidas) ou imprecisa (quando não se compreende ou quando há distorções fonêmicas) (ANDRADA E SILVA, DUPRAT, 2004; BEHLAU,2001). Para Gayotto (1997) a articulação é a “mecânica, isto é, o movimento dos órgãos fonoarticulatórios na emissão de sons durante a fala” (p.47).

Os termos de classificação para articulação apontados na pesquisa realizada por Viola e Ferreira (2007) são: normal, bem-definida, clara, aberta, precisa, inexatidão temporária, travada, reduzida, indiferenciado, imprecisa, prejudicada, fechada, distorcida, sobrearticulada, exagerada, marcante, força e abrandamento.

Quanto ao recurso de respiração, esta apresenta dois diferentes ciclos: inspiração e expiração e pode ser realizada pelo uso de diferentes regiões torácicas: superior, média, inferior e costodiafragmática e por três diferentes modos – nasal, bucal e mista (VIOLA, 2000). A respiração para a fala tem como objetivo principal a fonação e é voluntária. Os músculos da respiração apresentam seus movimentos aumentados bem como a ativação dos músculos acessórios. O tempo de expiração excede o de inspiração e a respiração é feita pela boca e nariz. Nessa mesma situação, o trato respiratório é interrompido pelos movimentos das pregas vocais e dos órgãos fonoarticulatórios. Durante a fala, existe a necessidade de pausas constantes na expiração para demarcar as pontuações e para a formação de frases (GREENE,1989).

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uma produção da voz adequada, ou seja, para que a voz e a fala sejam produzidas é necessário que inicialmente coloquemos o ar para dentro dos pulmões e que para isso seja efetivo, as pregas vocais devem estar afastadas. Assim que emitimos determinado som, as pregas vocais se aproximam entre si com tensão adequada. Além disso, há o controle da saída de ar dos pulmões para que a produção possa ser realizada perfeitamente. O ar, por sua vez, auxilia na vibração das pregas vocais, para que estas realizem ciclos vibratórios que irão se repetir rapidamente. As caixas de ressonância devem estar ajustadas para facilitar a amplificação bem como os articuladores que devem estar posicionados de maneira adequada para a produção de um som específico.

Segundo Gayotto (1997) os recursos vocais resultantes ou secundários relacionam-se a

projeção, volume, ritmo, velocidade, cadência, entonação, fluência, duração, pausa e ênfase.

Estes recursos expressam intenções vocais durante a emissão ou discurso e são resultantes dos recursos vocais primários.

Para fundamentar este estudo iremos privilegiar apenas alguns recursos vocais secundários dado o curto tempo de pesquisa: volume, projeção, ritmo, velocidade, fluência, entonação, modulação, inflexão; e os termos qualidade vocal e timbre.

O volume, habitualmente, é relacionado à intensidade, “chamando um som forte de alto e um fraco, de baixo. Mas o volume engloba a intensidade e a ressonância” (Gayotto, 1997 p. 45).

Segundo Roubine (1985) projetar a voz é onde ela consegue alcançar, é o seu alcançe. Märtz (2000) aponta que: “Projetar indica lançar a voz no espaço e a referência é mais acentuada no exterior do sujeito que limite sua voz. Já quando pensamos em ressoar, o sujeito busca em si a ressonância que se faz em seu corpo, e que, a partir daí simultaneamente vai ganhando alcance e envolvendo o ambiente e os ouvintes” (p.98).

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necessário o controle adequado da respiração, intensidade e ressonância e, conseqüentemente, um bom controle de volume.

Durante a voz falada, não há o uso particular de alguma cavidade ressonantal específica, ou seja, a ressonância é geralmente média, dessa forma, não é necessária uma voz com projeção. Nos casos em que a projeção deve ser alcançada utiliza-se uma respiração mais profunda utilizando sons mais intensos e agudos (BELHAU e REHDER, 1997; BELHAU e REHDER, 2005).

O ritmo da fala é dado “por todo conjunto da fala encadeada; pela velocidade de emissão e intervalos de tempo existente entre as palavras, pela sucessão de sons fortes e fracos, de maior ou menor duração, conforme combinado” (VIOLA, 2000 p.83). Já Gayotto (1997) aponta que ritmo está ligado à tonicidade das palavras, com seus acentos prosódicos e com a habilidade de fluir o pensamento em forma de palavras. Na pesquisa de Leite (2004) há uma classificação para ritmo que pode ser lento, adequado ou rápido.

Para Brandi (2007) o ritmo de fala nos mostra condições emocionais da pessoa que fala. Os ritmos podem ser divididos em três: acentual, cronal e tonal. “O ritmo acentual é bastante regular e estabelece-se naturalmente pela regularidade de batidas”. “O ritmo cronal é aquele que decorre da maior ou menos quantidade de sílabas intermediárias pronunciadas”. Já o ritmo tonal “são os movimentos que o ritmo acentual e descendentes da voz”. Destes três ritmos podem derivar ênfases expressivas, acentuação, e pode marcar certas pausas; portanto, os “três ritmos associados é o que constitui o que chamamos entonação”. (p.113, 114).

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Tanto o ritmo quanto a velocidade de fala estão intimamente ligados a um dos recursos primário: a articulação (BEHLAU, 2001). Além disso, são individuais e dependem do tipo da língua que se fala e o objetivo do discurso, isto é, de acordo com o que será falado, o tipo de profissão do falante e o seu controle neurológico. (BEHLAU e REHDER, 1997; BEHLAU e REHDER, 2005).

É possível encontrar o termo ritmo associado ou não à velocidade de fala. Se diferenciado ao recurso de velocidade de fala o termo é descrito como silabado, cadenciado, adequado, alongado, precipitado e restrito. Quando associado ao recurso velocidade de fala, sua classificação é apontada como: rápido, lento, elevado, excessivamente regular ou irregular e adequado ao contexto e a situação do discurso. (VIOLA e FERREIRA; 2007).

A fluência relaciona-se com a capacidade em expressar-se com objetividade e clareza, sem muitas quebras no ritmo, ou seja, sem que a fala esteja demasiadamente entrecortada (BRANDI, 1990). Pode ser classificada como prolixa, abundante, satisfatória, escassa, disfluente, muito escassa, continua e entrecortada (VIOLA e FERREIRA, 2007).

A entonação é o recurso vocal secundário que expressa a melodia da fala. Constituída pela quantidade de energia aplicada em um determinado segmento de fala (sílaba, palavras ou frase).

Segundo Gonçalves (2000), a entonação pode produzir curvas melódicas diferentes no discurso. Segundo Arruda (2004), a entonação é classificada como descendente no caso de encontrar sinalização de não continuidade e em sentenças declarativas, e curva ascendente para sinalização de continuidade e sentença interrogativa.

Kyrillos, Andrade e Cotes (2002) afirmam que a entonação refere-se a “variação da melodia, de acordo com a intenção do discurso. A modulação é dada por meio de ênfase, onde as palavras significativas do texto são escolhidas e marcadas com variações”. (p.258).

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como ascendente, durante as emissões de conteúdo mais positivo ou indignado, exclamativo; apontado como retilíneo, quando a informação apresenta um conteúdo bem específico; e descendente, quando a mensagem é triste. (KYRILLOS, 2007).

Os variados tempos encontrados durante a articulação faz alongar/encurtar a emissão. O alongamento relaciona-se a uma maior duração de um segmento da fala e pode ser feito tanto em vogais como nas consoantes, além disso, tem ligação com as modificações de curvas melódicas, ênfases e à fluência do discurso (GAYOTTO, 1997).

Segundo Boone (1996), são as inflexões que dão as características à nossa fala. Além disso, a inflexão é parte da melodia e nos permite diferenciar as diversas línguas. Podemos notar mais nitidamente as inflexões nos dialetos de uma mesma língua, por exemplo, o português falado em São Paulo e no Sul em que as pronuncias das palavras são diferentes bem como a maneira de enfatizar as palavras. Para Penteado (1986) “a variedade das inflexões pode ser obtida através de”: variação da “velocidade da voz”, variação do “volume da voz” e “variação do tom da voz”. (p.268 e 269)

O termo qualidade vocal é o “padrão básico da voz de uma pessoa que distingue e o identifica. É dada pelo conjunto de características acústicas - freqüência, intensidade e ressonância - e articulatórias- articulação, velocidade e ritmo”. (VIOLA, 2000 p.82). BEHLAU (2001) aponta que anteriormente a qualidade vocal era definida como timbre, “mas o uso desse vocábulo está se restringindo aos instrumentos musicais” (p.91). Para Brandi (2007) “a voz apresenta várias qualidades já na origem, ou seja, a partir de sua sonorização glótica” (p.31).

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Segundo Brandi (2007) o timbre é o brilho, a limpidez que pode ser prejudicado pela “contração tônica das pregas vocais, o que lhes empresta grau de vigor; da contratibilidade muscular, que pode se apresentar equilibrada para fonação ou enfraquecida em algumas partes ou hipercontraído; da mobilidade das cartilagens laríngeas e das condições de produção do sinal vocal periódica e harmônica” (p.48).

Para diferenciar timbre de qualidade vocal é necessário entender a diferença de “apreciar a qualidade do som que estamos ouvindo e aprender a distinguir um atributo da qualidade vocal”. (BRANDI, 2007, p. 101)

Segundo Behlau e Rehder (1997; 2005) a voz falada relacionada à qualidade vocal ou a

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3.2 Termos descritivos da voz

Outro ponto importante que foi destacado nesta pesquisa refere-se a alguns termos descritivos da voz. O tipo de voz “é uma das características vocais que distinguem o indivíduo dos demais. É determinado pelo funcionamento conjunto de diferentes estruturas do aparelho fonoarticulatório, que imprimem na voz rouquidão, aspereza, soprosidade, hipernasalidade ou hiponasalidade”. (VIOLA, 2000 p.82)

Nesta pesquisa iremos privilegiar os termos descritivos da voz, tais como: encoberta, abafada, constrita, apertada, ríspida, cortante, metálica, estridente, potente, forte, aveludada e

polida.

Para Boone (1996) a voz abafada apresenta uma característica negativa. Segundo o material de análise de voz criado por Gayotto (2006), esta voz apresenta um foco baixo, ou seja, uma ressonância de pescoço. Em contrapartida, a voz encoberta apresenta seu foco de ressonância posterior (GAYOTTO, 2006), isto é, parece que a voz está saindo na parte posterior da cabeça (“atrás da cabeça”). A língua apresenta grande importância nesse tipo de voz já que pode impedir a passagem do som para a cavidade oral (ANDRADA E SILVA, DUPRAT 2004).

Segundo Gayotto (2005) a voz abafada é uma característica vocal relacionada aos recursos vocais de ressonância e articulação, e acomete algumas modificações do trato vocal, tais como: a falta de brilho, de potência e de abertura sonora.

A voz constrita apresenta um foco de ressonância anterior (GAYOTTO, 2006), ou seja, a ressonância está focada na cavidade oral, a “voz é produzida muito a frente” (BOONE, 1996 p.77); relaciona-se à articulação, já que a língua também apresenta uma posição mais anterior e ao volume (menor energia de voz). Segundo Boone (1996) esta voz transmite uma característica negativa. Para Brandi (2007), a voz constrita “identifica vozes que apresentam constrição constante ou intermitente”. Essa constrição pode ser “laríngea (golpes de glote); laringofaríngea (de voz estrangulada), etc”(p.77).

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seja, localizamos uma concentração de energia sonora na região superior da face (no nariz), provocando uma sensação de voz mais aguda e estão intimamente relacionadas à articulação. Para Jung (1999), a voz apertada é conseqüência do estresse. O dicionário Houaiss definiu o termo ríspida como aquele que se aperta ou restringi, que se deixou sem espaço.

A voz cortante é caracterizada por Boone (1996) como positiva, além disso, apresenta um foco de ressonância misto (GAYOTTO, 2006), isto é, ao escutar uma voz com essa característica não é possível localizar maior foco de energia em uma única região do aparelho fonador e tem grande relação com velocidade de fala e com a fluência.

A voz do tipo metálica é caracterizada por Boone (1996) como sendo positiva. No material de análise de Gayotto (2006), podemos dizer que para se obter uma característica de voz metálica é necessário que sejam utilizados como recursos um foco de ressonância alto, em que o som ressoa na parte superior: no nariz. A voz nasal nos deixa com a sensação de que a freqüência é alta, ou seja, uma voz mais aguda.

A metalização é relacionada à hipertonicidade de constritores faríngeos e com elevação de laringe, o que propicia ressonância de freqüência alta. É “relacionada ao foco ressonantal faríngeo e determinada por constrições faríngeas, elevação de dorso da língua, lábios em posição de sorriso, elevação laríngea e constrição ariepiglótica1”. (HANAYAMA, TSUJI, PINHO,

2004, p.437).

Segundo Hanayama, Tsuji, Pinho (2004) a voz metálica pode constituir característica indesejável ao falante por ser de freqüência aguda e irritante. Pode ser útil como recurso teatral na caracterização de um personagem, em determinados tipos de canto como o sertanejo, o country americano, ou algumas modalidades como o canto nordestino. A ressonância depende do mecanismo originado na fonte glótica2 e direcionado para o trato vocal. A configuração dos órgãos supraglóticos3 determina as características ressonantais. As ressonâncias irão variar de acordo com a ocorrência de constrições que modificam o trato vocal quanto à forma, textura e tensão. A intensidade da voz metálica é regulada, principalmente aos fatores de: potência glótica e eficiência glótica.

1 As pregas ariepiglóticas são pregas mucosas que envolvem as fibras ligamentosas e musculares estendem-se dos lados da

epiglote até os ápices das cartilagens aritenóides e formam a entrada para a laringe. (ZEMLIN, 2000, p.128).

2 Fonte glótica refere-se à laringe, ao nível das pregas vocais.

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Assim como a voz metálica, a voz estridente também possui o foco de ressonância alto (nasal) e freqüência alta, aguda. Boone (1996) caracteriza este tipo de voz como sendo negativa.

Brandi (2007) caracteriza as vozes metálica e estridente como categoria “hipertimbrada” (p.49). Boone e McFarlane (1994) apontaram a utilização de uma voz estridente, com a finalidade de melhorar a ressonância oral, e apontou o uso do som basal, para abaixar a altura, quando a ressonância for cul de sac4. Para Fuller, Horii e Conner (1992) as vozes com tensão soariam de maneira estridente ou metálica.

A ressonância cul de sac pode ter relação com as vozes metálica e estridente no que diz respeito à cavidade nasal, o que também é observado nesses tipos de vozes e componente faríngeo que também pode ser descrito na voz metálica.

Para Houaiss(2001) o termo estridente apresenta “som agudo e penetrante, que causa ruído, estridor, ruidoso e estrepitoso”. Este termo diz respeito à “consoantes de intensidade e freqüência elevadas, que são produzidas com maior turbulência da corrente de ar, o que acarreta efeito sibilante”.

As vozes potente, forte, polida e aveludada são vozes que, segundo o material de análise de Gayotto (2006), têm um foco de ressonância posterior, isto é, parece que a voz está saindo na parte posterior da língua. É importante ressaltar que a voz aveludada é caracterizada por Boone (1996) como sendo positiva. A voz polida apresenta relação direta com o recurso vocal primário articulação.

Segundo Houaiss (2001), o termo polidez designa uma “característica do discurso, que indica cortesia, gentileza, civilidade etc., do locutor (autêntica ou não), e que se expressa nas formas de tratamento, em expressões que atenuam o tom autoritário do imperativo e outras fórmulas de etiqueta lingüística”.

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As vozes potente e forte também são caracterizadas pelo volume, descrito como um recurso vocal secundário, ou seja, esse recurso relaciona-se à intensidade e à ressonância. O recurso que mais descreve a voz aveludada é a ressonância, isto é, a maneira como o som é amplificado através das cavidades localizadas no aparelho fonador.

Para Houaiss (2001) o termo potente refere-se a “que tem poder, poderoso, que tem força, possante, forte, vigoroso e que tem ou produz um som forte”.

Para Brandi (2007), a voz forte do falante “corresponde aproximadamente a 80dB” (p.46). Para Houaiss (2001) o termo forte vincula-se a “firme e duradouro, cuja articulação se realiza com maior intensidade, havendo resistência mais enérgica à passagem do ar expirado, devido à maior tensão muscular”.

FERREIRA (1998) realizou um questionário para fonoaudiólogos descreverem sobre o seu trabalho. Ao final da pesquisa, observou que todos os fonoaudiólogos citam um trabalho corporal fazendo uso de diferentes técnicas: trabalho com respiração, falam da importância da articulação e, por fim, cita um trabalho com as qualidades da voz, sob o nome de ressonância e ampliação/ projeção de voz. Houve um destaque na importância de sua atuação com um enfoque clínico e a sensibilidade para perceber as interferências do aspecto emocional sobre a voz. Portanto, segundo esta pesquisa a Fonoaudiologia é marcada pela “ciência, do conhecimento anatômico e funcional, a herança de ser terapeuta”.

(24)

4. MÉTODO

Para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário (anexo I) com dezessete profissionais da voz: sendo onze fonoaudiólogos e seis preparadores vocais.

Pela dificuldade em encontrar profissionais que se disponibilizassem em responder o questionário e pelo curto prazo disponível para a realização desta pesquisa, colhemos os questionários de apenas este número de preparadores vocais, o que inicialmente seria de igual número dos fonoaudiólogos.

Esta escolha foi realizada, já que esses profissionais trabalham diretamente com voz. O fonoaudiológico trabalha com um enfoque terapêutico da voz relacionada tanto com a alteração como também com a estética da voz. O preparador vocal foi escolhido para esta pesquisa e classificado como o profissional que trabalha com a voz, sem formação em Fonoaudiologia, podendo atuar como professor de canto, oratória, voz, declamação, impostação, expressão, conforme seja identificado. O tempo de atuação destes profissionais foi, de no mínimo, cinco anos.

A escolha do questionário veio da necessidade de focar alguns recursos vocais secundários e termos descritivos da voz quanto a suas definições, relações dos recursos primários com os recursos vocais secundários e com os tipos de voz e, por fim, comparar os termos entre si de acordo com a explicação teórica dos profissionais em questão.

Os questionários foram enviados via e-mail, ou correio ou mesmo entregues pessoalmente a estes profissionais, conforme sua conveniência; eles tiveram um prazo de 20 dias para devolvê-los. Além disso, foi enviado o termo de consentimento livre e esclarecido que deveria ser entregue assinado juntamente com o questionário.A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética com o número de protocolo 222/2007.

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estridente, potente e forte, aveludada e polida) buscam investigar as definições baseadas nas semelhanças e diferenças entre os conceitos, duplas e os trios de termos selecionados.

A terceira questão visa apontar, segundo cada julgamento, quanto à relevância do ponto de vista de fonoaudiólogos e preparadores vocais através de uma enumeração (de 1 a 5), quais os recursos vocais primários (articulação, freqüência, intensidade, ressonância e respiração) mais importantes (5) e menos importantes (1) para a constituição dos recursos vocais secundários: projeção, volume, ritmo, velocidade, entonação e modulação.

Para essa questão, foi realizada posteriormente uma mudança metodológica, já que optamos por discutir apenas os dois recursos vocais primários mais votados como mais importante (valor de número 5). Tal mudança foi realizada para que seja possível estabelecer relação direta com a questão cinco do questionário, a qual se propõe a identificar apenas um recurso vocal primário para os termos descritivos da voz selecionados.

A última questão solicita que apenas um dos recursos vocais primários (articulação, freqüência, intensidade, ressonância e respiração) seja selecionado para melhor descrever, sob o ponto de vista desses profissionais, os termos descritivos das vozes aqui selecionadas para essa pesquisa: encoberta, abafada, constrita, apertada, bruta, cortante, metálica, estridente, potente, forte, aveludada e polida.

A análise de dados será realizada de acordo com as respostas dadas pelos dois grupos de profissionais em questão e será realizada a comparação entre eles. Os dados serão organizados em tabelas separados pelo número de questão e por profissional (F1 a F11 e PV1 a PV6).

Após levantar e analisar as definições quanto às convergências e divergências apontadas nos questionários, o resultado foi confrontado com a literatura e, por fim, foi realizada uma proposta para descrever uma terminologia comum a esses profissionais, quanto aos conceitos e questões discutidas.

(26)

Nesta pesquisa, embora fosse de grande relevância o estudo da voz cantada, pela relação constante encontrada nas respostas dadas pelos preparadores vocais, não será possível estudá-la dado o curto período para o desenvolvimento desta pesquisa. Dessa forma, deixaremos em aberto este aprofundamento, o que poderá viabilizar futuros projetos nessa área.

(27)

5. RESULTADOS

De acordo com a literatura encontramos os seguintes conceitos:

a) Recursos vocais primários (freqüência, intensidade, ressonância, articulação e respiração):

Freqüência Relacionado a “pitch” e é caracterizado como

uma sensação subjetiva da altura da voz e pode ser dividida em: agudo, médio para agudo, médio, agudo para grave e grave. É caracterizado como número de ciclos por segundo (RUSSO, 1999) e é expresso em Hertz (Hz).

Intensidade Relacionado à “loudness” e é a sensação

subjetiva da intensidade, volume da voz ou a potência da voz.

Parâmetros físicos ligado diretamente à pressão subglótica da coluna aérea que, por sua vez, depende de uma série de fatores, como amplitude de vibração e tensão das pregas vocais, mais especificamente da resistência que a glote oferece à passagem do ar.

Relaciona-se com amplitude e pressão.Tal recurso é normalmente medido em dB.

Ressonância É um sistema de “caixa acústica” da voz, isto

é, após a emissão do som nas pregas vocais, haverá amplificação e amortecimento de determinados harmônicos do espectro sonoro da voz que é constituído por estruturas e cavidades do aparelho fonador

Articulação São os ajustes motores realizados com os

(28)

classificado como precisa ou imprecisa.

Respiração Apresenta dois diferentes ciclos: inspiração e

expiração e pode ser realizada pelo uso de diferentes regiões torácicas: superior, média, inferior e costodiafragmática e por três diferentes modos – nasal, bucal e mista

b) Recursos vocais secundários (volume, projeção, ritmo, velocidade, fluência, entonação, modulação, inflexão e os termos qualidade vocal e timbre):

Volume Engloba a intensidade e ressonância e

caracteriza um som forte de alto e um fraco, de baixo.

Projeção Projetar indica lançar a voz no espaço e a

referência é mais acentuada no exterior do sujeito que limite sua voz; é o alcance da voz.

Ritmo Está relacionado à tonicidade das palavras,

com seus acentos prosódicos e com a habilidade de fluir o pensamento em forma de palavras.

Velocidade Está relacionada às questões de duração e

pode ser “observada através do ritmo acentual (lentidão ou rapidez da sucessão de acentos frasais).

Fluência Relaciona-se com à capacidade em

expressar-se com objetividade e clareza, sem muitas quebras no ritmo

Entonação É classificada como descendente no caso de

encontrar sinalização de não continuidade e em sentenças declarativas, e curva ascendente para sinalização de continuidade e sentença interrogativa.

(29)

classificados como restrito, médio ou freqüente. Dessa forma, tal parâmetro é determinado pela variação de freqüência (pitch) e alongamento da sílaba.

Inflexão É parte da melodia que nos permite diferenciar

as diversas línguas.

A variação das inflexões pode ser obtida através de: variação da velocidade da fala, variação do volume da voz e variação do tom da voz.

Qualidade vocal É o padrão básico da voz de uma pessoa que distingue e o identifica. É dada pelo conjunto de características acústicas - freqüência, intensidade e ressonância - e articulatórias - articulação, velocidade e ritmo.

Timbre Refere-se ao brilho da voz. É subjetivo e engloba as qualidades da voz.

C) Termos descritivos da voz

Abafada Esta voz apresenta um foco baixo, ou seja,

uma ressonância de pescoço. Relaciona-se a ressonância e articulação

Encoberta Apresenta foco de ressonância posterior e a

língua apresenta papel importante nesse tipo de voz.

Constrita Voz Constrita “identifica vozes que

apresentam constrição constante ou intermitente”. Essa constrição pode ser

“laríngea (golpes de glote); laringofaríngea (de voz estrangulada). Apresenta foco de

(30)

Apertada É uma voz mais aguda e está intimamente relacionadas à articulação e o foco de ressonância é nasal.

Ríspida Como aquele que se aperta ou restringe, que

se deixou sem espaço. O foco de ressonância é nasal.

Cortante Apresenta foco de ressonância misto e está

relacionado à velocidade de fala.

Metálica Relacionada a hipertonicidade de constritores

faríngeos e com elevação de laringe, o que propicia ressonância de freqüência alta.

Estridente Foco de ressonância alta, penetrante, que

causa ruído, estridor, ruidoso e estrepitoso.

Potente Apresenta foco de ressonância posterior e

caracterizada pelo volume. Relaciona-se à intensidade e à ressonância.

Forte Apresenta foco de ressonância posterior e é

caracterizada pelo volume. Relaciona-se à intensidade e à ressonância.

Polida Apresenta foco de ressonância posterior.

Mostra-se uma voz educada e relaciona-se à qualidade do discurso.

Aveludada Apresenta foco de ressonância posterior e é

caracterizada pela ressonância.

Segundo os questionários respondidos pelos Fonoaudiólogos, nomeados como sujeitos F1 à F11 e pelos Preparadores Vocais, nomeados como sujeitos PV1 à PV6, pudemos destacar as seguintes definições seguindo as questões as questões do questionário:

Os questionários foram revisados para que só as definições viessem destacadas, sem comentários considerados ou desnecessários pelos profissionais. Foi resolvido não colocar na íntegra de conteúdos de questionários dada a extensão do material já descrito.

(31)

1. Definir as diferenças e semelhanças entre os recursos vocais:

a) Projeção, volume e intensidade.

Tabela 1. Respostas da questão 1, item a, dos fonoaudiólogos nomeados F1 a F11.

F1 Intensidade é uma grandeza mensurável. Projeção e volume teriam relação com a esfera perceptivo-auditiva.

O termo volume é considerado tradução de loudness; envolve mecanismos do controle de fluxo aéreo, da ressonância e da articulação.

F2 Volume e intensidade vocal representam a mesma coisa.

Projeção é o resultado da emissão vocal no espaço.

F3 Projeção: há um direcionamento do som, ele é focado para algum ponto específico do

espaço, objeto ou mesmo pessoa.

Volume e intensidade: são sinônimos que se relacionam ao fluxo de energia sonora, medida em dB.

F4 A Intensidade está relacionada com o aumento da pressão subglótica.

A projeção diz respeito à direção do som; relacionado com ressonância.

O volume à articulação.

F5 Semelhanças: todos estão relacionados à sensação auditiva de maior ou menor volume da voz.

Diferenças:

(32)

Volume – sensação auditiva de intensidade. Projeção – capacidade de propagar o som sem tensão vocal.

F6 A intensidade vocal depende da resistência glótica, quantidade de fluxo aéreo e pressão de ar subglótica, medida em decibel.

Volume e intensidade podem ser considerados sinônimos.

Projeção é a expansão da voz no ambiente.

F7 Intensidade diz quanto forte ou fraco é um som e é produto da pressão aérea empregada (pressão sub-glótica).

O volume é somatória da intensidade com a ressonância.

A projeção implica no volume, associada a uma maior abertura de boca, uma articulação precisa e análise do ambiente.

F8 Projeção está relacionada ao uso do processo de fonação associado à articulação e

respiração.

Volume e intensidade não estão relacionados à produção de fala com qualidade.

F9 As diferenças estão na localização dos sons ou produção e os efeitos acústicos causados. Projeção está ligada à ressonância

Volume é o som amplificado pelo contato mais forte entre as pregas vocais.

Intensidade é um parâmetro vocal medido pelo aumento de decibéis, no som. O resultado acústico é o loudness.

(33)

independente de sua altura; determinada pela intensidade de fibras basilares, células ciliadas da cóclea.

O volume é a sensação da percepção da intensidade do som.

A projeção vocal é fenômeno de ressonância, e equilíbrio entre amplitude, intensidade e altura do som.

F11 Projeção É fazer com que ela alcance sem esforço às pessoas que estão no espaço, com intenção e foco, através de um equilíbrio dos recursos vocais primários e volume adequados ao conteúdo da fala.

Volume Está ligado à amplitude da onda sonora e a pressão subglótica, medido em decibéis.

Intensidade A intensidade do som está ligada às condições de resistência e de impulso.

Tabela 2. Respostas da questão 1, item a, dos preparadores vocais nomeados F1 a F11.

PV1 Projeção é o controle adequado dos

mecanismos de freqüência e intensidade, é a capacidade de alcance no espaço. Volume é a intensidade da voz. Intensidade é a

quantidade de energia para a amplitude da onda sonora.

PV2 Projeção é a propriedade que a voz tem de se lançar no ambiente físico, de modo que todos os que estão no ambiente possam escutar o som emitido.

(34)

forte, etc. Para nós cantores, mesmo que o som seja pianíssimo ele deve ser escutado plenamente por todos. Por isso, o trabalho da ressonância deve ser cuidadosamente feito para que a voz alcance a projeção em qualquer intensidade.

PV3 Projeção – emissão clara, natural e consciente do enunciado.

Volume – decorrência de emissão correta. Intensidade - recurso de apoio e ênfase da própria condição da fala ou do canto.

PV4 Projeção – depende da boa colocação no ponto focal e melhor utilização do aparelho fonador. Ela está ligada à quantidade de harmônicos produzida e à características pessoais.

Volume e Intensidade – definidos pela

intenção do cantor. O volume está relacionado com a projeção como também à característica de cada um.

PV5 Volume e intensidade (sinônimos) - essa grandeza pode ser medida em decibéis. Projeção - é o alcance da voz, a sua capacidade de se "arremessar" ou "atirar" para frente, atingindo longas distâncias. Essa qualidade não está associada somente ao volume da voz, mas também aos harmônicos da mesma e à qualidade de articulação do texto.

(35)

Intensidade - Tem haver com o grau de força expiratória com que o som da fala é

executado. Com acústica sonora em sua maior ou menos amplitude de vibração.

Volume - Refere-se à intensidade de som. (não gosto de usar esse termo, preferindo potência vocal, maior ou menor).

b) Ritmo, Velocidade e Fluência.

Tabela 3. Respostas da questão 1, item b, dos Fonoaudiólogos nomeados F1 a F11.

F1 Ritmo enquanto sensação de duração Velocidade (também referida como taxa de elocução) refere-se à ocorrência em unidades de tempo de segmentos de fala.

Fluência envolve a continuidade da fala, digamos o fluxo, engloba elementos, desde o plano articulatório, até o prosódico.

F2 Ritmo representa um movimento constante com intervalos regulares na linha melódica. A velocidade pode variar: rápida, lenta ou mista.

A fluência corresponde à facilidade ou não da emissão.

F3 Ritmo - variação de tempos fortes e fracos que se configuram por motivos rítmicos.

Velocidade - variação do tempo.

Fluência - Dependente de um bom manejo dos elementos expressivos e discursivos.

(36)

F5 Semelhanças: Relacionados à coordenação entre respiração e fala.

Diferenças:

Ritmo – cadência da fala,

Velocidade – números de sílabas por segundo Fluência: Relacionado à ocorrência de

interjeições, alongamentos e pausas durante a fala.

F6 O ritmo refere-se à acentuação da fala, à ênfase, pausas e modulação.

A velocidade refere-se a agilidade em realizar os ajustes motores da fala.

A fluência refere-se à aptidão de utilizar a linguagem, coordenando velocidade, voz, articulação e respiração.

F7 Velocidade guarda mais relação com o como/ quanto as palavras são articuladas no tempo; relação com duração.

O ritmo envolve a velocidade e tem relação com a acentuação das palavras.

A fluência relaciona-se ao quão fácil e corrente a emissão é produzida.

F8 Não considero os três semelhantes, mas todos estão vinculados ao uso de pausas curtas, longas silenciosas ou sonoras.

A fluência esta diretamente relacionado à entonação.

F9 Ritmo é a cadência de sons fracos e fortes de uma determinada língua.

(37)

atualmente. O correto é taxa de elocução que é a produção sons em um determinado tempo; pode ser lenta, moderada ou rápida/acelerada. Fluência é fala produzida com entonação e ênfases e ausência de pausas.

As semelhanças: são interdependentes por estarem presentes na comunicação verbal.

F10 O ritmo de fala é um termo “emprestado” da área da música, é um andamento musical. Fluência é ter bom ritmo, numa velocidade adequada ao contexto lingüístico.

F11 Ritmo sucessão de sílabas, de duração variável, que se sucede com pausas, se

repetem no tempo na cadência de cada língua, variando em altura e timbre, em harmonia com o conteúdo.

Velocidade número de palavras faladas por minuto; envolve pausas.

Fluência habilidade de fazer fluir o pensamento em palavras.

Tabela 4. Respostas da questão 1, item b, dos Preparadores Vocais nomeados PV1 a PV11.

PV1 Ritmo - é a medida de tempo regular ou não de uma música, caracteriza o intervalo e a cadência da composição.

Velocidade - refere-se ao movimento rápido, lento ou moderado.

Fluência diz-se da voz que flui, que é natural, espontânea e não forçada.

(38)

temporal. A velocidade - é a capacidade de produzirmos esse ritmo mais rápido ou mais devagar. Os músculos articulatórios precisam estar de prontidão e com tonicidade suficiente para responder ao andamento proposto. Fluência - é quando não há espaço. Acredito que quanto mais a respiração e os músculos fonatórios estiverem treinados, melhor e mais fácil é o desempenho.

PV3 Ritmo – regularidade na cadência da fala ou do canto.

Velocidade – relativa à fatores de ordem: étnico, social, regional, educacional e emocional.

PV4 Ritmo e velocidade – são determinadas pelo compositor e um bom cantor tem a capacidade de se adequar a eles.

Fluência – fluência na emissão vem de estudo, principalmente da ligadura e do hábito de cantar.

PV5 São três termos diferentes.

Ritmo - é a distribuição das notas musicais ao longo dos compassos. Sua grafia é feita por meio das figuras musicais - semibreves, mínimas, semínimas, colcheias, etc.

Velocidade - é o andamento em que se executa a frase musical (ritmo e melodia), a distância percorrida na unidade de tempo. Sua notação musical é feita tanto por meio de termos - "allegro" (rápido), "adagio" (lento), "andante" (moderado), etc. - como por meio de medida metronômica, forma mais precisa (por exemplo: 60 semínimas por minuto).

(39)

execução, com as frases musicais correndo com facilidade, sem transparecer pressa (ainda que em andamentos rápidos) ou atraso (ainda que em andamentos lentos). A fluência depende de segurança rítmica, musical e vocal.

PV6 Ritmo - costumo dizer que é a pulsação da fala, com seus intervalos regulares e que tem ligação com o estado interno da personagem vivenciada pelo ator.

Velocidade - é a qualidade de rapidez com que a fala é proferida, podendo ter uma escala de variação com menor ou maior velocidade (lento, ligeiro).

Fluência - que possui facilidade em fluir,

correr, desenvolver. (também tem a rapidez da velocidade e a pulsação do ritmo).

c) Entonação, modulação e inflexão.

Tabela 5. Respostas da questão 1, item c, dos Fonoaudiólogos nomeados F1 a F11.

F1 Entoação - como a variação do tom (freqüência) no tempo de uma sentença que caracteriza a sua modalidade..

Modulação – refere-se as variações no tempo, tanto da freqüência, como da intensidade. A inflexão - Próxima de entoação, pode sinalizar variações melódicas que demarcam acentos frasais (ênfase).

(40)

duração, em intensidade e até mesmo na variação tonal.

Entonação - refere-se apenas às variações de tons utilizados.

F3 Entonação e modulação - são sinônimos, e se relacionam ao modo de utilizar os tons da voz, estabelecendo curvas melódicas.

Inflexão - relaciona-se à modulação, marca mudanças e desvios de tonalidades.

F4 Essas palavras são sinônimas e se referem à variação dos tons e da intensidade utilizados na fala.

F5 Semelhanças: Relacionados à variação melódica.

Os três termos são sinônimos.

F6 Entonação, modulação ou inflexão são sinônimos;

Refere-se principalmente à variação de pitch durante a fala, ou seja, à curva melódic..

F7 A diversidade de tons que usamos cria curvas melódicas (ou modulação) que por sua vez cria diversas entonações.

F8 Entonação seria a categoria mais ampla, inclui as outras duas.

Mmodulação vocal é a variação de freqüência fundamental.

Inflexão vocal é utilizada para dar entonação ao discurso.

(41)

F9 Semelhanças: São mudanças na voz,

parâmetros como: duração e freqüência, que atuam na expressividade da comunicação. São palavras diferentes usadas para a mesma função.

A entonação está mais voltada à mudança de pitch (freqüência), aliada a duração –transmite os sentimentos da mensagem.

F10 A entonação engloba a inflexão e é o mesmo que modulação.

Chamo estes aspectos de melodia, típica de cada falante; expressam estados afetivos do interlocutor.

F11 Esses três conceitos são quase sinônimos. São variações de altura do tom laríngeo; podem ser descendentes ou ascendentes; facilitam a compreensão e a expressão da emoção dos textos.

Tabela 6. Respostas da questão 1, item c, dos Preparadores Vocais nomeados PV1 a PV11.

PV1 Entonação - é o ato e o modo de emitir um som.

Inflexão - é determinada pela acentuação do som em determinado momento.

Modulação - é a passagem de um som para outro, implica na mudança da freqüência e da intensidade.

PV2 Entoação - tem a ver com a capacidade da prega vocal produzir sons musicais diferenciados.

(42)

PV3 Entonação – tendência natural para o cantor. Modulação – espontaneidade ao passar de uma situação sonora para outra.

Inflexão – valorização consciente ou não dos elementos sonoros relativos ao linguajar ou melodia entoada.

PV4 Entonação – é característica indispensável dopara o cantor manter-se no tom, é primordial.

Modulação e Inflexão – dependem do que é especificado pelo compositor e também da interpretação.

PV5 Embora os três termos possam ser usados para designar o mesmo conceito (movimento melódico), é comum, entre professores de canto, a distinção entre eles.

Entonação - ligada à afinação (ou seja, afinação imprecisa).

Inflexão – está associada aos movimentos melódicos e à realização de fraseados (crescendo, decrescendo e pontos de apoio, ao longo de uma frase musical).

Utilizo o termo modulação apenas ao me referir à harmonia, para designar a mudança de um tom para outro.

PV6 Entonação - que se relaciona com o tom em que se fala, como na música. Muitas vezes uso essa nomenclatura para definir a musicalidade da fala.

Modulação: Também tem haver com a melodia da fala ou do canto.

(43)
(44)

2) Definir as diferenças e semelhanças entre os termos: a) Qualidade vocal e timbre

Tabela 7. Respostas da questão 2, dos Fonoaudiólogos nomeados F1 a F11.

F1 Qualidade vocal para voz e timbre para instrumentos.

Não vejo diferenças.

Qualidade vocal como resultado dos ajustes de longo termo nos planos laríngeo e

supralaríngeo do aparelho fonador.

F2 Timbre - refere-se à qualidade natural da voz. Considero que os dois termos dizem a mesma coisa.

F3 O timbre é aquilo que confere singularidade a uma voz, é o som característico de uma pessoa.

F4 Timbre é mais utilizado ao se referir aos instrumentos musicais.

A Qualidade vocal são os atributos de como está a voz, ex: áspera, rouca, soprosa, etc.

F5 Qualidade vocal – representa os ajustes

laríngeos e supralaríngeos durante a produção da fala.

Timbre – não conheço a definição deste termo.

(45)

F7 Qualidade vocal para classificar a voz de acordo com a condição laríngea.

Com relação ao timbre, o associo ao trabalho do filtro (ressonância e articulação) que participa ativamente para caracterizar a voz final.

Várias vozes podem receber a mesma

classificação da qualidade vocal, mas nunca o timbre será o mesmo (dificilmente o pitch e a ressonância são tão parecidos, por exemplo).

F8 ---

F9 Qualidade vocal é o resultado de vários ajustes, desde a laringe (PPVV, parte supra- glótica) até a região ressonantal da cabeça (nariz, lábios, etc); produz sentido da comunicação.

Timbre está mais restrito a voz em si

(freqüência, pitch) – massa das pregas vocais que resultam em um determinado som.

Semelhanças: o timbre é um item da qualidade vocal. A qualidade vocal contém o timbre. Diferenças: qualidade vocal é mais abrangente e Timbre, mais específico.

F10 O timbre e qualidade vocal é a “cor” dos sons, determinado pelo número e intensidade de harmônicos que existem com o som

fundamental.

F11 O termo timbre referente a instrumentos musicais.

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questão de conceituação e escolha de uso do termo.

Tabela 8. Respostas da questão 2, dos Preparadores Vocais nomeados PV1 a PV11.

PV1 Qualidade Vocal - refere-se aos aspectos da voz se é rouca, nasal, tremula, soprosa entre outras.

Timbre - é a qualidade acústica da voz

(combinação de harmônicos) é que distingue a voz de uma pessoa de outra, e que depende das características das pregas, tais como: comprimento, largura, etc.

PV2 Qualidade vocal - é um juízo e é subjetivo. Busca pela melhoria do timbre, para que possa encaixar nos padrões da estética vocal que está sendo trabalhada.

Timbre - é algo concreto e é mais objetivo. O timbre é algo pessoal, é a manifestação sonora de um corpo que por causa de suas características tem um som específico.

PV3 Qualidade vocal – voz que se apresenta com os elementos mencionados e melhor

resistência, extensão razoável.

Timbre – singularidade do caráter vocal.

PV4 Qualidade vocal – relacionadas com

quantidade de harmônicos graves e agudos, com posição da voz anterior ou posterior, maleabilidade ou dureza, etc.

Timbre – é a “impressão digital” do cantor, resultados das qualidades vocais.

(47)

PV6 Quando uma voz possui qualidade vocal pensamos que ela possui um bom timbre, pois este é a capacidade de realizar sons na

mesma altura e intensidade, com resultados harmônicos, com boa projeção e intensidade sonora.

3) Enumere de um a cinco, sendo um para menor e cinco para maior segundo a importância dos recursos primários (articulação, freqüência, intensidade, ressonância e respiração) para a expressão dos recursos secundários selecionados abaixo:

Tabela 9. Resposta da questão 3 dos Fonoaudiólogos nomeados F1 a F11

F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11

Projeção Articulação

Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 2 1 3 4 5 4 5 3 2 1 2 1 3 5 4 4 3 2 1 5 3 4 5 1 2 4 5 1 2 3 4 1 2 5 3 4 1 4 5 5 4 1 3 5 2 3 2 1 4 5 1 4 2 3 5

Volume Articulação

Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 2 1 5 4 3 4 5 3 2 1 2 1 5 4 3 1 5 2 3 4 5 4 1 3 2 4 5 1 3 2 2 1 3 5 4 3 4 5 3 5 1 3 4 2 5 2 1 4 3 5 1 3 4 2 5

Ritmo Articulação

Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 5 1 1 1 4 2 4 5 3 1 4 2 1 3 5 1 3 4 5 2 2 3 4 5 1 3 2 4 5 1 1 3 4 5 2 5 1 2 2 5 3 5 4 1 2 3 4 1 2 5 4 2 3 1 5

Velocidade Articulação Freqüência

(48)

Intensidade Ressonância Respiração 5

5 3 1 1 3 5 3 5 2 4 5 1 3 4 2 4 5 2 3 3 5 1 4 3 3 3 4 3 1 4

Entonação Articulação Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 1 5 1 1 1 4 1 5 2 3 2 5 1 3 4 4 1 2 5 3 4 1 5 2 3 4 1 2 5 3 4 1 2 5 3 2 4 3 4 5 3 5 4 1 2 5 3 2 2 4 3 5 4 2 1

Modulação Articulação Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 1 5 4 1 1 3 1 2 4 5 2 5 1 3 4 4 2 1 5 3 4 1 5 2 3 4 1 2 5 3 4 1 2 5 3 3 2 3 4 5 3 5 4 1 2 5 3 2 2 4 3 5 4 2 1

Tabela 10. Resposta da questão 3 dos Preparadores Vocais nomeados PV1 a PV11.

PV PV1 PV2 PV3 PV4 PV5 PV6

Projeção Articulação Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 3 5 5 3 5 3 2 1 5 4 5 5 3 4 5 1 3 2 5 4 4 2 3 5 1 4 3 5 5 5

(49)

Ritmo Articulação Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 5 5 3 3 5 4 1 2 3 5 - - - - - 3 2 1 5 4 5 3 1 2 4 5 3 3 3 5

Velocidade Articulação Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 5 5 5 3 5 5 2 1 3 4 - - - - - 3 2 1 5 4 5 1 3 2 4 5 2 3 2 5

Entonação Articulação Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 5 5 1 3 - 3 2 1 5 4 - - - - - 2 5 3 5 4 2 5 1 4 3 5 5 5 5 5

Modulação Articulação Freqüência Intensidade Ressonância Respiração 5 5 2 5 3 4 2 1 3 5 - - - - - 3 2 1 5 4 1 5 4 2 3 5 5 4 4 5

4) Definir diferenças e semelhanças entre a dupla de termos descritivos selecionados:

a) Encoberta e Abafada

Tabela 11. Respostas da questão 4, item a, dos Fonoaudiólogos nomeados F1 a F11.

(50)

F2 “Considero os dois termos iguais.

F3 Para mim são sinônimos, mas podem ser definidos melhor pelo contexto de uso; significam uma voz que não ressoa com facilidade.

F4 Referem-se à ressonância posterior, trato vocal muito aberto e paredes faríngeas não rígidas.

F5 Semelhanças – sem projeção Diferenças – desconheço.

F6 Ambas relacionam-se à ressonância baixa e articulação mais fechada e intensidade vocal reduzida.

F7 Considero as duas classificações parecidas por carecerem de projeção.

Encoberta - tem mais relação com uma

articulação mais fechada e “abafada” com uma ressonância mais posterior ou mais hiponasal, menos equilibrada na máscara.

F8 Não vejo diferença entre esses termos.

F9 As diferenças:

Encoberta pode ser um efeito de constrição ântero-posterior e uma amplificação dos harmônicos. Pode gerar um efeito positivo no som.

Voz abafada - constrição mediana das pregas vestibulares e gerar um efeito negativo, falta de propagação do som.

Imagem

Tabela 2. Respostas da questão 1, item a, dos preparadores vocais nomeados F1 a F11.
Tabela 4. Respostas da questão 1, item b, dos Preparadores Vocais nomeados PV1 a PV11
Tabela 5. Respostas da questão 1, item c, dos Fonoaudiólogos nomeados F1 a F11.
Tabela 6. Respostas da questão 1, item c, dos Preparadores Vocais nomeados PV1 a PV11
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Referências

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