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PROTAGONISMO ESTUDANTIL: UMA ABORDAGEM EM CEN ÍRIO DE PROJETOS COMPLEMENTARES Á FORMA º ÚO

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Academic year: 2021

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PROTAGONISMO ESTUDANTIL: UMA

ABORDAGEM EM CEN├ÍRIO DE

PROJETOS COMPLEMENTARES ├Á

FORMA├º├ÚO

Grace Kelly Sampaio Juventino

gracesampaio.nubeep@gmail.com

Chayenne Francys Carneiro

chayfrancys@gmail.com

Lara Camila Nery Vieira

laracamilanery@hotmail.com

Paloma Santana Ferreira

palomasferreiraaa@gmail.com

Cristiane Agra Pimentel

pimenca@hotmail.com

A busca pela educa├º├úo de n├¡vel superior, diante das constantes mudan├ºas econ├┤micas, sociais e tecnol├│gicas, tem um papel influente para o alcance de uma carreira promissora. Desfrutar das oportunidades de aprendizado que as institui├º├Áes de ensino superior oferta, insere o jovem discente no mundo adulto e produtivo. As atividades e projetos realizados na sua forma├º├úo, como projetos de pesquisa, extens├úo, monitorias ou movimentos estudantis, ter├úo peso de experi├¬ncia profissional no futuro. Um ator importante nesse processo de inser├º├úo de jovens nesse ciclo de aprendizado ├® o movimento estudantil. Esse ator esteve na resist├¬ncia ├á ditadura militar nas d├®cadas de 60 e 70, foi precursor dos projetos estudantis atualmente em curso tais como a ABEPRO Jovem, CREA-JR, NUBEEP e Atl├®tica, esses de atividades espec├¡ficas e voltados para a cria├º├úo de oportunidades voltados ├á educandos no ramo das engenharias. Dessa forma foi realizada uma pesquisa de cunho explorat├│rio e descritivo debru├ºada sobre uma revis├úo de literatura dispon├¡vel. Por fim, foi estabelecido, qualitativamente, uma rela├º├úo entre projetos estudantis e sua influ├¬ncia na forma├º├úo profissional dos estudantes de Engenharia. Como resultados, foram elencadas as habilidades e compet├¬ncias relacionadas com cada um dos projetos estudantis realizados no ├ómbito do CETENS/UFRB e sua influ├¬ncia sobre a forma├º├úo dos educandos. Espera-se com esse trabalho, demonstrar que a forma├º├úo do estudante de engenharias passa, tamb├®m pelo desenvolvimento de projetos estudantis, os quais contribuem tanto para a forma├º├úo profissional quanto para o campo das rela├º├Áes inter-pessoais.

Palavras-chave: Habilidades, Competências, Formação, Movimento Estudantil, Engenharia de Produção

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1. Introdução

A busca pela educação de nível superior, diante das constantes mudanças econômicas, sociais e tecnológicas, tem um papel influente para o alcance de uma carreira de sucesso. O mercado de trabalho se mostra cada vez mais competitivo e a construção da identidade profissional, cada vez mais qualificada e competente como requisito para destacar-se no cenário atual. Desfrutar das oportunidades que a Instituição de Ensino Superior oferta, insere o jovem discente no mundo adulto e produtivo. As atividades e projetos realizados na sua formação, como projetos de pesquisa, extensão, monitorias ou movimentos estudantis, terão peso de experiência profissional no futuro. O protagonismo estudantil propulsiona grandes contribuições. Tanto são seus impactos, que é possível perceber até mesmo os registros marcados na revolução da história.

Nas décadas de 1960 e 1970, o movimento estudantil brasileiro foi importante foco de resistência e mobilização social à ditadura civil-militar. Organizados em diversas entidades representativas, como os DCEs (Diretórios Centrais Estudantis), as UEEs (Uniões Estaduais dos Estudantes) e a UNE (União Nacional dos Estudantes), suas reivindicações, protestos e manifestações influenciaram os rumos da política. Os estudantes protestavam por causas específicas como a ampliação de vagas nas universidades públicas, por melhores condições de ensino, contra a privatização e em defesa das liberdades democráticas, e por justiça social (UNE, 2011). Na posição de principais agentes causadores da mudança no que diz respeito ao cenário do meio inserido, é importante reconhecer que a atuação estudantil com foco nas mazelas de um país subdesenvolvido é imprescindível para haver transformações na esfera educacional e, por consequência, profissional.

O movimento estudantil, aparte às influências políticas, intrínsecas e consolidadas como marco simbólico na história, sinônimo de persistência, engajamento, empenho e compromisso com específica causa, é uma prática da área educacional no qual os envolvidos são os próprios estudantes e tem o objetivo de chamar atenção para temáticas que precisam ser discutidas e transformadas. Assim sendo, o propósito desse estudo é fazer um levantamento sobre a influência de projetos estudantis na formação do Engenheiro, movimentos estes de caráter voluntário e em prol do desenvolvimento de habilidades e competências além da ementa prevista na formação em Instituições de Ensino Superior, como Associações Atléticas Acadêmicas, Núcleo Estaduais e Associações Juniores.

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Esse estudo de caso será realizado com os movimentos estudantis existentes no Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), para então explanar a influência destes na formação do Engenheiro.

2. Formatação geral

2.1. O movimento estudantil

Reunidos durante o encontro, os jovens nomearam a entidade como União Nacional dos Estudantes (UNE). Desde então, a UNE passou a se organizar em congressos anuais e a buscar articulação com outras forças progressistas da sociedade (UNE, 2019).

O desenvolvimento pessoal e profissional dos estudantes em formação depende da mediação e do acompanhamento dispensados a eles, e citam mentoring, tutoria, coaching, assessoria pedagógica de projetos pessoais e supervisão educacional como estratégias capazes de contribuir para essa finalidade. Independentemente da terminologia utilizada e das particularidades de cada uma delas, notam-se pontos de contato entre as estratégias citadas pelos referidos autores e as utilizadas pelas professoras coordenadoras dos Clubes de Ciências para estimular o desenvolvimento dos seus monitores no que se refere à gestão de experiências e cargas emocionais por meio da reflexão, do incentivo ao talento e expressão das potencialidades de cada um (RODRIGUES, 2012).

Um novo paradigma de universidade surge na Alemanha, no século XIX: a Universidade de Berlim, criada em 1810 por Humboldt, introduz a pesquisa científica como função inerente à universidade. Esta ideia representou, enquanto movimento um salto de qualidade na concepção de universidade, constituindo‑se como um dos grandes marcos da ciência moderna. A reflexão filosófica, orientando a Pesquisa científica, marcou o projeto implantado, contrapondo‑se ao caráter meramente utilitário do saber produzido e do trabalho realizado pela universidade. Este modelo constitui-se na primeira experiência de integração entre a pesquisa e o ensino (MAZZILLI, 2011).

É possível notar que os alunos que se envolvem, reconheceram que estas participações são relevantes para seu desenvolvimento pessoal, dada a possibilidade de compartilhar ideias, desenvolver alguma habilidade por necessidade ou afinidade e encontrar as melhores formas para desenvolvê-las, bem como, a gratificante conquista em promover e proporcionar, não somente para a própria carreira, como também de toda uma futura classe profissional. Foi a

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partir daí que começaram a surgir movimentos e criação de núcleos de representatividade, projetos e programas, com o intuito de elevar o nível dos envolvidos, e promover maior contato com temas desprovidos de atenção por parte de qualquer público, temas estes detalhados à frente.

Analisando os ganhos na esfera Institucional, para uma universidade recente - fundada em 2006 - a participação de seus estudantes em processos como estes contribui para a sólida formação curricular e fomenta a busca pelo desenvolvimento intelectual dos graduandos, acarretando na movimentação e visibilidade do campus e, por consequência, enaltecendo-o como agente propulsor de conhecimento.

Para alcançar um maior número de alunos, os projetos estudantis, de modo amplo, necessitam dividir-se estrategicamente em representações e coordenações específicas. Oliveira (2006) afirma que “estratégia é definida como um caminho, ou ação formulada e adequada para alcançar, de maneira diferenciada, as metas, e os objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente”. A seguir é detalhado as vivênci demonstrado, por projeto estudantil, as contribuições dos cenários descritos.

2.2 Associação Brasileira de Engenharia de Produção Jovem

A Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO) é a instituição representativa de docentes, discentes e profissionais de Engenharia de Produção brasileira. A associação atua há mais de 30 anos assumindo as funções: de esclarecer o papel do Engenheiro de Produção na sociedade e em seu mercado de atuação, ser interlocutor junto às instituições governamentais relacionadas à organização e avaliação de cursos (MEC e INEP) (ABEPRO, 2019).

O objetivo da ABEPRO é congregar os docentes, pesquisadores, estudantes, profissionais, instituições de ensino e em geral (órgãos públicos, entidades privadas e do terceiro setor) com atuação em Engenharia de Produção [Estatuto da ABEPRO].

A ABEPRO Jovem é formação de representação apenas dos estudantes e é composta por presidência, diretorias regionais e representantes estaduais, a qual proporciona treinamentos e promove eventos de grande porte que cobram a participação de todos os envolvidos. Abaixo dos representantes estudantis estaduais, existe o incentivo de formação de núcleos estaduais para disseminação dos trabalhos de forma local e regional.

É possível notar que essas participações contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um. Os representantes estaduais são capacitados através de cursos online proporcionados pela presidência, diretorias e parceiras da associação. Alguns exemplos de

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cursos realizados são: Excel, Oratória e Gestão em geral. Além disso, também são responsáveis por organizar atividades como cursos, visitas técnicas, dentre outros, no Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP), oferecem apoio ao Encontro Nacional de Coordenadores de Cursos de Engenharia de Produção (ENCEP) e International Joint Conference on Industrial

Engineering and Operations Management (ICIEOM) e à eventos promovidos pelos Núcleos

Estaduais.

2.3 Núcleo Baiano de Engenharia de Produção (NUBEEP)

Segundo o regimento dos Núcleos Estaduais da ABEPRO Jovem (2018), “É um núcleo independente formado por estudantes de engenharia de produção e afiliado na ABEPRO Jovem, tendo a função de promover a engenharia de produção no estado. O núcleo é fixo e tendo regimento próprio de funcionamento, respeitando os princípios da ABEPRO Jovem para núcleos”, caracteriza o conceito e definição de atuação dos Núcleos Estaduais.

Reiterando o supracitado, segundo o Regimento Interno do NUBEEP (2018), é uma associação civil com fins não econômicos, com prazo de duração indeterminado, constituído essencialmente por estudantes de graduação do curso de Engenharia de Produção do estado. Um dos propósitos deste é que, ainda na vivência acadêmica, o discente vivencie e aprenda a elaborar e aplicar estrategicamente ações adequadas para o sucesso do desígnio em intenção. O membro deste núcleo desenvolve habilidades profissionais e pessoais que irão somar para o funcionamento satisfatório da organização, fazendo com que se cumpram as funções descritas no regimento interno do mesmo. Para muitos, o primeiro contato com uma estrutura organizacional; um ensaio, não abordado em ementa alguma, para o que se espera de um Engenheiro qualificado no mercado de trabalho.

Para alcançar maiores resultados, a aplicação de forma inteligente e eficaz dos conhecimentos adquiridos no que diz respeito a gerenciamento e planejamento para o alcance do resultado é necessário. Segundo OLIVEIRA (2011), estruturas formais são as planejadas e representadas por um organograma, já as informais são oriundas da interação social espontânea entre as pessoas.

Sem essa base estrutural, manter o foco no objetivo – uma vez que tenha sido definido a missão, visão e valores – torna-se dificultoso conduzir as atividades de maneira corporativa. Na Figura 1 pode-se ilustrar a estrutura em organograma dos projetos estudados neste contexto, explanando sua organização.

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Fonte: NUBEEP (2018)

2.4 Crea Jr

De acordo com CONFEA (2018), criado em 2000, o Crea Júnior é um movimento que fomenta a aproximação dos futuros profissionais com o mercado de trabalho, entidades de classes e os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA). Hoje a iniciativa está presente em 23 estados e no Distrito Federal (DF). Composto por aproximadamente 1,5 mil futuros profissionais e recém-formados dos cursos vinculados ao Sistema CONFEA/CREA, o grupo tem atuado diretamente nas instituições de ensino técnico e superior e fomentando a engenharia. Os trabalhos desenvolvidos estão alicerçados na valorização profissional, divulgação do Sistema CONFEA/CREA e formação de jovens lideranças, com a realização de seminários, palestras, minicursos, visitas técnicas e ações sociais, visando o incremento da formação de seu público e colaboradores (CONFEA, 2017).

Iniciativas como esta objetivam e consolidam o intuito de formar um profissional das áreas técnicas e tecnológicas dinâmico, com habilidades empreendedoras e sensíveis quanto às dificuldades e necessidades da sociedade a qual está inserido.

O conceito de competências, segundo Fleury e Fleury (2004), “possui relação com um conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes. Características individuais estas que, para Dutra (2004), são qualificações capazes de agregar valor para o profissional e aumentar o desempenho deste em seu local de trabalho”.

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Ratificando a importância da base estrutural para condução de atividades de maneira corporativa, na Figura 2 verifica-se que há um padrão, indiretamente seguido, para o alcance do êxito pretendido, seguramente impactando o desenvolvimento e a construção de competências e habilidades profissionais aos estudantes de Engenharia.

Figura 2 – Organograma do Crea Jr

Fonte: Crea Jr – BA (2019)

2.5 Atlética

De acordo com o estatuto da Associação Atlética Acadêmica do Bacharelado Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade (AAABESUFRB) - da UFRB, a atlética tem como finalidade, promover o desenvolvimento e a prática de esportes da comunidade, isto inclui os estudantes, docentes e servidores técnico administrativos do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS); representar o curso do Bacharelado Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia nos esportes universitários e comunidade; elaborar e realizar competições e intercâmbio entre entidades congêneres; promover a integração e o espírito de cordialidade e parceria entre seus associados; colaborar para o desenvolvimento do esporte universitário (AAABESUFRB, 2018).

Baseada na Lei de Incentivo ao Esporte (2006) é possível que a Associação em questão se firme e promova o desenvolvimento educacional, a valorização do atleta e o bem-estar físico, mental e social dentro do Campus. Contribuindo também para outros fins, como integração entre

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diferentes grupos, já que segundo o Estatuto da AAABESUFRB (2018): “No desenvolvimento de suas atividades, a entidade não fará qualquer discriminação de raça, cor, sexo ou religião”. Na AAABES, conforme descrito no estatuto, os cargos da diretoria descrevem funções das quais cada diretor contemplado com o cargo deve cumprir, isso faz com que o mesmo desenvolva as habilidades necessárias para o bom funcionamento da associação, o que diz respeito às relações interpessoais, empatia e benevolência, conforme exposto na Figura 3.

Figura 3 – Organograma da Atlética

Fonte: AAABESUFRB (2018)

3. Metodologia

Dadas as características da pesquisa objeto deste artigo, segundo Gil (2017), caracterizada como de cunho exploratória e descritiva, por conter aspectos dos estudos de casos expostos influenciando no objeto em análise e devido a leitura preliminar da literatura bibliográfica disponível, a qual foi desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Diante disto, o aspecto exploratório, com abordagem qualitativa, ajuda a identificar a relação entre os projetos estudantis e o impacto na formação profissional dos estudantes de Engenharia.

Visto que não foram encontrados resultados de estudos cuja finalidade estivesse em analisar a relação entre os objetos de estudo supracitados e a formação do Engenheiro, foram utilizados também documentos de acervo interno das Organizações e Projetos Estudantis citados.

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Vergara (2005) classifica como pesquisa de campo, de laboratório, documental, bibliográfica, experimental, pesquisa-ação e estudo de caso os meios para definição da estratégia a ser escolhida para a pesquisa. Isto posto, o estudo de caso e pesquisa bibliográfica, através da revisão de literatura disponível é fundamental para consolidar uma base teórica tanto quanto para uma visão descritiva e entendimento do contexto do estudo. A observação participativa dos autores, tão logo exposta no decorrer desta pesquisa, também se faz imprescindível para o desfecho da investigação feita.

O universo da pesquisa de categoria qualitativa compreendeu todas as Organizações Estudantis as quais os autores participaram ativamente, entre os anos de 2017 e 2018, existentes no Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS), provendo propriedade na expressão e análise de resultados obtidos e do impacto gerado naqueles assistidos pelas ações realizadas.

4. Resultado e discussão

Para efeito de análise, foram considerados, inicialmente, a Atlética, de modo local, uma vez que se trata de um projeto voltado aos estudantes das várias terminalidades de Engenharia do CETENS; o Crea Jr, a nível municipal, voltado aos estudantes das várias áreas técnicas e tecnólogas das Instituições de Ensino Superior da cidade de Feira de Santana; o NUBEEP, a nível estadual e voltado aos estudantes somente de Engenharia de Produção da Bahia e a ABEPRO Jovem, composta por representantes estaduais que, somando esforços, contribuem para impactos a nível nacional.

Os ganhos são evidentes e claros, pois a participação efetiva, seja em movimentos, projetos de extensão ou representações, contribui para o desenvolvimento de habilidades não somente profissionais, mas também no âmbito pessoal, além da possibilidade de contatos e conhecimentos de áreas diversas. A seguir foi demonstrado, por projeto estudantil, as contribuições dos cenários descritos.

4.1 Associação Brasileira de Engenharia de Produção Jovem e Núcleo Baiano de Estudantes de Engenharia de Produção

Através da ABEPRO Jovem, é possível desenvolver habilidades e competências metodológicas, disciplina, comprometimento, cumprimento de demandas e prazos. O integrante, tanto da ABJ quanto do NUBEEP, passa a ter mais contato com ambientes

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profissionais da Engenharia de Produção e áreas afins, atuando em outras demandas extracurriculares como participação em eventos, palestras, cursos, congressos, ações, além do desenvolvimento de relações interpessoais, networking e contato direto com diversos profissionais atuantes no mercado.

Em síntese, é possível afirmar que, ambos projetos, além de possibilitar o aprendizado prático referente a planejamento e gestão, permite o desenvolvimento de competências, habilidades e conhecimentos técnicos aos graduandos, aplicados de forma inteligente ratificando o seu objetivo que é fortalecer a Engenharia de Produção no cenário atual.

Apesar de números impactantes para um trabalho voluntário, sem fins lucrativos, de cunho unicamente estudantil e sem investimentos de terceiros, há ainda um grande potencial de crescimento do Núcleo. Os membros estudantes da gestão atual, desenvolvem várias ações em prol da continuidade da difusão da missão do Núcleo.

4.2 Crea Jr

O estudante como membro do Crea Jr, passa a ter contato com ambientes profissionais, onde pode discutir variados temas acadêmicos relacionados ao mercado de trabalho, tecnologia, sistema CONFEA/CREA, legislação, entre outros. Desenvolve a habilidade de liderança, participação em cursos, palestras, semanas acadêmicas, seminários e ações sociais.

O programa apresenta uma efetiva atuação de estudantes das áreas técnicas e tecnólogas associadas ao sistema CONFEA/CREA. Os números pertinentes às ações desenvolvidas e pessoas impactadas comprovam este resultado. É possível perceber que, ao longo das práticas e vivências da gestão de um ano, com maior contato com o cenário do mercado, mais próximo da realidade profissional e com um embasamento advindo do sistema CONFEA/CREA, o estudante membro do Crea Jr desenvolve, em primeiro lugar, um senso consciente e informado a respeito das funções de seu Conselho, característica primordial para o exercício pleno, com respeito e valorização à Instituição que defende os profissionais e cidadãos das más práticas profissionais. Não obstante, é igualmente notório o ganho no sentido ético, onde o desempenho e perfil profissional são, aos poucos, desenvolvidos e melhorados.

4.3 Atlética

Com a Atlética os ganhos são no sentido de convivência, empatia, gestão de pessoas em situações atípicas, perfil de liderança, como por exemplo, momentos em que os discentes

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encontram ocasiões para interagir como coletivo, além das atividades curriculares; canalizar a energia em situações adversas dentro e fora de atividades esportivas.

Em relação ao desenvolvimento pessoal, a atlética propicia gerenciamento de conflitos e trabalho em equipe. Os jogos são atividades que estimulam a competição e por muitas vezes, o descontrole das emoções, porém, ao se expor a essas situações, os membros se tornam resilientes a esses cenários. E como são atividades em grupo, a convivência com pessoas de diferentes personalidades e com objetivo em comum, ganhar ou ter um bom desempenho nos jogos, os membros se unem e compartilham experiências que agregam valor para o desdobramento da atividade esportiva.

5. Conclusão

A partir do estudo qualitativo realizado, foi possível atingir o objetivo da pesquisa que era analisar os ganhos dos projetos e representações de curso na formação do Engenheiro, tendo como universo para constatação desta afirmativa a ABEPRO Jovem, NUBEEP, Crea Jr e Atlética. É possível compreender que todos os movimentos citados se tornam meios de contribuição para a formação de habilidades acadêmicas e profissionais estimulando o uso da empatia e o senso de humanidade, atuando em organizações coletivas e em equipe. Aquele que busca participação de forma proativa e compromissada em projetos além dos âmbitos da sala de aula obtém novas técnicas para a prática profissional, assim como se torna não somente um aluno, mas em essência, indivíduo provedor de mudanças em seu meio inserido, influenciando e impactando não somente em benefício próprio, mas de toda a classe profissional a que estará inserido após sua formação acadêmica. O mínimo esperado é o desenvolvimento de técnicas necessárias para a formação profissional, no entanto, o envolvimento complementar na formação lhe proporciona não só obter, mas também promover conhecimento aqueles impactados pelas ações promovidas pelas organizações, experiência a qual, quando adquirida no ensino superior, leva-se ao longo da vida.

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REFERÊNCIAS

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<http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=1012>, acesso em 23 de abril de 2019.

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