Limpeza
das
candidaturas
ao
QREN
já
pode
avançar. Gestores
rece beram
regras de
procedimento
que
implicam
prazos apertados
DG
DIAS
PARA
PROVAR
VI
ABUDADE
DO
PROJETO
Alexandra Figueira
afigueira@jn.pt
Vinte
dias úteis: será esseo espaço detempo entre o
início do processo de
lim-pezadas candidaturas ao QREN paradas e adecisão sobre o seu destino.
On-tem,
foram entregues asregras aseguir pelas auto-ridades de gestão.
Os
critérios aseguir para "limpar" as candidaturas aoQREN
(Quadro de Referência Estratégico Nacional, os fundos euro-peus) paradas ou com fraco andamento no último meio ano foram ontem enviados pelo Ministério daEconomiaaos gestores dos programas.
A fasquia éposta nosprojetos que não saíram do papel e
que deverão ser anulados; e
nos com execução inferior a
10%,que poderão ser renego-ciados, sabeoJN.
Fonte oficial do secretário de Estado do
Desenvolvi-mento
regional,Almeida
Henriques, confirmou o
en-vio dos critérios de seleção,
mas não quis adiantar por-menores sobre o processo.
Em todo ocaso, oJN apurou
que as notificações deverão seguir napróxima semana.
As regras dividem os
proje-tosemdois tipos. Os com
exe-cução zero serão notificados
darescisão decontrato; oscom
alguma execução, mas infe-rior a10%,nãoficam livres de anulação, masadmite-se a re-programação no tempo (alar-gando osprazos de execução)
e/ou financeira (diminuindo
ovalor do investimento). Em
ambos oscasos, opromotor do
investimento poderá defen-derasua posição e/ou renego-ciar acandidatura.
Ou investe ou
liberta
A medida éconsiderada fun-damental não só para
acele-raraexecução dos fundos eu-ropeus como para
libertar
verbas agora reservadas a
projetos deviabilidade
ques-tionável eatribuí-las aoutros investimentos, como oapoio aoemprego.
Entre os projetos visados estarão alguns quetêm feito
correr muita
tinta
nosjor-nais, como os descritos na próxima página. Várias fon-tes ouvidas pelo JN realça-ram que amargem de mano-brados gestores para evitar o cancelamento de
investi-mentos parados é"limitada". Mas serásempre possível
re-comendar asua manutenção
àComissão Interministerial
que supervisiona oQREN. Em todo o caso, os
promo-tores que venham aser noti-ficados terão dez dias úteis
parajustificar arazão do
atra-soedemonstrar que serão
ca-pazes delevar o investimen-to abom porto
-
um
prazoconsiderado demasiado aper-tado pelas fontes ouvidas. Prazos apertados
Aoperação de limpeza
tam-bém deverá abranger
proje-tosmais adiantados, mas que entretanto tenham parado. É
uma situação relativamente
comum entre investimentos que obrigam aobras de
cons-trução, atendendo ao
eleva-do número de falências de
empresas deconstrução civil
eobras públicas.
MARGEM
DEMANOBRA
PARA
MANTER
PROJE-TOS
DEGRANDE
IMPORTÂNCIA
É"LIMITADA"
Em todo ocaso, as autorida-des de gestão de dois dostrês programas nacionais (a
for-mação profissional entrará
numa segunda fase) edos
cinco regionais terão que fe-char todo oprocesso no espa-ço devinte dias úteis: cinco
para contactar os
promoto-res, dez para que estes res-pondam eoutros cinco para tomarem uma decisão sobre
ocaminho aseguir.
Será um processo
"mons-tro", descreveu uma fonte
envolvida no processo, que
implicará reuniões
presen-ciais com asentidades envol-vidas. Mas serátambém uma "operação realidade", já que permitirá distinguir os
inves-timentos
com capacidade real de execução dos quees-tão simplesmente a "empa-tar" verbas europeias.
•
Diluía
de
ministros
acaba
sem
centralização
ASFINANÇAS recuaram na
intenção
decentralizar
aaprovação final dos projetos submetidos aos programas
regionais do QREN, o
Qua-dro de Referência
Estratégi-coNacional. OJNapurou,
on-tem, que adisputa que se
ar-rastou durante semanas en-tre os ministérios da Econo-mia edasFinanças pela pala-vra final sobre o QREN terá
acabado com Vítor Gaspar a
deixar cair aintenção de cen-tralizar aaprovação final dos
programas regionais.
A
Norte,
o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) epor inerência do0N.2,
Duarte Vieira, conti-nua ater aúltima palavra nagestão dos2,7 milhões de
eu-ros do programa da região.
Da mesma forma, noCentro,
será Norberto Pires adecidir
aalocação dasverbas geridas
pelo Centro.
A disputa sobre atutela do
QREN foi levantada em Con-selho de Ministros, com a
apresentação por parte de
Ví-tor Gaspar deum
documen-to onde propunha que o
Mi-nistério dasFinanças
passas-se ater aúltima palavra
rela-tivamente
àalocação dasverbas que ainda estão por atribuir mais asque venham
a serlibertadas pelaoperação
delimpeza agora em curso.
Calcula-se que os projetos
que venham aser anulados ou reformulados
represen-tem algo perto de dois
mil
milhões de euros. a.f.
Laboratório
de
Nanotecnologia
terá que acelerar aexecuçãodo segundo pacote de
financiamento
Empresas
querem
financiamento
António Saraiva
A Confederação da
In-dústria, presidida por
António Saraiva (com quem não foi possível
chegar à fala), esteve no
Ministério da Economia
para salientar a
necessi-dade de as empresas acederem ao crédito, para pagarem asua par-te dos projetos ao QREN. Uma solução éo
empréstimo de 1,5 mil
milhões de euros dispo-nibilizado pelo Banco Europeu de
Investimen-tos. Parte foi já desblo-queada, para apoiar en-tidades públicas; so-bram mil milhões de
eu-ros, que a Economia está a negociar.
Con-frontadas com a impos-sibilidade de obter
cré-dito bancário, as empre
sas arriscam a ver
anu-lados contratos QREN por falta de financia-mento. A.F. ílhavo
ECOMAR SERIA
UMA
ÂNCORA
DO
CLUSTER
DO
MAR
Étambém um projecto da Universidade deAveiro etemuma taxa de execução zero.
Contactado, oatual reitor,
Manuel Assunção, optou por
não prestar esclarecimentos e
Ribau Esteves, presidente da
Comunidade Intermunicipal
Região Aveiro edomunicípio deílhavo, parceiros no
projec-to, disse não se querer pro-nunciar sobre candidaturas
concretas, adiantando apenas
estar tudo pronto para lançar concurso público.
O projecto destinava-se a
ser uma âncora do cluster do
mar, mas ainda não avançou
detodo, apurou oJN.Com as
regras agora definidas pelo
Governo, os responsáveis pela candidatura serão cha-mados aexplicar ascausas do
atraso, podendo pedir asua
reformulação. a.f. Coimbra
BIOMED
111IRIA
EMPREGAR
250
INVESTIGADORES
Éum projeto daUniversidade de Coimbra que quase nãosaiu do papel. No
final
de 2010, oentão reitor SeabraSantos anunciava um centro
deinvestigação biomédica no polo das ciências da saúde da
Universidade, perto dos
hos-pitais da cidade. Iriam lá tra-balhar 250investigadores.
Fernando Guerra, pró-reitor
daUniversidade, considerava,
na altura, que oprojeto era "uma peça fundamental no ecossistema de inovação da região Centro".
Mas mais de dois anos de-pois, aexecução do projeto
candidatado aoQREN
-
orça-do em 6,5 milhões-
ronda os 2%eainda nem obra noterre-no existe, apurou oJN.
Con-tactado, o atual reitor, João
Gabriel Silva, optou por não prestar esclarecimentos. a.f.
PORMENORES
Projetos atingidos
Os parados há seis meses
sujeitam-se a uma rescisão
liminar; os que têm execu-ção inferior a 10% podem
ser revistos ou anulados.
Cinco dias para contactar
A partir da altura em que
recebam a informação so-bre os projetos a abordar,
gestores dos fundos têm
cinco dias para os notificar. Dez dias para responder
Os promotores têm dez
dias úteis para
demonstra-rem que os projetos
(para-dos há mais de meio ano)
vão mesmo avançar. Cinco dias para decisão
Com ou sem resposta do
promotor, o gestor tem
Porto
CENTRO
MATERNO-INFANTIL
ESTÁ A AVANÇAR
A BOM
RITMO
A construção do Centro Ma-terno-Infantil (CMIN)
arran-couem Maio doanopassado e
deverá estarconcluída até De-zembro de2013.As obras
co-meçaram com atraso, mas
agora "ocronograma estáaser
cumprido", garantiu fonte do
Centro Hospitalar do Porto. Com as fundações
termina-das e aprimeira placa aser
edi-ficada, fonte hospitalar
garan-te que"ataxade execução do
projeto
financiado
pelo QREN émuito
superior a10%". Prometido há mais de
20 anos, o
CMIN
avançoupouco antes damudança de Governo e onovo ministro, quando visitou aobra em No-vembro último, não se com-prometeu com 19milhões de euros decomparticipação na-cional, que complementam
os23milhões de fundos
euro-peus. Mas também não
man-dou parar aconstrução, h.n.
Porto
INSTITUTO
DE
INVESTIGAÇÃO
E
INOVAÇÃO NA SAÚDE
SEM
CONCURSO
Aideia de criar umsuper cen-tro de ciência no Porto-
agre-gando três institutos (Patolo-giaeImunologia Molecular da
Universidade do Porto,
Biolo-giaMolecular eCelular e En-genharia Biomédica)
-
éde2008, mas só emmeados do
ano passado foi assinado o
contrato definanciamento do
Instituto de Investigação e
Inovação em Saúde (I3S). O
consórcio, liderado pela
Uni-versidade do Porto, está
cons-tituído e oprojeto paraa
cons-trução doedifício que
alberga-ráoI3Seos 280
investigado-resestápronto, mas o
concur-soainda nãofoilançado. "A
co-laboração científica já existe, temos projetos e
equipamen-tos comuns. Seo edifício não
fosse construído, o13 Steriade ser repensado, mas estou
con-fiante dequeavançará", disse aoJN Cláudio Sunkel, diretor doIBMC. h.n.
I3S
21,5
milhões deeuros para supercentro de ciência AfusãodolPATlMUP,IBMC eINEB depende
da construção de um edifício, que deveria
estar pronto em 2014 Aveiro/ílhavo
PARQUE
CIÊNCIA
E
INOVAÇÃO
AINDA SEM
EXPROPRIAÇÕES
O Parque deCiência eInova-ção daUniversidade de
Avei-ro deveria estender-se por
umtotal demais de30
hecta-res, mas ainda nem todos os
terrenos estão expropriados. As informações recolhidas pelo JN indicam que nãosó o contrato
definitivo
com o QREN foi assinado (existeapenas um protocolo) como
ataxa de execução ézero,
apesar de aUniversidade de
Aveiro ter recebido luz verde
do QREN no final de 2009.
Entretanto, adiantam fontes próximas ao processo, o pro-jeto foi reduzido (previa seis
edifícios) efaseado. A
medi-danão foi, contudo,
suficien-tepara assegurar o andamen-to da obra de28 milhões de euros
Contactado, o atual reitor
deAveiro, Manuel Assunção,
optou por não prestar