Página 1 de 14
Propostas 9. Fiscalização
Manual de fiscalização
Fase 3 – Elaboração das propostas
Etapa 3.1, 3.2 e 3.4 – Concepção, análise e detalhamento das propostas
Página 2 de 14 Propostas 9. Fiscalização
Sumário
2.9. Manual de fiscalização ___________________________________________________________ 5 Introdução__________________________________________________________________________ 5 Diretrizes de adequação da fiscalização __________________________________________________ 5 Verificação da Necessidade de Implantação de Fiscalização Eletrônica para Controle de Velocidade _ 9Página 3 de 14
Propostas 9. Fiscalização
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Redutor Eletrônico de Velocidade ... 11
Figura 2 Radar Fixo ... 11
Figura 3 Radar Fixo / Semafórico (Fotossensor) ... 12
Figura 4 Radar Móvel / Estático ... 12
Figura 5 Radar Portátil ... 13
Página 4 de 14
Propostas 9. Fiscalização
SUMÁRIO DE SIGLAS
AFT Agentes Fiscalizadores de Trânsito
ARTESP Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito
CTB Código de Trânsito Brasileiro DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito
DETRAN-SP Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes SNT Sistema Nacional de Trânsito
Página 5 de 14
Propostas 9. Fiscalização
2.9. Manual de fiscalização
Introdução
De forma a atender o objetivo do Manual de Fiscalização, o presente documento é estruturado em três capítulos. No capítulo 2 é verificado o funcionamento da fiscalização dos serviços de transporte coletivo, táxis e escolares, trânsito, estacionamentos e obras viárias. Já no capítulo 3 é abordada a necessidade de implantação de fiscalização eletrônica para controle de velocidade.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece que o trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito (SNT), a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotarem as medidas destinadas a assegurar esse direito, dando prioridade em suas ações à defesa da vida, nelas incluídas a preservação da saúde e do meio ambiente. Uma das ações adotadas para garantir a segurança no trânsito é a fiscalização que é definida pelo CTB em seu Anexo I (dos conceitos e definições) como sendo o ato de controlar o cumprimento das normas estabelecidas na legislação de trânsito por meio do poder de polícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos órgãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as competências definidas neste Código. (BRASIL, 2007).
Diretrizes de adequação da fiscalização
Os dados referentes às ações atuais de fiscalização do trânsito em Catanduva têm como base o questionário elaborado pela consultora e respondido pela prefeitura de Catanduva através da Secretaria de Transporte, conforme item em Anexo.
Foi relato que o órgão público municipal possui 4 (quatro) caminhonetes, 6 (seis) motos e 1 (uma) kombi próprios para a gestão de trânsito da cidade. A fiscalização de trânsito é feita através de Agentes Fiscalizadores de Trânsito (AFT) e através de convênio com a Polícia Militar. O município conta com 15 (quinze) fiscais AFT e 150 (cento e cinquenta) policiais militares cadastrados.
A fiscalização e administração do estacionamento rotativo é feita por equipe própria da Secretaria de Transportes através dos AFTs. Existe um total de 800 (oitocentas) vagas rotativas dentro do município. Os recursos gerados pelos estacionamentos rotativos são destinados a subsidiar intervenções e gestão do trânsito.
A Secretaria de Transportes responde pela gestão de linhas de transporte público coletivo, de táxi e mototáxi. Contudo, o órgão não responde pelo transporte coletivo privado por ônibus fretado, pelo transporte escolar público e privado e pelo serviço de moto-frete. Segundo a Secretaria, não há ações públicas de inspeção veicular em nenhum destes sistemas de transportes no município.
A Secretaria não faz controle tarifário das linhas de transporte público e táxis. A questão tarifária é tratada diretamente entre a empresa concessionária do serviço público e outro órgão do executivo municipal, procedendo da mesma forma em relação aos táxis.
No município não há radares para controle de velocidade e nem radares para registro de avanço implantados. De acordo com a Lei Complementar Nº 0381/07 que dispõe sobre a reestruturação do serviço de fiscalização de trânsito no município de Catanduva, cabe à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (STU) a apuração dos autos de infração aplicados pelos Agentes Fiscalizadores de Trânsito (AFT), expedindo-se a respectiva notificação, cobrança e arrecadação dos valores das multas junto aos cofres públicos do Município.
Nos itens a seguir são descritas diretrizes de acordo com as legislações vigentes que devem ser seguidas para a fiscalização de transportes coletivos, táxis, escolares, trânsito, estacionamentos e obras viárias.
Página 6 de 14
Propostas 9. Fiscalização
2.9.2.1. Transporte Público Coletivo
Para garantir a eficiência do sistema de transporte público coletivo, as linhas devem ser fiscalizadas quanto ao cumprimento de seus horários, quanto ao embarque e desembarque de passageiros nos pontos de parada corretos, quanto à condição de seus veículos, os valores das taifas e também a regularidade dos condutores e cobradores.
Quando feita a vistoria dos veículos, deve ser observado se o veículo possui todos os itens de segurança necessários, como cinto de segurança e extintor de incêndio, além da condição desses equipamentos como o prazo de validade do extintor. Além disso, deve ser observada a condição dos pneus, o funcionamento das roletas, o estado de conservação dos veículos, a limpeza e a acessibilidade (elevador para cadeira de rodas, bancos reservados para gestantes, idosos e pessoas com deficiência).
Todos os veículos deverão apresentar, internamente, em local bem visível, o preço da passagem da linha em que o veículo estiver trafegando, um quadro contendo as licenças da Prefeitura, uma tabuleta que indique o nome da tripulação do veículo e o número de ordem do veículo, sua lotação e outras inscrições que forem determinadas, desde que pertinentes ao serviço. Também deve haver no interior do veículo espaços de dimensões convenientes para a colocação de editais e de avisos de interesse público.
Externamente, os veículos deverão ter na parte dianteira superior, a identificação da linha (número e seu nome), dotada de iluminação à noite e outras inscrições que forem determinadas pela Prefeitura, desde que pertinentes ao serviço.
Anualmente, a Prefeitura deve proceder ao exame dos veículos, aprovando sua permanência em serviços e emitindo, para tanto, um documento próprio.
É da competência do condutor estar devidamente uniformizado e identificado, conduzir com atenção, não fumar no interior do veículo e nem ingerir bebida alcoólica em serviço ou quando estiver próximo o momento de assumi-lo. Além disso, ele deve cumprir o limite de velocidade máxima estabelecida para cada via e também o tempo de viagem estabelecido nas tabelas de horário. O cobrador também deve ser fiscalizado quanto aos itens anteriores, naquilo que lhe competir, além de não conversar com o motorista quando em viagens, não permitir o acesso de vendedores ambulantes e pessoas embriagadas no interior do veículo e colaborar com o motorista em tudo quanto diga respeito à comodidade, segurança dos passageiros e regularidade da viagem.
As tarifas tem valor fixado pela Prefeitura Municipal após apresentação de Planilha de Custos, pelas concessionárias, as quais devem ser submetidas à fiscalização.
O Decreto Municipal Nº 1246/1991, em seu artigo 16, define que a fiscalização dos serviços de transporte coletivo, em tudo que diga respeito à segurança e regularidade das viagens, comodidade dos passageiros, bem como o fiel cumprimento das normas baixadas será exercida por agentes credenciados.
A fiscalização dos transportes coletivos deve ser feita principalmente nos pontos finais de cada linha de modo que o processo de abordagem não prejudique os passageiros dentro dos ônibus e nem o trânsito.
2.9.2.2. Transporte público não-coletivo - Táxis
Os táxis devem ser fiscalizados quanto à condição de seus veículos, regularização dos condutores, tarifas cobradas e locais apropriados para estacionamento.
Quanto aos veículos, devem ser observados os equipamentos de segurança (cinto de segurança e extintor de incêndio), pneus e seu estado de conservação. Também devem ser inspecionados os equipamentos específicos de táxi, como dispositivo indicativo de Bandeira I ou Bandeira II, letreiro iluminável à noite com a
Página 7 de 14
Propostas 9. Fiscalização palavra “Táxi”, taxímetro e um demonstrativo da tarifa em vigor que fique em local visível pelo passageiro, e também o dispositivo de indicação da situação “Livre” ou “Ocupado” do veículo, caso este for regulamentado futuramente na cidade.
Quanto ao condutor, esse deve estar regularizado e devidamente cadastrado junto à Prefeitura e de posse de seu Certificado de Permissão e seu Cartão de Identificação. O condutor também deve garantir que em todas as corridas seja ligado o taxímetro no momento do início da corrida.
Para garantir que as tarifas sejam cobradas conforme previsto no Decreto Municipal Nº 6.233/2012, deve-se garantir que o taxímetro esteja devidamente aferido e lacrado pela autoridade competente. Além disso, os taxímetros deverão observar as exigências do INMETRO conforme sua Portaria nº 201/2002. De acordo com o Decreto Municipal citado os valores da bandeirada são de R$ 4,25 (quatro reais e vinte e cinco centavos), do quilômetro rodado na bandeira I é de R$ 2,50 (dois reais e cinquenta centavos), do quilômetro rodado na bandeira II é de R$ 3,25 (três reais e vinte e cinco centavos), da hora parada é de R$ 23,00 (vinte e três reais) e o valor por volume transportado, quando acima de 0,60 m (sessenta centímetros) é de R$ 0,80 (oitenta centavos). O Decreto define ainda que a bandeira II deverá ser utilizada no período compreendido entre 12:00 horas de sábado e 06:00 de segunda-feira, nos feriados, nos dias úteis durante o período noturno (entre 18:00 horas e 06:00 horas) e durante todo o mês de dezembro.
As vistorias nos veículos e documentação dos motoristas devem ser feitas semestralmente ou a qualquer tempo, e obrigatoriamente, para emissão, alteração ou renovação do Termo de Permissão. Deve ser emitido um documento hábil relativo às vistorias o qual deve ser fixado a vista do usuário.
Além disso, os veículos, quando no tráfego, estão sujeitos a serem fiscalizados pela Polícia Militar, Polícia Civil e pela Guarda Civil Municipal.
2.9.2.3. Escolares
A Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) foi criada pela Lei Complementar nº 914, de 14 de janeiro de 2002 e tem a finalidade de regulamentar e fiscalizar todas as modalidades de serviços públicos de transporte autorizados, permitidos ou concedidos, no âmbito da Secretaria de Estado dos Transportes, a entidades de direito privado.
Os Escolares são veículos que transportam alunos de suas casas até o local onde estudam ou no caminho inverso. Esses veículos devem ser registrados e semestralmente fiscalizados visando à segurança dos alunos que utilizam esse serviço. Além disso, os veículos regularmente cadastrados e vistoriados, ou seja, que estão autorizados a funcionar devem possuir um selo de vistoria fixado no para-brisa dianteiro do veículo. Outra forma de saber se o escolar está regular é consultando a autorização do veículo que consta no site do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (DETRAN-SP).
Os veículos escolares devem ser fiscalizados principalmente quanto aos equipamentos de segurança exigidos pelo CTB - cintos de segurança, cadeiras de segurança caso sejam necessárias, extintores de incêndio - pneus e documentação regular. É obrigatório o veículo possuir um tacógrafo para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade desenvolvida. O veículo deve ser externamente revestido com faixa amarela indicativa de “escolar”.
Quanto ao condutor, o mesmo deve ser maior de 21 anos e estar habilitado com carteira nacional de habilitação da categoria D.
Outra medida importante de fiscalização é a existência e atualização de um cadastro dos alunos que utilizam o transporte escolar público e privado, conforme ocorre atualmente em Catanduva.
Página 8 de 14
Propostas 9. Fiscalização
2.9.2.4. Trânsito
De acordo com o IBGE, o município de Catanduva, em 2010, possuía uma população de 112.820 habitantes, tendo como população estimada para 2013 de 118.209 habitantes. Em relação à frota de veículos, o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) aponta para julho de 2013 um total de 92.861 veículos motorizados registrados no município, conforme Tabela 1.
Tabela 1 Frota municipal de veículos motorizados de Catanduva em julho de 2013
Tipo Veículos AUTOMÓVEL 47702 BONDE 0 CAMINHÃO 3069 CAMINHÃO TRATOR 1044 CAMINHONETE 5986 CAMIONETA 2406 CHASSI PLATAF 0 CICLOMOTOR 279 MICRO-ÔNIBUS 247 MOTOCICLETA 23910 MOTONETA 3397 ÔNIBUS 509 QUADRICICLO 0 REBOQUE 2231 SEMI-REBOQUE 1713 SIDE-CAR 13 TRATOR 47 TRICICLO 28 UTILITARIO 278 OUTROS 2 TOTAL 92861 Fonte: DENATRAN, 2013.
Segundo a Secretaria de Transportes (ver Anexo), a fiscalização de trânsito é feita na cidade através de 15 (quinze) agentes fiscalizadores de trânsito e 150 (cento e cinquenta) policiais militares cadastrados.
O Roteiro para Implantação da Municipalização do Trânsito do DENATRAN (2010) estabelece que a equipe de fiscais de trânsito deve ser dimensionada de acordo com o número de veículos registrados no município, estabelecendo a proporção de 1 fiscal para cada 1.000 a 2.000 veículos. Sendo assim, a cidade de Catanduva deve ser composta por um contingente de 45 a 90 agentes de trânsito.
A fiscalização do trânsito deve garantir o cumprimento das leis de trânsito pelos condutores de todos os veículos.
A identificação de locais para fiscalização de trânsito deve ocorrer a partir de levantamento dos locais com maiores índices de altas velocidades praticadas e de acidentes. Para tanto, ressaltamos a importância da configuração de um sistema de informação geográfica, o qual permite gerar distintos mapas temáticos de acordo com a situação que se deseja vistoriar (mapas com a localização dos locais críticos, de maior incidência de acidentes de trânsito, associados a uma ou mais características dos acidentes previamente selecionadas).
Página 9 de 14
Propostas 9. Fiscalização De posse desses dados é possível localizar os locais com maior ocorrência de acidentes e consequentemente locais que tem maior necessidade de serem fiscalizados.
Também é necessário que sejam inspecionadas com frequências as vagas reservadas para carga e descarga e para pessoas com mobilidade reduzida, a fim de que seja garantido que seu uso seja restrito conforme determinação regulamentada, conforme citado a seguir.
2.9.2.5. Estacionamentos
Os veículos estacionados devem ser fiscalizados quanto a regulamentação da vaga onde está localizado, sendo garantida a não ocupação de vagas exclusivas (idosos e pessoas com deficiência) por pessoas não cadastradas, a não obstrução de faixas de pedestres, dentre outras determinações.
Os estacionamentos rotativos também devem ser fiscalizados de modo a garantir que estejam sendo usados corretamente, dentro do período permitido e com o cartão de estacionamento rotativo regulamentado pelo Decreto Municipal Nº 4845/2006 e que deve ser adquirido pelo próprio condutor.
Os locais de maior necessidade de fiscalização são os pontos que tem maior demanda por estacionamento de veículos, como centros de compras e escolas. Esses locais atraem muitos veículos que podem causar prejuízos ao trânsito ao estacionarem em fila dupla, por exemplo. É necessária a fiscalização do estacionamento rotativo pago próximo aos principais centros comerciais, além da fiscalização de veículos de carga e descarga, os quais têm vagas específicas para estacionamento, sendo relevante também a fiscalização para que veículos comuns não utilizem as vagas exclusivas para carga e descarga.
Junto às fiscalizações nesses pontos devem ser feitas campanhas de educação no trânsito para desincentivar às pessoas a estacionarem nesses locais de forma que prejudique o trânsito dos demais veículos.
2.9.2.6. Obras Viárias
De acordo com o CTB, as obras viárias e eventos que possam perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, somente devem ser iniciadas com permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
Essas obras devem ser devidamente sinalizadas pelo responsável pela execução ou manutenção da obra ou do evento e devidamente fiscalizados pelo órgão de Transporte de modo a garantir a segurança e o conforto dos usuários dessas vias. Assim, devem ser fiscalizadas todas as obras viárias que requererem permissão prévia do órgão de Transporte.
Verificação da Necessidade de Impla ntação de Fiscalização Eletrônica para Controle de
Velocidade
Tendo em vista que, no trânsito, a qualidade de vida está diretamente ligada à existência de vias seguras para motoristas, ciclistas e pedestres, é de grande necessidade que a fiscalização dos níveis de velocidade praticada seja feita de maneira eficiente. Neste sentido torna-se favorável a instalação de equipamentos que fiscalizem a velocidade dos veículos, o respeito à faixa de pedestre e ao semáforo para que os motoristas cumpram as normas de segurança de trânsito. A fiscalização eletrônica auxilia os órgãos de trânsito no cumprimento dessas normas definidas pela lei, através da aplicação de tecnologia moderna de informática e eletrônica.
Os equipamentos de fiscalização eletrônica medem a velocidade de todos os veículos, registrando apenas aqueles que trafegam acima do limite de velocidade regulamentado na via, ou que avançam o sinal vermelho. A imagem registrada do veículo serve como base ao Agente de Trânsito para a futura imposição de multa.
Página 10 de 14
Propostas 9. Fiscalização O CTB determina no seu art. 280, § 2º que
A infração de trânsito deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível previamente pelo [Conselho Nacional de Trânsito] CONTRAN. (BRASIL, 2007).
Conforme a Resolução Nº 214/2006 do CONTRAN1, a determinação da localização, da sinalização, da
instalação e da operação dos instrumentos ou equipamentos medidores de velocidade cabe à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via determinar.
O CONTRAN define ainda, nessa mesma Resolução, que para determinar a necessidade de instalação de instrumentos ou equipamentos medidores de velocidade, deve ser realizado estudo técnico que contemple, no mínimo, as variáveis presentes no item A do Anexo III da mesma Resolução, que venham a comprovar a necessidade de fiscalização, tendo que garantir também a ampla visibilidade do equipamento. A Resolução define ainda que toda vez que ocorrerem alterações nas suas variáveis, o estudo técnico deverá ser refeito com base no item B do Anexo III da Resolução.
Os critérios mais importantes de implantação a serem abordados no estudo são as características locais da via, como o volume de tráfego de veículos e pedestres, a velocidade média dos veículos, o número de acidentes e as condições especiais de perigo – trânsito intenso de pedestres, ladeiras acentuadas, curvas fechadas, dentre outros. A partir desses dados alinhado aos objetivos específicos de fiscalização, é possível eleger a velocidade a ser regulamentada no trecho e o modelo adequado de equipamento a ser implantado. Alguns dos tipos de equipamentos de fiscalização eletrônica de velocidade são apresentados a seguir.
Página 11 de 14
Propostas 9. Fiscalização
Redutor Eletrônico de Velocidade: equipamento fixo adequado para locais que necessitem de
fiscalização permanente assegurando que os veículos circulem dentro do limite máximo de velocidade regulamentado. A estrutura ostensiva do equipamento contribui para que os condutores respeitem a velocidade, sendo especialmente indicada para áreas com restrição de visibilidade e de conflito entre pedestres e veículos.
Figura 1 Redutor Eletrônico de Velocidade Fonte: Panavideo (s.d.).
Radar Fixo: é um equipamento computadorizado, instalado em local definido e em caráter
permanente que registra a imagem dos veículos que trafegam acima da velocidade permitida para o local. O equipamento pode monitorar todas as faixas em qualquer sentido de tráfego e até nos dois sentidos simultaneamente, através da instalação do equipamento no canteiro central.
Figura 2 Radar Fixo
Página 12 de 14
Propostas 9. Fiscalização
Radar Fixo / Semafórico (Fotossensor): equipamento com as mesmas características do radar fixo,
que além de registrar automaticamente infrações de excesso de velocidade também registra infrações de avanço semafórico e parada sobre a faixa de pedestre. O objetivo do fotossensor é estimular o motorista a respeitar o sinal de trânsito e evitar atropelamentos e colisões. Por lei, esse aparelho não precisa ser sinalizado, pois tem caráter educativo, ensinando o condutor a respeitar o semáforo, independente de existir fiscalização eletrônica.
Figura 3 Radar Fixo / Semafórico (Fotossensor) Fonte: DNIT (2013).
Radar Móvel / Estático: equipamento móvel instalado em suporte apropriado, adequado para locais
e períodos que necessitem de fiscalização eventual do respeito à velocidade regulamentada.
Figura 4 Radar Móvel / Estático Fonte: Agência t1 transporte e logística (2012).
Página 13 de 14
Propostas 9. Fiscalização
Radar Portátil: equipamento operado manualmente pelo agente de trânsito, com capacidade de
monitoramento seletivo, adequado para trechos expressos e vias públicas, em locais e períodos que necessitem de fiscalização eventual do respeito à velocidade regulamentada.
Figura 5 Radar Portátil Fonte: RIC Mais Santa Catarina (2012).
Talão Eletrônico de Multas / Palm Top: dispositivo eletrônico portátil que substitui a tradicional
fiscalização realizada com talonários de papel, o que permite mais agilidade e precisão na autuação e emissão da multa.
Figura 6 Talão Eletrônico de Multas / Palm Top Fonte: G1 Globo.com (2009).
Atualmente em Catanduva não há radares para controle de velocidade e nem radares implantados para registro de avanço de semáforos. Porém, a Prefeitura está em processo de implantação de radares na cidade. De acordo com notícia do jornal O Regional de julho de 2013, são vias potenciais para instalação destes equipamentos as avenidas: Theodoro Rosa Filho, nos dois sentidos, Avenida Orlando Zancaner, Avenida Engenheiro José Nelson Machado, com a possibilidade nesta de implantação também de um redutor eletrônico de velocidade.
Dentre estas, ganha destaque para localização de radares a Avenida Engenheiro José Nelson Machado por se constituir via de principal acesso à área urbana a partir de duas rodovias (Rodovia Washington Luiz e Rodovia Cezário José de Castilho). Também deve ganhar destaque a Rua Olímpia, que recebe o fluxo da Rodovia Comendador Pedro Monteleone.