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TRAJETÓRIA DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE AGRICULTURA FAMILIAR DO DISTRITO 3 NO MUNICÍPIO DE MARAU-RS.

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TRAJETÓRIA DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE AGRICULTURA FAMILIAR DO DISTRITO 3 NO MUNICÍPIO DE MARAU-RS.

JOURNEY OF AGRICULTURE PRODUCTION UNITS FAMILY DISTRICT 3 NO MARAU-RS MUNICIPALITY.

Autor(es): FERNEDA, Rodrigo1; FRITZ FILHO, Luiz Fernando2; FRITZ, Karen

Beltrame2

Filiação: 1Unisinos – São Leopoldo – 2UPF – Passo Fundo

E-mail: Rodrigo_ferneda@hotmail.com; Fritz@upf.br; karenfritz@upf.br Grupo de Pesquisa: Segurança alimentar e agricultura alimentar Resumo

O objetivo do estudo foi identificar a trajetória das unidades de produção agrícola do Distrito 3 pertencente ao município de Marau-RS, com base na abordagem dos sistemas agrários e as tipologias dos sistemas de produção. Por meio de uma pesquisa exploratória, de cunho qualitativo, foram realizadas entrevistas estruturadas com os proprietários da Unidade de Produção Agrícola, por meio de variáveis e indicadores propostos. A investigação ocorreu no mês junho de 2015 e o procedimento técnico caracteriza-se como um estudo de caso. Os dados foram organizados e agrupados de acordo com a tipologia proposta seguido das transcrições das respostas dos produtores durante as entrevistas. O procedimento técnico foi um estudo de caso. Como resultados, o estudo reconstituiu as principais trajetórias e estratégias empreendidas nas unidades de produção agrícola em estudo, por meio da compreensão da história e da lógica de evolução das propriedades analisadas por meio de quatro tipologias desde o surgimento até o presente momento.

Palavras-chave: Trajetória. Agricultura. Unidade de Produção Agrícola Abstract

The aim of the study was to identify the trajectory of agricultural production units of District 3 in the municipality of Marau-RS, based on the approach to agrarian systems and types of production systems. Through an exploratory research, qualitative nature, structured interviews were conducted with the owners of the Agricultural Production Unit through proposed variables and indicators. The research took place in the month of June 2015 and the technical procedure is characterized as a case study. Data were organized and grouped according to the typology followed by transcripts of the responses of producers during interviews. The technical procedure was a case study. As a result, the study reconstructed the main paths and strategies undertaken in agricultural production units under study, through understanding the history and evolution logic of the properties analyzed using four types from the appearance to date.

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1. Introdução

O relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) informa que a agricultura familiar tem capacidade para colaborar na erradicação da fome mundial e alcançar a segurança alimentar sustentável. No planeta, essa categoria, representa 80% dos alimentos consumidos e preserva 75% dos recursos agrícolas. No Brasil, a agricultura familiar representa 84% de todas as propriedades rurais do País e concentra pelo menos cinco milhões de famílias1.

A agricultura familiar foi aprovada pela Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, em que surgiu para apoiar o estabelecimento das diretrizes governamentais na formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais (IBGE, 2006, p. 3). Pela regularização desta lei, no último censo agropecuário foi constatado um total 4.366.267 estabelecimentos dessa característica em uma área total de 80.102.694 hectares.

Nesse sentido, por meio de um contexto histórico e político, necessita-se investigar e aprofundar as trajetórias de transformação da agricultura familiar pelo fato de observar o percurso ao longo de sua existência. Em particular, as atividades exercidas nesta tipologia das unidades de produção vêm sofrendo mudanças na estrutura econômica, política e social, que merecem um olhar mais crítico a fins de relatar as estratégias que buscam desenvolver para a manutenção do empreendimento e do núcleo familiar.

Para tanto, essas localidades de destaque merecem um olhar especial, aos quais o Estado e o Poder Público Municipal com amparo da legislação passaram a denominar sedes distritais ou distritos. Conforme Pina, Lima e Silva (2008, p. 127) a formação de distritos estão diretamente ligadas às necessidades socioeconômicas locais, atribuindo benefícios para os moradores, além dos aspectos urbanos ou rurais presente na localidade.

No Brasil as criações dos distritos surgiram entre os anos de 1964 e 1979, tendo principal causa o processo de urbanização nas regiões de ocupação, classificadas como área de fronteiras, uma vez que a ocupação de algumas áreas remotas do País foi estimulada pelo Estado (PINTO, 2013, p. 60). Estes foram fundamentais e serviram como ponto de apoio urbano, seja na cristalização desses pontos como futuras cidades, sejam na sua utilização apenas como pontos de apoio demográfico e comercial para a expansão das fronteiras e formação de futuras redes. (FERREIRA, 1990, p.57).

Com base nos argumentos apresentados, o objetivo geral do estudo é identificar a trajetória das unidades de produção agrícola do distrito 3 pertencente ao município de

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RS, com base na abordagem dos sistemas agrários e as tipologias dos sistemas de produção. Como objetivos específicos tem-se: a) analisar os sistemas produtivos com ênfase nos fatores internos e externos à propriedade; b) analisar as trajetórias seguidas pela Unidade Produção analisados durante a coleta de dados; c) verificar as estratégias empreendidas no interior da unidade em estudo.

A motivação desse estudo surge na medida em que o conhecimento torna-se um fator de vários oriundo de vários aspectos que até o momento tornam-se desconhecidos, como também, ultrapassa a terceira geração no desenvolvimento laboral na unidade de produção em destaque. É através desse aspecto que a aprendizagem exerce função primordial que constituem a formação e o desenvolvimento do objeto em estudo. Sendo assim, essa miscigenação entre trajetória, conhecimento, aprendizagem, foram constituídos agrupamentos de conceitos caracterizados como path dependency, que será explorado a seguir.

2. PATH DEPENDENCY: CONCEITOS, ABORDAGENS, ORIGENS

A teoria evolucionária tem apresentados elementos dinâmicos para explicações mais efetivas relacionadas ao sistema econômico e as transformações da sociedade. Para Nelson e Winter (1982) o modelo torna-se útil para fenômenos e modificações na economia em processos de longo prazo. Nesta linha os autores têm trabalhado com a ideia do processo de path dependence, conhecido como dependência das trajetórias. A dificuldade de mensurar conceitos encontrados na literatura oportunizou a investigação de estudos que sustentam a conceituação e as características do path dependence sob o enfoque de várias abordagens.

Ao investigar as organizações, constataram em primeira instância que o path dependence, era um processo dinâmico por meio de uma conduta padrão e dos resultados de mercado construídos ao longo do tempo (NELSON; WINTER 1982). Na visão de Arthur (1989) as dinâmicas das organizações ou firmas são conduzidas de acordo com os eventos históricos que vem ao encontro do conhecimento prévio de circunstâncias que possam afetar suas escolhas tecnológicas, políticas, econômicas, de mercado entre outras.

North (1990) aborda uma conecção com o passado e o presente, voltados para ações do futuro, sendo uma história de sequencia das atividades ao longo da história. A explicação para essa afirmação vem ao encontro de que as instituições foram criadas por seres humanos oportunizando criar ordem e reduzir incertezas.

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Ruttan (1997) investigou que as escolhas técnicas ocorrem por meio de uma ligação econômica que influencia as dimensões futuras do conhecimento e da tecnologia. Mesmo nessas condições, permanecem presentes as possibilidades de que outras rotas sejam tomadas no desenvolvimento tecnológico, bem como casos de fuga das condições de lock-in impostas pela path-dependence.

Foi nesse contexto que a tecnologia provocou ruptura na trajetória organizacional sendo protagonista em virtude da abertura comercial e efeitos do surgimento da globalização, o que gerou uma mudança brusca nas organizações. Diante do exposto, Goldstone (1998), relata que o path-dependence é uma propriedade de um sistema no qual os resultados, ao longo de um período de tempo, não são determinados por um conjunto particular de condições iniciais, mas sim, um resultado particular obtido em um dado “momento” do funcionamento do sistema que envolve as escolhas de eventos intermediários ocorridos entre a condição inicial e o resultado.

Garud, Kumaraswamy e Karnoe (2010), identificam um olhar duplo sobre o path, observando se realmente as organizações passam por uma dependência de caminho ou criação de caminho. Esses recursos contribuiram para a ampliação dos estudos organizacionais, pois, a criação de caminho implica os três momentos do tempo, ou seja, o passado, como no uso o termo 'caminho'; o futuro, como no uso do termo 'criação'; e o presente, como na conjunção dos dois termos. Os atores mobilizam o passado não necessariamente para repetir ou evitar o que aconteceu, mas, para gerar novas opções e novas iniciativas para o futuro que então pode levá-los a mobilizar o passado no suporte. Estas retrospectivas e prospectivas memórias organizacionais emergem através de discussões e do diálogo em tempo real (GARUD, KUMARASWAMY e KARNOE, 2010).

Muitos autores têm tentado construir modelos de análise aplicados à dependência das trajetórias. Hoff (2011) desenvolveu um estudo propondo uma estrutura analítica multinível, interdisciplinar e sistêmica para as análises de “path-dependents”. A autora constatou que a formação de processos path dependents é diferente nos diversos setores produtivos, devido às interferências das características sociais, culturais e políticas que determinam a trajetória dos fenômenos de cada setor e que algumas delas podem ter significância maior do que as outras em alguns setores observados.

Nesse sentido, Hoff (2011) transita por distintos modelos e propõe uma estrutura analítica para o estudo de processos path dependents. Num primeiro momento, a autora revela que a construção da trajetória histórica leva ao fato observado, buscando identificar as

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condições antecedentes, leis gerais e outros elementos da situação existente no ambiente de inserção do fato, que possam contribuir para o surgimento de momentos críticos para a formação do path dependence.

Na seqüencia, Hoff (2011) identifica ao logo da trajetória, os momentos críticos que levam a escolhas que fazem emergir uma trajetória dependente, bem como testar os momentos de escolha, utilizando a análise contrafactual, identificando os momentos realmente críticos. A partir dessas escolhas, torna-se importante a observação de elementos institucionais e estruturais que contribuam para o condicionamento da trajetória, ou seja, que gerem seqüencias autorreforçantes, dificultando o retorno para as condições iniciais que permitam outras escolhas entre as alternativas disponíveis.

Na oportunidade, ao pesquisar as trajetórias, identifica-se a constituição de informações institucionais e estruturais que servem de feedback positivo ou negativo a técnica, aceitando a confirmação do path dependence ou o surgimento de novos momentos críticos. No processo de finalização são descritos os resultados finais advertidos a partir da solução dos conflitos surgidos na fase das sequências reativas (HOFF, 2011). Para tanto faz-se necessário interagir o papel do path dependence com a diversificação das atividades produtivas agrícolas como será visto a seguir.

2.2 Diversificação das atividades agrícolas

Padilha (2009) contextualiza que em determinadas regiões do Brasil, as atuais atividades produtivas não alcançam a competitividade imposta pelo setor e está sujeito a perda de rendimentos e da garantia de sustento das unidades familiares. Uma abordagem observada nesse âmbito prova que parte da população sobrevive de rendimentos oriundos de aposentadoria, bem como, outros abrem mão de seus meios de produção ao migrar para os grandes centros urbanos em busca de novas oportunidades de trabalho, que garantam o sustento da unidade familiar.

Entre os argumentos apresentados acima, a diversificação das atividades rurais se faz necessário, e quando integrados com outras rendas e mantendo sua ligação atividades rurais e urbanas são vistos por Schneider (2004) como um fenômeno caracterizado como a pluriatividade, em que ocorre em situações em que membros da família residentes em espaços rurais combinam a atividade agrícola com outras formas de ocupação em atividades não agrícolas. Isso também se assemelha a um fenômeno que pressupõe a combinação de duas ou mais atividades, sendo uma delas a agricultura.

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Ellis (1999) atribui que no passado, muitas vezes, tem sido assumido que a produção agrícola crescimento criaria abundantes oportunidades de geração de renda não-agrícola na rural economia através de efeitos de encadeamento. Esse cenário, no entanto, modificou, e não sustenta para muitas famílias rurais pobres, a agricultura por si só é incapaz de fornecer um meio suficiente de sobrevivência.

Uma família pode diversificar, colocando diferente indivíduos em ocupações especializadas, assegurando, assim, a flexibilidade a nível doméstico, ao aceitar um grau de rigidez ocupacional a nível individual. Em outras palavras, a diversidade e especialização não estão em oposição um ao outro, exceto por fazer referência a uma única pessoa considerada isoladamente (ELLIS, 1999).

A prova relativa à diversificação nos meios de subsistência rurais e estratégias de subsistência produz uma imagem diversificada em vez de uma simples diversificação - não só no que diz respeito a fontes de renda - é feito por razões diferentes e em maneiras diferentes, dependendo do recurso-base inicial. Nesse sentido, nenhuma relação simples de diversificação à pobreza ou riqueza não é apenas a prerrogativa duvidoso dos pobres, mas parece ser uma tendência que permeia de todos os grupos de renda, menos dos grupos médios. Entretanto, os mecanismos e as motivações subjacentes a tal padrão são diferentes para cada grupo envolvido, e diferem de acordo com o contexto, incluindo o gênero específico de cultura (NIEHOF, 2004).

No estudo de Perondi (2007) apresentou sugestões que são capazes de estimular a diversificação de culturas capazes com o objetivo de diversificação dos meios de vida e mercantilização da agricultura familiar, destacam-se: a) criação de políticas públicas; b) incentivo a produção e diversificação do mercado extra-global; c) concessão de microcrédito; d) financiamento de moradias rurais; e) empreendimento não-agrícolas como por exemplo; f) políticas de fortalecimento da infra-estrutura de transporte e educação.

Assim, importante destacar que a agricultura familiar torna-se importante para a formação econômica, o que carece nas regiões mais afastadas dos centros urbanos a constituição de distritos municipais sob o enfoque político e econômico, como será visto a seguir.

2.3 A formação dos distritos municipais: um aspecto histórico e conceitual

No Brasil as criações dos distritos surgiram entre os anos de 1964 e 1979, tendo principal causa o processo de urbanização nas regiões de ocupação, classificadas como área

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de fronteiras, uma vez que a ocupação de algumas áreas remotas do país foi estimulada pelo Estado (PINTO, 2013). Estes foram fundamentais e serviram como ponto de apoio urbano, seja na cristalização desses pontos como futuras cidades, sejam na sua utilização apenas como pontos de apoio demográfico e comercial para a expansão das fronteiras e formação de futuras redes (FERREIRA, 1990).

Conforme Pina, Lima e Silva (2008) a formação de distritos estão diretamente ligadas às necessidades socioeconômicas locais, atribuindo benefícios para os moradores, além dos aspectos urbanos ou rurais presente na localidade.

Na ótica de Pinto (2003) o distrito é caracterizado como uma subdivisão do município, que tem como sede ou vila, que é um povoado de maior concentração populacional. Não existe organização da pequena produção e atendimento das primeiras necessidades da população residente em seu entorno, sendo que a gestão fica sob responsabilidade da sede do município. É criado por uma lei municipal atendendo os requisitos exigidos para a criação de um distrito por meio de lei municipal, onde os o município não tem autonomia para criar distritos adotando critérios próprios. É necessário que um povoado atenda todas as exigências determinadas pela legislação estadual para que o município, por meio de uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores local, o eleve à categoria de distrito.

Na concepção de Grossi e Silva (2002) relatam que ocorreu mudanças no setor rural em virtude da mecanização, incentivos de órgãos públicos, linhas de crédito, diversificação de culturas, desenvolvendo um “novo rural”, brasileiro, na qual é composto por agropecuária moderna, por meio da commodities e intimamente ligada às agroindústrias, b) um conjunto de atividades não agrícolas, ligadas à moradia, ao lazer e a várias atividades industriais e de prestação de serviços, c) um conjunto de novas atividades agropecuárias localizadas em nichos especiais de mercado.

Em relação ao modo de vida dos distritos, Pinto (2003) esclarece que mesmo possuindo uma forte ligação com o meio rural, que se expressa em atividades do setor primário como agricultura e pecuária, as pessoas que residem nesse espaço utilizam telefones celulares, vestem-se de acordo com os padrões urbanos, utilizam de ferramentas e tecnologias que se assemelham com o modo urbano de viver.

Na visão de Alentejano (2003) nos distritos as relações econômicas passam ter uma importância maior ou menor que a terra tem como elemento de produção, reprodução ou valorização. No que tange as relações sociais incluem as dimensões simbólica, afetiva, cultural, bem como os processos de herança e sucessão. As relações espaciais estão

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vinculadas aos arranjos espaciais de ocupação da terra, distribuição de infra-estrutura e das moradias. As atividades desenvolvidas sejam elas indústrias, agrícolas, artesanais ou de serviços das relações de trabalho existentes, sejam assalariadas, pré-capitalistas ou familiares e do maior ou menor desenvolvimento tecnológico, a terra é identificada como elemento que perpassa e dá unidade a todas essas relações, muito diferente do que acontece nas cidades, onde a importância econômica, social e espacial da terra é muito reduzida.

No entendimento de Barreto e Monastirsky (2010) relatam que diante das transformações que interferem no pensamento sobre o rural, os distritos rurais necessitam ser pensados em um contexto amplo, o qual envolve as relações econômicas, políticas e culturais atualizadas nesses locais e as suas afinidades com as sedes municipais, não sendo percebidos como oposição, campo-cidade, mas sim na sua relação com a cidade.

3 Procedimentos metodológicos

A construção de uma tipologia de unidades de produção agrícola - que congregasse a dinâmica dos sistemas de produção à trajetória das unidades - foi possível através de um modelo inspirado dos estudos de Hostiou et al. (2006), Sabourin et al. (2005), Perrot et al (1995) e Landais (1993) que contribuíram para a escolha das variáveis de análise, e a escolha das técnicas de pesquisa aplicadas. O referido modelo foi desenvolvido e aplicado por Fritz Filho (2009).

No presente estudo, ao investigar a trajetória de uma unidade de produção agrícola, adotou-se um método exploratório que na visão de Cervo e Bervian (2002, p. 69). Os objetivos caracterizam-se como qualitativa analisado sob a ótica de Rischardson (2012). Em relação ao procedimento técnico caracteriza-se como um estudo de caso, pois para Yin (2010). O instrumento de coleta de dados foi utilizada a entrevista sob a ótica de Cervo e Bervian (2002).

As Evidências ou fontes de dados dos estudos de caso, foram levantadas quatro fontes de dados, a saber: a) entrevistas com os responsáveis pelas unidades de produção visitadas; b) observações diretas; c) documentação e d) registros em arquivos. O conjunto das fontes descritas permitiu a análise dos dados por meio de dois eixos condutores: (1) caracterização socioeconômica da unidade; (2) modelo do estudo das trajetórias das unidades de produção. Este artigo aborda, sobretudo, o segundo eixo condutor enfatizando a análise das trajetórias adotadas na unidade produtiva pesquisada.

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No que se refere à população e amostra, optou-se por caracterizar o território em que as unidades de produção agrícola estão inseridas, denominada de Distrito 3. Nesse contexto foi analisado foi analisado que a diversificação de culturas, entre elas enfatizada a agroindústria familiar de massas, artesanato e extração do mel como forma de fixação das famílias no meio rural. Os dados foram coletados no mês de junho de 2015.

Na síntese do Modelo de Análise, no segundo eixo foi efetuada a análise das trajetórias tomadas pelo produtor em sua unidade de produção agrícola. As variáveis relevantes neste processo foram os elementos responsáveis pela passagem entre sucessivos sistemas de produção da unidade pesquisada.

Sistema 2 Sistema 3 SISTEMA “n”

Fatores endógenos à trajetória dos sistemas produtivos

Fatores externos à trajetória dos sistemas produtivos Sistema 1

Figura 1: Modelo de análise de trajetória de Unidades de Produção. Fonte: Fritz Filho (2009)

Ou seja, foram identificadas as dinâmicas inerentes na unidade investigada, de acordo com o modelo apresentado pela figura acima.

4.1 Caracterização da localidade em estudo

O Distrito 3 tem sua sede está localizada há 15 quilômetros do município de Marau foi promulgado em 27 de setembro de 2008, antes era denominada comunidade. Possui 98 km2 de área. Atualmente possui 113 moradores distribuídos em 42 famílias. Nesta localidade, residem apenas o casal, sendo que os filhos migraram para a cidade. Estes retornam ao local de origem no período de férias e nos finais semana. Apenas 9 famílias possuem seus filhos residindo em conjunto na unidade produtiva, visto que estes são menor de idade. Em análise da pesquisa na comunidade ocorre a presença da agricultura familiar.

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A produção atual está voltada a cultura da soja. Milho é cultivado como rotação de cultura e utilizado para alimentação do gado, como farelo e silagem. O trigo e cevada são atividades agrícolas secundárias. Como atividades de renda extra, a pecuária leiteira assume grande importância, com a produção de 100.000 litros mensais, distribuídas em 25 famílias. A avicultura é atividade secundária de 5 famílias. As demais 12 famílias sobrevivem com a renda agricultura e aposentadorias.

Como atividades extras existem empregos de funcionalismo público presente em 6 famílias. Nos últimos anos, surgiu como medida alternativa de renda, a produção de massas, extração do mel e artesanato as quais compõem a amostra desse estudo.O Distrito em estudo apresenta domínio sob oito comunidades regionais, e atualmente conta com uma escola de Ensino Fundamental até o 5º ano e um posto de atendimento dos correios.

4.1 Síntese da unidade de produção 1

Ao analisar a Unidade de Produção 1, foi constatado que as mudanças econômicas e políticas provocaram condições favoráveis para a diversificação de culturas agregando valor econômico e evitando o êxodo rural. A trajetória que permeia os elementos internos enfatiza as acessórias de cooperativas, órgãos públicos, herança, acesso a tecnologia que gera maior informação e disseminação de novas práticas que foram evidenciadas ao longo das décadas. A Figura 1 apresenta a tipologia da propriedade.

Figura 1 – Síntese da Unidade de Produção 1 Fonte: dados primários (2015)

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Em relação ao Sistema 1, que representa o período de 1979 até 1994 caracterizado como Sistema Inicial o caráter de subsistência era predominante. Trabalhos extras como diaristas garantiam uma parcela da renda para os gastos necessários pessoais. No ambiente investigado, constata-se uma estagnação no período visto que eram permitidas apenas as condições necessárias como energia elétrica, água encanada e telefonia. Logo, os custos para manter propriedade eram reduzidos, vista que a ausência de capital e recursos era em pequena escala. Após as modificações políticas e econômicas, a busca por uma nova condição e permanência no local, fez emergir a atividade leiteira como produto para industrialização, agregado as atividades tradicionais da soja e do milho. Nesse âmbito oportunizou melhoria nas edificações da propriedade, automóvel, inserção social, período esse caracterizado como Sistema 2 que compreende os anos de 1994-1999.

No Sistema de Produção 3, que compreende o período de 1999 até 2011 remete para agregação de valor nas atividades inerentes a Unidade de Produção Agrícola, com ênfase a extração da cultura do mel e zelador da água da associação dos moradores do Distrito. Nesse período ocorreram a perda do casal patriarca da família, nascimento do filho dos proprietários o que necessitava de nova fonte de renda capaz de suprir os custos da propriedade. O acesso a financiamento de linhas agrícolas para modernização do plantel leiteiro e financiamento agrícola foi observado que fez com que a produção leiteira fosse responsável pela maior renda concentrada no local. Por outro lado, o excesso de financiamentos comprometia parte significante da renda mensal conforme exposição do proprietário, o que fez com que a esposa que era responsável pelas atividades domésticas exercesse uma nova profissão migrando para o Sistema de Produção 4.

Nesse último Sistema, caracterizado como Sistema Atual, nota-se a complementação de aposentadoria de uma irmã ao qual o proprietário torna-se responsável, em paralelo com o trabalho da esposa no correio distrital, associado com o restante das atividades abordadas nos sistemas anteriores. Associados a essa agregação de renda, observa-se o acesso à tecnologia, informação, possibilitou uma expansão da rede de relacionamento o que proporcionou novos negócios e forma legalizada de oferta da produção do mel em todo o território municipal.

Esse cenário vai ao encontro com a ideia de KUHN (2015) a expansão das capacitações sustentam a expansão do desenvolvimento seja, agrícola, territorial e sustentável, por meio de novas oportunidades, como medida eliminar a pobreza a partir de uma nova

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trajetória de atividades produtivas que transforma as decisões de trabalho e capital das famílias.

4.2 Síntese da Unidade de Produção 2

Na Unidade de Produção 2, os elementos internos que provocaram as mudanças nos sistemas de produção devido a informação do proprietário ter uma visão focada na gestão rural, o que beneficiou-se por linhas de crédito específica para investimentos e aquisição de máquinas e implementos. A participação e independência da mulher fizeram com que a diversificação de atividades não agrícolas predominasse ao longo da trajetória exercida na propriedade.

Figura 2: Síntese da Unidade de Produção 2 Fonte: dados primários (2015)

Em relação ao Sistema 1, caracterizado como Sistema Inicial ocorreu no período de 1969 até 1982, onde predominava a agricultura de subsistência, culturas temporárias – soja, milho, trigo e cevada e loja de comércio, caracterizada para época como um armazém composto por diversos itens necessários para atender a demanda da localidade. No decorrer da trajetória ocorreu o matrimônio do proprietário e sua esposa trouxe de herança suas habilidades e talentos exercidos na zona urbana e foi agregando valor as atividades não agrícolas e exercício da atividade leiteira e o encerramento das atividades da loja do comércio em virtude do rompimento do contrato com a empresa matriz e falecimento da matriarca da

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família, fatos que marcaram a passagem para o Sistema de Produção 2 que atuou de 1982 até 1993.

Nesse sistema foi o período impactou de forma constante na propriedade, pois para o proprietário, em aspectos internos como a mudança de atividade produtiva, vinda dos filhos, associado a fatores externos, como troca de moeda, fim do regime militar, início da democracia, constituição de 1988, acesso a telefonia, energia elétrica, água canalizada, afetou toda a população em especial o produtor, pois gerava insegurança por não dispor de informações exatas e precisas para gerir o negócio e também a renda que obtinha corria o risco de não ter valor e assim prejudicar os negócios rurais, bem como o sustento de sua família. Foi por intermédio da instabilidade econômica desse período que após a retomada de crescimento, foi ofertado linhas de crédito para a construção de aviário, associada à exportação da carne de frango, que oportunizou a mudança para o Sistema de Produção 3.

Nesse sistema manteve-se as culturas adotadas no Sistema de Produção 2, que foi no período de 1993 até 2008, com a acréscimo da atividade avícola. Foi o período em que os filhos cresceram, auxiliavam nas atividades e nesse período também migraram para o perímetro urbano para estudar. A facilidade do crédito também oportunizou melhoria em máquinas e implementos, veículos, bens urbanos, entre outros. Por termos de opção de custo benefício à cevada foi substituída pelo trigo como também por meio de informação e formação técnica dos filhos do proprietário buscavam customização de trabalho e otimização de resultados.

Nesse aspecto, ocorre a constituição do Sistema de Produção 4 que compreende o período de 2008 até o momento atual, em que consolidou todas as atividades exercidas no Sistema de Produção 3 com acréscimo da renda da aposentadoria rural da esposa e as atividades de artesanato como forma de satisfação associado ao lucro. O acesso aos meios de comunicação e tecnologias proporcionam novas formas de integrar as atividades agrícolas e não agrícolas e o sistema de crédito associado a praticidade no processo de trabalho, oportuniza ganho em tempo real das atividades principais e que o tempo que seria ocioso, investe-se em atividades que oportunizam novas descobertas e agregação de valor ao local.

A Unidade em investigação se assemelha com o estudo de Kuhn (2015) em que os elementos de infra estrutura são fatores que estimulam o desenvolvimento, oportunizando melhorias da Unidade de Produção que vem a contribuir para o desenvolvimento local e regional, absorvendo uma forma mais completa das relações sociais e uma melhor qualidade de vida que permeiam o ambiente em análise.

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4.2.3 Síntese da Unidade de produção 3

Como fatores externos que influenciaram na trajetória desenvolvida na unidade há a eventual intervenção do Estado nas novas práticas e culturas, o ingresso e interesse de indústrias e sistemas integrados na região, novas oportunidades de mercado, sobretudo, no sistema atual. Em relação ao Sistema 1, ocorreu de 1970 até 1990, quando inúmeros fatores externos interferiram no ambiente interno da propriedade. A presença da energia elétrica, água encanada, telefonia, instabilidade econômica, perda de credibilidade dos governos, inflação, desvalorizações do preço agrícola, interferiam na necessidade de aumentar a renda e modernizar algumas estratégias internas, apresentados na Figura 3.

Figura 3: Síntese da Unidade de Produção em Estudo Fonte: dados primários (2015)

Nesse sentido, ocorreu à compra de equipamentos em grupos de sociedade. Isso foi baseado no apoio intensivo do Poder Público para aquisição de novas tecnologias, orientação da Emater para aquisição de financiamento e gestão da propriedade, período em que foram desenvolvidas novas variedades de sementes de plantio. Com a instabilidade da economia, inflação, afetou a atividade de suinocultura, sendo uma atividade de baixa remuneração, motivo este indispensável para a migração para uma outra atividade, ou seja, a atividade leiteira.

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Em relação ao Sistema 2, que compreende os de 1990 até o ano 2000, foi à década de adaptação da moeda nacional, orientações a atividade produtiva, ajustes nas contas públicas que de certa forma limitava investimentos maciços no meio rural. Nesse sentido, a independência financeira do agricultor, ocorreu à busca por facilidade nos processos de trabalho, melhoria da genética do plantel leiteiro. Ao mesmo tempo surgiram as assistências técnicas decorrente da profissionalização do ensino na região em nível técnico e superior, orientando sobre rotação de culturas, sementes transgênicas, novas tecnologias, novos inseticidas. A disseminação do conhecimento ocorreu por meio de orientações do cooperativo crédito e cerealistas, incentivo do governo municipal e estadual para o fomento de agroindústrias. Foram essas as mudanças que ocorreram na transição para o sistema 3.

Na estrutura do Sistema 3, que representa entre 2000 até 2006, representa modificações na unidade de produção agrícola foi de 6 anos. Esse cenário ocorreu por meio do fechamento da agroindústria de suínos, que ocorreu devido a falhas de gestão. Por outro lado, como estratégia de diversificação foi necessário desenvolver atividades que fosse do conhecimento dos produtores para manter essa terceira fonte de remuneração. Foi de acordo com a necessidade que ideias surgiram e desenvolveram produtos artesanais e coloniais com a produção de massas. Sendo assim, a elevação dos custos provocou modificações no sistema interno na propriedade rural. A mesma passou a ser observada como Unidade de Produção Agrícola, a gestão rural vem sendo apresentada como forma técnica capaz de identificar novos processos e alocação de recursos, bem como a importância dos custos em propriedades rurais. A autonomia dos negócios torna-se relativo de cada unidade e o setor privado ganha importância no processo de orientação e capacitação.

O estudo vai ao encontro das investigações de Grisa, Gazola e Schneider (2010), esclarecem que “muitas das ações locais fortalecem o padrão hegemônico de desenvolvimento agrícola e, assim, contribuem para o aprofundamento da mercantilização social e econômica da agricultura familiar”.

4.3 Discussão

Ao investigar as sínteses das propriedades localizadas no Distrito 3 de Marau-RS, pode-se perceber que ambas apresentavam características semelhantes, em relação ao modo de trabalho e condução dos negócios. A trajetória exercida as atividades principais e o trabalho assalariado em época de sazonalidade constituíam uma oportunidade de ganhos extras em um período de escassez de recursos tecnológicos, econômicos e sociais.

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Os elementos externos a trajetória identifica entre ambos constata que a crise econômica enfrentada pelos governos militares e no início da democracia impactava em termos gerais, em especial aos pequenos agricultores com limitações a infra-estrutura, saúde, educação, renda e outros indicadores que interferiam no desenvolvimento das famílias e conseqüentemente da localidade. Após a estabilização da moeda e medidas de ajustes fiscais, percebeu-se que para retomar o crescimento foi ofertada linhas de crédito a juros acessíveis, carência para pagamento o que oportunizou a adoção de tecnologias que customizasse o trabalho e a adoção de atividades extras capazes de agregar valor a propriedade objetivando a permanência do agricultor no campo.

A preocupação dos órgãos públicos e entidades sindicais no início da trajetória do sistema inicial de produção como eram latentes, visto que desenvolveram a região por meio de cursos e incentivos a produção que se pode considerar que contribui para o desempenho do agronegócio municipal, estadual e brasileiro, e fez ser reconhecido como pioneira no projeto de microbacias, fundamental para a época no desenvolvimento do plantio direto. Gradativamente, essas entidades foram perdendo significância e ganhou escopo as instituições financeiras, cooperativismo de crédito, intervenção do poder público municipal que buscou de forma incansável ofertar subsídios e modificar a condição do homem do campo, deixando de ser colono e exercendo a função de agricultor familiar, sendo uma das principais trajetórias conquistadas.

Nessa modificação da agricultura familiar, uma trajetória de melhoria qualidade de vida no meio rural e em decorrência custos operacionais para manutenção da propriedade. Foi possível constatar que os agricultores investigados mesmo na informalidade foram capazes de criar estratégias de sobrevivência, aos quais foram e continuam sendo fatores favoráveis para a permanência dos mesmos na agricultura. Nesse sentido foi possível a geração do Sistema de Produção 4 que originou o trabalho das agroindústrias de massas, artesanato e extração de mel, trabalho este de conhecimento desde a infância aos quais para ambos a forma de aprendizagem foi adquirida em parceria com os valores e princípios herdados de seus pais e avós.

Ao comparar os Sistemas de Produção 1, 2 e 3 os produtos industrializados ganhavam destaque, o processo se inverte no Sistema de Produção 4, fazendo com que os produtos artesanalmente fabricados em cada Unidade de Produção Agrícola apresentam uma renda satisfatória para a sustentação da família. Outra trajetória que merece atenção e destaque foi observada que os investigados não pretendem continuar essa função do Sistema de Produção

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4 por um longo período. Afirmam que pretendem continuar até formar os filhos na Universidade, até conquistar a aposentadoria rural. Suas justificativas vêm à tona o cansaço acumulado ao longo dos anos, desde o período em que exerciam o trabalho manual na agricultura e todos os desafios políticos e econômicos enfrentados para poder sobreviver no meio rural.

Para o Distrito 3 essas atividades são de suma importância pois com renda extra na Unidade de Produção Agrícola torna essas famílias com maior ênfase na participação na localidade e contribuindo para assuntos de liderança e trabalhos voluntários que são exercidos. Em relação à tecnologia e informação, pode-se constatar que o agricultor utilizou-se de parcerias para os processos no meio rural apreutilizou-sentando trajetórias mais longas dentro de cada sistema e com maior volume de atividades. O que pode estar associado a esse cenário deve-se ao fato de que as limitações e ausência de recursos apresentados no início da trajetória inicial impactaram de forma contínua nas demais trajetórias que compõem os sistemas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao identificar a trajetória das unidades de produção agrícola do distrito 3 pertencente ao município de Marau-RS, com base na abordagem dos sistemas agrários e as tipologias dos sistemas de produção, foi possível constatar que as trajetórias são enfrentadas de forma semelhantes porém nota-se que a informação e a tecnologia são responsáveis por incentivar a empreender, buscar qualificação, contatos, fazendo com que as trajetórias dos sistemas de produção ocorressem em longo período de tempo.

Sugere-se que o poder público de atenção ao Distrito que carece de infra estrutura para a saúde, que vem a contribuir para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de doenças para a população local e regional. Outro fator importante, que órgãos de pesquisa e extensão, instituições financeiras e poder público orientem essas propriedades, assim como outras que estão estabelecidas nesse eixo econômico para modernizarem suas atividades e aprimorarem as técnicas de trabalho que exercem no Sistema de Produção 4, pois nota-se que em virtude da renda dessa trajetória atual garantem sustentabilidade financeira e permanência no meio rural.

Outra sugestão é que criar o projeto de Educação de Jovens e Adultos para tornar a região mais qualificada e posteriormente com acesso a tecnologia buscar cursos de aperfeiçoamento. Sugere-se que esse estudo seja utilizado em outros segmentos do agronegócio como em outras unidades produtivas, a cerca de aprofundar os estudos referente à tipologia dos sistemas de produção.

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