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Processo de Licenciamento Ambiental N.º PL Pedido de elementos adicionais Cimpor- Centro de Produção de Alhandra

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Academic year: 2021

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Rua da Murgueira, 9/9A – Zambujal Ap. 7585 – 2610-124 Amadora

Tel: (351)21 472 82 00 Fax: (351)21 471 90 74

Assunto:

Processo de Licenciamento Ambiental N.º PL20200122000140

Pedido de elementos adicionais

Cimpor- Centro de Produção de Alhandra

No âmbito do processo de licenciamento único de ambiente da instalação Cimpor- Centro de Produção de Alhandra - PL20200122000140, submetido no Módulo LUA interoperável com o Balcão do Empreendedor, solicita-se a V. Exas., na qualidade de requerente do mencionado processo, os elementos adicionais identificados pelas entidades licenciadoras no domínio de ambiente dos regimes de avaliação de impacte ambiental (AIA), incineração de resíduos (INC) e comércio europeu de licenças de emissão (CELE).

Os elementos solicitados têm a finalidade de corrigir/complementar a informação já apresentada no processo LUA, pelo que, deverá submeter a informação solicitada diretamente no formulário LUA, editável, na área “Licenciamento Único > Processos > PL20200122000140” da plataforma SILiAmb, no prazo máximo indicado na plataforma para o efeito, e dar conhecimento dos mesmos à Entidade Coordenadora. Para o efeito dispõem de um prazo de 45 dias úteis após notificação da plataforma.

O carregamento dos elementos adicionais na plataforma SILiAmb é fundamental, de forma a garantir a disponibilização da documentação necessária ao portal Participa, dado que o presente processo envolve a realização de Consulta Pública. Alerta-se que, todos os elementos constantes do pedido de licenciamento ambiental são alvo de consulta pública, sendo os mesmos divulgados no portal Participa, com a exceção dos documentos objeto de segredo comercial ou industrial, que devem ser tratados de acordo com legislação aplicável, pelo que, caso qualquer um dos elementos a apresentar (ou já apresentados) se enquadre nesta situação deverá ser apresentada justificação fundamentada e ser devidamente identificados. No caso de existirem novos elementos a apresentar, que sejam objeto de segredo comercial ou industrial deverão os mesmos ser apresentados à parte e ser devidamente identificados como tal.

Solicita-se ainda que, caso algum dos pontos do pedido de elementos não seja respondido, seja apresentada a respetiva justificação.

Mais se informa que foi dado conhecimento do presente pedido de elementos adicionais à respetiva Entidade Coordenadora (EC).

Assim, em conformidade com o exposto, solicita-se:

Relativamente aos regimes AIA e INC:

1. Aspetos gerais

1.1 Disponibilizar a informação da delimitação da área de implantação do projeto em formato “shapefile” (ESRI) no sistema de coordenadas oficial de Portugal Continental PT-TM06ETRS89 (EPSG:3763).

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2. Aspetos técnicos do projeto

2.1 Apresentar informação sobre procedimentos de controlo associados ao funcionamento do pórtico de deteção de radioatividade da fábrica.

2.2 No âmbito da informação apresentada no Quadro Q40A do Formulário, e tomando por base a tabela constante das páginas 4 e 5 da edição 10 do Manual de Exploração da atividade de coincineração na fábrica CIMPOR Alhandra (em anexo), solicita-se a apresentação de versão da tabela em apreço atualizada nos seguintes termos:

- Inserção de coluna adicional respeitante à instalação associada, de acordo com nomenclatura adotada no referido Manual – Capítulo III, Secção 01;

Inserção de coluna adicional respeitante à classificação, quando aplicável, dos resíduos existentes e propostos como Biomassa/Biorresíduos nos termos do previsto no Regime Jurídico de Gestão de existentes. Sugere-se a consulta do documento, “Resíduos

excluídos do âmbito de aplicação do RGGR“ disponível em:

https://apambiente.pt/index.php?ref=16&subref=84&sub2ref=254&sub3ref=970; - Inserção, a cor diferente, de informação respeitante às atualizações nas diferentes áreas

abrangidas pelo projeto em avaliação;

- Relativamente aos LER existentes e propostos, incluir menção à respetiva natureza interna (origem com mesmo NIPC) ou externa;

- Indicar para cada LER ou conjunto LER o PCI (MJ/kg) contratualizado para efeitos de valorização energética na fábrica – incluir coluna adicional na tabela supra, caso necessário;

2.3 Clarificar se serão instalados novos equipamentos, com indicação de instalação onde se integram, de acordo com nomenclatura adotada no Manual de Exploração acima referido. 2.4 Tomando em consideração os diferentes circuitos existentes de condução dos resíduos aos

queimadores principais dos Fornos 6 e 7, “falsa” pré-calcinação do forno 6 e pré-calcinador

do forno 7, solicita-se a apresentação de diagrama esquemático 1com evidenciação:

a) Dos diferentes circuitos, tomando por base nomenclatura de instalações adotada no Manual supra referido, com representação da capacidade dos equipamentos, armazenagem associada e capacidade de débito nas telas transportadoras e subsequente capacidade de injeção nos queimadores/pré-calcinação – referir o ponto de controlo de capacidade utilizado pela equipa de supervisão de processo da fábrica. Deverão ser evidenciados os pontos de eventual confluência dos circuitos e se partilham a ligação final aos fornos (queimador e pré-calcinador) ou se são injeções individualizadas;

b) Identificar LER atuais e propostos (a cor diferente) – podem ser utilizadas notas rodapé com ligação à Tabela acima referida para facilitar apresentação da informação. Seria importante articular a informação com os Fluxos Fonte CELE.

2.5 É referido na página 33 do Manual atrás mencionado que a quantidade de resíduos alimentada aos Fornos é “(…) registada automaticamente, e em contínuo, no sistema de supervisão e controlo WinCC”. Neste sentido e no respeitante à verificação interna da taxa de substituição de combustíveis fósseis por resíduos, solicita-se informação sobre se a

1 Pode ser utilizado como modelo o diagrama esquemático em anexo ao TEGEE da fábrica, intitulado DIAGRAMA DOS FLUXOS FONTE DO CPA NO ÂMBITO DO CELE.

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mesma é apurada de forma contínua. Caso não seja, indicar a instrução operatória instituída atualmente e caso não esteja implementado o regime contínuo, indicação se esse cenário é possível.

2.6 Relativamente ao processo de colheita de amostras e subsequentes ensaios realizados no âmbito dos resíduos utilizados para valorização energética, confirmar os procedimentos atualmente instituídos tomando por base anexos TEGEE e indicar procedimentos que serão aplicáveis aos novos resíduos propostos.

2.7 Apresentação de informação sobre eficiência energética do processo, tomando por base a queima de resíduos e respetiva contribuição teórica Vs. real de calor ao processo.

3. Ordenamento do território

Descrição do projeto

3.1 Apresentar cópias das licenças/títulos emitidos para as construções/edificações existentes e indicar os respetivos usos/parâmetros urbanísticos objeto de licenciamento camarário (áreas de implantação e de construção, n.º de pisos/altura da construção, área de impermeabilização, n.º de lugares de estacionamento e sua localização, com correspondência aos edificados/construções identificados na planta do projeto (a escala adequada).

O EIA deve integrar uma planta com identificação clara de todas as edificações/construções abrangidas por licenças/títulos e aquelas que não estejam cobertas por licenciamento e que integram o projeto/unidade.

3.2 Elaborar um quadro de áreas com os valores totais (globalidade do estabelecimento) e parciais (alterações), devidamente identificados como existências licenciadas (c/ referência ao n.º das licenças) e novas edificações/ações.

Dos referidos valores devem constar as áreas de implantação, construção, impermeabilização (coberta e não coberta), altura máxima das edificações/alturas e volumetria, com correspondência em planta ao respetivo edificado/estruturas.

3.3 Apresentar planta com sobreposição exata e pormenorizada das ações existentes e previstas nas classes/categorias de espaço abrangidas no PDM.

Caracterização da situação atual

3.4 Atualizar os diplomas legais que procederam à alteração do PDM, nomeadamente com o Aviso n.º 123851/2019, de 12/08/2019.

3.5 Corrigir as referências ao articulado do regulamento do PDM aplicável às classes/categorias de espaço, tendo por base a republicação pelo Aviso n.º 12851/2019, de 12/08.

3.6 Quantificar a área de terreno afeto a cada classe/categoria de espaço do PDM e, em quadro síntese, indicar o edificado e outros elementos que recaem em cada uma das referidas classes/categorias de espaço.

3.7 No âmbito da Reserva Ecológica Nacional (REN), deverá o proponente:

a) Atualizar os diplomas legais referentes ao Regime Jurídico da REN em vigor e os diplomas legais referentes à Carta de REN de Vila Franca de Xira em vigor;

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b) Considerando que na área do projeto estão localizadas partes de duas áreas excluídas da REN através da Portaria n.º 1374/2009, de 29 de outubro (números de ordem 185 e 423), verificar se a pretensão em avaliação corresponde aos fins para os quais as áreas foram excluídas;

c) Avaliar a possibilidade de voltar a ter a céu aberto, na área da propriedade, a linha de água integrada na REN com o traçado considerado na Carta da REN publicada em Diário da República;

d) Em caso negativo, efetuar o levantamento das ações existentes na área da propriedade que tiveram lugar no leito da linha de água integrada na REN, designadamente parques de estacionamentos – incluindo o parque de empreiteiros e outros (cobertos ou descobertos) - e acessos, aludindo à sua legalidade e eventual necessidade de regularização;

e) Caso se verifique que a pretensão em avaliação não corresponde aos fins para os quais as áreas números 185 e 423 foram excluídas, ou que as ações existentes na área da propriedade que tiveram lugar no leito da linha de água integrada na REN careçam de regularização, deve ser efetuado o completo enquadramento de cada uma dessas ações no Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, na sua redação do Decreto-Lei n.º 124/2019, de 28 de agosto (regime jurídico da REN em vigor), e na Portaria n.º 419/2012, de 20 de dezembro, ou na Portaria que estiver em vigor à data, nomeadamente, nos seguintes termos:

i. Que ações interditas foram realizadas, carecendo de legalização, ou serão

realizadas nos termos do n.º 1 do artigo 20.º do regime jurídico da REN em vigor, designadamente a destruição do revestimento vegetal, as escavações e aterros, as vias de comunicação, e as obras de urbanização, construção e ampliação, nas quais devem ser incluídas as áreas impermeabilizadas;

ii. Se, com essa(s) ação(ões), são colocadas em causa, cumulativa e especificamente,

as funções do “limite do estuário do Tejo englobando a faixa de proteção (200 m)” e das “outras linhas de água”, que presentemente se intitulam respetivamente “águas de transição e respetivos leitos, margens e faixas de proteção” e “cursos de águas e respetivos leitos” (ou da tipologia que estiver em causa), nos termos do anexo I do referido Decreto-Lei, por função (no caso da análise efetuada noutros fatores ambientais se aplicar à REN, deverão ser transcritos neste fator ambiental os aspetos relevantes/as respetivas conclusões);

iii. Se, na(s) tipologia(s) de REN interferida(s), a(s) ação(ões) estará/ão/ia/iam sujeita(s)

a comunicação prévia, considerando o disposto no n.º 7 do artigo 24.º daquele Decreto-Lei, ou se estariam isentas de comunicação prévia (ver anexo II);

iv. Se, caso existam, são observadas as condições para a viabilização da(s) ação(ões),

atendendo às disposições do Anexo I da Portaria n.º 419/2012;

v. Se, na(s) tipologia(s) de REN interferida(s), terá(ia) de se obter parecer obrigatório e

vinculativo da APA, nos termos do n.º 5 do artigo 22.º do regime jurídico da REN e do Anexo II da Portaria n.º 419/2012, atendendo à particularidade do projeto estar a ser sujeito a procedimento de AIA (ver n.º 3 do artigo 5.º daquela Portaria).

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Avaliação dos impactes ambientais e medidas de minimização

3.8 Enquadrar e avaliar a pretensão face ao articulado do regulamento do PDM aplicável às classes/categorias de espaço do PDM, tendo por base a republicação pelo Aviso n.º 12851/2019, de 12/08.

3.9 Foi efetuado o enquadramento do projeto nas disposições aplicáveis do Regulamento do PDM, contudo a avaliação/aferição de conformidade não é clara sobre a forma como avalia o projeto na sua globalidade, isto é, considerando a unidade existente e a ampliação/alteração prevista.

Independentemente da necessidade de evidência dos títulos emitidos e da confirmação/validação da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira relativamente aos licenciamentos ocorridos, o EIA terá de demonstrar inequivocamente a conformidade com as disposições aplicáveis do PDM, com todas as normas aplicáveis.

Assim, deve ser demonstrada a conformidade da globalidade do projeto (pré-existências + alteração/ampliação), demonstrando e explicitando no EIA e em planta os cálculos realizados face às disposições do Regulamento aplicáveis às classes/categorias de espaço e o restante articulado.

3.10 Avaliar a pretensão face às orientações/normativos do PROTAML aplicáveis.

4. Recursos hídricos superficiais e subterrâneos

Descrição do projeto

4.1 Descrever e caracterizar os sistemas de tratamento de águas residuais e pluviais contaminados instalados no Centro de Produção de Alhandra.

4.2 Apresentar peça desenhada com a implantação das redes de drenagem das águas residuais domésticas, de efluentes industriais, das águas pluviais contaminadas e das águas pluviais não contaminadas da instalação. A planta a apresentar deverá ser devidamente legendada e diferenciar a traço de cor diferente a rede de drenagem correspondente a cada tipologia/origem de águas residuais. Na planta devem, ainda, estar identificados todos os sistemas de tratamento, assim como todos os pontos de descargas (meio hídrico -ribeira de Santo António e rio Tejo e/ou solo). A planta deve ainda integrar os by-pass da ETAR existentes, com indicação das condições de entrada em funcionamento dos mesmos. 4.3 Descrever o sistema de retenção implementado para prevenir a existência de interrupções

de funcionamento na ETAR, nomeadamente aquando da ocorrência de falhas no tratamento, uma vez que as águas residuais não têm a qualidade adequada para descarga no meio recetor.

4.4 Indicar a quantidade de águas residuais domésticas produzidas antes e após a implementação do projeto em avaliação.

4.5 Esclarecer qual o consumo de água subterrânea previsto na unidade industrial após a implementação do projeto em causa.

4.6 Descrever as condições da armazenagem de resíduos CA5 e CA6 e apresentar evidências dessas condições (por exemplo, registo fotográfico).

4.7 Indicar, com a implementação das obras de alteração/ampliação, qual é o acréscimo de área impermeabilizada.

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4.8 Enquadrar e avaliar a viabilidade do projeto no âmbito da Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro e da Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, na sua atual redação, e ainda no âmbito do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, na sua atual redação.

Neste contexto, salienta-se a existência de dois autos de delimitação requeridos por Sociedade Ibérica de Oleaginosas, SARL IBEROL (proc_cdpm 3502/76), publicado - auto_dr CDR III, N.º 233, 10-10-78- e por Sociedade Ibérica de Oleaginosas (proc_cdpm 3524/77), publicado - auto_dr CDR III, N.º 59, 11-3-80. Os autos supra referidos determinam que a margem das águas estuarinas é pública correspondendo à margem das águas navegáveis ou flutuáveis, conforme disposto na Lei n.º 54/2005, de 15 de novembro, localizando-se assim em domínio público hídrico e, como tal, gozando da presunção pública.

A utilização desta parcela da margem carece de um título de utilização de recursos hídricos nos termos do regime de utilização de recursos hídricos, estabelecido no Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, na sua versão atual. Nos termos do referido regime, a realização de construções só é permitida se cumpridas as condições dispostas no artigo 62.º a serem acauteladas na execução do projeto.

Caracterização da situação atual

4.9 Identificar e caracterizar as massas de água superficiais onde se localiza a área de implantação do projeto de acordo com o PGRH do Tejo e Ribeiras do Oeste (2º Ciclo). 4.10 Apresentar uma caraterização de referência da qualidade das águas subterrâneas, com

base na análise à captação subterrânea do proponente (Título A013254.2018.RH5A), aos seguintes parâmetros: pH, Temperatura, Condutividade, Nitratos, Azoto amoniacal, Sulfatos, Cloretos, Oxigénio dissolvido (% de saturação), CQO, CBO5, cádmio, chumbo, cobre, crómio, mercúrio, níquel, zinco, arsénio, ferro, hidrocarbonetos dissolvidos e emulsionados, HAP, BTEX; PCB’s (hidrocarbonetos clorados); Estreptococos fecais, Coliformes fecais e totais.

Avaliação de impactes ambientais e medidas de minimização

4.11 Tendo em consideração a Figura 4.7.2, na página 4-85 do EIA, relativamente à armazenagem de resíduos CA1, avaliar os impactes na qualidade das águas subterrâneas, resultantes da infiltração das escorrências laterais (ao longo do perímetro da área a descoberto da zona de armazenagem), no solo, tendo em conta a vulnerabilidade Alta da área do projeto, conforme determinada no capítulo da Caraterização de Referência.

4.12 Identificar e avaliar os impactes induzidos pelo projeto na qualidade das águas superficiais, nomeadamente, no que respeita à produção de águas residuais domésticas e de águas pluviais suscetíveis de contaminação.

4.13 Avaliar os impactes resultantes do eventual transbordo das águas estuarinas. Para o efeito, considera-se determinante o conhecimento da altimetria do terreno, devendo ser efetuada uma avaliação da suscetibilidade da área à inundação e ao galgamento, tendo em consideração os fatores:

- Subida do nível médio do mar; - Nível de maré máximo; - Sobrelevação meteorológica;

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- Cota da maior cheia conhecida, determinada a partir de marcas de cheia, registos e dados cartográficos disponíveis.

4.14 Prever a implementação de um sistema de recolha das águas pluviais da área a descoberto da zona de armazenagem CA1 para condução a tratamento, tendo em conta a avaliação de impactes solicitada no ponto 11.

4.15 Apresentar proposta de eventuais medidas efetivas de minimização de impactes, em resultado das avaliações solicitadas no ponto 12.

4.16 Apresentar um programa de medidas de prevenção de acidentes e de emergência na ETAR, com vista à proteção do meio recetor.

O referido programa de medidas deve integrar as plantas finais das redes de drenagem de águas residuais, pluviais contaminadas ou outras afluentes à ETAR, nas quais devem estar identificados todos os by-pass existentes, com indicação das condições de entrada em funcionamento dos mesmos. O programa terá ainda que contemplar um órgão de retenção para águas residuais indevidamente tratadas (cujo tratamento não atingiu o resultado adequado), com uma capacidade mínima correspondente a 10 horas de laboração, que possam vir a pôr em causa a qualidade das águas residuais tratadas. O programa deve também descrever o procedimento de atuação, caso seja atingido o volume máximo do referido órgão de retenção.

4.17 Face ao solicitado no ponto 13, apresentar eventuais medidas de minimização.

5. Saúde humana

Descrição do Projeto

5.1 Indicar o número de dias de laboração efetiva, uma vez que periodicamente são feitas paragens programadas para manutenção e por gestão do mercado.

5.2 Indicar o período de vida útil do Projeto.

Caracterização da situação atual

5.3 Esclarecer se os valores de emissão utilizados no modelo de dispersão de poluentes atmosféricos dizem respeito aos 365 dias do ano ou aos dias de laboração efetiva.

5.4 Referir o número de trabalhadores que ficarão afetos à atividade de coprocessamento. 5.5 Apresentar os resultados dos últimos anos, das avaliações periódicas nos postos de

trabalho da exposição ambiental dos trabalhadores a ruído e a poeiras respiráveis e inaláveis.

5.6 Prever a realização do estudo do efeito cumulativo dos poluentes ao longo da vida e avaliar probabilidade de desenvolvimento de patologias do foro respiratório, cardíaco, rins ou fígado e de doenças cancerígenas e não cancerígenas.

5.7 Apresentar um Plano de Segurança e Saúde relativo às obras que vão ser realizadas. 5.8 Apresentar cartografia que permita uma fácil e adequada leitura dos cenários considerados

na análise de risco da saúde humana para identificação das áreas estudadas e dentro destas das mais expostas.

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Avaliação de impactes ambientais e medidas de minimização

5.9 Avaliar os potenciais impactes do odor e poeiras das operações de descarga dos resíduos. 5.10 Identificar os impactes cumulativos que decorrem da presença deste Projeto com outros

previstos ou existentes, nos descritores em que não foram considerados, quando aplicável. 5.11 Prever a implementação de um programa de monitorização de saúde pública, como

garantia da proteção da saúde das populações envolvidas e de corroboração das conclusões da análise de risco para a saúde humana, tendo como base um modelo de vigilância epidemiológica.

5.12 Prever, após a implementação do projeto, a realização da avaliação periódica, inicialmente com maior frequência, dos parâmetros ruído e poeiras respiráveis e inaláveis, nos postos de trabalho, nomeadamente dos trabalhadores que ficarão afetos à atividade de coprocessamento.

6. Reformulação do Resumo Não Técnico (RNT)

6.1 Apresentar a informação constante do capítulo “Impactes Ambientais, Medidas de Minimização e Monitorização” com maior pormenorização, uma vez que se considera que a mesma está demasiado superficial não permitindo uma correta identificação e análise das medidas de minimização.

6.2 O Resumo Não Técnico (RNT) reformulado deverá refletir a informação adicional solicitada no âmbito da avaliação técnica do EIA.

Em relação ao regime CELE:

Tendo em consideração o V/ pedido de atualização de TEGEE e as disposições do Regulamento (UE) n.º 601/2012, de 21 de junho (Regulamento da Monitorização e doravante designado Regulamento), alterado pelo Regulamento de Execução (UE) n.º 2018/2066, de 19 de dezembro de 2018, solicita-se a V/ melhor atenção para o seguinte:

1. Secção D.7.e) – Laboratórios e métodos – Foram adicionadas 13 novas referências a laboratórios/métodos de análises laboratoriais na presente secção em relação ao TEGEE atualmente em vigor, não se tendo verificado qualquer alteração nos campos refª da análise da secção E8 para qualquer fluxo-fonte, razão pela qual se solicita esclarecimento sobre esta alteração.

2. Anexo7a2_AnS_TEGEE2013-2020_CPA_30dez2019 – Foram identificados alguns pormenores relativamente à lista de códigos LER identificados no anexo em questão, para os quais se solicita o devido esclarecimento e/ou correção:

a) Os códigos LER 02 04 01, 20 01 08, 02 05 01, 02 06 01, 20 01 08, 20 03 02 e 02 03 07 não se encontram identificados no Formulário de Licenciamento preenchido no âmbito do processo PL20200122000140, pelo que a manter-se esta situação, a utilização destes resíduos não poderá ser aceite no âmbito do CELE;

b) Os códigos LER 02 07 01, 15 01 01, 20 01 01 e 19 08 05 foram identificados como estando associados a dois ou mais fluxos-fonte, entre eles F4 – Biomassa, F5 – Resíduos Sólidos Urbanos e Resíduos Industriais Banais e F7 – Resíduos de origem interna, pelo que deverá

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esclarecer como é garantida a não contaminação/mistura entre estes resíduos com o mesmo código LER e com metodologias de monitorização distintas;

c) O operador deverá esclarecer no documento qual a relação dos códigos LER 19 12 04 e 19 12 12 com o fluxo-fonte Pneus Usados (código LER 16 01 03);

d) De referir que para efeitos de utilização da metodologia associada ao fluxo-fonte F4 Biomassa, atualmente em vigor nos termos do TEGEE, deverá o operador garantir o cumprimento das disposições do Regulamento sobre este tema, nomeadamente do n.º 1 do artigo 38.º, e garantir que os resíduos em questão não se encontram contaminados e são constituídos exclusivamente por biomassa. Em caso de dúvida sobre constituição ou contaminação de um determinado resíduo abrangido pelo fluxo-fonte F4 Biomassa, deverá o operador recorrer a análises laboratoriais.

i. O código LER 19 08 05 - Lamas do tratamento de águas residuais urbanas está

identificado, de acordo com o suprarreferido anexo, como sendo composto exclusivamente por biomassa, uma vez que fazem parte da lista de LERs associados ao fluxo-fonte F4 – Biomassa, para o qual é atribuído um fator de emissão de zero. Assim, e numa perspetiva de melhoria contínua do processo, importa esclarecer, nos termos do n.º 1 do artigo 38.º do Regulamento, de que forma pode o operador garantir que este material não se encontra contaminado e é constituído exclusivamente por biomassa.

Referências

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