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Instituições de ensino superior e ambientes informacionais digitais: ensino-aprendizagem e serviços Web 2.0

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Instituições de ensino superior e ambientes informacionais digitais:

ensino-aprendizagem e serviços Web 2.0

Dra. Caroline Kraus Luvizotto (Unesp / Marília) caroline@marilia.unesp.br Ms. Elvis Fusco (Univem / Marília) fusco@univem.edu.br

Resumo

Este artigo descreve como as ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0 podem ser utilizadas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) para promovê-la, divulgar seus referenciais didáticos e pedagógicos e, sobretudo, disponibilizar e compartilhar conteúdos educacionais na Internet, potencializando assim o processo de ensino-aprendizagem. O uso de recursos da Web 2.0 proporciona um ambiente mais colaborativo e permite ao aluno participar de modo mais ativo e dinâmico do processo de ensino-aprendizagem em meio digital, bem como, possibilita uma maior interação com a IES a qual pertence, por meio do uso de ferramentas que facilitam a construção do conhecimento em espaços informacionais digitais.

Palavras-chave: Educação, Web 2.0, Instituições de Ensino Superior.

College institutions and digital informational environments:

education-learning and Web 2.0 services

Abstract

The present work is intended for describing how the tools available by Web 2.0 can be used by universities in order to promote them, divulge their didactic and pedagogic references and especially make available and share education contents on Internet, thus escalating the teaching-learning process. The use of Web 2.0 resources provides a more collaborative environment and allows students to participate actively and dynamically of the teaching-learning process in digital environment, as well as enabling a greater interaction with the universities to which they belong by using tools to facilitate the construction of knowledge in digital information spaces.

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1 Introdução

As novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) promoveram mudanças e reformularam a relação entre alunos e professores. Neste contexto, o papel da escola como meio social foi revisto, bem como, as relações existentes nesse meio, uma vez que se diversificaram os espaços de construção do conhecimento, surgiram novos processos e metodologias de aprendizagem, levando a escola a um novo diálogo com os indivíduos e com o mundo.

Essa realidade não é diferente para Instituições de Ensino Superior (IES). Seu papel na sociedade é questionado constantemente e um dos pontos centrais do debate é como a IES pode proporcionar um ensino mais ativo, dinâmico e colaborativo aos seus universitários, cumprindo assim sua missão de educar.

Diante das exigências de um mundo cada vez mais globalizado e dependente do uso de TICs é de extrema importância disponibilizar o conhecimento a um número cada vez maior de pessoas e, para isso, faz-se necessário o uso de ambientes de aprendizagem que proporcionem reflexão, criticidade, desenvolvimento de pesquisas, por meio do uso de ferramentas instigadoras, facilitadoras da aprendizagem, de modo permanente, autônomo e colaborativo.

Neste cenário, a Internet constitui um meio que proporciona importantes possibilidades pedagógicas. É um meio que permite a inter e a pluridisciplinaridade, oferece caminhos para uma educação global, estimula e coloca em prática processos de tratamento da informação, dos conteúdos e programas de cada nível. Além disso, a Internet possibilita a utilização de ambientes apropriados para aprendizagem, ricos em recursos que proporcionam as mais diversas experiências pelo usuário (VALENTE, 2000).

O uso da Internet pelas IES tornou-se muito mais intenso e efetivo com o desenvolvimento da Web 2.0, a segunda geração de serviços online, caracterizada por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de expandir os espaços para a interação entre os participantes desse processo (O’REILLY, 2005).

Considerando as novas ou potencializadas formas de publicação e circulação de informações que a Web 2.0 apresenta no processo coletivo para a organização, disseminação e recuperação de documentos digitais, este artigo descreve como as ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0 podem ser utilizadas pelas Instituições de Ensino Superior para promovê-la, divulgar seus referenciais didáticos e pedagógicos e, sobretudo, disponibilizar e

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compartilhar conteúdos educacionais na Internet, potencializando assim o processo de ensino-aprendizagem.

O uso de ferramentas Web 2.0 possibilita criar ambientes de aprendizagem voltados para a socialização, para a solução de problemas, com gestão compartilhada de informações, bem como o uso e manutenção de uma memória coletiva. Neste contexto, pode-se dizer que a Web 2.0 tem repercussões sociais e educacionais importantes, que fortalecem os processos de trabalho coletivo, de produção e circulação de informações, a troca afetiva e a construção social de conhecimento apoiada pelas tecnologias de informação e comunicação. São essas formas interativas e as ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0, aqui particularmente, utilizada pelas IES, mais do que os conteúdos produzidos ou as especificações tecnológicas em questão, que serão apresentadas nesse artigo.

2 Caracterizando a Web 2.0

No início a Internet procurava explorar, tanto técnica como financeiramente, todas as possibilidades oferecidas pela rede mundial. Com seu amadurecimento, a Internet avançou para uma Web de valor mais significativo para o usuário. Aproveitando recursos tecnológicos atualmente disponíveis, como a popularização da banda larga e desenvolvimento de linguagens novas, foi possível criar aplicativos que modificaram significativamente os hábitos dos usuários e, neste contexto, destaca-se a Web 2.0 (VALENTE; MATTAR, 2007).

O’Reilly (2005) utilizou o termo Web 2.0 para descrever as tendências e modelos de negócios que sobreviveram ao “crash” do setor de tecnologia dos anos 90. De acordo com Maness (2007, p. 43) todas as companhias e serviços que sobreviveram tinham certas características comuns: “eram colaborativas por natureza, interativas, dinâmicas, e a linha entre criação e consumo de conteúdos nesses ambientes era tênue (usuários criavam o conteúdo nesses sites tanto quanto eles o consumiam)”.

Web 2.0 é o nome usado, por exemplo, para descrever a segunda geração da World Wide Web, baseada em inteligência coletiva, isto é, na construção coletiva do conhecimento. Por meio da interação, comunidades criadas em torno de interesses específicos poderão apoiar uma causa, discutir temas individuais ou de relevância coletiva, levar a opinião pública à reflexão sobre qualquer assunto, ensinar e transmitir conteúdos informacionais, disseminar informações culturais, entre muitas outras ações. Pessoas físicas, movimentos populares,

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instituições, governos, empresas, grupos culturais e acadêmicos, entre muitos outros, já estão incorporando esta cultura para gerar conhecimento.

Em lugar de simplesmente visualizar as informações em páginas da Web estáticas, os usuários agora publicam conteúdo próprio nos Blogs, Orkut, Twitter, Facebook, Linkedin, Wikis e websites que compartilham textos escritos, fotos e vídeos, por exemplo. As pessoas estabelecem colaboração, listas de discussões e comunidades online. Além disso, é possível combinar e compartilhar dados, conteúdo e serviços de várias fontes para criar experiências e aplicativos personalizados.

Suas competências centrais são: serviços, não softwares “empacotados”; arquitetura de participação; escalabilidade de custo eficiente; fonte e transformação de dados remixáveis; software em mais de um dispositivo; emprega a inteligência coletiva. Suas principais características são: Web dinâmica; compartilhamento e colaboração; foco no conteúdo; pode ser utilizada qualquer mídia, só não pode ser estática; conteúdo participativo e democrático; realimentação constante de informação. A Web 2.0 usa a Web como plataforma e o próprio usuário controla seus próprios dados (O’REILLY, 2005).

Resumidamente, os ambientes Web devem prover um mecanismo onde os usuários sejam mais que consumidores de conteúdo e aplicativos: deve permitir que eles possam criar conteúdo e interagir com vários serviços e pessoas.

Um elemento-chave do conceito da Web 2.0 é o conceito de redes sociais, comunidade, colaboração e discussão. Naturalmente, as pessoas desejam se comunicar, compartilhar e discutir. Essa comunicação é uma parte primordial do entendimento, do aprendizado e da criatividade. Na Web 2.0, a escala abrupta e o número de pessoas na Internet criam uma "arquitetura participativa", na qual a interação entre as pessoas cria informações e sistemas que ficam melhores na medida em que são mais usados e mais pessoas os utilizam. Como exemplos de sites que usam esse conceito, podemos citar: Google (Range Rank), EBay, Amazon, Wikipedia, Flickr, Delicious e Slideshare.

Visando compreender como as ferramentas da Web 2.0 funcionam e, com base nas considerações discorridas, serão apresentadas algumas maneiras de como as IES se utilizam das ferramentas da Web 2.0 para se promover, divulgar seus referenciais didáticos e pedagógicos, compartilhar e ensinar conteúdos educacionais na Internet.

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3 O uso da Web 2.0 em websites de IES

Assim como acontece com todo tipo de organização, é notório que o campo da educação está muito pressionado por mudanças. Como a educação é encarada como um caminho fundamental para transformar a sociedade, percebe-se que um mercado gigantesco que está atraindo grupos acadêmicos e/ou econômicos que importam os processos de reorganização e gestão trazidos das empresas. Diante disso, observa-se que as IES se utilizam cada vez mais desse modelo para disponibilizar seus conteúdos na Internet.

A utilização de ferramentas da WEB 2.0 pelas IES proporciona aos usuários uma melhor absorção de todo conteúdo, gerando troca de conhecimento e interação ativa, criando ambientes colaborativos em que os alunos constroem todo material e os professores gerenciam, criando uma ideia de educação construtivista. Além disso, atrair o aluno não é uma tarefa fácil, porém é indispensável possuir feedbacks de melhoria contínua para não só atraí-los, mas também mantê-los. Após pesquisa sobre algumas universidades que já utilizam ferramentas da WEB 2.0 em seus websites, foi observado que cada instituição se adapta às necessidades dos alunos, utilizando-se de algumas ferramentas que permitem maior interatividade, colaboração, divulgação e promoção da IES, tudo isso permitindo ao professor e/ou a administração da universidade gerenciar todo conteúdo proposto. É possível observar a utilização das ferramentas da WEB 2.0 pelas IES nas figuras a seguir.

A Universidade de Berkeley situada na Califórnia (USA) disponibiliza em seu website mais de 300 horas de conteúdos formativos e informativos em formato de vídeos e podcasts, como demonstrado na Fig 1.

Disponível em http://berkeley.edu/multimedia/index.php. Acesso 30/03/2010. Figura 1 – Vídeos e podcasts no website da Universidade de Berkeley

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Com quase 140 anos, a universidade californiana aposta no YouTube, vídeos e

podcast para divulgar seu conteúdo. Podcast é um meio de transmitir informações pela

Internet a partir de um ponto (site, portal, blog, etc.) para muitas pessoas, que podem acessar o conteúdo a partir de qualquer dispositivo com acesso à rede. Uma característica associada aos

Podcast é o uso de recursos como RSS e Atom, que permitem que o público de um

determinado site receba um aviso quando há algo novo postado. O Orkut é um exemplo de típico desse recurso, pois avisa o usuário conectado a entrada de um novo recado. Atualmente, a produção de Podcast está mais associada a arquivos de áudio, porém pode-se fazer Podcast de qualquer origem: áudio, vídeo, fotos, animações, hologramas e o que mais a tecnologia vier a proporcionar.

A Universidade Metodista de São Paulo oferece onze cursos de graduação a distância, reconhecidos pelo MEC, realizados por meio de tele aulas via satélite e pelo ambiente virtual, além de disponibilizar um monitor de aprendizagem que é responsável pelo esclarecimento de dúvidas e correção de trabalhos, conforme é demonstrado na Fig. 2.

Disponível em http://www.metodista.br/ead/metodologia. Acesso em 30/03/2010.

Figura 2 – Tela do ambiente de Educação a Distância da Universidade Metodista

Com a Web 2.0, diversos conteúdos são criados e mantidos de forma dinâmica pelos usuários e comunidades, e, portanto, não são mais considerados acabados nem com uma

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finalidade específica. Ao contrário, tudo é visto como matéria-prima, que pode ser retrabalhada em função dos interesses e das necessidades dos usuários. Nesse sentido, na Web 2.0 o usuário não é mais pensado apenas como recipiente passivo, mas simultaneamente como produtor e desenvolvedor de conteúdo. Para a Educação a Distância (EaD), isto significa que o aluno passa também a ser autor e produtor de material didático.

Na Fig. 3 pode ser visualizado o website da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A universidade demonstra preocupação em se aproximar dos usuários, logo em sua página principal, na qual destaca os eventos oferecidos na própria IES, concursos, além de indicar como o usuário chega na IES, mostrando a iniciativa de compartilhar o que possui de melhor com os usuários, fora do ambiente interno do campus. É possível conhecer sua estrutura virtualmente, pois a UFRJ disponibiliza imagens do cotidiano, jornalísticas, institucionais, artísticas, arquitetônicas, culturais, esportivas e um rol de imagens variadas em sua paisagem.

No lado direito da imagem pode-se observar que a UFRJ disponibiliza um link para a WEB TV, um canal de TV online que divulga atividades acadêmicas e também um link chamado de PAPO UFRJ, um chat onde alunos, professores e a comunidade em geral podem debater temas de interesse comum. A TV online e o chat são duas ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0.

Disponível em http://www.ufrj.br/. Acesso em 30/03/2010.

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A Fig. 4 demonstra o RSS da Universidade Federal do Pará (UFPA). Leitores de RSS permitem que o usuário selecione as fontes de notícias que desejam ler e passem então a recebê-las automaticamente.

O RSS, Really Simple Syndication, é um subconjunto de "dialetos" XML que serve para agregar conteúdo ou "Web syndication" podendo ser acessado mediante programas/sites agregadores. É usado principalmente em websites de notícias e blogs, mas vem sendo crescentemente utilizado em ambientes acadêmicos, como repositórios institucionais, bibliotecas e periódicos eletrônicos.

Disponível em http://www.portal.ufpa.br/rss.php. Acesso em 30/03/2010 Figura 4 – RSS na Universidade Federal do Pará

O RSS é uma maneira de publicar conteúdo para que outros o consumam websites de notícias e outros em geral utilizam este conceito, expondo seu conteúdo para ser consumido por outros websites na Internet. O formato RSS especifica o conteúdo XML de um noticiário em RSS, também conhecido como “RSS Feed” ou “Web feed” (PASSARIN; BRITO, 2005).

Outro exemplo, o website do Centro Universitário Eurípides Soares da Rocha de Marília – SP (UNIVEM), apresenta algumas ferramentas e características da WEB 2.0. As figuras 5, 6 e 7 demonstram o uso dessas ferramentas pela IES.

Característica marcante das ferramentas oferecidas pela Web 2.0 é a Inteligência Coletiva. Neste novo cenário da Web, os usuários são vistos como co-desenvolvedores e há o aproveitamento da Inteligência Coletiva, ou seja, todos contribuem para a construção do conhecimento e quanto mais pessoas contribuem, mais rico é o processo de construção do

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conhecimento. Os usuários produzem o conteúdo e deixam de ser apenas consumidores de informação, passando para agentes construtores. O foco se forma sobre comunidades em que as características principais são a descentralização e disseminação da informação.

Baseado no conceito de inteligência coletiva, a Fig. 5 apresenta o ambiente do Portal de Revistas Eletrônicas do UNIVEM.

Disponível em http://galileu.fundanet.br/revista/. Acesso em 30/03/2010. Figura 5 – Portal de Revistas Eletrônicas do UNIVEM

Neste ambiente, alunos, professores, pesquisadores em geral, podem colaborar disponibilizando conteúdos educacionais no formato de artigos. Os leitores podem acessar esses artigos em qualquer tempo ou espaço, tornando mais fácil e ágil o processo de aprendizado através desse conteúdo online. É utilizado nesse ambiente um software chamado Open Journal Systems1 que utiliza o conceito de open archives.

No contexto da Web 2.0, outra ferramenta que pode ser utilizada pelas IES é o Twitter. O Twitter é um serviço que contempla rede social e microblog, uma versão mais simples do blog, adaptada para o uso a partir de dispositivos móveis com acesso à Internet.

Por ser utilizado como uma plataforma de compartilhamento e divulgação de links interessantes para músicas, vídeos, fotos, notícias, postagens em blogs, entre outros conteúdos informacionais, o Twitter se aproxima da ideia de RSS. A comunicação entre os usuários é realizada por meio de mecanismos de interação instantânea proporcionando a veiculação de

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conteúdos em tempo real e de qualquer lugar, mantendo os usuários do site informados e interconectados, recebendo e enviando mensagens sobre os assuntos e acontecimentos que mais lhes interessam. Essa ferramenta permite agilidade na divulgação dos conteúdos educacionais permitindo assim maior interação entre a IES e seus alunos.

Disponível em http://twitter.com/univem. Acesso em 30/03/2010. Figura 6 – Twitter do UNIVEM

A Fig. 6 apresenta o Twitter do UNIVEM, que disponibiliza diversas notícias ao público em geral, aproximando a comunidade e a universidade. Da mesma maneira, disponibiliza posts sobre conteúdos acadêmicos direcionadas aos universitários da IES.

A rede social no Twitter é construída por meio do mecanismo follow (seguir). Ao escolher um perfil para seguir e assim receber suas postagens, o usuário do site passa a dispor de ferramentas de interação: o reply (resposta pública a uma postagem, como um comentário de blog), a direct message (mensagem direta e particular) e o retweet (republicação de uma postagem).

Um ambiente que utiliza os conceitos de colaboração e compartilhamento da Web 2.0 é o Blog. Um weblog, blog ou blogue é uma página da Web que possui ferramentas para classificar informações técnicas a seu respeito, todas elas são disponibilizadas na Internet por servidores e/ou usuários comuns. Essas ferramentas comportam registros de informações

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relativas a um website, ao número de acessos, páginas visitadas, tempo gasto, de qual website ou página o visitante veio e uma série de outras informações (VALENTE; MATTAR, 2007).

Disponível em http://elvisfusco.wordpress.com/. Acesso em 30/03/2010. Figura 7 – Blog de coordenador de curso de graduação do UNIVEM

A utilização de Blogs para disponibilizar conteúdos educacionais vem crescendo constantemente. A facilidade de criação e publicação e, a possibilidade de construção coletiva e o potencial de interação, tornam o Blog uma ferramenta de destaque para as IES. Neste caso, em especial, a Fig. 7 destaca o Blog do coordenador do curso de Ciência da Computação do UNIVEM, que faz uso do blog para melhorar a comunicação com os alunos e com a comunidade em geral.

4 A Contribuição da Internet

A infra-estrutura de conectividade da Internet é um aparato tecnológico que permite a comunicação de atores no processo de ensino-arendizagem, objetivando otimizar a transmissão do conhecimento.

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Sem entrar na análise dos conteúdos informacionais apresentados pelas IES, é preciso reconhecer que, de qualquer forma, ao navegar em ambientes informacionais digitais o usuário tem contato com inúmeras informações e documentos que possibilitam a construção de conhecimento sobre aspectos didaticos, pedagógicos, tecnicos-científicos e instirucionais ali apresentados.

Nesta pesquisa, pode-se observar que, a despeito do inegável potencial apresentado pela World Wide Web, os websites verificados não utilizam em sua totalidade os recursos disponíveis no meio digital, que contribuiriam para a disseminação de informações de forma mais efetiva e afetiva com imagens em movimento e sons, que facilitariam o entendimento dos aspectos disseminados sobre as IES.

As tecnologias da web estão redesenhando e redefinindo a disseminação de conteúdos educacionais, criando novas e interessantes oportunidades de transmissão, mais personalizadas, sociais e flexíveis, com um caráter de compartilhamento de informações. Essas novas tecnologias privilegiam o aspecto lúdico desses ambientes informacionais digitais.

Nesse sentido, na Web 2.0 o usuário não é mais pensado apenas como um agente passivo, mas ao mesmo tempo e, principalmente, como produtor e desenvolvedor de conteúdo. A Web 2.0 facilitou em grande escala a criação de todo tipo de conteúdo e isso proporciona ao usuário atuar como leitor, autor e produtor de conteúdo informacional e inclusive editor e colaborador.

Abordaram-se neste estudo várias experiências que indicam que o terreno virtual é fértil e possível de transformar e revolucionar a Educação, a transmissão, preservação e disseminação do conhecimento.

Considerações Finais

Por meio das ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0 o usuário pode manter todo conteúdo informacional online de forma pública ou privada, aumentando desta forma a sua divulgação e compartilhamento, potencializando o processo de ensino-aprendizagem. A filosofia da Web 2.0 privilegia a facilidade na publicação e rapidez no armazenamento de textos, imagens, vídeo e arquivos de áudio, ou seja, tem como principal objetivo tornar a web um ambiente social e acessível a todos os usuários, um espaço onde cada um determina e controla a informação de acordo com as suas necessidades e interesses.

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As tecnologias da Web estão redesenhando e redefinindo a transmissão e o ensino de conteúdos informacionais, criando novas e interessantes oportunidades de divulgação, mais personalizadas, sociais e flexíveis, com um caráter de compartilhamento de informações que vem sendo de grande valia para as IES.

As ferramentas oferecidas pela Web 2.0 não podem ser consideradas veículos para a aquisição de conhecimento, capacidades e atitudes sem estarem integradas em ambientes de ensino-aprendizagem. Esses ambientes permitem ao aluno os processos de aprendizagem necessários para atingir os objetivos educacionais desejados. O uso dessas ferramentas está abrindo novos caminhos para a educação, cujas possibilidades e limites ainda não são completamente conhecidos. Mas seu uso, sem dúvida, influenciará em grande escala o trabalho nas IES e demais instituições educacionais, promovendo a aprendizagem colaborativa, capaz de preparar o indivíduo para um novo tipo de trabalho profissional que envolva a atividade em equipe, a criatividade e a colaboração.

O uso de recursos da Web 2.0 proporciona às IES e demais instituições de ensino, a possibilidade de oferecer à comunidade acadêmica e geral, um ambiente mais colaborativo, bem como, permite ao aluno participar de modo mais ativo e dinâmico do processo de ensino-aprendizagem em meio digital, com maior interação com a IES a qual pertence, por meio do uso de ferramentas que facilitam a construção do conhecimento em espaços informacionais digitais.

Referências

MANESS, J. M. Teoria da Bilioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa, v. 17, n.1, p. 43-51, jan./abr, 2007.

PASSARIN, D.; BRITO, P. F. de. RSS no desenvolvimento de uma Central de Notícias. In: VII Encontro de Estudantes de Informática do Estado do Tocantins. Anais. Palmas, TO, 2005. Disponível in: http://www.ulbra-to.br/ensino/43020/artigos/anais2005/anais/RSS.pdf. Acesso em 30 de maio de 2008.

O’ REILLY, T. O que é Web 2.0: padrões de design e modelos de negócios para a nova geração de software, 2005. Disponível in http://www.cipedya.com/doc/102010. Acesso em 05 de maio de 2008.

VALENTE, J. Educação a distância: uma oportunidade para mudança no ensino. In Maia, C. (org). Educação a distância no Brasil na era da Internet. São Paulo: Anhembi Morumbi Editora, 2000, pp. 97-122.

VALENTE, C.; MATTAR, J. Second Life e Web 2.0 na educação: o potencial revolucionário das novas tecnologias. São Paulo: Novatec Editora, 2007.

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