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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA. Isadora Braga Silva Cavalcanti

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

Isadora Braga Silva Cavalcanti

RELAÇÃO ENTRE FUNÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR E MEDIDAS CLÍNICAS DO COMPLEXO DO OMBRO E TRONCO EM ATLETAS OVERHEAD COM DOR

NO OMBRO

NATAL – RN 2020

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

Isadora Braga Silva Cavalcanti

RELAÇÃO ENTRE FUNÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR E MEDIDAS CLÍNICAS DO COMPLEXO DO OMBRO E TRONCO EM ATLETAS OVERHEAD COM DOR

NO OMBRO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da UFRN, como pré-requisito para obtenção do grau de fisioterapeuta.

Orientadora: Profa. Dra. Catarina de Oliveira Sousa

Co-Orientadora: Bianca Rodrigues da Silva Barros

NATAL – RN 2020

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AVALIAÇÃO DA BANCA EXAMINADORA

RELAÇÃO ENTRE FUNÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR E MEDIDAS CLÍNICAS DO COMPLEXO DO OMBRO E TRONCO EM ATLETAS OVERHEAD COM DOR

NO OMBRO

Isadora Braga Silva Cavalcanti

APROVADO EM: 15/12/2020

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________ Profa. Dra. Catarina de Oliveira Sousa – Orientadora

UFRN/Departamento de Fisioterapia

Nota atribuída: 9,6

_____________________________________________________ Me. Scheila Marisa Pinheiro – Examinadora Fisioterapeuta

Nota atribuída: 9,8

_____________________________________________________ Me. Araken Kleber Azevedo De Oliveira – Examinador Fisioterapeuta

Nota atribuída: 9,7

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RESUMO

Introdução: Esportes overhead submetem o ombro do atleta a grandes velocidades e

amplitudes de movimento (ADM). A força descarregada na bola é transmitida através da cadeia cinética. Com o tempo, a prática desses esportes pode levar a adaptações que estão associadas ao desenvolvimento de dor e aumento no risco de lesão no ombro. Ferramentas de avaliação de função têm sido utilizadas para triagem ou acompanhamento no tratamento de atletas, através de testes de desempenho e de medidas de autorrelato. Objetivo: Investigar a relação entre desempenho funcional do membro superior e função autorrelatada, e a relação entre essas duas medidas de função e as variáveis clínicas do complexo do ombro e tronco em atletas overhead com dor no ombro. Métodos: Estudo transversal, realizado com atletas de voleibol e handebol. Avaliamos a função do membro superior dominante utilizando a versão brasileira do Penn Shoulder Score e do Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand; foram submetidos à avaliação da ADM de rotação lateral e medial do ombro, e das medidas de adução horizontal, low flexion e retroversão umeral; ADM de flexão, extensão e flexão lateral do tronco; avaliação da força isométrica de rotadores laterais e mediais do ombro, de serrátil anterior e trapézio inferior; e de rotadores, extensores e flexores laterais do tronco; da resistência dos músculos do tronco (flexores, extensores e flexores laterais); e foram avaliados quanto ao desempenho funcional utilizando o Upper Quarter Y Balance Test (UQYBT). Os dados foram analisados através do SPSS 20.0, sendo adotado p<0,05. Foi utilizado o teste de correlação de Pearson para avaliar a relação entre as variáveis estudadas. Resultados: Participaram do estudo 21 indivíduos entre 18 e 40 anos (23,6±3,7) com dor no ombro dominante mensurada através dos questionários. Houve correlação moderada e positiva do alcance súpero-lateral com a força de serrátil anterior (r = 0,45; p=0,04); do alcance ínfero-lateral com a força de serrátil anterior (r = 0,53; p=0,01), com a força de trapézio inferior (r = 0,50; p=0,02), com a força de rotação do tronco (r = 0,49; p=0,03), e com a força de flexão lateral do tronco (r = 0,56; p=0,01); e da pontuação composta com a força de serrátil anterior (r = 0,52; p=0,02), com a força de trapézio inferior (r = 0,48; p=0,03), com a força de rotação do tronco (r = 0,45; p=0,04), e com a força de flexão lateral do tronco (r = 0,51; p=0,02). Conclusão: O desempenho funcional no UQYBT se relacionou de forma positiva e moderada com a força dos músculos estabilizadores da escápula (serrátil anterior e trapézio inferior) e com a força dos rotadores e flexores laterais de tronco. As medidas de função por autorrelato não apresentam relação significativa com o desempenho do UQYBT, nem com as variáveis clínicas de ombro e tronco estudadas.

Palavras-chave: força muscular; desempenho físico funcional; cadeia cinética; função

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ABSTRACT

Introduction: Overhead sports submit the athlete's shoulder to great speeds and range of

motion (ROM). The force discharged into the ball is transmitted through the kinetic chain. Over time, the practice of these sports can lead to adaptations that are associated with the shoulder pain and increased risk of shoulder injury. Function assessment tools have been used for screening or monitoring the treatment of athletes, through performance tests and self-report measures. Objective: To investigate the relationship between functional performance of the upper limb and self-reported function, and the relationship between these two measures of function and the clinical variables of the shoulder complex and trunk in overhead athletes with shoulder pain. Methods: Cross-sectional study, carried out with volleyball and handball athletes. We evaluated the function of the dominant upper limb using the Brazilian version of the Penn Shoulder Score and the Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand; we evaluated the ROM of lateral and medial rotation of the shoulder, and the measures of horizontal adduction, low flexion and humeral retroversion; ROM of flexion, extension and lateral flexion of the trunk; the isometric strength of lateral and medial rotators of the shoulder, anterior serratus and lower trapezius; and of rotators, extensors and lateral flexors of the trunk; the resistance of the trunk muscles (flexors, extensors and lateral flexors); and evaluated for functional performance using the Upper Quarter Y Balance Test (UQYBT). The data were analyzed using SPSS 20.0, with p <0.05 being adopted. Pearson's correlation test was used to assess the relationship between the variables studied. Results: The study included 21 individuals between 18 and 40 years old (23.6 ± 3.7) with dominant shoulder pain measured through questionnaires. There was a moderate and positive correlation between the superolateral reach and the anterior serratus force (r = 0.45; p = 0.04); of the inferolateral reach with the anterior serratus force (r = 0.53; p = 0.01), with the lower trapezoid force (r = 0.50; p = 0.02), with the rotation force trunk (r = 0.49; p = 0.03), and with lateral trunk flexion strength (r = 0.56; p = 0.01); and the composite score with the anterior serratus force (r = 0.52; p = 0.02), with the lower trapezium force (r = 0.48; p = 0.03), with the rotation force of the trunk (r = 0.45; p = 0.04), and with the lateral flexion strength of the trunk (r = 0.51; p = 0.02). Conclusion: The functional performance at UQYBT was positively and moderately related to the strength of the scapular stabilizing muscles (anterior serratus and lower trapezius) and to the strength of the rotators and lateral trunk flexors. The self-report function measures have no significant relationship with the performance of the UQYBT, nor with the clinical variables of the shoulder and trunk studied.

Keywords: muscle strength; physical functional performance; kinetic chain; self-reported

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Inclinômetro digital... 13

Figura 2: ADM de rotação lateral (A); ADM de rotação medial (B) ... 14

Figura 3: ADM de flexão de tronco (A); ADM de extensão de tronco (B); ADM de flexão lateral de tronco (C) ... 14

Figura 4: Medida da retroversão umeral (A); ADM de adução horizontal (B); teste low flexion (C)... 15

Figura 5: Dinamômetro manual... 16

Figura 6: Força de rotação lateral (A); força de rotação medial (B) ... 17

Figura 7: Força de trapézio inferior (A); força de serrátil anterior (B) ... 17

Figura 8: Força de extensores de tronco (A); força de flexores laterais de tronco (B); força de rotadores de tronco (C) ... 18

Figura 9: UQYBT nas direções medial (A), súpero-lateral (B) e ínfero-lateral (C) ... 19

Figura 10: Teste de resistência para flexores de tronco (A), extensores (B) e flexores laterais de tronco (C) ... 20

(7)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização da amostra... 23 Tabela 2. Correlações entre a função autorrelatada e o desempenho funcional de MMSS... 23 Tabela 3. Correlações entre desempenho funcional de MMSS e as variáveis clínicas de ombro

e tronco... 24

Tabela 4. Correlações entre a função autorrelatada e as variáveis clínicas de ombro e tronco

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 7 2. OBJETIVOS... 10 2.1 Objetivo geral... 10 2.2 Objetivos específicos... 10 3. HIPÓTESE... 11 4. MÉTODOS... 12 4.1 Características do estudo... 12 4.2 Amostra... 12

4.3 Critérios de inclusão e exclusão... 12

4.4 Aspectos éticos... 12

4.5 Avaliação... 13

4.5.1 Avaliação das ADMs... 13

4.5.1.1 RL e RM de ombro... 13

4.5.1.2 Flexão, flexão lateral e extensão de tronco... 14

4.5.1.3 Retroversão umeral... 15

4.5.1.4 Rigidez posterior... 15

4.5.2 Avaliação da força isométrica... 16

4.5.2.1 Rotadores laterais e mediais do ombro... 16

4.5.2.2 Trapézio inferior... 16

4.5.2.3 Serrátil anterior... 17

4.5.2.4 Extensores de tronco... 17

4.5.2.5 Flexores laterais de tronco... 18

4.5.2.6 Rotadores de tronco... 18

4.5.3 Upper Quarter Y Balance Test... 18

4.5.4 Resistência de tronco... 19

4.5.4.1 Flexores de tronco... 20

4.5.4.2 Extensores e flexores laterais de tronco... 20

4.6 Análise estatística ... 20

5. RESULTADOS... 22

5.1 Desempenho funcional e função autorrelatada... 22

(9)

5.3 Função autorrelatada e variáveis clínicas de ombro e tronco... 24

6. DISCUSSÃO... 26

6.1 Desempenho funcional e função autorrelatada... 26

6.2 Desempenho funcional e variáveis clínicas do ombro e do tronco... 26

6.3 Função autorrelatada e variáveis clínicas do ombro e do tronco... 28

7. CONCLUSÃO... 29

REFERÊNCIAS ... 30 ANEXOS

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1. INTRODUÇÃO

As atividades esportivas exigem do atleta capacidades físicas como força, velocidade e resistência (ANDRADE; CASTRO, 2010). As modalidades overhead são caracterizadas pelos movimentos dos membros superiores (MMSS) acima da cabeça com altas velocidades angulares e grande amplitude de movimento (ADM), como o arremesso no handebol e o ataque no voleibol (WAGNER et al., 2014). Esses gestos esportivos exigem do ombro aceleração e absorção de energia excêntrica potentes (COOLS et al., 2012) e níveis ótimos de ADM, força e equilíbrio dinâmico (KIM et al., 2020)

A realização repetitiva desses movimentos ao longo do tempo pode levar a alterações adaptativas locais tanto de partes moles quanto da estrutura óssea (LAUDNER et al., 2014), podendo progredir para lesões (LIN et al., 2018). Dentre as alterações encontradas no ombro dominante, estão a frouxidão da cápsula anterior, aumento da retroversão da cabeça do úmero, rigidez da cápsula posterior e/ou encurtamento de músculos do manguito rotador, ganho na ADM de rotação externa e uma perda simétrica de rotação interna (GIRD) quando comparado ao membro não dominante (BORSA et al., 2008; CHALLOUMAS et al., 2017). Além disso, atletas podem apresentar desequilíbrio de força de rotadores de ombro, relacionado principalmente à fraqueza de rotadores laterais, o que tem sido associado ao aumento na probabilidade de desenvolver lesão no ombro ao longo da temporada em atletas de handebol (CLARSEN et al., 2014) e em atletas de voleibol (CHALLOUMAS et al., 2017).

Durante o arremesso, a força descarregada na bola é desenvolvida sequencialmente através da ativação da cadeia cinética (CHU et al., 2016), e para uma performance ótima, é necessário que sua ativação e transmissão de força sejam eficazes (SCIASCIA et al., 2012). Déficits na musculatura do core podem prejudicar essa transmissão de força e aumentar o risco de lesão na extremidade superior devido à sobrecarga na articulação do ombro (POGETTI et al., 2018). A presença de déficits funcionais no movimento, como biomecânica inadequada ou fadiga, também são descritos como fator de risco para lesões (COOLS et al., 2015). Borms e Cools (2018) afirmam que a dor no ombro desses atletas pode ser decorrente tanto de alterações locais quanto na cadeia cinética, o que justifica a necessidade de avaliar não só o ombro, mas os demais componentes.

Uma boa forma de avaliar esses componentes e a integração entre eles durante a atividade esportiva é através de ferramentas de avaliação de função, que pode ser mensurada por medidas de desempenho. O Upper Quarter Y-Balance Test (UQYBT) é um teste de desempenho com boa confiabilidade, utilizado para medir a função unilateral da extremidade superior em uma posição de cadeia fechada e avaliar a mobilidade e estabilidade dos membros superiores e

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tronco, auxiliando no trabalho de prevenção de lesões em atletas (GORMAN et al., 2012; PIRES; CAMARGO, 2017).

Em nossa busca, apenas um estudo investigou a correlação entre o desempenho no UQYBT e força isométrica e ADM ativa do ombro, mas não encontrou nenhuma relação (WESTRICK, 2012). Não foram encontrados outros estudos que correlacionassem as variáveis de força, ADM e resistência de ombro e tronco com esse teste. No entanto, os achados de Kim et al. (2020) e Westrick et al. (2012) mostram que atletas de arremesso com histórico de lesão no ombro apresentam baixo equilíbrio/estabilidade no UQYBT comparados a atletas sem histórico de lesão, e seus resultados sugerem que esse desempenho tem relação com a estabilidade do core (KIM et al., 2020; WESTRICK et al., 2012).

Outras ferramentas importantes para avaliar o nível funcional são os questionários, que são medidas de autorrelato e destinam-se a avaliar deficiências e mudanças clinicamente importantes dentro de um grupo ou condição específica (LEGGIN et al., 2006). O Penn Shoulder Score (PSS) é uma medida confiável e válida específica da região do ombro, que pode ser usada com segurança para avaliar indivíduos e grupos de pacientes com distúrbios do ombro (LEGGIN et al., 2006; DE SOUZA et al., 2015). O Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH) também é um instrumento confiável e válido para avaliação de membros superiores, e além de ser o único questionário que avalia os membros superiores como um todo, seus escores correlacionam-se fortemente com a escala visual analógica da dor (ORFALE et al., 2005).

Não foram encontrados estudos que avaliassem a validade e a confiabilidade do PSS e do DASH em populações de atletas overhead, ou que mostrassem que essas medidas conseguem identificar alterações em atletas com dor. Pogetti et al. (2018) investigaram a função do membro superior em atletas, e encontraram escores mais altos (que representam menor função) no grupo com dor. No entanto, os questionários utilizados na avaliação foram diferentes dos utilizados em nosso estudo. Além disso, nenhum estudo dentro de nossa busca investigou a relação entre os escores dos questionários e as variáveis de ADM, força e resistência do complexo do ombro e do tronco.

Observa-se na prática clínica a aplicação bem estabelecida de duas formas de avaliar a função da extremidade superior: a avaliação do desempenho em testes funcionais e a medida de função por autorrelato. Contudo, não encontramos na literatura estudos que analisassem a correlação entre essas duas formas de mensuração. Esse conhecimento se faz necessário para compreender se há consonância entre os resultados obtidos por essas ferramentas e analisar sua aplicabilidade no contexto da fisioterapia esportiva. Quanto às correlações entre as variáveis clínicas de ombro e tronco e as medidas de função, a literatura ainda é escassa e sem

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padronização metodológica, ou seja, há uma variabilidade entre os procedimentos de avaliação. Sabe-se que o desempenho no UQYBT pode ser aplicado como uma ferramenta de triagem para lesões da extremidade superior ou como critério de retorno ao esporte, bem como ajudar a determinar as metas de reabilitação para atletas com lesão em MMSS, mas ainda não se sabe como esse teste se relaciona com os escores do PSS e do DASH. Sendo assim, se faz necessário elucidar quais componentes da cadeia cinética influenciam na função dos MMSS, seja ela medida por desempenho ou autorrelato, para dessa forma aplicar os resultados no direcionamento de planos de tratamento e em trabalhos de prevenção de lesões com essa população.

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2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral

Investigar a relação entre desempenho funcional do membro superior e função autorrelatada, e a relação entre essas duas medidas de função e as variáveis clínicas do complexo do ombro e tronco em atletas overhead que apresentam dor no ombro.

2.2 Objetivos específicos

 Investigar a relação entre o desempenho funcional e a função autorrelatada do membro superior dominante;

 Avaliar a relação do desempenho funcional do membro superior dominante com as variáveis de força e ADM do ombro dominante, e força, ADM e resistência de tronco;

 Investigar a relação da função autorrelatada do membro superior dominante com as variáveis de força e ADM do ombro dominante, e força, ADM e resistência de tronco.

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3. HIPÓTESE

A nossa hipótese é que exista correlação entre a medida de função por desempenho e as medidas por autorrelato, uma vez que ambas são ferramentas que medem a função do membro superior, sendo uma correlação negativa entre o desempenho funcional e o score do DASH (já que quanto maior a pontuação nesse questionário, pior é a condição do paciente) e uma correlação positiva entre o desempenho funcional e o PSS (cuja pontuação máxima indica melhor função). Hipotetizamos também que o desempenho funcional do membro superior dominante apresente correlação positiva com as variáveis de força da musculatura estabilizadora do complexo do ombro e do tronco e de resistência de tronco. E por fim, que exista correlação entre as medidas de autorrelato e as variáveis clínicas do complexo do ombro e do tronco, sendo negativa para os scores do DASH e positiva para os scores do PSS.

(15)

4. MÉTODOS

4.1 Características do estudo

Trata-se de um estudo transversal, realizado no laboratório de Análise da Performance Neuromuscular (LAPERN) do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

4.2 Amostra

Participaram deste estudo atletas de voleibol e handebol de ambos os sexos. O recrutamento ocorreu por meio de convite pessoal durante os treinos das modalidades no departamento de Educação Física da UFRN, por meio de divulgação realizada com cartazes distribuídos pelo campus universitário e nas redes sociais (Facebook, Instagram e Whatsapp). Os indivíduos interessados em participar da pesquisa foram submetidos a uma avaliação de triagem, contendo informações sobre dados pessoais e história clínica, para verificar a elegibilidade dos indivíduos baseado nos critérios de inclusão e exclusão.

4.3 Critérios de inclusão e exclusão

Os critérios de inclusão foram a prática da modalidade pelo menos 4 horas por semana (e não ter treinado no dia anterior à avaliação), ter idade entre 18 e 40 anos e apresentar dor no membro superior dominante, com pontuação de 4-8 no domínio de exercício extenuante do questionário PSS e maior que 6 no domínio de esportes do questionário DASH (HARRINGTON et al., 2013).

Foram adotados como critérios de exclusão: ter se submetido a procedimento cirúrgico e/ou apresentar histórico de fratura no ombro (GUNEY et al., 2016); histórico de luxação/subluxação recorrente no ombro (CIEMINSKI et al., 2015); dificuldade em elevar o braço até 120° (MICHENER et al., 2005); ter feito tratamento com injeção de corticoide nos 3 meses anteriores à avaliação (GUNEY et al., 2016); apresentar patologia cervical; estar em tratamento fisioterapêutico (ROSA et al., 2016); apresentar patologia neurológica ou sistêmica (GUNEY et al., 2016); apresentar lesão de joelho, quadril, coluna ou algum outro segmento que impeça a realização dos procedimentos de avaliação (PIRES; CAMARGO, 2018).

4.4 Aspectos éticos

As avaliações tiveram início após a aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFRN com parecer N° 3.327.479 – CAAE 12097519.2.0000.5537. Todos os voluntários foram informados sobre os objetivos e metodologia do estudo, e os riscos e

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benefícios de sua participação. Os indivíduos que aceitaram participar assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

4.5 Avaliação

Para verificar os critérios de inclusão e exclusão, os voluntários foram submetidos a uma ficha de avaliação fisioterapêutica (Apêndice A), contendo informações sobre dados pessoais e história clínica. Em seguida responderam à versão brasileira dos questionários PSS, que consiste em uma escala de 100 pontos dividida em 3 subescalas que incluem dor, satisfação e função (Anexo A); e do DASH, que consiste em 30 perguntas, destinadas a medir a função física e os sintomas, e dois domínios opcionais: um para esporte/música e outro para trabalho (Anexo B). As informações utilizadas como medidas de função autorrelatada foram a função geral no PSS e os domínios geral e esportes no DASH.

Na sequência, realizou-se a avaliação da ADM de rotação lateral (RL) e medial (RM) de ombro; ADM de flexão, extensão e flexão lateral de tronco; medida da retroversão umeral e rigidez posterior do ombro; força isométrica dos músculos rotadores laterais e mediais do ombro, trapézio inferior, serrátil anterior, músculos do tronco (flexores laterais extensores e rotadores); desempenho no UQYBT e tempo de resistência dos músculos do tronco.

4.5.1 Avaliação das ADMs

Dois avaliadores conduziram a avaliação das ADMs, utilizando um inclinômetro digital (Acummar-modelo ACU001) (Figura 1). Foram realizadas duas medidas para cada movimento, com intervalo de 30 segundos entre elas, e para análise dos dados foi considerada a média das duas (CIEMINSKI et al., 2015). A ordem dos movimentos e dos lados foi randomizada para cada articulação.

Figura 1: Inclinômetro digital

4.5.1.1 RL e RM de ombro

Com o indivíduo em decúbito dorsal, o ombro a 90° de abdução, cotovelo a 90° de flexão e posição neutra de rotação, um avaliador movimentava o membro passivamente em

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direção à RL (Figura 2A) e à RM (Figura 2B) até ser percebido uma sensação rígida no final do movimento, ou ao ser detectado movimento escapular. Neste momento, o outro avaliador posicionava o inclinômetro próximo ao punho do indivíduo, perpendicular ao antebraço (CIEMINSKI et al., 2015).

Figura 2: ADM de rotação lateral (A); ADM de rotação medial (B)

4.5.1.2 Flexão, flexão lateral e extensão de tronco

Para avaliar a flexão de tronco, o avaliador posicionava o inclinômetro a nível de T12-L1 no indivíduo em bipedestação, e orientava que o mesmo flexionasse do tronco até seu limite e mantivesse a posição por um momento enquanto o ângulo era mensurado e anotado (Figura 3A). Para a extensão de tronco, o inclinômetro era posicionado no mesmo local e o movimento também era realizado até o limite, porém o indivíduo apoiava as mãos na cintura para manter o equilíbrio durante a manobra (Figura 3B). Já para o movimento de flexão lateral de tronco, o inclinômetro foi posicionado na horizontal, paralelo ao solo e à nível de T9 a T12. O indivíduo foi orientado a deslizar a mão para baixo ao longo da perna e o mais longe possível, mantendo o tronco e a face voltados para frente e ambos os pés no solo (Figura 3C). Foi utilizada uma marcação nos pontos de referência óssea, para garantir o posicionamento adequado do inclinômetro (MACEDO et al., 2019).

Figura 3: ADM de flexão de tronco (A); ADM de extensão de tronco (B); ADM de

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4.5.1.3 Retroversão umeral

O indivíduo posicionava-se em supino, com o braço ao lado do corpo, cotovelo a 90° de flexão e antebraço em posição neutra (Figura 4A). Um avaliador palpava a cabeça do úmero e realizava rotações medial e lateral até sentir os dois tubérculos do úmero abaixo do polegar. Nesse momento, o segundo avaliador posicionava o inclinômetro na região distal do antebraço, na posição vertical, para a quantificar o ângulo de retroversão (DASHOTTAR; BORSTAD, 2013). A ordem dos lados foi randomizada.

Figura 4: Medida da retroversão umeral (A); ADM de adução horizontal (B); teste

low flexion (C)

4.5.1.4 Rigidez posterior

Para a avaliação da rigidez posterior, foram realizados dois tipos de medições: da adução horizontal e do low flexion. Para a adução horizontal, foi utilizada uma adaptação dos estudos de (LAUDNER et al., 2010), onde o indivíduo era posicionado em decúbito dorsal, com o braço a 90° de abdução de ombro e cotovelo em flexão (Figura 4B). O avaliador estabilizava a borda lateral da escápula com uma mão, de modo a limitar o movimento escapular, e com a outra mão, movia o braço do indivíduo passivamente em adução horizontal. O outro avaliador posicionava o inclinômetro alinhado com o úmero. O grau total de adução horizontal considerado foi o ângulo final formado, considerando a posição inicial do teste como 0° (horizontal). Para avaliar o componente capsular foi utilizado o teste low flexion (BORSTAD; DASHOTTAR, 2011; DASHOTTAR; BORSTAD, 2012), onde o indivíduo se posicionava em bipedestação, com o ombro a 60° de flexão, medido através de um goniômetro universal (Figura 4C). Um avaliador apoiava o braço do indivíduo na região do cotovelo, deixando o ombro mover-se em rotação medial passivamente sob ação da gravidade, enquanto o outro avaliador posicionava o inclinômetro digital alinhado à ulna para quantificar o grau da rigidez.

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4.5.2 Avaliação da força isométrica

As medidas de força isométrica foram mensuradas utilizando o dinamômetro manual digital Lafayette (modelo 01165) (Figura 5). Os indivíduos realizavam duas repetições com cinco segundos de contração isométrica máxima cada uma e 30 segundos de descanso entre as repetições (CELIK et al., 2012). Para análise dos dados foi considerada a média dos valores das duas repetições. Foram permitidas 2 contrações submáximas antes da avaliação para que o indivíduo se familiarizasse com o teste. Durante a execução, o avaliador utilizou comando verbal “força, força, força” para encorajar os indivíduos a fornecer sua força máxima durante as contrações. A ordem dos testes foi randomizada e para garantir que a contração fosse isométrica, o dinamômetro era fixado a um aparato de metal preso em uma coluna de madeira fixa ao chão, no caso das avaliações dos rotadores laterais e mediais do ombro e do trapézio inferior, ou fixado ao redor da maca com um cinto inelástico, no caso das avaliações do serrátil anterior, flexores, extensores e rotadores de tronco.

Figura 5: Dinamômetro manual

4.5.2.1 Rotadores laterais e mediais do ombro

O indivíduo encontrava-se sentado, com a coluna apoiada na cadeira, ombro em rotação neutra, cotovelo a 90° de flexão e antebraço em posição neutra, pés apoiados no chão e com quadril e joelhos a 90° (Figura 6). O dinamômetro manual foi posicionado na região distal do antebraço (SACCOL et al., 2016). O indivíduo então realizava a contração isométrica dos rotadores contra o dinamômetro, sob o comando verbal do avaliador.

4.5.2.2 Trapézio inferior

O indivíduo era posicionado em decúbito ventral, com o braço a ser avaliado a 140° de abdução, posicionando o dinamômetro no dorso do antebraço, logo abaixo o processo estiloide do rádio (Figura 7A), uma adaptação dos estudos de Celik et al. (2012) e de Pires e Camargo (2018). Partindo dessa posição, era instruído que levasse o ombro em direção ao quadril oposto.

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Figura 6: Força de rotação lateral (A); força de rotação medial (B)

4.5.2.3 Serrátil anterior

Essa avaliação também foi uma adaptação dos estudos de Celik et al. (2012) e de Pires e Camargo (2018). O indivíduo era posicionado em decúbito dorsal, com ombro e cotovelo fletidos. O dinamômetro era posicionado no olécrano com o auxílio do cinto inelástico, preso perpendicularmente à maca (Figura 7B). Ao comando verbal do avaliador, o indivíduo realizava uma protração de ombro, sem afastar o tronco da maca.

Figura 7: Força de trapézio inferior (A); força de serrátil anterior (B)

4.5.2.4 Extensores de tronco

O indivíduo era posicionado em decúbito ventral, com as mãos entrelaçadas atrás do pescoço, e o dinamômetro posicionado entre a região inferior das escápulas, preso por um cinto envolvendo o indivíduo e a maca (Figura 8A). Outro cinto foi utilizado para estabilizar os membros inferiores acima da linha poplítea. O avaliador então solicitava a extensão do tronco (NAKAGAWA et al., 2014).

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4.5.2.5 Flexores laterais de tronco

O indivíduo era posicionado em decúbito lateral, com apoio no cotovelo fletido a 90° e com o braço do lado não avaliado cruzando o corpo em direção ao ombro oposto (Figura 8B). O dinamômetro era posicionado no trocânter maior do fêmur, fixado pelo cinto inelástico, o qual envolvia maca e quadril. O indivíduo então foi orientado a realizar sua força máxima para desencostar o quadril da maca, mantendo o corpo em linha reta do ombro aos pés e sustentando o peso do corpo no cotovelo e nos pés (NAKAGAWA et al., 2014; STICKLER et al., 2015).

4.5.2.6 Rotadores de tronco

Foi utilizada uma adaptação do estudo de Nakagawa et al., (2014), onde o indivíduo era posicionado em decúbito dorsal com as mãos entrelaçadas atrás do pescoço, com um cinto envolvendo a coxa e a maca e outro cinto envolvendo o tronco e a maca, fixando o dinamômetro sobre o músculo peitoral (Figura 8C). O comando verbal do avaliador era para que o indivíduo realizasse uma flexão com rotação de tronco imprimindo a maior força possível, numa tentativa de mover o ombro para o joelho oposto.

Figura 8: Força de extensores de tronco (A); força de flexores laterais de tronco (B);

força de rotadores de tronco (C)

4.5.3 Upper Quarter Y Balance Test

Para a realização do UQYBT, foram utilizadas fitas métricas posicionadas no solo em formato de Y, sendo duas fitas posteriores com 90° entre elas e à 135° da fita anterior. O

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indivíduo assumia a posição de push up, pernas alinhadas aos ombros, e a mão do membro a ser testado posicionada no vértice das fitas. O indivíduo então realizava o alcance com o membro contralateral nas direções: medial (Figura 9A), súpero-lateral (Figura 9B) e ínfero-lateral (Figura 9C), o mais distante possível sem realizar descarga de peso no membro não avaliado e a distância era anotada em centímetros (GORMAN et al., 2012). A primeira tentativa era considerada como familiarização e em seguida, o indivíduo realizava 3 repetições para cada direção. As medidas de cada alcance foram expressas como porcentagem do comprimento do membro (medido da vértebra C7 até a ponta do dedo médio), ou seja, calculando a média das 3 repetições, dividindo pelo comprimento do membro superior e multiplicando por 100, e a pontuação composta, aplicada para analisar o desempenho total no teste, foi calculada pela soma das 3 direções dividida por 3x o comprimento do membro e multiplicado por 100 (PIRES; CAMARGO, 2018).

Figura 9: UQYBT nas direções medial (A), súpero-lateral (B) e ínfero-lateral (C)

4.5.4 Resistência de tronco

A resistência de tronco foi avaliada para os movimentos de flexão, extensão e flexão lateral, onde o indivíduo realizava apenas uma repetição até a exaustão. Antes de iniciar o teste, o avaliador mostrava uma imagem da posição a ser avaliada para o indivíduo e era permitido uma tentativa de poucos segundos apenas para confirmar a compreensão da posição. A resistência era medida em segundos e foi dado um intervalo de cinco minutos entre cada teste para permitir a recuperação do indivíduo e evitar efeitos de fadiga. O avaliador promovia um estímulo verbal para o indivíduo manter a posição durante todo o teste e um segundo avaliador alinhava um inclinômetro ao tronco do indivíduo para que este mantivesse a postura e

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estimulava correções quando necessário. O teste era interrompido no momento em que o indivíduo não conseguisse mais sustentar a posição mesmo com as correções do avaliador. A avaliação foi adaptada de Mcgill et al. (1999) e Pogetti et al. (2018).

4.5.4.1 Flexores de tronco

Para a resistência dos flexores de tronco, o indivíduo posicionava-se sentado na maca com joelhos a 90° de flexão e com o tronco formando 60° com a horizontal, com o auxílio de um encosto (Figura 10A). Orientava-se cruzar os braços na frente do peito e os pés eram estabilizados embaixo de um cinto inelástico preso à maca. Ao iniciar o teste, o avaliador afastava o encosto aproximadamente 10 cm das costas do indivíduo, que deveria manter a posição inicial.

4.5.4.2 Extensores e flexores laterais de tronco

Para estes testes, o indivíduo posicionava-se com a pelve na borda da maca, MMII estabilizados através de dois cintos inelásticos presos à maca e mãos cruzadas na frente do peito. Os indivíduos foram instruídos a assumirem posição horizontal para os testes, em decúbito ventral para avaliação de extensores (Figura 10B) e em decúbito lateral para avaliação de os flexores laterais (Figura 10C), que foram avaliados dos dois lados.

Figura 10: Teste de resistência para flexores de tronco (A), extensores (B) e flexores

laterais de tronco (C)

4.6 Análise estatística

Os dados foram analisados estatisticamente de forma descritiva e inferencial usando o software SPSS (versão 20.0). Média e desvio padrão foram calculados para todos os dados demográficos e variáveis dependentes. Com relação às análises inferenciais, inicialmente, foi

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empregado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk para classificar a distribuição de cada variável. Foi utilizado o teste de correlação de Pearson para avaliar as relações entre as medidas de desempenho funcional e função autorrelatada e cada uma delas com as variáveis clínicas de ombro e tronco. Coeficientes de correlação abaixo de 0,4 foram considerados fracos, entre 0,40 e 0,60 foram considerados moderados, acima de 0,60 foram considerados fortes e igual a 1 foram considerados perfeitos (DANCEY; REIDY, 2011). Para todos os testes, foi adotado um valor de significância de p<0,05.

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5. RESULTADOS

Durante o recrutamento, 53 indivíduos aceitaram participar do estudo. Na triagem, 32 indivíduos foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão e após a triagem e as avaliações, 21 foram incluídos nas análises, conforme descrito no fluxograma (Figura 11).

Figura 11: Fluxograma de seleção do estudo

A amostra foi composta por 17 indivíduos do sexo masculino e 4 do sexo feminino, com média de idade de 23,6±3,7 anos, sendo 13 praticantes de voleibol e 8 de handebol, que apresentavam dor no ombro dominante. As características antropométricas estão apresentadas na Tabela 1.

5.1 Desempenho funcional e função autorrelatada

A Tabela 2 apresenta as correlações entre as medidas de desempenho funcional no UQYBT e os escores no domínio função geral do PSS e nos domínios esporte e função geral do DASH. Não houve correlações significativas entre o desempenho no teste e a função autorrelatada nos questionários.

5.2 Desempenho funcional e variáveis clínicas do ombro e tronco

Na Tabela 3 estão dispostas as correlações entre as medidas de desempenho funcional nas três direções do UQYBT e as variáveis clínicas de ombro e tronco, para o membro dominante (D).

Houve correlação moderada e positiva do alcance súpero-lateral com a força de serrátil anterior (r = 0,45; p=0,04); do alcance ínfero-lateral com a força de serrátil anterior (r = 0,53; p=0,01), trapézio inferior (r = 0,50; p=0,02), rotação do tronco (r = 0,49; p=0,03), e flexão lateral do tronco (r = 0,56; p=0,01); e da pontuação composta com a força de serrátil anterior (r

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= 0,52; p=0,02), trapézio inferior (r = 0,48; p=0,03), rotação do tronco (r = 0,45; p=0,04), e flexão lateral do tronco (r = 0,51; p=0,02).

Tabela 1. Caracterização da amostra

Atletas com dor no ombro (n = 21)

Sexo 17 Masculino (81%) / 4 Feminino (19%)

Idade (anos) 23,6±3,7

Massa corporal (Kg) 78,1±15

Altura (centímetros) 176,3±8,3

IMC (Kg/m2) 25,02±3,9

Dominância 20 destros (95,2%) / 1 canhoto (4,8%)

Ombro doloroso 15 apenas dominante / 6 os dois ombros

Esporte 13 Vôlei (61,9%) / 8 Handebol (38,1%)

Tempo de prática (anos) 10,2±4,1

Prática semanal (horas) 6,38±2,0

Início de prática (anos) 13,5±1,7

PSS – dor em repouso 0,5±0,8

PSS – dor em atividades normais 2,5±2,2

PSS – dor em atividades extenuantes 5,6±2,0

PSS – Função geral 73,3±8,2

DASH – Função geral 10,6±2,9

DASH – Função no esporte 20,2±9,3

Legenda: IMC = Índice de Massa Corporal; PSS = Penn Shoulder Score; DASH = Disabilities of

the Arm, Shoulder and Hand.

Nota: valores expressos em média ± desvio padrão.

Tabela 2. Correlações entre a função autorrelatada e o desempenho funcional de MMSS

Legenda: UQYBT = Upper Quarter Y Balance Test; PSS = Penn Shoulder Score; DASH = Disabilities

of the Arm, Shoulder and Hand.

PSS DASH

Função geral p Esporte p Geral P

UQYBT

Medial -0,16 0,48 -0,10 0,66 0,13 0,59

Súpero-lateral -0,15 0,51 -0,20 0,37 -0,04 0,87

Ínfero-lateral -0,17 0,46 -0,10 0,66 -0,08 0,73

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Tabela 3. Correlações entre desempenho funcional de MMSS e as variáveis clínicas de ombro e tronco

UQYBT

Medial p Súpero-lateral P Ínfero-lateral p Composta p

Ombro Força (N/Kg) Rotadores laterais -0,01 0,95 0,24 0,30 0,33 0,15 0,24 0,29 Rotadores mediais 0,17 0,46 0,07 0,78 0,26 0,26 0,19 0,41 Razão (RL/RM) -0,15 0,51 0,19 0,41 0,04 0,86 0,06 0,80 Serrátil anterior 0,32 0,15 0,45* 0,04 0,53* 0,01 0,52* 0,02 Trapézio Inferior 0,32 0,16 0,39 0,08 0,50* 0,02 0,48* 0,03 ADM (º) Rotação lateral 0,22 0,34 0,24 0,29 0,30 0,19 0,30 0,19 Rotação medial -0,04 0,86 -0,33 0,14 -0,13 0,56 -0,21 0,35 ADM total 0,22 0,34 0,06 0,80 0,25 0,28 0,20 0,40 Rigidez posterior (º) Low Flexion 0,15 0,51 -0,04 0,85 -0,12 0,62 -0,03 0,91 Adução horizontal 0,18 0,42 0,27 0,24 0,28 0,22 0,29 0,20 Retroversão umeral (º) -0,26 0,25 -0,09 0,70 0,09 0,70 -0,07 0,76 Tronco Força (N/Kg) Rotação 0,38 0,09 0,29 0,20 0,49* 0,3 0,45* 0,04 Flexão lateral 0,41 0,06 0,35 0,12 0,56** 0,01 0,51* 0,02 Extensão 0,18 0,43 0,11 0,63 0,19 0,41 0,18 0,43 ADM (º) Flexão lateral 0,12 0,61 -0,06 0,80 0,14 0,56 0,07 0,77 Flexão -0,28 0,21 -0,17 0,45 -0,01 0,94 -0,16 0,48 Extensão -0,06 0,77 -0,08 0,70 0,09 0,68 -0,01 0,95 Resistência (s) Flexão lateral -0,07 0,76 -0,07 0,77 0,04 0,88 -0,03 0,88 Flexão -0,19 0,40 -0,26 0,25 -0,32 0,15 -0,31 0,17 Extensão 0,00 0,99 0,05 0,83 0,07 0,77 0,05 0,83

Legenda: RL = rotadores laterais; RM = rotadores mediais; ADM = amplitude de movimento; UQYBT = Upper Quarter Y Balance Test.

Notas: * p valor <0,05; ** p valor <0,01.

5.3 Função autorrelatada e variáveis clínicas de ombro e tronco

A Tabela 4 apresenta as correlações entre os escores no domínio função geral do PSS e nos domínios esporte e função geral do DASH e as variáveis clínicas de ombro e tronco. As correlações não foram significativas.

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Tabela 4. Correlações entre a função autorrelatada e as variáveis clínicas de ombro e tronco para o lado dominante

PSS DASH

Função geral p Esporte p Geral p

Ombro Força Rotadores laterais -0,23 0,31 -0,01 0,97 0,10 0,68 Rotadores mediais -0,16 0,49 -0,14 0,55 0,25 0,28 Razão (RL/RM) 0,02 0,92 0,16 0,49 -0,26 0,25 Serrátil anterior -0,01 0,98 -0,13 0,57 0,09 0,71 Trapézio Inferior 0,16 0,48 -0,25 0,28 -0,13 0,59 ADM Rotação lateral 0,09 0,69 -0,43 0,05 -0,25 0,28 Rotação medial -0,20 0,40 0,25 0,28 0,35 0,12 ADM total -0,02 0,93 -0,32 0,16 -0,05 0,82 Rigidez posterior Low Flexion -0,18 0,45 0,25 0,27 0,40 0,07 Adução horizontal -0,24 0,30 -0,01 0,97 0,34 0,14 Retroversão umeral 0,16 0,50 0,05 0,82 -0,12 0,60 Tronco Força Rotação -0,24 0,29 0,03 0,91 0,12 0,60 Flexão lateral 0,04 0,87 -0,31 0,17 -0,12 0,59 Extensão -0,09 0,67 -0,23 0,30 0,01 0,96 ADM Flexão lateral -0,06 0,81 0,07 0,77 -0,05 0,83 Flexão 0,36 0,10 -0,34 0,13 -0,29 0,19 Extensão 0,16 0,48 -0,08 0,71 -0,14 0,52 Resistência Flexão lateral 0,33 0,14 -0,34 0,13 -0,16 0,49 Flexão 0,20 0,39 -0,35 0,12 -0,03 0,89 Extensão 0,33 0,14 -0,41 0,06 -0,26 0,25

Legenda: RL = rotadores laterais; RM = rotadores mediais; ADM = amplitude de movimento; PSS = Penn Shoulder Score; DASH = Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand.

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6. DISCUSSÃO

Este estudo se propôs a investigar a relação entre as medidas de funcionalidade, ou seja, a relação entre o desempenho funcional do membro superior e a função autorrelatada; e a relação entre cada uma dessas medidas de função e as variáveis clínicas do complexo do ombro dominante e do tronco em atletas overhead que apresentam dor no ombro. Os resultados não mostraram correlações significativas entre o desempenho funcional e a função autorrelatada do membro superior dominante. Também não houve correlações significativas entre a função autorrelatada e as variáveis clínicas do complexo do ombro e do tronco. Contudo, foram encontradas correlações significativas moderadas e positivas entre o desempenho funcional e a força da musculatura estabilizadora da escápula (serrátil anterior e trapézio inferior) e a força do tronco (rotadores e flexores laterais).

6.1 Desempenho funcional e função autorrelatada

Apesar de o desempenho no UQYBT e os escores nos questionários PSS e DASH serem ferramentas utilizadas para mensurar a função de MMSS, os resultados deste estudo não mostraram correlação significativa entre elas, possivelmente devido ao caráter subjetivo das medidas de autorrelato e à diferença de exigência física entre os testes de desempenho e as atividades presentes nos itens dos questionários, que são atividades diárias e podem ser consideradas relativamente fáceis por sujeitos atletas (HSU et al., 2010).

6.2 Desempenho funcional e variáveis clínicas do ombro e do tronco

Nossos achados mostram que o desempenho funcional do membro dominante apresentou correlação significativa com a força dos estabilizadores escapulares. Houve correlação positiva e moderada entre o alcance súpero-lateral e a força de serrátil anterior; e entre o alcance ínfero-lateral e a força de serrátil anterior, e a força de trapézio inferior. A correlação foi significativa também entre a pontuação composta e a força tanto de serrátil anterior quanto de trapézio inferior, sugerindo que a ativação desses músculos é importante para sustentar o peso corporal no membro de apoio e manter a estabilidade durante o movimento de alcance. Pozzi et al. (2019) em uma análise eletromiográfica encontraram maior ativação do serrátil anterior e do trapézio inferior nos exercícios em cadeia cinética fechada em comparação com cadeia cinética aberta, o que suporta nosso resultado, já que a posição de realização do teste é em cadeia fechada. Em concordância, Sciascia et al. (2012) afirmam que a estabilidade escapular é essencial para o funcionamento adequado da cadeia cinética, uma vez que a escápula é um elo entre o core que produz e transfere energia e o braço que finaliza a

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transferência de energia com o arremesso, e déficits como fraqueza e/ou rigidez na musculatura periescapular, podem impactar negativamente na biomecânica do gesto esportivo e por consequência no desempenho funcional.

Nossos dados mostram ainda que o desempenho funcional do membro dominante não apresentou relação com a ADM passiva e força isométrica de rotadores de ombro, semelhante aos achados de estudos anteriores realizados com indivíduos saudáveis (BORMS et al., 2016; WESTRICK et al., 2012). Westrick et al. (2012) avaliaram força isométrica e ADM ativa de rotadores de ombro em indivíduos não-atletas e Borms et al. (2016), avaliaram a força isocinética desse grupo muscular em atletas overhead, e ambos também não encontraram correlação com o desempenho funcional, reforçando a ideia de que outras variáveis da cadeia cinética, e não somente do ombro, estão relacionadas ao desempenho nesse teste. De acordo com Borms et al. (2016), esses resultados podem ser explicados pelas características das duas formas de avaliação: a força dos rotadores ser avaliada em posição de cadeia cinética aberta, enquanto o UQYBT ser um teste realizado em cadeia cinética fechada.

É importante apontar que a realização do UQYBT apesar de não ser funcional para o movimento de arremesso e de ataque (já que esses movimentos são realizados em cadeia cinética aberta e o teste em cadeia cinética fechada), Borms e Cools (2018) afirmam que sua funcionalidade está no envolvimento de toda a cadeia cinética no desempenho do teste.

Quanto às variáveis de tronco, encontramos uma correlação significativa moderada entre o desempenho funcional e as variáveis de força de rotadores e de flexores laterais de tronco, especificamente no alcance ínfero-lateral e na pontuação composta. No caso do alcance ínfero-lateral, esse resultado pode ser atribuído à biomecânica desse movimento, uma vez que o indivíduo realiza uma rotação de tronco com flexão de tronco para o mesmo lado do membro de apoio. Não foram encontrados estudos que correlacionassem essas variáveis de força com o desempenho no UQYBT. Entretanto, os dados de Pozzi et al. (2019) mostram maior ativação dos músculos do tronco em exercícios em cadeia cinética fechada (extensores e rotadores) em comparação com exercícios em cadeia cinética aberta, e o estudo de Sciascia et al. (2012) destaca a importância desses músculos na estabilidade do tronco e no desempenho eficaz da cadeia cinética como um todo, trazendo o core como centro de quase todas as cadeias cinéticas de atividades esportivas. Dessa forma, pode-se observar que um bom controle de força, equilíbrio e movimento da região do core maximizam a função exercida pelos MMSS.

Assim como no estudo de Westrick et al. (2012), não encontramos correlação significativa entre o desempenho funcional e as variáveis de resistência de tronco considerando o lado do membro dominante, apesar da diferença na metodologia utilizada para flexores

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laterais. Em nosso estudo tentamos avaliar isoladamente os músculos do tronco, enquanto Westrick et al. (2012) avaliaram a resistência de tronco através da prancha lateral, cujo resultado também depende da resistência da musculatura do complexo do ombro, que precisa estar ativada para auxiliar na sustentação do peso do corpo.

6.3 Função autorrelatada e variáveis clínicas do ombro e do tronco

A função autorrelatada não se correlacionou com nenhuma das variáveis clínicas do complexo do ombro e do tronco. Tal resultado pode ser explicado pelo fato de as ferramentas de mensuração de função por autorrelato envolverem questões relacionadas a atividades funcionais do dia a dia, função emocional e social (LEGGIN, et al, 2006), além de representarem níveis de exigência diferentes das avaliações de ADM, força e resistência. Vale destacar também que o ombro do atleta normalmente já apresenta adaptações crônicas decorrentes da prática esportiva, e que essas alterações no ombro ou ao longo da cadeia cinética não necessariamente se apresentam acompanhadas de dor, nem representam perda ou diminuição da função. Sendo assim, ferramentas como o PSS e o DASH, podem não ser tão sensíveis a alterações no ombro em atletas.

Uma limitação deste estudo é o fato de a força dos rotadores do ombro ter sido avaliada em posição de cadeia cinética aberta, assim como o movimento do gesto esportivo, enquanto o UQYBT ser um teste realizado em cadeia cinética fechada. Outro ponto importante é que tanto o PSS quanto o DASH são medidas confiáveis, válidas e responsivas para avaliar pacientes com disfunção do ombro (DE SOUZA et al., 2015; LEGGIN et al., 2015; ORFALE et al., 2005), mas ainda não é claro na literatura os quão sensíveis essas ferramentas são em atletas. Sendo assim, nossas perspectivas para estudos futuros são incluir nas análises testes de desempenho em cadeia cinética aberta para investigar as correlações com as variáveis clínicas do complexo do ombro também mensuradas em cadeia cinética aberta, buscando mensurar a função do membro superior de maneira mais semelhante ao movimento realizado no esporte. É preciso também elucidar a aplicabilidade das ferramentas de autorrelato nessa população, avaliando a confiabilidade e validade desses instrumentos especificamente em atletas overhead.

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7. CONCLUSÃO

O desempenho funcional no UQYBT se relaciona de forma positiva e moderada com a força dos músculos estabilizadores da escápula (serrátil anterior e trapézio inferior) e dos rotadores e flexores laterais de tronco. As medidas de função por autorrelato não apresentam relação significativa com o desempenho do UQYBT, nem com as variáveis clínicas de ombro e tronco estudadas.

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(36)

ANEXOS

Anexo A

(37)
(38)

Anexo B

DESABILITIES OF THE ARM, SHOULDER AND HAND – DASH

(39)
(40)

APÊNDICES

Referências

Outline

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