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Matrizes e Polinômios

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Academic year: 2021

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(1)

Matrizes e Polinômios

Duas matrizes A,BMatn(R) são semelhantes quando existe uma matriz invertível PMatn(R) tal que B=P−1AP.

Matrizes semelhantes possuem o mesmo polinômio característico, já que:

) det( ) det( ) ) ( det( ) det( 1 1 1 n n n n P A I P P AP P I P B I I A−λ = − −λ = − − − λ = −λ Exemplo: As matrizes       4 3 2 1 e       − − 2 3 4 7

são semelhantes, pois:       − ⋅       ⋅       =       − − 1 0 2 1 4 3 2 1 1 0 2 1 2 3 4 7 . Além disso, (λ)= (λ)=λ2 5λ2 B A P P .

Uma matriz A pode ser diagonalizada quando existir uma matriz invertível PMatn(R) tal que AP

P−1 seja uma matriz diagonal. Esta matriz P é uma matriz de autovetores do operador relativo à

matriz A. Exemplo: Considere

[ ]

1 8 0 3       − = T , os autoespaços V3 ={(x,2x),xR} e V1 ={(0,y),yR}, e uma base de autovetores

{

(1,2),(0,1)

}

. Assim, 1 2 0 1       = P , 1 2 0 1 1       − = − P e

[ ]

      − =       ⋅       − ⋅       − = − 1 0 0 3 1 2 0 1 1 8 0 3 1 2 0 1 1 T P P .

Considerando B=P−1AP, temos que B P AP P AP P AP P AkP

k k k 1 fatores 1 1 1 ) ( − = − − = − = 14 24K4 34 , com k∈ Z+. Se a

matriz A é diagonalizável então Dk =P−1AkPAk =PDkP−1.

Exemplo: 1 8 0 3 10 =       −      − =       − ⋅       − ⋅       =       − ⋅       − ⋅       1 118100 0 59049 1 2 0 1 ) 1 ( 0 0 3 1 2 0 1 1 2 0 1 1 0 0 3 1 2 0 1 10 10 10 Considere p(x) a xn ... a1x a0 [x] n + + + ∈R

= um polinômio e uma matriz quadrada AMatn(R).

Então p(A) é a matriz quadrada n n

nA a A a I

a +...+ 1 + 0 . Diz-se que o polinômio p(x) anula a matriz

A quando p(A)=0n.

Exemplo: Sejam p(x)= x2 9, q(x)= x2 +3 e a matriz

     − = 1 2 4 1 A .

(2)

      =       ⋅ −      − = 0 0 0 0 1 0 0 1 9 1 2 4 1 ) ( 2 A p       =       ⋅ +      − ⋅ = 5 4 8 1 1 0 0 1 3 1 2 4 1 2 ) (A q

Assim, o polinômio p(x) anula a matriz A, mas q(x) não.

Diz-se que um polinômio p(x)∈R[x] anula o operador linear T quando p([T]α)=0n, para toda base α de V.

Seja V um R-espaço vetorial n dimensional, T :VV um operador linear e

] [ ... ) (x a x a1x a0 X p m m + + + ∈R

= um polinômio. Define-se o operador linear p(T):VV tal que

) )( ... ( ) )( (T v a T a1T a0I v p m V m + + +

= . Se λ0 é um autovalor do operador T então p0) é um

autovalor do operador linear p(T).

Exemplo: Seja T :R2 R2 tal que T(x,y)=(3x,8xy), cujos autovalores são 3 e − . 1

Considere o polinômio p(x)=2x34x2x+3 e o operador p(T):R2 R2 tal que

) , )( 3 4 2 ( ) , )( (T x y T3 T2 T I x y p = − − + . Assim, )p(T)(x,y)=(2T3)(x,y)(4T2)(x,y)T(x,y)+(3I)(x,y )) , ( ( 3 ) , ( )) , ( ( 4 )) , ( ( 2T3 x y T2 x y T x y + I x y = ) 3 , 3 ( ) 8 , 3 ( ) 16 , 9 ( 4 ) 56 , 27 ( 2 x xyx x+yx xy + x y = ) 3 , 3 ( ) 8 , 3 ( ) 4 64 , 36 ( ) 2 112 , 547 ( x xyx x+ yx xy + x y = ) 2 40 , 18 ( x xy =

Então, os autovalores de p(T) são 18 e − . 2

Teorema de Cayley-Hamilton

(TCH) Sejam V um R-espaço vetorial n-dimensional e

V V

T : → um operador linear. Então PT([T]α) =0n para toda base α de V.

dem: Seja 1 1 0 1 ) ( a ... a a P n n n T = + + + + − −λ λ λ λ

Denotaremos por A(λ) a matriz adjunta clássica da matriz [T −λIn]α

Os elementos de A(λ) são os cofatores desta matriz, sendo então polinômios em λ de grau menor ou igual a n−1. 0 1 1 1 ... ) ( A A A A n n + + + = − −λ λ λ sendo An1,...,A0Matn(R).

Pela propriedade fundamental da adjunta clássica:

n n A T I I I T−λ ]α⋅ (λ)=det[ −λ ]α ⋅ [ n T n A P I I T− ] ⋅ ( ) = ( )⋅ [ λ α λ λ n n n n n n n A A A a a a I I T− ⋅ + + + = + − + + + ⋅ − − − ... ) ( ... ) ( ] [ 1 1 0 1 0 1 1 1λ λ λ λ λ λ α n n n n n n n n n T A A T A A T A a a a I A + − + + − + = + + + + ⋅ − − − − − − − ([ ] ) ... ([ ] ) [ ] ( ... 1 0) 1 1 0 0 1 1 2 1 1λ α λ α λ α λ λ λ (n) An−1 = In

(3)

(n-1) [T]αAn1An2 =an1In (n-2) [T]αAn2An3 =an2In ... ...

(1) [T]αA1A0 =a1In (0) [T]αA0 =a0In Multiplicando-se a equação (n) por T n

α ] [ , (n-1) por [T]n−1 α , ... e (1) por [T]α, tem-se: (n) n n n A T T]α [ ]α [ 1 = − (n-1) 1 1 2 1 1 [ ] [ ] ] [ − − − − − − n n = n n n n A T A a T T α α α (n-2) 2 2 3 2 2 1 [ ] [ ] ] [ − − − − − − = n n n n n n A T A a T T α α α ... ... (1) [T]α2 A1 [T]αA0 =a1[T]α (0) [T]αA0 =a0In

Somando-se as equações matriciais, n n

n n n T a T ... a1 T a0I 1 1[ ] [ ] ] [ + + + + = − − α α α 0 = PT([T]α).

Polinômio Minimal

Seja V um R-espaço vetorial n-dimensional e T:VV um operador linear. Define-se o polinômio

minimal ou mínimo do operador linear T, mT(λ)∈R[λ], como sendo o polinômio mônico de menor grau possível tal que mT([T]α)=0n.

Exemplos: 1) T:R3 R3 tal que T(x,y,z)=(2x+2y5z,3x+7y15z,x+2y4z). ) 3 ( ) 1 ( ) (λ = λ 2 λ T P ) 3 )( 1 ( ) (λ = λ− λ− T m 2) T:R3 R3 tal que T(x,y,z)=(4z,x,y3z). ) 1 ( ) 2 ( ) (λ = λ+ 2 λ T P ) 1 ( ) 2 ( ) (λ = λ+ 2 λ T m 3) T:R4 R4 tal que T(x,y,z,t)=(3x4z,3y+5z,z,t). 2 2( 3) ) 1 ( ) (λ = λ− λ− T P ) 3 )( 1 ( ) (λ = λ− λ− T m

CorolárioTCH: O polinômio minimal de T divide o polinômio característico de T, isto é,

) ( | ) (λ T λ T P m . Teo87. n T T m P(λ)|( (λ))

Teo88. Os polinômios característico e minimal possuem os mesmos fatores irredutíveis e as mesmas raízes.

Teo89. Sejam λ12,...,λr autovalores distintos de T. Então T é diagonalizável se e somente se

) )...( )( ( ) ( 1 2 r T m λ = λ−λ λ−λ λ−λ .

(4)

Exercícios

1) Verificar, utilizando a definição, se os vetores dados são autovetores:

a)       = − 3 1 2 2 ] [ para ) 1 , 2 ( T b)           − = − 1 2 1 2 3 2 0 1 1 ] [ para ) 3 , 1 , 2 ( T

2) Os vetores (1,1) e (2,− são autovetores de um operador linear 1) T :R2 R2 associados aos

autovalores λ1 =5 e λ2 =−1, respectivamente. Determinar T(4,1). 3) Determinar o operador linear T :R2 R2 cujos autovalores são 1

1 =

λ e λ2 =3 associados aos autoespaços V1 ={(−y,y),yR} e V3 ={(0,y),yR}.

4) Determinar os autovalores e os autovetores dos seguintes operadores lineares no R2. a) T(x,y)=(x+2y,−x+4y)

b) )T(x,y)=(y,−x

5) Dado o operador linear T no R2 tal que T(x,y)=(−3x−5y,2y), encontrar uma base de autovetores. 6) Verificar se existe uma base de autovetores para:

a) T :R3 R3 tal que T(x,y,z)=(x+ y+z,2y+z,2y+3z)

b) T:R3 R3 tal que T(x,y,z)=(x,2x y,2x+ y+2z)

c) T:R3 R3 tal que T(x,y,z)=(x,2x+3yz,4y+3z)

7) Seja T:R2 R2 tal que T(x,y)=(4x+5y,2x+ y). Encontrar uma base que diagonalize o

operador.

8) O operador linear T :R4 R4 tal que T(x,y,z,t)=(x+ y+z+t,x+ y+z,y+z+t,x+ y)

é diagonalizável?

9) Determine o polinômio minimal do operador

          − − − − − 4 6 3 2 4 1 6 6 5 . 10) Dada a matriz             3 0 0 0 0 2 0 0 0 0 2 0 0 0 1 2 , verifique se é diagonalizável.

(5)

11) Seja a matriz triangular superior           f e d c b a 0 0

0 , com todos os seus elementos acima da diagonal

distintos e não nulos. Indique os autovalores e os autoespaços. 12) Para que valores de a e b as matrizes 

     a 0 1 1 e       1 0 1 b são diagonalizáveis?

13) Se uma matriz A quadrada é diagonalizável então o determinante de A é o produto de seus autovalores?

14) Utilize a forma diagonal para encontrar An nos seguintes casos (n natural):

a)       − − 2 1 4 3 b)           − − − 2 2 0 0 4 1 6 7 0

15) Diz-se que um operador T: V → V é idempotente se T2 =T . a) Seja T idempotente. Ache seus autovalores.

b) Dê exemplo de um operador não nulo T :R2 R2

idempotente. c) Mostre que todo operador linear idempotente é diagonalizável.

16) Seja V um espaço n-dimensional. Qual é o polinômio minimal do operador identidade? Qual é o polinômio minimal do operador nulo?

17) Verifique se a matriz             − − − − − 0 1 1 1 1 2 2 2 0 0 1 1 0 0 1 1 é diagonalizável.

18) Determinar uma matriz de ordem 3 cujo polinômio minimal seja λ2.

19) Indique o polinômio minimal dos operadores considerando a, b, c, d e e constantes não nulas. a) T :R5 R5 tal que T(x,y,z,t,w)=(ax+by,ay+bz,az+bt,at+bw,aw)

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