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Do Japão feudal ao Japão moderno, as transformações em uma sociedade tradicional.

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3o ano Ensino Médio.

Eder Alves Figenio.

História.

Do Japão feudal ao Japão moderno,

as transformações em uma

sociedade tradicional.

As sociedades orientais

são culturas fascinantes,

totalmente diferentes da

nossa cultura ocidental, do

outro lado do mundo, tão

distante de nós, estudar

um pouco da história

mile-nar de uma cultura tão rica

de especificidades é um

privilégio que devemos

aproveitar.

Nesse fascículo iremos encontrar:

Guerras feudais e de sucessão

com ascensão de Hydeioshi;

 O europeu no arquipélago japonês;  Ascensão e domínio dos Tokugawa;  Livros e filmes, a era dos grandes

samurais sendo abordada de varia maneiras;

 Mangás e animes, lutas e sangue re-presentada em quadrinhos;

 A Restauração Meiji, o retorno do “Filho do Sol”.

Figura 1. Desenho de samurai.

(2)

EDER ALVES FIGENIO.

Graduando em História pela Universidade Tuiuti do Paraná.

Apresentando esse projeto de livro didático para a matéria de Laboratório de Ensino.

Orientação da Professora Maria Cecília Giovanella.

Durante esse livro, irei apresentar uma

bre-ve parte da história de uma das sociedades

mais antigas da humanidade. Um país

re-pleto de grande batalhas, forjado na lamina

da espada e na garra e vontade de seus

ha-bitantes.

O Japão fascina em vários aspectos, muitos

de nós conhecemos ele através do cinema e

de animações em desenho que são

apresen-tadas pelos canais de televisão, sabemos um

pouco da culinária e de alguns costumes

desse local, mas por ser tão distante de nós,

muito pouco conhecemos de sua história e

de como se deu as transformações sociais

para que o Japão se tornasse uma das

maio-res potências da atualidade.

Através desse livro buscarei mostrar de

ma-neira didática como se deu a transformação

social em dois grandes períodos, o Período

Edo, dos grandes samurais e senhores

feu-dais, de fechamento do país e de

crescimen-to cultural. Também do Bakumatsu,

perío-do que se deu a transição perío-do Períoperío-do Eperío-do

para o Período Meiji, seus personagens e

suas consequências para a história do

Ja-pão.

Mas então se lança uma

pergun-ta, porque estudar a história do

Japão? É um país tão distante do

nosso, com uma cultura tão

dife-rente, qual será a importância de

um estudo histórico do Japão do

ano de 1500 a 1900?

Nos dias atuais, as relações

cul-turais se tornam uma questão a

ser discutida, estudar as

socieda-des e seus costumes,

compreen-der como é o “outro”, aquele que

eu não conheço irá auxiliar

nu-ma melhor compreensão de

mundo e assim destacar as

espe-cificidades de cada ser social e

que todos tem suas qualidades,

diminuindo assim possíveis

pre-conceitos e discriminações.

O estudo de sociedades,

indepen-dentemente de quais sejam irá

trazer benefícios para aqueles

que as estudam e auxiliar na

for-mação de cada cidadão.

(3)

SUMÁRIO.

1. Resumo...04

2. Período Edo...05

2.1. Antecedentes, as Guerras Feudais...05

2.2. A chegada dos europeus...05

3. Ascensão do Clã Tokugawa...06

3.1 Governo do xogunato dos Tokugawa...06

4. Europeus no Japão...07

5. O dia do grande martírio...08

6. Atividades...10

7. É bom saber...10

8. Período Tokugawa, um renascimento cultural?...11

9. O Imperador volta a imperar...12

10. Samurai Champloo...13

11. O problema dos samurais...14

12. Samurai X Rurouni Kenshin...15

13. Atividades...16

13.1 E bom saber...16

(4)

PERÍODO EDO.

ANTECEDENTES: AS GUERRAS FEUDAIS. O Japão estava em paz durante o tempo em que o xogu-nato Kamakura esteve no poder, porém nem todos estavam contentes com a forma de governo, alguns daimyo (senhores feudais japoneses) se sentiam despresados pelo xogum. Durante o século XV se iniciam as chamadas guer-ras feudais, tendo vários daimyo buscando o controle de todo o território e acabaram trazendo a desunião para o pa-ís. Porém, foi no século XVI que tudo ficou mais grave, o poder central desaba e a violência toma conta do território japonês. Aí surge a figura de NOBUNAGA ODA, este che-gou ao poder no ano de 1550 (da era cristã), consegue gran-des vitórias contra seus inimigos, mas quando estava quase conseguindo terminar as guerras feudais, foi traído e morto por um de seus generais Akechi Mitsuhide.

Após a morte de Nobunaga, sobe ao poder HIDEYO-SHI TOYOTOMI, este fica encarregado de dar continuação ao projeto de unificação iniciado por Nobunaga. Hideyoshi era um conselheiros de confiança de Nobunaga Oda, porém vem de origem humilde, nascido entre os camponeses con-seguiu seu lugar após conquistar grandes vitórias e se mos-trar um guerreiro fiel e aplicado. Hideyoshi derrota os de-mais daimyo que Nobunaga não havia derrotado, no ano de 1590 consegue alcançar a desejada unificação do país.

Hideyoshi diferente dos outros generais não desejou obter o título de xogum, então o Imperador o nomeia para o posto de Kampaku (conselheiro do Imperador) e também de

Daijô-Daijim (Ministro Presidente ou Grande Ministro), a

partir daí comoça seu governo, impondo como capital a cidade de Osaka, local onde decide construir um castelo-fortaleza quase impenetrável para demonstrar seu poder. Um de seus decretos foi no de 1587 que proibiu a qualquer camponês de portar armas, ficando restrito o uso apenas aos guardas samurais e quem descendesse diretamente dessa classe, assim ficou vedado totalmente a possibilidade de ascensão de classe social. Ele temia que alguém conseguis-se fazer o mesmo que ele, saindo dos campos para alcançar cargos altos dentro do exercito japonês.

Esse decreto criou uma nova classe social formalizada, a do guerreiro samurai, também conhecido como Bushi devido ao código de honra Bushido, um conjunto de códi-gos de como um verdadeiro samurai deveria se portar, os samurais ficariam então apenas com uma atividade formal, a proteção de seu suserano, tendo como principio o dever de servir.

Os guerreiros samurais já existiam antes, mas não como foram após o governo de Hideyoshi, antes qualquer pessoa, homem ou mulher, camponês ou nobre poderiam ser samu-rais, após o decreto tornou-se título hereditário. Além de manter as classes sociais, o decreto de desarme também serviu como uma forma de manter os camponeses longes de possíveis revoltas, pois acreditava que sem armar, estes não se lançariam contra o governo, manteve o domínio sobre os daimyo e os manipulava da forma que quisesse.

CHEGADA DOS EUROPEUS.

Foi no período das guerras feudais que surgiu um fator que viria a abalar as estruturas da sociedade japone-sa, além de influenciar em todas as batalhas futuras, o “Fator estrangeiro”.

No ano de 1543, após uma tempestade, um navio por-tuguês que navegava em direção a China atraca no porto de Tanegashima, localizada ao sul de Satsuma. A partir daí deu início uma nova relação sócio comercial dos por-tugueses com os japoneses.

Os portugueses levaram ao povo japonês nessa pri-meira viagem as armas de fogo, a pripri-meira foi a espingar-da, no ano de 1546 chega a província de Kyushu três naus portuguesas, firmando então as relações comerciais como o país.

Mas além de comércio, Portugal trás consigo a fé ca-tólica, através dos jesuítas, tendo como primeiro repre-sentante o missionário jesuíta Francisco Xavier.

A fé católica se espalha com grande facilidade no arquipélago devido a grande curiosidade e aceitação de novas culturas pelo povo nipônico. Essas novas relações irão influenciar grandemente a história do pais daí em diante.

Figura 4 - Hideyoshi Toyotomi.

Figura 5. Europeus comerciando armas com japoneses.

(5)

Hideyoshi após sua sequencia de vitó-rias dentro do Japão e por alcançar cargos tão altos e o reconhecimento do Impera-dor, decidiu então dar início a uma nova empreitada, a conquista da Coréia e da China. Como ele sempre foi um samurai muito vitorioso, acreditava estar destinado a dominar o mundo, então pensava ele que se conseguisse dominar a China poderia então dominar o mundo todo, já que acre-ditava ele que a China fosse o país mais poderoso de todos, mas a conquista da Coréia se faria necessário pois esta ficava bem no meio do caminho.

Organizou duas expedições de invasão da Coréia, a primeira deu inicio como o cerco a cidade fortaleza de Busan, com mais de 8 mil homens armados. Matando mais de 30 mil pessoas, dentre esses habi-tantes indefesos que não faziam parte do exercito coreano. Porém as forças japone-sas sofreram enorme derrota no mar e aca-baram sendo derrotados em algumas bata-lhas de defesa dando assim final a primeira tentativa com a desistência e trégua pro-posta por Hideyoshi.

A segunda se deu no ano de 1597 co-mo um exercito superior a 100 mil solda-dos e muitos navios., porém os coreanos já o aguardavam e acabaram sendo derrota-dos pelo exercito coreano que havia pedi-do reforços ao governo da China que então estava na dinastia Ming. Hideyoshi adoe-ceu e então durante o outono do ano de 1598 veio a ordenar a retirada das tropas antes de falecer.

ASCENSÃO DO CLÃ TOKUGA-WA

Durante sua vida, Hideyoshi teve como um de seus conselheiros IE-YASU TOKUGAWA, primeiro do clã Tokugawa a alcançar o título de xogum após a morte de Hideyoshi. Ieyasu trocou de nome duas vezes para acelerar sua ascensão ao poder, nascido como Matsudaira Takechi-yo, encontrou no nome Tokugawa Ieyasu uma ligação com o famoso clã Minamoto. Ieyasu era conheci-do pela sua famosa natureza caute-losa e calculista, conseguiu criar uma situação que, ele aparece como insultado e atacado por seus inimi-gos, então no ano de 1600 lança-os em uma grande batalha que ocorreu em Sequigara, alcançando a vitória decisiva. Ficando apenas o filho de Hideyoshi como empecilho para alcançar o poder total como xogum.

No ano de 1603 Ieyasu foi indi-cado xogum pelo Imperador Go-Yozei, dois anos mais tarde ele re-nuncia para favorecer seu filho IDE-DATA TOKUGAWA. Se mantendo por trás do poder como ministro, buscando aperfeiçoar as instituições que criou para garantir o seu clã no poder.

Mas ainda restava o filho de Hideyoshi, que é superado no ano de 1615 quando Ieyasu arrasa a for-taleza de Osaka.

Após toda essa sequencia de conflitos, a população japonesa se convence dos benefícios que a paz traria e aceita o inicio do novo perí-odo, que mesmo como constantes injustiças, seus pontos positivos superariam.

Figura 6 - Cerco a cidade fortaleza de Busan na Coréia.

Figura 7 - Ieyasu Tokugawa.

GOVERNO DO XOGUNATO TOKUGAWA.

A organização política Ieyasu busca tornar o mais simples pos-sível, para isso busca inspiração no período Kamakura, justifican-do ser um preservajustifican-dor das antigas tradições, assim como no antigo Período Kamakura, estabelece capinal na pequena cidade de EDO (atual Tóquio), construindo seu castelo e não demorou para que a pequena cidade se transfor-masse no cenro do poder Tokuga-wa e maior cidade do país.

Ieyasu dividiu e redividiu os feudos da forma que mais o be-neficiava. Formou em dois gran-des grupos: os Fudai ou “fieis feudatários” estes eram compos-tos por daimyos parentes, ami-gos e também estrangeiros que o auxiliaram durante a batalha de Sequigara. Outro grupo era os

Tozama Daimyo ou “senhores

estranhos” formados pelos daim-yo derrotados na batalha de Se-quigara mas que ainda tinham um grande poder e que seria inviável retirálos da posse de suas terras, isolando-os longe da capital, impedidos assim de manterem contato como o centro do poder e cercado pelos Fudai para que assim não formassem futuras rebeliões.

Buscou deixar que os senho-res feudais tivessem domínio pleno sobre suas terras, mas sob a condição de não fortificar seu território sem a devida permis-são. Buscou manter a política de continuar a punir os servidores relapsos e recompensando os leais.

(6)

Igura 9 -- Castelo de Edo.

Os Xoguns Tokugawa elabo-raram inúmeras formas de manter o controle de seus daimyo, uma das formas era a de mantê-los pobres, para que isso funcionas-se, o xogum exigia que cada da-imyo contribuísse generosamente como regularidade em programas de auxilio a desastres naturas como terremotos e erupções vul-cânicas. Promoveu as chamadas

S e n k i - K o t a i o u

“comparecimentos alternados, que obrigavam cada daimyo a passar metade do ano na capital junto com o xogum, com a des-culpa de fortalecer os laços de servidão, enquanto deixava sua família como refém em suas ter-ras, a cada visita era necessário uma escolta gigantesca, com inú-meros samurais armados além de servos para todas as mais varia-das necessidades da viagem, as-sim o gasto acabava se tornando enorme e essa instituição acabou se tornando uma forma de osten-tação de poder, que mostrava como tal senhor era poderoso com o tamanho de sua escolta, isso favorecia a política do empo-brecimento do daimyo.

Figura 10 - Ilustração de escolta para a Senkin-Kontai.

O EUROPEU NO JAPÃO, RELAÇÕES ENTRE ESTRANGEIROS NO GOVER-NO TOKUGAWA.

Como já foi mencionando anteriormente, antes do governo Tokugawa, durante as con-turbadas guerras feudais, os portugueses chegam no arquipélago japonês, trazendo consigo as armas de fogo e o cristianismo.

O Japão firma um acordo comercial com Portugal que também dá o direito de portu-gueses converterem os habitantes ao cristia-nismo, os navios portugueses foram chama-dos de Kurofune que significa Navios Ne-gros.

Uma coisa que chama a atenção nos perí-odos das grandes navegações é como se deu o domínio dos pontos vitais das rotas de co-mercio principais logo após a formação na-cional portuguesa. Obtendo exclusividade nas rotas do extremo oriente (Japão) e do extremo ocidente (Brasil). Os portugueses exportam os mais variados itens para o ar-quipélago japonês, tendo como principais produtos a seda crua, ouro, salitre, açúcar e medicamentos da China, além dos produtos europeus como o vidro, vinho, e produtos tropicais advindos do continente americano. Em contrapartida o Japão exporta prata, ou-ro, cobre, artesanatos em geral, moedas de bronze.

A fé católica se espalha com grande facilidade no Japão devido a diversos fatores, como: a fácil acitação dos dogmas contidos na nova fé pelo povo já que esses eram dotados de grande curiosida-de por novos conhecimentos; o trabalho de proselitismo era levado mais a risca pelos padres jesuítas, sempre em contato como o povo; os sacerdotes jesuítas sabiam ape-lar com muita habilidade e eficiên-cia às multidões inclusive falando a língua deles; Nobunaga favore-ceu a disseminação da fé católica para servir de punição a alguns mosteiros budistas devido a arro-gância e rebeldia em manter-se militarizados e resistirem a autori-dade samurai; o interesse dos da-imyo em atrair os portugueses para seus domínios para fazerem parte do comércio que então era muio lucrativo.

Porém, problemas começam a surgir com os cristão no território japonês, muitos cristãos de outras denominações além da católica começam a surgir, como ingleses e holandeses protestantes além de franciscanos e dominicanos. Figura 11 - Imagem de navio português na

(7)

RESUMO.

O Japão durante sua longa trajetória histórica, passou por

inúmeras transformações sociais, o país acumula uma grande

co-leção de batalhas em busca de território ou de domínio político,

formado por quatro grandes ilhas chamadas de Honshu, Shikoku,

Kyushu e Hokkaido além de mais de três mil pequenas ilhas que

formam o restante do arquipélago, o espaço territorial não é

mui-to grande para uma população vasta, suas terras não são muimui-to

apropriadas para a agricultura, tornando assim quase uma

mono-cultura de arroz, apoiado apenas de outras demais pequenas

cul-turas agrícolas, devido o fato de ser um arquipélago, seus recursos

acabam tendo como base o que é extraído do oceano Pacífico e o

mar da China.

Neste texto irei apresentar como se deu a ascensão de Ieyasu

Tokugawa, primeiro a subir ao cargo de Xogum do Japão após as

guerras feudais, criando o Período Edo, irei mostras brevemente

como se deu as suas relações com o exterior e o que o levou ao

fe-chamento dos portos e a proibição de entrada de estrangeiros.

Co-mo se fez as relações internas e as consequências desse isolamento.

Após isso, apresentarei o que veio a causar as revoltas no fim do

Período Edo, o que foi o chamado bakumatsu e sua importância

para a Restauração Meiji, como ficou as relações como os países

estrangeiros e o impacto dessa revolução social, que trouxe através

de sangue e do fio da espada, o poder imperial.

(8)

UMA MUDANÇA NA SORTE DOS CRISTÃOS.

Nobunaga era favorável a estadia dos cristãos nos seus domínios, porém após sua morte, com a ascensão de Hideyoshi, essa situação se manteve instável por um cer-to período, este procurou aproveitar tudo de que os cris-tão lhe ofereciam de útil, como conhecimentos sobre as-tronomia, geografia, navegação, etc.

Mas sem prévio aviso, no ano de 1587 é imposto um edito de expulsão, ordenando a todos os senhores feudais que expulsem de seus domínios todos os missionários jesuítas,. Pela primeira vez o poder central tomava provi-dencias restritivas acerca das atividades religiosas de es-trangeiros ocidentais dentro do território japonês.

A justificativa seria um temor por uma colonização e o domínio estrangeiro, já que o domínio dos jesuítas esta-va começando a interferir nas questões políticas, algumas revoltas em áreas convertidas ao catolicismo começam a surgir, encabeçadas por missionários. Porém Hideyoshi não toma nenhuma atitude radical para a expulsão defini-tiva dos cristãos, ficando a responsabilidade do fim desse processo para o xogunato dos Tokugawa.

MORTE AOS CRISTÃOS, sangue verte em nome de Deus.

Ieyasu Tokugawa buscou manter relações comerciais amigáveis para com os portugueses, mas temia uma acul-turação por parte dos religiosos, já que uma das exigên-cias dos comerciantes portugueses era a de continuar o trabalho missionário em troca do comércio. Ieyasu não aceita e decide por em pratica os editos de expulsão ou-torgados por Hideyoshi, mas durante sua vida, nenhum cristão veio a sofrer violência, apenas depois de sua mor-te, com a posse definitiva de Hidetada que as coisas co-meçaram a ficar mais feias para o lado dos cristãos.

No ano de 1617, logo após o falecimento de Ieyasu, sob o comando de seu filho, um padre jesuíta e um padre franciscano são condenados a morte e decapitados, logo a seguir, um sacerdote dominicano e outro agostiniano são condenados a mesma pena. Esses fatos ao invés de ate-morizar os cristãos, acaba por encorajar outros cristão, que numa busca pela morte como mártir da fé, adentram no território japonês e começam a deflagrar mais a sua crença.

Figura 13 - Imagem da morte de cristãos em Nagasaki.

O DIA DO GRANDE MARTÍRIO.

No dia 10 de agosto do ano de 1622 acon-tece o chamado “grande martírio”, nesse dia aconteceu a execução de cinquenta e cinco católicos em Nagasaki, próximos ao local onde haviam sido executados os quatro pri-meiros mártires. Dentre esses estavam o jesuí-ta Carlos Spinola, o dominicano José de San Jacinto, o franciscano Ricardo de Santa Ana, outros padres e irmãos católicos japoneses que os protegeram de alguma forma.

Em meio aos condenados a morte estavam portugueses, espanhóis, italianos, coreanos, e japoneses, uma senhora idosa de oitenta anos, doze mulheres e crianças de três a cinco anos de idade. Os missionários foram crucificados e os outros executados com espada.

Figura 14 - Dia do grande martírio em Nagasaki. Figura 12. Samurai

(9)

Com a aproximação dos conflitos ocidentais no arquipélago japonês, dentre esses, batalhas entre holande-ses e espanhóis assim como ingleholande-ses e portugueses, com a criação da Com-panhia da Índias Orientais da Ingla-terra em 1600 e a Companhia das Índias Orientais Holandesas no ano de 1602, intensifica o comercio bata-vo com o continente asiático, com isso, batalhas são inevitáveis tanto para o domínio comercial da região como por “guerra santa”, já que os países de religião católica travavam guerra contra países de religião pro-testante.

Como a Inglaterra e Holanda ti-nham uma Companhia das Índias Orientais, ambas disputavam controle sobre o comércio asiático, mas os ingleses perdem essa disputa. No ano de 1637 acontece uma rebeli-ão agrária de Shimabara, comandada por um jovem católico de dezesseis anos chamado Shiro Amakusa. Essa revolta mesmo sendo de caráter agrá-rio conta com a participação de mui-tos cristãos e de samurais Ronin (samurais sem mestre, desemprega-dos), mesmo com um pequeno con-tingente de revoltosos, aproximada-mente 25 mil, a fúria e a coragem destes era tamanha que chegou a as-sustar o xogunato, sendo contida ape-nas após um ataque de canhões de um navio holandês por pedido do xogum. O cerco se fecha ainda mais contra os cristãos, tornando cada vez mais evi-dente o fechamento do país.

Figura 15 - Navio holandês.

Figura 16. Samurai Ronin.

O primeiro paço foi expulsar definitivamente todos os portu-gueses que se encontrassem em Nagasaki, em 1639 a feitoria holandesa é transferida para a ilha artificial de Deshima, loca-lizada ao largo de Nagasaki, enquanto a única feitoria inglesa que restou foi fechada em Hira-do.

O comércio exterior é cada vez mais restrito, chegando ao ponto de japoneses serem proi-bidos de sair do país, mas se mesmo assim saíssem, seriam impedidos de regressar. O ponto final foi a proibição de navios portugueses, entre outros oci-dentais com exceção dos dois navios holandeses autorizados a atracarem em portos japoneses.

O governo atuante da época pro-ibiu qualquer relação com o mundo exterior com a esxeção dos navios holandeses que atracavam apenas duas vezes por ano no país, qualquer relação com o pensamento cristão era perseguido e punido com a mor-te.

O governo chegou a proibir a entrada de livros e qualquer outro material impresso vindo do ociden-te, mais tarde essa decisão foi ame-nizada com a autorização da entrada de livros, contanto que não tocassem no assunto sobre cristo.

A entrada e saída de pessoas do país ficou totalmente vetada no ter-ritório japonês fora do porto de Na-gasaki exceto pela autorização do próprio xogum.

Figura 17. Porto de Nagasaki.

A partir desse período, o Japão entrou em uma nova era, um aconte-cimento até então novo para essa sociedade, que antes sempre fora receptiva a novas ideias e pensa-mentos, já que a base de sua cultura veio da China e da Índia, países bem desenvolvidos culturalmente na épo-ca. O pais se fecha ao mundo estran-geiro, expulsando qualquer um que não seja japonês em seu domínio, formando assim o chamado Sakoku (País Fechado), mergulhando o Ja-pão em uma nova forma de fazer seu cotidiano, de elaborar sua eco-nomia e de fazer a sua cultura.

Durando cerca de 260 aproxima-damente, o país mergulha numa era de “paz”, chegando no fim apenas quando inicia o Bakumatsu (Fim do Bakufu - forma que era chamada o governo do xogum)

(10)

ATIVIDADES.

1)

O Japão passou por uma série de transformações sociais, com as constantes guerras de

sucessão feudal, baseado nos conhecimentos apresentados durante o texto, comente

como se deu essas transformações sociais até o domínio dos Tokugawa, com suas

pala-vras descreva quais transformações o povo passou para se tornar um país unificado.

2)

Um fator decisivo durante as guerras feudais foi o surgimento do europeu, explique a

importância desse novo fator para a história do Japão.

3)

Descreva com suas palavras os motivos que levaram o xogunato a fechar o país por

cerca de 260 anos.

É BOM SABER...

No ano de 1975 é lançado um livro cujo o título é XOGUM, seu autor é James Clavell, criou um romance cujo enredo se divide em dois livros, é uma combinação perfeita de um drama histórico (marcado por romance, sexo, coragem, e reli-gião) e um drama político. Dividido em dois volumes (Primeiro como o título de Xogum - A gloriosa saga do Japão - e o segundo com o título Xogum - As sementes do dragão).

Uma trava que se passa no Japão do ano de 1600, conta a história de um piloto inglês que comandava uma pequena esquadra de cinco navios Holandeses, seu nome é John Blackthorne. Após conseguir cartas secretas arrebatadas de nave-gadores portugueses, decide ser o primeiro inglês a fazer a viagem de circunavegação do mundo através do Estreito de Magalhães. Almeja também quebrar o monopólio do comércio da seda entre a China e o Japão. Mas durante sua viagem acaba passando por uma tempestade com seu navio Erasmus, esse acaba depois da tempestade encalhando na costa japo-nesa, ao acordar depois da tempestade, percebe que já não está mais em seu navio, mas sim em uma terra estranha e des-conhecida para ele, chega a conclusão de que chegou ao Japão, porém ao tentar entrar em contato acaba sendo preso por ser suspeito de pirataria, crime passível de morte no Japão. Acaba sofrendo inúmeras formas de violência e é quase morto em incontáveis vezes, mas seu conhecimento sobre o mundo exterior e sua habilidade como navegador acabam chaman-do a atenção de um poderoso senhor feudal que almejava secretamente alcançar o posto de xogum, esse se chamava To-ranaga

John Blecktorne após passar por inú-meras dificuldades começa a ganhar a confiança de Toranaga e é ordena-do a aprender a língua japonesa, para que pudesse falar diretamente ao senhor Toranaga, como interprete é designada Mariko Toda, uma japone-sa japone-samurai cristã, fluente em portu-guês e latim, com o tempo acabam se apaixonando e vivendo em uma situ-ação perigosa, entre o amor e a leal-dade.assim se dá essa trama, baseada na história do Japão do período das guerras feudais e utilizando exem-plos de personagens famosos para seu desenvolvimento, como Torana-ga, um personagem criado a partir do exemplo de Tokugawa. Ou também de Mariko, cujo nome de cristã na trama é Maria, filha do traidor que matou Goroda, o antigo senhor que dominava antes das guerras feudais.

Ela foi baseada na filha de Ake-chi Mitsuhide, também cristã e fluen-te na língua portuguesa e no latim e dona de uma beleza gigantesca. E o personagem principal também foi baseado em um personagem real, também piloto inglês que comandava cinco navios holandeses, esse enfren-tou grande tempestade e acabou por encalhar no ano de 1600 na costa do Japão, após enfrentar varias adversi-dades acaba por se tornando um dos poucos estrangeiros de confiança de Tokugawa, auxiliando-o a contestar vitória na batalha de Sequigara e após a ascensão de Tokugawa como xogum, conseguiu um grande feudo em contribuição.

Aos amantes da cultura japonesa ou aos amantes de uma boa leitura, esse livro é uma excelente sugestão. Figura 18. Livro Xogum.

(11)

PERÍODO TOKUGAWA, um “renascimento

cultural no Japão?

No que diz respeito ao desenvolvimento cultural, o Período Tokugawa aparece como um dos mais ricos e mais importantes da história japonesa. Ieyasu era confuciano, e como percebeu que tinha samurais em demasia, exigiu que estes também se dedicassem ao estudo confuciano, mas muitos samurais preferi-ram seguir o xintoísmo, acreditando que assim pode-riam vir a ser mais fieis ao imperador. Com ênfase no pensamento confuciano, o xogunato Tokugawa se tornou um “Período Chinês” na história do Japão.

Muitas produções são feitas através da escrita chinesa assim como as artes, ambas influenciadas pelos chineses.

Figura 19. Samurai usando armadura.

A classe que mais se beneficiou foi a dos mercado-res, uma vez que as formas tradicionais de ostentação e participação política lhe eram negadas pelo modelo feudal da sociedade, os mercadores desenvolveram suas próprias áreas de entretenimento. Estes se encon-travam no centro das cidades em busca de divertimen-to, no “bairro livre” que continha inúmeras formas de entretenimento como teatro, casas de chá e outras ca-sas de divertimento “menos respeitoca-sas”.

Mas dentre todas as formas de diversão, a preferi-da era o teatro. Até então para as classes dominantes era conhecido o teatro NO, mas como dramaturgia era muito elaborada para a compreensão dos empresários da época, criou-se o teatro Kabuki que retratava cenas do cotidiano de uma certa forma dramática e mais compreensível, sempre com muito exagero e muita extravagância, com maquiagens sempre em excesso e com figuras cômicas.

Figura 21 - Teatro kabuki.

A classe dominante da época se habituou a vida de novas culturas e grandes conhecimentos.

Com o pais fechado ao estrangeiro, ficou mais fácil manter uma união no país, mas essa união não se mostrou muito verdadeira. Os Tozama Daimyo se fortaleciam e enriqueciam enquanto ficavam longe dos olhos do xogum, algumas crises de abas-tecimento e a sempre presente curiosidade com o mundo exterior sempre aflorava no coração do japonês, isso auxiliado com o fato de muitos verem o xogum como um usurpador do poder Imperial.

Todos esses fatores acabam preparando o cená-rio para a sequencia de acontecimentos que viriam depois.

Após 260, as estruturas da sociedade feudal começam a abalar e uma nova era começa a surgir por trás de constantes revoltas. É o principio do Bakumatsu.

(12)

BAKUMATSU.

O IMPERADOR VOLTA A IMPERAR.

Durante todo o período em que o Japão

esteve fechado, pouco assédio sofreu dos

países estrangeiros, já que a maioria deles se

mantinha preocupados com questões

inter-nas, como os Estados Unidos, ou lutando por

questões particulares como a Rússia e a

Grã-Bretanha na Guerra da Criméia, graças a

esses acontecimentos o Japão da era

Toku-gawa pode se manter “em paz” quanto ao

estrangeiro. Mas essa paz não acontecia

in-ternamente.

Inúmeras crises irromperam por todo o

país, o governo feudal começa a entrar em

colapso devido a um grande crescimento

populacional, algo que esse sistema não

es-tava pronto para enfrentar. Inúmeros

proble-mas com a colheita trouxe a fome para o

país que já tinha dificuldade em manter suas

reservas de mantimentos.

Uma das tentativas de equilibrar o

orça-mento do governo foi a tentativa de diminuir

a renda anual dos samurais e aumentar a

car-ga de impostos sobre os camponeses, que

eram a base da economia japonesa. Porém

estes não aceitam essas medidas e começam

a aparecer inúmeras rebeliões por todo o

arquipélago.

Figura 22 - Imperador Mitsuhito do Japão.

Os primeiros a começarem a se mexer para

mu-dar essa situação foram os Tozama Daimyo, esse

sempre foram contra o governo dos Tokugawa

des-de seu inicio, buscaram durante todos os anos que

se passaram, se fortalecer e conseguir a confiança

do Imperador, aguardando pacientemente uma

bre-cha para que pudessem por seu plano de revolução

em prática.

Os Tozama daimyo buscaram se utilizar da

i-deia de que o xogum era um usurpador do poder

imperial, também tentaram uma modernização dos

seus domínios incentivando uma industrialização.

Com a influencia dos samurais diminuindo, o

desejo pela modernidade cresce dentro da

popula-ção, o desejo de mudar aquela forma de política

para uma que viesse a trazer novos ares para o

Im-pério.

Auxiliado por vários Tozama Daimyo, sobe ao

trono no ano de 1567 o jovem Imperador

Mitsuhi-to. O ultimo xogum Tokugawa aceita no mesmo

ano a retomada do poder imperial, uma vez que ele

mesmo não desejava ser xogum.

Mas os problemas não acabaram aí, ainda

resta-ram os samurais.

Figura 23 - Fotografia de três samurais empunhando suas armas.

(13)

13

SAMURAI CHAMPLO uma crônica do fim da

anti-ga era feudal.

Fuu, uma jovem de 15 anos, quer encontrar "o

samurai com cheiro de girassóis" e tudo o que sabe

a respeito dele, além disso, é que ele habita a outra

extremidade do Japão e, no seu caminho, cruza com

Mugen, um vagabundo de 20 anos, e Jin, um rônin

de 20 anos, que deverão segui-la devido a uma

a-posta estupidamente perdida. O mangá se passa na

Era Tokugawa, quando os estrangeiros eram

proibi-dos de pôr o pé sobre em solo japonês; quando a

religião cristã era proibida e que todos que

pratica-vam esta religião ocidental eram perseguidos e

mor-tos. E, sobretudo, é a época em que a idade de ouro

dos samurais apaga-se pouco a pouco, e as antigas

famílias respeitáveis tornam-se elevados

funcioná-rios e abandonam a espada em proveito da caneta e

a política. É nesta época de mudanças radicais no

Japão que nossos três heróis atravessam o País do

sol nascente. Mugen e Jin fazem partidos da última

geração de homens de espadas, esse anime é repleto

de histórias do fim do período Tokugawa, enquanto

ainda reinava as leis da época, mas a sociedade já se

sentia cansada dessa antiga

política

.

O mangá e o anime fazem uma abordagem

altamente atrativa para os nossos jovens

por-que poderá observar ao fim dos episódios por-que

certas coisas foram acrescentadas ligeiramente

para incrementar e tornar mais cômico e

inte-ressante a forma que a história é transmitida,

como por exemplo, o fato de certas pessoas

praticarem o human beat box. Ou então

quan-do um grupo de jovens faz tags sobre muraquan-dos

dos castelos. Enfim, há uma mistura entre o

estilo oriental e o hip hop. Human Beat Box

são formas de fazer sons musicais com a boca,

como se fosse uma mixagem musical e as tags

são formas de grafite ou pichações que são

comuns no mundo Hip Hop. Mas é claro que

essas coisas ainda não existiam nesta época,

mas esses novos efeitos fizeram um novo

atra-tivo ao anime e se for apresentado direito,

ser-virá como ótima fonte pra trabalhar história do

Japão com os jovens.

Figura 25. Pagina do mangá Samurai Champloo.

Figura 26. Desenho dos três personagens principais da série.

(14)

O PROBLEMA DOS SAMURAIS, o

velho governo chega ao seu fim.

Quando se deu o fim do feudalismo, a

situação dos samurais fica ainda mais

difí-cil do de já se apresentava.

Eles já não podiam contar com os

salá-rios que ganhavam de seus senhores e

as-sim como os daimyo que eram favoráveis

ao governo Tokugawa, começaram a

rece-ber pequenas pensões do governo da

Res-tauração Meiji (forma que foi denominado

a retomada do poder imperial, Meiji

signi-fica filho do sol, como o Imperador é visto

como uma divindade, filho do sol, a

reto-mada de seu poder foi denominado dessa

maneira), porém essas pensões estavam

saindo muito caras para os cofres do

gover-no, já que a demanda de samurais

desem-pregados como o fim do velho período era

muito grande. Logo essas pensões foram

substituídas por apólices.

Com a formação de um novo exercito,

buscou-se renovar seus integrantes,

procu-rando pessoas mais “maleáveis”, uma vez

que o guerreiro samurai era dotado de um

orgulho muito forte, foi-se buscar essa

re-novação nos campos.

No ano de 1876 o governo Meiji exigiu

que estes samurais abandonassem suas

du-as espaddu-as, com isso, ao serem forçados a

abandonar o titulo de samurai,

imediata-mente formaram uma oposição a forma de

atuação do governo imperial.

Figura 28. cartaz do filme “O Ultimo Samurai.”

O maior acontecimento de revolta de

samurais contra o governo imperial foi

no ano de 1877, liderada pelo samurai

Saigo, guerreiro da região de Satsuna,

com quase 200 mil homens se

revolta-ram em batalhas sangrentas, cuja

vanta-gem estava ao lado do Imperador, que

estava portando armas ocidentais e um

exército treinado, enquanto Saigo

ape-nas podia contar com as espadas de

seus soldados.

Após inúmeras batalhas, Saigo é

derrotado, cometeu Sepuku (suicídio

ritual praticado para manter a honra

a-pós grande derrota). Essa derrota

mar-cou definitivamente o fim da era feudal

no Japão, dando inicio ao processo de

modernização do país.

Essa etapa da história do Japão é

re-tratada no cinema através do filme “O

Ultimo Samurai” protagonizado por

Tom Cruise, um estadunidense

acostu-mado a batalhas e chega ao Japão

du-rante a restauração meiji, acaba sendo

capturado pelos samurais, que o

mos-tram como é o verdadeiro bushido, ela

caba ficando ao lado dos samurais até o

fim. Um excelente filme para que gosta

de cinema e de cultura japonesa.

(15)

15

Samurai X

RUROUNI KENSHIN: TSUIOKU HEN

Durante a segunda metade do século 19, uma nova era amanheceu sobre o Japão. Os eventos

que conduzem a este novo império, entretanto, eram obscuros, preenchidos de reinos de terror,

tor-rentes de dor, e chuvas de sangue. Este era o começo da restauração da era Meiji. Em meio a todo

este caos, eram os Shisen Gumi, e os Ishin Shishi, uma faixa de pequenos soldados que tentavam

derrubar o reino de Tokugawa.

Shinta, ou Himura Kenshin como viria a ser chamado, quando criança foi vendido para

mer-cadores de escravos após seus pais morrerem de cólera, porem este grupo de escravos após serem

atacados por bandidos, foram mortos, exceto Himura Kenshin, que foi salvo por um mestre

espada-chim, Seijiru Hiko. E após este mestre perceber o quão furioso e abalado Himura estava por não

poder ter conseguido proteger nenhuma das mulheres de seu grupo, sendo o único garoto ali

presen-te, se oferece para treinar Himura para que ele possa proteger o que é precioso para ele. Anos

de-pois, Himura se encontra no meio da batalha para restaurar a era Meiji, para que tragédias como a

dele não se repitam mais. Assim nasce Himura Battousai, o maior e mais forte espadachim dos

pa-triotas de Ishin, um garoto de 15 anos de idade que mata pela causa de construir um mundo...

Me-lhor.

Assim se inicia a história fictícia de um ronin real, durante a restauração meiji surgiu um

guerreiro tão habilidoso que foi chamado de Hitokiri Battousai (Battosai o retalhador) através de

sua espada ele auxiliou a limpar o caminho para a nova era. Esse arco do mangá TSUIOKU

HEN é chamado dessa forma por serem os episódios das lembranças de Kenshin, quando ele vive

claramente a realidade de um período conturbado que o fará se tornar o famoso guerreiro retalhador.

Samurai X crônicas da era Meiji (Rurouni Kenshin no Japão) é um anime que se baseou em

um personagem real da história do Japão, se utilizando de traços marcantes e únicos, conseguiu

cri-ar uma história fictícia tão boa que quase se confunde com a história do Japão no Bakumatsu,

auxi-liará na compreensão dos assuntos abordados durante esse livro. Período em que Himura Kenshin

viveu e trabalhou em prol da restauração e de um futuro mais justo aqueles que eram indefesos.

U-ma excelente fonte para estudo de história do Japão, além de ser um ótimo entretenimento para

a-queles que gostam de desenhos animados de alta qualidade.

Figura 30. Capa do mangá de Samurai X. Primeiro exemplar.

Figura 32. Pagina do primeiro exemplar do mangá de Samurai X.

(16)

ATIVIDADES.

1)

Após a perseguição aos cristãos, o Japão se quase que totalmente, ficando apenas os

holan-deses mantendo pouco contato com o país, aponte de uma maneira breve quais foram as

con-sequências dessa decisão e o que aconteceu internamente com a população.

2)

Os samurais sempre gozaram de poder e status social que os colocava em um ponto que os

faziam ser nobres dentro da instituição política dos Tokugawa, mas a sorte dessa classe se

modifica totalmente durante o Bakumatsu. Baseado no texto, descreva o que se aconteceu

com essa classe social.

3)

Inúmeras são as formas que esse período é descrito, através de cinema, quadrinhos ou

nhos animados, escolha entre uma das formas, vendo o filme “O Ultimo Samurai” ou o

dese-nho “Samurai Champloo” ou mesmo “Samurai X” e descreva com suas palavras como é a

visão atual dessa época, de que maneira é abordada o tema do Bakumatsu por esses meios de

comunicação?

BUSQUE SABER MAIS...

Reúna-se com seus colegas e procure outras formas que o tema é abordado.

Encon-tre novos desenhos ou filmes de cinema, livros de histórias romanceadas que falem

do Japão na era dos grandes samurais, após isso, promova debates em sua sala de aula

com seu professor e procure mostrar essas outras formas que são abordadas esse

as-sunto.

Faça outras pesquisas buscando entender o que se deu com as famílias de samurais

após o Bakumatsu, tente encontrar o que ainda existe de famílias samurais em nossa

época. Você irá encontrar inúmeras histórias fascinantes de famílias samurais que são

muito famosas até hoje, que influenciaram na industrialização do país e que hoje

do-minam inúmeros mercados.

(17)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.

SETTE, Luiz Paulo. A Revolução Samurai. São Paulo, Brasil, Massao Ohno, Aliança Cultural

Brasil-Japão, 1991.

YAMASHIRO, José. Choque Luso no Japão dos Séculos XVI e XVII. Ibrasa, São Paulo, 1989.

SAVALLE, Max. O Japão Feudal. IN: História da Civilização Mundial: os tempos modernos.

Villa Rica. Belo Horizonte, 1990.

REFERENCIAS DE IMAGENS.

Figura 1 – capa: http://griffetattoo.blogspot.it/2011/05/samurai-tattoo.html

Figura 2 – fundo de capa: http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/japao-arte-3783.htm

Figura 3 - http://www.meupapeldeparedegratis.net/artistic/pages/japanese-art.asp Figura 4- http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Portrait_of_Toyotomi_Hideyoshi.jpg Figura 5 - http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/01/as-relacoes-internacionais-entre_10.html Figura 6 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Imjin Figura 7 - http://toshogu.blogspot.com.br/2008/12/tokugawa-ieyasu-and-nikko-shrine.html Figura 8 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Sekigahara Figura 9 - http://www.osamurai.xpg.com.br/edo.htm Figura 10 - http://markystar.wordpress.com/sankin-kotai/ Figura 11 - http://www.crunchyroll.com/anime-feature/2013/08/01/especial-portugal-e-a-cultura-portuguesa-por-olhos-nipnicos Figura 12 -www.google.com.br/search?q=samurai+crist%C3%A3o&espv=210&es_sm Figura 13 - http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2013/02/kirishitan-o-cristianismo-chega-ao-japao.html Figura 14 - http://martyrologioromano.blogspot.com.br/2013/02/os-26-martires-de-nagasaki.html Figura 15 - http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=645359 Figura 16 - http://ukiyo-e.org/artist/ogata-gekko?start=200

(18)

Figura 17 – http://en.wikipedia.org/wiki/Dejima Figura 18 - http://www.forumnarutoshippuuden.com/t3537-xogum-a-gloriosa-saga-do-japao Figura 19 - http://en.wikipedia.org/wiki/Samurai Figura 20 - http://mhzan.blogspot.com.br/ Figura 21 - http://www2.ntj.jac.go.jp/unesco/kabuki/en/2/2_01.html Figura 22 - http://www.infoescola.com/japao/era-meiji/ Figura 23 - http://rpgmassacre.blogspot.com.br/2013/01/historia-dos-samurais-por-mestre-morfeu.html

Referências

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